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Uruguai, confiante, teme apenas Neymar (por simulações)

O técnico Tabárez e o capitão Lugano avisam que, mesmo com quase tudo a favor do Brasil, no jogo são onze contra onze – assim como na Copa de 1950…

“Me preocupo mais com as faltas que o Neymar possa simular do que as faltas que eles possam cometer”, afirmou o zagueiro da seleção celeste

Assim como a seleção brasileira, a equipe do Uruguai também quer evitar as constantes referências à vitória celeste na Copa de 1950 – no caso dos visitantes, por puro respeito aos heróis do bicampeonato, que na opinião deles não devem ser comparados a mais ninguém. Mas o grupo que se prepara para encarar o Brasil na semifinal da Copa das Confederações, na quarta-feira, no Mineirão, vem para o jogo decisivo com uma mentalidade bem parecida com a dos vencedores de 63 anos atrás. “Quando começa um jogo de futebol, o negócio é entre eles, onze contra onze, e começam a surgir as circunstâncias, o imponderável”, disse o técnico Óscar Tabárez na noite desta terça, no próprio palco da partida. “As estatísticas e o retrospecto traduzem bem como será difícil para nós. Mas o jogo é entre o Brasil de hoje e o Uruguai de hoje. Que seja um bom jogo e que, encerrado o encontro, seja possível dizer que foi uma festa do futebol sul-americano e mundial.” Tabárez deixou claro que não existe temor no experiente grupo uruguaio. “O Brasil nos preocupa, claro. Sua proposta é muito ofensiva, mas a equipe é segura na hora de defender. Mas vamos trabalhar para neutralizar as virtudes do oponente. Confiamos muito na atitude que levaremos a campo. O Brasil ainda não enfrentou uma seleção que tivesse um ataque como o do Uruguai. Veremos o que acontece.”

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O capitão Diego Lugano também participou da entrevista coletiva ao lado do técnico – e, na hora de listar suas preocupações com a partida, o zagueiro, que foi ídolo no São Paulo, deu uma declaração inesperada. Ao ser questionado sobre o alto número de faltas cometidas pelos brasileiros nas três primeiras partidas do torneio, Lugano entrou de carrinho no camisa 10 da seleção: “Faz muito tempo que o futebol brasileiro é muito pegado, muito mais forte do que imaginamos. Isso é normal. Me preocupo mais com as faltas que o Neymar possa simular do que as faltas que eles possam cometer”. Pouco antes, outro jornalista pediu que Lugano mandasse uma mensagem ao jovem craque brasileiro. “Nenhuma. Quem sou eu para mandar recado para alguém? Só para os meus companheiros. Desejo apenas que seja um grande jogo, porque um Brasil x Uruguai sempre merece ser assim.” Apesar da crítica nada sutil do capitão, Lugano mostrou enorme respeito com a seleção brasileira, mas fez coro com o treinador ao dizer que a força do anfitrião não significa que o desafio esteja resolvido. “Nada impede que a gente sonhe em conseguir uma nova vitória em solo brasileiro. O Brasil está em um bom momento, mas o Uruguai também tem time para sonhar, e isso não é falta de respeito a ninguém.”

De acordo com Lugano, essa condição é garantida ao grupo em função da restauração da boa imagem do futebol uruguaio desde o Mundial de 2010. “Tivemos a sorte de colocar nosso país de volta ao lugar onde ele merece estar. Nosso grupo tem um compromisso e um respeito enormes com a camisa da nossa seleção. Poder ter recuperado o status do nosso país é um dos grandes orgulhos dos integrantes deste grupo.” O zagueiro disse que não houve qualquer manifestação hostil ou problema na recepção à delegação celeste no torneio. “A gente nunca foi mal recebido. Apenas nos primeiros dias, no Recife, houve um problema de logística: o hotel era longe demais do campo. A gente nunca reclamou ou se queixou, só fizemos uma crítica construtiva, para melhorar para o Mundial do ano que vem. Entre o povo, há respeito, mesmo com nossa rivalidade.” Antes da entrevista, a delegação uruguaia treinou no Estádio Independência – o time não quis fazer seu último ensaio para o jogo no próprio Mineirão, como fez o Brasil. Óscar Tabárez disse que não foi uma tentativa de fazer mistério sobre o time. “Nada do que fizemos hoje vai mudar alguma coisa no jogo de amanhã.” “El Maestro” completou: “É um privilégio poder fazer esse jogo. É tão difícil quanto estimulante. Somos muito aguerridos e acreditamos nas nossas forças. Para nós é um partida dificílima, mas esperamos que seja lembrada por muito tempo.”

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