Reginaldo Faria processa clínica carioca por erro médico

Por - 09/11/05 às 11:25

OFuxico

Há um ano, Reginaldo Faria ficou 20 dias em coma, devido a uma angioplastia mal-sucedida. Hoje recuperado, o ator já voltou ao trabalho – ele fez uma participação na novela América e está no elenco do remake de Sinhá Moça, que a Globo exibe em 2006. Porém, tal fato lhe ocasionou marcas psicológicas e físicas, que fizeram com que ele iniciasse um processo contra a clínica São Vicente, no Rio, que o atendeu, em novembro de 2005. O ator teve, inclusive, que morar com um dos filhos, para ser tratado.

Em entrevista à revista IstoÉ Gente, que foi para as bancas nesta quarta-feira, dia 9, o ator contou todo o seu drama.

Segundo Reginaldo, no dia 29 de novembro, ele sofreu uma parada cardíaca durante uma angioplastia – usada para desobstruir as artérias do coração. O procedimento, conforme diz, foi desnecessário, pois ele deu entrada na clínica andando e sorrindo. Conclusão: ficou 33 dias internado, sendo 20 deles em coma.

“Meu médico sugeriu que eu fizesse um cateterismo e mais nada. Já havia passado por esse procedimento na época de Força de Um Desejo (atualmente sendo reapresentada pela Globo)… Dessa vez, fui ao hospital e eles começaram a querer fazer angioplastia e resolveram botar um stent (mola metálica que ajuda na circulação), sem me consultar. Mas, se falaram, eu estava inconsciente…”, disse o ator à publicação.

Ainda segundo Reginaldo, durante o procedimento, o stent explodiu a coronária.

“Fiquei 55 minutos com parada cardíaca e um aparelho bombeando o coração. Chamaram o médico da família e ele resolveu a parada, e conseguiu me tirar dessa situação. Pelo erro médico cometido, eles disseram que eu entrei no hospital com fortes dores no peito. Eu fui para lá rindo, brincando com meus filhos Carlos André e Marcelo”.

Reginaldo disse ter decidido ir à justiça porque a clínica foi inconseqüente:

“…não podem dispor da vida dessa forma. Prejudicaram não só a mim, mas a minha família e meus filhos. Todo mundo sofreu muito. É tempo e trabalho gastos em hospitais. Hoje, sou uma pessoa que precisa fazer permanentemente exercícios de revascularização do coração”.

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