Medalhista olímpico de ouro nos Jogos Olímpicos de 2004, prata em Pequim (2008) e Londres (2012), e tricampeão mundial de vôlei, o ex-ponteiro da Seleção Brasileira de Vôlei, Dante Amaral, esteve à frente da palestra ‘Vivências de um Campeão Olímpico’, na noite da última sexta-feira (12), no Yacht Clube da Bahia.
Destaque no vôlei mundial e nacional, Dante deu adeus às quadras em 2018, mas não deixou de estar presente no mundo do voleibol. Em 2021, ele assumiu novas posições no esporte, como gestor de dois clubes no Goiás, e atualmente como Secretário de Esportes, em Itumbiara (GO).
“O atleta até para se aposentar, ele tem que se preparar, não é verdade? Então, eu tive esse preparo para poder me aposentar, e logo pulei para a parte da gestão. Eu gosto muito de gestão de pessoas. A gestão de clube. Eu gosto disso. Estou nesse segmento de trabalhar com isso, e dar o retorno de tudo aquilo que o vôlei e o esporte me proporcionaram, e tentar agora ajudar [atletas] de outra forma”, revelou o ex-jogador ao Portal MASSA!.
Perto das quadras, mesmo que de forma diferente do habitual, Dante destacou que sente saudades dos velhos tempos no vôlei, mas que sempre que lembra das dores enfrentadas, ela diminui. "A gente sente muita falta, mas quando eu lembrava das dores, passava rapidinho essa saudade", brincou.
De passagem por Salvador, o campeão olímpico está com as portas abertas para projetos com o vôlei na capital baiana. "Eu deixo as portas abertas. Tenho escutado coisas boas daqui de Salvador, da Bahia, principalmente sobre o voleibol. Quem sabe consigo plantar aqui uma sementinha, para a gente colher os frutos ali na frente, no futuro bem próximo. Mas já deixo aqui que estou à disposição", frisou o ídolo brasileiro.
Falha que entrou para a história
O ex-atleta, que enfrentou as dores e delícias da profissão, relembrou também ao Portal MASSA! a derrota nas quartas de final das Olímpiadas de Sydney, em 2000, quando tinha 19 anos, assumindo até a responsabilidade pelo resultado negativo. Mais tarde, ele foi convocado por Bernardinho, atual técnico da Seleção, para o Mundial de 2001, mesmo após a falha.
"Fui o responsável pela derrota contra a Argentina, ataquei a última bola e tomei um bloqueio. [...] Em 2001, Bernardinho me convocou, me mudou de posição e conversou comigo. Ele quem disse que na posição de ponteiro eu me sairia melhor, e se ele disse, tá falado", ressaltou.
A admiração pelo lendário treinador que acreditou no seu potencial mesmo após um erro que custou caro para a Seleção, se estende até os dias atuais. "Eu estou muito positivo, o Bernardinho voltou, então eu estou muito otimista mesmo, com relação a resultados do Brasil, tanto no indoor quanto na praia. Então, eu acho que o Brasil está muito bem servido, agora eles vão voltar, vão treinar, vão trabalhar para poder chegar 100% nas Olimpíadas, para trazer as medalhas para nós", disse, confiante.
leia também