Ela Gente

No Outubro Rosa, Fernanda Motta fala sobre autoestima durante câncer de mama: 'Não tive medo de ficar careca'

'Mas não estou falando que sempre foi uma maravilha. Me achei estranha, mas não tinha outra coisa para fazer', contou ela
Fernanda Motta Foto: Instagram
Fernanda Motta Foto: Instagram

Recém-curada de um câncer de mama , depois de descobrir o tumor em meados de 2019 e passar por cirurgia e quimioterapia, a supermodelo Fernanda Motta falou sobre como enfretou as mudanças físicas e mentas durante o processo. Em live no Instagram com a editora-chefe da Revista Ela, Marina Caruso, a modelo, de 39 anos, nascida em Campos (RJ), contou como se preparou para as dificuldades do tratamento.

"A cabeça da gente é quem rege nossa vida. Numa situação de doença séria, ela faz toda a diferença. Se você tem uma cabeça positiva e mais segura, com fé, com força... Eu acredito muito nisso. Como sou muito prática, eu lidei com a doença e com o protocolo", contou ela.

O cabelo, um instrumento importante para o trabalho de Fernanda, foi um dos assuntos. Fernanda explicou o uso da touca térmica que congela o couro cabeludo, diminuindo a ação das drogas na queda dos folículos.

"Existem tipos de tratamentos de cânceres que não caem cabelo. Mas no câncer de mama, o tipo de remédio que você vc coloca no corpo, faz com que ele caia. Perdi todo o pelo do corpo, cílio sobrancelha."

"Não tive medo de ficar careca. Sempre acreditei em tudo que os médicos falavam: 'Vai cair cabelo, a gente vai tentar que não caia'. Então, como tinha a possibilidade de não cair, eu não tinha na cabeça a chance de ficar careca. Mas não estou falando que sempre foi uma maravilha. Me achei estranha, mas não tinha outra coisa para fazer.

Fernanda, que perdeu 70% dos fios, conta que usou e abusou das perucas até poucos dias.

"Não tenho preconceito. Comprei laces, usei aplique", contou ela, que também aprendeu a modelar as sobrancelhas sem maquiador. "Fiquei com três pelinhos, aprendi a pintar ela toda. Não tem como voltar atrás. É muito melhor estar vida do que preocupar com a estética."

Como efeito colateral do tratamento, ela diz esquecer parte do vocabulário.

"É muito estranho. Não lembro a palavra, e fico 'Ai,meu deus'.