Entrevistas
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Por Anna Luiza Santiago

Este ano, Didi Wagner ficou de fora da cobertura do Lollapalooza no Multishow e no Globoplay. Isso não significa, contudo, que a apresentadora não está ligada em música. Atualmente em Nova York, ela conta que tem aproveitado para mergulhar na cultura da cidade e assistirá a uma apresentação de Sultan + Shepard, um duo de música eletrônica, gênero pelo qual tem se interessado mais:

— Eu moro em São Paulo e, quando vou para o Rio, fico muito atenta a tudo. A gente tem que estar aberta a absorver todos os tipos de influência. Por exemplo, agora estou em Nova York, e aqui é realmente um polo cultural, de tendências em ebulição. Eu adoro circular e sentir as manifestações específicas ligadas a cada lugar, dentro de cada bairro, cidade, país. Quando eu falo de viajar, não é pelo deslocamento, é a jornada pessoal de você desbravar novos lugares, estar aberto às interferências e descobrir o que tem de especial em cada um desses locais.

Ela relembra a adrenalina quando fez entrevistas em outros festivais transmitidos pelo canal:

— É uma montanha-russa de emoções. As entrevistas são sempre desafiadoras, em vários aspectos. Quando o artista sai do palco depois da apresentação, a gente tem que fazer a pergunta em português, traduzir para o inglês, ouvir a resposta e depois traduzir de novo para o português. Dá um nó na cabeça. Fiz uma entrevista com o Arctic Monkeys uns anos atrás e foi incrível, só que foi difícil porque eles falam com um baita de um sotaque. Tive que ficar com todos os meus radares ligados.

O radar de Didi está sempre atento às tendências na música. Uma, em especial, preocupa: o uso da inteligência artificial em projetos artísticos.

— Agora desenvolveram uma ferramenta que você pede: "Cria uma música com base eletrônica, melancólica, com uma vibe Nova York". Em 30 segundos o aplicativo faz. É desesperador, me dá um pouco de falta de ar. Acho que é uma coisa utópica minha, tem coisas que eu acho tão bonitas, como a criatividade. Se essas ferramentas se tornarem preponderantes vai ser uma pena. Mas algumas coisas não vão mudar. Um show ao vivo é um show ao vivo. A experiência coletiva, de estar em uma plateia, com outras pessoas curtindo a mesma música, isso não é algo que pode ser substituído por tecnologia — avalia a apresentadora, de 48 anos.

As influências dentro da própria casa também ajudam Didi a ficar ligada nas tendências. Mãe de Laura, de 19 anos, Luiza, de 17, e Júlia, de 14 — frutos do casamento com o empresário Fred Wagner —, ela revela que o gosto musical das filhas ajuda a expandir seus horizontes:

— Elas me apresentam bastante coisa. É engraçado, as minhas três filhas são super fãs de funk, inclusive aqueles com as letras um tanto quanto explícitas. As músicas são boas, eu escuto com elas, mas as vezes há umas letras... 'Senta, senta, senta' é o light (risos). É o que toca na balada em São Paulo, funk carioca e paulista, elas gostam mesmo.

Em junho do ano passado, Didi e Fred anunciaram o fim do casamento após quase 25 anos. Ela dá mais detalhes sobre a nova configuração familiar:

— Acho que a gente conseguiu tocar tudo de maneira harmoniosa, então estamos todos bem, graças a Deus. É claro que no começo existe uma adaptação de logística, de rotina, mas o que prevalece é o sentimento de sintonia, amor e cumplicidade. O Fred não está mais no dia a dia, mas é um pai superpresente e preocupado. Ele acabou de fazer uma viagem longa de duas semanas com a Luiza, nossa filha do meio. A gente vai tendo esse equilíbrio.

Didi Wagner com as filhas Júlia e Luiza — Foto: Reproduçã/Redes sociais
Didi Wagner com as filhas Júlia e Luiza — Foto: Reproduçã/Redes sociais
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