A Quinta da Boa Vista

A antiga fazenda dos Jesuítas foi desmembrada quando o Marquês de Pombal expulsou-os do Brasil. Com a chegada da Corte em 1808 o local passou a servir como residência da Família Real e, após a independência, a Família Imperial ocupou-a. Foram três os paisagistas que trabalharam na Quinta: em 1831 Pedro José Pézéart, em 1862 Theodore Marx e em 1866 Auguste Glaziou. Este último responsável pelo desenho curvilíneo que dos jardins e lagos. Glaziou é a principal referência do paisagismo no Brasil no século XIX, e influenciou o modernismo brasileiro em especial Roberto Burle Marx. Glaziou se aproveita dos desníveis do terreno para criar um espaço unde a curva se transforma no personagem principal. Este efeito é dramatizado através do constraste com o eixo do acesso principal cujos focos são o portão de entrada e a fachada do Museu Nacional, o antigo Paço de São Cristóvão. Este prédio sofreu quatro grandes reformas. A primeira conduzida por John Johnston em 1821, a segunda, em 1831, esteve a cargo de Pedro José Pézéart, em 1847 Manoel de Araújo Porto-Alegre e, finalmente, Theodore Marx de 1857 até 1868. É Marx quem imprime ao edifício suas vigorosas linhas neoclássicas, que são reforçadas pela implantação do edifício no alto da colina e se alinhando ao eixo do acesso principal.

Sobre Marcos O. Costa

Arquiteto Urbanista formado pela FAU Mackenzie com mestrado em estruturas ambientais urbanas pela FAUUSP. Associado à Borelli & Merigo, onde desenvolve projetos nas áreas de edificações e urbanismo. É professor da FAAP e da Escola São Paulo. A publicidade exposta neste Blog é de responsabilidade da Wordpress
Esse post foi publicado em História da Arquitetura e marcado , , , , , , , , , . Guardar link permanente.

Deixe um comentário