Apostila: Plantas Medicinais

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Planta do Cerrado que floresce entre novembro e janeiro e época de frutificação em janeiro. Usada pelos índios Kayapós para desordens gastrointestinais, dor generalizada. 2. Barbatimão - Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville Nomes populares: barba-de-timão, casca-davirgindade, barbatimão-verdadeiro, paricarana, ibatimô, uabatimô, etc. Família: Fabaceae-Mimosoideae (LeguminosaeMimosoideae)

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Características: árvore hermafrodita, pequena, decídua, tronco tortuoso de casca rugosa, espessa e clara. Folhas alternas, compostas bipinadas, foliólulos arredondados a ovalados. Flores pequenas, cremeavermelhadas, dispostas em espigas axilares. Os frutos são vagens carnosas com muitas sementes de coloração parda. Planta do Cerrado que floresce em setembro. Também encontrada na Região Sudeste, inclusive em São Paulo. Usada pelas populações de áreas de cerrado principalmente como ação adstringente de antisséptica (cascas do caule na forma de decocto), por via oral para lesões gástricas e uso externo como cicatrizante no tratamento de feridas. 3. Japecanga - Smilax brasiliensis Spreng. Nome popular: salsaparrilha. Família: Smilacaceae (anteriormente Liliaceae) Espécie comum em áreas de Cerrado e segundo H. Lorenzi é semelhante à Smilax japicanga Griseb., empregada para os mesmos fins terapêuticos. Características: erva perene trepadeira, lenhosa, que mede de 1 a 2 metros de comprimento e apresenta espinhos tortos e fortes no caule. Folhas verdes, coriáceas, com gavinhas. Flores esverdeadas, pequenas, dispostas em inflorescências. Os frutos são carnosos, redondos, vermelho-arroxeados. Plantas Medicinais - Secretaria do Verde e do Meio Ambiente

Usada segundo a medicina popular, o chá da raiz, preparado por decocto ou infusão, tem propriedades depurativa, diurética, digestiva, sudorífica, no tratamento de artrite e gota e afecções da pele. 4. Sete-sangrias – Cuphea carthagenensis (Jacq.) J. F. Macbr. Nomes populares: guaxuma, pé-de-pinto, erva-de-sangue, guanxuma-vermelha, etc. Família: Lythraceae Características: planta herbácea de caule avermelhado, pouco ramificado. Apresenta muitas pilosidades glandulosas e ásperas. Suas folhas são simples, opostas, ásperas e apresentam coloração mais escura na face superior e flores lilases, agrupadas nas axilas foliares. Usada na medicina tradicional, embora a eficácia e a segurança de seu uso não tenham sido ainda comprovadas cientificamente, sua utilização vem sendo feita com base na tradição popular. Usada na forma de chá (planta inteira picada) como diurético, depurativo, na hipertensão arterial, como antioxidante na prevenção de doenças cardiovasculares. Uso externo nas afecções de pele. Obs.: uso não recomendado para crianças sob nenhuma forma. 5. Pequi – Caryocar brasiliense Cambess. Nomes populares: piqui, piqui-do-cerrado, pequiá, grão-de-cavalo. Família: Caryocaraceae Características: arbusto ou árvore (dependendo de fatores extrínsecos, como geadas e incêndios) de tronco tortuoso e casca áspera (em árvores jovens) a espessa (árvores velhas). Folhas opostas, compostas, folíolos ovais com margem crenada e com pêlos. As flores são grandes, de coloração creme, com cinco sépalas verde-avermelhadas, cinco pétalas cremeamareladas e estames longos. Fruto carnoso, verde por fora e amarelo por dentro, com sementes amarelas e espinhosas.

Planta do Cerrado que floresce entre outubro e dezembro e frutifica de janeiro a fevereiro. O pequi é uma planta melífera, ornamental e muito utilizada na alimentação, no preparo de pratos quentes, doces, sucos, etc. Popularmente, o óleo da castanha junto com banha de capivara é aplicado ao peito externamente para auxiliar a expectoração. Óleo do pequi para resfriados e costuma-se pingar os óleos do caroço e do pequi na comida. Os caroços são deixados de molho na aguardente durante alguns dias e usados como tônico. REGIÃO SUDESTE A Região Sudeste é uma das regiões definidas pelo IBGE, composta pelos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. É por excelência uma terra de transição entre a Região Nordeste e a Sul. A vegetação predominante é a Mata Atlântica, mas novamente há exceções como a Mata de Araucária no sul de São Paulo e nas regiões serranas, e a caatinga no norte de Minas Gerais. O interior de São Paulo, notadamente a região entre os rios Tietê e Paranapiacaba (região de Bauru, Marília, Presidente Prudente), é a região de transição entre o Sudeste e o Sul, possuindo características das duas regiões. Hoje em dia restam pequenos trechos da Mata Atlântica porque a maioria da mata foi substituída por áreas urbanas, pastagens e plantações. No litoral, nas partes mais alagadas, encontramos manguezais. A mata tropical que existia originalmente no litoral foi devastada no período de ocupação do território, dando lugar a plantações de café. No estado de Minas Gerais predomina a vegetação do cerrado, com arbustos e gramíneas, sendo que no vale do rio São Francisco e norte do estado encontra-se a caatinga. Além das outras “arnicas” e a carqueja (Baccharis spp.), detalhadas no anexo B, destacamos:


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