Saúde
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Por O GLOBO — Rio de Janeiro

Farmácias e mercados têm até o próximo dia 30 para esgotar os estoques de álcool etílico na concentração de 70%, o famoso álcool 70%, na forma líquida. O item em gel ainda poderá ser comercializado. A obrigação segue as regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que regula a venda de produtos do tipo no Brasil.

Mas por que a venda dos produtos, muito utilizados durante a crise sanitária da Covid-19, foi vetada no país? Na realidade, o amplo comércio do álcool 70% líquido foi proibido no Brasil ainda em 2002 depois de uma resolução da Anvisa apontar “os riscos oferecidos à saúde pública decorrentes de acidentes por queimadura e ingestão, principalmente em crianças”.

Na época, um informe do Ministério da Saúde destacou estimativas da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ) de cerca de um milhão de casos anuais envolvendo acidentes do tipo no país, 300 mil deles com crianças menores de 12 anos e, 45 mil destes, devido ao álcool. A venda passou a ser restrita a lugares como hospitais, laboratórios e empresas que precisam de uma esterilização específica.

Porém, com a disseminação do novo coronavírus, no início de 2020, o governo federal implementou uma série de medidas extraordinárias para auxiliar no combate ao patógeno. Entre elas, ainda no final de março daquele ano, a liberação da Anvisa para a venda do álcool 70% líquido em mercados e farmácias, mas enfatizando se tratar de uma decisão “temporária” devido ao contexto de emergência.

A permissão tinha inicialmente o prazo de 180 dias, mas foi prorrogada algumas vezes. A última extensão do período foi no final de 2022, quando, em meio a uma nova subida de casos da Covid-19 no Brasil, uma resolução da Diretoria Colegiada da agência autorizou o comércio dos produtos até o dia 31 de dezembro de 2023.

No entanto, o texto considerava que, “para fins de esgotamento de estoque”, a venda ainda poderia ser feita por mais 120 dias após o fim da vigência da resolução, ou seja, prazo que termina no dia 30 deste mês. Por isso, a partir de maio, mercados e farmácias voltam a estar proibidos de comercializar o álcool 70%.

Ao GLOBO, o médico Álvaro Pulchinelli, diretor técnico na toxicologia forense e médico toxicologista do Grupo Fleury, explicou que o item na versão líquida é altamente inflamável, o que de fato representa um risco em especial para crianças.

E, já que a Covid-19 não representa mais uma emergência de saúde pública – o status mais alto de alerta chegou ao fim no Brasil em abril de 2022, pelo Ministério da Saúde, e no mundo, pela OMS, em maio do ano passado –, não há mais necessidade de comercializá-lo com tanta facilidade.

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