“Como faço uma escultura? Simplesmente retiro do bloco de mármore tudo que não é necessário.” Michelangelo

“Como faço uma escultura? Simplesmente retiro do bloco de mármore tudo que não é necessário.” Michelangelo

Essa frase de Michelangelo nos faz refletir sobre como, na realidade, é mais difícil para o ser humano “retirar“ do que “adicionar” algo na própria vida. Em vários estudos e pesquisas foi evidenciado como temos um pensamento do tipo: “mais é sempre melhor.”

Nos concentramos em adicionar coisas e elementos para solucionar ou melhorar um problema ou para nos sentirmos bem, independentemente de sua utilidade ou real relevância para a situação em questão. Quando pensamos em melhorar algo, quase sempre a primeira coisa que vem à mente é incluir algo a mais, nos perguntamos: o que posso fazer mais? O que preciso ter mais?

Isso acontece porque ideias “aditivas” vêm à mente de forma mais rápida e fácil, enquanto ideias “subtrativas” requerem maior esforço cognitivo e de avaliação critica da situação. Como nos dias de hoje somos pressionados em encontrar soluções rápidas para tudo, tendemos a aceitar as primeiras ideias que vêm à mente, que são aditivas pois mais simples e rápidas, sem considerar retirar e eliminar o inútil, o supérfluo o nocivo.

Precisamos refletir e perceber que muitas vezes a mudança real acontece quando aprendemos a “retirar” os pesosda culpa, as amarras do medo e as couraças das convicções limitantes que bloqueiam a nossa vida, que nos deixam pesados e cansados, escondendo nosso brilho, e permitir que a obra de arte que cada um de nós é se liberte do mármore do inútil e do irrelevante, manifestando-se e expressando-se em toda a sua plenitude, beleza e unicidade.

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