Almanautica 20

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ALMANÁUTICA

PRA QUEM TEM O MAR NA ALMA E QUER MAIS CONTEÚDO!

Informativo Brasileiro de Náutica e Esportes do Mar – Ano IV – nº 20 – setembro/outubro 2015 - Distribuição Gratuita

www.almanautica.com.br ISSN: 23577800 20

Leia nesta edição:

Como registrar seu Epirb passo a passo ABVC: Velejando em grupo na Croácia Sail Amsterdã - Skate Paddle e muito mais! Sua lancha ficou parada no inverno?

Saiba o que fazer para não ficar na mão

Ganhe uma moeda comemorativa dos Jogos Olímpicos Rio 2016! Saiba como nesta edição!


ALMANÁUTICA

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EDITORIAL

De panelas e caveiras Rio 2016 promete grandes emoções na modalidade vela. Seja pelos fatores ambientais ou pelo fraco desempenho dos brasileiros nos eventos que antecedem às Olimpíadas - leia-se Semana Internacional de Vela e Evento Teste. Em ambos, os brazucas não conseguiram destaque. Exceção à dupla Martine Grael - Kahena Kunze, que parece imbatível até o momento. Nosso querido-onze-vezes-campeão Robert Scheidt mostrou que, ou a idade começa a pesar, ou fizeram algum “despacho” com o menino. Em tempos de resultados bicudos para Scheidt, quando a poluição dita o tom da água côr de Coca-Cola na Baía da Guanabara, não é difícil que algumas caveiras possam estar enterradas sob as raias da preteritamente decantada Cidade Maravilhosa. E é bom que ele as ache logo. Os sinais do tempo - lesão no joelho ano passao e seus 42 anos - estampam as fotos, hoje em altíssima definição, contrastando com os meninos europeus que cheirando à fralda, já trazem o DNA da vela no sangue. Por lá as classes elitizadas dos países que sambaram (sambarão?) sobre nosso pódio verde e amarelo descobriram que investir no esporte dá resultados expressivos. Para todas as classes: Sociais, olímpicas e escolares... Resta ao Brasil desentortar o fundo das panelas e batê-las agora em prol dos meninos e meninas que envergam - “apesar dos pesares e segurando essa barra” - seus mastros e bolinas no alto de nosso (e deles?) orgulho. “Até quando esperar”?

Murillo NOVAES

Aquecendo o Rio

Olá querido leitor e amigo de alma super náutica, eis que chegamos até aqui neste fatídico ano da graça de 2015 que entre entraves (tupiniquins e até chineses, nesta altura) se coloca mais como desfio que como benção. Bem, dirão alguns, um desafio é também uma benção. Não duvidemos! E que o nosso conterrâneo mais nobre, ele mesmo, o cara, o dito Deus, posso olhar com carinho para todos nós! E foi sob o olhar do filho dele (assim se fala...) de lá do alto do morro do Corcovado que rolou, também ao pés de outro ícone brasílico, o Pão de Açúcar, o último evento-teste da vela com vistas ao vindouro 2016 olímpico. E o balanço geral foi positivo! Mesmo com tantos “se nãos” que circundaram a Marina da Glória. Aliás, a própria, já sob gestão da BR Marinas e depois de interminável novela de décadas (cheia de vilões e mocinhos, é claro), finalmente teve um plano de reforma aprovado e está renascendo praticamente do zero. O projeto é bonito! Vamos ver como fica! Só não tem estruturas permanentes pra vela olímpica... Sendo assim, portanto, a estrutura toda do evento estava em tendas e outras edificações temporárias. O que praticamente deve acontecer também no ano que vem. Por um lado há sempre a questão do legado (outra imensa bola eternamente dividida) quase nulo em termos físicos, mas por outro está o fato de que não comprometeu o conforto, Ricardo Amatucci - Editor funcionou e deu tudo certo em terra. Passa! Na água... Bem, se podemos quimicamente considerar o líquido que banha a bacia da marina como água (o que tenho lá minhas dúvidas) até que não foi o desastre anunciado. A bioremediação com microrganismos vivos que se alimentam da matéria orgânica, funcionou e paliou razoavelmente bem as já mundialmente famosas bactérias de nossa maravilhosa cidade. Esqueçamos os vírus, por favor. Mesmo porque, ninguém em sã consciência pode A foto de Alexandre Loureiro mostra o Evento dizer que pegou uma virose aqui ou acoTeste para o Rio 2016 realizado no RJ em outubro. lá como tentaram sensacionalisticamente

Foto da capa

Crônicas Flutuantes Visita O rato é animal populoso, sendo que, todavia, vez que outra, possa aparecer de um só. Sendo fêmea o estrago acontece em menor escala, sendo macho parece que já vem mais imbuído em poderes... Necessidades do gênero... Talvez. Mas isso são apenas juízos sem anuência das ciências experimentais. Pois que! De primeiro foram barulhinhos assim, risck-risck... rosck-rosck, mas a gente achando que eram esses bichinhos que ficam grudados pelo lado de fora do casco e, dado a grande quantidade de silêncios, é sempre possível escutar. O dia, terceiro ou quarto, depois dos barulhinhos foi que a patroa possa ter avistado a sombrinha rápida deslizando em astúcias para o porão. Tempinho para frente foi vez a do rádio VHF perder a voz, sendo que na busca se descobriu o fio todo assim roído, e que roído fosse mesmo por animal de dentes próprios. A corroborar mesmo vieram as bostinhas, tais e quais sementinhas de gameleira, só que mais para pretas. De dia para noite

a vida ali se transformou em objetivo único de exterminar o existir da criaturinha tão causadora de ascos. Na vila, perto dali coisa de quilômetro, num armazém raro em dias atuais, tendo um Pierre Catalino – nome fora da modernidade e muito esquisito por ali – por dono, havia a quantidade de duas ratoeiras, sendo uma em madeira e a outra em metal de lata com bordas serrilhadas. Arrematamos. Em cinco noites consecutivas se armou as arapucas em distintos lugares. Praticamente tudo se usou na sedução, desde obviedades como queijo e toucinho, até pedacinhos de chocolate alemão com avelãs. A sombrinha surrupiava todos os acepipes sem que se ouvisse o esperado pleck da armadilha. Esse meio tempo foi suficiente para dois furos na mangueira do combustível, um tubo de dentifrício esburacado, várias cordas roídas e, pior dos piores, sementinhas de gameleira por cantos e cantos... e há cantos em barcos! Ora, por todos os diabos que saltitam pelo Itamarati!, como possa ter embarcado esse animal pernicioso é coisa de desconhecimento geral... e não se cria a bordo em gerações espontâneas. O veneno veio como seguinte alternati-

imputar às águas alguns colegas jornalistas mais afoitos quando um competidor, entre mais de 300, baixou no hospital. Uma obra, que começou outro dia e deve terminar em dezembro, vai desviar o – pasmem, é verdade! – rio de esgoto (em ligações clandestinas em águas pluviais, há que se dizer) que desagua bem em cima de onde atracam os botes de todo o mundo na já fechada e pouco circulante bacia de manobras da marina. Então já sabemos que, salvo a obra não termine, a situação deve ser bem melhor no próximo ano. Ok. Não adianta bater em cachorro morto. E a Guanabara? Bom, a Guanabara colaborou novamente, como no ano passado. A ausência de chuvas (que quando vieram inviabilizaram a raia do fundo da baía na vazante) ajudou e a água fria e limpa que encostou no litoral fluminense também. Sendo assim, na prainha da marina na ponta esquerda da praia do Flamengo (fechada para o evento) a situação, se não era cabofriense (ou caribenha, se preferirem), pelo menos era boa. E alguma transparência sempre deixa a todos mais animados! Viva Ele! O cara é brasileiro, vocês sabem! Do ponto de vista técnico, nem as águas polutas nem o lixo flutuante chegaram a atrapalhar tudo e, de forma geral, os gringos elogiaram muito as raias, a organização e os resultados. O cenário... Bem, o cenário é realmente de tirar o fôlego e foi, sem dúvida, o ponto de adesão unânime. Todos ficaram igualmente encantados e se sentindo felizes por ser cariocas. Mesmo que por poucos dias. Do ponto de vista esportivo-pindorâmico a nossa esquadra não trouxe resultados tão expressivos. Apenas Martine e Kahena, como de costume, lograram subir ao mais alto do pódio e mesmo assim tiveram seus percalços. A análise apressada, porém, engana. Se só tivemos uma medalha, estivemos presentes em cinco das dez medal races e não fossem tropeços extemporâneos de Robert Scheidt e Fernanda Oliveira/Ana Barbachan, em semana de alguma falta de sorte, poderia ter sido bem melhor. E será! Como saldo do evento-teste fica, obviamente, o teste que nossa equipe e a organização sofreram. E passaram! De ruim mesmo, só a decisão estranha de ter somente um bote de imprensa (quando no último

ano eram três e deveriam ser, no mínimo, o dobro) com 14 lugares para fotógrafos e cinegrafistas de todo o planeta cobrirem 10 classes em, por vezes, cinco regatas simultâneas!! Depois reclamam que a vela não tem visibilidade na mídia... Vai entender! Que todas as lições deste 2015 se transformem em sabedoria no ano que vem, e que novamente nossa vela possa brilhar nos jogos olímpicos. Agora já em 2016! Agora é BRA! Murillo Novaes é jornalista especializado em náutica. Mantém o blog www.murillonovaes.com

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Almanáutica dá a moeda da Rio 2016 Algumas das moedas comemorativas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 já estão sendo vendidas ou estão em circulação, e entre elas uma em homenagem à vela olímpica. Mas ao invés de comprá-las ou ficar ralando para conseguir no troco, você pode ganhar uma novinha do Almanáutica. Novinha mesmo, diretamente do Banco Central, em uma embalagem protegida que ninguém tocou! Exemplar de colecionador que é vendida no site por R$13 mais frete. Pra você, nosso fã, vai sair grátis! Para concorrer é fácil! Faça alguma coisa que prove que você é um fã do Almanáutica. Vale tudo: Uma foto, um vídeo, uma performance, uma música, poesia, enfim, o que conseguir provar que você é um fã. Pode ser inusitado, engraçado, surpreendente, emocionante, inédito, que cause! O que você quiser. E o que mais chamar nossa atenção vai levar a moeda! Frete (Brasil) por nossa conta. Sua ideia será mostrada para todo o Brasil. E lembre-se de avisar sua proeza pelo nosso email: falecom@almanáutica.com.br

Coluna do escritor José Paulo de Paula va. Há modernos, desses que rato come e seca sequer com direito ao feder em paz. Pois que! Para ser levado a cabo o expediente, teve, a tal peçonha, que ser importada da capital via sedéquis devido Pierre Catalino ser criatura atrasada nessas questões químicas. Por de consistência pastosa a pasta esverdeada foi aplicada em miolinhos de pão que se sumiram assim.... Em bula se leu a necessidade de tratamento continuado por não menos de quatro dias. Porquanto conto, não se acredita: o condenado – havia discordâncias quanto à sentença –, aparentemente ciente da esparrela, adrede, apenas ia a roer os miolinhos pelo lado bom, até chegasse perto do engodo e, então... largava. Devido tão demonstrada inteligência superior, houve momento de fraqueza, com a patroa se querendo mudar dali até que eu me acertasse na quizila com o roedor que já era, na intimidade de bordo, dito apenas de “ele”. Por assim ser, acontecia que, em segredos, eu guardava uma f’lobé herdada de avô meu pelas partes das Minas Gerais. Punheteira vinte e dois, chegando coisa de dezoito tiros sem reabastecer cartuchos. Resoluto, conciliei com a ideia, exercendo requintes metodológicos ao

calcular possibilidades de ricocheteio. Na noite escolhida preparei quantidade boa de café, pus um bom naco de parmesão (italiano) já em predeterminado sítio por cima da tampa do motor, apoiei o pau de fogo para meu alcance sem ruídos significantes e, fléxilaiti na mão, aguardei pelos risck-riscks e rosck-roscks. Em par de horas vieram. Mudo, esperei. Percebi a constância estabelecida. Fiz click à lanterna. O rato, mais de palmo tirante o rabo, com um bocado do quitute segurado nas patinhas da frente, olhou pra mim d’um jeito, mas d’um jeito! Durasse segundo mais aquele olhar e se teria ido a coragem. Pá! Tiro único! Não sou ruim de miras e distancia quase não havia. Ali estava, portanto, o defunto, morto... Matadinho... Extinto por mim próprio. Peguei-o pelo rabo, subi a escadinha e, já cheio de culpa pelo assassinato, atirei-o ao mar segundo a submersão do cadáver com o facho de luz. Na limpidez da água deu pra ver quando os peixinhos coloridos vieram mordiscá-lo. Se era macho ou fêmea? Não vi. José Paulo é biólogo, artista plástico, capitão amador e conta, em crônicas com muito humor, situações vividas a bordo com sua família no livro “É proibido morar em barco”, à venda na Livraria Moana


Umas e Outras

Histórias de um navegante im pre ciso

a lio Vian Por Hé

Confraria de Vela Clássica A Ilhabela Sailing Week está voltando a ser animada como a antiga Semana de Vela de Ilhabela. Este ano a classe Bico de Proa, ausente por uma década, voltou a enfeitar a raia além de oito veleiros clássicos que disputaram numa classe só para eles. E eu estava lá no Aventura, do comandante Chicão, um Sparkman & Stephens de 38 pés da década de 40. Na primeira das cinco regatas, Toque-Toque por boreste, um sudoeste de assanhar a cabeleira assolou a raia e fez quase a metade da flotilha desistir. Nas outras foi um festival de vento faroeste, aquele que atira para todos os lados, haja paciência! Outra novidade, já confirmada para a 43ª edição, entre 8 e 16 de julho de 2016, foi o desfile das embarcações. Antes da regata decisiva, os barcos navegaram junto ao píer da vila, no centro histórico, para delírio de torcedores e ilhéus que se aglomeraram a poucos metros de distância. Uma festa para os clássicos, que como se sabe não veleja e sim desfila. Em nossa classe ficou em primeiro o Aries III, Fers 43 que pertenceu à família Zarif, do comandante Alex Calábria que correu com tripulação 100% familiar, seguido do Suzy Girl de Dieter Stark e do Cangrejo, de Ricardo Carvalho.

Eduardo Sylvestre

Será que hoje as nossas escolas de vela primam por segurança? Este mês recebi um email de uma senhora preocupada com a segurança de seu filho. Ela relata que em seu clube náutico as turmas de iniciantes a vela variam entre 10 e 15 alunos em optmist para um instrutor. Sua pergunta: É assim mesmo? Isso é seguro? Vamos a minha resposta: Nestes últimos anos, devido ao meu trabalho de técnico e instrutor da ISAF, tenho tido a oportunidade de visitar várias escolas de velas e clubes ao redor do mundo. Tenho visto de tudo, escolas de vela pequenas, médias, grandes, com poucos e muitos barcos, vários modelos de veleiros e vários tipos de públicos participando. Mas um assunto sempre está na pauta: SEGURANÇA. A segurança sempre tem sito aprimorada, através de aprendizado constante e aperfeiçoamento por onde tenho passado. A CBVela dentro do departamento de desenvolvimento da vela, tem como um dos seus objetivos a padronização das escolas de vela em todo o Brasil, e para isso tem se esforçado, elaborando cursos para a formação de instrutores e técnicos com padrão internacional, onde nosso lema tem sido: Segurança, Diversão, Aprendizado e es-

&

Meteorologia Oceanografia

Hélio Viana é cruzeirista de carteirinha, mora a bordo do MaraCatu, leva a vida ao sabor dos ventos e mantém o maracatublog.com

porte a Vela é para a vida toda. Segurança é o primeiro item do nosso curso, e seguimos a cartilha da ISAF, órgão internacional da vela. A recomendação é que se tenha uma relação de até 6 alunos para cada instrutor no primeiro curso de aprendizado a vela, para veleiros individuais como o optimist e o laser. Já para barcos que tem 2 ou 3 alunos juntos como snipe , dingue ou lightning a ideia é até 9 alunos para um instrutor, nunca ultrapassando o número máximo de 6 barcos. Sempre buscando ventos moderados em lugares protegidos, principalmente para as primeiras aulas. Porém o instrutor sempre precisa ter bom senso, pois se o vento está forte, ele precisará ponderar o risco, do contrário terá vários alunos traumatizados podendo até perder o controle da aula. Esta proporção de alunos X instrutores não é o único item que temos que verificar em uma escola de vela. Temos outros fatores como por exemplo o bote do instrutor. O bote é apropriado? Será que é do tamanho certo? O instrutor vai sempre sozinho? Ou tem auxiliar. Qual é a capacidade do bote? Já vi bote para 4 pessoas com mais de 6 alunos em cima, o que é proibido pela Ma- Eduardo Sylvestre é Professor de Educarinha. O motor é apropriado? Está revisa- ção Física, Diretor do Programa de Desendo? Tem potência suficiente para resgatar volvimento da CBVela, é um dos Expert da ISAF e técnico nível 3 da USSailing. água do mar – processo antropogênico de geração de CO2 – poderíamos afirmar que ela não causa danos à vida marinha, mas isto não é verdade. Vejamos este exemplo simples, que desconsidera o despejo de outros poluentes em forma de partículas sólidas e demais gases resultantes da queima de combustível fóssil. O motor recolhe H2O (água) pela tomada de água, resfria o motor e devolve H2O + CO2, que é o mesmo que H2CO3 (ácido carbônico), que por sua vez é o mesmo que H+ + HCO3-, onde H+ é elemento determinante para redução de Ph da água do mar, resultando em processo de acidificação. O ácido carbônico (H2CO3) é encontrado na água da chuva, como resultado da diluição do CO2 presente na atmosfera juntamente com a água da precipitação. Portanto quanto mais CO2 menor é o Ph da água e mais ácida ela será. Agora fica fácil afirmar que quanto maior o tempo de utilização de motores movidos a combustível fóssil e que utilizem descarga molhada, maior é quantidade de água ácida despejada no balneário onde o nauta se encontra. Caro amigo leitor, não faço aqui qualquer julgamento de valor a respeito da utilização de motor, mas o Dr. Drauzio Varella afirma categoricamente que praticar atividade física faz envelhecer com saúde; uma remadinha ou uma natação até a praia não faz mal a ninguém; subir e descer a sua vela grande ou enrolar e desenrolar a genoa fará de você um idoso sarado, sustentável e saudável. Sabemos que a contribuição do mundo náutico dentro deste cenário pode representar uma parcela diminuta do total, mas nesta equação ela é variável de

As mudanças climáticas estão cada dia mais perceptíveis ao ser humano. Eventos extremos ocorrem com maior frequência, e fica cada vez mais evidente a necessidade de nos adaptarmos a esta realidade. Precisamos entender mais e melhor a Natureza e ser mais parte dela se quisermos continuar consumindo os serviços ambientais que nos são ofertados gratuitamente. É nossa

obrigação sermos nautas mais sustentáveis, e conscientes de que nossos filhos e netos também viverão por aqui – Ao menos que eles se mudem para marte onde não existe mar... A acidificação dos oceanos vem causando uma série de alterações nos biomas marítimos ao redor do mundo. Alguns eventos de extinção em massa que ocorreram no passado estão diretamente relacionados ao processo de acidificação da massa d’água oceânica, e as taxas de alteração do Ph da água do mar registradas atualmente nos mostra números não muito propícios para a manutenção de ecossistemas que nos proporcionam tanto conforto à alma. As

evidências atuais sugerem que estas alterações trarão consequências significativas e negativas para a vida marinha, particularmente no que se refere ao crescimento e manutenção de aglomerados coralíneos. Tais mudanças impactam inclusive a distribuição natural de espécies abundantes responsáveis pela manutenção da vida marinha ao redor do planeta. Um dos exemplos mais infelizes é a morte de parte da

“Grande Barreira de Corais” na costa leste australiana. Através de propriedades físicas e químicas, o CO2 (dióxido de carbono) que é diluído na água do mar e que é expelido pelo escapamento molhado da maioria das embarcações de esporte e recreio tende a entrar em equilíbrio com o meio externo. Ou seja, se olhássemos apenas para a quantidade CO2 que os nossos motores jogam na

Continua na pág. 09 Luciano Guerra, é especialista em meteorologia pela UFF/RJ e trabalha com modelos meteorológicos no Operador Nacional do Sistema Elétrico ONS.

Almanáutica: Jornalista Responsável: Paulo Gorab Editor: Jornalista Ricardo Amatucci MTB 79742/STE/SP ISSN: 23577800/20 Jornal bimestral, com distribuição nacional

Ano 04, número 20 set/out de 2015 Depto. Jurídico: Dra. Diana Melchheier Contato: falecom@almanautica.com.br Almanáutica é uma marca registrada. Proibida a reprodução total ou parcial. Visite nosso site: www.almanautica.com.br

Nós priorizamos a qualidade com o melhor conteúdo editorial do mercado. Nossos leitores e nossos colunistas são formadores de opinião. Quem quer mais conteúdo sabe onde encontrar! Almanáutica: Pra quem tem o mar na alma e quer mais conteúdo!

Por: Luciano Guerra

Velejador é um bicho gregário por natureza e em Ilhabela não poderia ser diferente: na noite de 7 de julho de 2015, tripulantes e comandantes dos clássicos Mantra, Aventura, Atrevida, Marisco, Suzy Girl, Cairu II e Aries III se reuniram para um churrasco na casa do Walter Michel, da North Sails, e depois de muitas risadas e comes e bebes foi criada a Confraria Brasileira de Vela Clássica. “Nossa coordenada destino é congregar velejadores e amigos dos veleiros Clássicos”, está na ata da reunião histórica. A agenda mínima é ter pelo menos quatro eventos para os clássicos por ano, adesão à Associação Brasileira de Vela de Oceano - ABVO/ABVCLASS e medição dos barcos na classe RGS. O Comodoro Lars Grael já se posicionou, “fico feliz com esta organização do movimento dos clássicos. Do lado da ABVO, mantemos tapete vermelho para o grupo”, e adiantou que o Rio Yacht Club, em Niterói, receberá mais três clássicos do novo sócio Andy Dierberger: Froya, Chinook e Chestnut Tree. A flotilha só cresce e tem eventos para todos os gostos: Regata de Clássicos do Iate Clube do Rio de Janeiro, em 12 de setembro. 9ª Regata de Veleiros Clássicos de Búzios, de 20 a 22 de novembro. Regata Preben Schmidt, em 12 de Dezembro, no RYC; no dia seguinte tem a Regata Neptunus do ICRJ, que também convida os clássicos. Ubatuba Sailing Festival (de 21 a 24 abril de 2016).

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2 ou 3 barcos desgarrados? Existe algum plano de socorro? Tudo tem que estar muito claro para todos os alunos e instrutores. Os alunos e os instrutores vestem o colete salva vidas? Todos têm que vestir e prender corretamente ao corpo. Já vi algumas práticas erradas de vestir o colete e deixa-lo aberto. Temos que dar exemplo todo o tempo. Em relação ao bote, é raro ver instrutores com o “kill cord” ou cabo de segurança do motor de popa preso ao colete, braço ou perna . Isso precisa mudar, o cabo de segurança do motor tem que estar preso obrigatoriamente ao instrutor, pois se o mesmo cai na agua o motor automaticamente será cortado. Há vários acidente provocados por este tipo de problema. Os veleiros estão em bom estado de conservação? Este também pode ser um fator essencial para a segurança. Existe planejamento de aulas? Qual o currículo? Você sabe como está sendo o aproveitamento do seu filho? Existem formulários pré montados que poderão te dar todas as informações detalhadas. Se este não é o perfil da escola do seu clube, indique a eles o Curso Básico de Instrutor da Cbvela. Hoje precisamos de profissionais em todas as áreas e escolas de vela não são diferentes. Se você tem alguma dúvida em relação a treinamento ou instrução para vela, entre em contato com a gente. Faremos o possível para sanar suas dúvidas!


ALMANÁUTICA

4 A Bordo

GIRO

Floripa - SC Copa Veleiros de Oceano

Regata Baía Sul No início de agosto foi disputada a Regata Baía Sul, válida como sexta etapa da Copa Veleiros de Oceano em Santa Catarina. “Esse momento é aquele que a gente deseja ficar cinco horas na água, pois estava perfeito”, festejou Marcelo Gumsão, timoneiro do Itajaí Sailing Team. O veleiro da classe ORC foi o fita azul (primeiro barco a cruzar a linha de chegada). “Nós temos um calendário nacional extenso, com as disputas da REFENO e Rio Santos, por exemplo, e as etapas da Copa Veleiros de Oceano são de um ótimo nível técnico, o que nos proporciona fazer ótimas regatas aqui e preparar bem o barco. O nível técnico da ORC também é muito forte aqui”, Marcelo Araújo Sacramento: Bons Ventos! acrescentou Gusmão. Na ORC, apesar de ser o fita azul o Itajaí A nova diretoria do Yacht Clube da Bahia Sailing Team terminou em segundo lutomou posse em julho. Marcelo Araújo gar na geral. O título da etapa ficou com Sacramento que traz vasto currículo de o Melody 5 (com vantagem de apenas 12 trabalho em prol do estado e da cidade de segundos). O Catuana Kim foi o terceiro Salvador é o novo Comodoro. Ele é advogado e já foi Deputado Estadual, Diretor de Turismo do Estado da Bahia, Cônsul de Benin, Diretor da Associação Comercial da Bahia, além de vice-presidente do jornal Tribuna da Bahia. Em 2014 ele foi O Veleiros do Sul comemorou os 40 anos o conselheiro mais votado da história do de fundação da Escola de Vela Minuaclube, com 546 votos. Seu vice é Roberto no, e os 42 anos da criação da flotilha de Duran, empresário do segmento de conOptimist com um jantar de comemoração gressos turísticos em nível internacional seguido de festa, com a cantora Fernanda (GT-Brasil 5), e diretor de relações InstiOliveira e o DJ Paulinho Sabóia, agitando tucionais do Salvador Destination, criado a noite. com o objetivo de fomentar o turismo de A data de fundação da Escola foi estipulaeventos e congressos na capital baiana. da em 1975, quando no dia 25 de julho foi Como Diretor de Vela, Antonio Saback, formada a primeira turma de Optimist sob empresário, administrador de empresas, e a direção do associado, Comandante Cardiretor do grupo Lebiscui. Sabak é nadavalho Armando. dor, mergulhador, além de velejador. Já a flotilha de Optimist, iniciou em 1972 e A festa da posse foi certamente o maior acontecimento social-náutico de toda a história da Bahia. A nova diretoria tem como proposta maior o fortalecimento das atividades desportistas náuticas, da natação, além de uma vasta programação social, com a realização de bailes sempre na última quinta-feira do mês. A próxima atração contará como destaque o cantor e ator Daniel Boaventura. Ivete Sangalo, Gal Gosta, Bell Marques, Durval Lélys, Alexandre Peixe, Regina Casé e Tuca Fernandes estão entre os sócios do 49 R$ Yacht Clube da Bahia. O clube é, ainda, a única instituição autorizada pelo MinisLIMPA BANHEIRO tério da Pesca e Aquicultura a organizar 500ML campeonatos de pesca oceânica na Bahia. Em média, 150 pescadores e 30 equipes participam regularmente dos torneios capitaneados pelo Yacht, sempre nos meses de outubro e dezembro. O Programa A Bordo e o Jornal Almanáutica desejam muitos bons ventos à nova Diretoria, com sucesso e o progresso que a náutica baiana merece!

Nova Diretoria no Yacht Clube da Bahia

Porto Alegre RS

Minuano faz 40

pela Costa

na ORC. Na classe C30 deu Corta Vento. Na RGS A, o Plancton terminou em primeiro, à frente do Argonauta. Na RGS B o grande campeão da etapa foi o Zephyrus seguido pelo Bom Abrigo. Na RGS C o mais rápido foi o Tintiun com Vento Solar em segundo. Já na RGS C, o Carino foi o vencedor da etapa com Y Jurerê Mirim em segundo e Quival em terceiro. A próxima etapa da Copa Veleiros de Oceano prossegue agora em setembro.

Disputas: Bom nível na flotilha ICSC

Azimuth forma marinheiros No final de julho encerrou-se uma turma em Balneário Camboriú (SC), com aulas da turma do curso básico para formação de tripulantes de toda a região sul de embarcações da Azimut Yachts com apoio e certificação do SENAI (Serviço Nacional de Aprendizado Industrial). Cerca de 100 marinheiros participaram dos cursos às tripulações da Azimuth no Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. O estaleiro também tem estudado o desenvolvimento do curso de nível avançado focado para os marinheiros que já concluíram o nível básico, e possuam algum conhecimento técnico e familiarização com os equipamentos presentes dentro do iate. O estaleiro prevê abertura de novas turmas a partir de setembro. Mais informações podem ser solicitadas através do telefone: (47) 3405-0505.

teve como primeira capitã a associada Rita Investimentos X Resultados... Richter. O nome Escola de Vela Minuano foi homologado anos depois, em maio O Veleiros do Sul dá, mais uma vez, um de 1983, na Comodoria de Lászlo Gyozo bom exemplo de retorno do investimento Böhm. Parabéns a todos! na base. Os velejadores do clube do Rio Grande do Sul participaram do Mundial de Optimist em Dziwnow na Polônia. Foram eles: Tiago Quevedo, Tiago Monteiro, João Emílio Vasconcellos, João Pedro Tatsch e Mateus Oliveira. Gabriel Lopes também se classificou para o Mundial, mas em função da idade e perfil físico já está ingressando na classe 420 e não integrou a equipe brasileira, que ainda contou na equipe, com o técnico Átila Pellin e o Team Leader Cássio Lutz do Canto. Fica o exemplo aos cluFlotilha Minuano faz 42 anos no VDS bes que almejam bons atletas...

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Foto: Jornal A Tarde

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XXVII Taça Comodoro Helvécio Leal

Poluição e polêmicas há menos de um ano das Olimpíadas do Rio

Uma das mais tradicionais provas da vela capixaba, a Taça Comodoro Helvécio Leal aconteceu em sua 27ª edição no início de agosto, no Iate Clube do Espírito Santo (ICES). Com participação de 22 veleiros das Classes HC16, Snipe e Laser Radial, a competição foi criada em 1988 pelo ex-diretor de vela Beto Câmara Gomes em homenagem ao ex-Comodoro Helvécio Leal, um dos maiores dirigentes (84 a 86) e empreendedores do clube. Incentivador da vela, ele foi o responsável por criar a

sede social do Clube e a garagem de vela. Ao final o pódio ficou assim: Na Laser Radial em primeiro ficou Fabio Falcão, seguido de Bryan Bremenkamp e Denise Mesquita. Na Snipe, a dupla Rodrigo Stephan e Bruno Falco, levou o ouro, seguida de Rodrigo Brito e André Tancredi, com Luciano Secchin e João Ammar em 3º. E na HC 16, Tarcissio Bruno e Jermaine Brandão, em segundo Davi Zanotti e João Vitor, e fechando, Artur M. Rodrigues e Edna N. Rodrigues.

Porto Alegre RS

Geison Mendes e Gustavo Thiesen são tricampeões Sul-americanos

A dupla de 470 masculino do Veleiros do Sul Geison Mendes e Gustavo Thiesen conquistou no início do mês de agosto, o tricampeonato no Sul-americano da classe 470, na Semana Internacional de Vela do Rio de Janeiro. A equipe, que disputa a vaga para representar o país nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016 deu mais uma vez mostra de preparo e competência superando os adversários sul-americanos. A dupla defendeu o título conquistado nos anos anteriores (2013 e 2014).

Búzios quer as disputas de vela por lá. Ricardo Winick, o Bimba, apoia a ideia Há menos de um ano das Olimpíadas do Rio de Janeiro, ficou claro que a poluição vai continuar por lá. Búzios quer levar a vela para suas águas...

A dupla na foto de Fred Hoffmann

Clube Itaupu. Na grande festa, mais de 60 veleiros de diversas classes participaram: C16, HC14 Snipe, Lightning, 470, 420, Olímpico, FD, Star, Finn, Laser Standard, Laser 4.7, Laser radial, Mini-Oceano G1, G2 e G3, Marreco, Byte, Dingue, DayII Circuito Guarapiranga -Sailer, Microtonner, 2.4, AClass, Poli 19 e Flash 165. Ao final a tradicional confraVai muito bem o II Circuito Guarapiran- ternização. Parabéns ao Itaupu! ga de 2015. No dia 29 de agosto, foi a vez do Clube de Campo São Paulo sediar uma Copa YCP etapa. A 4ª etapa. A competição é realizada A 6ª Etapa da Copa YCP de Vela (Yacht pelos clubes ASBAC; Yacht Clube Itaupu; Clube Paulista) aconteceu com pompa e Clube de Campo Castelo, Clube de Cam- circunstância no início de agosto. Com po São Paulo e Yacht Club Paulista, todos presenças ilustres de diversas autoridades, na Guarapiranga, que se organizaram para entre as quais John Bennet, vice-presidente essa competição. Com o objetivo principal da CBVela, e a Coordenadora da Vela Jode divertir e confraternizar os velejadores, vem da CBVela, Maria Hackerott, a festa cada clube sedia uma das etapas. Promo- de premiação coroou com êxito o evento. vida entre os meses de março a dezembro, com oito etapas no total, a competição tem o apoio da FEVESP, a Federação de Vela do Estado de São Paulo. Os barcos participantes são categorizados em grupos, com um rating próprio da competição, e por isso largam todos juntos. Essa foi a fórmula criada e que deu muito certo para que as diferentes Classes possam estar juntas e fazer sempre as lindas largadas que tem acontecido em cada etapa. Fica o exemplo!

Guarapiranga SP

Regatas em SP

81 Anos do Itaupu No início de agosto foi realizada a regata de abertura do segundo semestre na Guarapiranga, e que comemorou os 81 anos do

Medalha da Copa YCP

Foto de Rafael Troiano

Mais de 10.000 atletas de duzentos e cinco países devem competir nos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. Dos mais de 10 mil atletas, 1.400 deverão velejar, remar – ou pior, nadar - nas águas poluídas da Baía da Guanabara e da Lagoa Rodrigo de Freitas. Encomendada pela Associated Press, uma pesquisa realizada pela Universidade Feevale (Federação de Estabelecimentos de Ensino Superior em Novo Hamburg, Preto Alegre - RS), concluiu a presença de altos níveis de vírus e bactérias de esgoto humano. Em duas amostras, os níveis encontrados estavam mais de 10 vezes acima do aceitável, possibilitando contaminação dos atletas para doenças como cólera, desinteria, hepatite A e febre tifóide. Em Copacabana, os testes não encontraram nenhum excesso de concentração de coliformes fecais. Búzios quer sediar as competições de vela Com apoio do Búzios Convention & Vistors Bureau, a Associação de Hotéis, e Associação Comercial e Empresarial de Búzios, foi montado em Búzios um movimento para tentar viabilizar a vinda das competições dos esportes de vela para o balneário. Uma carta com a assinatura das três entidades foi endereçada ao Governo do Rio de Janeiro, à prefeitura da cidade, às secretarias de Esporte e Meio Ambiente (municipal e estadual), ao Governo Federal, ao Comitê Olímpico e Internacional (COI), ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e às federações de vela nacional (CBVela) e internacional. Cristiano Marques, Diretor executivo do Búzios Convention afirma que “as entidades não pretendem enfraquecer a cidade do Rio de Janeiro, mas

colaborar como o Rio”. Buzianos como o recém medalhista de ouro do Pan (e Tetracampeão), Ricardo Winick, o Bimba, apoia a ideia: “Se resolverem trazer as Olimpíadas para Búzios, tenho todo interesse, seria um sonho competir em casa”, disse. Em uma entrevista para o site G1, ele afirmou acreditar na existência de uma pressão de equipes estrangeiras para que as regatas sejam feitas lado de fora da Baía, onde o regime de ventos e de marés é menos complicado e não exigiria o conhecimento local que ele e outros brasileiros tem: “Acho que os estrangeiros estão aproveitando a questão da poluição para tirar as regatas da Baía e levar para o mar aberto, tirando a nossa vantagem”, disse Bimba. “Eu bebo a água da Baía, que respinga na minha cara, e nunca fiquei doente. Também não conheço nenhum velejador que tenha ficado doente. A água continua igual, vai melhorar nos Jogos com os ecobarcos, mas depois vamos voltar à realidade. Eu lamento muito que o sonho de limpar a Baía não vá acontecer”.

Regata Colégio Naval

O Grêmio de Vela do Colégio Naval realizou XXXVI Regata Colégio Naval, em Angra. Como parte dos festejos do 64ª aniversário do Colégio Naval, houve uma extensa programação que se estendeu por uma semana e incluiu além do tradicional almoço, exposições, um concurso, apresentação da Banda da Música do Colégio Naval, além, claro, da tradicionais regatas e canoagem. Participaram 78 veleiros nas classes Dingue, Holder, Laser dupla, Laser individual, Open Bic, Optmist, APS, Cruzeiro, ORC, RGS, Skipper 21. Além dessas provas houve canoagem, remo escaler, rústica terrestre e rústica natatória.


ALMANÁUTICA

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Como registrar seu EPIRB

Em primeiro lugar você precisa entender que esse procedimento levará algum tempo. Envolve burocracia e, portanto, paciência. Se sua intenção é usar um Epirb, a primeira providência é obter um código MMSI (Maritime Mobile Service Identity) registrado junto à Anatel. Esse número deve ser solicitado junto com o registro de seu VHF como “Estação Navio”, no mesmo formulário. Se você já tem a Estação Navio mas não solicitou o MMSI, deve usar esse mesmo formulário que pode servir apenas para solicitá-lo. Para isso, a melhor maneira é buscar no Google pelos termos: “Anatel Formulário de requerimento do Serviço Móvel Marítimo para licenciamento de embarcações”. Você vai achar o link direto para o arquivo em PDF do formulário. Depois busque pelas instruções de preenchimento pelos mesmos termos acima, acrescentando “roteiro” depois de Anatel. Esse roteiro vai explicar passo a passo como preencher cada campo da solicitação. Uma informação importante é que, tanto o rádio VHF, quanto o Epirb, precisam ser homologados aqui no Brasil. Na prática, isso significa que um Epirb comprado lá fora pode trazer complicações para fazer esse registro junto à ANATEL. Existe uma lista na ANATEL onde você encontra

Adeus pôr do sol?

Jacaré - PB

Os quatro bares e restaurantes que ficavam às margens da Praia do Jacaré, em Cabedelo, Região Metropolitana de João Pessoa, foram demolidos. A Justiça Federal determinou a demolição por entender que a área pertence à União e estava irregular. A partir de um acordo feito entre os donos dos bares, o Ministério Público Federal (MPF), o Exército Brasileiro e a Secretaria do Patrimônio da União (SPU), deu aos comerciantes o prazo de dez dias para a demolição voluntária e retirada do material. A Prefeitura de Cabedelo tem um projeto para transformar a área no Parque Turístico Municipal do Jacaré. “Como se trata de uma área pública, a única maneira de fazer com que se utilize este espaço é através de um processo licitatório aberto a todos. A única forma destes comerciantes voltarem para cá é vencendo a licitação”, comentou o secretário de Turismo do município, Omar Gama. Maior atrativo da Praia do Jacaré é o por do sol às margens do Rio Paraíba, durante o qual o músico Jurandy do Sax toca a bordo de uma canoa, o Bolero de Ravel há mais de 10 anos. Uma performance criada pelo saxofonista, que já ultrapassou as 5.300 apresentações. “Porque não preparam o novo projeto para depois re-

tirar os restaurantes? Se já estão lá a mais de 15 anos, será que não se poderia esperar mais um ou dois?”, pergunta Jurandy. “Continuamos com nossa apresentação diária do Bolero de Ravel no Por do sol fazendo a apresentação em respeito às pessoas que já estavam procurando aquele lugar em busca desse espetáculo”, comentou o saxofonista. “Essa lacuna que se abrirá entre a retirada e a construção do novo projeto podem trazer

prejuízos irrecuperáveis para o nosso turismo. Onde ficarão os turistas que vem de outras cidades, como Natal, Recife? O famoso bate-e-volta? E os grupos de terceira idade? E se estiver chovendo? E a famílias das quase trezentas pessoas que trabalham naqueles estabelecimentos? Sinceramente eu lamento, inclusive por mim, que faço parte desse grupo”, desabafou em seu perfil no Facebook. É aguardar para saber o que será feito...

esses modelos e marcas. Antes de comprar, certifique-se que o aparelho é homologado. Após o preenchimento do formulário, ele deve ser enviado pelo correio (no site da Anatel você acha o endereço de sua localidade). Fica o conselho: ligue para o escritório regional mais próximo e confira suas dúvidas, porque a entrega e a devolução após a atribuição do número MMSI são demoradas. Insista pelo telefo-

ne e cobre urgência. Às vezes funciona... Com seu MMSI em mãos, o segundo passo é feito com a compra do aparelho. O revendedor manda o Epirb para um laboratório de ativação (a ativação é feita em um local blindado para que o sinal não se propague na ativação). O serviço já está incluído no preço do Epirb pois o laboratório é do próprio distribuidor. Em geral cobra-se apenas o frete e um seguro.

Isto feito, o último passo é fazer o registro junto à aeronáutica, no Centro Brasileiro de Controle de Missão (BRMCC) no endereço www.brmcc.aer.mil.br Lá existe toda a instrução e será a hora de preencher o famigerado número do MMSI. A loja Velamar (www.velamar.com.br) tem Epirb a pronta entrega e para quem já tem MMSI, providencia a ativação, que demora cerca de 10 dias. Vale conferir!

Jurandy do Sax toca diariamente há mais de 15 anos no final de tarde...


Vela e Educação Física

devido a força de empuxo do deslocamento de água descoberto por Arquime(parte VII) des. Que a ação da força com que o vento bate na vela cria uma reação obedecendo Peter Thomas Comber é Professor e às leis de Newton de ação e reação, geinstrutor de vela e fala sobre a rando um vetor que movimenta o barco modalidade como ensino nas escolas em uma direção. De que sem um sistema Abordagem referente à física de polias para reduzir estas forças, seria Quando estudamos Física na sala de aula muito difícil conseguir regular as velas tradicional, é extremamente difícil e tedio- para se navegar um barco... so compreender os conceitos de mecânica, sistema de reduções de polias, vetores, as leis de Newton e Arquimedes através da simples abstração de desenhos na lousa, ou figuras de apostilas. Porém, em um barco a vela, todos estes conceitos são melhor assimilados, pois os alunos percebem que o barco só consegue flutuar

Salvador - BA Bahia quer Stopover da Volvo Ocean Race Após alguns anos perdendo eventos náuticos para outras cidades e estados brasileiros, a Bahia e a cidade de Salvador entraram na briga para trazer a etapa brasileira da Volvo Ocean Race (VOR) para suas águas. No início do mês de agosto, Nelson Pelegrino, secretário de Turismo do Estado da Bahia, em parceria com a Prefeitura da cidade de Salvador (Secretaria de Cultura e Turismo e da Saltur), com o apoio do Yacht Clube da Bahia, entrou com o pedido junto à organização. Eles tem até outubro para preparar a proposta, cujo prazo de decisão por parte da Volvo Ocean Race é janeiro de 2016. Em entrevista ao Programa “A Bordo”, parceiro do Jornal Almanáutica neste domingo, Nelson Pelegrino comentou que “a importância do evento é fundamental. A visibilidade que trará ao nosso estado e à cidade de Salvador é muito grande. Um dos itens estabelecidos para esse pleito pela organização da Volvo é a cidade proponente ter experi-

Bahia em Kiel

Lehrke: Mundial da Juventude à vista Jonathan Lehrke, atleta da Equipe de Vela do Yacht Clube da Bahia, conquistou nesse domingo (28) o 9º lugar na Semana Internacional de Vela de Kiel, na Alemanha, na Classe Laser Radial. Competindo contra 75 velejadores de diversos países, Lehrke teve uma atuação brilhante, sempre se classificando entre os primeiros nas 11 regatas realizadas. O atleta de 17 anos, formado pela Escola de Vela do Yacht Clube da Bahia é uma das principais promessas da nova geração de velejadores do Yacht que participam de um programa implantado no Clube recentemente, visando o alto rendimento na Vela. O próximo desafio do atleta será a Copa da Juventude, a ser realizada em setembro, na represa de Guarapiranga, em São Paulo, quando tentará a vaga para representar o Brasil no Campeonato Mundial da Juventude. Foto: Maurício Cunha

ência na organização de grandes eventos públicos, e isso a Bahia tem bastante”, comentou. A capital baiana concorre com a cidade de Itajaí, que foi sede das duas últimas paradas da VOR no Brasil, que tem sido parada (stopover) da VOR desde seu início. Em 1973 foi no Rio de Janeiro, assim como nas edições de 1977, 2002, 2006, e 2009. A edição de 1997 teve como stopover, São Sebastião e Itajaí, nas duas últimas edições, em 2012 e 2015. Em 1972 a Cervejaria Inglesa Whitbread e a British Royal Naval Sailing Association reuniram-se para patrocinar e organizar uma regata de volta ao mundo que foi chamada “Whitbread Round the World Yacht Race”. Em 2001 a empresa sueca Volvo assumiu a organização e o patrocínio da regata, dando nome à competição. A próxima Volvo Ocean Race terá início em setembro de 2017.

Brasília - DF Motonáutica BSB No início de agosto o Iate Clube de Brasília realizou o 1º Torneio Comodoro de Motonáutica, com provas de Jet Ski e Rali de Regularidade de Lanchas. O evento contou com a participação do jovem Davi Prado, piloto de jet ski que traz no currículo vários títulos nacionais e internacionais. As provas de jet reuniram 14 competidores e empolgaram a animada torcida durante as três baterias realizadas. No final da tarde, foi dada a largada do Rali de Regularidade de Lanchas, que exigiu dos participantes muita concentração para navegarem com a ajuda do GPS. Subiram ao pódio Marcelo Galerani, Ângelo Fragomeni, Flávio Motta, Luiz Alberto de Freitas e Marco Antônio Lacerda.

Adaptada

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O Cota Mil Iate Clube de Brasília realizou no final de agosto o primeiro Torneio Feminino de Vela Adaptada, onde alunas do núcleo de Vela Adaptada de Brasília competiram em três regatas com duração aproximada de 40 minutos cada.

Rio de Janeiro - RJ Evento Teste

Santos - SP Agito oceânico Circuito Santista 6ª Etapa No final de agosto foi realizada a 6ª Etapa do Circuito Santista de Vela Oceânica. Organizado pelo Clube Internacional de Regatas, com o apoio do Iate Clube de Santos, as Classes convidadas foram IRC, ORC, RGS A, B e Cruiser, além de veleiros de oceano sem medição. Após a regata houve a confraternização dos participantes com canoa de bebidas na Sede Náutica do Clube Internacional de Regatas. A regata contou pontos para o Circuito Santista de Vela Oceânica 2015 com premiação geral dos 03 primeiros colocados de cada classe no final do campeonato, em data a ser definida.

Volta da Laje da Conceição O Iate Clube de Santos, dando continuidade ao projeto da realização de regatas de percurso oceânico, realizou com o apoio do Clube Internacional de Regatas, a Regata Volta da Laje da Conceição. A competição foi realizada no fim de semana prolongado, com o feriado de dia 12 de outubro, propiciando melhores condições de participação aos inscritos. Participaram as classes de veleiro oceano IRC, BRA-RGS A e B e RGS-Cruiser. A Laje da Conceição fica a 24 mn da Baia de Santos, em frente à cidade de Itanhaém.

Estrangeiros dominam evento teste...

Com o Pão de Açúcar ao fundo, um pôr do sol melancólico como a participação brasileira encerrou no final de agosto o evento teste para as olimpíadas do Rio 2016. Como já havia acontecido pouco tempo antes na 28ª edição da Semana Internacional de Vela do Rio de Janeiro, os estrangeiros deram os tons coloridos em cima do pódio verde e amarelo. Com representantes em todas as dez classes olímpicas na competição, o Brasil disputou cinco finais. Apenas Martine Grael e Kahena Kunze levaram o ouro na 49er. A partir daí foi ladeira abaixo com Scheidt na melhor colocação, um quarto lugar na Laser. Entre os 50 países participantes, 19 obtiveram medalhas, com destaque para a França, com cinco pódios, entre eles o de Charline Picon, campeã na classe RS:X na regata de 2014 e bicampeã agora. Por país, os resultados foram os seguintes: 470 masc: Áustria, França e Croácia. Brasil 17º. 470 fem: EUA, Grã Bretanha e Nova Zelândia. Brasil 12º. 49er masc: Nova Zelândia, Áustria e Alemanha. Brasil 13º. 49er fem: Brasil (Ufa!), Itália e Suécia. Finn: Grã Bretanha, Finlândia e Holanda, com Brasil em 9º. Laser masc: Itália, França e Austrália. Brasil 4º. Laser feminino: Lituânia, Bélgica e Holanda. Brasil 9º. Nacra 17: Austrália, França e Holanda, com Brasil 15º. RS:X Masc: China, Grécia e França. Brasil 7º. RS:X Fem: França, Polônia e Espanha, com Brasil 11º. Foto: Mathilde Molla/CBVELA


ALMANÁUTICA

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Desaparecimento do veleiro Tunante

Sail Amsterdã

A Marinha do Brasil divulgou o relatório final do inquérito administrativo sobre acidentes e fatos da navegação (IAFN) sobre o desaparecimento do veleiro de bandeira argentina Tunante II. O veleiro foi dado como desaparecido com seus quatro tripulantes em 27 de agosto de 2014. O relatório que foi finalizado em junho deste ano descreve a situação presente durante o último contato do veleiro com o navio Selje, de ventos de até 45 nós e ondas de 8 metros de altura. O navio chegou a se aproximar cerca de 150 meAmsterdã: Foram 6.500 embarcações na grande festa da náutica de lazer tros do veleiro, mas devido 18, e também para os gigantescos barcos da Colaborou: Renato Avelar marinha russa e chilena, os maiores navios às condições de mar e vento não pode resgatar os Assim como um muçulmano deve ir à a vela presentes aqui. Se puder, venha visi- tripulantes nem Meca uma vez na vida, um amante do mar auxiliar de qualquer maneira. deve ir uma vez na vida ao Sail Amsterdã. O depoimento apresentado pelo Mestre da Esse evento é o maior evento náutico do embarcação Kopesca, Vitor Valverde, que mundo. Por aqui, a vela de lazer é o centro achou a balsa salva-vidas do Tunante em das atenções. O Sail Amsterdã acontece de 12 de outubro de 2014, descreve o estado cinco em cinco anos, e começou em 1975 da balsa como “Semi afundada”, sem nincom o objetivo de comemorar os 700 anos guém a bordo. Foram encontrados objetos de Amsterdã. Em 2015 a cidade comemora como uma camiseta amarrada, um blusão os 740 anos e para dar brilho à festa, mais de 6.500 barcos - além dos Tallships de todo o mundo - estiveram atracados por Os Tallships foram destaque na festa aqui. Destaque para o navio veleiro Gothemburg da Suécia, um barco do século tar um dia. Bons ventos!

Hobie Cat Paranaense

Ilhabela - SP A festa do Camarão

cozinha preparando seus pratos – claro – à base de camarão. A regata foi organizada pela Mar&Vela, de Ilhabela e no final ficaram assim os resultados: Clássico, Suzy Girl, seguido de Henrietta II e Bruxa do Mar. Bico de Proa A Cambada, Cocoon e Alísios. Quem levou na RGS C foi o Ariel, na B foi o BL3 e na RGS A o Fantasma. H2Orça, Travessura e Fandango fecharam o pódio na Classe Família enquanto o Devaneio levou na Bico de Proa A e o Conquest na HPE, com Xereta em segundo.

Trinta veleiros disputaram na raia... Durante o mês de agosto foi realizada a 15ª Regata do Camarão em Ilhabela, como parte da programação do 20º Festival do Camarão de Ilhabela, organizado em conjunto pela Associação Comercial e Prefeitura de Ilhabela. O evento teve a participação de 40 restaurantes, que criaram pratos exclusivos comercializados a preços diferenciados. Além dos restaurantes, uma grande estrutura coberta montada no centro histórico onde aconteceram diversos shows de Jazz e Blues. No espaço também houve a “Cozinha Show” com apresentação de chefs de

veleiro a “Fortuna do Mar”. Esse termo é usado no Direito Marítimo (que legisla baseado em leis e acordos internacionais assinados) em um “caso fortuito e força maior, ou ainda, qualquer outro evento que ocorra no mar”.

Foz do Iguaçu - PR Em quatro regatas os velejadores estavam juntos nas primeiras posições. Tecnicamente os barcos velejaram mais próximos em relação ao campeonato do ano passado. Isso é resultado do aperfeiçoamento das manobras nos treinos”, avalia o velejador Allan Godoy, que é coordenador técnico do Projeto Velejar é Preciso do ICLI. Sérgio Mousquer, coordenador geral do projeto, afirma que a boa participação dos velejadores do ICLI neste campeonato e outros em diferentes classes é resultado da do bom trabalho desenvolvido pelo clube com o apoio de parceiros, entre eles, a Itaipu Binacional. “O intuito da nova diretoria é ampliar as ações do projeto com parcerias na área de pedagogia, educação física, nutrição e psicologia, além de aperfeiçoamento técnico na prática da vela em Foz do Iguaçu”, explica Mosquer.

Transat Jacques Vabre

e depois caíram na festa do camarão Fotos: Diana Melchheier

Sayonará, Brasil! Para marcar os 120 anos do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação entre o Japão e o Brasil, a Esquadra de Treinamento da Força Marítima de Autodefesa do Japão esteve por 11 dias em nosso país. Nesse período, visitou três portos brasileiros. O primeiro foi do Recife/PE, seguido do Rio de Janeiro/RJ e por último, Santos/SP. Os navios de treinamento “KASHIMA”, “SHIMAYUKI” e o navio de escolta “YAMAGIRI” vieram com 710 militares japoneses, sendo 169 guardas-marinhas recém formados na academia militar como aspirantes a Oficial. A Esquadra Japonesa realiza uma navegação transoceânica de instrução, com o objetivo de formar os futuros oficiais por meio de adestramentos no mar, bem como para cultivar e promover a amizade entre os países visitados.

Catorze velejadores participaram no fim de semana dos dias 1 e 2 de agosto, do Campeonato Paranaense de Hobie Cat 16 organizado pelo Iate Clube Lago de Itaipu ICLI, em Foz do Iguaçu. Os velejadores do Projeto Velejar é Preciso do ICLI disputaram a competição estadual em duplas. Nos dois dias de competição foram oito regatas bastante disputadas com ventos bons no Lago de Itaipu, em frente à sede recreativa do ICLI. Vencendo cinco das oito regatas realizadas, a dupla campeã paranaense de 2015 foi Allan Godoy e José Eduardo Costa. Os velejadores Andrey Godoy e João Pedro Alves conquistaram o vice-campeonato, seguidos de Renan Amaral e Guilherme Miayki. “A disputa foi acirrada.

e uma pochete com documentos e outros objetos pessoais. Devido à falta de evidências quanto a falha humana, de materiais ou de procedimentos envolvidos, a conclusão apresenta a causa determinante do desaparecimento do

O Shimayuki e o Yamagiri atracados Ao todo foram 160 dias de navegação, passando por 12 países: Estados Unidos (Pearl Harbor e San Diego), Guatemala (Quetzal), Honduras (Cortés), Colômbia (Cartagena) e na República Dominicana (Santo Domingo), Brasil, Uruguai (Montevidéu), Argentina (Buenos Aires), Chile (Valparaíso), Peru (Callao), Nicarágua (Corinto), México (Manzanillo) e Estados Unidos (Hilo), de onde partiram de volta para o Japão.

Domingo dia 25 de outubro de 2015, as quatro classes presentes na 12ª edição da Transat Jacques Vabre partirão de Le Havre (FR), rumo à Itajaí, num percurso único e direto de 5.400 milhas. Há 22 anos a cidade de Le Havre recebe os concorrentes e a largada da Transat Jacques Vabre. E pela segunda vez, a linha de chegada da competição será Itajaí, no Brasil. “Itajaí insere definitivamente seu nome no cenário dos grandes eventos esportivos internacionais ao voltar a receber a Regata Transat Jacques Vabre, uma das mais importantes provas náuticas do mundo. Nos sentimos honrados e felizes, agradecemos a organização do evento pela confiança em nosso trabalho e esperamos por todos na nossa cidade!” explica Jandir Bellini, Prefeito de Itajaí. Em 2015, a Transat Jacques Vabre reune

Penido e Araújo: Brasil na Transat

Class 40 é o barco da dupla para 2015 quatro classes de monocascos e de multicascos: Class40, Multi50, Imoca e Ultim. São dois navegadores em cada barco e o Brasil está representado pela dupla Eduardo Penido e Renato Araújo. Eles competirão com o veleiro Zetra, que já está na Europa em testes. Conheça o ZETRA Classe: Class 40 Número de vela: BRA 130 Comprimento: 12,19 m Largura: 4,5 m Calado: 3 m Porto de origem: Lorient Arquiteto: Sam Manuard Construtor: JPS Production Ano do lançamento na água: 2013


kite

Skate Paddle

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Campeonato Mundial Foil Board e Formula Kite

Com prancha maior, molas, e stick para impulsionar: Esse é o Skate Paddle Importada do Havaí (alguém duvidava?) e praticada pelo Brasil (principalmente nas grandes capitais), um novo tipo de esporte anda chamando a atenção. É uma mistura de stand up paddle e skate. Chamado de skate paddle essa novidade é realizada no asfalto com apoio de sticks, o que seria equivalente ao remo no SUP. Esses apoios feitos de madeira, bambu, aço ou até fibra de carbono nos mais sofisticados, possuem borracha na extremidade para auxiliar o impulso. Os skates são apropriados e mais longos (chegam a 1,80 m). Essa prancha é chamada de hangboard. Além de ser maior, entre o eixo e as rodas existem molas capazes para reproduzir alguns movimentos inspirados no surfe. Vai encarar?

Canoa Porreta Dupla baiana formada por Isaquias Queiroz e Erlon Souza garante vaga na canoagem para as Olimpíadas do Rio 2016

o Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, na C2 (canoa para dois). No sábado anterior, dia 22, Isaquias já havia conquistado a medalha de bronze, garantindo sua vaga no C1 para 200m.

No final de agosto, a dupla baiana formada por Isaquias Queiroz e Erlon Souza conquistou a medalha de ouro no Campeonato Mundial de Canoagem de Velocidade em Milão, na Itália, na categoria C2 para 1000 metros. Pra quem não é familiarizado, existem diversas categorias na canoagem, mas basicamente as categorias olímpicas se dividem em C e K. C para canoas e K para caiaques, com 1, 2 ou 4 pessoas. O número depois da letra define a quantidade de tripulantes. Assim, Isaquias e Erlon garantiram a segunda vaga para 2016: Isaquias e Erlon garantem vaga Continuação da pág. 03

&

Meteorologia Oceanografia

...soma e não de subtração. Nos últimos 200 anos o rápido crescimento das taxas de emissão de CO2 antropogênico na atmosfera, e que afeta diretamente o processo de acidificação dos oceanos por meio da interação ar-água, está diretamente relacionado à queima de combustível fóssil, e isto terá consequências ruins nas próximas décadas. Em 2008 a concentração de CO2 na atmosfera era de aproximadamente 383 partes por milhão por volume (ppmv), um nível que nunca foi observado nos últimos 650.000 anos, e as projeções apontam para um crescimento de 0,5% por ano ainda dentro do século 21. Nas águas costeiras e rasas, a reação dos microrganismos ao processo de acidificação é quase imediata, mesmo com a renovação da água provocada pelo movimento das marés. Somemos a isso o fato de que a cada ano que passa, observamos a redução da quantidade de veleiros na costa brasileira e um aumento da quantidade de lanchas, o resultado só pode ser um. Águas costeiras aparentemente saudáveis, mas com a quantidade de vida reduzida. Só água e

De 8 a 19 de julho a cidade Italiana Gizzeria foi palco de duas importantes competições de regatas de kite: A 3ª etapa do Kite Foil Gold Cup e o Campeonato Mundial de Formula Kite. A primeira semana de competições foi dedicada aos Foil Boards. Foram 24 atletas inscritos e domínio absoluto dos franceses, que ficaram com as três primeiras posições. Destaque para o primeiro lugar, Maxime Nocher, que venceu a maioria das regatas com certa tranquilidade. Entre as mulheres, a inglesa Steph Bridge ficou com o primeiro lugar. Nenhum brasileiro esteve presente no evento. Terminada as disputas de foil, a Formula Kite entrou em ação. Foi a vez de 64 homens, 11 mulheres disputarem O “bebê”, Carlos Mário voando baixo... durante cinco dias para ver quem subia no degrau mais alto do pódio. O inglês Olly cação no geral. O Maranhense Bruno Lobo Bridge esteve imbatível durante todo o ficou na 23 colocação. evento. Ele permaneceu na primeira posição durante a maior parte do tempo, porém Brasileiro Brilhando no Freestyle um enroscamento na “medal race” custou Não é de hoje que os meninos da o seu titulo pelo segundo ano consecutivo, dando espaço para o Francês Maxime No- lagoa do Cauipe (CE) conquistam boas pocher levar o título para a França e se con- sições no cenário mundial de Freestyle. E sagrar o grande atleta vencendo as duas o atual campeão brasileiro, Carlos Mario – o bebê - vem se destacando e vencendo competições. Entre as mulheres, a Russa Elena as etapas disputadas em Tarifa (ES) e Ilhas Kalinina e Seph bridge (GB) disputaram Canárias, e dando um passo importante na regata a regata. Mas esse ano a jovem Rus- conquista do inédito título mundial do estisa de 15 anos levou a melhor e conquistou lo livre para um brasileiro. Quem conhece a historia desse seu primeiro título mundial. Já na categoria Máster, o Paraiba- menino de 17 anos fica ainda mais feliz no Wilson Bodete conquistou seu terceiro com sua superação e conquista deste sotitulo consecutivo com muita regularidade nho. A torcida continua, e a próxima etadurante todos os dias de regatas. Ele foi o pa será na Alemanha. Quem sabe mais um melhor brasileiro, terminando na 16º colo- passo na conquista deste objetivo. Nayara Licarião é hexacampeã brasileira de kitesurf, mora e veleja em João Pessoa

Boat on the Rock Roger Daltrey, vocalista da banda The Who esteve em Gosport, cidade inglesa onde fica o escritório da Clipper Race, para desejar boa sorte à tripulação da mais longa regata de volta ao mundo e apoiar seu amigo Gary Colt, cozinheiro que tem um restaurante na Ilha caribenha de Nevis, onde ele conheceu Roger. Velejador desde criança, Garry decidiu competir na Clipper Race para arrecadar fundos para as instituições de caridade dirigidas pelo vocalista do The Who, que apoiam vítimas do câncer. Enquanto checavam os sistemas de navegação Roger confessou: “Eu sempre tive um sonho de ter um barco à vela e ficava imaginando o mar azul e o por do sol. Então decidi cruzar o Atlântico no Queen Mary II e percebi que nem um navio é grande o suficiente para mim, Por isso meus sonhos de ter um barco a vela foram jogados pela janela”, contou.

nada mais. Isso você encontra na piscina de qualquer clube. Nas décadas de 80 e 90 encontrar mariscos no Saco do Céu (Ilha Grande) era algo corriqueiro, hoje em dia só mesmo com muita paciência e protetor solar nas costas. Outra preocupação é o impacto causado nos microrganismos que necessitam de calcificação para sobreviver, talvez estes não estejam preparados para se adaptar rapidamente às mudanças e venham a se extinguir. Pesquisas mostram que o estado de saturação do carbonato de cálcio (matéria prima de algumas conchas) está sendo alterado pelo aumento do índice de acidificação nas águas costeiras, resultando em uma grande redução das colônias de crustáceos em determinadas regiões. Buscar alternativas mais sustentáveis para o dia-a-dia no mar e optar por soluções menos contemporâneas talvez não seja mais uma questão de escolha para os mais responsáveis. Ao realizar um mergulho em determinado local que costumamos frequentar, reflitamos um pouco mais para nos dar conta o quão parte deste meio nós somos. Paremos para observar o que é mais fácil, reclamar que não viu vida alguma durante o mergulho ou fazer a nossa parte e propagar este estilo de vida mais integrado e respeitoso com o mar, que é a nossa casa durante muitos momentos... Roger “The Who” Daltrey visita a Clipper

Salvador - BA Aratu-Maragojipe

Muita festa na Aratu Maragojipe 2015 Quase 500 embarcações e 2.000 tripulantes distribuídos em 20 classes participaram da 46º edição da Regata Aratu-Maragojipe. “Acreditamos no nosso potencial de atrair turistas de toda a parte do mundo, por isso, apoiamos este tipo de evento esportivo”, disse Diogo Medrado, da Bahiatursa, que foi patrocinador máster do evento. Em carta aberta, o Comodoro do Aratu Iate Clube, Roberto Nadier, teceu elogios aos participantes. A festa de abertura contou com a presença do campeão de jet ski, Bruno Jacob. A competição tem origem em 1969 como Regata de São Bartolomeu, homenagem ao santo padroeiro de Maragojipe. Como todos os anos, os Saveiros de vela de içar, participaram abrilhantando o evento. Este ano eles largaram junto com o restante da flotilha, o que não acontecia anteriormente. O Fita Azul foi o veleiro MAGUNI, de Eduardo Costa , na Classe Mocra. Todos os resultados podem ser voistos no site da regata em aratumaragojipe.com.br Foto: Tatiana Conesa


ALMANÁUTICA

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CURTAS

MERGULHO

Apnéia: Conheça

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Uma luz no fim do túnel nas transmissões da vela pela Rede Globo: O talento de Lars Grael, que somado à tecnologia 3D digital, fez com que a reportagem sobre a vela nos Jogos Olímpicos Rio 2016 fosse uma verdadeira Aula Magna de vela para o público em geral. Deus mantenha... O paulistano Valdir Brito Júnior venceu a primeira etapa do 28º Campeonato Brasileiro de Jet Ski, realizada na Represa de Furnas, em Boa Esperança, no Sul de Minas Gerais. O piloto de São Paulo ganhou a categoria Runabout Turbo GP, considerada a Fórmula 1 da modalidade.

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Carol Schrappe é praticante de apnéia O mergulho livre ou apnéia (sem o uso de cilindros para respiração) é um esporte praticado há muitos anos, embora pouco conhecido do grande público. É praticado individualmente ou por equipes, e é dividido em 6 modalidades. Algumas são esportivas, enquanto outras são especificas para a obtenção de recordes. Vamos conhecer: Imersão Livre: É a maneira mais simples de apnéia. O mergulhador não usa nadadeiras nem lastro, desce e sobe auxiliado por um cabo. Apnéia Estática: Consiste em ficar o máximo de tempo sem respirar, normalmente na superfície, sem movimentação e normalmente é praticado em piscina. É uma categoria básica. Normalmente as competições tem uma combinação desta modalidade e de mais uma ou duas outras. Também funciona como uma base de treinamento para o atleta. Apnéia Dinâmica: O atleta percorre a maior distância horizontal. É praticada em piscina, no mínimo semi-olímpica (25m). Em competições normalmente é realizada com a Estática. Há duas sub-modalidades da dinâmica: com ou sem a utilização das nadadeiras. Lastro Constante: Praticada por atletas de alto nível, consiste em descer a maior profundidade possível sem o auxílio de nenhum equipamento, tanto para a descida como para a subida. Chama-se assim porque o mesmo peso (lastro) que o mergulhador usar para facilitar sua descida, tem que ser usado na subida. Também tem as sub-modalidades com e sem nadadeiras. Lastro Variável: Usa-se nadadeira e Sledge, um lastro especial para apnéia. Ele vai preso a um cabo e tem um freio. O atleta segura nele para descer, freia quando chegar à profundidade desejada. Na subida não pode usar o cabo. No Limits: Praticada para tentativas de recordes. O atleta usa o sledge para a descer e quando chega à profundidade desejada sobe com um balão de gás. A falta de esforço físico tanto na descida quanto na subida, é compensada pela dificuldade da alta pressão. Mergulhadora brasileira Carolina Schrappe é especialista em mergulho livre e recordista sul-americana em apnéia, detém nove recordes, entre eles, os 74 metros de profundidade sem respirar no Lastro Constante com nadadeiras. Você pode acompanhar Carol pelo Instagram @carolschrappe ou pelo seu site www.carolschrappe.com ou ainda pelo Face /carolschrappe de onde conseguimos a bonita foto dela que abre essa matéria. Ela faz palestras e promove cursos para quem quiser se iniciar ou se aprimorar no esporte. Acompanhe a agenda pelo site.

Papo de Cozinha

Abacaxi descolado

Túnel do Tempo Paulistas X Cariocas...

A charmosa e adocicada Piña Colada A receita é da Piña Colada e bem simples: Uma mistura de rum, suco de abacaxi e creme de coco, batido com gelo na coqueteleira. Há quem diga que foi criado por um barman chamado Ramon Marrero, em San Juan, Porto Rico, no hotel Hilton. Outros dizem que foi Don Ramon Mingot, barman do bar Barrachina, em Porto Rico, que inclusive tem em sua porta uma placa informando que a bebida foi criada lá. Essa receita leva leite condensado. Mas há outras referências anteriores e a mais antiga conhecida é de 1922. Também se fala que a piña colada seria fruto da falta de um ingrediente para um outro coquetel chamado Coco-Loco que era servido dentro do coco. Mas faltou o coco e substituíram por um abacaxi e assim entrou a fruta na receita.

Placa na entrada do Barrachina... Vamos a uma das possíveis receitas... Ingredientes: 2 doses de suco de abacaxi, 2 de rum, 1 dose de creme de coco, (ou 2 doses de leite de coco com 1 dose leite condensado, ou ainda o leite de coco e uma colher de sopa de açúcar branco), 4 a 6 pedras de gelo. Preparo: Coloque os ingredientes na coqueteleira e bata por aproximadamente 20 segundos para que a mistura se torne cremosa. Você pode enfeitar um copo alto com um pedaço pequeno e triangular de abacaxi. Por cima opte por um das delicias: canela, noz moscada ou coco ralado (ou duas, ou todas...).

A Classe Pinguim era nova (pouco mais de um ano) no Rio de Janeiro em 1960. O destaque veio no Correio da Manhã naquela quinta-feira, 14 de julho de 1960. A “grande atividade” das regatas entre paulistas, cariocas e até argentinos que vieram para as - na época nem tão poluídas - águas da Baía da Guanabara, para disputas saudáveis no final das férias, entre “a garotada do Pinguim”. Roberto Bueno, “pai do Pinguim na Guanabara” (foto), conta sua expectativa para as regatas e a cerimônia de premiação, na sede do Iate Clube do Rio de Janeiro, que seria feita pelo Embaixador da Argentina. Era uma época mais romântica da vela: “A mocidade veleira seguindo o caminho certo. Homens de reais valor (sic) estão sendo forjados nos pequenos barcos Pinguim”. Bons tempos...


Paraty - RJ

Foram convidados os representantes das diversas marinas locais, o Prefeito, o Comandante da PM, e da Polícia Civil da cidade, para juntos, discutirem possíveis providências legais, policiais, e colaborativas. A intenção é tomar medidas práticas no Em função de furtos e ações suspeitas sentido de melhorar a segurança para os ocorridos recentemente na região da Ilha navegantes da paradisíaca região, bem da Cotia e Enseada do Bom Jardim em Pacomo para o turismo náutico de Paraty raty, a ABVC - Associação Brasileira de como um todo. Velejadores de Cruzeiro tomou à frente e O Almanáutica vai acompanhar de perto No filme “Até o Fim”, de J. C. Chandor, solicitou uma reunião com diversos setores Robert Redford vive um velejador que soe divulgar os encaminhamentos! envolvidos na questão. fre um naufrágio ao bater seu veleiro em um contêiner em alto-mar. Sem computador, celular e rádio, molhaFaça como eles: Mande um email pra nós no falecom@almanautica.com.br ! dos pela água que entra no veleiro com o Mesmo para aqueles que, como eu, não são íntimos da vida náutica, a leitura consegue acidente, ele se vê em apuros, sozinho e ser agradável mesmo nas partes mais técnicas. Parabéns a todos os colaboradores do Almanáutica, em especial ao Luciano Guerra que me contaminou com esse carinho e interesse pela vela e pelo mar. Em sua coluna “Meteorologia e Oceanografia” consigo sentir todo o amor que sei que tem em ensinar e compartilhar conhecimento. Está show! Bianca Costa

ABVC contra o crime

Biblioteca de Bordo Até o fim

Dos Leitores

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sem conseguir pedir ajuda. Tenta remendar o buraco no casco e enfrenta tempestades com calma e racionalidade. Resistir às tormentas e aos tubarões para sobreviver, e contar apenas com algumas cartas para se safar, é o que move o filme. Um único personagem, em uma hora e 46 minutos do filme, que acontece em silêncio, acompanhado apenas pelo barulho do oceano. Um filme de tirar o fôlego até o último segundo. O final? Há controvérsias. Assista e interprete você mesmo. Disponível em diversas versões no site do Youtube. Basta buscar pelo título original: “All is lost”.

(5ª etapa do Circuito Santista de Vela Oceânica)... Foi a minha estréia em regatas, verdade que fui quase de contra peso, mas valeu a experiência, gostaria de agradecer ao meu comandante pela paciência e pela oportunidade bem como agradecer ao Juca que com muita dedicação esta me preparando para este maravilhoso mundo das velas. Posso dizer que este dia ficará para sempre em minha memória. Obrigado a todos! Júnior (Araras)

Oficina do Capitão Manutenção de lanchas Lanchas que passam um longo período sem uso necessitam de atenção especial

automóvel e qualquer utensílio, que passa a ser utilizado com menor frequência, pode sofrer com ações do tempo. Portanto, como o barco estará tendo um uso não tão Se engana quem pensa que nave- frequente ao que é registrado nas estações gar é algo restrito ao Verão. Para aproveitar mais quentes, torna-se imprescindível a reesta oportunidade com muita comodidade alização das revisões”. no inverno, as embarcações mais equipadas oferecem suíte para casal e até um am- Veja dicas de um profissional: biente para preparar um jantar ou almoço especial no clima da estação. O Engenhei- - Prestar atenção especial no motor, óleo, ro de Produção João Luis Lussolli, conta filtros, bicos injetores, tanque de combustíque os tripulantes devem prestar atenção vel, limpeza dos equipamentos; em algumas questões importantes. “Deve - Verificar toda a parte elétrica, luzes, bomse levar em consideração desde a manu- bas, acionamentos automáticos, interruptotenção da embarcação até algo que pode res, entre tantos outros mecanismos; não parecer muito relevante, mas que é es- - Conferir as peças em geral, o casco, as sencial para o conforto, que são as roupas mangueiras, cilindros e baterias; escolhidas para navegar, principalmente no - Manutenção e verificação dos itens devem ser realizadas por profissionais certifiinverno”, comenta. Algumas pessoas optam por na- cados e nos estaleiros registrados; vegar no Inverno por ter a garantia de uma - Para os motores de popa e necessário circulação tranquila pelo mar, afinal, o nú- levar o motor para revisão pelo menos 2 mero de barcos e veleiros se torna menor. vezes ao ano; Esta estação do ano ainda oferece paisa- - Recomendado ligar o moto (popa ou imgens paradisíacas que podem ser desfru- bord) à cada 15 dias e adoce o motor ( cirtadas com muita paz. O cenário a ser per- cular água doce no motor); corrido é o navegador quem escolhe, mas - Escolher agasalhos adequados para a essem esquecer que algumas medidas são tação do ano; importantes antes de colocar a embarcação - Opte pelos passeios nos dias limpos de na água. O Engenheiro reforça que é ne- sol que tornam a experiência ainda mais cessário manter a revisão em dia e verificar confortável e dão a garantia de perfeita vios itens de segurança. “Todo equipamento, sualização dos roteiros escolhidos.

Dicas da Focker para não ficar na mão após longo período parado na marina

Robert Redford estrela o filme sobre um naufrágio em alto mar: “Até o fim”

Preso no Paraíso A Polícia Federal prendeu no início de agosto Raymond Knobbe, um holandês de 48 anos que tentava transportar cocaína para a Europa através do veleiro Rody. Equipes de policiais federais e militares partiram do 3º Distrito Naval da Marinha-Natal/RN em direção a embarcação com o objetivo de realizar uma abordagem além de verificar a documentação da tripulação.

Diante das condições marítimas adversas o veleiro foi conduzido para o Arquipélago de Fernando de Noronha, onde após buscas minuciosas foram encontrados 11,5 Kg de cocaína divididos em 10 tabletes. O Holandês foi autuado por tráfico internacional de entorpecentes e a embarcação foi levada para Recife/PE, onde cães farejadores localizaram mais 531 kg de cocaína durante nova vistoria. Somadas, as pesagens totalizam 613,5 kg de cocaína, a maior registrada pela PF em Pernambuco.


INFORMATIVO

ABVC

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE VELEJADORES DE CRUZEIRO

Palavra de

PRESIDENTE

Prezado Associado da ABVC,

Cruzeiro Internacional da ABVC na Croácia

Croácia, lá fomos nós Fotos: Fernando Sheldon Jr.

Com grande sucesso foi realizado o Cruzeiro Internacional da Croácia, o primeiro do gênero realizado pela ABVC, que contou com 20 veleiros e cerca de 150 pessoas. O sucesso foi tanto que já estamos planejando a próxima edição! Aproveitando o final de semana prolongado do feriado de 7 de setembro programamos o Rally de Vela em Paraty e a Expedição Ilha das Couves em Ubatuba. Em outubro é a vez do tradicional Cruzeiro Costa dos Tamoios, que percorre o litoral entre Ubatuba em Paraty durante uma semana. Também estamos programando um mini-cruzeiro na Baia de Todos os Santos (Bahia) para breve. Confira a agenda e detalhes dos eventos no site da ABVC. A ABVC criou um grupo de trabalho para estudo das responsabilidades das entidades em águas brasileiras (mar, baias, rios e lagos), que tem como objetivo consolidar a legislação vigente sobre as atribuições das diversas entidades como Polícia Federal, Marinha do Brasil, Polícia Civil e Militar, Bombeiros, entidades ambientais, prefeituras, dentre outras. Também faz parte do trabalho a comparação com a legislação vigente em outros países. Se você deseja participar do grupo de trabalho, mande um e-mail para presidente@abvc.com.br.

A partir de uma parceria entre a ABVC – Associação Brasileira de Velejadores e Cruzeiro e a Dream Yacht Charter, foi organizado o primeiro cruzeiro da ABVC em águas internacionais, na Croácia, em julho deste ano. Um grupo formado por 20 veleiros e 150 pessoas literalmente invadiu a Croácia ou como falam por lá, a Hrvatsca. A língua, embora complicada, não é um limitador. “Os croatas nos recebem muito bem. Sua língua é muito difícil, mas com quatro palavras mágicas, “obrigado”, “bom dia”, “boa tarde” e “boa noite”, você pode prosseguir como quiser: Em inglês, italiano, espanhol, alemão. Aí fica fácil se comunicar. E quando descobrem que somos brasileiros a relação ainda melhora”, explica Antônio Esteves, um dos participantes. Fernando Sheldon, fundador da ABVC e um dos organizadores do cruzeiro explica o motivo da escolha da Croácia: “O destino foi escolhido por ser bastante inusitado e por despertar grande curiosidade na maioria dos brasileiros. É um país que conquistou sua independência da Iugoslávia na década de 90, passou por uma guerra muito recentemente. Tudo isso, somado ao fato do seu litoral cheio de belezas naturais e das mais de mil ilhas de águas limpas e claras, juntamente com diversas cidades medievais que as margeiam, algumas muradas e bastante preservadas, fazem com que o país possua um grande potencial atrativo turístico e náutico”, contou. São 1778 km de litoral abrigado por centenas de ilhas. As praias não possuem areia, mas pedras calcárias. O fundeio é mais difícil com, o fundo de pedras e de grande inclinação, e requer mais atenção e cuidado. Por lá a ancora usada é a Danforth.

Ao todo foram 20 veleiros e 150 pessoas na Croácia: Um cruzeiro inesquecível

exuberante, deixando a mostra seu fundo rochoso”, completa Esteves. O roteiro escolhido contemplou ilhas e vilas medievais com centros históricos sempre recheados de atrativos para o turismo, sem que houvesse necessidade de navegar trechos muito extensos. Entre os lugares visitados pelo Cruzeiro ABVC na Croácia estão Premostem, Murter, Vódice, além das ilhas do parque Nacional de Kornati e Skradin onde é localizado o Parque Nacional de Krka que é conhecido pelas cachoeiras, formadas pela erosão do calcário do rio Krka, formando cânions de até 200 m de altura. Daniel Kamamoto, um dos participantes

sa para os participantes do Cruzeiro, uma cidade medieval com diversos bares, restaurantes, lojinhas, sorveterias e para os mais jovens, baladas até altas horas da madrugada, além de uma Marina, localizada praticamente nas ruas da cidade, com acesso fácil a todos. Para chegar a Skradin, os veleiros navegam pelo Rio Krka por mais de 10 milhas terra adentro numa espécie de fiorde, cercado de montanhas de pedra. “Um visual surreal”, comentou Sheldon. “As paisagens por onde navegamos, foi, na grande maioria, de terras áridas com muitas pedras e plantações de oliveiras centenárias de onde é produzido um excelente azeite”, conta Fernando Sheldon. E termina a entrevista: “Reunir famílias, dos mais diversos lugares do Brasil, alimentadas pelo sonho de veleDe um modo geral jar em águas desconhecidas e distantes de “seus portos seguros” foi sem dúvida um posso dizer que o custo de desafio. Mas, como dizem, “o que vida lá pode chegar à metade grande seria da vida se não fossem os desafios?!”. do que é em São Paulo” São eles que nos fazem continuar a acreditar que vale e valeu muito a pena ter plantado comentou: “Na Croácia a culinária é in- essa “semente” chamada ABVC”. vejável: Regada a massas, camarões, peixes grelhados e suculentos mariscos. Lá se come bem e barato. De um modo geral posso dizer que o custo de vida lá pode chegar à metade do que o custo de vida Veja outros no site: em São Paulo”. IATE CLUBES As marinas na Croácia cobram pernoite por metro. A maioria dos lugares que vi- - Aratú Iate Clube sitamos tinha uma unidade da ACI Mari- - Cabanga Iate Clube nas, que aceita reservas via internet pelo - Iate Clube Guaíba site: www.aci-marinas.com. E quem não - Iate Clube de Rio das Ostras quiser depender de marinas, pode ancorar - Iate Clube do Espírito Santo em locais abrigados nos vilarejos locali- - Marina Porto Bracuhy zados em pequenas ilhas, que estão acos- - Iate Clube Brasileiro tumados a receber embarcações que não - Jurujuba Iate Clube param de chegar. “Na Croácia a violência não existe nem em terra e muito menos DESCONTOS no mar, as ancoragens são tranqüilas. E Brancante Seguros alugar um veleiro por lá é como se alugar 7Mares Equipamentos um carro desde que se tenha alguma ex- Botes Remar periência prévia e habilitação”, explicou Coninco - Tintas e Revestimentos Kamamoto. Ship’s Chandler: Loja Náutica em Paraty A cidade de Vódice foi uma grata surpre- Enautic : Loja Náutica Virtual Divevision Loja Virtual E muitos outros. Consulte nosso site para saber dos detalhes de cada parceiro. Seja sócio da ABVC: você só terá vantagens. Se já é associado, traga um amigo!

CONVÊNIOS

Bons ventos a todos,

Volnys Bernal

Presidente da ABVC

Na Croácia: Uma das muitas reuniões a bordo... Os ventos durante o mês de julho não costumam ser muito fortes e tem início a partir da 11h da manhã, estendendo-se com intensidade de 10 a 15 nós até as 16h. O ponto de partida foi Zaton, próximo a cidade de Sibenik, a cerca de 80 km de Split, a maior cidade da Dalmácia. O litoral da Croácia tem características próprias. Em algumas baías as profundidades chegam rapidamente a 70 metros, e não possibilita a ancoragem com segurança, o que em algumas escalas do Cruzeiro, exigiram a locação de poitas ou contratação de vagas em marinas. “É impressionante ver a dureza imposta aos habitantes pela natureza, para subsistir, separam as pedras do solo, empilham em muros, criando espaços, assim libertam um punhado de terra onde plantam oliveiras, figueiras, romãs e videiras”, comenta Antônio Esteves. Os muros servem também como abrigo dos fortes ventos gelados do inverno, que castigam a vegetação e carregam o pouco de solo existente. “O mar é azul com uma transparência

Midias Sociais

Fim de tarde: Começa o agito noturno

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