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Erva-doce, Anis

Nome científico: Pimpinella anisum L.

 

Sinônimos: Anisum odoratum Rafin., Anisum officinale DC., Anisum officinarum Moench, Anisum vulgare Gaertner, Apium anisum (L.) Crantz, Carum anisum (L.) Baill., Pimpinele anisa (L.) St.Lag., Ptychotis vargasiana DC., Selinum anisum (L.) E.H.L.Krause, Seseli gilliesii Hook. & Arn., Sison anisum (L.) Spreng., Tragium anisum (L.) Link

Família botânica: Apiaceae

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Erva doce.jpg

Constituintes químicos

Os principais constituintes são trans-anetol (84-93%), cis-anetol (<0,5%), metilchavicol (estragol, isoanetol; 0,5-6,0%), linalol (0,1-1,5%) e p-anisaldeído (0,1-3,5 %). As estruturas de trans-anetol, metilchavicol, β-linalol e p-anisaldeído são apresentadas ao lado. [2]

Partes utilizadas

 

Frutos. [3] 

Óleo essencial. [2]

Contraindicações

Contraindicado para uso em gestantes devido à presença de anetol. [4]

Uso tradicional

Utilizado para casos de dispepsia, cólicas gastrointestinais e como expectorante. [3]

Como calmante, para tosse e cólica menstrual. [5]

Utilizado também para problemas no sistema digestório (intestino preso, dor no estômago, dor de barriga, diarréia, gastrite, enjôo, induzir vômito, gases, má digestão, congestão, queimação no estômago) como purgante e laxante. [6]

Ação farmacológica

Possui ação antiespasmódica e pode ser utilizado para distúrbios dispépticos. [7]

Tamém possui atividade antitussígena. [4]

O óleo essencial apresenta atividade estrogênica, que parece ser devida, em parte, pela presença do anetol e seus derivados. [4]

Eventos adversos

Promove ação sedativa discreta quando usada na forma de chás. [7]

Aumenta o risco de sangramentos. [8]

Pode ocorrer dermatite por contato (devido ao anetol). [9]

A ingestão de 1-5 mL de óleo de erva-doce pode levar a náusea, vômito, convulsões e edema pulmonar. [4]
 

POTENCIAIS INTERAÇÕES COM MEDICAMENTOS
Medicamentos

Zolpidem, zaleplon (hipnóticos). [10]

Ansiolíticos e sedativos. [11]

Anticoagulantes e inibidores da agregação plaquetária como por exemplo o ácido acetilsalicílico (AAS). [4] [8] 

Acetaminofeno e cafeína. [4]

Resultado Farmacológico

Quando administrada com drogas hipnóticas poderá prolongar o efeito. [7]

Prolonga a ação sedativa. [11]

Apesar dos compostos cumarínicos identificados na erva-doce, até o momento, não apresentarem o requerimento mínimo para a atividade anticoagulante (grupo hidroxila em C4 e um substituinte apolar em C3) deve ser evitado o uso
concomitante de anticoagulantes e inibidores da agregação plaquetária. [4]

(Implicações clínicas: aumento do RNI e risco de hemorragia)  -  mecanismo desconhecido. [12] 

Em experimentos in vivo, o óleo essencial de P. anisum promoveu a diminuição da concentração plasmática de acetaminofeno e cafeína. Assim, o
uso concomitante deve ser evitado. [4]

Não foram encontradas atividades sobre o CYP450 nas referências pesquisadas até o momento.

Atividade sobre o Citocromo P450

Referências Bibliográficas

[1] SHOJAII, Asie; ABDOLLAHI FARD, Mehri. Review of pharmacological properties and chemical constituents of Pimpinella anisum. ISRN pharmaceutics, v. 2012, 2012. 

[2] WORLD HEALTH ORGANIZATION. WHO monographs on selected medicinal plants vol. 3. World Health Organization, 1999.

[3] BRASIL. Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. Departamento de Apoio Técnico e Educação Permanente. Comissão Assessora de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Plantas Medicinais e Fitoterápicos. 2019. 4ª edição. 86 p. Disponível em: http://www.crfsp.org.br/images/cartilhas/PlantasMedicinais.pdf. Acesso em 12 out. 2019.

[4] JARDIM, P.M.S. Plantas Medicinais E Fitoterápicos: Guia Rápido Para a Utilização De Algumas Espécies Vegetais – 2. Ed, 98p.. Brasília : Universidade de Brasília, 2016.

[5] MOSCA, V.P.; LOIOLA, M.I.B. Uso popular de plantas medicinais no rio grande do norte, nordeste do Brasil. Revista Caatinga, vol. 22, núm. 4, octubre-diciembre, 2009, pp. 225-234. Disponível em: <http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=237117843033>. Acesso em: 21 set. 2019.

[6] GIRALDI, Mariana; HANAZAKI, Natalia. Uso e conhecimento tradicional de plantas medicinais no Sertão do Ribeirão, Florianópolis, SC, Brasil. Acta botanica brasilica, v. 24, n. 2, p. 395-406, 2010.

[7] NICOLETTI, Maria A.; OLIVEIRA-JUNIOR, Marcos A.; BERTASSO, Carla C.; CAPOROSSI, Patrícia Y.; TAVARES, Ana P. L. Principais interações no uso de medicamentos fitoterápicos. Infarma-Ciências Farmacêuticas, 2007; 19(1/2): 32-40.

[8] BUSH, Thomas M. et al. Adverse interactions between herbal and dietary substances and prescription medications: a clinical survey. Alternative therapies in health and medicine, v. 13, n. 2, p. 30-35, 2007.

[9] LANINI, J.; DUARTE-ALMEIDA, J.M.; NAPPO, S.; CARLINI, E.A. “O que vêm da terra não faz mal” – relatos de problemas relacionados ao uso de plantas medicinais por raizeiros de
Diadema/SP. Revista Brasileira de Farmacognosia. 2009, 19(1A): 121-129.

[10] ALVES, L. P., LEITE, J.MS.; BEZERRA, K.G.D. et al. Potenciais interações entre medicamentos e plantas medicinais. III Congresso Brasileiro de Ciências da Saúde. 2018. Disponível em: https://editorarealize.com.br/revistas/conbracis/trabalhos/TRABALHO_EV108_MD1_SA3_ID1197_20052018235841.pdf. Acesso em 17 dez. 2019.

[11] ALMEIDA, S. Papel do Farmacêutico na deteção/informação das interações entre plantas e medicamentos usados na hipertensão e dislipidemia. 2016. Disponível em: https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/42397/1/Anabela%20Almeida.pdf. Acesso em 21 nov. 2019.

[12] LEITE, P.M. Uso de plantas medicinais e sua potencial interferência no controle da anticoagulação oral em cardiopatas atendidos em clínica de anticoagulação de um hospital universitário. 2015. Disponível em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-BB3K4L/1/disserta__o___paula_mendon_a_leite.pdf. Acesso em 18 dez. 2019.

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