O México não é nenhum novato quanto se trata de Copa do Mundo. Em 2022, no Catar, a seleção se encaminha para o 17º Mundial de sua história — sendo que o 18º já está assegurado para 2026, por ser um dos países-sede. Apesar de figura frequente no maior torneio do mundo, com sua oitava participação consecutiva, os mexicanos não chegam com a mesma empolgação de anos anteriores.

Até hoje, os melhores resultados dos mexicanos foram justamente jogando em casa, em 1979 e 1986, quando alcançaram as quartas-de-final. Nesta edição, o time chega com uma seleção que altera renovação e peças já veteranas, mas que pouco empolgaram nesta fase final de ciclo antes do embarque para o Catar, inclusive com alguns imprevistos.

Agora, estão no Grupo C, que conta com a favorita Argentina, a forte Polônia e também com a Arábia Saudita. Sonhar com uma classificação não é impossível, mas vai exigir melhor futebol do que o apresentado nos últimos meses.

Guillermo Ochoa, goleiro da seleção mexicana, em ação durante amistoso (Foto: Reprodução/Twitter)

Na Copa Ouro, torneio com as seleções das Américas Central e do Norte, os mexicanos levaram a melhor em 2019, mas ficaram com o vice em 2021, perdendo justamente para os rivais dos Estados Unidos. A rivalidade, inclusive, ganhou um novo capítulo neste período e também viu o Canadá aparecer como intruso.

Eliminatórias da Concacaf

Quando você olha a classificação final, o México aparece na segunda posição, com 28 pontos ganhos — o mesmo número do líder Canadá —, então se espanta quando ouve que a campanha não foi das mais fáceis. E, de fato, não foi mesmo. Até a última rodada, ‘El Tri’, como são conhecidos, chegaram com a possibilidade de disputar uma vaga na respescagem.

E foi uma vitória por 2 a 0 contra El Salvador que deu a vaga, ainda que a Costa Rica tenha superado os EUA no mesmo dia. Foi o suficiente para que os mexicanos garantissem vaga na Copa do Mundo de maneira direta, sem mais sustos.

A campanha ganhou ares dramáticos porque os mexicanos em momento algum mostraram o domínio de anos anteriores. Contra os rivais dos Estados Unidos, uma derrota e um empate, assim como contra os surpreendentes canadenses comandados por Alphonso Davies e companhia.

Hirving Lozano em ação pelo México (Foto: Reprodução/Twitter)

Mas mesmo as vitórias foram apertadas. Das 8 conquistadas nas eliminatórias, 5 delas foram por apenas um gol de diferença, mostrando que o México suou para conseguir avançar. Apesar de tudo, o time ainda soube se organizar e mostrar que está pronto para uma nova Copa do Mundo.

Melhor jogador

O ponta Hirving Lozano é o grande destaque da seleção mexicana. Veloz, mas também cruel no jogo aéreo, já fez história em 2018 ao marcar o gol da vitória sobre a Alemanha. Agora, com 27 anos, espera ser mais decisivo ainda para ajudar os mexicanos a passarem das oitavas-de-final, algo que não acontece desde 1986;

Outro jogador que merece muita atenção é o goleiro Guillermo Ochoa, de 37 anos. Sempre discreto nos clubes, Memo vira um paredão nas Copas e já foi destaque mexicano em várias partidas em 2014 e 2018.