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Cultura

Presente nas duas versões de ‘Renascer’, Jackson Antunes equilibra passado e presente na pele do dedicado Deocleciano

Ator se emociona ao falar sobre a importância de Benedito Ruy Barbosa em sua carreira

Por Geraldo Bessa/TV Press

25 de fevereiro de 2024, às 11h39

Jackson começou a carreira como cantor e violeiro, apresentando seus causos e canções pelo interior do País - Foto: Divulgação

De fala mansa, articulada e gentil, Jackson Antunes preza pelas coisas simples da vida e as conexões reais que construiu ao longo de sua trajetória. É por isso que ele se emociona ao falar sobre a importância de Benedito Ruy Barbosa em sua carreira. Foi o autor que, ao lado do diretor Luiz Fernando Carvalho, viu em Jackson a crueza e rusticidade necessária para viver Damião, o sedutor capataz que fez o ator ganhar fama na versão original de “Renascer”, em 1993.

Pouco mais de 30 anos depois, na pele do batalhador Deocleciano, ele volta ao universo da trama saudoso dos tempos idos, mas com os olhos voltados para o atual momento, sob o comando de Gustavo Fernandez e texto de Bruno Luperi “É incrível estar nas duas versões. É um delicioso encontro com minhas referências do passado. Mas também uma possibilidade de enxergar as belezas do curso da vida. Para mim, é uma obra-prima que está sendo muito bem cuidada e adaptada aos dias de hoje”, avalia.

Mineiro da pequena Janaúba e hoje morador da Região Serrana do Rio de Janeiro, Jackson começou a carreira como cantor e violeiro, apresentando seus causos e canções pelo interior do país. Após o sucesso em “Renascer”, que o fez ganhar diversos prêmios de Ator Revelação e ainda o catapultou ao posto de sex simbol, Jackson se manteve firme na tevê. Apesar do gosto por personagens mais rurais, o ator também mostrou versatilidade ao encarar desde galãs românticos a assassinos sanguinários.

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Hoje, aos 63 anos, Jackson é orgulhoso da carreira, que segue em intensa construção. “Os autores e diretores sempre tiveram o carinho de me chamar para os tipos mais diferentes possíveis. Gosto de viver personagens próximos a mim, com histórias mais ligadas ao jeitinho do interior. Mas também me sinto feliz e desafiado com as surpresas que aparecem, como foi agora recentemente com o Galo”, destaca, referindo-se ao traficante de crianças e adolescentes que viveu em “Todas as Flores”.

Você foi uma das grandes revelações da versão original de “Renascer”. Como é voltar a este universo tantos anos depois?

É a mesma emoção de 30 anos atrás. Eu era um jovem cantor que saiu de Janaúba por conta de um chamado de Luiz Fernando Carvalho (diretor) e Benedito Ruy Barbosa (autor). O projeto do remake começou no final de 2023 e, na primeira cena que gravei em Ilhéus, as minhas mãos estavam frias, não sabia o que fazer, meu coração batia de um jeito diferente. Tudo isso porque eu estava na mesma locação de anos atrás.

Você buscou participar do projeto ou esse reencontro aconteceu de forma natural?

Foi muito natural. As pessoas responsáveis por essa adaptação sabem da minha relação com a obra do Benedito. Foi um convite muito carinhoso e que me deixou em um estado de encantamento e agradecimento por interpretar o Deocleciano, personagem muito bem feito pelo meu amigo Roberto Bonfim.

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Você chegou a rever algumas cenas de 1993 para se inspirar?

Não precisei. Eu estava lá e, além disso, “Renascer” é uma novela em eterna redescoberta. Nesses 30 anos, pessoas de todas as idades chegam para conversar comigo sobre esse trabalho. Eu era novato e ficava no estúdio observando o trabalho dos atores mais experientes. Assim como o Roberto, vivo este personagem com a magia e o encanto que ele merece.

Em que sentido?

Deocleciano é um caboclo centrado e de muita sabedoria, bem ao estilo do mundo criado pelo autor. Apesar de todo o sofrimento, sabe perceber e valorizar as pessoas. Às vezes, ele é a dose de amor que o José Inocêncio (Marcos Palmeira) deixou de dar para o João Pedro (Juan Paiva), mas também sabe ser duro quando tem de ser. É um tio, avô ou pai que todo mundo gostaria de ter.

E como você se sente ao ver o Xamã interpretando o Damião?

Ele está fazendo um trabalho lindo, muito focado e inspirado. Aliás, a produção recrutou uma meninada muito boa para essa novela. Estão todos exalando amor e entrega. Damião agora é um cara rústico dos dias de hoje, ele usa até boné (risos). É claro que tenho um apego enorme a esse personagem. Por isso, fiquei feliz de saber que ele está em boas mãos.

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