Grupo responsável pelo sequestro do pai de Luis Diáz explica demora para liberação: 'Situação não permite'

Através da nota, o grupo relembra que desde a última quinta-feira, 2, há uma decisão de liberar Luis Manuel Díaz. "Desde essa data, começamos o processo para libertá-lo o mais rápido possível. Estamos fazendo esforços para evitar incidentes com as forças oficiais". O exército colombiano realiza buscas para tentar encontrar o paradeiro do pai do jogador, mobilizando zonas rurais com oficiais e helicópteros, e pede ajuda da população local.

"A zona segue militarizada, estão realizando sobrevoos, tropas estão desembarcando, megafones, oferecem recompensas e há uma intensa operação de rastreamento. Esta situação não permite a execução do plano de libertação de maneira rápida e segura, na qual não o senhor Luis Manuiel Díaz não corra riscos. Se continuarem as operações na área, a libertação será adiada e os riscos irão aumentar", avisa o grupo.

A conclusão do documento faz questão de ressaltar que o ELN compreende "a angústia da família, e gostaríamos de dizer a eles que cumpriremos a palavra de liberá-lo de maneira unilateral, assim que tivermos garantia de segurança para a operação de liberação. Continuamos com nosso empenho na construção da paz e na resolução do conflito político, armado e social."

Os pais de Díaz foram sequestrados em Barrancas, sua cidade natal no norte da Colômbia, perto da fronteira com a Venezuela, por homens armados em uma motocicleta. A mãe do atacante colombiano foi resgatada horas depois do sequestro na cidade de Barrancas no último fim de semana, mas seu pai continua nas mãos de seus captores.

O governo colombiano garantiu na última sexta-feira que ele seria libertado em breve pelos seus captores, membros da guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN), com quem o governo mantém negociações de paz.

— Devo expressar meu mais profundo repúdio não só por sequestrar o pai de Luis, mas também porque no desenrolar dos acontecimentos (o ELN) não conseguiu libertá-lo”, declarou nesta sexta-feira o presidente Gustavo Petro de Washington, nos Estados Unidos.