Basta observar o céu para perceber a imensidão do que está acima de nós. Em uma noite estrelada ou naquele dia de sol, as nuvens estão sempre em movimento, mudando o que está ao redor e criando uma atmosfera com funcionamento perfeito, em que cada um dos astros do nosso sistema solar sabe o momento exato de surgir e desaparecer.
Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno fazem parte do sistema solar – Foto: iStock/Divulgação/its TeensMais do que a beleza, existe um mecanismo que garante a movimentação dos oito planetas que compõem o sistema solar. Quer descobrir a relação entre os astros? Então confira o conteúdo completo!
O que é sistema solar?
Você já deve ter escutado o termo, seja durante a aula ou em uma conversa com aquele amigo que adora observar o universo. Entretanto, é preciso ter em mente que este mecanismo é muito mais do que podemos ver — seja a olho nu ou por telescópio.
Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno fazem parte do sistema solar. Mas como é feita a classificação de um sistema? O astrofísico Alexandre Zabot, professor do curso de engenharia aeroespacial da UFSC, tem uma explicação.
“Todos os sistemas planetários, incluindo o sistema solar, surgem quando uma nebulosa de gás muito grande começa a colapsar sob a ação da gravidade. Nesse processo formam-se a estrela central, planetas e outros corpos menores.”
Planetas terrestres e gasosos do sistema solar
Por mais que estejam todos na mesma órbita, existe uma diferença entre os oito astros que estão no sistema solar. Isso porque os quatro primeiros são considerados planetas terrestres. “Em comum eles têm uma superfície sólida e rochosa. Vênus, Terra e Marte têm atmosfera. Mercúrio praticamente não tem”, explica o professor.
Júpiter, Saturno, Urano e Netuno fazem parte do grupo dos gasosos, tendo como principal característica uma superfície sem marcação evidente. “Em comum eles têm o fato de não terem uma superfície sólida claramente marcada, mas sim atmosferas constituídas principalmente por gás hidrogênio e outros gases. São maiores que os planetas rochosos e, por causa da alta massa, devem ter núcleos sólidos. A transição entre a atmosfera e o núcleo sólido é gradual, não abrupta como nos planetas rochosos.”
Nesta lista Júpiter é o maior astro, enquanto Mercúrio recebe o título de menor. Além do sol e dos planetas, as luas, asteroides, cometas e planetas anões também fazem parte do conjunto.
Reconhecendo um planeta anão
Você sabia que existe um tamanho mínimo para que um astro possa ser considerado um planeta? Com o passar do tempo, as classificações foram sendo alteradas, levando em consideração as descobertas.
No caso de um planeta anão, a dimensão e o formato contam. “São maiores que os asteroides. Portanto, é uma espécie de classe intermediária entre asteroides e planetas. Plutão era considerado um planeta até 2006, quando a União Astronômica Internacional (IAU) achou melhor criar a categoria de planeta anão para incluir outros objetos recém-descobertos que não se encaixavam bem como planetas”, conta o professor. Ceres e Éris também estão inclusos na classificação.
Milhões e trilhões de galáxias
Mesmo que pareça que a Terra é o único planeta na galáxia, essa está longe de ser a verdade. O fato é que existem outros grupos espalhados por aí. “Apenas na nossa galáxia já conhecemos mais de cinco mil. Mas certamente o número é imensamente maior. Acreditamos que a maioria das estrelas constitui um sistema planetário. A nossa Galáxia tem entre 200 a 400 bilhões de estrelas e o Universo observável deve ter algo como dois trilhões de galáxias. Portanto, falamos de centenas de bilhões de trilhões de sistemas planetários”, finaliza Alexandre.
