O NOVO REALISMO- CONSUMISMO

Lucas Walter
3 min readNov 19, 2020
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A arte sempre foi utilizada como uma forma de expressão, muitos artistas se posicionaram sobre determinado assunto ou polêmica através da arte, seja música, teatro, fotografia, pintura, cinema ou escultura.

Em diversos momentos da história da arte nos deparamos com muitas críticas sociais dentro do contexto de cada movimento. O expressionismo por exemplo, como já diz o nome, são obras extremamente expressivas, motivada pelo instinto e drama. O surrealismo, por sua vez, procura “sair” do senso comum e caminhar em direção à imaginação, seus sonhos e suas realidades em uma obra.

O novo realismo surgiu no século XX, é um movimento que marca a cultura do efêmero (ação de saturação de algo e querer rapidamente o novo) e isso causa a crítica social em relação ao comportamento do consumismo, sempre obter algo sem necessariamente precisar. Algumas obras foram marcadas por polêmicas e controversas de se considerar arte ou não. Os artistas deste movimento acumularam considerados entulhos, como objetos industriais, utensílios entre outros, para criação de obras apelando ao apego aos bens materiais que os seres humanos almejam.

O conceito “novo realismo” surgiu na década de 60, o autor foi Pierre Restany (1930–2003) reuniu alguns artistas em uma sala para assinar um pequeno manifesto que dizia o seguinte: “os novos realistas se conscientizaram de sua singularidade coletiva. Novo realismo é igual a novas abordagens e perspectivas do real.”

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A França sempre foi o berço da arte e de tudo que era novo e que estava na moda, com cultura de concentrar os maiores artistas do mundo e ditar o que era arte ou não, mas pós segunda guerra mundial isso mudou, a cultura ocidental dos norte americanos espalharam sua arte pelo mundo todo, invadindo principalmente a música e o cinema. O país europeu, desesperado querendo reverter o jogo, surge a necessidade de criar um movimento artístico e inédito até então, quando surgiu a crítica do novo realismo, ambientada em formato urbano.

A cultura do efêmero e americana foi tão influente que as vivemos até os dias atuais.

• Cultura do efêmero na música: artista lançam músicas e álbuns autorais o tempo todo, mas o intervalo entre esses lançamentos cada vez diminui pelo simples fato de as pessoas enjoarem rápido, escutou algumas vezes e já querem coisas inéditas imediatamente.

• Cultura norte americana: Estados Unidos da América sendo então a maior economia do mundo, foi palco para grandes empresas se manifestarem através de propagandas em diversos países e continentes. Comerciais mostravam como era a vida dos ocidentais, uma vida cheia de consumo e felicidade. Pessoas felizes obtendo bens materiais, como casas e carros. Isso influenciou o mundo inteiro a fazer parte do público consumista, o que apenas reforçava o movimento francês.

O novo realismo pregava com intuito de mostrar outra realidade às pessoas através de suas obras, com proposta de reavaliar tudo que conhecemos, porque para tudo existem diversas maneiras de enxergar e apurar significados.

Além da crítica ao consumismo, o movimento leva a mensagem e arte espiritual, uma ideia que surge através de um artista assinante do manifesto, Yves Klein, que prova que a arte não se limita ao objeto produzido, a arte pode ser imaterial.

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Referencias bibliográficas

Arte do efêmero

Disponível em: https://youtu.be/PKfkdh8X8p8

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Lucas Walter
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Futuro jornalista com objetivo de não apenas informar, mas também propôr reflexões.