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Alemanha leva sufoco, mas supera Argélia na prorrogação

Gols de Schürlle e Özil garantem a sofrida classificação alemã às quartas

Assim como fez a seleção brasileira, a Alemanha beirou o vexame, mas confirmou o favoritismo e se classificou às quartas de final da Copa do Mundo. Os europeus encontraram enormes dificuldades na noite desta segunda-feira, mas superaram a Argélia, última equipe africana na competição, com uma vitória por 2 a 1, na prorrogação, no Beira-Rio, em Porto Alegre. Mesmo jogando em condições climáticas favoráveis – a temperatura na capital gaúcha rondou os 10 graus -, os alemães voltaram a mostrar deficiências defensivas e foram salvos com gols de Andre Schürrle e Mesut Özil. Na próxima fase, a Alemanha enfrentará um adversário bem mais experiente: a França, que eliminou a Nigéria, em Brasília. O encontro acontecerá nesta sexta-feira, às 13 horas (horário de Brasília), no Maracanã.

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A Alemanha teve maior posse de bola, mas levou diversos sustos na primeira etapa, sobretudo em jogadas pelas laterais. Aos oito minutos, Islam Slimani recebeu nas costas da zaga e o goleiro Manuel Neuer teve que ir quase até a bandeira de escanteio para dividir com o argelino e fazer o corte. Aos 16 minutos, Slimani teve nova chance e marcou de cabeça, mas o árbitro brasileiro Sandro Meira Ricci assinalou impedimento corretamente. A Alemanha parecia assustada e o sonho africano de repetir o feito de 1982 foi ganhando vida. Faouzi Ghoulam também se viu de frente para o gol de Neuer, mas bateu à esquerda do gol. Com Jeróme Boateng e Per Mertesacker improvisados nas laterais, o time alemão voltou a mostrar graves deficiências no setor.

A torcida gaúcha até ensaiou gritos de “olé” nas poucas trocas de passes dos argelinos e deixou clara a sua preferência pelos africanos. A Alemanha sofria com a forte marcação e só levou perigo em chutes de longa distância de Bastian Schweinsteiger e Mesut Özil e em uma cabeçada para fora de Thomas Müller, artilheiro da equipe na Copa com quatro gols. Nos últimos minutos da primeira etapa, o jogo ficou quente. Primeiro, Mehdi Mostefa arriscou de fora da área, a bola desviou na zaga e saiu por pouco. Na sequência, a Alemanha teve sua oportunidade mais clara: Toni Kroos chutou, o goleiro Mehdi Mostefa rebateu para frente, mas salvou chute de Mario Götze à queima-roupa.

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A segunda etapa começou com forte pressão alemã. Schürrle entrou no lugar de Götze e por pouco não marcou aos dois minutos. O zagueiro Mustafi também quase fez, em cabeçada no meio do gol. O capitão Phillip Lahm, que vem atuando como volante, se aventurou no ataque e só não marcou aos nove minutos, porque M’Bolhi foi buscar uma bola no ângulo. A Alemanha parecia perdida defensivamente e a Argélia voltou a assustar em contragolpes rápidos.

Nos vinte minutos finais, o jogo ficou imprevisível. Aos 34, Sami Khedira cruzou na medida para Müller, que cabeceou com força, mas M’Bolhi esbanjou reflexo e fez uma das defesas mais belas deste Mundial. Três minutos depois, Müller chegou perto novamente: o goleador recebeu na área e limpou a zaga, mas bateu torto, para fora. Aos 43, Müller protagonizou uma jogada bizarra ao escorregar, propositalmente, em uma jogada (mal) ensaiada. Schweinsteiger ainda teve a bola do jogo nos minutos finais, mas cabeceou nas mãos do ótimo goleiro argelino e o jogo foi para a prorrogação.

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O sofrimento alemão, no entanto, chegou ao fim logo no primeiro ataque: Müller foi até o fundo e cruzou para Schürrle, que desviou com o calcanhar e marcou o gol do alívio. A Argélia ainda tinha fôlego para fazer história e chegou perto do empate aos 11 minutos, em chute de Mostefa que aterrorizou o goleiro Neuer. No complemento, a Alemanha ainda perdeu gols incríveis com Müller e Schürrle, mas chegou ao segundo em chute forte de Özil, após rebote do goleiro. Já último minuto, o meia Djabou apareceu na segunda trave e encerrou a comovente participação dos argelinos com um bonito gol de honra. Apesar da vitória, o técnico Joachim Löw terá muito trabalho para acertar o time e preencher os buracos entre o meio-de-camo e a defesa. Do lado argelino, os atletas não esconderam a decepção por chegar tão perto de fazer história ao enfrentar o país de seus colonizadores (dos 23 jogadores da seleção africana, 16 nasceram na França). Restou ao goleiro M’Bolhi a honra de ser eleito o melhor jogador da partida.

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