Copa do Mundo Feminina
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Por Laís Malek — Rio de Janeiro

O sábado começou morno em Brisbane, mas adquiriu contornos dramáticos já madrugada adentro (no horário local). Pelas quartas de final da Copa do Mundo Feminina 2023, a Austrália bateu a França por 7 a 6 em cobranças de pênaltis após empate sem gols e atingiu um feito histórico ao se classificar pela primeira vez para uma semifinal do torneio. Toda a emoção que faltou durante a partida, que teve poucas chances dos dois lados, ficou para as penalidades, decididas com muito drama apenas na 20ª cobrança. O feito foi assistido de perto pelos 49.461 torcedores que lotaram as arquibancadas do Brisbane Stadium.

Nos pênaltis, a Austrália desperdiçou duas chances de fechar o placar, primeiro na quinta penalidade, quando a goleira Arnold encontrou o travessão e depois nas alternadas. O drama foi ainda maior porque Dali parou nas mãos de Arnold, que estava adiantada, mas na repetição do lance, cobrou da mesma maneira e a arqueira das Matildas novamente defendeu. Na sequência, Vicky Becho chutou para fora e a atacante Coortney Vine, que entrou na prorrogação, decidiu e escreveu mais um capítulo da história do futebol na Austrália.

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O jogo

A França começou melhor, e controlou a partida no primeiro tempo, enquanto uma Austrália empurrada por quase 50 mil torcedores nos estádios — que não se expressavam mais do que os gritos de "Aussie, Aussie, Aussie, oi, oi, oi — sentiu a pressão de estar pela primeira vez nas quartas de final. Com o jogo de alto nível das francesas, que mais uma vez demonstraram que suas principais forças são as jogadoras das pontas, com Elisa de Almeida pela direita e Selma Bacha, melhor em campo e responsável pela ofensividade da equipe, pela direita. Lideradas, é claro, por Wendie Renard, que fez novamente partida sólida, embora sem ser muito acionada.

Na segunda etapa, a entrada de Sam Kerr mudou a cara do time da Austrália, tanto no sentido anímico quanto no técnico e tático. A principal jogadora da equipe entrou aos 10 minutos do segundo tempo e ficou até o final da prorrogação — ela só havia entrado em campo uma vez, nas oitavas de final, quando ficou pouco mais de 10 minutos no gramado. Com Kerr, a Austrália entrou no jogo e aplicou intensa pressão, e goleira Peyraud-Magnin precisou se esforçar para evitar que as Matildas abrissem o placar.

Na prorrogação, a rede balançou pema primeira vez, mas não valeu. Depois de cobrança de escanteio, Kenedy empurrou contra a própria meta, mas no lance a juíza viu falta de Renard e anulou o gol. A Austrália ainda passou por um sufoco no final, quando Arnold tocou para afastar cruzamento de Diani e a bola rolou por alguns segundos antes de ser afastada pela zaga das Matildas.

Pouco antes de acabar a prorrogação, o treinador Herve Renard fez uma mudança ousada: colocou em campo a goleira Duran, que substituiu Peyraud-Magnin na cobrança das penalidades. A estratégia foi em alguma medida efetiva, já que ela agarru duas das 10 cobranças das Matilda, mas não foi suficiente para dar fim à longa série e decidir o duelo.

A primeira cobrança foi a da lateral Bacha, que pegou muito mal na bola e, na meia altura e perto do meio do gol, facilitou o trabalho de Arnold defender. A Austrália mal pôde comemorar a vantagem, já que na sequência Catley parou nas mãos de Duran. As duas equipes continuaram com os acertos até que a França cobrasse pela última vez, quando Perisset, que entrou para a disputa, encontrou o trave. O pênalti decisivo sobrou para a goleira Arnold, que também tirou demais e viu a bola explodir na trave.

Nas cobranças alternadas, foram outras três cobranças certas de cada lado até que o drama tomou conta quando Arnold defendeu a cobrança de Dali. O VAR alertou a juíza que a arqueira estava com os dois pés fora da linha no momento da defesa e a repetição pareceu um replay, com a finalização cobrada — e defendida — da mesma maneira, no canto direito da francesa. As Matildas mais uma vez tiveram a chance de encerrar a série, mas Claire Hunt parou nas mãos de Duran. Becho viu o drama aumentar ao chutar para fora, e Cortnee Vine, que entrou na prorrogação, teve dia de heroína ao marcar na 20ª penalidade da série.

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