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Analice Nicolau
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O outro lado da história: Documentário independente conta versão de Rebeca Gusmão 15 anos após polêmica do doping

Renato Petit Caputo, idealizador e diretor do documentário, revela detalhes dos bastidores e relata os desafios para execução da obra que já está disponível no youtube

Analice Nicolau

11/02/2023 12h00

Atualizada 13/02/2023 12h22

Renato Petit Caputo, idealizador e diretor do documentário, revela detalhes dos bastidores e relata os desafios para execução da obra que já está disponível no youtube

Vocês estão prontos para saber a verdade? Esse questionamento aparece logo nos primeiros minutos após darmos o play em “Rebeca Gusmão – O outro lado da história”. Documentário recém-lançado de forma independente, dá voz, pela primeira vez, para a ex-nadadora brasiliense Rebeca Braga Lakiss Gusmão. Rebeca foi banida do esporte após ser pega em um exame antidoping em 2008. Mas o que será que existe por trás da história que já conhecemos?O documentário, que é o primeiro da carreira de Renato Petit Caputo, idealizador, roteirista e diretor do projeto, tem como um dos seus objetivos, justamente contar uma outra versão sobre os fatos expostos até então pela mídia convencional. 

Ator, radialista e estudioso de cinema, Renato revela como conheceu Rebeca e como surgiu a ideia de produzir o documentário. “O documentário é algo que não tinha plano para acontecer. Eu conheci a Rebeca por meio de uma amiga em comum, a Talita. Inicialmente a ideia era trabalhar com ela como assessor. Tudo aconteceu de uma forma despretensiosa. Eu sempre fui muito curioso, então resolvi perguntar pra ela de forma direta, até mesmo para conhecê-la de verdade, já que íamos trabalhar juntos, se ela dopou ou não dopou. Surpreendentemente ela se abriu comigo e me contou todos os detalhes durante esse almoço. Então eu fui pra casa com uma pulga atrás da orelha: Como ninguém sabe disso?”, questionou.

Em outra oportunidade, Renato pediu pra Rebeca que ele pudesse produzir o documentário, mas inicialmente ela foi irredutível. “Ela não queria de jeito nenhum porque tinha muitos traumas da mídia. Mas então eu disse pra ela: eu quero fazer diferente, me deixa contar do jeito que eu ouvi. Eu tô muito sensibilizado com a sua história enquanto mulher, enquanto pessoa. Então eu desenhei o roteiro e ela topou. Ela me deu um depoimento de três horas e a partir desse depoimento eu construí a linha do tempo da vida dela. Achei importante contar a história dela desde que ela nasceu para criar esse laço com o público, queria que as pessoas conhecessem a Rebeca não só como uma nadadora”, detalha.

Assim que a ideia surgiu, Renato estava muito empolgado. Ciente dos custos que uma produção audiovisual, o diretor foi atrás de apoio e patrocínios para colocar a ideia em prática, mas afirma que levou uma sequência de não’s. “Fui atrás de empresas grandes e pequenas, ex-patrocinadores dela da época de atleta, mas nada. Eu nunca tomei tanto não na minha vida. Nenhuma empresa quer se arriscar ou quer se associar porque ainda há o preconceito que ela dopou. Eu passei então um ano procurando enquanto produzia o material, mas não foi possível”, desabafa.

Mesmo sem patrocinadores oficiais, Renato colocou a mão na massa, aprendeu a editar e tantas outras funções necessárias para que o documentário conseguisse ir ao ar. Mas Renato não esquece de citar o apoio dos amigos, a quem se refere como anjos da guarda, que o ajudaram como puderam. Renato inclusive ressalta alguns nomes: Mauro Vianzed, Talita Ortiz, Junio s. Gus, Jeferson Santos, Fernando Chaves, Marcelo Fabrino, Bruna Petit, Ana Carolina e, por último e não menos importante, Dra Flávia Zanini e e Dr Luis Eduardo. Ambos vieram para Brasília para participar das gravações. E, segundo Renato Petit, eles são “a cereja do bolo” do documentário. “Me senti muito honrado com a presença deles”, declara.

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