Cerca de 30 minutos após o apito final que sacramentou a classificação argentina para a semi-final da Copa do Mundo de 2014, cerca de 3 mil torcedores ainda cantavam e celebravam dentro do estádio o feito.
Após 24 anos sem chegar ao penúltimo degrau das Copas, o time de Lionel Messi continuou sendo o time de Messi, o homem com a braçadeira de capitão, líder técnico, maestro, mas desta vez tendo como Gonzalo Higuaín o “herói” do jogo.
Se Higuaín foi o protagonista argentino por marcar o gol da vitória e participar das jogadas mais agudas da equipe, Vincent Kompany, capitão belga e xerife da zaga citizen, tornou-se um daqueles vilões inesperados.
Num erro de saída de bola ainda aos 8 minutos do primeiro tempo, Kompany deixou a bola nos pés de Messi que fez o ballón trocar de pés até Higuaín que arrematou dentro da grande área com um belo giro, fora do alcance do bom goleiro Courtois.
Time formado e preparado para agredir, jogar em velocidade e bem verticalizado, a Bélgica não soube encontrar o equilíbrio que o levou até as oito melhores equipes do mundial. O inegável talento da geração belga revelou ainda um time que não está pronto. Jovens habilidosos que atuam em grandes equipes, porém com raras exceções, ainda não deixam de ser bons coadjuvantes.
A inexperiência da equipe belga não se flagrou com erros colossais ou mesmo nervosismo. Mas a incapacidade de encontrar uma alternativa ao messicentrismo do futebol argentino revelou a falta de rodagem de muitos na equipe. Eden Hazard, estrela do Chelsea, foi uma destas decepções.
Do outro lado, a seleção portenha mostra uma capacidade de concentração, frieza e eficiência bastante regular. Apesar do gol perdido por Messi aos 40 minutos do segundo tempo, a equipe do técnico Alejandro Sabella demonstra fora e dentro de campo confiança, frieza e condições de lutar pela taça no Maracanã dia 13 de julho.
Argentina 1 x 0 Bélgica
Local: Estádio Nacional, em Brasília (DF) Data: 5 de julho de 2014, sábado Horário: 13h (de Brasília) Árbitro: Nicola Rizzoli (ITA) Assistentes: Renato Faverani e Andrea Stefani (ambos da Itália) Cartões amarelos: Biglia (Argentina); Hazard e Alderweireld (Bélgica) Gol: ARGENTINA: Higuaín, aos 8 minutos do primeiro tempo Público: 68.551 pessoas
ARGENTINA: Romero; Zabaleta, Demichelis, Garay e José Basanta; Mascherano, Lucas Biglia e Messi; Lavezzi (Palacio), Di María (Enzo Peres) e Higuaín (Gago) Técnico: Alejandro Sabella
BÉLGICA: Courtois; Alderweireld, Van Buyten, Kompany e Vertonghen; Witsel, Fellaini, Mirallas (Mertens), De Bruyne e Hazard (Chadli); Origi (Lukaku) Técnico: Marc Wilmots
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Marcelo Brandão/Agência Brasil
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