Publicidade
Publicidade

No massacre da Nigéria, a maior festa é pelo gol do Taiti

Cabeçada certeira de Jonathan Tehau faz história para os azarões, mas não impede a goleada já esperada dos campeões africanos no Mineirão: 6 a 1

Os mineiros superaram as rivalidades clubísticas e, unidos, cerraram fileiras com a seleção do Taiti -depois do feijão tropeiro, ela virou a nova unanimidade de Belo Horizonte

Na estreia de Nigéria e Taiti na Copa das Confederações, na tarde desta segunda-feira, em Belo Horizonte, os africanos marcaram nada menos do que seis gols no arqueiro Gilbert Meriel. Mas o que alcançará as manchetes dos jornais de terça no mundo inteiro será o tento solitário do Taiti, um gol de honra que ficará para a história. Ao contrário de todos os prognósticos, a seleção de amadores da Polinésia conseguiu superar uma defesa formada por profissionais em um evento oficial da Fifa, façanha comemorada com igual êxtase pelos atletas e pelos torcedores mineiros. Ao apito final do árbitro Joel Aguilar, com o placar indicando 6 a 1 para o adversário, os taitianos não escondiam a alegria pelo feito, abraçando-se no centro do campo e agradecendo ao público pelo apoio.

Publicidade

Leia também:

Vahirua, o Pelé do Taiti, vai jogar para ganhar (a torcida)

Diante dos gigantes, o sonho do Taiti é perder de pouco

Nigéria: as Super Águias estão prontas para voar

Jonathan Tehau, meio-campista de 25 anos, foi o autor da proeza: aos nove minutos do segundo tempo, depois de um escanteio cobrado pelo Pelé do Taiti, Marama Vahirua, o atleta do AS Tamarii subiu no terceiro andar para ganhar da zaga nigeriana e testar firme para as redes de Vincent Enyeama. Tehau, aliás, gostou tanto da experiência que, quinze minutos depois, anotou ainda um segundo gol – mas, desta vez, contra o próprio patrimônio, ao tentar cortar um cruzamento do atacante Nnamdi Oduamadi. O atleta nigeriano do Varese, da Itália, aliás, marcou três gols na partida e assumiu a artilharia da competição.

Apesar do – previsível – baixo nível técnico da partida, os 20.000 torcedores que foram ao Mineirão deixaram o estádio satisfeitos. Curiosamente, há menos de dois meses, na reinauguração do local, a torcida local dividiu-se entre aplausos e vaias para o Brasil de Neymar, que empatou com o Chile por 2 a 2. Na tarde desta segunda, porém, os mineiros superaram as rivalidades clubísticas e, unidos, cerraram fileiras com a seleção do Taiti – depois do feijão tropeiro, ela virou a nova unanimidade de Belo Horizonte. Na quinta-feira, as duas equipes voltam à campo – os simpáticos atletas da Oceania para um massacre anunciado diante da Espanha, no Rio de Janeiro, enquanto a Nigéria prepara-se para um jogo de verdade, contra o Uruguai, em Salvador.

Publicidade

Continua após a publicidade

Publicidade