As empresas tipo Google

As empresas tipo Google

No mercado e principalmente na área de tecnologia, tem crescido o número de empresas que fazem o tipo Google: com estruturas bacanas, redes, academias e tudo que pode saltar aos nossos olhos. 

Afinal, dificilmente alguém não vai gostar de dizer que trabalha em uma empresa que tem rede? Ou bebida à vontade? Ou um escorregador? É uma boa publicidade junto ao colaborador e a empresa ainda pode tirar essa ondinha de “diruptiva”, de fora da curva e de inovadora. 

Estes ambientes descolados me levam normalmente para três perguntas básicas: O funcionário de fato consegue aproveitar a estrutura? O objeto de trabalho dele é tão inovador quanto o ambiente? O funcionário é levado a ficar mais tempo na empresa por conta da estrutura oferecida? 

Nada vale o esforço de ter um espaço todo lúdico dentro de uma empresa, que prega a competitividade e vê o tempo ocioso como algo ruim, por exemplo. Os funcionários provavelmente não vão usar aquela estrutura.

Não adianta você dar para o colaborador uma espaço inovador e o trabalho dele ser algo chato, em que ele ache que não usa toda a sua aptidão, que é repetitivo, que não envolve muita criatividade, que ele faz uma pequena parte de um processo maior e etc. 

Além disso, o espaço pode ser um facilitador para o funcionário, com academias e demais serviços que evitam o deslocamento, porém o próprio colaborador deve perceber o tempo dedicado a empresa, se ele trabalha mais do que necessário e se está deixando sua vida pessoal de lado por conta da profissional. 

Ter um ambiente descolado só de fachada de nada adianta, já que acabam por não contribuir no motivacional e se tornam só algo pra “inglês ver”. A estrutura precisa refletir a dinâmica do trabalho e a relação com os funcionários, pois não faz sentido para este ambiente aquela velha hierarquia e um trabalho em modelo antiquado. Não rola ser tipo Google, tem que ser dinâmico de verdade ou no final das contas de nada vale o esforço.

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