Arcos da Lapa: Prefeitura do Rio conclui a obra de revitalização de um dos símbolos da cidade

Publicado em 10/07/2022 - 17:06 | Atualizado em 10/07/2022 - 17:35
Os Arcos da Lapa foram completamente revitalizados pela Secretaria de Conservação - Jefferson Teófilo/Prefeitura do Rio

A Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Conservação, concluiu a revitalização de um dos símbolos cariocas: os Arcos da Lapa. O monumento, que não recebia manutenção há mais de cinco anos, passou por raspagem, limpeza e caiação a fim de recuperar o tom intenso de branco que lhe é característico. Na sexta-feira (8/7), a secretária de Conservação, Anna Laura Secco, e o subprefeito do Centro, Leonardo Pavão, fizeram a entrega das obras.

O serviço, orçado em cerca de R$ 1,3 milhão, durou cerca de cinco meses e teve a supervisão da Gerência de Monumentos e Chafarizes, vinculada à Conservação. As equipes começaram retirando as pichações espalhadas em vários pontos do monumento, bem como removendo o limo que se formou em alguns trechos da superfície por conta da umidade provocada pelas chuvas. Durante as obras, foram contratados alpinistas industriais, que ficaram pendurados a mais de 17 metros do chão para alcançar a parte superior da estrutura nos pontos em que os andaimes não podiam ser montados, fazendo decapagem com espátula e escova de aço. Na sequência, foi aplicada a massa e feita a caiação das extremidades.

Durante as obras, foram contratados alpinistas industriais para a revitalização – Fabio Motta/Prefeitura do Rio

 

A revitalização dos Arcos da Lapa foi executada de cima para baixo, sempre em duas faces ao mesmo tempo. A parte mais perto do chão, até dois metros de altura, ficou para o fim. Já a cor dos Arcos não veio de tinta, mas sim de cal virgem. Os especialistas explicam que a cal permite que o monumento respire e não se deteriore por trás da pintura. Além disso, a caiação é a mesma técnica utilizada na época da construção do antigo aqueduto, que, por ser tombado, precisa ter suas características originais preservadas.

E o trabalho não se concentrou apenas nas alturas: a área ao redor dos Arcos da Lapa, como o pavimento da Praça Cardeal Câmara, o trecho da Ladeira de Santa Teresa próximo ao monumento, e o passeio em pedras portuguesas do entorno também foi recuperada pela Conservação. Além disso, os dois painéis do artista Selarón passaram por manutenção, com pichações removidas.

Para a secretária de Conservação, Anna Laura Secco, é motivo de orgulho devolver à cidade os Arcos totalmente renovados.

 

– Trabalhamos em um bem tombado, que é muito amado pelos cariocas e um dos monumentos mais visitados por turistas do mundo inteiro. Fizemos o serviço com muito carinho, prestando atenção aos mínimos detalhes para que os Arcos recuperassem sua beleza. Preservar nossos monumentos é zelar pela nossa história. Pedimos que a população colabore, nos ajudando a manter os Arcos preservados – afirmou a secretária.

 

O subprefeito do Centro, Leonardo Pavão, fez um convite a cariocas e turistas.

 

– Mais um patrimônio histórico, cultural e turístico que entregamos aos cariocas. Venham visitar o nosso novo Rio Antigo e aproveitar ainda mais todas as melhorias. Como subprefeito, fico muito feliz em fazer parte deste trabalho e do desenvolvimento da região do Grande Centro – declarou.

 

História dos Arcos da Lapa

Inaugurado em 1750, o Aqueduto da Carioca, atualmente chamado de Arcos da Lapa, é a maior obra de engenharia no Brasil no século XVIII. Sua construção, em estilo romano, é feita em pedra e cal, medindo cerca de 270 metros de comprimento e 18 metros de altura, distribuídos em 42 arcos plenos, com aberturas circulares entre eles na parte superior.

Erguidos para trazer a água das nascentes do Rio Carioca até o chafariz do Largo da Carioca, a fim de abastecer a população da cidade, os Arcos da Lapa tiveram a primeira estrutura feita com canos de ferro, mas logo trocada por pedra e cal, para evitar a corrosão. Desde 1896, o antigo aqueduto serve como via para o bondinho de Santa Teresa.

A revitalização dos Arcos da Lapa durou cerca de cinco meses – Divulgação
  • 10 de julho de 2022
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