O aquecimento global já mostra consequências para a humanidade. Uma delas é a elevação da temperatura média global, que tende a ultrapassar 1,5°C nos próximos cinco anos – como aponta estudo climático realizado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM). Para reverter esse cenário, a coleta seletiva é uma prática que pode auxiliar no combate ao aquecimento global, visto que retira do ambiente resíduos que poluem e demoram décadas para se decompor.

Deseja saber mais sobre a importância da coleta seletiva para um mundo mais verde e sustentável? Te convidamos a ler esse artigo produzido por nós, do Blog da Marca Ambiental, com dados e dicas para auxiliar na coleta seletiva de onde você mora.

Boa leitura! 

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Qual é o cenário do aquecimento global?

Segundo o relatório Global Annual to Decadal Climate Update for 2022–2026, a expectativa dos cientistas é de que os anos entre 2022 e 2026 sejam os mais quentes. São previstos, em média, 90% de chance de as temperaturas serem mais altas do que os cinco anos anteriores. Ainda de acordo com dados do estudo, as chances de elevação da temperatura global ultrapassar 1,5°C aumentou desde 2015. Essas consequências acontecem, principalmente, por conta da poluição e da emissão de gases do efeito estufa – que também provém dos resíduos descartados de forma incorreta.

A importância da coleta seletiva?

A coleta seletiva auxilia a reduzir a poluição da atmosfera e diminuir o desperdício de recursos naturais, além de alimentar a economia circular. Isso porque, quando um material é reciclado, economiza-se etapas do processo de produção de novas mercadorias. Assim, o que iria para o lixo, volta como matéria-prima e promove a economia circular.

Dessa forma, é importante explicar que a maioria dos processos produtivos emite poluentes, como o gás carbônico, o metano e óxido nitroso. Por isso, reduzir os processos de produção diminui, também, a emissão de gases do efeito estufa, o que combate, direta ou indiretamente, o aquecimento global.

Isso é comprovado por meio de estudos. Pesquisa realizada pelo Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre) aponta que quando os resíduos sólidos não são reciclados, eles são responsáveis pelo lançamento de 53,2 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera brasileira, por ano. Outro dado publicado pelo Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (Selurb) mostra que a poluição causada anualmente por lixões no país equivale a 3 milhões de carros movidos a gasolina. 

Como criar o hábito de separar o lixo?

Só se pratica o que se conhece. Assim, mostra-se de extrema importância educar a população sobre a necessidade de separar os resíduos e auxiliar na coleta seletiva do seu bairro. O que alarma essa situação são dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que apontam que 70% dos brasileiros não separam o lixo comum do reciclável. Além disso, outros 77% dos entrevistados afirmam saber que boa parte dos plásticos são passíveis de reciclagem, mas a maioria ainda insiste em descartar esses resíduos de forma irregular. 

O Panorama dos Resíduos Sólidos 2022 aponta que um quarto das cidades brasileiras não têm coleta seletiva, ou seja, cerca de 1.400 municípios ainda não possuem políticas públicas que promovem e incentivam a separação e tratamento de resíduos entre a população. Ainda de acordo com o levantamento, aproximadamente 4.145 municípios apresentam iniciativas de coleta seletiva, mas, na maioria das vezes, a prestação de serviço é limitada. Assim, os resultados apontam que, além das consequências ambientais já conhecidas, o Panorama estima que o Brasil perde, pelo menos, 14 bilhões todos os anos em resíduos que poderiam ser reciclados e são descartados irregularmente.

Para converter esse quadro, é possível que cada cidadão comece a colocar em ação a prática da reciclagem e coleta seletiva. Para isso, é fundamental conhecer as cores de separação dos resíduos – definidas em resolução de n° 275/2001, em 2001 pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Confira quais são e o que cada uma representa:

  • Amarelo: metal em geral;
  • Azul: papel e papelão;
  • Branco: resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde;
  • Cinza: resíduo geral não reciclável, misto ou contaminado não passível de separação;
  • Laranja: resíduos perigosos e tóxicos;
  • Marrom: resíduos orgânicos;
  • Preto: madeira;
  • Roxo: resíduos radioativos;
  • Verde: vidro;
  • Vermelho: plástico.

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