A Dança Moderna de Martha Graham

A Dança Moderna de Martha Graham

Ao contrário de suas contemporâneas, Ruth Saint-Denis e Isadora Duncan, Martha Graham(1894-1980) tem como finalidade da ação coreográfica o homem confrontado com seus problemas atuais, não se interessando mais pelas temáticas místicas propostas pela Denishaw, sua primeira escola de dança.

"Quero falar sobre os problemas do nosso século, onde a máquina perturba os ritmos do gesto humano e onde a guerra fustigou as emoções e desencadeou os instintos."
Martha Graham


A dança, desse modo, não era, para ela, um espelho da vida, mas sim uma participação na vida, uma libertação da vida pelo movimento. Nesse sentido, Martha Graham desenvolveu uma técnica que procura a integração do ser total em seu meio, visando ao conhecimento do indivíduo, embora a consolidação dessa não tivesse sido seu objetivo primeiro. Ela veio como consequência, surgindo das necessidades impostas pelas ações coreográficas.

Apesar de ter, em 1923, rompido com a Denishaw, e, com isso, ter seguido um caminho próprio, algumas das influências recebidas nessa escola marcaram seu trabalho. Podemos observar movimentos de cabeça que lembram os rituais hindus e a reinvenção das danças típicas das culturas mediterrâneas muito antigas com joelhos muito flexionados em vários de seus exercícios. Mas, dentre elas, o trabalho "oriental" do chão, com posições ajoelhadas e sentadas, marcam fortemente seu trabalho técnico.

Assim, Martha desenvolve uma técnica com princípios formativos claros e consolidados que são, mais que diretrizes de trabalho dentro e com ela- respiração, intensificação do ato, relação com o chão, oposição e totalidade- princípios do movimento humano, não formas estáticas repetidas mecanicamente. Uma técnica que é um contínuo processo de preparação para e na vida....



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