De volta pra casa com três ouros do Pan, Luísa Matsuo reforça ginástica da Capital

Ginasta se despede da seleção e vai treinar e retomar os estudos em Florianópolis

Alexandro Albornoz/ND

Luísa Matsuo exibe as três medalhas conquistadas no México

A elegância e a simpatia são de miss. O sorriso cativante é o mesmo que exibiu durante as apresentações da ginástica rítmica no México e com o qual subiu três vezes ao lugar mais alto do pódio no Pan de Guadalajara. Dona de seis medalhas de ouro em duas edições do Pan – três delas conquistadas no Rio-2007 –, a manezinha Luísa Matsuo, 23 anos, deixará saudades na torcida brasileira.

Como o Brasil não conseguiu vaga para a Olimpíada de Londres, a ginasta – que esteve em Pequim-2008 – decidiu encerrar seu ciclo na seleção. Muito ligada à família, Luísa retornou a Florianópolis depois de quase quatro anos de treinos com a seleção em Vitória e Aracaju para ficar mais perto dos pais. Ela também voltou a integrar a equipe da Adiee/Udesc, onde deu seus primeiros passos no esporte com apenas cinco anos. “É muito bom voltar. Já tive essa experiência depois do Pan do Rio. No clube o ritmo é mais tranquilo, não há tanta pressão e não tem o peso de carregar um país inteiro nos ombros”, afirmou a ginasta que se prepara para o Brasileiro e Jogos Abertos de Santa Catarina.

Sem apoio para viver apenas do esporte, Luísa também pretende retomar os estudos no próximo semestre e conciliar as faculdades de educação física e nutrição com os treinos. “Na seleção são dez horas de treinamentos diários e os estudos ficam de lado. Agora é hora de pensar um pouquinho no meu futuro, já que como atleta não recebo o apoio necessário”, ressaltou.

Na próxima edição do Pan, em Toronto, no Canadá, o Brasil sentirá falta da manezinha de olhos puxados, que encantou a todos e comandou a conquista da ginástica rítmica em Guadalajara.

Sucessora na seleção

Além de Luísa Matsuo, outra manezinha faz parte da seleção brasileira de ginástica rítmica. Letícia Dutra, 18 anos, treinou o ano inteiro com a equipe nacional, mas ficou na reserva e não viajou para Guadalajara. “Eu passei o ano inteiro com elas. Só nós sabemos tudo o que passamos, todo o treinamento, todo o sofrimento para conquistar esse ouro no Pan. Sinto-me parte desse grupo vencedor. A emoção é a mesma e a sensação é de dever cumprido”, afirmou.

Letícia também reforça a Adiee/Udesc no Brasileiro e nos Jasc. Ela espera herdar a vaga deixada por Luísa na equipe principal e já sonha em representar o Brasil em uma Olimpíada. “Antes eu dizia que meu sonho era ir para a seleção. Agora digo que meu sonho é ir para a Olimpíada”, revelou.

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