No ar como o Orlandinho na reprise de “A Favorita”, Iran Malfitano diz que recebe muitas mensagens e é abordado por fãs do personagem, um dos mais marcantes da sua carreira. Ele conta que o papel foi uma surpresa na sua vida:
— Eu estava reservado para fazer o seriado “Guerra e Paz”, do Carlos Lombardi. Neste meio tempo, o João Emanuel Carneiro me chamou para fazer uma participação em “A Favorita”. Acabou que o personagem cresceu e acabou ficando na história. O Lombardi me ligou e falou para eu aproveitar essa oportunidade, que seria muito importante para mim artisticamente. Eu fiquei muito feliz com a gentileza dele. O Orlandinho realmente foi um papel muito marcante e que me trouxe muitos frutos.
O trabalho mais recente de Iran na TV foi na novela “Gênesis”, na Record. De lá para cá, ele tem investido nas redes sociais e feito testes, mas ainda não conseguiu um novo papel. Além disso, há expectativas para retornar aos palcos com o espetáculo “Cinco homens e um segredo”:
— O período da pandemia foi muito complicado em termos profissionais. O teatro parou completamente e ficamos sem poder fazer nada. Não só nós atores, mas os profissionais dos bastidores também. Graças a Deus as coisas estão voltando, e o mercado está aquecendo novamente.
Iran explica que, sem poder trabalhar como ator, teve problemas financeiros e buscou alternativas, como se tornar motorista de aplicativo. Ele afirma que se agarrou ao amor à filha, Laura, de 11 anos, para seguir firme emocionalmente:
— Muitas vezes eu pensei: se eu não tivesse a Laura, será que eu estaria aguentando tudo isso? Porque a gente acaba tirando energia de onde não tem. Antes eu era o Iran Malfitano. Hoje eu sou o pai da Laura. Ela me ajudou muito a passar por esse período de crise.
Iran não vive mais com a mãe de Laura, Elaine Albano. Segundo ele, a relação é saudável:
— Eu sou divorciado, porque, depois que a gente casa, não fica solteiro nunca mais. Eu e a Elaine temos uma relação muito boa. Até porque a gente sabe que a coisa principal nas nossas vidas é a nossa filha. A gente precisa manter uma relação saudável para que isso reverbere na Laura. A gente vê muitas famílias em que, depois da separação, o pai simplesmente some. E isso me intriga, porque, depois que a gente tem filhos, não é mais sobre a gente, é sobre eles.