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    Cavalos, petecas, bolas e atletas sofrem com altitude no Pan

    MARCEL MERGUIZO
    MARIANA LAJOLO
    DE SÃO PAULO

    25/09/2011 12h49

    O ar em Guadalajara, onde será disputado os Jogos Pan-Americanos, não influenciará apenas o desempenho dos atletas. Bolas, petecas, dardos e tudo o que voar no Pan vão sofrer com a altitude de 1.500 m, para o bem ou o mal.

    Eduardo Knapp - 25.set.2007/Folhapress
    César Almeida salta com o cavalo Singular Joter II nos Jogos Pan-Americanos do Rio
    César Almeida salta com o cavalo Singular Joter II nos Jogos Pan-Americanos do Rio

    "A bola 'viaja' um pouco mais", afirmou o mesa-tenista Hugo Hoyama, 42, dono de nove medalhas de ouro em Jogos Pan-Americanos.

    "Já joguei lá, e iremos pelo menos dez dias antes, o que ajuda muito", declarou.

    O tênis também sofre com a menor resistência do ar.

    "O jogo fica muito mais rápido, e o cansaço aumenta. Como a quadra já será rápida, quem sacar bem terá vantagem", afirmou a tenista Teliana Pereira, bronze em duplas no Pan do Rio, em 2007.

    "Nada que uns dias de treino lá não resolvam", disse o tenista Rogério Dutra Silva.

    No badminton, a peteca fica mais veloz. Mas o brasileiro Daniel Paiola não reclama.

    "O desafio é se adaptar melhor. Em Bogotá [a 2.640 m], fui campeão em um torneio em 2009. E adorei a altitude".

    O recorde sul-americano do lançamento de dardo foi batido pela colombiana Sabina Moya, em 2002, na Cidade da Guatemala, a 1.500 m, ou seja, com a ajuda da menor resistência do ar.

    Os cavalos do Brasil também terão cuidados para atenuar o efeito da altitude.

    "Temos de estar ligados no aquecimento antes das provas, que precisa ser mais tranquilo. Dar chance para o cavalo se oxigenar bem", disse Patrícia Azevedo, veterinária das montarias de Leandro da Silva (adestramento) e César Almeida (saltos).

    As provas de hipismo começam em 16 de outubro. Os 17 animais do Brasil devem chegar ao México no dia 11. "Percebemos que há problema [de adaptação à altitude] porque os animais ficam mais apáticos, moles, têm problemas na alimentação", afirmou Patrícia.

    Se o cavalo não se adaptar, não há muitos recursos. Eles podem fazer inalação, mas o uso de remédios é restrito por causa do antidoping. "Provavelmente o atleta terá de recorrer a um reserva", disse Patrícia.

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