Após uma visita ao fundo do mar, pesquisadores se depararam com uma criatura curiosa: o polvo-dumbo. Esse animal raro recebe esse nome porque tem barbatanas em sua cabeça que lembram as orelhas do Dumbo, o famoso elefante da Disney.

O especialista em cefalópode do Laboratório Nacional de Sistemática da NOAA, Michael Vecchione, declarou à Newsweek que entender exatamente o que esses polvos são é complicado. Além das barbatanas, o pesquisador Vecchione ressalta que os polvos Dumbo têm projeções musculares semelhantes a dedos chamadas “cirri” que são encontradas entre cada um dos em seus braços.

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Vecchione destaca que “nós realmente não sabemos para que [os cirri são usados, mas presumimos que tem a ver com lidar com as presas com as quais eles se alimentam”. Apesar de raros, atualmente parece que uma grande porcentagem de espécies de polvos-dumbo estão bem distribuídas

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De acordo com o especialista, quem se dispõe a submergir no mar, em regiões próximas dos polos, através do uso de submarinos, fica animado ao se deparar com esses animais, que usam as curiosas barbatanas semelhantes a orelhas, que eles usam para se impulsionar na água.

Reprodução: NOAA/YouTube

Ao comentar sobre a natação dos polvos-dumbo, Vecchione disse que ela “é incomum”, pois a maioria dos cefalópodes para se locomover dentro da água, sugam o líquido circundante e, em seguida, esguicham-no através de um pequeno funil. “O que esse tipo de polvo faz é nadar batendo as barbatanas ou usando os braços, como uma água-viva nadando”, disse Vecchione.

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Outra curiosidade está relacionada com a alimentação dessas criaturas. Ainda não se sabe como ocorre a captura de presas, que geralmente são animais invertebrados que nadam acima do fundo do mar. Segundo Vecchione os cirri formam uma teia entre elas, fator que mantém os braços conectados. “Achamos que eles pegam suas presas colocando o animal dentro daquela teia, prendendo-o com os braços e depois fazendo algo com o cirri para levar a presa para a boca”, especula o pesquisador.

No que diz respeito a sua reprodução, as fêmeas tentam aumentar as chances de encontrar um companheiro e de se reproduzir. Ao que parece, elas sempre carregam óvulos em diferentes estágios de desenvolvimento, e podem armazenar semên por um longo tempo após o acasalamento. Como resultado, as fêmeas podem escolher qual óvulo ela irá fecundar – os óvulos mais desenvolvidos serão escolhidos sempre que as condições ambientais estiverem certas.

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O homem é a maior ameaça ao polvo-dumbo

Graças a baixa presença de predadores no mar profundo, esses polvos geralmente não têm sacos de tinta. Vecchione declarou que, nesse sentido, os únicos que acabam ameaçando esse animais são as atividades humanas, como a pesca na medida em que outra vida marinha é afetada, e as mudanças climáticas.

O aumento da temperatura global e consequentemente dos mares leva à redução de oxigênio na água, a acidificação dos mares, causado pelo aumento de gás carbônico incorporado da atmosfera, que também pode ser prejudicial para essa espécie, mesmo que em menor medida.

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