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2021

Rubens Teixeira Queiroz

FABACEAE DO CARIRI
PARAIBANO

2021
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Copyright da Edição© 2021 Pantanal Editora
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Ficha Catalográfica

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(eDOC BRASIL, Belo Horizonte/MG)

Queiroz, Rubens Teixeira de.


Q3f FABACEAE do Cariri paraibano [livro eletrônico] / Rubens Teixeira de
Queiroz. – Nova Xavantina, MT: Pantanal, 2021. 626p.

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Requisitos de sistema: Adobe Acrobat Reader
Modo de acesso: World Wide Web
ISBN 978-65-88319-60-4
DOI https://doi.org/10.46420/9786588319604

1. Botânica. 2. Plantas da caatinga – Identificação. I. Título.


CDD 582.17

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Lista de abreviaturas
ar.: árabe
gr.:grego
l.: latim
tu.: tupi
Agradecimentos

Agradeço imensamente as amigas Ana Paula Fortuna Perez, Iracema Loiola, Laura Lima e

Roseli Bortoluzzi que leram e contribuíram com sugestões preciosíssimas.

A Aureliana Gomes, Breno Farias e Gildasio Oliveira pelas fotografias gentilmente cedidas

para ilustras as pranchas de Calliandra, visitante floral de Cenostigma e e flores de

Parapiptadenia.

Aos amigos Bartolomeu Israel, Eine Celli, Joselison Medeiros, Mônica Macedo, Rony

Longinho e Emanuel pelos diversos campos realizados juntos. Muito obrigado pelas

maravilhosas risadas compartilhadas.

A Giovana Queiroz e Felipe Queiroz pela colaboração pela busca dos nomes no W3tropicos

e Flora do Brasil 2020 analisando a grafia correta dos nomes científicos.

A Mônica Macedo pela confecção do mapa que ficou maravilhoso.

A Ana Magna proprietaria da Fazenda Salambaia pela alegria com a qual sempre nos

recebeu e pela excelente estadia durante todos os campos.

Ao Dr. Rumualdo da cidade do Congo pela excelente estadia e pela ajuda com a

alimentação do grupo.

A José Roberto Lima (Robertinho) pela parceria e companhia aos diversos campos durante

as aulas práticas na Fazenda Almas.


Sumário

Prefácio ........................................................................................................................................ 11
Fabaceae Lindl. ............................................................................................................................ 23
Diversidade taxonomica no Cariri paraibano ................................................................................. 24
Fazenda Salambaia ...................................................................................................................... 24
Fazenda Santa Clara .................................................................................................................... 25
Serra do Jatobá ............................................................................................................................ 25
RPPN Fazenda Almas .................................................................................................................. 25
Serra da Engabelada .................................................................................................................... 26
Serra do Paulo .............................................................................................................................. 27
Assentamento Santa Catarina ...................................................................................................... 27
Rio Sem Denominação ................................................................................................................. 27
Caracteres morfológicos de importância ecológica ....................................................................... 27
Classificação de subfamílias (LPWG 2017) e tribos (Lewis et al. 2005). ...................................... 30
Fabaceae Lindl., Intr. Nat. Syst. Bot. (ed. 2) 148 1836. ............................................................. 35
Chave para subfamílias do Cariri Paraibano ................................................................................. 36
Chave para gêneros de Detarioideae do Cariri Paraibano ............................................................ 36
Chave para gêneros de Caesalpinioideae do Cariri Paraibano ..................................................... 37
Chave para gêneros de Papilioideae do Cariri Paraibano ............................................................. 39
Morfologia das Fabaceae do Cariri Paraibano .............................................................................. 43
Chaves dicotômicas .................................................................................................................. 95
Chave A Folhas 1-3-folioladas................................................................................................... 96
Chave B folhas 3-folioladas ....................................................................................................... 96
Chave C folha 4-foliolada .......................................................................................................... 98
Chave D folha paripinada maior que quatro folíolos .................................................................. 99
Chave F folha Bipinada ........................................................................................................... 102
Cercidoideae ............................................................................................................................. 106
1. Bauhinia cheilantha (Bong.) Steud. ..................................................................................... 109
2. Bauhinia subclavata Benth. ................................................................................................. 114
Detarioideae .............................................................................................................................. 120
3. Hymenaea rubriflora Ducke ................................................................................................. 121
4. Peltogyne pauciflora Benth. ................................................................................................. 126
5. Tamarindus indica L. ........................................................................................................... 131
Caesalpinioideae....................................................................................................................... 135
6. Chamaecrista absus (DC.) H.S. Irwin & Barneby. ................................................................ 140
7. Chamaecrista amiciella (H.S. Irwin & Barneby) H.S. Irwin & Barneby .................................. 142
8. Chamaecrista calycioides (DC. ex Collad.) Greene. ............................................................ 146
9. Chamaecrista duckeana (P. Bezerra & Afr. Fern.) H.S. Irwin & Barneby. ............................ 150
11. Chamaecrista pilosa (L.) Greene. ...................................................................................... 157
12. Chamaecrista repens (Vogel) H.S. Irwin & Barneby. ......................................................... 160
13. Chamaecrista rotundifolia (Pers.) Greene. ......................................................................... 164
14. Chamaecrista serpens (L.) Greene. ................................................................................... 166
15. Chamaecrista supplex (Mart. ex Benth.) Britton & Rose ex Britton & Killip. ........................ 169
16. Chamaecrista tenuisepala (Benth.) H.S. Irwin & Barneby .................................................. 172
17. Chamaecrista zygophylloides (Taub.) H.S. Irwin & Barneby. ............................................. 176
18. Senna alata (L.) Roxb.. ...................................................................................................... 184
19. Senna angulata (Vogel) H.S. Irwin & Barneby. .................................................................. 188
20. Senna aversiflora (Herb.) H.S. Irwin & Barneby ................................................................. 191
21. Senna macranthera (DC. ex Collad.) H.S. Irwin & Barneby ............................................... 195
22. Senna martiana (Benth.) H.S. Irwin & Barneby .................................................................. 199
23. Senna obtusifolia (L.) H.S. Irwin & Barneby ....................................................................... 205
24. Senna occidentalis (L.) Link, Handbuch 2: 140. 1829. ....................................................... 208
25. Senna pendula (Humb. & Bonpl. ex Willd.) H.S. Irwin & Barneby ...................................... 212
26. Senna rizzinii H.S. Irwin & Barneby. .................................................................................. 216
27. Senna siamea (Lam.) H.S. Irwin & Barneby....................................................................... 221
28. Senna spectabilis (DC.) H.S. Irwin & Barneby. .................................................................. 225
29. Senna splendida (Vogel) H.S. Irwin & Barneby .................................................................. 229
30. Senna trachypus (Mart. ex Benth.) H.S. Irwin & Barneby................................................... 235
31. Senna uniflora (Mill.) H.S. Irwin & Barneby ........................................................................ 240
32. Pterogyne nitens Tul.......................................................................................................... 243
33. Cenostigma nordestinum Gagnon & G.P. Lewis ................................................................ 245
34. Delonix regia (Bojer ex Hook.) Raf..................................................................................... 251
35. Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L.P. Queiroz. ...................................................................... 254
36. Parkinsonia aculeata L. ..................................................................................................... 261
37. Albizia lebbeck (L.) Benth. ................................................................................................. 268
38. Albizia polycephala (Benth.) Killip. ..................................................................................... 272
39. Calliandra subspicata Benth. ............................................................................................. 276
40. Chloroleucon dumosum (Benth.) G.P. Lewis. .................................................................... 282
41. Chloroleucon foliolosum (Benth.) G.P. Lewis ..................................................................... 286
42. Enterolobium timbouva Mart.. ............................................................................................ 289
43. Pithecellobium diversifolium Benth. ................................................................................... 296
44. Pithecellobium dulce (Roxb.) Benth.. ................................................................................. 299
45. Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan ............................................................................ 305
46. Desmanthus virgatus (L.) Willd. ......................................................................................... 310
47. Lachesiodendron viridiflorum (Kunth) P.G. Ribeiro, L.P. Queiroz & Luckow. ..................... 315
48. Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit............................................................................... 318
50. Mimosa arenosa (Willd.) Poir.. ........................................................................................... 329
51. Mimosa borboremae Harms ex Luetzelburg. ..................................................................... 333
52. Mimosa camporum Benth. ................................................................................................. 337
53. Mimosa candollei R. Grether ............................................................................................. 341
54. Mimosa invisa Mart. ex Colla. ............................................................................................ 343
55. Mimosa ophthalmocentra Mart. ex Benth........................................................................... 345
56. Mimosa paraibana Barneby. .............................................................................................. 349
57. Mimosa sensitiva L. ........................................................................................................... 353
58. Mimosa somnians Humb. & Bonpl. ex Willd....................................................................... 357
59. Mimosa tenuiflora Benth. ................................................................................................... 361
60. Mimosa ursina Mart.. ......................................................................................................... 366
61. Neptunia plena (L.) Benth.. ................................................................................................ 368
62. Parapiptadenia zehntneri (Harms) M.P. Lima & H.C. Lima ................................................ 372
63. Piptadenia stipulacea (Benth.) Ducke. ............................................................................... 376
64. Prosopis juliflora (Sw.) DC.. ............................................................................................... 382
65. Senegalia bahiensis (Benth.) Seigler & Ebinger................................................................. 390
66. Senegalia polyphylla (DC.) Britton. .................................................................................... 393
67. Senegalia tenuifolia (L.) Britton & Rose ............................................................................. 398
68. Vachellia farnesiana (L.) Wight & Arn. ............................................................................... 403
Papilionoideae........................................................................................................................... 407
69. Aeschynomene americana L. ............................................................................................ 410
70. Aeschynomene scabra G. Don. ......................................................................................... 413
71. Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm. .......................................................................... 417
72. Ancistotropis peduncularis (Labill.) Hook. f.. ...................................................................... 421
73. Andira legalis (Vell.) Toledo. .............................................................................................. 424
74. Arachis dardanii Krapov. & W.C. Greg............................................................................... 426
75. Canavalia brasiliensis Mart. ex Benth.. .............................................................................. 429
76. Centrosema arenarium Benth.. .......................................................................................... 436
77. Centrosema brasilianum (L.) Benth.. ................................................................................. 439
78. Centrosema pascuorum Mart. ex Benth. ........................................................................... 442
79. Centrosema pubescens Benth........................................................................................... 444
80. Centrosema sagittatum (Humb. & Bonpl. ex Willd.) Brandegee. ........................................ 446
81. Crotalaria holosericea Nees & C. Mart............................................................................... 451
82. Crotalaria incana L.. .......................................................................................................... 456
83. Crotalaria vitellina Ker Gawl. ............................................................................................. 462
84. Ctenodon benthamii (Rudd) D.B.O.S. Cardoso, Filardi & H.C. Lima. ................................. 467
85. Ctenodon histrix (Poir.) D.B.O.S. Cardoso, P.L.R. Moraes & H.C. Lima ............................... 470
86. Ctenodon monteiroi D.B.O.S. Cardoso, Filardi & H.C. Lima .............................................. 472
87. Ctenodon viscidulus (Michx.) D.B.O.S. Cardoso & A. Delgado. ......................................... 475
88. Dahlstedtia araripensis (Benth.) M.J. Silva & A.M.G. Azevedo .......................................... 478
89. Dalbergia catinguicola Harms ............................................................................................ 482
90. Desmodium glabrum (Mill.) DC.. ........................................................................................ 487
91. Desmodium procubens (Mill.) Hitchc. ................................................................................ 489
92. Dioclea lasiophylla Mart. ex Benth. .................................................................................... 492
93. Erythrina velutina Willd. ..................................................................................................... 496
94. Galactia jussiaeana Kunth. ................................................................................................ 503
95. Galactia striata (Jacq.) Urb. ............................................................................................... 505
96. Geoffroea spinosa Jacq.. ................................................................................................... 507
97. Gliricidia sepium (Jacq.) Kunth ex Walp. ........................................................................... 511
98. Indigofera hirsuta L. ........................................................................................................... 516
99. Indigofera microcarpa Desv. .............................................................................................. 520
100. Indigofera suffruticosa Mill. .............................................................................................. 522
101. Lonchocarpus sericeus (Poir.) Kunth ex DC. ................................................................... 525
102. Luetzelburgia auriculata (Allemão) Ducke........................................................................ 528
103. Machaerium hirtum (Vell.) Stellfeld. ................................................................................. 533
104. Macropsychanthus grandiflorus (Mart. ex Benth.) L.P. Queiroz & Snak. .......................... 536
105. Macroptilium gracile (Poepp. ex Benth.) Urb.................................................................... 543
106. Macroptilium lathyroides (L.) Urb. .................................................................................... 548
107. Macroptilium martii (Benth.) Maréchal & Baudet .............................................................. 552
108. Muellera campestris (Mart. ex Benth.) M.J. Silva & A.M.G. Azevedo. .............................. 555
109. Myroxylon peruiferum L. f.. .............................................................................................. 558
110. Nissolia vincentina (Ker Gawl.) T.M.Moura & Fort.-Perez ................................................ 561
111. Platymiscium floribundum Vogel. ..................................................................................... 566
112. Poecilanthe grandiflora Benth. ......................................................................................... 569
113. Rhynchosia minima (L.) DC. ............................................................................................ 571
114. Sesbania exasperata Kunth ............................................................................................. 577
115. Sesbania virgata (Cav.) Poir. ........................................................................................... 580
116. Stylosanthes humilis Kunth. ............................................................................................. 585
117. Stylosanthes minima J.J.S.Ferreira & J.Santos-Silva....................................................... 587
118. Stylosanthes viscosa (L.) Sw.. ......................................................................................... 590
119. Tephrosia cinerea (L.) Pers.. ........................................................................................... 596
120. Tephrosia purpurea (L.) Pers. .......................................................................................... 598
121. Zornia brasiliensis Vogel.................................................................................................. 602
122. Zornia leptophylla (Benth.) Pittier..................................................................................... 605
123. Zornia myriadena Benth. ................................................................................................. 607
124. Zornia reticulata Sm......................................................................................................... 611
Referências................................................................................................................................. 615
Glossário Morfológico ................................................................................................................. 617
Glossário Etimológico ................................................................................................................. 620
Indice de nomes científicos ......................................................................................................... 624
Sobre o autor .............................................................................................................................. 626
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Prefácio

Após minha jornada estudantil concluída, com algumas pedras contornadas e experiências
acumuladas, retornei ao nordeste à Paraíba, próximo de minha terra potiguar. Abracei à docência
com seus desafios e paradigmas. Foram semanas intensas aquelas entre setembro e novembro de
2013, pois trabalhava dia e noite para dar conta das atividades. Em meio a pressão, a professora
Rita Baltazar me apresentou ao professor Bartolomeu Israel (Bartô) que é um dos maiores
pesquisadores do Cariri paraibano. Naquela empolgação, fui convidado por Bartô, para conhecer o
Cariri paraibano. Convite aceito, naquela mesma semana, passamos o sábado e o domingo nos
Cariris Velhos. Naquela época, desconhecia a existência do Cariri na Paraíba, sendo o Cariri para
mim, uma região Cearense. Naquela tarde de novembro num sábado, chegamos ao Cariri onde vi
pela primeira vez a Caatinga cuja vegetação estava totalmente árida, até me emocionei ao rever as
terras semiáridas nordestinas. Visitamos os a serra do Pindurão no município de Camalaú e a bacia
Escola em São João do Cariri. No campo, aprendi bastante com as explanações de Bartolomeu que
eram muito didáticas e realmente conhecia o Cariri da Paraíba a fundo. Naquele campo, iniciamos
uma parceria onde fiquei encarregado em estudar a flora, me tornando novo membro do Grupo de
Estudos do Semiárido GESA. As nossas pesquisas envolvem estudos com vegetação e flora a fim
de entender a relação entre a ação antrópica e a modificação da paisagem. Buscamos conhecer as
paisagens mais conservadas e próximas de ambientes naturais. Cremos que quanto mais arbórea
e diversa em espécies vegetais for a paisagem mais natural e conservado é o ambiente.

À primeira vista, o Cariri paraibano pareceu uma região homogênea com paisagens compostas de
vegetação arbustiva rica em Cactáceas e Bromeliáceas. Entretanto, à medida que fui conhecendo
minha percepção mudou completamente. Viajamos dezenas de vezes para reconhecimento de
áreas, coleta de dados, coleta de material botânico e aula prática e participar de evento.

Viajamos três vezes para reconhecer as áreas na Fazenda Salambaia, em Serra Branca e no
Congo, onde se estabeleceu e o Serra da Engabelada como áreas para levantamento de vegetação.
As coletas de dados por meio de levantamento rápido de flora foram realizadas na Fazenda Santa
Clara, Fazenda Salambaia, RPPN Fazenda Almas, Serra da Engabelada, São Domingos e Serra
do Paulo e Levantamento Santa Catarina. As coletas de material botânico e aulas práticas
ocorreram na RPPN Fazenda Almas e Serra do Jatobá em Serra Branca. Por fim, foram realizados
três eventos um na faz. Salambaia, um no Pai Mateus e o último no Assentamento Santa Catarina.

A Salambaia foi selecionada para o estudo de vegetação devido a presença da vegetação arbórea
e rica em diversidade de espécies. Entre as espécies a maior constituição era de plantas da mata
arbórea como brejuís (Myroxylum peruiferum), ipês (Handroanthus impetiginosus), jatobás
(Hymenaea rubriflora), olho-de-boi (Tocoyena sellowiana) e uvaias (Eugenia, Calyptranthes e
Myrcia). A presença deste tipo de vegetação arbórea numa das áreas consideradas mais áridas do
Brasil nos deixou muito empolgado. Na tentativa de entender esta complexidade foram realizados
11 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

levantamentos de vegetação com os quais foi obtida uma gama de informações/dados que estão
sendo usados no desenvolvimento de dissertações e teses. Para a construção destes
levantamentos foram realizadas 12 viagens de campo àquela área. Nestes campos, obtivemos
resultados sobre tipo de vegetação e composição florística, diferentes tipos de fitofisionomias, bem
como dados de geografia física. Através dos dados levantados e as atividades realizadas foi criado
o geoparque do Cariri.

À medida que avançamos na construção do conhecimento, concluímos que são os afloramentos os


responsáveis pela manutenção estreita faixa de vegetação diversa em espécies. Visto que no
entorno dos afloramentos os solos são mais profundos e um maior aporte de água da rocha nos
períodos chuvosos escoa pela rocha/lajedo para a base. Paralelamente ao levantamento de
vegetação na Salambaia, iniciamos também levantamentos na Serra da Engabelada no Congo onde
as condições físicas e vegetais eram semelhantes a Salambaia com muitos afloramentos e uma
vegetação arbórea. No Congo foram realizadas seis expedições, fizemos os transectos numa das
serras da Engabelada, porém não foi possível atingir o topo maior daquela serra.

Organizamos uma jornada biogeográfica internacional reunindo pesquisadores de florestas secas


em diversas partes do mundo. Darien Prado (Argentina), Irma Trejo (México), Rafael Câmara, Peio,
News, Rakel Varela e Cristina (Espanha); Bartolomeu Israel, Eduardo Viana, Raquel (Paraíba),
Gustavo, Rodrigo e Sueli Furlan (São Paulo).

Fizemos ainda uma viagem de prospecção a Serra Branca, mas nos limitamos a esta única
expedição por não ter encontrado uma vegetação bem conservada. Todavia tive oportunidade
conhecer a diversidade de Fabaceae ao colaborar no desenvolvimento de um estudo recentemente
publicado (Rodrigues et al. 2020).

Na RPPN Fazenda Almas foram realizadas coletas de material botânico com Prof. Dra. Ana Paula
Fortuna, professor Rivete Lima e os pesquisadores da Mark Olso e Julieta Olso da UNAM, Rafaela
Forza (Jardim Botânico do Rio de Janeiro), Maurício Figueiras e Bianca Schindler (IFN), Luiz
Henrique e Ricardo Pontes. Viagem de reconhecimento com Dra. Irma Trejo pesquisadora da
UNAM. Na fazenda Almas realizei cinco aulas de campo com os alunos de biologia da UFPB. A
RPPN fazenda Almas entre as áreas estudadas foi aquela mais preservada com uma grande
heterogeneidade de ambientes.

Na Serra do Paulo em São João do Tigre foram realizadas duas viagens para levantamento rápido
de vegetação. Sem dúvidas esta área é a área mais atípica do Cariri Paraibano sendo em geral
maior riqueza de espécies de zonas de mata úmida e subúmida, provavelmente em decorrência da
altitude. Talvez esta área poderia ser classificada como um tipo de brejo de altitude.

Recentemente, realizamos dois campos onde se realizou um evento jornadas biogeográficas de


campo, evento e levantamento rápido de vegetação. Nas Jornadas de Biogeográficas de campo
reuniram os professores Darien Prado (Argentina), Lúcio Cunha e Rui Jacinto (Portugal) e
12 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

brasileiros, Dirce Suertegaray, Bartolomeu de Souza, Eduardo Viana, Pedro Viana, Rafael Xavier e
Raquel Porto entre os campos estava o assentamento Santa Catarina em Monteiros.

Em síntese, até o momento somam-se sete anos de estudos no Cariri Paraibano iniciado em 2013
estagnado em 2020 em decorrência da pandemia. Foram realizadas 41 viagens, sendo os lugares
mais visitados Fazenda Salambaia (12 viagens), RPPN Fazenda Almas (11) e Congo (6). Foi
construído um banco de dados referentes a vegetação que vem sendo estudado pelos alunos de
Bartolomeu. Quanto aos registros fotográficos construímos um banco com 22.018 imagens.

Durante as expedições um dos principais focos de minha pesquisa foi a família Fabaceae por ser
minha principal linha de pesquisa. Realmente pensar a importância da família na composição da
paisagem e perceber que de fato Fabaceae se trata de um dos elementos chaves na composição
florística da Caatinga. Sendo esta família bem representada tanto no período de seca através da
presença de arbustos, árvores e lianas, bem como sua imensa presença na época das chuvas
quando predominam ervas e trepadeiras. Uma das maiores dificuldades se deu em decorrência dos
anos áridos que somaram sua maioria, apenas a partir de 2018, pudemos reconhecer melhor a
diversidade do estrato herbáceo, além disto houve o fato do pastoreio intenso que reduz
imensamente a biomassa dos grupos herbáceos. Caso não existisse a RPPN Fazenda Almas,
jamais reconheceríamos a real diversidade de Fabaceae no Cariri.

Para além das descrições o ebook conta com um material extremamente ilustrado com pranchas
para todas as espécies, bem como uma parte sobre a morfologia do grupo.

Faço votos que seja útil no conhecimento das Fabaceae.

Rubens Teixeira de Queiroz

13 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Cariri paraibano

O Cariri paraibano está inserido sobre o planalto da Borborema e está localizado no centro-

sul do estado da Paraíba, Região Nordeste do Brasil (Figura 1A e 1B), distando a cerca de

180 km da capital João Pessoa (Souza et al. 2009). Abrange 29 municípios e cerca de

11.233 km2 (Alves 2009) e se caracteriza por apresentar índices pluviométricos baixos com

precipitação média variando de 400 a 600 mm ano, sendo considerado um dos polos

xéricos do nordeste brasileiro (Nascimento e Alves 2008). Segundo Moreira (1988), o

município de Cabaceiras em determinados anos alcançou valores em torno de 250 mm

anuais, sendo um dos mais baixos índices do Brasil. No Cariri paraibano o clima é do tipo

Bsh de Köppen que se caracteriza por elevadas temperaturas (Nascimento e Alves 2008),

com médias anuais de 26°C médias mínimas inferiores a 20°C e a umidade relativa do ar

não ultrapassa 75% (Barbosa et al. 2007). O relevo é semicolinoso com altitude média

variando entre 450 a 600 m com alguns pontos podendo atingir até 1.180 m na APA das

Onças (município de São João do Tigre), e os solos são rasos (Sampaio et al. 1981).

Andrade-Lima (1981) reconheceu o Cariri paraibano como uma unidade própria de

vegetação peculiar, sendo considerada um tipo de Caatinga onde predomina uma

associação de espécies de Caesalpinia-Aspidosperma. Segundo Barbosa et al. (2007), o

conjunto de espécies dominantes na vegetação do Cariri é constante, com Cenostigma

nordestinum Gagnon & G.P. Lewis, Croton blanchetianus Baill., Combretum leprosum Mart.,

Jatropha molíssima (Pohl) Baill., Aspidosperma pyrifolium Mart. & Zucc., Manihot

catingae Ule, Bauhinia cheilantha (Bong.) Steud., Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir. e

Commiphora leptlophloeos (Mart.) J.B. Gillett se superpondo e substituindo umas as outras.

O Cariri paraibano está entre as áreas de mais alta prioridade para estudo e conservação

no Bioma Caatinga (Barbosa et al. 2007).

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Figura 1. Mapa de localização A. Nordeste, B. Paraíba e C. Cariri paraibano.

15 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

A flora do Cariri paraibano ainda é pouco conhecida, pois são raros os estudos

florísticos realizados nesta região. O levantamento mais completo foi realizado por Barbosa

et al. (2007), que amostraram 396 espécies e 85 famílias, sendo Fabaceae a maior família

com 71 espécies. Posteriormente, Lima e Barbosa (2014), realizaram um checkliste para a

RPPN Fazenda Almas onde encontraram 293 espécies e 68 famílias, sendo Fabaceae a

mais representada com 48 espécies. Queiroz et al. (2017), estudando uma área antropizada

encontraram 120 espécies e 43 famílias, onde a grande diversidade esteve presente no

estrato herbáceas, naquele trabalho Fabaceae com 23 espécies foi a mais diversa. Estudos

com famílias específicas foram realizados Pessoa e Barbosa (2012) com Rubiaceae

reconhecendo 21 espécies. Buril et al. (2013) com Convolvulaceae reconheceu 24

espécies, e Ferreira et al. (2015) com Fabaceae e reconheceu 31 espécies. Recentemente,

Queiroz (2018) apresentou um checklist constando 98 espécies de Fabaceae. Os estudos

com as famílias revelarão uma diversidade muito maior que a até o momento encontrado.

No entanto, como foram poucas as áreas amostradas nos estudos já realizados,

acreditava-se que um maior esforço amostral deveria relevar uma maior diversidade de

representantes da família Fabaceae. Visando o desenvolvimento de um estudo mais

abrangente, foram selecionadas oito áreas em oito municípios do Cariri paraibano (Figura

1C) que ainda não tinham sido contemplados em estudos anteriores (Tabela 1). Essas

áreas correspondem aos locais onde são realizados estudos de vegetação pela equipe do

Laboratório de Estudos do Semiárido (LAESA) da Universidade Federal da Paraíba,

Campus I, coordenado pelos professores Bartolomeu Israel de Souza e Rubens Teixeira

de Queiroz.

16 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Os pontos de coletas selecionados correspondem aqueles onde são realizados estudos

de vegetação pelo Laboratório de estudos do Semiárido (LAESA). Tabela 1.

Tabela 1. Localidade de coletas

MUNICÍPIO LOCAL COORDENADA


Boa Vista Fazenda Salambaia -7.368604, -36.277472

São João do Cariri Fazenda Santa Clara -7.345457, -36.459713

Serra Branca Serra do Jatobá -7.499324, -36.746142

São José dos Cordeiros Fazenda Almas -7.478112, -36.899511

Congo Engabelada -7.717050, -36.651792

São João do Tigre Serra do Paulo -8.095121, -36.692467

Monteiro Loteamento Santa Catarina -7.764446, -37.099303

São Domingos do Cariri Rio Sem Denominação -7.635200, -36.512759

A seguir são apresentadas algumas vistas panorâmicas das áreas onde os

levantamentos florísticos foram realizados.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Fabaceae Lindl.

Fabaceae é a terceira maior família em diversidade de espécies das angiospermas, sendo

superada apenas por Orchidaceae e Asteraceae (Lewis et al. 2005), e compreende 770

gêneros e cerca de 19.500 espécies (LPWG 2017). Seus representantes ocorrem

predominantemente nos trópicos e em menor número nas regiões temperadas e desertos

frios e secos, podendo ocorrem em diferentes habitats, latitudes e altitudes, e em áreas

abertas e perturbadas (Lewis 1987). Recentemente, Fabaceae teve sua classificação

infrafamiliar reorganizada em seis subfamílias Cercidoideae, Detarioideae, Dialiodeae,

Duparquetioideae, Caesalpinoideae e Papilionoideae (LPWG 2017).

No Brasil, Fabaceae é a família com maior riqueza sendo representada por 234 gêneros e

2.941 espécies, das quais 15 gêneros e 1.568 espécies são endêmicas, sendo a família

mais diversa em espécies nos domínios fitogeográficos da Amazonia (1.165 espécies),

Cerrado (1.283) e Caatinga (632) (Flora do Brasil 2020). Segundo Giulietti et al. (2002), a

caatinga é a família com maior número de espécies contando 80 espécies.

Fabaceae além de sua grande diversidade de espécie é extremamente importante do ponto

de vista econômico e ecológico, sendo utilizada na alimentação feijão, soja, amendoim,

ervilha, grão de bico e tamarindo. Além disto várias espécies desta família têm seu uso

principalmente na adubação verde, considerando a associação destas com bactérias

fixadoras de nitrogênio (Souza e Lorenzi 2019). De acordo com Queiroz (2009) as

Fabaceae, para a população da caatinga, são mais do que plantas alimentícias e

ornamentais, pois fornecem ainda pastagem natural, lenha, material de construção,

produtos medicinais e até mesmo faz parte de seu folclore e rituais religiosos.

Algumas espécies exóticas de Fabaceae foram introduzidas no Brasil e acordo com a Flora

do Brasil (2020) são 22 espécies naturalizadas. No Cariri paraibano, estas espécies estão

presentes em decorrência de seu potencial ornamental e ou por sua capacidade de produzir

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

madeira e alimentação para os animais, ocorrendo espontaneamente na paisagem como

por exemplo Prosopis juliflora. Assim, neste trabalho as espécies foram incluídas visando

contemplar a totalidade das espécies de Fabaceae possíveis de encontrar na área.

Diversidade taxonomica no Cariri paraibano

No Cariri paraibano Fabaceae está representada por 124 espécies, 60 gêneros, 16 tribos e 4

subfamílias. Foram incluídas oito espécies exóticas, Albizia lebbeck, Delonix regia, Gliricidia sepium,

Leucena leucocephala, Pithecellobium dulce, Prosopis juliflora, Senna siamea e Tamarindus indica por

constituirem elementos subespontâneos na paisagem e ou pelo uso como plantas alimentares e

ornamentais. Destas Prosopis juliflora se destaca por modificar a paisagem, em determinados

ambientes formando áreas exclusivas deste taxon. Esta espécie é considerada importante no local

por fornecer madeira, sombra e alimento para abelhas e aves.

A subfamília Caesalpinioideae, entre as demais, foi a mais representativa com 63 espécies, sendo

32 de Caesalpinioideae s.s. e 31 espécies do clado Mimosoide. Seguido por Papilionoideae (56

espécies), Detarioideae (3) e Cercidiodeae (2). Os gêneros mais diversos em espécies foram Senna

(14), Chamaecrista e Mimosa (12 cada), padrão esse encontrado por Cordula et al. (2008) e Queiroz

(2009), na Caatinga em sua totalidade, alternando apenas a posição destes gêneros.

A distribuição das espécies segue a heterogeneidade de ambientes, sendo algunas encontradas

em altitudes mais elevadas, na base ou sobre os afloramento, em ambiente antropizado e margem

de rio e ou açude.

Fazenda Salambaia

A fazenda Salambaia localizada em Boa Vista é uma área preservada onde ocorre um grande

batólico com mais de 1 km de comprimento. Trata-se de um ambiente preservado, apesar da

presença de ações antrópicas. Nesta área foram observadas 61 espécies, sendo estas distribuídas

nos ambientes heterogêneos. Esta área é composta de distintas fitofisionomias como curso de água

e açude, áreas planas com solos brancos e afloramentos rochosos. Nos cursos de água foram

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

encontrado principalmente Erythrina velutina, Muellera campestres e Senna martina; na margem do

açude foi obervado Neptunia plena e Parkinsonia aculata. Em ambiente plano de solos brancos

ocorre numa formação arbustivo arbóreo constituída de Amburana cearensis, Mimosa

ophthalmocentra, Mimosa tenuiflora e Piptadenia stipulacea. No entorno do grande batólico que é

a zona do afloramento que é encontrada a maior diversidade de Fabaceae na borda do afloramento

foram observadas Bauhinia cheilantha, Chloroleucon foliolosum, Enterolobium contortisiliquum,

Hymenaea rubriflora, Libidibia ferrea, Luetzelburgia auriculata, Myroxylon peruiferum e Peltogyne

pauciflora. Já sobre o afloramento foram obervados Ancistotropis peduncularis, Chamaecrista

Zygophylloides, Hymenaea rubriflora, Mimosa borboremae, Mimosa paraibana, Peltogyne

pauciflora, Zornia brasiliensis e Zornia myriadena.

Fazenda Santa Clara

A fazenda Santa Clara localizada em São João do Cariri, entre as áreas é a mais antropizada. Esta

área não ocorreu afloramento, sendo obsevadas fitofisionomias de mata com um curso de água. A

vegetação era predominantemente arbustivo-arbórea. Foram encontradas 25 espécies, sendo

Prosopis juliflora exótica. A maior diversidade de espécies do grupo era constituída por herbáceas

que está oculto na maior parte do tempo na forma de sementes. A vegetação arbustiva fechada

está constituída principalmente por Mimosa ophthamocentra, M. tenuiflora e Piptadenia stipulacea.

As espécies arbóreas Erythrina velutina e Lonchocarpus sericeus apareceram no curso de água.

Serra do Jatobá

A serra do Jatobá está localizada en Serra Branca, constitui um grande batólito, onde a vegetação

está encontra-se no entorno e sobre o afloramento, nesta área publicamos um artigo (Rodrigues et

al. 2020), com as Fabaceae onde foram encontradas 29 espécies.

RPPN Fazenda Almas

A RPPN Fazenda Almas localizada em São José dos Cordeiros apresenta uma ampla

heterogeneidade de ambientes, sendo observadas afloramentos, açude, riachos, serrotes. Trata-

se da área mais preservada com vegetação arbustiva, arbórea e herbácea sobre os afloramentos.
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Nesta área foram encontradas 71 espécies do grupo. Para as diferentes fitofisionomias as espécies

associadas ao curso d’água foram Aeschynomene scabra, Erythrina velutina, Lonchocarpus

sericeus e Poecilanthe grandiflora. Nos ambientes sobre afloramentos rochosos destacam-se as

espécies Chamaecrista amiciella, Chamaecrista zygophylloides, Mimosa borboremae e

Stylosanthes minima e nas bordas de afloramentos encontramos Muellera campestris e

Luetzelburgia auriculata. Algumas espécies foram encontradas apenas no subosque da mata como

Arachis dardanii e Centrosema sagittatum. As espécies que compoe a mata arbustivo-arboreo se

destacam Amburana cearensis, Bauhinia cheilantha, Cenostigma nordestinum; uma formação

arbórea na área inclinada composta de grandes árvores com caule armado de Anadenathera

colubrina, mata intrincada e armada composta de Mimosa optalmocentra, Mimosa tenuiflora e

Piptadenia stipulacea. Na área de pastagem a jusante do açude se destacou uma mata de Prosopis

juliflora. Na RPPN Almas apenas quatro espécies foram exclusivas Chamaecista absus,

Chamaecrista tenuisepala, Indigofera microcarpa e Stylosanthes minima. Entretanto C. absus e

Indigofera microcarpa poderão serem encontradas nas demais áreas. Ambas são comuns de serem

encontradas sobre solos arenosos frequentes na área. Chamaecrista tenuisepala e Stylosanthes

minima, já são espécies menos generalistas. C. tenuisepala ocorreu proximo a um lajedo enquanto

Stylosanthes minima ocorreu sobre o lajedo nas frestas da rocha.

Serra da Engabelada

A Serra da Engabelada fica localizada no Congo se trata duma serra com grandes afloramentos

rochosos, entremeados por uma vegetação arbustivo-arbórea com espécies pouco comuns na

Caatinga como espécies de Myrtaceae. Nesta mata foi encontrado um indivídio de Andira legalis se

tratando do primeiro registro do gênero no semiárido paraibano. A proporção que aumenta a cota

altitudinal menor sera a diversidade de espécies de Caatinga. Na área da Engabelada, foram

encontradas 36 espécies de Fabaceae, sendo estas comum nas áreas mais áridas, entretanto

adicionamos as espécies que ocorrem no rio temporário por onde passa água da transposição, na

margem do rio forma encontradas as espécies exclusivas daque lugar encontradas espécies

exclusivas amostradas no Cariri Paraibano, As espécies de Fabaceae são espécies de zonas muito

áridas.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Serra do Paulo

A Serra do Paulo localizada em São João do Tigre apresentou três tipos de fitofisionomia ocorrendo

afloramentos, matas e áreas antropizadas. Nesta área foram encontradas 58 espécies, sendo

aquela maior cota altitudinal entre as demais, fato que provavelmente proporcionou um maior

número de espécies exclusivas como Bauhinia sublavata, Chamaecrista repens, Senna angulata,

Senna aversiflora, Senna trachypus, Albizia polycephala, Lachesiodendron viridiflorum, Mimosa

acutistipula, Mimosa arenosa, Mimosa invisa, Mimosa sensitiva, Parapiptadenia zehntneri,

Senegalia bahiensis, Ctenodon histrix, Ctenodon monteiroi, Centrosema arenoarium, Crotalaria

vitellina, Dalbergia caatinguicola, Dioclea lasiophylla, Machaerium hirtum e Platymiscium

floribundum.

Assentamento Santa Catarina

O assentamento Santa Catarina fica localizada em Monteiro. Esta área apresentou ambientes

heterogêneos com inclinações moderadas a acentuados, lago temporário e afloramentos. A

vegetação teve como predomínio o porte arbustivo-arbóreo com presença de herbáceas na lagoa

temporário. Nesta área foram encontradas 61 espécies, sendo Mimosa somnians e Senna pendula.

As espécies predominantes na paisagem foram Anadenathera columbrina, Bauhinia cheilantha,

Enterolobium timbouva, Senna macranthera, Macropsycanthus grandiflorus. No lago foram

observadas Erythrina velutina e Aeschynomene scabra. Nas bordas de afloramentos foram

observadas Anadenanthera colubrina, Macropsycanthus grandiflorus e Senegalia tenuifolia.

Rio Sem Denominação

O Rio Sem Denominação está localizado em São Domingos. Esta área apresentou dois principais

ambientes um curso de rio e uma área antropizada. A vegetação teve como predomínio o porte

arbustivo. Nesta área foram encontradas 33 especies, sendo Pithecellobium diversifolium a única

espécie exclusiva da área.

Caracteres morfológicos de importância ecológica

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Quanto ao hábito foram encontradas árvores (46 espécies), arbustos (15), lianas (6), ervas (16),

subarbusto (28) e trepadeiras (13). Na paisagem dos Cariris velhos, durante a maior parte do ano,

a diversidade de espécies encontra-se oculta, sendo possível encontrar apenas as lenhosas

distribuidas entre as árvores, os arbustos e as lianas. Este grupo de espécies lenhosas

correspondeu a 54% da totalidade, enquanto as herbáceas constituem 46% de toda diversidade

que fica oculta na forma de sementes. O trabalho de Córdula et al. (2008), em Mirindiba no

Pernembuco, demonstrou um padrão semelhante, onde as Fabaceae lenhosas correspondem a

59% da totalidade contra 41% de plantas herbáceas. Entretanto o componente lenhoso é o inverso

nos trabalhos realizados no Rio Grande do Norte por Queiroz et al. (2015), onde as Fabaceae

lenhosas equivalem apenas 15% contra 85% de plantas herbáceas. E proporção semelhantemente

com plantas lenhosas foi encontrada por Amorim et al. (2016), sendo estas constituidas por 38%

de Fabaceae lenhosas e 72% de plantas herbáceas.

A grande maioria das espécies são inermes, sendo 26 espécies armadas onde 17 têm acúleos e

11 espinhos. As plantas armadas estão inseridas no clado Mimosoide (Caesalpinioideae) e exceto

em Erythrina velutina, Geoffroea spinosa e Machaerium hirtum (Papilionoideae).

As estruturas glandulares estiveram presentes em 49 das espécies de Fabaceae da área, ocorrendo

em todas as subfamílias com concentração maior nas espécies de Ceasalpinioideae, sendo neste

grupo provalvelmente maior e interação entre suas espécies e as formigas.

As de todas as espécis foram compostas, sendo 37 bipinadas exclusivas das Caesalpinioideae, 31

paripindadas, 26 imparipinadas, 24 ternadas exclusivas de Papilionoideae, palmada bifoliolada de

Chamaecrista, Hymenaea, Peltogyne e Zornia e unifolioladas ocorreram nas espécies de Bauhinia

e Centrosema sagittatum.

A forma de inflorescência mais encontrada foi do tipo racemo e variantes de flores pediceladas com

88 espécies, espiga e glomérulo com com flores sésseis 35.

Quanto a simetria floral a forma mais abundante é a zigomorfa 76 espécies, seguido de actinomorfa

35 nas Ceasalpinioideae e assimétrica 13 de Caesalpinioideae e três do gênero Macroptilium.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Os frutos secos apresentaram maior número com 117 espécies e apenas sete frutos carnosos

pertencentes aos gêneros Andira, Geoffroea e Senna.

Os frutos secos deiscentes legume e folículo foram encontrados em 67 espécies, sendo apenas

uma espécie com fruto tipo folículo em Anadenanthera colubrina. Os frutos indeisentes estão

distribuídos em câmara (11), craspédio (12), criptolomento (1), lomento (17) e sâmara (9).

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Classificação de subfamílias (LPWG 2017) e tribos (Lewis et al. 2005)

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Fabaceae Lindl., Intr. Nat. Syst. Bot. (ed. 2) 148 1836.

Árvore, arbusto, liana, subarbusto, erva, trepadeira; ramo escabroso, glabro, glabrescente,

glandular, híspido, incano, malpighiáceo, piloso, pubescente, seríceo, tomentoso,

tomentuloso, uncinado, velutino, viloso; cilíndrico, costado, estriado. Odor presente ou

ausente. Inerme ou armado com acúleo ou espinho. Estípula lateral ou interpeciolar,

basifixa ou medifixa, livre ou adnata ao pecíolo. Glândula ausente ou presente no pecíolo,

raque, estípula ou lâmina foliar; estipitada ou séssil. Filotaxia oposta cruzada

(Platymiscium), alterna dística ou alterna espiralada. Folha composta, palmada,

imparipinada, paripinada, bipinada; uni-bi-tri-plurifoliolada; folíolos opostos ou alternos,

estipela presente ou ausente. Inflorescência cimosa ou racemosa, espiga, glomérulo,

panícula, pseudorracemo, racemo; axilar ou terminal. Bráctea presente ou ausente;

bractéola presente ou ausente, prefloração imbricada ascendente ou descendente ou

valvar. Flor pedicelada ou séssil; pentâmera ou tetrâmera, assimétrica, zigomorfa ou

actinomorfa; diclamídea; monoclina; hipógina, prefloração imbricada ascendente ou

descendente, valvar; cálice gamossépalo ou dialissépalo, sépalas 4-5, homo ou

heteromorfa; corola gamo ou dialipétala, pétalas 5, unguiculadas, calcarada ou não

calcarada; androceu dialistêmone, monadelfo ou diadelfo; isostêmone, haplostêmone,

diplostêmone ou polistêmone; homodínamo ou heterodínamo; antera poricida ou rimosa,

uniforme ou dimorfa, rostro presente ou ausente; gineceu simples, unicarpelar, unilocular,

ovário súpero, estipitado ou séssil, uni ou pluriovulados, placentação marginal. Fruto seco

ou carnoso; estipitado ou séssil, uni ou plurisseminado, bacáceo, câmara, craspédio,

criptolomento, drupáceo, folículo, lomento, sâmara; plano ou cilíndrico; epicarpo inerme ou

armado; margem reta ou constrita. Semente testa lisa, rugosa ou glutinosa; monocromada

ou bicromada, arilo presente ou ausente, pleurograma ausente, presente aberto ou

fechado, hilo lateral ou apical e subapical.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Chave para subfamílias do Cariri Paraibano

1. Folha bipinada ...................................................................................... Caesalpinioideae

1’. Folha pinada ou palmada ............................................................................................... 2

2. Prefloração imbricada descendente, corola papilionácea .......................... Papilionoideae

2’. Prefloração imbricada descendente, corola não papilionácea ........................................ 3

3. Folha composta 1-foliolada, cálice gamossépalo......................................... Cercidioideae

3. Folha composta > 2-foliolada, cálice dialissépalo ........................................................... 4

4. Foliolos com glândulas translúcidas .............................................................Detarioideae

4’. Foliolos sem glândulas translúcidas ............................................................................... 5

5. Sépalas 4, androceu monadelfo ....................................................................Detarioideae

5. Sépalas 5, androceu dialistêmone ........................................................ Caesalpinioideae

Chave para gêneros de Detarioideae do Cariri Paraibano

1. Folha 26-foliolada, glândulas translúcidas presentes .................................... Tamarindus

1’. Folha 2-foliolada, glândulas translúcidas presentes........................................................ 2

2. Galhas ausentes, fruto câmara .........................................................................Hymenaea

2’. Galhas presentes, fruto legume ........................................................................ Peltogyne

36 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Chave para gêneros de Caesalpinioideae do Cariri Paraibano

1. Folha bipinada ................................................................................................................ 2

1’. Folha pinada ou palmada ............................................................................................. 22

2. Ramos armados............................................................................................................... 3

2’. Ramos inermes ............................................................................................................. 12

3. Glândula ausente ............................................................................................................. 4

3’. Glândula presente ........................................................................................................... 5

4. Ramos armados com espinhos, flor zigomorfa, corola dialipétala ................. Parkinsonia

4’. Ramos armados com acúleo, flor actinomorfa, corola gamopétala...................... Mimosa

5. Ramos armados com acúleos ........................................................................................ 6

5’. Ramos armados com espinhos ...................................................................................... 8

6. Flor polistêmone ................................................................................................ Senegalia

6’. Flor diplostêmone............................................................................................................ 7

7. Inflorescência espiga, fruto legume .................................................................. Piptadenia

7’. Inflorescência glomérulo, fruto folículo ................................................... Anadenanthera

8. Inflorescência espiga, flores diplostêmones .................................................................... 9

8’. Inflorescencia glomérulo, flores polistemones .............................................................. 10

9. Flores amarelas, fruto criptolomento.................................................................... Prosopis

9’. Flores verdes, fruto legume ................................................................ Lachesiodendron

37 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

10. Flores amarelas, androceu dialistêmone ......................................................... Vachellia

10’. Flores alvas, androceu monadelfo .............................................................................. 11

11. Nervação broquidódroma, fruto legume, arilo presente ............................Pithecellobium

11’. Nervação actinódroma, fruto câmara, arilo ausente................................... Chloroleucon

12. Glândula ausente ........................................................................................................ 13

12’. Glandula presente ...................................................................................................... 17

13. Erva ou arbusto, inflorescência glomérulo ................................................................... 14

13’. Árvore, inflorescência racemo ..................................................................................... 15

14. Flor polistêmone, androceu monadelfo, legume .............................................. Calliandra

14’. Flor iso-diplostêmone, androceu dialistêmone, craspédio ................................. Mimosa

15. Estípula dendrítica, flor vermelha......................................................................... Delonix

15’. Estipula não dendrítica, flo amarela ............................................................................ 16

16. Ramo com tricoma glandular, glutinoso, fruto legume .................................. Cenostigma

16’. Ramo com tricoma tomentuloso, não glutinoso, fruto câmara ........................... Libidibia

17. Subarbusto, estípula persistente ................................................................................. 18

17’. Árvore, estípula caduca .............................................................................................. 19

18. Flores amarelas, legume estipitado ...................................................................Neptunia

18’. Flores brancas, legume séssil .................................................................... Desmanthus

19. Flores diploestêmones, androceu dialistêmone ........................................................... 20

19’. Flores polistêmones, androceu polistêmone ............................................................... 21

20. Glândula no pulvino, espiga, semente alada ........................................... Parapiptadenia


38 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

20’. Glândula no pecíolo, glomérulo, semente não alada ...................................... Leucaena

21. Fruto câmara .............................................................................................. Enterolobium

21. Fruto legume ......................................................................................................... Albizia

22. Folha imparipinada, fruto sâmara ................................................................... Peltogyne

22’. Folha paripinadal, fruto legume, câmara ou baga ....................................................... 23

23. Bractéolas presentes, androceu homodínamo, anteras rimosas ............... Chamaecrista

23’. Bractéolas ausentes, androceu heterodínamo, anteras poricidas ....................... Senna

Chave para gêneros de Papilioideae do Cariri Paraibano

1. Filotaxa oposta ............................................................................................. Platymiscium

1’. Filotaxia alterna ............................................................................................................... 2

2. Planta armada ................................................................................................................ 3

2’. Planta inerme ................................................................................................................. 5

3. Folha 3-foliolada, flor vermelha, fruto legume ......................................................Erythrina

3’. Folha 14-39-foliolada, flor amarela ou violeta, fruto sâmara ou drupa ............................ 4

4. Espinho 1, flor amarela, fruto drupa ................................................................... Geoffroea

4’. Espinho 2, flor violeta, fruto sâmara .............................................................. Machaerium

5. Folha paripinada ............................................................................................................. 6

5’. Folha imparipinada ......................................................................................................... 9

6. Folha palmada, glândulas na lâmina foliolar, bractéolas peltada ............................ Zornia

6’. Folha pinada, glândulas na lâmina foliolar, bractéolas basifixas ou ausentes ................ 7

39 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

7. Estípula basifixa, fruto câmara ........................................................................... Sesbania

7. Estípula adnata ao pecíolo ou medifixa, fruto lomento .................................................... 8

8. Estíbula medifixa, inflorescência racemo, anteras isomorfas ................... Aeschynomene

8’. Estípula adnata ao pecíolo, inflorescência espiciforme, anteras dimorfas ............ Arachis

9. Folha com > 3-foliolada ................................................................................................. 10

9’. Folha < 3-Folioalda ....................................................................................................... 25

10. Folíolos altenos ............................................................................................................ 11

10’. Folíolos opostos .......................................................................................................... 16

11. Subarbusto ou arbusto, fruto lomento .......................................................................... 12

11’. Liana ou árvore, fruto legume ou sâmara ................................................................... 13

12. Estípula basifixa ............................................................................................... Ctenodon

12’. Estípula medifixa .................................................................................... Aeschynomene

13. Folíolos com glândulas translúcidas ................................................................Myroxylon

13’. Folíolos sem glândulas translúcidas ........................................................................... 14

14. Liana, fruto sâmara ...........................................................................................Dalbergia

14’. Árvore, fruto legume.................................................................................................... 15

15. Flor pedicelada, androceu monadelfo ........................................................... Poecilanthe

15’. Flor séssil, androceu dialistêmone ................................................................. Amburana

16. Trepadeira, flor amarela ..................................................................................... Nissolia

16’. Subarbusto, arbusto ou árvore, flor creme, rosa, vermelha, violeta ............................ 17

17. Subarbusto, arbusto .................................................................................................... 18


40 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

17’. Árvore ......................................................................................................................... 20

18. Ramo glabro, inflorescência panícula, fruto lomento ....................................... Ctenodon

18’. Ramo indumentado, inflorescência racemo ou pseudorracemo, fruto legume ........... 19

19. Indumento malpighiáceo, inflorescência racemo, antera rostrada ................... Indigofera

19’. Indumento piloso, inflorescência pseudorracemo, antera não rostrada .......... Tephrosia

20. Estipelas presentes, fruto drupa ........................................................................... Andira

20’. Estipelas ausentes, fruto legume ou sâmara .............................................................. 21

21. Folha 23-foliolada, inflorescência racemo, fruto legume .................................... Gliricidia

21’. Folha 6-7-foliolada, inflorescência pseudorracemo ou panícula, fruto sâmara ........... 22

22. Androceu dialistêmone, sâmara com núcleo seminífero basal .................. Luetzelburgia

22’. Androceu monadelfo, sâmara com núcleo seminífero central .................................... 23

23. Folíolo oval, panícula ..................................................................................... Dahlstedtia

23. Folíolos elíptico, pseudorracemo ................................................................................. 34

24. Flor alva ............................................................................................................. Muellera

24’. Flor rosa ................................................................................................... Lonchocarpus

25. Folha palmada ................................................................................................. Crotalaria

25’. Folha pinada .............................................................................................................. 26

26. Estípula adnata ao pecíolo, inflorescência espiciforme .............................. Stylosanthes

26’. Estípula basifixa livre, inflorescência pseudorracemo, racemo ................................... 27

27. Folíolos com nervação broquidódroma ....................................................................... 28

27’. Folíolos com nervação actinódroma ........................................................................... 31


41 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

28. Cálice 5 lobado, estandarte calcarado ......................................................... Centrosema

28’. Cálice 4 lobado, estandarte não calcarado ................................................................. 29

29. Ramos uncinados, fruto lomento .................................................................. Desmodium

29’. Ramo incano, pubescente ou serídeo, fruto legume ................................................... 30

30. Liana, flor séssil .............................................................................................. Canavalia

30’. Trepadeira, flor pedicelada ............................................................................... Galactia

31. Foliolos com glândulas, flores amarelas ...................................................... Rhynchosia

31’. Folíolos sem glândulas, flores lilás, violeta, rosa, vermelha ........................................ 32

32. Liana, cálice 4 lobado .................................................................................................. 33

32’. Trepadeira ou erva, cálice 5 lobado ............................................................................ 34

33. Flores rosas, anteras isomorfas, legume com margem reta ................................ Dioclea

33’. Flores violetas, anteras dimorfas, legume com margem constrita .... Macropsychanthus

34. Flor assimétrica, vermelha, vinho ...............................................................Macroptilium

34’. Flor zigomorfa, lilás .................................................................................... Ancistotropis

42 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Morfologia das Fabaceae do Cariri Paraibano

B C

A. Sesbania exasperata, B. Mimosa tenuiflora, C. Chloroleucon dumosum


43 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

A B

A. Mimosa sensitiva, B. Vachellia farnesiana

44 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

C D

A. Stylosanthes viscosa, B. Platimiscium floribundum, C. Zornia reticulata,


D. Senna trachypus

45 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Indigofera microcarpa

46 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Senna uniflora

47 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Senegalia polyphylla

48 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

B C

A. Platimiscium floribundum, B. Chamaecrista tenuisepala, C. Indigofera hirsuta

49 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

A. Zornia reticulata, B. Indigofera hirsuta

50 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

A. Zornia brasiliensis, B. Indigofera hirsuta, C. Senna obtusifolia, D. Senegalia polyphylla,


E. Mimosa sensitiva

51 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

A. Myroxylon peruiferum, B. Indigofera hirsuta

52 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Mimosa paraibana

53 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

A. Bauhinia cheilantha, B. Senna trachypus, C. Stylosanthes viscosa

54 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

A. Mimosa ophthalmocentra, B. Senegalia polyphylla

55 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

A. Chamaecrista calycioides, B. Senna rizzinii, C. Lonchocarpus sericeus, D. Crotalaria incana

56 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Crotalaria holosericea

57 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Senna martiana

58 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Macropsychanthus grandiflorus

59 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

A. Centrosema pubescens, B. Zornia reticulata

60 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Chamaecrista duckeana

61 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

A. Senegalia polyphylla, B. Chamaecrista tenuisepala

62 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

A. Chamaecrista zygophylloides, B. Cenostigma nordestinum, C. Prosopis juliflora

63 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

A. Senna siamea, B. Crotalaria incana, C. Enterolobium contortisiliquum

64 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

A. Chamaecrista tenuisepala, B. Luetzelburgia auriculata

65 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

A. Chamaecrista tenuisepala, B. Senna spectiabilis

66 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

A. Senna splendida, B. Enterolobium timbouva

67 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

68 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Centrosema brasilianum

69 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Mimosa paraibana

70 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Senegalia polyphylla

71 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Enterolobium timbouva

72 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Enterolobium timbouva

73 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Centrosema pascuorum

74 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Centrosema pascuorum

75 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Chamaecrista rotundifolia

76 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Chamaecrista tenuisepala

77 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Senegalia polyphylla

78 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

A. Cenostigma nordestinum, B. Senna splendida

79 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

A. Senna splendida B. Bauhinia cheilantha

80 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

A-B. Hymenaea rubriflora

81 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

82 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

A. Senna rizzinii, B. Geoffroea spinosa

83 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

A. Pterogyne nitens, B. Dalbergia catinguicola, C. Myroxylon peruiferum

84 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

A. Enterolobium timbouva, B. Prosopis juliflora

85 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

A. Ctenodon benthamii, B. Mimosa arenosa

86 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

A. Anadenanthera columbrina, B. Centrosema sagittatum

87 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

A. Pterogine nitens, B. Centrosema sagittatum

88 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

A. Cenostigma nordestinum, B. Pithecellobium diversifolium, C. Chamaecrista duckeana,


D. Lonchocarpus sericeus, E. Albizia lebbeck, F. Bauhinia subclavata.

89 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

A. Cenostigma nordestinum, B. Senna alata

90 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

B C

A. Lonchocarpus sericeus, B. Albizia lebbeck, C. Senna alata.

91 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

A. Lonchocarpus sericeus, B. Senegalia polyphylla, C. Chamaecrista calycioides.

92 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

D
C

A-B. Parapiptadenia zehntneri, C. Platimiscium floribundum, D. Lonchocarpus sericeus

93 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

A. Pithecellobium diversifolium, B. Lonchocarpus sericeus

94 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Chaves dicotômicas

95 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Chave A Folhas 1-3-folioladas

1. Folha 1-foliolada .............................................................................................................. 2


1’. Folhas 2-folioladas .......................................................................................................... 4
2. Trepadeira; pecíolo alado, folíolos sagitados .......................... 80. Centrosema sagittatum
2’. Árvores; pecíolos não alados; folíolo lobado ................................................................... 3
3. Cálice 5-estriado, pétala linear; sementes elípticas ..................... 2. Bauhinia subclavata
3’. Cálice multiestriado, pétala elíptica; sementes oblongas ............... 1. Bauhinia cheilantha
4. Árvores ............................................................................................................................ 5
4’. Erva; subarbusto; liana ................................................................................................... 8
5. Glândula presente, pontuações translúcidas ausentes.................................................... 6
5’. Glândula ausente, pontuações translúcidas presentes .................................................. 7
6. Foliólulos obovais ............................................................ 43. Pithecellobium diversifolium
6’. Foliólulos elípticos ...................................................................... 44. Pithecellobium dulce
7. Margem foliolar serreada; frutos legumes..................................... 4. Peltogyne pauciflora
7’. Margem foliolar inteira; frutos câmaras .........................................3. Hymenaea rubriflora
8. Liana ................................................................................................ 57. Mimosa sensitiva
8’. Erva ou subarbusto ........................................................................................................ 9
9. Ramo armado; pontuações translúcidas ausentes ............................... 60. Mimosa ursina
9’. Ramo inerme; pontuações translúcidas presentes ....................................................... 10
10. Estípula basifixa sem pontuações translúcidas ................ 13. Chamaecrista rotundifolia
10’ Estípula medifixa com glândulas pelúcidas.................................................................. 11
11. Folíolo linear; espiga pauciflora .................................................. 122. Zornia leptophylla
11’. Folíolo oval-lanceolado; espiga multiflora ..................................... 124. Zornia reticulata

Chave B folhas 3-folioladas

1. Árvore; ramo armado (acúleos) ......................................................... 93. Erythrina velutina


1’. Erva, trepadeira, liana, subarbusto; ramo inerme ............................................................. 2
2. Estípula adnata ao pecíolo................................................................................................. 3
2’. Estípula não adnata ao pecíolo ......................................................................................... 5
3. Erva; ramo com tricoma hirsuto ................................................. 116. Stylosanthes humiles
3’. Subarbusto; ramo com tricoma glandular.......................................................................... 4
4. Margem foliolar serreada .............................................................118.Stylosanthes viscosa
96 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

4’. Margem foliolar inteira ................................................................ 117. Stylosanthes minima


5. Erva ereta ou subarbusto ................................................................................................... 6
5’. Liana ou trepadeira ......................................................................................................... 11
6. Raque ausente; folha palmada; flores amarelas ................................................................ 7
6’. Raque presente; folha pinada; flores rosas ou vináceas ................................................... 9
7. Ramo tomentoso; bractéola presente ................................................ 82. Crotalaria incana
7’. Ramo seríceo ou piloso; bractéola ausente ...................................................................... 8
8. Ramo e folha glabrescente; sépala heteromorfa ............................. 83. Crotalaria vitellina
8’. Ramos e folhas seríceo; sépala homomorfa ............................. 81. Crotalaria holosericea
9. Ramo glabrescente; nervação actinódroma.......................... 106. Macroptilium lathyroides
9’. Ramo com indumento uncinado; nervação broquidódroma ............................................ 10
10. Subarbusto decumbente ...................................................... 91. Desmodium procumbens
10’. Subarbusto ereto ........................................................................ 90. Desmodium glabrum
11. Liana .............................................................................................................................. 12
11’. Trepadeira ..................................................................................................................... 14
12. Ramo incano; nervação broquidódroma; antera uniforme ........ 75. Canavalia brasiliensis
12’. Ramos tomentoso; nervação actinódroma; antera dimorfa ........................................... 13
13. Inflorescência com bráctea; legume com margem constrita ..............................................
.................................................................................... 104. Macropsychantus grandiflora
13’. Inflorescência sem bráctea; legume com margem reta ................. 92. Dioclea lasiophylla
14. Folha com nervação actinódroma .................................................................................. 15
14’. Folha com nervação broquidódroma ............................................................................. 18
15. Glândula presente no limbo; flor amarela; legume falcado ......... 113. Rhynchosia minima
15’. Glândula ausente no limbo; flor vermelha, lilás; legume linear ..................................... 16
16. Bractéola presente; flor zigomorfa, lilás; legume plano; semente com testa glutinosa ......
.......................................................................................... 72. Ancistotropis peduncularis
16’. Bractéola ausente; flor assimétrica; vinho ou vermelha; legume cilíndrico; semente com
testa lisa ........................................................................................................................ 17
17. Folíolo tomentoso com ápice arredondado; folíolo apical elíptico; cálice com tubo menor
que os lacínios ............................................................................. 107. Macroptilium martii
17’. Folíolo piloso com ápice agudo; folíolo apical oval; cálice com tubo maior que o lacínio..
.................................................................................................. 105. Macroptilium gracile
18. Bractéola sem estria transversal; sépala 4, corola não ressupinada; pétala rosa;
estandarte não calcarado .............................................................................................. 19
18’. Bractéola com estria transversal; sépala 5, corola ressupinada, pétala violeta ou lilás;
estandarte calcarado ..................................................................................................... 20

97 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

19. Ápice foliolar retuso; racemo congesta; legume arqueado .......... 94. Galactia jussiaeana
19’. Ápice foliolar agudo; racemo laxo; legume reto .................................. 95. Galactia striata
20. Folíolo linear ............................................................................ 78. Centrosema pascurum
20’. Folíolo elíptico-lanceolado ou lanceolado ou oval ......................................................... 21
21. Folíolo oval............................................................................. 79. Centrosema pubescens
21’. Folíolo elíptico-lanceolado ou lanceolado ..................................................................... 22
22. Estípula estreitamente-triangular; flor violeta ......................... 77. Centrosema brasiliensis
22’. Estípulas triangular; flor rosa.................................................. 76. Centrosema arenarium

Chave C folha 4-foliolada

1. Folha palmada; estípula peltada .................................................................................... 2


1. Folha pinada; estípula basifixa ou adnata ................................................................... 3
2. Ramos glabro; flor pedicelada ...................................................... 23. Zornia myriadena
2’. Ramo piloso; flor séssil ............................................................... 121 Zornia brasiliensis
3. Glândula ausente no pecíolo ......................................................................................... 4
3’. Glândula presente no pecíolo ou raque ........................................................................ 6
4. Estípula adnata ao pecíolo; inflorescência espiga; corola papilionácea; fruto lomento
........................................................................................................ 74. Arachis dardanii
4’. Estípula não adnata ao pecíolo; inflorescência racemo; corola não papilionácea; fruto
legume......................................................................................................................... 5
5. Arbusto; folíolo oblongo ou elíptico ............................. 17. Chamaecrista zygophylloides
5’. Subarbusto; folíolo oboval ..................................................... 7. Chamaecrista amiciella
6. Erva; bractéola presente; legume ............................................... 6. Chamaecrista absus
6’. Arbusto; bractéola ausente; baga ................................................................................. 7
7. Ramo glabro; estípula falcada ........................................................ 29. Senna splendida
7’. Ramo tomentuloso; estípula linear................................................................................ 8
8. Folíolo oblongo-elíptico; bráctea ausente ........................................ 19. Senna angulada
8’. Folíolo assimétrico; bráctea presente ........................................................................... 9
9. Bráctea oval; sépala grande 3; pétala ascendente .............................. 26. Senna rizzinii
9’. Bráctea linear; sépala grande 2; pétala aberta ........................ 21. Senna macranthera

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Chave D folha paripinada maior que quatro folíolos

1. Glândula ausente na folha ............................................................................................. 2


1’. Glândula presente na folha ........................................................................................... 7
2. Planta armada com espinho ......................................................... 96. Geoffroea spinosa
2’. Planta inerme ................................................................................................................ 3
3. Árvore; corola não papilionácea .................................................................................... 4
3’. Subarbusto ou arbusto; corola papilionácea ................................................................. 6
4. Ramos tomentuloso; flor assimétrica ............................................. 28. Senna spectabilis
4’. Ramos glabros; flor zigomorfa ..................................................................................... 5
5. Folha 18-foliolada, sépalas 4, antera poricida .................................... 27. Senna siamea
5’. Folha 24-26-foliolada, sépalas 5, antera rimosa ............................ 5. Tamarindus indica
6. Estípula medifixa; ramo híspido glandular; fruto lomento ..... 70. Aeschynomene scabra
6’. Estípula basifixa; ramo glabro; fruto câmara ................................................................. 7
7. Folíolo oblongo; racemo congesto; epicarpo estreito ........... 114. Sesbania exasperata
7’. Folíolo linear; racemo laxo, epicarpo espesso ............................. 115. Sesbania virgata
8. Glândula presente na estípula ....................................................................................... 9
8’. Glândula presente na folha ......................................................................................... 10
9. Folha 14-16-foliolada; ápice foliolar retuso; legume alado ...................... 18. Senna alata
9’. Folha 36-38-foliolada; ápice foliolar agudo; legume plano .............. 22. Senna martiana
10. Filotaxia alterna-espiralada; folíolo oblongo ou linear; bractéola ausente; antera rimosa
................................................................................................................................ 11
10’. Filotaxia alterna-dística; folíolo oboval, oblongo-elíptico, elíptico; bractéola presente;
antera longitudinal ..................................................................................................... 16
11.Folha 6-foliolada ........................................................................... 23. Senna obtusifolia
11’. Folha 8-16-foliolada .................................................................................................. 12
12. Glândula séssil; folíolo elíptico, ápice agudo ............................. 24. Senna occidentalis
12’. Glândula estipitada; folíolo oblongo-elíptico, oboval, ápice rotundo-mucronado ...... 13
13. Subarbusto; folha 8-10-foliolada ...................................................... 31. Senna uniflora
13’. Arbusto; folha 12-16-foliolada .................................................................................. 14
14. Ramo glutinoso com tricoma glandular; glândula 7-8; fruto legume ..............................
............................................................................................................ 30. Senna trachypus
14’. Ramo não glutinoso com tricoma; glândula 1; fruto baga ......................................... 15
15. Glândula achatada; ramo híspido ................................................ 20. Senna aversiflora
15’. Glândula cilíndrica; ramo glabro ..................................................... 25. Senna pendula
99 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

16. Folha 8-10-foliolada ................................................................................................... 17


16’. Folha 22-44-foliolada ................................................................................................ 19
17. Subarbusto ereto ..........................................................59. Chamaecrista tenuisepala
17’. Erva prostrada .......................................................................................................... 18
18. Ramo viloso, estípula cordada............................................. 15. Chamaecrista supplex
18’. Ramo glabrescente, estípula lanceolada ............................ 14. Chamaecrista serpens
19. Folha 34-44-foliolada ................................................................................................ 20
19’. Folha 22-26-foliolada ................................................................................................ 21
20. Flor assimétrica, flor sem estria vermelha na pétala ........... 10. Chamaecrista nictitans
20’. Flor zigomorfa, flor com estrias vermelha na pétala ......... 9. Chamaecrista duckeana
21. Subarbusto, ramo tomentoso, inflorescência racemosa, pétala laranja.........................
............................................................................................... 12. Chamaecrista repens
21’. Erva, ramo híspido a esparso-hispido, inflorescência cimosa, pétala amarela ......... 22
22. Erva ereta, flor isostêmone .....................................................11. Chamaecrista pilosa
22’. Erva decumbente, flor diplostêmone ............................... 8. Chamaecrista calycioides

Chave E folha imparipinada maior que três folíolos


1. Ramo armado com espinho .................................................... 103. Machaerium hirtum
1’. Ramo inerme ................................................................................................................ 2
2. Filotaxia oposta, estípula interpeciolar .......................... 111. Platymiscium floribundum
2’. Filotaxia alterna, estípula lateral ................................................................................... 3
3. Folíolo alterno............................................................................................................... 4
3’. Folíolo oposto ............................................................................................................. 12
4. Glândula translúcida presente ............................................109. Myroxylum peruiferum
4’. Glândula translúcida ausente ....................................................................................... 5
5. Estípula medifixa ............................................................69. Aeschynomene americana
5’. Estípula basifixa ............................................................................................................ 6
6. Folha 7-10-foliolada...................................................................................................... 7
6’. Folha 13-44-foliolada .................................................................................................. 10
7. Erva prostrada; ramo com tricoma glandular; lomento ............. 87. Ctenodon viscidulus
7’. Arvore ou liana; ramo glabro; legume ou sâmara ......................................................... 8
8. Liana; fruto sâmara com núcleo seminífero central .............. 89. Dalbergia catinguicola
8’. Árvore; fruto legume .................................................................................................... 9

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

9. Folha 7-foliolada; ápice foliolar agudo; flor pedicelada; androceu monadelfo ...............
.......................................................................................... 112. Poecilanthe grandiflora
9’. Folha 9-10-foliolada; ápice foliolar mucronado; flor séssil; androceu dialistêmone ........
............................................................................................... 71. Amburana cearensis
10. Folíolo elíptico; fruto sâmara ........................................................ 32. Pterogyne nitens
10’. Folíolo oblongo, oblongo-linear; fruto lomento ou câmara ........................................ 11
11. Subarbusto; ramo com tricoma glandular; flor amarela ........... 84. Ctenodon benthamii
11’. Erva; ramo com tricoma hispido; flor alva ..................................... 85. Ctenodon histrix
12. Folha 23-28-foliolada ................................................................................................. 13
12’. Folha 7-11-foliolada .................................................................................................. 14
13. Arbusto; folíolos alternos, oblongos; fruto lomento.................... 86. Ctenodon monteiroi
13’. Árvore; folíolos opostos, elípticos, fruto legume............................97. Gliricidia sepium
14. Árvore; fruto drupa ou sâmara ................................................................................... 15
14’. Subarbusto ou trepadeira; fruto legume ou lomento ................................................. 19
15. Estipela presente; fruto drupa ........................................................... 73. Andira legalis
15’. Estipela ausente; fruto sâmara ................................................................................. 16
16. Inflorescência pseudorracemo ......................................... 101. Lonchocarpus sericeus
16’. Inflorescência panicula ............................................................................................ 17
17. Folíolo oval; flor rosa ..........................................................88. Dahlstedtia araripensis
17’. Folíolo elíptico; flor alva ........................................................................................... 18
18. Inflorescência panícula terminal, ramo tomentuloso; ápice foliolar mucronado; sâmara
com núcleo seminífero basal ......................................... 102. Luetzelburgia auriculata
18’. Inflorescência pseudorracemo axilar, ramo glabro; ápice foliolar rotundo; sâmara com
núcleo seminífero central .................................................... 108. Muellera campestris
19. Trepadeira; flores amarelas; fruto lomento ................................ 110. Nissolia vicentina
19’. Subarbusto; flor rosa, vermelha ou lilás; fruto legume .............................................. 20
20. Ramo glabro ou piloso; folíolos com nervação camptódroma; inflorescência terminal;
pseudorracemo ou cimosa ..................................................................................... 21
20’. Ramo hispido ou malpighiáceo; folíolos com nervação broquidódroma; inflorescência
axilar; racemo.......................................................................................................... 22
21. Ramo piloso ou glabro; inflorescência cimosa ......................... 119. Tephrosia cinerea
21. Ramo glabro; inflorescência pseudorracemo ......................... 120. Tephrosia purpurea
22. Subarbusto decumbente; folíolo com glândula; flor lilás ...... 98. Indigofera microcarpa
22’. Subarbusto ereto; folíolo sem glândula; flor vermelha .............................................. 23
23. Ramo ferrugíneo hispido-malpighiáceo legume reto .................. 98. Indigofera hirsuta

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23. Ramo cinzento malpighiáceo; legume arqueado ............... 100. Indigofera suffrutticosa

Chave F folha Bipinada

1. Planta inerme ............................................................................................................... 2


1’. Planta armada com acúleo ou espinho ....................................................................... 13
2. Hábito subarbustivo ou arbustivo ................................................................................. 3
2’. Hábito arbóreo .............................................................................................................. 7
3. Glândula ausente ......................................................................................................... 4
3’. Glândula presente......................................................................................................... 6
4. Arbusto; androceu monadelfo; legume .................................. 39. Calliandra subspicata
4’. Subarbusto ereto ou prostrado; androceu dialistêmone; craspédio .............................. 5
5. Estípula estreitamente triangular; ramo hirsuto ..........................52. Mimosa camporum
5’. Estípula oval; ramo glabro ....................................................... 51. Mimosa borboremae
6. Ramo estriado; flor alva ......................................................... 46. Desmanthus virgatus
6’. Ramo cilíndrico; flor amarela ........................................................... 61. Neptunia plena
7. Folha 22-36-foliolada........................................................................... 34. Delonix regia
7’. Folha 5-12-foliolada ...................................................................................................... 8
8. Glândula ausente; flores zigomorfas ............................................................................. 9
8’. Glândula presente; flores actinomorfas ...................................................................... 10
9. Folíolos oboval-oblongos; fruto câmara ............................................. 35. Libidibia ferrea
9’. Folíolos elípticos; fruto legume ......................................... 33. Cenostigma nordestinum
10. Glândula no pulvino; flores vinho; sementes aladas ........ 62. Parapiptadenia zehntneri
10’. Glândula no pecíolo ou raque; flores alvas ou vinho; sementes não aladas ............ 11
11. Ramo tomentuloso..................................................................................................... 12
11’. Ramo glabro ............................................................................................................. 13
12. Foliólulo com base truncada; inflorescência glomérulo ............ 38. Albizia polycephala
12’. Foliólulo com base assimétrica; inflorescência racemo .................... 37. Albizia lebeck
13. Glândula no pecíolo; fruto câmara; semente com pleuorgrama fechado .......................
........................................................................................... 42. Enterolobium timbouva
13’. Glândula na raque; fruto legume; semente com pleurograma aberto ...........................
.......................................................................................... 58. Leucaena leucocephala
14. Planta armada com espinho ...................................................................................... 15
14’. Planta armada com acúleo ....................................................................................... 22

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

15. Espinho 1, prefloração imbricada, corola dialipétala............... 36. Parkinsonia aculeata


15’. Espinho 2, prefloração valvar, corola gamopétala ................................................... 16
16. Foliólulo elíptico ou oboval; nervação broquidódroma; semente com arilo ................ 17
16’. Foliólulo oblongo; nervação actinódroma; semente sem arilo .................................. 18
17. Foliólulo elíptico ...................................................................... 44. Pithecellobium dulce
17’. Foliólulo oboval ........................................................... 43. Pithecellobium diversifolium
18. Folha 12-foliolada; fruto legume ................................ 47. Lachesiodendron viridiflorum
18’. Folha 4-10-foliolada; fruto câmara ou criptolomento ................................................. 19
19. Inflorescência espiga; fruto criptolomento .................................... 64. Prosopis juliflora
19’. Inflorescência glomérulo; fruto câmara ..................................................................... 20
20. Flor amarela; androceu dialistêmone....................................... 68. Vachellia farnesiana
20’. Flor alva; androceu monadelfo.................................................................................. 21
21. Folha 6-foliolada; ápice do foliólulo rotundo; tubo estaminal maior que o tubo da corola
.......................................................................................... 40. Chloroleucon dumosum
21’. Folha 8-10-foliolada; ápice do foliólulo mucronado; tubo estaminal menor que o tubo
da corola ........................................................................... 41. Chloroleucon foliolosum
22. Glândula presente; fruto legume ou folículo .............................................................. 23
22’. Glândula ausente; fruto craspédio ............................................................................ 27
23. Folha 6-10-foliolada ................................................................................................... 24
23’. Folha 18-42-foliolada ................................................................................................ 25
24. Estípula cordada; glândula estipitado ..................................... 65. Senegalia bahiensis
24’. Estípula estreitamente-triangular; glândula séssil .................. 66. Senegalia polyphylla
25. Acúleo cônico; ramo cilíndrico; fruto folículo; margem da valva ondulada ....................
..................................................................................... 45. Anadenanthera columbrina
25’. Acúleo retrorsos; ramo estriado; fruto legume; margem da valva reta ...................... 26
26. Glândula no pecíolo e raque; espiga; flor diplostêmone ....... 63. Piptadenia stipulacea.
26’. Glândula apenas no pecíolo; glomérulo; flor polistêmone ....... 67. Senegalia tenuifolia
27. Folha sem raque; 2-foliolada ..................................................................................... 28
27’. Folha com raque; 4-22-foliolada ............................................................................... 29
28. Liana; foliólulo assimétrico ........................................................... 57. Mimosa sensitiva
28’. Subarbusto; foliólulo oval-elíptico .................................................... 60. Mimosa ursina
29. Liana; folha 18-22-foliolada .............................................................. 54. Mimosa invisa
29’. Árvore, arbusto, subarbusto ou trepadeira; folha 4-16-foliolada ............................... 30
30. Trepadeira; craspédio armado .................................................... 53. Mimosa candollei

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

30’. Árvore, arbusto, subarbusto ereto; craspédio inerme .............................................. 31


31. Arbusto e subarbusto; inflorescência glomérulo; flores rosas ................................... 32
31’. Árvore; inflorescência espiga; flores alvas ................................................................ 33
32. Arbusto; ramo glabro ................................................................. 56. Mimosa paraibana
32’. Subarbusto; ramo glandular ....................................................... 58. Mimosa somnians
33. Ramo viscoso com tricoma glandular; flor pentâmera; craspédio plano corrugado .......
.................................................................................................... 59. Mimosa tenuiflora
33’. Ramo não viscoso com tricoma tomentuloso ou glabrescente; flor tetrâmera;
craspédio plano liso .................................................................................................... 34
34. Acúleo retrorsos ........................................................................... 50. Mimosa arenosa
34’. Acúleos retos ........................................................................................................... 35
35. Craspédio estipitado .................................................................49. Mimosa acutistipula
35’. Craspédio séssil ............................................................. 55. Mimosa ophthalmocentra

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

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Cercidoideae

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Cercidoideae

Bauhinia L., Sp. Pl. 1: 374 1753.

Árvore; ramo inerme. Estípula lateral, basifixa. Glândulas presente. Filotaxia alterna,

espiralada. Folha unifoliolada, nervação actinódroma, pontuação ausente. Inflorescência

racemo, terminal, bráctea presente ou ausente, bractéola ausente. Flor zigomorfa,

pedicelada, diclamídea, monoclina, imbricada ascendente; cálice gamossépalo, lobos, 5;

corola dialipétala, cor amarela ou branca; androceu dialistêmone, diplostêmone,

homodínamo, brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário estipitado,

pluriovulado. Fruto legume.

Bauhimia L é constituida por cerca de 160 espécies, das quais 57 ocorrem no Brasil, destas

35 são endêmicas (Flora do Brasil 2020).

Chave de Bauhinia no Cariri paraibano

1. Folha com lobos 3/4 menores que a lâmina, nervuras 10, botão multiestriado, pétala

elíptica ......................................................................................... 1. Bauhinia cheilantha

1’. Folha com lobos 1/4 menores que a lâmina, nervura 8, botão pentraestriado, pétala linear

................................................................................................... 2. Bauhinia subclavata

Cercidoideae

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1. Bauhinia cheilantha (Bong.) Steud., Nomencl. Bot. (ed. 2) 1: 191. 1840.

Nome popular: monoró, pata-de-vaca

Árvore; ramo cilíndrico, tricoma tomentuloso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,

basifixa. Glândula presente na base da lâmina foliar, 1, séssil. Filotaxia alterna-espiralada.

Folha unifoliolada, 1-foliolada, estipela ausente, folíolo bilobado, ápice cordado, margem

inteira, base cordada, nervação actinódroma, pontuação translúcida ausente, cartácea a

subcoriácea, tricoma tomentuloso. Inflorescência racemo, terminal; bráctea presente,

bractéola ausente, prefloração imbricada ascendente. Flor pedicelada, amarela, zigomorfa,

diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 5, oblonga, homomorfa; corola

dialipétala, calcar ausente; androceu dialistêmone, homodínamo, filetes brancos, antera

rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário estipitado, pluriovulado. Fruto legume, estipitado,

plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente oblonga, testa

marrom, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo basal.

Uso potencial: forrageira, lenha, estaca e medicinal. Segundo Agra et al. (2007), o decocto

ou macerado da casca do caule é empregado como tônico, depurativo e no tratamento

do diabetes.

Esta espécie foi encontrada em áreas preservadas onde o relevo inclinado, sendo os solos

argilosos. Compreende de árvores ou arvoretas com tronco estriado escabroso e a casca

forma embira. A planta é caducifolia e suas folhas são cartáceas a subcoriáceas, as flores

abrem ao entardecer liberando um aroma suavemente adocicado. Foram observados

abelhas, mariposas e beija-flores como visitante florais. Pode ser confundida com Bauhinia

sublavata, porém são distintas pelas folhas mais tomentulosas, nervação proeminente,

botão multicostado e pétalas largo elíptica em B. cheilantha versus nervação menos

proeminentes, botão 5-costado e pétala estreito-elíptica em B. subclavata.

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Bauhinia cheilantha

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Bauhinia cheilantha

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Bauhinia cheilantha

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Bauhinia cheilantha

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Cercidoideae

2. Bauhinia subclavata Benth., Fl. Bras. 15(2): 188. 1870.

Nome popular: monoró, pata-de-vaca

Árvore; ramo cilíndrico, tricoma tomentuloso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,

basifixa. Glândula presente na base da lâmina, 1, séssil. Filotaxia alterna-espiralada.

Folha unifoliolada, 1-foliolada, estipela ausente, folíolo bilobado, ápice cordado, margem

inteira, base cordada, nervação actinódroma, pontuação translúcida ausente, subcoriácea,

glabra. Inflorescência racemo, terminal; bráctea ausente, bractéola ausente, prefloração

imbricada ascendente. Flor pedicelada, branca, zigomorfa, diclamídea; diplostêmone;

cálice gamossépalo, sépala 5, oblonga, homomorfa; corola dialipétala, calcar ausente;

androceu dialistêmone, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro

ausente; ovário estipitado, pluriovulado. Fruto legume, estipitado, plurisseminado, linear,

plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente elíptica, testa marrom, dura, pleurograma

ausente, arilo ausente, hilo basal.

Uso potencial: forrageira, madeira e medicinal

Esta espécie é endêmica do nordeste e na área de estudo foi encontrada apenas na Serra

do Paulo a cerca de 1.100 m de altitude no interior de uma capoeira. Esta espécie apresenta

um odor peculiar quando maceradas suas folha. Esta espécie é morfologicamente

semelhante a B. cheilanta. Entretanto B. cheilanta apresenta botão multiestriado, flores com

pétalas elípticas versus botão pentacostado, pétalas lineares em B. sublavata.

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Bauhinia subclavata

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Bauhinia subclavata

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Bauhinia subclavata

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Detarioideae
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Detarioideae

3. Hymenaea rubriflora Ducke, Mem. Inst. Oswaldo Cruz 51: 457. 1953.

Nome popular: jatobá

Árvore; ramo cilíndrico, tricoma tomentuloso, inerme. Odor presente suave. Estípula

lateral, lanceolada, basifixa, caduca. Glândula presente na lâmina foliar, diversas, séssil.

Filotaxia alterna-dística. Folha palmada, 2-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto,

assimétrico, ápice agudo-obtuso, margem inteira, base assimétrica, nervação

broquidódroma, pontuação translúcida presente, coriácea, glabro. Inflorescência racemo,

terminal; bráctea ausente, bractéola ausente, prefloração imbricada ascendente. Flor

pedicelada, branca, actinomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice dialissépalo, sépala 4-5,

elíptica-oboval, homomorfa; corola dialipétala, calcar ausente; androceu dialistêmone,

homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniforme, rostro ausente; ovário estipitado,

pluriovulado. Fruto câmara, estipitado, plurisseminado, oblongo, túrgido, epicarpo inerme,

margem reta. Semente orbicular, testa dura, marrom, pleurograma ausente, arilo ausente,

hilo lateral.

Uso potencial: forrageira, madeira e medicinal

Hymenaea L. apresenta 18 espécies, sendo todas encontradas no Brasil, destas 12 são

endêmicas (flora do Brasil 2020). Hymenaea rubriflora foi encontrada apenas nas bordas

dos grandes afloramentos formando uma estreita faixa de mata densa, produzindo uma

grande quantidade de serrapilheira. Esta espécie perde as folhas apenas em anos de seca

muito intensa. Morfologicamente esta espécie pode confundida em estágio vegetativo com

Peltogyne pauciflora por compartilhar o hábito arbóreo, as folhas bifolioladas com glândulas

translúcidas, entretanto podem ser distintas pela margem foliolar inteira, as galhas

ausentes e frutos tipo câmara em H. rubriflora versus margem serreada e galhas presentes

e fruto tipo legume em P. pauciflora.


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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Hymenaea rubriflora

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Hymenaea rubriflora

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Hymenaea rubriflora

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Hymenaea rubriflora

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Detarioideae

4. Peltogyne pauciflora Benth., Fl. Bras. 15(2): 234. 1870.

Nome popular: pau-roxo, coração

Árvore ou arbusto; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor suave presente. Estípula lateral,

estreitamente-triangular, basifixa, caduca. Glândula presente na lâmina foliar, diversas,

séssil. Filotaxia alterna-dística. Folha palmada, 2-foliolada, estipela ausente, folíolo

oposto, assimétrico, ápice abudo-obtuso, margem serreada, base assimétrica, nervação

broquidódroma, pontuação translúcida presente, coriácea, glabro. Inflorescência panícula

racemiformes, terminal; bráctea ausente, bractéola ausente, prefloração imbricada

ascendente. Flor pedicelada, branca, actinomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice

dialissépalo, sépala 5, elíptica-oboval, homomorfa; corola dialipétala, calcar ausente;

androceu dialistêmone, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes amarelas,

ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, estipitado, unisseminado, oblíquo a

suborbicular, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente oboval, testa marrom,

pleurograma ausente, arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: madeira e medicinal

Peltogyne Vogel apresenta 25 espécies, sendo encontradas 23 no Brasil, das quais 15 são

endêmicas (Flora do Brasil 2020). Peltogyne pauciflora foi encontrada com o hábito arbóreo

na base dos afloramentos rochosos e arbustivo sobre o afloramento nas fraturas da rocha

bem como em áreas com relevo inclinado, sendo sua presença associada aos

afloramentos. Na área de estudo esta espécie se confunde quando vegetativa com

Hymenaea rubriflora por apresentar folhas bifolioladas com pontuações translúcidas.

Entretanto, Peltogyne pauciflora tem folíolos com margem serreada e muitas vezes galhas

presentes, estame com antera é amarela, fruto é um legume plano, monospérmico versus

folíolos com margem inteira e galhas ausentes, estame com antera branca, fruto é uma
126 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

câmara pluriesperma em H. rubriflora. De acordo com Silva (1976) habita principalmente as

caatingas do nordeste brasileiro. Queiroz (2009) descreveu como principal habitat as areias,

em dunas interiores, bancos arenosos de rios e ‘caatingas de areia’, em altitudes de 250 a

400 m.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Peltogyne pauciflora

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Peltogyne pauciflora

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Peltogyne pauciflora

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Detarioideae

5. Tamarindus indica L., Sp. Pl. 1: 34. 1753.

Nome popular: tamarindo, tamarino, jatai, jabão

Árvore; ramo cilíndrico, indumento glabrescente, inerme. Odor suave presente. Estípula

lateral, lanceolada, basifixa, caduca. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha

paripinada, 24-26-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice rotundo,

margem inteira, base assimétrica, nervação broquidódroma, pontuação translúcida

ausente, cartácea, glabro. Inflorescência racemo, axilar; bráctea ausente, bractéola

presente, prefloração imbricada ascendente. Flor pedicelada, creme, zigomorfa,

diclamídea; haplostêmone; cálice dialissépalo, sépala 4, elíptica, homomorfa; corola

dialipétala, calcar ausente; androceu monadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera

rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto câmara, estipitado,

plurisseminado, oblongo, túrgido, epicarpo inerme, margem reta. Semente quadrada, testa

preta, dura, pleurograma fechado, arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: alimentar, madeira e medicinal

Tamarindus L. apresenta apenas uma espécie, sendo esta introduzida no Brasil (Flora do

Brasil 2020). Segundo Lorenzi et al. (2003), trata-se de uma espécie é exótica, proveniente

da África tropical e Índia, sendo amplamente cultivada em pomares e praças do Brasil por

seu potencial ornamental, alimentar e medicinal. Tamarindus indica pode ser reconhecida

pelo hábito arbóreo com tronco estriado-reticulado, copa aberta, os ramos inermes, glabros

com folhas paripinadas e folíolos opostos, as inflorescências são racemos pêndulos,

axilares e os frutos tipo câmara. Os frutos são extremamente ácidos e muito usados para

fazer sucos.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Tamarindus indica

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Tamarindus indica

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Tamarindus indica

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Caesalpinioideae

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Cassieae

Chamaecrista (L.) Moench, Methodus 272 1794.

Erva, subarbusto, arbusto; ramo inerme. Estípula lateral, basifixa. Glândulas presente.

Filotaxia alterna, dística. Folha paripinada ou palmada oposto, nervação actinódroma ou

broquidódroma, pontuação ausente. Inflorescência cimosa ou racemo, terminal ou axialar,

bráctea presente ou ausente, bractéola presente. Flor assimétrica ou zigomorfa,

pedicelada, diclamídea, monoclina, imbricada ascendente; cálice dialissépalo, lobos, 5;

corola dialipétala, cor amarela; androceu dialistêmone, iso ou diploestêmone, homo ou

heterodínamo, amarelos ou bracos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil,

pluriovulado. Fruto legume.

Chamaecrista é um gênero constituído por 330 espécies, ocorrendo 256 no Brasil, das

quais 207 são endêmicas (Lewis et al. 2005; Flora do Brasil 2020).

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Caesalpinioideae Cassieae

6. Chamaecrista absus (DC.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot.

Gard. 35: 644. 1982.

Nome popular: não encontrado

Erva ereta; ramo cilíndrico, tricoma híspido-glanular, glutinoso, inerme. Odor presente.

Estípula lateral, estreitamente-triangular, basifixa, perene. Glândula presente na raque, 1,

estipitado. Filotaxia alterna-espiralada. Folha paripinada, 4-foliolada, estipela ausente,

folíolo oposto, elíptico-oboval, ápice rotundo-mucronado, margem inteira, base assimétrica,

nervação broquidódroma, pontuação translúcida ausente, cartácea, glabro. Inflorescência

racemo, terminal; bráctea presente, bractéola presente, prefloração imbricada ascendente.

Flor pedicelada, amarela, zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice dialissépalo, sépala

5, oblonga-elíptica, homomorfa; corola dialipétala, calcar ausente; androceu dialistêmone,

homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil,

pluriovulado. Fruto legume, séssil, plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme, margem

reta. Semente obovoide, testa preta, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: forrageira

Chamaecrista absus é uma erva anual que foi encontrada na área sobre solos arenosos

em áreas antropizadas ou sobre solos rasos sobre afloramentos rochosos. Está entre as

espécies da área que apresentaram folhas 4-folioladas pertencentes aos gêneros Arachis,

Chamaecrista e Senna. O gênero Chamaecrista apresentou três espécies com folha 4-

foliolada, sendo C. absus a única a apresentar glândula na raque e racemos congestos

versus glândula é ausente e racemos laxos em C. amiciella e C. zygophylloides.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Chamaecrista absus

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Cassieae

7. Chamaecrista amiciella (H.S. Irwin & Barneby) H.S. Irwin & Barneby, Mem.

New York Bot. Gard. 35: 661. 1982.

Nome popular: melosa

Subarbusto decumbente; ramo cilíndrico, tricoma glandular, glutinoso, inerme. Odor

presente. Estípula lateral, estreitamente-triangular, basifixa. Glândula ausente. Filotaxia

alterna-espiralada. Folha paripinada, 4-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oboval,

ápice mucronado, margem inteira, base assimétrica, nervação broquidódroma, pontuação

translúcida ausente, cartácea, glabro. Inflorescência racemo, terminal; bráctea ausente,

bractéola presente, prefloração imbricada ascendente. Flor pedicelada, amarela,

zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice dialissépalo, sépala 5, elítpica-lanceolada,

homomorfa; corola dialipétala, calcar ausente; androceu dialistêmone, homodínamo, filetes

brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto

legume, séssil, linear, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente trapezoide, testa

preta, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: forrageira Endêmica da caatinga

Chamaecrista amiciella é um subarbusto perene que foi observada apenas sobre os

afloramentos rochosos da RPPN fazenda Almas. Esta espécie pode ser confundida com C.

absus e C. zygophylloides por apresentar folhas 4-folioladas e ramos glutinosos, porém C.

amiciella é um subarbusto versus C. absus erva e C. zygophylloides arbusto.

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Chamaecrista amiciella

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Chamaecrista amiciella

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Chamaecrista amiciella

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Cassieae

8. Chamaecrista calycioides (DC. ex Collad.) Greene, Pittonia 4(20D): 32.

1899.

Nome popular: fedegoso

Erva decumbente; ramo cilíndrico, tricoma híspido, inerme. Odor presente. Estípula

lateral, lanceolada, basifixa, perene. Glândula presente no pecíolo, 1, estipitada. Filotaxia

alterna-dística. Folha paripinada, 24-26-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo,

ápice agudo-mucronado, margem inteira, base assimétrica, nervação actinódroma,

pontuação translúcida ausente, cartácea, glabro. Inflorescência cimosa, axilar; bráctea

presente, bractéola presente, prefloração imbricada ascendente. Flor pedicelada, amarela,

zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice dialissépalo, sépala 5, lanceolada, homomorfa;

corola dialipétala, calcar ausente; androceu dialistêmone, heterodínamo, filetes brancos,

antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil,

plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente trapezoide, testa

preta, arilo ausente, pleurograma ausente, hilo apical.

Uso potencial: forrageira

Chamaecrista calycioides é uma erva anual que foi observada sobre solos arenosos de

áreas antropizados e sobre determinadas áreas com solo sobre os afloramentos rochosos.

Esta espécie se distingue das demais Chamaecrista da área por apresentar flores com de

pedicelo com comprimento menor que o comprimento da flor.

Segundo Maia-Silva et al. (2012) esta espécie apresenta como recurso floral apenas pólen

disponível para os visitantes florais.

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Chamaecrista calycioides

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Chamaecrista calycioides

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Chamaecrista calycioides

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Cassieae

9. Chamaecrista duckeana (P. Bezerra & Afr. Fern.) H.S. Irwin & Barneby,

Mem. New York Bot. Gard. 35: 861. 1982.

Nome popular: não encontrado

Erva ereta; ramo cilíndrico, tricoma híspido, inerme. Odor presente. Estípula lateral,

lanceolada, basifixa, perene. Glândula presente no pecíolo, 1, estipitada. Filotaxia alterna-

dística. Folha paripinada, 32-34-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo-linear,

ápice agudo-mucronado, margem inteira, base assimétrica, nervação actinódroma,

pontuação translúcida ausente, cartácea, glabro. Inflorescência cimosa, axilar; bráctea

presente, bractéola presente, prefloração imbricada ascendente. Flor pedicelada, amarela,

zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice dialissépalo, sépala 5, lanceolada, homomorfa;

corola dialipétala, calcar ausente; androceu dialistêmone, heterodínamo, filetes brancos,

antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil,

plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente trapezoide, testa

preta, arilo ausente, pleurograma ausente, hilo apical.

Uso potencial: forrageira

Chamaecrista duckeana de acordo com a Flora do Brasil (2020) é endêmica da Caatinga.

Foi observada apenas em áreas preservadas da RPPN Fazenda Almas nas bordas de

estrada sobre solos arenosos brancos. Esta espécie é morfologicamente semelhante a C.

nictitans e C. repens pelas folhas multijugas e pelos estames heteromorfos, porém pode

ser distinta destas por apresentar uma pétala diferenciada com estrias vermelhas.

Chamaecrista duckeana apresenta glândula estipitada, versus glândula séssil em C.

nictitans.

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Chamaecrista duckeana

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Chamaecrista duckeana

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Chamaecrista duckeana

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Caesalpinioideae Cassieae

10. Chamaecrista nictitans (L.) Moench, Methodus 272. 1794.

Nome popular: falsa-dormideira

Erva ereta; ramo cilíndrico, tricoma híspido, inerme. Odor presente. Estípula lateral,

lanceolada, basifixa, perene. Glândula presente no pecíolo, 1, séssil. Filotaxia alterna-

dística. Folha paripinada, 40-44-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo-linear,

ápice agudo-mucronado, margem inteira, base assimétrica, nervação actinódroma,

pontuação translúcida ausente, cartácea, glabro. Inflorescência cimosa, axilar; bráctea

presente, bractéola presente, prefloração imbricada ascendente. Flor pedicelada, amarela,

assimétrica, diclamídea; diplostêmone; cálice dialissépalo, sépala 5, lanceolada,

homomorfa; corola dialipétala, calcar ausente; androceu dialistêmone, heterodínamo, filetes

amarelos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto

legume, séssil, plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente

trapezoide, testa preta, arilo ausente, pleurograma ausente, hilo apical.

Uso potencial: forrageira

Chamaecrista nictitans é uma espécie anual que foi encontrada em ambientes

antropizados. Morfologicamente é semelhante a C. duckeana pelas folhas muiltijuga e o

hábito herbáceo, porém são distintas pois C. nictitans apresenta glândulas sésseis no

pecíolo e flores com pétalas amarelas sem estrias vermelhas versus glândulas estipitadas

no pecíolo, flores com pétalas amarelas e estrias vermelhas em C. duckeana.

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Chamaecrista nictitans

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Chamaecrista nictitans

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Caesalpinioideae Cassieae

11. Chamaecrista pilosa (L.) Greene, Pittonia 4(20D): 28. 1899.

Nome popular: não encontrado

Erva ereta; ramo cilíndrico, tricoma esparso híspido, inerme. Odor presente. Estípula

lateral, lanceolada, basifixa, perene. Glândula presente no pecíolo, 1, estipitada. Filotaxia

alterna-dística. Folha paripinada, 22-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo-

linear, ápice rotundo-mucronado, margem inteira, base assimétrica, nervação actinódroma,

pontuação translúcida ausente, cartácea, glabro. Inflorescência cimosa, axilar; bráctea

presente, bractéola presente, prefloração imbricada ascendente. Flor pedicelada, amarela,

zigomorfa, diclamídea; isostemone; cálice dialissépalo, sépala 5, lanceolada, homomorfa;

corola dialipétala, calcar ausente; androceu dialistêmone, homodínamo, filetes brancos,

antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil,

plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente trapezoide, testa

preta, arilo ausente, pleurograma ausente, hilo apical.

Uso potencial: forrageira, adubo verde

Chamaecrista pilosa é uma anual encontrada em solo antropizado arenoso.

Morfologicamente pode ser reconhecida pelas flores pequenas isostêmones com pedicelos

longos. São plantas menos robustas que C. duckeana e C. nictitans, sendo facilmente

reconhecidas pelo longo pedicelo e diminuto tamanho da flor com androceu isostêmone.

Segundo Maia-Silva et al. (2012) é uma espécie que apresenta como único recurso floral

pólen.

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Chamaecrista pilosa

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Chamaecrista pilosa

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Caesalpinioideae Cassieae

12. Chamaecrista repens (Vogel) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot.

Gard. 35: 742. 1982.

Nome popular: não encontrado

Subarbusto ereto; ramo cilíndrico, tricoma tomentoso, inerme. Odor presente. Estípula

lateral, lanceolada, basifixa, perene. Glândula presente no pecíolo, 1, estipitada. Filotaxia

alterna-dística. Folha paripinada, 22-24-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo,

ápice rotundo-mucronado, margem inteira, base assimétrica, nervação actinódroma,

pontuação translúcida ausente, cartácea, glabro. Inflorescência racemo, axilar; bráctea

presente, bractéola presente, prefloração imbricada ascendente. Flor pedicelada,

alaranjada, zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice dialissépalo, sépala 5, lanceolada,

homomorfa; corola dialipétala, calcar ausente; androceu dialistêmone, heterodínamo, filetes

amarelos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto

legume, séssil, plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente

trapezoide, testa preta, arilo ausente, pleurograma ausente, hilo apical.

Uso potencial: forrageira, adubo verde

Chamaecrista repens é uma subarbusto bianual que foi encontrado apenas na Serra do

Paulo em área de capoeira. Esta espécie é facilmente reconhecida pelas glândulas

estipitadas robustas e flores com pétalas alaranjadas. Apresenta o porte semelhante a

Chamaecrista duckeana, porém é densamente ramificada na base, enquanto C. duckeana

apresenta apenas uma haste.

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Chamaecrista repens

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Chamaecrista repens

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Chamaecrista repens

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Caesalpinioideae Cassieae

13. Chamaecrista rotundifolia (Pers.) Greene, Pittonia 4(20D): 31. 1899.

Nome popular: não encontrado

Erva decumbente; ramo cilíndrico, tricoma híspido, inerme. Odor presente. Estípula

lateral, cordada, basifixa, perene. Glândula ausente. Filotaxia alterna-dística. Folha

palmada, 2-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oboval, ápice rotundo, margem

inteira, base assimétrica, nervação actinódroma, pontuação translúcida ausente, cartácea,

glabro. Inflorescência cimosa, axilar; bráctea presente, bractéola presente, prefloração

imbricada ascendente. Flor pedicelada, amarela, zigomorfa, diclamídea; isostemone; cálice

dialissépalo, sépala 5, oval-lanceolada, homomorfa; corola dialipétala, calcar ausente;

androceu dialistêmone, homodínamo, filetes amarelos, antera rimosa, uniformes, rostro

ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil, plurisseminado, linear, plano,

epicarpo inerme, margem reta. Semente trapezoide, testa preta, pleurograma ausente, arilo

ausente, hilo apical.

Uso potencial: forrageira

Chamaecrista rotundifolia é uma espécie anual com ampla distribuição na área, ocorrendo

em solos arenosos e antropizados. Morfologicamente esta espécie se distingue das demais

Chamaecrista por apresentar folhas com 2-foliolada e estípulas cordadas, flores pequenas

e isostêmones.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Chamaecrista rotundifolia

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Cassieae

14. Chamaecrista serpens (L.) Greene, Pittonia 4(20D): 29. 1899.

Nome popular: não encontrado

Erva prostrada; ramo cilíndrico, tricoma glabrescente, inerme. Odor presente. Estípula

lateral, lanceolada, basifixa, perene. Glândula presente no pecíolo, 1, estipitada. Filotaxia

alterna-dística. Folha paripinada, 8-10-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo,

ápice rotudndo, margem inteira, base assimétrica, nervação actinódroma, pontuação

translúcida ausente, cartácea, glabro. Inflorescência cimosa, axilar; bráctea presente,

bractéola presente, prefloração imbricada ascendente. Flor pedicelada, amarela,

assimétrica, diclamídea; diplostêmone; cálice dialissépalo, sépala 5, oval-lanceolada,

homomorfa; corola dialipétala, calcar ausente; androceu dialistêmone, homodínamo, filetes

brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto

legume, séssil, plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente

trapezoide, testa preta, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: forrageira

Chamaecrista serpens é uma espécie bianual que ocorreu em solos arenosos de campos

de pastoreio e antropizados. Morfologicamente podem ser identificadas pelo hábito

prostrado com pelos ramos glabrescentes, folhas com 8-10-folioladas, flores

longipediceladas com flores assimétricas.

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Chamaecrista serpens

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Chamaecrista serpens

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Cassieae

15. Chamaecrista supplex (Mart. ex Benth.) Britton & Rose ex Britton &

Killip, Ann. New York Acad. Sci. 35(3): 185. 1936.

Nome popular: não encontrado

Erva prostrada; ramo cilíndrico, tricoma viloso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,

cordada, basifixa, perene. Glândula presente no pecíolo, 1, estipitada. Filotaxia alterna-

dística. Folha paripinada, 8-10-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice

rotudndo, margem inteira, base assimétrica, nervação actinódroma, pontuação translúcida

ausente, cartácea, glabro. Inflorescência cimosa, axilar; bráctea presente, bractéola

presente, prefloração imbricada ascendente. Flor pedicelada, amarela, assimétrica,

diclamídea; diplostêmone; cálice dialissépalo, sépala 5, oval, homomorfa; corola dialipétala,

calcar ausente; androceu dialistêmone, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa,

uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil, plurisseminado,

linear, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente trapezoide, testa preta, pleurograma

ausente, arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: forrageira

Chamaecrista supplex é uma espécie anual que ocorre em solos arenosos e antropizados.

Morfologicamente se caracterizam por apresentar ramos prostrados e vilosos, com

coloração vinácea pela presença da antocianina, as flores são assimétricas e os frutos

ficam voltados para o solo.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Chamaecrista supplex

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Chamaecrista supplex

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Cassieae

16. Chamaecrista tenuisepala (Benth.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York

Bot. Gard. 35: 707. 1982.

Nome popular: não encontrado

Subarbusto ereto; ramo cilíndrico, tricoma glabrescente, inerme. Odor presente. Estípula

lateral, lanceolada, basifixa, perene. Glândula presente no pecíolo, 1, estipitada. Filotaxia

alterna-dística. Folha paripinada, 8-10-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo,

ápice rotudndo-mucronado, margem inteira, base assimétrica, nervação actinódroma,

pontuação translúcida ausente, cartácea, glabro. Inflorescência cimosa, axilar; bráctea

presente, bractéola presente, prefloração imbricada ascendente. Flor pedicelada, amarela,

assimétrica, diclamídea; diplostêmone; cálice dialissépalo, sépala 5, lanceolada,

homomorfa; corola dialipétala, calcar ausente; androceu dialistêmone, homodínamo, filetes

brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto

legume, séssil, plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente

trapezoide, testa preta, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: forrageira

Chamaecrista tenuisepala é subarbusto bianual, endêmico da Caatinga e ocorre

principalmente próximo a afloramentos rochosos com solos arenosos. Esta espécie pode

ser facilmente reconhecida pelo hábito subarbustivo e ramos lignosos, ramos glabrescentes

e flores assimétricas.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Chamaecrista tenuisepala

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Chamaecrista tenuisepala

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Chamaecrista tenuisepala

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Caesalpinioideae Cassieae

17. Chamaecrista zygophylloides (Taub.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New

York Bot. Gard. 35: 660. 1982.

Nome popular: não encontrado

Arbusto; ramo cilíndrico, tricoma glandular, inerme. Odor presente. Estípula lateral,

estreitamente-triangular, basifixa, caduca. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada.

Folha paripinada, 4-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, elíptico, ápice

rotudndo-mucronado, margem inteira, base assimétrica, nervação broquidódroma,

pontuação translúcida ausente, cartácea, tricoma glandular. Inflorescência racemo,

terminal; bráctea presente, bractéola presente, prefloração imbricada ascendente. Flor

pedicelada, amarela, assimétrica, diclamídea; diplostêmone; cálice dialissépalo, sépala 5,

oblonga-elíptica, homomorfa; corola dialipétala, calcar ausente; androceu dialistêmone,

homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil,

pluriovulado. Fruto legume, séssil, plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme, margem

reta. Semente trapezoide, testa preta, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: forrageira

Chamaecrista zygophylloides é um arbusto anual que é encontrado na borda de

afloramentos rochosos com solos arenosos. Morfologicamente se caracterisa pelas folhas

4-folioladas, sendo na área encontradas três espécies de Chamaecrista com este caráter.

Chamaecrista zygophylloides apresenta o hábito arbustivo versus plantas herbáceas em C.

absus e subarbustiva em C. amiciella.

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Chamaecrista zygophylloides

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Chamaecrista zygophylloides

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Chamaecrista zygophylloides

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Cassieae

Senna Mill., Gard. Dict. Abr. (ed. 4) vol. 3 1754.

Árvore, arbusto, subarbusto; ramo inerme. Estípula lateral, basifixa. Glândulas presente ou

ausente. Filotaxia alterna, espiralada. Folha paripinada, folíolo oposto, nervação

broquidódroma, pontuação ausente. Inflorescência racemo ou panícula, axilar ou terminal,

bráctea presente ou ausente, bractéola ausente. Flor assimétrica ou zigomorfa, pedicelada,

diclamídea, monoclina, imbricada ascendente; cálice dialissépalo, lobos 5; corola

dialipétala, cor amarela; androceu dialistêmone, diplostêmone, heterodínamo, amarelo ou

branco, antera poricida, dimorfa, rostro ausente; ovário pedicelada ou séssil, pluriovulado.

Fruto baga, camara ou legume.

Senna é um gênero constituído por 300 espécies, ocorrendo 79 no Brasil, das quais 29

são endêmicas (Lewis et al. 2005; Flora do Brasil 2020).

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

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Caesalpinioideae Cassieae

18. Senna alata (L.) Roxb., Fl. Ind. 2: 349. 1832.

Nome popular: fedegoso

Arbusto; ramo costado, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, oval, basifixa,

perene. Glândula presente na estípula, 2, séssil. Filotaxia alterna-espiralada. Folha

paripinada, 14-16-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice retuso, margem

inteira, base assimétrica, nervação broquidódroma, pontuação translúcida ausente,

cartácea, glabro. Inflorescência racemo, axilar; bráctea presente, bractéola ausente,

prefloração imbricada ascendente. Flor pedicelada, amarela, assimétrica, diclamídea;

diplostêmone; cálice dialissépalo, sépala 5, oboval, heteromorfa; corola dialipétala, calcar

ausente; androceu dialistêmone, heterodínamo, filetes brancos, antera poricida, dimorfa,

rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, estipitado, plurisseminado, linear,

alado, epicarpo inerme, margem reta. Semente deltoide, testa preta, pleurograma ausente,

arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: adubo verde, ornamental, medicinal.

Senna alata é um arbusto que ocorre próximos a corpos de água de áreas antropizadas.

Esta espécie pode ser confundida com Senna martiana pelas glândulas nas estípulas,

folhas multijuga e brácteas amarelas, porém pode ser distinta pelos folíolos com ápice

agudo e legume plano em S. martiana versus folíolo com ápice retuso e legume alado em

S. alata.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Senna alata

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Senna alata

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Senna alata

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Caesalpinioideae Cassieae

19. Senna angulata (Vogel) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard.

35: 177. 1982.

Nome popular: são-joazinho

Árvore; ramo cilíndrico, tricoma tomentuloso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,

estreitamente-triangular, basifixa, caduca. Glândula presente na raque, 1, séssil. Filotaxia

alterna-espiralada. Folha paripinada, 4-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo-

elíptico, ápice agudo, margem inteira, base assimétrica, nervação broquidódroma,

pontuação translúcida ausente, cartácea, tricoma tricoma tomentuloso. Inflorescência

racemo, axilar; bráctea ausente, bractéola ausente, prefloração imbricada ascendente. Flor

pedicelada, amarela, zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice dialissépalo, sépala 5,

heteromorfa; corola dialipétala, calcar ausente; androceu dialistêmone, heterodínamo,

filetes amarelos, antera poricida, dimorfa, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto

baga, estipitado, plurisseminado, linear, cilíndrico, epicarpo inerme, margem reta. Semente

elípsóide, testa preta, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: adubo verde, ornamental

Senna angulata é uma planta arbórea que foi vista apenas numa área de capoeira da Serra

do Paulo. Esta espécie compartilha com outras Senna a presença de folhas tetrafolioladas

e frutos bacóides. Senna angulata pode ser confundida com S. macranthera, entretanto S.

angulata apresenta hábito arbóreo versus hábitos arbustivos S. macranthera.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Senna angulata

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Senna angulata

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Cassieae

20. Senna aversiflora (Herb.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot.

Gard. 35: 529. 1982.

Nome popular: fedegoso

Arbusto; ramo cilíndrico, tricoma híspido, inerme. Odor presente. Estípula lateral, linear,

basifixa, perene. Glândula presente na raque, 1, estipitada. Filotaxia alterna-espiralada.

Folha paripinada, 12-14-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oboval, ápice rotundo,

margem inteira, base assimétrica, nervação broquidódroma, pontuação translúcida

ausente, cartácea, glabro. Inflorescência racemo, terminal; bráctea ausente, bractéola

ausente, prefloração imbricada ascendente. Flor pedicelada, amarela, assimétrica,

diclamídea; diplostêmone; cálice dialissépalo, sépala 5, oval-elíptica, heteromorfa; corola

dialipétala, calcar ausente; androceu dialistêmone, heterodínamo, filetes amarelos, antera

poricida, dimorfa, rostro ausente; ovário pedicelada, pluriovulado. Fruto legume, estipitado,

plurisseminado, linear, túrgido-plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente oboval, testa

preta, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: adubo verde, ornamental

Senna aversifolia foi observada apenas na Serra do Paulo numa capoeira proximo a uma

mata. Esta espécie é morfologicamente semelhante a S. pendula, porém são distintas pelos

ramos híspidos e glândula plana e alaranjada e flor assimétria em S. aversifolia versus

ramos glabros e glândulas globosas e verde e flor zigomorfa em S. pendula.

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Senna aversiflora

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Senna aversiflora

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Senna aversiflora

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Cassieae

21. Senna macranthera (DC. ex Collad.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New

York Bot. Gard. 35: 181. 1982.

Nome popular: são-joão, aleluia

Arbusto; ramo cilíndrico, tricoma tomentuloso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,

linear, basifixa, perene. Glândula presente na raque, 1, estipitada. Filotaxia alterna-

espiralada. Folha paripinada, 4-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, assimétrica,

ápice rotundo, margem inteira, base assimétrica, nervação broquidódroma, pontuação

translúcida ausente, cartácea, tricoma tomentuloso. Inflorescência racemo, terminal;

bráctea presente, bractéola ausente, prefloração imbricada ascendente. Flor pedicelada,

amarela, zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice dialissépalo, sépala 5, oval,

heteromorfa; corola dialipétala, calcar ausente; androceu dialistêmone, heterodínamo,

filetes brancos, antera poricida, dimorfa, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto

baga, estipitado, plurisseminado, linear, cilíndrico, epicarpo inerme, margem reta. Semente

deltoide, testa preta, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: adubo verde, ornamental

Senna macranthera é um arbusto com folhas apenas no inverno, foi amplamente

encontrada em capoeiras, porém a maior população foi observada no assentamento Santa

Catarina. Esta espécie pode ser confundida vegetativamente com Senna rizzinii, porém

pode ser reconhecida pelas brácteas ovadas, pétalas acrescentes, frutos curtos em S.

rizzinii versus brácteas lineares e pétalas patentes e frutos longos em S. macranthera.

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Senna macranthera

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Senna macranthera

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Senna macranthera

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Caesalpinioideae Cassieae

22. Senna martiana (Benth.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot.

Gard. 35: 465. 1982.

Nome popular: besouro, mata-pasto

Arbusto; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, oval, basifixa,

perene e patente. Glândula presente na estípula, 2, séssil. Filotaxia alterna-espiralada.

Folha paripinada, 36-38-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice agudo,

margem inteira, base assimétrica, nervação broquidódroma, pontuação translúcida

ausente, cartácea, glabro. Inflorescência racemo, axilar; bráctea presente, bractéola

ausente, prefloração imbricada ascendente. Flor pedicelada, amarela, assimétrica,

diclamídea; diplostêmone; cálice dialissépalo, sépala 5, oboval, heteromorfa; corola

dialipétala, calcar ausente; androceu dialistêmone, heterodínamo, filetes brancos, antera

poricida, dimorfa, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, estipitado,

plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente deltoide, testa preta,

pleurograma presente, arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: ornamental, adubo verde. De acordo com Agra et al. (2007), o infuso das

folhas, tomado antes de dormir, é indicado como laxativo.

Endêmica da caatinga

Senna martiana é uma das espécies mais abundantes na área, sendo encontrada

principalmente próximo aos afloramentos rochosos. Esta espécie pode ser confundida com

Senna alata compartilhando a presença de glândulas na estípula, racemos com brácteas

coloridas. Senna martiana apresenta folíolos com ápice agudo e fruto não alado versus

folíolos com ápice retuso e legume alado em Sena alata.

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Senna martiana

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Senna martiana

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Senna martiana

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Senna martiana

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Senna martiana

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Caesalpinioideae Cassieae

23. Senna obtusifolia (L.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard.

35: 252. 1982.

Nome popular: fedegoso

Subarbusto ereto; ramo costado, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, linear,

basifixa, perene. Glândula presente na raque, 1, estipitada. Filotaxia alterna-espiralada.

Folha paripinada, 6-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oboval, ápice rotundo-

mucronado, margem inteira, base assimétrica, nervação broquidódroma, pontuação

translúcida ausente, cartácea, glabro. Inflorescência racemo, axilar; bráctea presente,

bractéola ausente, prefloração imbricada ascendente. Flor pedicelada, amarela, zigomorfa,

diclamídea; diplostêmone; cálice dialissépalo, sépala 5, oblongas, heteromorfa; corola

dialipétala, calcar ausente; androceu dialistêmone, heterodínamo, filetes brancos, antera

poricida, dimorfa, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, estipitado,

plurisseminado, linear, cilíndrico, epicarpo inerme, margem reta. Semente trapezoide, testa

preta, pleurograma fechado, arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: adubo verde

Senna obtusifolia é um subarbusto anual que forma grandes populações em ambientes

antropizados por isso muito conhecida como mata-pasto. Esta espécie é facilmente

determinada pelas folhas com três pares de folíolos, sendo estes obovais e por apenas uma

glândula estipitada, os racemos são congestos com brácteas maiores que o pedicelo e os

frutos são lineares. As folhas e ramos ao serem mexidas liberam um intenso odor

desagradável.

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Senna obtusifolia

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Senna obtusifolia

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Caesalpinioideae Cassieae

24. Senna occidentalis (L.) Link, Handbuch 2: 140. 1829.

Nome popular: fedegoso

Subarbusto ereto; ramo estriado, glandular, inerme. Odor presente. Estípula lateral,

lanceolada, basifixa, parene. Glândula presente no pulvino, 1, séssil. Filotaxia alterna-

espiralada. Folha paripinada, 12-16-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, elíptico,

ápice agudo, margem inteira, base assimétrica, nervação broquidódroma, pontuação

translúcida ausente, cartácea, glabro. Inflorescência racemo, axilar; bráctea presente,

bractéola ausente, prefloração imbricada ascendente. Flor pedicelada, amarela, zigomorfa,

diclamídea; diplostêmone; cálice dialissépalo, sépala 5, oboval-oblonga, heteromorfa;

corola dialipétala, calcar ausente; androceu dialistêmone, heterodínamo, filetes brancos,

antera poricida, dimorfa, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil,

plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente oboval, testa preta,

pleurograma fechado, arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: adubo verde, ornamental

Senna occidentalis é um subarbusto anual que cresce em áreas antropizadas, terrenos e

baldios. Esta espécie apresenta um odor muito desagradável quando tocada. Podem ser

facilmente reconhecidas pelas folhas com folíolos elípticos, a glândula está presente no

pulvino, sendo esta globosa. Nesta espécie a glândula é encontrada na inflorescência. As

flores são zigomorfas e os frutos são lineares e planos.

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Senna occidentalis

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Senna occidentalis

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Senna occidentalis

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Caesalpinioideae Cassieae

25. Senna pendula (Humb. & Bonpl. ex Willd.) H.S. Irwin & Barneby, Mem.

New York Bot. Gard. 35: 378. 1982.

Nome popular: fedegoso

Arbusto; ramo cilíndrico, tricoma tomentuloso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,

estreitamente-triangular, basifixa, perene. Glândula presente na raque, 1, estipitada.

Filotaxia alterna-espiralada. Folha paripinada, 12-14-foliolada, estipela ausente, folíolo

oposto, oboval, ápice rotundo, margem inteira, base assimétrica, nervação broquidódroma,

pontuação translúcida ausente, cartácea, tricoma tomentuloso. Inflorescência racemo,

axilar; bráctea ausente, bractéola ausente, prefloração imbricada ascendente. Flor

pedicelada, amarela, zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice dialissépalo, sépala 5,

oboval, heteromorfa; corola dialipétala, calcar ausente; androceu dialistêmone,

heterodínamo, filetes amarelos, antera poricida, dimorfa, rostro ausente; ovário séssil,

pluriovulado. Fruto baga, estipitado, plurisseminado, linear, cilíndrico, epicarpo inerme,

margem reta. Semente obovoide, testa preta, pleurograma fechado, arilo ausente, hilo

apical.

Uso potencial: ornamental

Senna pendula foi uma das espécies mais raras na área encontrada apenas numa serra no

assentamento Santa Catarina. Esta espécie apresenta folhas multijugas com folíolos

obovais que podem ser confundidas com Senna aversiflora, porém podem ser distintas

pelos ramos híspidos e glândula achatado, alaranjado em S. aversiflora versus ramos

glabros e glândula globoso em S. pendula.

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Senna pendula

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Senna pendula

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Senna pendula

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Cassieae

26. Senna rizzinii H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 174–

175. 1982.

Nome popular: são-joão

Arbusto; ramo cilíndrico, tricoma tomentuloso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,

linear, basifixa. Glândula presente na raque, 1-2, estipitada. Filotaxia alterna-espiralada.

Folha paripinada, 4-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, assimétrica, ápice roundo-

mucronado, margem inteira, base assimétrica, nervação broquidódroma, pontuação

translúcida ausente, cartácea, tricoma tomentuloso. Inflorescência racemo, terminal;

bráctea presente, bractéola ausente, prefloração imbricada ascendente. Flor pedicelada,

amarela, zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice dialissépalo, sépala 5, oboval,

heteromorfa; corola dialipétala, calcar ausente; androceu dialistêmone, heterodínamo,

filetes brancos, antera poricida, dimorfa, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto

baga, estipitado, plurisseminado, linear, cilíndrico, epicarpo inerme, margem reta. Semente

obovoide, testa preta, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: adubo verde, ornamental

Endêmica da caatinga

Senna rizzini foi observada apenas na Serra do Paula em São João do Tigre acima de 1000

m de altitude. Esta espécie pode ser confundida com S. macranthera, mas são distintas

pelas sépalas pouco diferenciadas as anteras amarelas em S. rizzinii versus anteras bem

diferenciadas e anteras cremes em S. macranthera.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Senna rizzinii

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Senna rizzinii

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Senna rizzinii

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Senna rizzinii

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Cassieae

27. Senna siamea (Lam.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard.

35: 98. 1982.

Nome popular: acacia

Árvore; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, estreitamente-

triangular, basifixa, caduda. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha

paripinada, 18-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice rotundo, margem

inteira, base rotunda, nervação broquidódroma, pontuação translúcida ausente, coriácea,

tricoma tomentuloso. Inflorescência panicula, terminal; bráctea presente, bractéola

ausente, prefloração imbricada ascendente. Flor pedicelada, amarela, zigomorfa,

diclamídea; diplostêmone; cálice dialissépalo, sépala 5, oboval-orbicular, heteromorfa;

corola dialipétala, calcar ausente; androceu dialistêmone, heterodínamo, filetes amarelos,

antera poricida, dimorfa, rostro ausente; ovário pedicelada, pluriovulado. Fruto legume,

séssil, plurisseminado, linear, plano-corrugado, epicarpo inerme, margem reta. Semente

elípsóide, testa preta, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: madeira e ornamental

Senna siamea é uma espécie exótica, originária da Tailândia (Lorenzi et al. 2003),

introduzida para arborização urbana, sendo observados em ruas e praças públicas. Esta

espécie é muito peculiar apresentando folhas multijuga sem glândula no pecíolo ou raque,

inflorescências panículas corimbiformes, flores zigomoras e legume linear plano-corrugado.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Senna siamea

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Senna siamea

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Senna siamea

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Cassieae

28. Senna spectabilis (DC.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard.

35: 600. 1982.

Nome popular: canafístula

Árvore; ramo cilíndrico, tricoma tomentuloso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,

linear, basifixa, caduca. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha paripinada,

28-40-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice agudo, margem inteira,

base rotunda, nervação broquidódroma, pontuação translúcida ausente, cartácea, tricoma

tomentuloso. Inflorescência panicula, terminal; bráctea ausente, bractéola ausente,

prefloração imbricada ascendente. Flor pedicelada, amarela, assimétrica, diclamídea;

diplostêmone; cálice dialissépalo, sépala 5, oboval, heteromorfa; corola dialipétala, calcar

ausente; androceu dialistêmone, heterodínamo, filetes brancos, antera poricida, dimorfa,

rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto câmara, estipitado, plurisseminado, linear,

cilíndrico, epicarpo inerme, margem reta. Semente obovoide, testa preta, pleurograma

fechado, arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: madeira, forrageira, ornamental. Segundo Agra et al. (2007), o decocto da

casca do caule ou raiz é empregado contra gripes e tosses. As folhas em infusão ou

decocção são indicadas como laxativo, purgativo e contra amenorréias.

Senna spectabilis é uma espécie arbórea que ocorre em ambientes antropizados como

capoeiras. Esta espécie é facilmente reconhecida pelos ramos tomentosos com intenso

odor, as folhas são multijuga sem glândulas. As inflorescências são panículas com flores

assimétricas e os frutos são câmaras lineares.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Senna spectabilis

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Senna spectabilis

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Senna spectabilis

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Caesalpinioideae Cassieae

29. Senna splendida (Vogel) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot.

Gard. 35: 190. 1982.

Nome popular: aleluia

Arbusto; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, falcada, basifixa,

perene. Glândula presente na raque, 1, estipitada. Filotaxia alterna-espiralada. Folha

paripinada, 4-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, elíptico-lanceolado, ápice agudo,

margem inteira, base assimétrica, nervação broquidódroma, pontuação translúcida

ausente, cartácea, glabro. Inflorescência racemo, racemo; bráctea presente, bractéola

ausente, prefloração imbricada ascendente. Flor pedicelada, amarela, zigomorfa,

diclamídea; diplostêmone; cálice dialissépalo, sépala 5, oblongo-elíptica, heteromorfa;

corola dialipétala, calcar ausente; androceu dialistêmone, heterodínamo, filetes brancos,

antera poricida, dimorfa, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto baga, estipitado,

plurisseminado, linear, cilíndrico, epicarpo inerme, margem reta. Semente obovoide, testa

preta, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: ornamental, adubo verde

Senna splendida é um arbusto observada no sobosque das matas, geralmente com um

porte muito reduzido. Esta espécie se caracteriza morfologicamente por apresentar ramos

glabros, estípulas falcadas e folhas tetrafolioladas.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Senna splendida

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Senna splendida

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Senna splendida

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Senna splendida

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Senna splendida

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Cassieae

30. Senna trachypus (Mart. ex Benth.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York

Bot. Gard. 35: 509. 1982.

Nome popular: meladinho, quebra-faca

Arbusto; ramo cilíndrico, glandular, inerme. Odor presente. Estípula lateral, estreitamente-

triangular, basifixa. Glândula presente na raque, 7-8, estipitada. Filotaxia alterna-

espiralada. Folha paripinada, 14-16-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo-

elíptico, ápice rotundo-mucronado, margem inteira, base assimétrica, nervação

broquidódroma, pontuação translúcida ausente, coriácea, glandular. Inflorescência

racemo, terminal; bráctea ausente, bractéola ausente, prefloração imbricada ascendente.

Flor pedicelada, amarela, assimétrica, diclamídea; diplostêmone; cálice dialissépalo,

sépala 5, oblongo-elíptica, heteromorfa; corola dialipétala, calcar ausente; androceu

dialistêmone, heterodínamo, filetes amarelos, antera poricida, dimorfa, rostro ausente;

ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, estipitado, plurisseminado, linear, plano, epicarpo

inerme, margem reta. Semente oblonga, testa preta, pleurograma fechado, arilo ausente,

hilo apical.

Uso potencial: ornamental

Senna tachypus é uma espécie arbustiva endêmica da caatinga que foi encontrada em

capoiras sobre solos pedregosos. Morfologicamente é facilmente reconhecida por

apresentar caule muito duro, escuro; ramos glutinosos, folhas multijugas com glândulas

estipitadas, flores assimétricas, cálice formente heteromorfo e legumes.

235 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Senna trachypus

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Senna trachypus

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Senna trachypus

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Senna trachypus

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Cassieae

31. Senna uniflora (Mill.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard.

35: 258. 1982.

Nome popular: fedegoso, mata-pasto

Subarbusto ereto; ramo estriado, velutino, inerme. Odor presente. Estípula lateral,

estreitamente-triangular, basifixa. Glândula presente na raque, 4-5, estipitada. Filotaxia

alterna-espiralada. Folha paripinada, 8-10-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto,

oboval, ápice rotundo-mucronado, margem inteira, base assimétrica, nervação

broquidódroma, pontuação translúcida ausente, cartácea, sericeo. Inflorescência racemo,

axilar; bráctea presente, bractéola ausente, prefloração imbricada ascendente. Flor

pedicelada, amarela, zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice dialissépalo, sépala 5,

oblonga, heteromorfa; corola dialipétala, calcar ausente; androceu dialistêmone,

heterodínamo, filetes brancos, antera poricida, dimorfa, rostro ausente; ovário séssil,

pluriovulado. Fruto legume, séssil, plurisseminado, linear, plano-constrito, epicarpo inerme,

margem reta. Semente trapezoide, testa marrom, pleurograma fechado, arilo ausente, hilo

apical.

Uso potencial: adubo verde

Senna uniflora é uma espécie subarbustiva anual que forma densas populações em áreas

antropizadas com solos arenosos. Morfologicamente é semelhante a Senna obtulsifolia

pelo hábito subarbustivo e folíolos obovados, porém S. uniflora apresenta glândulas em

todos os pares de folíolos e legume constrito versus glândula apenas no primeiro par de

folíolo e legume não constrito em S. obtusifolia.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Senna uniflora

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Senna uniflora

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Caesalpinieae

32. Pterogyne nitens Tul., Ann. Sci. Nat., Bot., sér. 2, 20: 140. 1843.

Nome popular: amendoin-bravo

Árvore; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, basifixa. Glândula

ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha imparipinada, 13-16-foliolada, estipela

ausente, folíolo alterno, elíptico, ápice retuso, margem inteira, base assimétrica, nervação

broquidódroma, pontuação translúcida ausente, cartácea, glabro. Inflorescência racemo,

axilar; bráctea ausente, bractéola ausente, prefloração imbricada ascendente. Flor

pedicelada, amarela, actinomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice dialissépalo, sépala 5,

oblonga, homomorfa; corola dialipétala, calcar ausente; androceu dialistêmone,

homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil,

uniovulado. Fruto sâmara, estipitado, unisseminado, eliptico, plano, epicarpo inerme,

margem reta. Semente obovoide, testa marrom, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo

subapical.

Uso potencial: madeira e ornamental. De acordo com Andrade-Lima (1989), esta espécie

pode ser empregada na arborização de ruas e praças.

Pterogyne Tul. compreende de apenas uma espécie ocorrendo naturalmente no Brasil,

porém não é endêmica (Flora do Brasil 2020).

Esta espécie foi encontrada cultivada em área antropizada. Morfologicamente se

caracteriza pelo hábito arbóreo, os ramos inermes e glabros e folhas com folíolos alternos,

sendo as inflorescências axilares, racemos com flores pequena e amarelas e os frutos são

sâmaras com núcleo seminífero basal.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Pterogyne nitens

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Caesalpinieae

33. Cenostigma nordestinum Gagnon & G.P. Lewis, PhytoKeys 71: 90. 2016.

Nome popular: catingueira

Árvore; ramo cilíndrico, glandular, inerme. Odor presente. Estípula lateral, basifixa,

caduca. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha bipinada, 5-foliolada,

estipela ausente, folíolo oposto, elípticos, ápice rotundo, margem inteira, base assimétrica,

nervação broquidódroma, pontuação translúcida ausente, coriácea, glabro. Inflorescência

panicula, terminal; bráctea presente, bractéola ausente, prefloração imbricada ascendente.

Flor pedicelada, amarela, zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice dialissépalo, sépala

5, oval, heteromorfa; corola dialipétala, calcar ausente; androceu dialistêmone,

homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil,

pluriovulado. Fruto legume, séssil, plurisseminado, oblongo, plano, epicarpo inerme,

margem reta. Semente oboval, testa marrom, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo

apical.

Uso potencial: madeira e ornamental

Cenostigma Tul. compreende de 18 espécies, sendo encontradas 9 no Brasil e destas 6

são endêmicas (Flora do Brasil 2020). Endêmica da caatinga.

Cenostigma nordestinum compreende de uma espécie arbórea amplamente encontrada em

todas as áreas do Cariri. Esta espécie é facilmente reconhecida pelo tronco cinca com

cascas escamiformes, ramos inermes quando jovens com tricomas glandulares, folhas

bipinadas, infloresências panículas, flores amarelas, zigomorfas e os frutos legumes com

valvas lignosas elásticas. Esta planta libera um odor muito forte.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Cenostigma nordestinum

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Cenostigma nordestinum

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Cenostigma nordestinum

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Cenostigma nordestinum

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Cenostigma nordestinum

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Caesalpinieae

34. Delonix regia (Bojer ex Hook.) Raf., Fl. Tellur. 2: 92. 1836 [1837].

Nome popular: flamboiã, flamboyant

Árvore; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, dendriforme,

basifixa, caduca. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha bipinada, 22-36-

foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice rotundo-agudo, margem inteira,

base assimétrica, nervação broquidódroma, pontuação translúcida ausente, cartácea,

glabro. Inflorescência racemo, terminal; bráctea presente, bractéola ausente, prefloração

imbricada ascendente. Flor pedicelada, vermelha, zigomorfa, diclamídea; diplostêmone;

cálice dialissépalo, sépala 5, oblonga, homomorfa; corola dialipétala, calcar ausente;

androceu dialistêmone, homodínamo, filetes vermelhos, antera rimosa, uniformes, rostro

ausente; ovário estipitado, pluriovulado. Fruto câmara, séssil, plurisseminado, linear, plano,

epicarpo inerme, margem reta. Semente oblonga, testa marrom-cinza, pleurograma

fechado, arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: madeira e ornamental

Delonix Raf. compreende de 11 espécies, ocorrendo apenas uma espécie cultivada

no Brasil, sendo esta exótica (Flora do Brasil 2020).

Segundo Lorenzi et al. (2003), esta espécie é exótica, tendo como origem Madagascar. A

mesma foi introduzida devido seu potencial ornamental, sendo observada em casas dos

sítios e ruas e praças. Esta espécie é facilmente reconhecida por apresentar tronco áspero,

muitas vezes com raízes elevadas, os ramos são glabros e as estípulas são dendriformes,

as folhas são bipinadas e as flores são vermelhas.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Delonix regia

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Delonix regia

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Caesalpinieae

35. Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L.P. Queiroz, Legum. Caatinga 130. 2009.

Nome popular: pau-ferro e jucá.

Árvore; ramo cilíndrico, tricoma tomentulosos, inerme. Odor presente. Estípula lateral,

basifixa. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha bipinada, 3-9-foliolada,

estipela ausente, folíolo oposto, oblongo-oboval, ápice rotundo-retuso, margem inteira,

base assimétrica, nervação broquidódroma, pontuação translúcida ausente, coriácea,

tricoma tomentuloso. Inflorescência racemo, terminal; bráctea ausente, bractéola ausente,

prefloração imbricada ascendente. Flor pedicelada, branca, zigomorfa, diclamídea;

diplostêmone; cálice dialissépalo, sépala 5, oval, heteromorfa; corola dialipétala, calcar

ausente; androceu dialistêmone, homodínamo, filetes amarelos, antera rimosa, uniforme,

ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto câmara, séssil, plurisseminado, oblongo, túrgido-

plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente oboval, testa marrom, pleurograma

ausente, arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: madeira, medicinal e ornamental

Libidibia (DC.) Schltdl. compreende de 10 espécies, sendo encontradas duas Brasil e

destas apenas uma é endêmica (Flora do Brasil 2020).

Libidibia ferrea é uma planta arbórea frequente na Serra do Paulo e na Fazenda Salambaia,

encontrada em áreas antropizadas e conservadas. Esta espécie pode ser reconhecida pelo

tronco esfoliante, ramos inermes, liso, cinza e alvo, folhas bipinadas com folíolos oblongos,

sem glândulas, as flores são amarelas com uma pétala variegada e os fruto são câmaras.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Libidibia ferrea

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Libidibia ferrea

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Libidibia ferrea

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Libidibia ferrea

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Libidibia ferrea

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Libidibia ferrea

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Caesalpinieae

36. Parkinsonia aculeata L., Sp. Pl. 1: 375. 1753.

Nome popular: turco

Árvore; ramo cilíndrico, glabro, espinho 1. Odor presente. Estípula lateral, estreitamente-

triangular, basifixa. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha bipinada, 2-4-

foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice rotundo, margem inteira, base

assimétrica, nervação broquidódroma, pontuação translúcida ausente, cartácea, glabro.

Inflorescência racemo, axilar; bráctea ausente, bractéola ausente, prefloração imbricada

ascendente. Flor pedicelada, amarela, zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice

dialissépalo, sépala 5, oblonga, heteromorfa; corola dialipétala, calcar ausente; androceu

dialistêmone, homodínamo, filetes amarelos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente;

ovário estipitado, pluriovulado. Fruto legume, estipitado, uni ou plurisseminado, linear,

cilíndrico, epicarpo inerme, margem constrita. Semente elípsóide, testa castanho,

pleurograma ausente, arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: madeira. Segundo Andrade-Lima (1989), esta espécie se presta como

planta ornamental de locais alagados ou alagáveis, parques e jardins. Suas abelhas são

procuradas por abelhas maribombos e mangangás,

Parkinsonia L. compreende de 12 espécies ocorrendo apenas duas no Brasil e nenhuma

delas é endêmica (Flora do Brasil 2020).

Parkinsonia aculeata é uma espécie arbórea encontrada no açude na estrada do Pai

Mateus em Cabaceiras.. Esta espécie é facilmente reconhecida por apresentar ramos

glabros, um espinho por folha e folhas com raque longa com folíolos diminutos e legumes

com margem constrita.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Parkinsonia aculeata

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Parkinsonia aculeata

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Parkinsonia aculeata

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Parkinsonia aculeata

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Ingeae

Albizia Durazz., Mag. Tosc. 3(4): 13–14, pl. [opposite p. 1] 1772.

Árvore; ramo inerme. Estípula lateral, basifixa. Glândulas presente. Filotaxia alterna, espiralada

Folha bipinada, folíolo oposto, nervação actinódroma, pontuação ausente. Inflorescência racemo e

glomérulo, axilar, bráctea ausente, bractéola ausente. Flor actinomorfa, pedicelada ou séssil,

diclamídea, monoclina, valvar; cálice gamossépalo, lobos, 5; corola gamopétala, cor branca;

androceu monadelfo, polistêmone, homodínamo, brancos, antera rimosa, uniformes, rostrorostro

ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume.

Albizia é um gênero constituído por 140 espécies, ocorrendo 10 no Brasil, das quais três são

endêmicas (Lewis et al. 2005; Flora do Brasil 2020).

Chave de Albizia do Cariri paraibano

1. Folha 8-12-foliolada, flor séssil, glândula 1 ............................................... 38. Albizia polycephala

1’. Folha 6-8-foliolada, flor pedicelada, glândula 1-2 ............................................ 37. Albizia lebbeck

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
aesalpinioideae Ingeae

37. Albizia lebbeck (L.) Benth., London J. Bot. 3: 87. 1844.

Nome popular: cassia-branca, coração-de-negro, ébano-oriental, língua-de-mulher,

lingua-de-sogra, batata-frita.

Árvore; ramo cilíndrico, tricoma tomentuloso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,

basifixa. Glândula presente no pecíolo e na raque, 1-2, séssil. Filotaxia alterna-espiralada.

Folha bipinada, 6-8-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice rotundo,

margem inteira, base assimétrica, nervação actinódroma, pontuação translúcida ausente,

cartácea, tricoma tomentuloso. Inflorescência racemo, axilar; bráctea ausente, bractéola

ausente, prefloração valvar. Flor pedicelada, branca, actinomorfa, diclamídea; polistêmone;

cálice gamossépalo, sépala 5, triangular, homomorfa; corola gamopétala, calcar ausente;

androceu monadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro

ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil, plurisseminado, linear, plano,

epicarpo inerme, margem reta. Semente elípsóide, testa marrom, pleurograma aberto, arilo

ausente, hilo apical.

Uso potencial: madeira e ornamental

Albizia lebbeck é uma exótica, sendo originária da Ásia Tropical (Lorenzi et al. 2003). Esta

espécie pode ser encontrada apenas nas ruas ou em casas de fazendas. Muito utiizada por

seu potencial ornamental, sendo suas flores extremamente perfumadas. Apresenta folhas

bipinadas com glândulas no pecíolo e na raque, os ramos são inermes, as inflorescências

são muito chamativas e perfumadas. As sementes apresentam pleurograma aberto e a

testa lisa e dura.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Albizia lebeck

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Albizia lebeck

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Albizia lebeck

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Ingeae

38. Albizia polycephala (Benth.) Killip, Trop. Woods 63: 6. 1940.

Nome popular: camunzé

Árvore; ramo cilíndrico, tricoma tomentuloso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,

basifixa. Glândula presente no pecíolo, 1, séssil. Filotaxia alterna-espiralada. Folha

bipinada, 8-12-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice rotundo-

mucronado, margem inteira, base truncada, nervação actinódroma, pontuação translúcida

ausente, cartácea, tricoma tomentuloso. Inflorescência glomérulo, axilar; bráctea ausente,

bractéola ausente, prefloração valvar. Flor séssil, branca, actinomorfa, diclamídea;

polistêmone; cálice gamossépalo, sépala 5, triangular, homomorfa; corola gamopétala,

calcar ausente; androceu monadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa,

uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil, plurisseminado,

linear, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente elípsóide, testa marrom,

pleurograma aberto, arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: madeira

Esta espécie foi encontrada apenas na Serra do Paulo. Na área apareceram apenas duas

espécies de Albizia, sendo esta nativa, enquanto A. lebbeck é uma espécie exótica usada

como planta ornamental. Albizia polycephala apresenta folhas 8-12-folioladas e glândula

apenas no pecíolo versus folha 6-8-foliolada e glândula no pecíolo e na raque em A.

lebbeck.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Albizia polycephala

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Albizia polycephala

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Albizia polycephala

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Ingeae

39. Calliandra subspicata Benth., Trans. Linn. Soc. London 30(3): 556. 1875.

Nome popular: esponginha

Arbusto; ramo cilíndrico, tricoma tomentuloso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,

lanceolada, basifixa. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha bipinada, 6-8-

foliolada, estipela presente, folíolo oposto, oblongo, ápice mucronado, margem inteira, base

assimétrica, nervação actinódroma, pontuação translúcida ausente, cartácea, tricoma

tomentuloso. Inflorescência racemo, axilar; bráctea ausente, bractéola ausente,

prefloração valvar. Flor pedicelada, branca, actinomorfa, diclamídea; polistêmone; cálice

gamossépalo, sépala 5, triangular, homomorfa; corola dialipétala, calcar ausente; androceu

dialistêmone, homodínamo, filetes rosas, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário

séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil, plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme,

margem reta. Semente elípsóide, testa preta, pleurograma aberto, arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: ornamental

Calliandra Benth. Compreende de 135 espécies, ocorrendo 75 no Brasil e destas 59 são

endêmicas (Flora do Brasil 2020).

Calliandra subspicata é um arbusto encontrado apenas na serra do Paulo na APA das

Onças. Esta espécie pode ser reconhecida pelos ramos multiestipulados, pelas flores rosas,

pediceladas e legume plano.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Calliandra subspicata

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Calliandra subspicata

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Calliandra subspicata

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

280 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Ingeae

Chloroleucon (Benth.) Britton & Rose, Trop. Woods 10: 24 1927.

Árvore; ramo espinho. Estípula lateral, basifixa. Glândulas presente. Filotaxia alterna,

espiralada. Folha bipinada, foliolo oposto, nervação actinódroma, pontuação ausente.

Inflorescência glomérulo, axilar, bráctea ausente, bractéola ausente. Flor actinomorfa,

séssil, diclamídea, monoclina, valvar; cálice gamossépalo, lobos, 5; corola gamopétala, cor

amarela ou branca; androceu monadelfo, polistêmone, homodínamo, brancos, antera

rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto câmara.

Chloroleucon é um gênero constituído por 10 espécies, ocorrendo sete no Brasil, das

quais três são endêmicas (Lewis et al. 2005; Flora do Brasil 2020).

Chave de Chloroleucon no Cariri Paraibano

1. Folha 6-foliolada; ápice do foliólulo rotundo; tubo estaminal maior que o tubo da corola

............................................................................................ 40. Chloroleucon dumosum

1’. Folha 8-10-foliolada; ápice do foliólulo mucronado; tubo estaminal menor que o tubo da

corola .................................................................................... 41. Chloroleucon foliolosum

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Ingeae

40. Chloroleucon dumosum (Benth.) G.P. Lewis, Legumes Bahia 165. 1987.

Nome popular: arapiraca

Árvore; ramo cilíndrico, tricoma glabrescente, espinho 2. Odor presente. Estípula lateral,

basifixa, caduca. Glândula presente no pecíolo, 1, séssil. Filotaxia alterna-espiralada.

Folha bipinada, 6-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice rotundo,

margem inteira, base assimétrica, nervação actinódroma, pontuação translúcida ausente,

cartácea, glabro. Inflorescência glomérulo, axilar; bráctea ausente, bractéola ausente,

prefloração valvar. Flor séssil, branca, actinomorfa, diclamídea; polistêmone; cálice

gamossépalo, sépala 5, triangular, homomorfa; corola gamopétala, calcar ausente;

androceu monadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro

ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto câmara, séssil, plurisseminado, linear, túrgido-

plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente elípsóide, testa preta, pleurograma

fechado, arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: madeira e ornamental

Chloroleucon dumosum é uma árvore que perde as folhas no periodo de seca e foi

observada apenas na serra do Paulo em São João do Tigre. Esta espécie pode ser

reconhecida por aparesentar caules esfoleandes com coloração verde e branco. Pode ser

confundida com Chloroleucon foliolosum, porém são distintos pelo tamanho dos folíolulos

e pelo androceu com tubo monadelfo exserto do tubo da corola em C. dumosum versus

androceu monadelfo com tubo incluso no tubo da corola.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Chloroleucon dumosum

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Chloroleucon dumosum

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Chloroleucon dumosum

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Ingeae

41. Chloroleucon foliolosum (Benth.) G.P. Lewis, Legumes Bahia 166. 1987.

Nome popular: arapiraca

Árvore; ramo cilíndrico, tricoma tomentuloso, espinho 2. Odor presente. Estípula lateral,

basifixa, caduca. Glândula presente no pecíolo, 1-5, séssil. Filotaxia alterna-espiralada.

Folha bipinada, 8-10-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice mucronado,

margem inteira, base assimétrica, nervação actinódroma, pontuação translúcida ausente,

cartácea, glabro. Inflorescência glomérulo, axilar; bráctea ausente, bractéola ausente,

prefloração valvar. Flor séssil, amarela, actinomorfa, diclamídea; polistêmone; cálice

gamossépalo, sépala 5, triangular, homomorfa; corola gamopétala, calcar ausente;

androceu monadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro

ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto câmara, séssil, plurisseminado, falcado, túrgido-

plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente elípsóide, testa preta, pleurograma

fechado, arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: madeira

Chloroleucon foliolosum foi encontrado principalmente em áreas preservadas e raramente

em áreas antropizadas sob solos brancos e arenosos. Esta espécie é facilmente

reconhecida pelo caule esfoleante, as vezes seu tronco pode ser confundido com C.

dumosum ou Libidibia ferrea. Todavia é facilmente reconhecida pelos longos espinhos,

folhas com mais de um glândula e fruto câmara falcado.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Chloroleucon foliolosum

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Chloroleucon foliolosum

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Caesalpinioideae Ingeae

42. Enterolobium timbouva Mart., Flora 20(2): Beibl. 128. 1837.

Nome popular: tamboril

Árvore; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, basifixa. Glândula

presente no pecíolo, 1, séssil. Filotaxia alterna-espiralada. Folha bipinada, 6-12-foliolada,

estipela ausente, folíolo oposto, oblongo-assimétrico, ápice agudo, margem inteira, base

assimétrica, nervação actinódroma, pontuação translúcida ausente, cartácea, glabro.

Inflorescência glomérulo, axilar; bráctea ausente, bractéola ausente, prefloração valvar.

Flor séssil, branca, actinomorfa, diclamídea; polistêmone; cálice gamossépalo, sépala 5,

triangular, homomorfa; corola gamopétala, calcar ausente; androceu monadelfo,

homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil,

pluriovulado. Fruto câmara, séssil, plurisseminado, coclear, túrgido-plano, epicarpo inerme,

margem reta. Semente elípsóide, testa preta, pleurograma aberto, arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: ornamental. Segundo Agra et al. (2007), o decocto da casca do caule é

usado como antiinflamatório. Os frutos são usados como “shampoo” contra escabioses.

Enterolobium Mart. compreende de 11 espécies, sendo encontradas 9 no Brasil e destas 3

são endêmicas (Flora do Brasil 2020).

Enterolobium timbouva é uma das maiores árvores encontradas na área, ocorrendo

próximo a afloramentos rochosos e no alto da Serra do Paulo. Esta espécie apesar do

tamanho apresenta madeira mole sem muita utilidade. Ocorre principamente em lugares

onde tenha disponibilidade de água. Esta espécie é facilmente reconhecida pelo imenso

tronco escamoso e ramos cinzentos, geralmente em dezembro fica coberto de folhas jovens

e florescem, sendo suas flores disposta em glomérulos amarelados formando frutos tipo

câmara achatada e suavemente cocleada.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Enterolobium timbouva

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Enterolobium timbouva

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Enterolobium timbouva

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Enterolobium timbouva

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Ingeae

Pithecellobium Mart., Flora 20(2,Beibl.): 114–117 1837.

Árvore; ramo armado de espinho. Estípula lateral, basifixa. Glândulas presente. Filotaxia

alterna, espiralada. Folha bipinada, folíolo oposto, nervação broquidódroma, pontuação

ausente. Inflorescência glomérulo, axilar, bráctea ausente, bractéola ausente. Flor

actinomorfa, séssil, diclamídea, monoclina, valvar; cálice gamossépalo, lobos, 5; corola

gamopétala, cor branca; androceu monadelfo, polistêmone, homodínamo, brancos, antera

rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume.

Pithecellobium é um gênero constituído por 18 espécies, ocorrendo no Brasil três, das

quais uma é endêmica (Lewis et al. 2005; Flora do Brasil 2020).

Chave de Pithecellobium no Cariri Paraibano

1. Foliólulo elíptico, arilo alvo .......................................................... 44. Pithecellobium dulce

1’. Foliólulo oboval, arilo vermelho ....................................... 43. Pithecellobium diversifolium

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Ingeae

43. Pithecellobium diversifolium Benth., London J. Bot. 3: 201. 1844.

Nome popular: mata-fome, carcarazeiro

Árvore; ramo cilíndrico, tomentuloso, espinho 2. Odor presente. Estípula lateral,

lanceolada, basifixa, caduca. Glândula presente no pecíolo e na raquíla, 2-4, séssil.

Filotaxia alterna-espiralada. Folha bipinada, 2-foliolada, estipela presente, folíolo oposto,

oboval, ápice obtuso, margem inteira, base assimétrica, nervação broquidódroma,

pontuação translúcida ausente, cartácea, glabro. Inflorescência glomérulo, axilar; bráctea

ausente, bractéola ausente, prefloração valvar. Flor séssil, branca, actinomorfa,

diclamídea; polistêmone; cálice gamossépalo, sépala 5, triangular, homomorfa; corola

gamopétala, calcar ausente; androceu monadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera

rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, estipitado,

plurisseminado, linear, falcado, cilíndrico, epicarpo inerme, margem constrita. Semente

orbicular, testa preta, pleurograma aberto, arilo presente, hilo apical.

Uso potencial: madeira e ornamental. Segundo Andrade-Lima (1989), apresenta

potencial paisagistico com aplicação em parques ou jardins amplos.

Pithecellobium diversifolium é uma espécie endêmica da caatinga e foi encontrada apenas

na margem de um rio temporário em São Domingos na beira da estrada. Esta espécie

apresenta folha bipinada palmada, muito próxima de Pithecellobium dulce, podendo ser

distinta pelos troncos armados em espinhos, foliólulo com formato oboval e semente com

arilo vermelho em P. diversifolium versus troncos inermes, foliólulo com formato elíptico e

arino alvo em P. dulce.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Pithecellobium diversifolium

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Pithecellobium diversifolium

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Ingeae

44. Pithecellobium dulce (Roxb.) Benth., London J. Bot. 3: 199. 1844.

Nome popular: mata-fome

Árvore; ramo cilíndrico, glabro, espinho 2. Odor presente. Estípula lateral, estreitamente-

triangular, basifixa, caduca. Glândula presente no pecíolo e na raquíla, 1-3, séssil.

Filotaxia alterna-espiralada. Folha bipinada, 2-foliolada, estipela presente, folíolo oposto,

elíptico, ápice obtuso, margem inteira, base assimétrica, nervação broquidódroma,

pontuação translúcida ausente, cartácea, glabro. Inflorescência panículas de glomérulo,

axilar; bráctea ausente, bractéola ausente, prefloração valvar. Flor séssil, branca,

actinomorfa, diclamídea; polistêmone; cálice gamossépalo, sépala 5, triangular,

homomorfa; corola gamopétala, calcar ausente; androceu monadelfo, homodínamo, filetes

brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto

legume, estipitado, plurisseminado, linear, cilíndrico, epicarpo inerme, margem constrita.

Semente orbicular, testa preta, pleurograma fechado, arilo presente, hilo apical.

Uso potencial: madeira e ornamental

Pithecellobium dulce é uma espécie arbórea exótica nativa no México, América do Norte,

América Central e América do Sul (Lorenzi et al. 2003). Esta espécie foi introduzida por seu

uso na arborização urbana, sendo encontrada em ruas e praças. Sua determinação se dá

pelos ramos armados de espinhos curtos, inflorescências panículas de glomérulos e

legumes com margem constrita e arilo alvo e semente preta. .

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Pithecellobium dulce

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Pithecellobium dulce

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Pithecellobium dulcePithecellobium dulce

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Pithecellobium dulce

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Pithecellobium dulce

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Mimoseae

45. Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan, Kew Bull. 10(2): 182. 1955.

Nome popular: anjico

Árvore; ramo cilíndrico, tricoma glabrescente, acúleo cônico. Odor presente. Estípula

lateral, basifixa, caduca. Glândula presente no pecíolo, 1, séssil. Filotaxia alterna-

espiralada. Folha bipinada, 32-36-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oboval, ápice

rotundo, margem inteira, base assimétrica, nervação broquidódroma, pontuação translúcida

ausente, cartácea, glabro. Inflorescência glomérulo, axilar; bráctea ausente, bractéola

ausente, prefloração valvar. Flor séssil, branca, actinomorfa, diclamídea; diplostêmone;

cálice gamossépalo, sépala 5, triangular, homomorfa; corola gamopétala, calcar ausente;

androceu dialistêmone, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro

ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto folículo, estipitado, plurisseminado, linear, plano,

epicarpo inerme, margem ondulada. Semente orbicular, testa preta, pleurograma aberto,

arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: madeira e ornamental. Segundo Agra et al. (2007), uma maceração dos

n’água, são indicados contra insônias e utilizados como sedativos.

Anadenanthera Spreg compreende de duas espécies, sendo ambas encontradas no Brasil,

não ocorrendo nenhuma endêmica (Flora do Brasil 2020).

Anadenanthera colubrina é uma espécie arbórea encontrado em áreas mais preservadas e

muitas vezes em ambientes de relevo inclinado. Esta espécie é facilmente reconhecida pelo

tronco coberto de acúleos coniformes, apresenta odor muito intenso, casca vermelha com

uma alta concentração de taninos, as inflorescências são pequenos glomérulos com flores

alvas e os frutos são folículos planos com margem ondulada.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Anadenanthera colubrina

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Anadenanthera colubrina

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Anadenanthera colubrina

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Anadenanthera colubrina

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Mimoseae

46. Desmanthus virgatus (L.) Willd., Sp. Pl. 4(2): 1047. 1806.

Nome popular: jureminha

Subarbusto ereto; ramo estriado, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, linear,

basifixa, perene. Glândula presente no pecíolo, 1, séssil. Filotaxia alterna-espiralada.

Folha bipinada, 6-10-foliolada, estipela presente, folíolo oposto, oblongo, ápice agudo,

margem inteira, base assimétrica, nervação actinódroma, pontuação translúcida ausente,

cartácea, glabro. Inflorescência glomérulo, axilar; bráctea linear, bractéola presente,

prefloração valvar. Flor séssil, branca, actinomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice

gamossépalo, sépala 5, triangular, homomorfa; corola gamopétala, calcar ausente;

androceu dialistêmone, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro

ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil, plurisseminado, linear, túrgido-

plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente trapezoide, testa preta, pleurograma

aberto, arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: forrageira

Desmanthus Willd. compreende de 24 espécies, sendo encontradas no Brasil não

ocorrendo nenhuma endêmica (Flora do Brasil 2020).

Desmanthus virgatus é uma espécie subarbustiva anual encontrada em ambientes

antropizadas de pastagem. Esta espécie é facilmente reconhecida pelos ramos estriados

inermes, glândulas sésseis avermelhadas com flores heteromorfas amarelas e legumes

lineares vermelhos.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Desmanthus virgatus

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Desmanthus virgatus

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Desmanthus virgatus

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Desmanthus virgatus

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Mimoseae

47. Lachesiodendron viridiflorum (Kunth) P.G. Ribeiro, L.P. Queiroz &

Luckow, Taxon 67(1): 45–51, Figs. 1–6. 2018.

Nome popular: jacuturtu

Árvore; ramo cilíndrico, tricoma glabrescente, espinho 2. Odor presente. Estípula lateral,

basifixa. Glândula presente no pecíolo, 1, séssil. Filotaxia alterna-espiralada. Folha

bipinada, 12-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice agudo, margem

inteira, base assimétrica, nervação actinódroma, pontuação translúcida ausente, cartácea,

glabro. Inflorescência espiga, axilar; bráctea ausente, bractéola ausente, prefloração

valvar. Flor séssil, verde, actinomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo,

sépala 5, triangular, homomorfa; corola gamopétala, calcar ausente; androceu

dialistêmone, homodínamo, filetes verdes, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário

estipitado, pluriovulado. Fruto legume, estipitado, plurisseminado, oblongo, plano-

corrugado, epicarpo inerme, margem reta. Semente oboval, testa preta, pleurograma

aberto, arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: madeira

Lachesiodendron P.G. Ribeiro, L.P. Queiroz & Luckow constituído de apenas espécie que

ocorre no Brasil (Flora do Brasil 2020).

Lachesiodendron viridiflorum é uma espécie arbórea com copa assimétrica, ramos armados

com espinhos arqueados, inflorescências com espigas composta de flores verdes, foi

encontrada apenas em São João do Tigre próximo a Serra do Paulo. Esta espécie é

facilmente reconhecida pelos espinhos aos pares falcados e pelas espigas com flores

verdes.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Lachesiodendron viridiflorum

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Lachesiodendron viridiflorum

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Mimoseae

48. Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit, Taxon 10(2): 54. 1961.

Nome popular: leucena

Árvore; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, basifixa, caduca.

Glândula presente na raque, 1, séssil. Filotaxia alterna-espiralada. Folha bipinada, 8-10-

foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, lanceolado, ápice agudo, margem inteira, base

assimétrica, nervação actinódroma, pontuação translúcida ausente, cartácea, glabro.

Inflorescência glomérulo, axilar; bráctea ausente, bractéola ausente, prefloração valvar.

Flor séssil, branca, actinomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 5,

triangular, homomorfa; corola gamopétala, calcar ausente; androceu dialistêmone,

homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil,

pluriovulado. Fruto legume, estipitado, plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme,

margem reta. Semente elípsóide, testa preta, pleurograma aberto, arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: forrageira e ornamental

Leucaena Benth. Compreende de 22 espécies, sendo encontrada apenas uma espécie

naturalizada No Brasil (Flora do Brasil 2020).

Leucena leucocepha é uma espécie exótica introduzida da América Tropical (Lorenzi et al.

2003). Esta espécie apresenta um madeira mole, porém um alto potencial forrageiro sendo

encontrada apenas nos sítios e fazendas. Esta espécie é facilmente reconhecida por

apresentar troncos e ramos amarronzados e inermes, glomérulos com flores alvas e

legumes lineares e lisos.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Leucaena leucocephala

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Leucaena leucocephala

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Leucaena leucocephala

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Leucaena leucocephala

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Mimoseae

Mimosa L., Sp. Pl. 1: 516 1753.

Árvore, arbusto, erva, liana, subarbusto, trepadeira; ramo aculeado. Estípula lateral,

basifixa. Glândulas ausente. Filotaxia alterna, espiralada. Folha bipinada, folíolo oposto,

nervação actinódroma, pontuação ausente. Inflorescência espiga ou glomérulo, axilar,

bráctea ausente ou presente, bractéola ausente. Flor actinomorfa, séssil, diclamídea,

monoclina, valvar; cálice gamossépalo, lobos, 4-5; corola gamopétala, cor branca, rosa;

androceu dialistêmone, iso ou diploestêmone, homodínamo, brancos ou rosa, antera

rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto craspédio.

Mimosa é um gênero constituído por 510 espécies, ocorrendo no Brasil 369, das quais

218 é endêmica (Lewis et al. 2005; Flora do Brasil 2020).

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

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Caesalpinioideae Mimoseae

49. Mimosa acutistipula (Mart.) Benth., J. Bot. (Hooker) 4(31): 391. 1841.

Nome popular: calumbi

Árvore; ramo cilíndrico, tricoma tomentuloso, acúleo reto. Odor presente. Estípula lateral,

estreitamente-triangular, basifixa, caduca. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada.

Folha bipinada, 8-foliolada, estipela presente, folíolo oposto, oblongo, ápice agudo,

margem inteira, base assimétrica, nervação actinódroma, pontuação translúcida ausente,

cartácea, tricoma tomentuloso. Inflorescência espiga, axilar; bráctea ausente, bractéola

ausente, prefloração valvar. Flor séssil, branca, actinomorfa, diclamídea; diplostêmone;

cálice gamossépalo, sépala 4, triangular, homomorfa; corola gamopétala, calcar ausente;

androceu dialistêmone, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro

ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto craspédio, estipitado, plurisseminado, oblongo,

plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente obovoide, testa preta, pleurograma aberto,

arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: madeira

Mimosa acutistipula é uma árvore armada com distribuição restrita, sendo obsevada na

Serra do Paulo na APA das Onças. Esta espécie pode ser identificada por apresentar ramos

armados com acúleos retos, folhas multijuga e espiga com craspédios estipitados. Esta

espécie pode ser confundida com Mimosa arenosa, porém apresenta acúleos retos e

espigas curtas versus acúleos retrorsos e espigas longas em M. arenosa.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Mimosa acutistipula

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Caesalpinioideae Mimoseae

50. Mimosa arenosa (Willd.) Poir., Encycl., Suppl. 1(1): 66. 1810.

Nome popular: calumbi

Árvore; ramo cilíndrico, tricoma tomentuloso, acúleo retrorso. Odor presente. Estípula

lateral, linear, basifixa, caduca. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha

bipinada, 8-14-foliolada, estipela presente, folíolo oposto, oblonga, ápice rotundo-agudo,

margem inteira, base assimétrica, nervação actinódroma, pontuação translúcida ausente,

cartácea, tricoma tomentuloso. Inflorescência espiga, axilar; bráctea ausente, bractéola

ausente, prefloração valvar. Flor séssil, branca, actinomorfa, diclamídea; diplostêmone;

cálice gamossépalo, sépala 4, triangular, homomorfa; corola gamopétala, calcar ausente;

androceu dialistêmone, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro

ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto craspédio, estipitado, plurisseminado, oblongo,

plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente oboval, testa preta, pleurograma aberto,

arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: madeira e melífera

Mimosa arenosa é uma arbórea armada com acúleo retrorso que foi observada na Serra

do Paulo em São João do Tigre. Esta espécie pode ser reconhecida pelos ramos

tomentulosos com acúleo retrorso, folhas multijugas com estipelas e espiga longas e

craspédios estipitados e planos. As flores são brancas e liberam um odor adocicado.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Mimosa arenosa

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Mimosa arenosa

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Mimosa arenosa

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Mimoseae

51. Mimosa borboremae Harms ex Luetzelburg, Estud. Bot. Nordeste 2: 79.

1922.

Nome popular: jurema-de-pedra

Subarbusto prostrado; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral,

oval, basifixa, perene. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha bipinada, 10-

18-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo-oboval, ápice rotundo, margem

inteira, base assimétrica, nervação actinódroma, pontuação translúcida ausente, cartácea,

glabro. Inflorescência glomérulo, axilar; bráctea ausente, bractéola ausente, prefloração

valvar. Flor séssil, rosa, actinomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo,

sépala 5, triangular, homomorfa; corola gamopétala, calcar ausente; androceu

dialistêmone, homodínamo, filetes rosas, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário

séssil, pluriovulado. Fruto craspédio, séssil, plurisseminado, falcado, plano, epicarpo

inerme, margem reta. Semente oboval, testa preta, pleurograma aberto, arilo ausente, hilo

apical.

Uso potencial: ornamental

Mimosa borboremae é um subarbusto prostrado, bianual encontrada em áreas preservadas

sobre os afloramentos rochosos, observada na RPPN fazenda Almas e Fazenda

Salambaia. Esta espécie é endêmica da Caatinga. Morfologicamente esta espécie pode ser

facilmente reconhecida pelo hábito subarbustivo prostrado, estípulas ciliadas, folhas

multijugas sem estipelas, inflorescências glométulos com flores rosas e craspédios

falcados.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Mimosa borboremae

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Mimosa borboremae

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Mimosa borboremae

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Caesalpinioideae Mimoseae

52. Mimosa camporum Benth., J. Bot. (Hooker) 2(11): 130. 1840.

Nome popular: não encontrado

Subarbusto ereto; ramo cilíndrico, tricoma híspido, inerme. Odor presente. Estípula

lateral, lanceolada, basifixa, perene. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha

bipinada, 6-12-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice agudo, margem

inteira, base assimétrica, nervação actinódroma, pontuação translúcida ausente, cartácea,

tricoma hirsuto. Inflorescência glomérulo, axilar; bráctea presente, bractéola ausente,

prefloração valvar. Flor séssil, rosa, actinomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice

gamossépalo, sépala 5, triangular, homomorfa; corola gamopétala, calcar ausente;

androceu dialistêmone, homodínamo, filetes rosas, antera rimosa, uniformes, rostro

ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto craspédio, séssil, plurisseminado, oblongo, reto,

plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente não observada.

Uso potencial: adubo verde, forragem

Mimosa camporum é um subarbusto ereto encontrado em áreas antropizadas, foi

observada na margem da estrada próxima a São Domingos. Esta espécie é facilmente

reconhecida por serem plantas por apresentarem ramos, folhas e frutos híspidos, folhas

com folíolos heteromorfos, glomérulos com pedicelos muito curtos e com brácteas

presentes.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Mimosa camporum

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Mimosa camporum

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Mimosa camporum

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Caesalpinioideae Mimoseae

53. Mimosa candollei R. Grether, Novon 10(1): 34. 2000.

Nome popular: maliça

Trepadeira; ramo costado, tricoma glabrescente, acúleo retrorso. Odor presente. Estípula

lateral, lanceolada, basifixa, caduca. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha

bipinada, 6-8-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice rotundo-mucronado,

margem inteira, base assimétrica, nervação actinódroma, pontuação translúcida ausente,

cartácea, glabro. Inflorescência glomérulo, axilar; bráctea ausente, bractéola ausente,

prefloração valvar. Flor séssil, branca, actinomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice

gamossépalo, sépala 4, triangular, homomorfa; corola gamopétala, calcar ausente;

androceu dialistêmone, homodínamo, filetes rosas, antera rimosa, uniformes, rostro

ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto craspédio, séssil, plurisseminado, linear,

cilíndrico, epicarpo armado, margem reta. Semente trapezoide, testa preta, pleurograma

aberto, arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: adubo verde

Mimosa candollei é uma espécie de trepadeira muito comum em área antropizadas, sendo

amplamente encontrada na área. Esta espécie é facilmente reconhecida por apresentar

ramos costados, ramos retrorsos, glomérulos com pedúnculo curto e craspédio linear e

armado.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Mimosa candollei

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Caesalpinioideae Mimoseae

54. Mimosa invisa Mart. ex Colla, Herb. Pedem. 2: 255. 1834.

Nome popular: maliça

Liana; ramo costado, tricoma glabrescente, acúleo retrorso. Odor presente. Estípula

lateral, lanceolada, basifixa, caduca. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha

bipinada, 18-22-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice agudo, margem

inteira, base assimétrica, nervação actinódroma, pontuação translúcida ausente, cartácea,

tricoma sericeo. Inflorescência glomérulo, axilar; bráctea ausente, bractéola ausente,

prefloração valvar. Flor séssil, rosa, actinomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice

gamossépalo, sépala 4, triangular, homomorfa; corola gamopétala, calcar ausente;

androceu dialistêmone, homodínamo, filetes rosas, antera rimosa, uniformes, rostro

ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto craspédio, séssil, plurisseminado, linear, plano,

epicarpo inerme, margem aculeada. Semente oboval, testa preta, pleurograma aberto, arilo

ausente, hilo apical.

Uso potencial: adubo verde

Mimosa invisa é uma liana pouco encontrada na área, sendo observada apenas na Serra

do Paulo. Esta espécie pode ser facilmente reconhecida por apresentar o hábito

lianescente, ramos com acúleos retrorsos, folhas multijuga, espigas rosas e craspédio

lineres com margens armadas.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Mimosa invisa

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Caesalpinioideae Mimoseae

55. Mimosa ophthalmocentra Mart. ex Benth., Trans. Linn. Soc. London

30(3): 415. 1875.

Nome popular: jurema-vermelha

Árvore; ramo cilíndrico, tricoma glabrescente, acúleo reto a arqueados. Odor presente.

Estípula lateral, linear, basifixa, caduca. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada.

Folha bipinada, 4-8-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice rotundo-

mucronado, margem inteira, base assimétrica, nervação actinódroma, pontuação

translúcida ausente, cartácea, tricoma tomentuloso. Inflorescência espiga, axilar; bráctea

ausente, bractéola ausente, prefloração valvar. Flor séssil, branca, actinomorfa,

diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 4, triangular, homomorfa; corola

gamopétala, calcar ausente; androceu dialistêmone, homodínamo, filetes brancos, antera

rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto craspédio, séssil,

plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente trapezoide, testa

preta, pleurograma aberto, arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: madeira. De acordo com Agra et al. (2007), o decocto ou xarope da

casca do caule é usado contra bronquites e tosses.

Mimosa ophthalmocentra é uma das espécies de Mimosa mais comuns na área, formando

populações enormes nas áreas mais áridas, sendo muito encontrada em ambientes

antropizados. Esta espécie pode ser reconhecida morfologicamente pelos tronco com

estrias vermelhas, as vezes ramos avermelhados com acúloes retos a arqueados, as folhas

são paucijugas e os craspédios são sésseis. De acordo com Silva e Sales (2008), está

espécie foi coletada em caatinga, crescendo em solos arenosos. Na área estudada as

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

espécies seguem o mesmo padrão de distribuição ocorrendo principalmente sobre solos

arenosos.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Mimosa ophthalmocentra

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Mimosa ophthalmocentra

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Caesalpinioideae Mimoseae

56. Mimosa paraibana Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 65: 171. 1991.

Nome popular: serrador

Arbusto; ramo estriado, glabro, acúleo retrorso. Odor presente. Estípula lateral, linear,

basifixa, caduca. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha bipinada, 8-12-

foliolada, estipela presente, folíolo oposto, oblongo, ápice agudo-mucronado, margem

inteira, base assimétrica, nervação actinódroma, pontuação translúcida ausente, cartácea,

glabro. Inflorescência glomérulo, axilar; bráctea ausente, bractéola ausente, prefloração

valvar. Flor séssil, branca, actinomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo,

sépala 4, triangular, homomorfa; corola gamopétala, calcar ausente; androceu

dialistêmone, homodínamo, filetes rosas, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário

séssil, pluriovulado. Fruto craspédio, séssil, plurisseminado, oblongo, plano, epicarpo

inerme, margem reta. Semente não observada.

Uso potencial: adubo verde, ornamental

Mimosa paraibana é uma espécie arbustiva endêmica da Caatinga, observada sobre os

afloramentos rochos da RPPN Fazenda Almas. Esta espécie pode ser facilmente

reconhecida por apresentar ramos estriados com tricoma retrorso, muitas vezes com

coloração avermelhada, as inflorescências são glomérulos com flores rosas; os frutos são

craspédios cuja largura supera todos os das demais espécies, além disto estes frutos são

vináceos.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Mimosa paraibana

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Mimosa paraibana

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Mimosa paraibana

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Mimoseae

57. Mimosa sensitiva L., Sp. Pl. 1: 518. 1753.

Nome popular: maliça

Liana; ramo costado, tricoma seríceo, acúleo retrorso. Odor presente. Estípula lateral,

linear, basifixa, caduca. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha bipinada,

palmada, 2-foliolada, estipela presente, folíolo oposto, assimétrica, ápice agudo, margem

ciliada, base assimétrica, nervação actinódroma, pontuação translúcida ausente, cartácea,

tricoma esabroso. Inflorescência glomérulo, axilar; bráctea ausente, bractéola ausente,

prefloração valvar. Flor séssil, branca, actinomorfa, diclamídea; isostemone; cálice

gamossépalo, sépala 4, triangular, homomorfa; corola gamopétala, calcar ausente;

androceu dialistêmone, homodínamo, filetes rosas, antera rimosa, uniformes, rostro

ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto craspédio, séssil, plurisseminado, oblongo,

plano, epicarpo inerme, aculeada. Semente não observada.

Uso potencial: adubo verde

Mimosa sensitiva é uma liana que foi observada apenas na Serra do Paulo numa capoeira.

Esta espécie é facilmente reconhecida pelas folhas palmadas com apenas dois pares de

folíolos, sendo os foliólulos heteromorfos, além disto seus frutos são armados. Geralmente

cresce sobre outras árvores ou arbustos e quanto tocadas fecham as folhas. Seus ramos

são quadrangulares e fortmente armadados facilmente enganchando nos ramos ou em

animais. Os craspédios são cobertos de acúleos.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Mimosa sensitiva

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Mimosa sensitiva

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Mimosa sensitiva

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Mimoseae

58. Mimosa somnians Humb. & Bonpl. ex Willd., Sp. Pl. 4(2): 1036. 1806.

Nome popular: maliça

Subarbusto ereto; ramo estriado, tricoma glandular, acúleo reto. Odor presente. Estípula

lateral, lanceolada, basifixa, caducas. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada.

Folha bipinada, 10-14-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice rotundo-

mucronado, margem inteira, base assimétrica, nervação actinódroma, pontuação

translúcida ausente, cartácea, tricoma glandular. Inflorescência glomérulo, axilar; bráctea

ausente, bractéola ausente, prefloração valvar. Flor séssil, branca, actinomorfa,

diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 4, triangular, homomorfa; corola

gamopétala, calcar ausente; androceu dialistêmone, homodínamo, filetes rosas, antera

rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto craspédio, estipitado,

plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente não observada.

Uso potencial: adubo verde

Mimosa somnians é um subarbusto ereto bianual, facilmente reconhecido por apresentar

ramos estriados, vináceos, tricomas glandulares, acúleos retos, flores tetrâmeras e

craspédios longi-pedicelados. Segundo Silva e Sales (2008), esta espécie ocorre no

complexo caatinga-campo, em área degradada, em solos arenosos. Na área de estudo M.

somnians segue o mesmo padrão de distribuição de ambiente, sendo encontrado em

ambientes antropizados, sendo observado na beira de um rio temporário no Congo.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Mimosa somnians

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Mimosa somnians

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Mimosa somnians

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Mimoseae

59. Mimosa tenuiflora Benth., London J. Bot. 5: 92–93. 1846.

Nome popular: jurema-preta

Árvore; ramo cilíndrico, tricoma glandular, acúleo reto. Odor presente. Estípula lateral,

lanceolada, basifixa, caduca. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha

bipinada, 8-16-foliolada, estipela presente, folíolo oposto, oblongo, ápice rotundo, margem

inteira, base assimétrica, nervação actinódroma, pontuação translúcida ausente, cartácea,

tricoma glandular. Inflorescência espiga, axilar; bráctea ausente, bractéola ausente,

prefloração valvar. Flor séssil, branca, actinomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice

gamossépalo, sépala 5, triangular, homomorfa; corola gamopétala, calcar ausente;

androceu dialistêmone, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro

ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto craspédio, estipitado, plurisseminado, oblongo,

plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente oboval, testa preta, pleurograma aberto,

arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: madeira, adubo verde. De acordo com Agra et al. (2007), o decocto ou

xarope da casca do caule é usado contra bronquites e tosses.

Mimosa tenuiflora é uma espécie encontrada principalmente em ambientes antropizados,

foi observado na base da serra da Engabelado no Congo. Esta espécie pode ser facilmente

reconhecida pelos troncos estriados e pretos, ramos vináceos, ramos jovens e folhas

glutinosos pela presença de tricoma glandular, as espigas são alongadas e os craspédios

são estipitados e plano corrugado. Comumente pode ser encontrado nas plantas a

presença de galhas orbiculares com tricomas glandulares.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Mimosa tenuiflora

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Mimosa tenuiflora

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Mimosa tenuiflora

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Mimosa tenuiflora

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Mimoseae

60. Mimosa ursina Mart., Flora 21(2, Beibl. 4): 56. 1838.

Nome popular: maliça

Erva ereta; ramo cilíndrico, tricoma piloso, acúleo retrorso. Odor presente. Estípula lateral,

lanceolada, basifixa, perene. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha

bipinada, palmada, 2-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oval-elíptico, ápice rotundo,

margem ciliada, base assimétrica, nervação actinódroma, pontuação translúcida ausente,

cartácea, glabro. Inflorescência glomérulo, axilar; bráctea ausente, bractéola ausente,

prefloração valvar. Flor séssil, branca, actinomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice

gamossépalo, sépala 4, triangular, homomorfa; corola gamopétala, calcar ausente;

androceu dialistêmone, homodínamo, filetes rosas, antera rimosa, uniformes, rostro

ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto craspédio, séssil, plurisseminado, oblongo,

plano, epicarpo armado, margem reta. Semente oboval, testa preta, pleurograma aberto,

arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: adubo verde

Mimosa ursina é uma erva anual muito comum em áreas antropizadas e preservadas

ocorrendo em campos de pastagens e sobre os afloramentos rochosos. As folhas se

fecham rapidamente ao serem tocadas. Morfologicamente são facilmente reconhecidas

pelo pequeno porte, ramos pilosos, pelas folhas bipinadas palmadas, inflorescências

diminutas com flores rosas. Os segmentos de frutos são armados com acúleos os quais

são utilizados na dispersão epizoocórica.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Mimosa ursina

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Mimoseae

61. Neptunia plena (L.) Benth., J. Bot. (Hooker) 4(31): 355. 1841.

Nome popular: jurema-d'água

Subarbusto decumbente; ramo cilíndrico, glabo, inerme. Odor presente. Estípula lateral,

oval, basifixa, perene. Glândula presente no pecíolo, 1, séssil. Filotaxia alterna-espiralada.

Folha bipinada, 6-8-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice mucronado,

margem inteira, base assimétrica, nervação actinódroma, pontuação translúcida ausente,

cartácea, glabro. Inflorescência glomérulo, axilar; bráctea cordada, bractéola ausente,

prefloração valvar. Flor séssil, branca, actinomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice

gamossépalo, sépala 5, triangular, homomorfa; corola gamopétala, calcar ausente;

androceu dialistêmone, homodínamo, filetes amarelos, antera rimosa, uniformes, rostro

ausente; ovário estipitado, pluriovulado. Fruto legume, estipitado, plurisseminado, oblongo,

plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente elípsóide, testa preta, pleurograma aberto,

arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial:

Neptunia Lour. compreende de 12 espécies, sendo encontradas 3 no Brasil não ocorrendo

nenhuma endêmica (Flora do Brasil 2020).

Neptunia plena é um subarbusto anual que ocorre apenas lugares baixo que formam

pequenos lagos e nas margens de açudes e em ambiente temporariamente abrejados. Esta

espécie é facilmente reconhecida pelos ramos glabros, folhas paucijugas e flores

heteromorfas, amarelas e frutos legumes.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Neptunia plena

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Neptunia plena

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Neptunia plena

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Mimoseae

62. Parapiptadenia zehntneri (Harms) M.P. Lima & H.C. Lima, Rodriguésia

36(60): 26. 1984.

Nome popular: fava-de-cabocla, anjico-monjolo

Árvore; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, basifixa. Glândula

presente no pulvino, 1, séssil. Filotaxia alterna-espiralada. Folha bipinada, 6-8-foliolada,

estipela ausente, folíolo oposto, oblongo-elíptico, ápice rotundo, margem inteira, base

assimétrica, nervação actinódroma, pontuação translúcida ausente, cartácea, glabro.

Inflorescência espiga, axilar; bráctea ausente, bractéola ausente, prefloração valvar. Flor

séssil, vináceas, actinomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 5,

triangular, homomorfa; corola gamopétala, calcar ausente; androceu dialistêmone,

homodínamo, filetes vináceos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil,

pluriovulado. Fruto legume, estipitado, plurisseminado, linear, plano-corrugado, epicarpo

inerme, margem reta. Semente orbicular, alada, testa marrom, pleurograma aberto, arilo

ausente, hilo apical.

Uso potencial: madeira. Segundo Andrade-Lima (1989), esta espécie produz madeira de

aproveitamento em serviços grosseiros como vigamentos e mourões.

Parapiptadenia Brenan compreende de 6 espécies e todas ocorrem no Brasil, destas 4 são

endêmicas (Flora do Brasil 2020).

Parapiptadenia zehntneri é uma espécie arbórea inerme encontrada apenas na APA das

Onças na base da Serra do Paulo. Esta espécie pode ser reconhecida morfologicamente

pela pelos ramos inermes, glândula na base do pecíolo, espigas longas com flores

vináceas, legumes vináceos e sementes aladas.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Parapiptadenia zehntneri

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Parapiptadenia zehntneri

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Parapiptadenia zehntneri

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Mimoseae

63. Piptadenia stipulacea (Benth.) Ducke, Arch. Jard. Bot. Rio de Janeiro 5:

126. 1930.

Nome popular: jurema-branca

Árvore; ramo estriado, glabro, acúleo retrorso. Odor presente. Estípula lateral, linear,

basifixa, caduca. Glândula presente no pecíolo e na raque, 1-3, séssil. Filotaxia alterna-

espiralada. Folha bipinada, 24-28-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice

rotundo, margem inteira, base assimétrica, nervação actinódroma, pontuação translúcida

ausente, cartácea, glabro. Inflorescência espiga, axilar; bráctea ausente, bractéola

ausente, prefloração valvar. Flor séssil, amarela, actinomorfa, diclamídea; diplostêmone;

cálice gamossépalo, sépala 5, triangular, homomorfa; corola gamopétala, calcar ausente;

androceu dialistêmone, homodínamo, filetes amarelos, antera rimosa, uniformes, rostro

ausente; ovário estipitado, pluriovulado. Fruto legume, estipitado, plurisseminado, linear,

plano-corrugado, epicarpo inerme, margem reta. Semente oboval, testa marrom,

pleurograma aberto, arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: madeira. Segundo Andrade-Lima (1989), esta planta é de pouca utilidade

prática, podendo ser usada como lenha ou varas e estacas, bem como forrageira para

caprinos.

Piptadenia Benth. compreende de 23 espécies, sendo encontradas 20 no Brasil e destas

14 são endêmicas (Flora do Brasil 2020). Endêmica da caatinga.

Piptadenia stipulacea é uma espécie amplamente ditribuida na área sendo observada em

todas as áreas. Esta espécie pode ser reconhecida morfologicamente pelo tronco cinza-

esbranquiçados, ramos estriados, armados, folhas com mais de um glândula, espigas

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

alongadas com flores amarelas, legumes estipitados, plano-corrugado. É possível

obsevar galhas nas inflorescências.

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Piptadenia stipulacea

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Piptadenia stipulacea

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Piptadenia stipulacea

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Piptadenia stipulacea

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Mimoseae

64. Prosopis juliflora (Sw.) DC., Prodr. 2: 447. 1825.

Nome popular: algaroba

Árvore; ramo cilíndrico, glabro, espinho 2. Odor presente. Estípula lateral, basifixa.

Glândula presente no pecíolo, 1-3, séssil. Filotaxia alterna-espiralada. Folha bipinada, 4-

6-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice rotundo, margem inteira, base

assimétrica, nervação actinódroma, pontuação translúcida ausente, cartácea, glabro.

Inflorescência espiga, axilar; bráctea ausente, bractéola ausente, prefloração valvar. Flor

séssil, amarela, actinomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 5,

triangular, homomorfa; corola gamopétala, calcar ausente; androceu dialistêmone,

homodínamo, filetes amarelos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário estipitado,

pluriovulado. Fruto criptolomento, estipitado, plurisseminado, linear, túrgido-plano,

epicarpo inerme, margem reta. Semente oboval, testa castanha, pleurograma aberto, arilo

ausente, hilo apical.

Uso potencial: madeira e ornamental

Prosopis L. compreende 44 espécies, sendo encontradas cinco no Brasil, não ocorrendo

nenhuma endêmica (Flora do Brasil 2020).

Prosopis juliflora é uma espécie arbórea exótica nativa nos Estados Unidos e México

(Lorenzi et al. 2003). Provavelmente foi introduzida para a produção de alimento natural,

ornamentação e madeira, porém foi naturalizada e é encontrado em todos os municípios

do Cariri. Esta espécie é muito adaptada ao ambiente semiárido e pode ser facilmente

reconhecida pelos ramos armados com espinhos retos, as inflorescências são espigas

alongas com flores amarelas e os frutos são critpolomentos que serve para alimentar os

animais.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Prosopis juliflora

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Prosopis juliflora

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Prosopis juliflora

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Prosopis juliflora

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Prosopis juliflora

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Acacieae

Senegalia Raf., Sylva Tellur. 119 1838.

Árvore; ramo aculeado. Estípula lateral, basifixa. Glândulas presente. Filotaxia alterna,

espiralada. Folha bipinada, folíolo oposto, nervação actinódroma, pontuação ausente.

Inflorescência glomérulo, axilar, bráctea ausente, bractéola ausente. Flor actinomorfa,

séssil, diclamídea, monoclina, valvar; cálice gamossépalo, lobos, 5; corola gamopétala, cor

amarela ou branca; androceu dialistêmone, polistêmone, homodínamo, amarelo ou branco,

antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume.

Senegalia é um gênero constituído por 207 espécies, ocorrendo no Brasil 68, das quais 41

é endêmica (Lewis et al. 2005; Flora do Brasil 2020).

Chave de Senegalia no Cariri Paraibano

1. Estípula cordada; glândula estipitado ....................................... 65. Senegalia bahiensis

1’. Estípula estreitamente-triangular; glândula séssil ......................................................... 2

2. Folha 8-10-foliolada................................................................ 66. Senegalia polyphylla

2’. Folha 18-42-foliolada ................................................................ 67. Senegalia tenuifolia

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Acacieae

65. Senegalia bahiensis (Benth.) Seigler & Ebinger, Phytologia 88(1): 49.

2006.

Nome popular: espinheira

Árvore; ramo estriado, glabro, acúleo reto. Odor presente. Estípula lateral, cordada,

basifixa, caduca. Glândula presente no pecíolo, 1, estipitado. Filotaxia alterna-espiralada.

Folha bipinada, 6-10-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice mucronado,

margem inteira, base assimétrica, nervação actinódroma, pontuação translúcida ausente,

cartácea, glabro. Inflorescência glomérulo, axilar; bráctea ausente, bractéola ausente,

prefloração valvar. Flor séssil, amarela, actinomorfa, diclamídea; polistêmone; cálice

gamossépalo, sépala 5, triangular, homomorfa; corola gamopétala, calcar ausente;

androceu dialistêmone, homodínamo, filetes amarelos, antera rimosa, uniformes, rostro

ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, estipitado, plurisseminado, linear, plano-

corrugado, epicarpo inerme, margem reta. Semente eliptica, testa preta, pleurograma

aberto, arilo ausente, hilo subapical.

Uso potencial: madeira. Segundo Andrade-Lima (1989), apresenta madeira com cerne

duro, resistente ao atade por insetos e fungos.

Senegalia bahiensis é uma espécie arbórea armada que foi encontrada apenas na serra do

Paulo no município de São João do Tigre em altitude superior a 800 m de altitude. Esta

espécie é facilmente reconhecida e distinta das demais Senegalia pelos ramos estriados,

estípulas cordadas e glândulas estipitadas.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Senegalia bahiensis

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Senegalia bahiensis

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Acacieae

66. Senegalia polyphylla (DC.) Britton, Ann. New York Acad. Sci. 35(3): 142.

1936.

Nome popular: espinheiro

Árvore; ramo estriado, glabro, acúleo reto. Odor presente. Estípula lateral, estreitamente-

triangular, basifixa, caduca. Glândula presente no pecíolo e na raque, 1, séssil. Filotaxia

alterna-espiralada. Folha bipinada, 8-10-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo,

ápice mucronado, margem inteira, base assimétrica, nervação actinódroma, pontuação

translúcida ausente, cartácea, glabro. Inflorescência glomérulo, axilar; bráctea ausente,

bractéola ausente, prefloração valvar. Flor séssil, branca, actinomorfa, diclamídea;

polistêmone; cálice gamossépalo, sépala 5, triangular, homomorfa; corola gamopétala,

calcar ausente; androceu dialistêmone, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa,

uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, estipitado,

plurisseminado, linear, plano-corrugado, epicarpo inerme, margem reta. Semente elíptica,

testa preta, pleurograma aberto, arilo ausente, hilo subapical.

Uso potencial: madeira e ornamental

Senegalia polyphylla é uma arvore encontrada no alto da Serra do Paulo na APA das onças.

Esta espécie pode ser reconhecida pelos ramos estriados, armados, estípulas

estreitamente triangulares, glomérulos com flores alvas, polistêmones e frutos legumes.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Senegalia polyphylla

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Senegalia polyphylla

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Senegalia polyphylla

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Senegalia polyphylla

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Caesalpinioideae Acacieae

67. Senegalia tenuifolia (L.) Britton & Rose, N. Amer. Fl. 23(2): 118. 1928.

Nome popular: unha-de-gato

Árvore; ramo estriado, glabro, acúleo retrorso. Odor presente. Estípula lateral,

estreitamente-triangular, basifixa. Glândula presente no pecíolo, 1-3, séssil. Filotaxia

alterna-espiralada. Folha bipinada, 18-42-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto,

oblongo, ápice mucronado, margem inteira, base assimétrica, nervação actinódroma,

pontuação translúcida ausente, cartácea, glabro. Inflorescência glomérulo, axilar; bráctea

ausente, bractéola ausente, prefloração valvar. Flor séssil, branca, actinomorfa,

diclamídea; polistêmone; cálice gamossépalo, sépala 5, triangular, homomorfa; corola

gamopétala, calcar ausente; androceu dialistêmone, homodínamo, filetes brancos, antera

rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, estipitado,

plurisseminado, linear, plano-corrugado, epicarpo inerme, margem reta. Semente elíptica,

testa preta, pleurograma aberto, arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: madeira e ornamental

Esta espécie é distinta das demais Senegalia pelo acúleo retrorso e as folhas 18-42-

folioladas. Foi encontrada em áreas de mata no acampamento Santa Catarina em Monteiro.

Senegalia tenuifolia é uma especie arbórea, observada apenas no Assentamento Santa

Catarina próximo da Loca da Isabé. Esta espécie pode ser reconhecida e distinta das

demais espécies congeneres pelos ramos armados com acúleos retrorsos, folhas

multijugas e legumes com valvas ásperas. As flores apresentam um odor adocicado.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Senegalia tenuifolia

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Senegalia tenuifolia

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Senegalia tenuifolia

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Senegalia tenuifolia

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Caesalpinioideae Acacieae

68. Vachellia farnesiana (L.) Wight & Arn., Prodr. Fl. Ind. Orient. 1: 272. 1834.

Nome popular: espinilho, clorana, esponjeira, calumbi, coronha.

Arbusto; ramo cilíndrico, tricoma tomentuloso, espinho 2. Odor presente. Estípula lateral,

estreitamente-triangular, basifixa, caduca. Glândula presente no pecíolo, 1-2, séssil.

Filotaxia alterna-espiralada. Folha bipinada, 6-8-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto,

oblongo, ápice mucronado, margem inteira, base assimétrica, nervação actinódroma,

pontuação translúcida ausente, cartácea, glabro. Inflorescência glomérulo, axilar; bráctea

ausente, bractéola ausente, prefloração valvar. Flor séssil, laranja, actinomorfa,

diclamídea; polistêmone; cálice gamossépalo, sépala 5, triangular, homomorfa; corola

gamopétala, calcar ausente; androceu dialistêmone, homodínamo, filetes laranja, antera

rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto câmara, séssil,

plurisseminado, linear, cilíndrico, epicarpo inerme, margem reta. Semente elipsoide, testa

preta, pleurograma aberto, arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: ornamental, paisagismo

Vachellia Wight & Arn. no Brasil são encontradas 3 espécies, das quais 1 são endêmicas

(Flora do Brasil 2020).

Vachellia farnesiana é um arbusto armado, encontrado em ambientes antropizados, sendo

observada no açude em Cabaceiras próximo a entrada do pai Mateus. Esta espécie pode

ser morfologicamente reconhecida pelos espinhos retos, ramos curtos com gloméros

compostos de flores alaranjadas, formando frutos tipo câmara. Na caatinga é mais

associada às caatingas de areia, especialmente aquelas com fisionomia arbustiva e mais

aberta (Queiroz 2009).

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Vachellia farnesiana

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Vachellia farnesiana

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Vachellia farnesiana

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Papilionoideae

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Dalbergieae

Aeschynomene L., Sp. Pl. 2: 713 1753.

Erva, arbusto; ramo inerme. Estípula lateral, medifixa. Glândulas ausente. Filotaxia alterna,

espiralada. Folha imparipinada, folíolo alterno ou oposto, nervação actinódroma ou

broquidódroma, pontuações ausente. Inflorescência racemo, axilar ou terminal, bráctea

presente, bractéola presente ou ausente. Flor zigomorfa, pedicelada, diclamídea,

monoclina, imbricada descendente; cálice gamossépalo, lobos, 5; corola papilionácea, cor

verde; androceu monadelfo, diplostêmone, homodínamo, brancos, antera rimosa,

uniformes, rostro ausente; ovário estipitado, pluriovulado. Fruto lomento.

Aeschynomene é um gênero constituído por 80 espécies, ocorrendo 18 no Brasil das quais

2 é endêmica (Lewis et al. 2005; Flora do Brasil 2020).

Chave de Aeschynomene no Cariri Paraibano

1. Erva, folha com folíolos alternos, nervação foliolar actinódroma, lomento com margem

constrita .............................................................................69. Aeschynomene americana

1’. Subarbusto, folha com folíolos opostos, nervação foliolar broquidódroma, lomento com

margem reta ........................................................................... 71. Aeschynomene scabra

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Dalbergieae

69. Aeschynomene americana L., Sp. Pl. 2: 713. 1753.

Nome popular: melosa

Erva ereta; ramo cilíndrico, tricoma híspido-glandular, inerme. Odor presente. Estípula

lateral, lanceolada, medifixa, perene. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada.

Folha imparipinada, 41-45-foliolada, estipela ausente, folíolo alterno, oblongo-linear, ápice

rotundo-mucronado, margem serreada, base assimétrica, nervação actinódroma,

pontuação translúcida ausente, cartácea, tricoma glandular. Inflorescência racemo, axilar;

bráctea presente, bractéola presente, prefloração imbricada descendente. Flor pedicelada,

creme, zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 5, traingular,

heteromorfa; corola papilionácea, calcar ausente; androceu monadelfo, homodínamo,

filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário estipitado, pluriovulado.

Fruto lomento, estipitado, plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme, margem

constrita. Semente não observada.

Uso potencial: forrageira

Aeschynomene americana é uma erva anual observada em riachos e áreas sombreadas

da RPPN Fazenda Almas. Esta espécie pode ser distinta da espécie congenere por

apresentar folhas com folíolos altenos, oblongo-linear, margem serreada e lomento com

margem constrita. Segundo Antunes e Silva (2018) esta espécie ocorre no Brasil como

ruderal, invasora de culturas e em ambientes úmidos ou não, condições em que também

foi coletada neste estudo.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Aeschynomene americana

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Aeschynomene americana

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Dalbergieae

70. Aeschynomene scabra G. Don, Gen. Hist. 2: 284. 1832.

Nome popular: cortiça-do-brejo

Subarbusto ereto; ramo cilíndrico, tricoma híspido-glandular, inerme. Odor presente.

Estípula lateral, lanceolada, medifixa, perene. Glândula ausente. Filotaxia alterna-

espiralada. Folha paripinada, 24-72-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo,

ápice rotundo-mucronado, margem inteira, base rotunda, nervação broquidódroma,

pontuação translúcida ausente, cartácea, tricoma glandular. Inflorescência racemo, axilar;

bráctea presente, bractéola presente, prefloração imbricada descendente. Flor pedicelada,

creme, zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 5, triangular,

heteromorfa; corola papilionácea, calcar ausente; androceu monadelfo, homodínamo,

filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário estipitado, pluriovulado.

Fruto lomento, estipitado, plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme, margem reta.

Semente não observada.

Uso potencial: forrageira

Aeschynomene scabra é uma erva ereta, anual encontrada nos riachos da RPPN Fazenda

Almas e Congo próximo a Engabelada. Esta espécie pode ser reconhecida pelos ramos

glutinosos, estípula medifica, folhas multijugasparipinada com foliolos opostos e frutos com

margem suavemente constrita.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Aeschynomene scabra

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Aeschynomene scabra

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Aeschynomene scabra

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Swartzieae

71. Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm., Trop. Woods 62: 30. 1940.

Nome popular: cumaru

Árvore; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, basifixa, caduca.

Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha imparipinada, 9-10-foliolada,

estipela ausente, folíolo alterno, oval-elíptico, ápice mucronado, margem inteira, base

rotunda, nervação broquidódroma, pontuação translúcida ausente, cartácea, glabro.

Inflorescência racemo, terminal; bráctea ausente, bractéola ausente, prefloração

imbricada descendente. Flor séssil, branca, zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice

gamossépalo, sépala 5, triangular, heteromorfa; corola papilionácea, calcar ausente;

androceu dialistêmone, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro

ausente; ovário estipitado, uniovulado. Fruto legume, estipitado, unisseminado, linear,

cilíndrico, epicarpo inerme, margem reta. Semente orbicular, testa preta, pleurograma

ausente, arilo ausente, hilo apical.

Uso potencial: forrageira, madeira. De acordo com Agra et al. (2007), A casca seca,

triturada em forma de pó, é aplicada contra úlceras externas. Em maceração dos

frutos n’água é usada no tratamento de infecções urinárias.

Amburana Schwacke & Taub. compreende de 3 espécies, sendo todas encontradas no

Brasil e destas apenas uma é endêmica (Flora do Brasil 2020).

Amburana cearensis é uma arbórea presente em ambientes preservados, extremamente

comum na RPPN Fazenda Almas. Esta espécie pode ser reconhecida facilmente por

apresentar o hábito arbóreo com troncos esfoleantes e lisos, a casca é liberada todo ano e

apresenta uma coloração amarronzada e o tronco é esbranquiçado, as folhas são

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

imparipiandas com folíolos alternos, as flores são muito aromáticas e tem apenas uma

pétala e os frutos são legumes monospérmicos, sendo as sementes aladas.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Amburana cearensis

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Amburana cearensismburana cearensis

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Phaseoleae

72. Ancistotropis peduncularis (Labill.) Hook. f., Fl. Tasman. 1: 52. 1855.

Nome popular: feijão-do-mato

Trepadeira; ramo cilíndrico, tricoma escabroso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,

triangular, basifixa. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha ternada, 3-

foliolada, estipela presente, folíolo oposto, oval-deltoide, ápice agudo, margem inteira, base

truncada, nervação actinódroma, pontuação translúcida ausente, cartácea, glabro.

Inflorescência pseudorracemo, axilar; bráctea ausente, bractéola presente, prefloração

imbricada descendente. Flor séssil, lilás, zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice

gamossépalo, sépala 5, largamente-traingular, heteromorfa; corola papilionácea, calcar

ausente; androceu diadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro

ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil, plurisseminado, linear, plano,

epicarpo inerme, margem reta. Semente reniforme, testa cinza, pleurograma ausente, arilo

ausente, hilo lateral.

Uso potencial: forrageira

Ancistotropis A. Delgado compreende 7 espécies, sendo encontradas 6 no Brasil e destas

quatro são endêmicas (Flora do Brasil 2020).

Ancistotropis peduncularis é uma trepadeira bianual, obsevada sobre um afloramento da

fazenda Salambaia. Esta espécie apresenta ramos e folhas coberto de tricoma escabroso,

as folhas apresentam folíolos oval deltoide com nervação actinódroma; as inflorescências

são pseudorracemos com flores lilás, zigomoras com alas bem desenvolvidas; seus frutos

são lineares e a sementes apresentam testas glutinosas.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Ancistotropis peduncularis

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Ancistotropis peduncularis

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Dalbergieae

73. Andira legalis (Vell.) Toledo, Arq. Bot. Estado São Paulo 2: 29. 1946.

Nome popular: angelim

Árvore; ramo estriado, tricoma tomentuloso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,

lanceolada, basifixa, perene. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha

imparipinada, 3-7-foliolada, estipela presente, folíolo oposto, elítpico-oblongo, ápice

mucronado, margem inteira, base rotunda, nervação broquidódroma, pontuação translúcida

ausente, cartácea, glabro. Inflorescência racemo, termimnal; bráctea presente, bractéola

presente, prefloração imbricada descendente. Flor pedicelada, violeta, zigomorfa,

diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 5, triangular, homomorfa; corola

papilionácea, calcar ausente; androceu monadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera

rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário estipitado, uniovulado. Fruto drupa, estipitado,

unisseminado, elíptico, cilíndrico, epicarpo inerme, margem reta. Semente não observada.

Uso potencial: forrageira

Andira Lam. compreende de 29 espécies, sendo 20 encontradas no Brasil e destas 17 são

endêmicas (Flora do Brasil 2020).

Andira legalis foi obsevado apenas um indivíduo na Serra da Engabelada no Congo, sendo

assim o primeiro registro para a Caatinga. Esta espécie pode ser reconhecido pelo hábito

arbóreo com ramos inermes; as estípulas são perenes, as folhas são imparipiandas com

foliolos opostos e estipela; seus frutos são drupáceos.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Andira legalis

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Dalbergieae

74. Arachis dardanii Krapov. & W.C. Greg., Bonplandia (Corrientes) 8: 76–79,

f. 1, 29; 17. 1994.

Nome popular: mandubim

Erva prostrada; ramo cilíndrico, tricoma híspido, inerme. Odor presente. Estípula lateral,

estreitamente-triangular, adnata ao pecíolo, perene. Glândula ausente. Filotaxia alterna-

espiralada. Folha paripinada, 4-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oboval-elíptico,

ápice rotundo-mucronado, margem inteira, base aguda-rotunda, nervação broquidódroma,

pontuação translúcida ausente, cartácea, glabro. Inflorescência espiga, axilar; bráctea

presente, bractéola presente, prefloração imbricada descendente. Flor séssil, amarela,

zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 5, triangular,

estreitamente-triangular, heteromorfa; corola papilionácea, calcar ausente; androceu

monadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, dimorfa, rostro ausente; ovário

séssil, uniovulado. Fruto lomento, estipitado, uni ou plurisseminado, elíptico, cilíndrico,

epicarpo inerme, margem reta. Semente não observada.

Uso potencial: forrageira

Arachis L. compreende de 80 espécies, sendo encontradas 66 no Brasil e destas 48 são

endêmicas (Flora do Brasil 2020).

Arachis dardanii é uma herbácea anual presente em todas as áreas preservadas da RPPN

Fazenda Almas. Esta espécie pode ser reconhecida pelas folhas paripinadas,

tetrafolioladas, corola papilionácea com estandarte estriado, as flores apresentam hipanto

muito desenvolvido e os frutos se desenvolvem sob o solo (geocárpicos).

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Arachis dardanii

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Arachis dardanii

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Phaseoleae

75. Canavalia brasiliensis Mart. ex Benth., Comm. Legum. Gen. 71. 1837.

Nome popular: feijão-de-porco

Liana; ramo cilíndrico, tricoma incano, inerme. Odor presente. Estípula lateral, triangular,

basifixa. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha ternada, 3-foliolada,

estipela presente, folíolo oposto, oval, ápice agudo, margem inteira, base truncada-rotunda,

nervação broquidódroma, pontuação translúcida ausente, cartácea, glabro. Inflorescência

pseudorracemo, axilar; bráctea ausente, bractéola ausente, prefloração imbricada

descendente. Flor séssil, rosa, zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo,

sépala 4, triangular, obtuso, heteromorfa; corola papilionácea, calcar ausente; androceu

diadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário

séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil, plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme,

margem reta. Semente eliptica, testa castanho, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo

lateral.

Uso potencial: forrageira

Canavalia DC. compreende de 60 espécies, sendo encontrada 19 no Brasil e destas 8 são

endêmicas (Flora do Brasil 2020). Endêmica da caatinga.

Canavalia brasiliensis é uma liana abundante na área ocorrendo em áreas preservadas

ocorrendo na RPPN Fazenda Almas, Assentamento Santa Catarina, Fazenda Salambaia.

Esta espécie pode ser reconhecida morfologicamente com facilidade por apresentar

estípula muito reduzida, folíolos com ovais, pseudorracemo longo com flores rosa com

cálice com 4 lobos e legume com uma estria em cada lado da valva e semente com hilo

oblongo. Segundo Maia-Silva et al. (2012) esta espécie apresenta como visitantes floris

abelhas grandes.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Canavalia brasiliensis

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Canavalia brasiliensis

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Canavalia brasiliensis

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Canavalia brasiliensis

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Dalbergieae

Centrosema (DC.) Benth., Comm. Legum. Gen. 53 1837.

Trepadeira; ramo inerme. Estípula lateral, basifixa. Glândulas ausente. Filotaxia alterna,

espiralada. Folha ternada, folíolo oposto, nervação broquidódroma, pontuação ausente.

Inflorescência racemosa ou cimosa, axilar, bráctea ausente, bractéola presente. Flor

zigomorfa, pedicelada, diclamídea, monoclina, imbricada descendente; cálice

gamossépalo, lobos, 5; corola papilionácea, cor branca, lilás, rosa, violeta; androceu

diadelfo, diplostêmone, homodínamo, brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente;

ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume.

Centrosema é um gênero constituído por 36 espécies, ocorrendo no Brasil 30, das quais

nove são endêmicas (Lewis et al. 2005; Flora do Brasil 2020).

Chave de Centrosema do Cariri paraibano

1. Folha unifoliolada.................................................................. 80. Centrosema sagittatum

1’. Folha trifoliolada............................................................................................................ 2

2. Folíolo linear ........................................................................ 78. Centrosema pascuorum

2’. Folíolo elíptico, elíptico-lanceolado, lanceolado, oval ................................................... 3

3. Folíolo oval, flor lilás ............................................................ 70. Centrosema pubescens

3’. Folíolo elíptico, lanceolado, flor violeta ou rosa ............................................................ 4

4. Inflorescência racemosa, flor rosa ..................................... 77. Centrosema brasilianum

4’. Inflorescência cimosa, flor violeta ........................................ 76. Centrosema arenarium

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Phaseoleae

76. Centrosema arenarium Benth., Comm. Legum. Gen. 55. 1837.

Nome popular: jequitirana-da-areia

Trepadeira; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, triangular,

basifixa, perene. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha ternada, 3-

foliolada, estipela presente, folíolo oposto, elíptico-lanceolado, ápice mucronado, margem

inteira, base aguda-rotunda, nervação broquidódroma, pontuação translúcida ausente,

cartácea, glabro. Inflorescência racemo, axilar; bráctea ausente, bractéola presente,

prefloração imbricada descendente. Flor pedicelada, rosa, zigomorfa, diclamídea;

diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 5, triangular-largamente-triangular, heteromorfa;

corola papilionácea, calcar presente; androceu diadelfo, homodínamo, filetes brancos,

antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil,

plurisseminado, linear, plano-estriado, epicarpo inerme, margem reta. Semente oblonga,

testa marmorada, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo lateral.

Uso potencial: forrageira

Centrosema arenarium é uma trepadeira rara na área sendo encontrada apenas no

subosque da mata na Serra do Paulo na APA das Onças. Esta espécie pode ser

reconhecida pelos foliolos com margem proeminentes, flores rosas, cálice com tubo maior

que os lacínios.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Centrosema arenarium

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Centrosema arenarium

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Phaseoleae

77. Centrosema brasilianum (L.) Benth., Comm. Legum. Gen. 54. 1837.

Nome popular: jequitirana

Trepadeira; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, estreitamente-

triangular, basifixa, perene. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha ternada,

3-foliolada, estipela presente, folíolo oposto, lanceolado, ápice agudo-mucronado, margem

inteira, base rotunda, nervação broquidódroma, pontuação translúcida ausente, cartácea,

glabro. Inflorescência cimosa, axilar; bráctea ausente, bractéola presente, prefloração

imbricada descendente. Flor pedicelada, violeta, zigomorfa, diclamídea; diplostêmone;

cálice gamossépalo, sépala 5, triangular-largamente-triangular, heteromorfa; corola

papilionácea, calcar presente; androceu diadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera

rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil,

plurisseminado, linear, plano-estriado, epicarpo inerme, margem reta. Semente oblonga,

testa marmorada, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo lateral.

Uso potencial: forrageira

Centrosema brasilianum é uma trepadeira comum em áreas antropizadas e preservada,

encontrada ao lado da estrada na RPPN fazenda Almas. Esta especie é reconhecida pelas

flores grandes com bractéolas que ocultam o cálice, tendo este o tubo maior que as sépalas.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Centrosema brasilianum

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Centrosema brasilianum

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Phaseoleae

78. Centrosema pascuorum Mart. ex Benth., Comm. Legum. Gen. 56. 1837.

Nome popular: jequitirana

Trepadeira; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, triangular,

basifixa, perene. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha ternada, 3-

foliolada, estipela presente, folíolo oposto, linear, ápice aguda, margem inteira, base aguda,

nervação broquidódroma, pontuação translúcida ausente, cartácea, glabro. Inflorescência

racemo, axilar; bráctea ausente, bractéola presente, prefloração imbricada descendente.

Flor pedicelada, violeta, zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala

5, triangular-largamente-triangular, heteromorfa; corola papilionácea, calcar presente;

androceu diadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente;

ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil, plurisseminado, linear, plano-estriado,

epicarpo inerme, margem reta. Semente oblongo, testa marmorada, pleurograma ausente,

arilo ausente, hilo lateral.

Uso potencial: forrageira


Centrosema pascuorum é uma trepadeira encontrada em solos arenosos de áreas

antropizadas na fazenda Salambaia. Esta espécie é facilmente reconhecida e distinta das

espécies congeneres por apresentar folíolos lineares.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Centrosema pascuorum

443 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Phaseoleae

79. Centrosema pubescens Benth., Comm. Legum. Gen. 55. 1837.

Nome popular: jequitirana

Trepadeira; ramo cilíndrico, tricoma pubescente, inerme. Odor presente. Estípula lateral,

triangular, basifixa, perene. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha ternada,

3-foliolada, estipela presente, folíolo oposto, oval, ápice agudo-mucronado, margem inteira,

base truncada, nervação broquidódroma, pontuação translúcida ausente, cartácea, glabro.

Inflorescência racemo, axilar; bráctea ausente, bractéola presente, prefloração imbricada

descendente. Flor pedicelada, lilás, zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice

gamossépalo, sépala 5, triangular-largamente-triangular, heteromorfa; corola papilionácea,

calcar presente; androceu diadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes,

rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil, plurisseminado, linear,

plano-estriado, epicarpo inerme, reta margem. Semente oblonga, testa marmorada,

pleurograma ausente, arilo ausente, hilo lateral.

Uso potencial: forrageira

Centrosema pubescens é uma trepadeira encontrada no interior da mata ou próximo aos

afloramentos da RPPN fazenda Almas. Esta espécie pode ser facilmente reconhecida pelos

foliolos ovais e pelos lácínios maiores que o tubo do cálice.

444 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Centrosema pubescens

445 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Phaseoleae

80. Centrosema sagittatum (Humb. & Bonpl. ex Willd.) Brandegee, Zoë

5(10B): 202. 1905.

Nome popular: não encontrado

Trepadeira; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, triangular,

basifixa, perene. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha ternada, 1-

foliolada, estipela presente, folíolo oposto, oval, ápice agudo, margem inteira, base

sagitada, nervação broquidódroma, pontuação translúcida ausente, cartácea, glabro.

Inflorescência racemo, axilar; bráctea ausente, bractéola presente, prefloração imbricada

descendente. Flor pedicelada, branca, zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice

gamossépalo, sépala 5, triangular-largamente-triangular, heteromorfa; corola papilionácea,

calcar presente; androceu diadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes,

rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil, plurisseminado, linear,

plano-estriado, epicarpo inerme, margem reta. Semente oblonga, testa marmorada,

pleurograma ausente, arilo ausente, hilo lateral.

Uso potencial: forrageira

Centrosema sagittatum é uma trepadeira encontrada no subosque da mata de jatobá

preservada da Fazenda Salambaia. Esta espécie é facilmente reconecida e distinta das

espécies congeneres da área por ser a única que apresenta folha unifoliolada com folíolo

sagitado e peciolo alado.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Centrosema sagittatum

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Centrosema sagittatum

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Dalbergieae

Crotalaria L., Sp. Pl. 2: 714 1753.

Subarbusto; ramo inerme. Estípula lateral, basifixa. Glândulas ausente. Filotaxia alterna,

espiralada. Folha palmada, folíolo oposto, nervação broquidódroma, pontuação ausente.

Inflorescência racemo, terminal, bráctea presente, bractéola presente ou ausente. Flor

zigomorfa, pedicelada, diclamídea, monoclina, imbricada descendente; cálice

gamossépalo, lobos, 5; corola papilionácea, cor amarela; androceu monadelfo,

diplostêmone, homodínamo, brancos, antera rimosa, dimorfa, rostro ausente; ovário

estipitado, pluriovulado. Fruto legume.

Crotalaria é um gênero constituído por 690 espécies, ocorrendo no Brasil 42, das quais 19

são endêmicas (Lewis et al. 2005; Flora do Brasil 2020).

Chave de Crotalaria no Cariri Paraibano

1. Ramo tomentoso; bractéola presente ................................................ 82. Crotalaria incana

1’. Ramo seríceo ou piloso; bractéola ausente ...................................................................... 8

2. Ramos e folhas glabrescentes; sépalas heteromorfas ..................... 83. Crotalaria vitellina

2’. Ramos e folhas seríceos; sépalas homomorfas .......................81. Crotalaria holosericea

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Crotalarieae

81. Crotalaria holosericea Nees & C. Mart., Nova Acta Phys.-Med. Acad.

Caes. Leop.-Carol. Nat. Cur. 12: 26. 1824.

Nome popular: cascaveleira

Subarbusto ereto; ramo cilíndrico, tricoma seríceo, inerme. Odor presente. Estípula

lateral, linear, basifixa, perene. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha

ternada, palmada, 3-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oval-elíptico, ápice

mucronado, margem inteira, base aguda, nervação broquidódroma, pontuação translúcida

ausente, cartácea, glabro. Inflorescência racemo, terminal; bráctea presente, bractéola

ausente, prefloração imbricada descendente. Flor pedicelada, amarela, zigomorfa,

diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 5, estreitamente-triangular,

heteromorfa; corola papilionácea, calcar ausente; androceu monadelfo, homodínamo,

filetes brancos, antera rimosa, dimorfa, rostro ausente; ovário estipitado, pluriovulado. Fruto

legume, estipitado, plurisseminado, oblongo, túrgido, epicarpo inerme, margem reta.

Semente cordiforme, testa marrom, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo lateral.

Uso potencial: adubo verde

Crotalaria incana é um subarbusto bianual, endêmica da Caatinga encontrado sobre

afloramentos rochosos de áreas preservadas, as vezes entre as macambiras de pedra da

Fazenda Salambaia e Fazenda Almas. Esta espécie pode se distinguir das demais espécies

congêneres da área pelos ramos e folhas cinéreo-seríceos, racemos laxos, bráctea menor

que o pedicelo e cálice não bilabiado.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Crotalaria holosericea

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Crotalaria holosericea

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Crotalaria holosericea

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Crotalaria holosericea

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Crotalarieae

82. Crotalaria incana L., Sp. Pl. 2: 716. 1753.

Nome popular: cascaveleira

Subarbusto ereto; ramo cilíndrico, tricoma tomentoso, inerme. Odor presente. Estípula

lateral, linear, basifixa, perene. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha

ternada, palmada, 3-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, elíptico, ápice rotundo-

mucronado, margem inteira, base aguda, nervação broquidódroma, pontuação translúcida

ausente, cartácea, glabro. Inflorescência racemo, terminal; bráctea presente, bractéola

presente, prefloração imbricada descendente. Flor pedicelada, amarela, zigomorfa,

diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 5, estreitamente-triangular,

heteromorfa; corola papilionácea, calcar ausente; androceu monadelfo, homodínamo,

filetes brancos, antera rimosa, dimorfa, rostro ausente; ovário estipitado, pluriovulado. Fruto

legume, estipitado, plurisseminado, oblongo, túrgido, epicarpo inerme, margem reta.

Semente cordiforme, testa marrom, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo lateral.

Uso potencial: adubo verde

Crotalaria incana é um subarbusto anual encontrado em áreas antropizadas no balde do

açude da RPPN Fazenda Almas. Esta espécie pode ser reconhecida pelos ramos pilosos,

folhas palmadas, racemos terminais com brácteas com comprimento maior que o pedicelo,

cálice bilabiado.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Crotalaria incana

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Crotalaria incana

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Crotalaria incana

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Crotalaria incana

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Crotalaria incana

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Crotalarieae

83. Crotalaria vitellina Ker Gawl., Bot. Reg. 6: t. 447. 1820.

Nome popular: cascaveleira

Subarbusto ereto; ramo cilíndrico, tricoma glabrescente, inerme. Odor presente. Estípula

lateral, linear, basifixa, perene. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha

ternada, palmada, 3-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, elíptico, ápice mucronado,

margem inteira, base aguda, nervação broquidódroma, pontuação translúcida ausente,

cartácea, glabro. Inflorescência racemo, terminal; bráctea presente, bractéola ausente,

prefloração imbricada descendente. Flor pedicelada, amarela, zigomorfa, diclamídea;

diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 5, triangular, heteromorfa; corola papilionácea,

calcar ausente; androceu monadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, dimorfa,

rostro ausente; ovário estipitado, pluriovulado. Fruto legume, estipitado, plurisseminado,

oblongo, túrgido, epicarpo inerme, margem reta. Semente cordiforme, testa marrom,

pleurograma ausente, arilo ausente, hilo lateral.

Uso potencial: adubo verde

Crotalaria vitellina é um subarbsto glabrescente encontrado apenas na serra do Paulo na

APA das Onças. Esta espécie pode ser reconhecida morfologicamente por apresentar

ramos difusos, racemos terminais com brácteas menores que o pedicelo, seus cálices são

bilabiaods.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Crotalaria vitellina

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Crotalaria vitellina

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Dalbergieae

Ctenodon Baill, Adansonia 9: 236 1870.

Erva, subarbusto, arbusto; ramo inerme. Estípula lateral, basifixa. Glândulas ausente.

Filotaxia alterna, espiralada. Folha imparipinada, folíolo alterno ou oposto, nervação

actinódroma ou broquidódroma, pontuações ausente. Inflorescência racemo, axilar ou

terminal, bráctea presente, bractéola presente ou ausente. Flor zigomorfa, pedicelada,

diclamídea, monoclina, imbricada descendente; cálice gamossépalo, lobos, 5; corola

papilionácea, cor verde; androceu monadelfo, diplostêmone, homodínamo, brancos, antera

rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário estipitado, pluriovulado. Fruto lomento.

Ctenodon é um gênero constituído por 120 espécies, ocorrendo 38 no Brasil das quais 26

é endêmica (Lewis et al. 2005; Flora do Brasil 2020).

Chave de Ctenodon no Cariri Paraibano

1. Arbusto, ramo glabro, estípula cordada ...................................... 86. Ctenodon monteiroi

1’. Subarbusto ou erva, ramo híspido, estípula oval ou lanceolada................................... 2

2. Subarbusto, folha 40-43 foliolada ............................................. 84. Ctenodon benthamii

2’. Erva, folha 7-24-foliolada ............................................................................................. 3

3. Folha 23-28-foliolada, flor creme ..................................................... 85. Ctenodon histrix

3’. Folha 7-foliolada, flor amarela................................................... 87. Ctenodon viscidulus

466 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Dalbergieae

84. Ctenodon benthamii (Rudd) D.B.O.S. Cardoso, Filardi & H.C. Lima,

Neodiversity 13: 14 2020.

Nome popular: lentilha-do-campo

Subarbusto ereto; ramo cilíndrico, tricoma híspido-glandular, inerme. Odor presente.

Estípula lateral, oval, basifixa, perene. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada.

Folha imparipinada, 41-43-foliolada, estipela ausente, folíolo alterno, oblongo-linear, ápice

rotundo-mucronado, margem ciliada, base assimétrica, nervação broquidódroma,

pontuação translúcida ausente, cartácea, tricoma glandular. Inflorescência racemo, axilar;

bráctea presente, bractéola presente, prefloração imbricada descendente. Flor pedicelada,

amarela, zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 5, triangular,

homomorfa; corola papilionácea, calcar ausente; androceu monadelfo, homodínamo, filetes

brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário estipitado, pluriovulado. Fruto

lomento, estipitado, plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme, margem constrita.

Semente não observada.

Uso potencial: forrageira

Ctenodon benthamii é um subarbusto bianual, muito comum em áreas preservadas da

RPPN Fazenda almas. Esta espécie pode ser facilmente reconhecida por apresentar ramos

glutinosos, estíbulas basifixa, perene, folhas com folíolos oblongo-lineares, alternos,

racemos axilares, flores com estrias vermelhas e lomento constrito.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Ctenodon benthamii

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Ctenodon benthamii

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Dalbergieae

85. Ctenodon histrix (Poir.) D.B.O.S. Cardoso, P.L.R. Moraes & H.C. Lima

Neodiversity 13: 19 2020.

Nome popular: Eritiva-mansa

Erva ereta; ramo cilíndrico, tricoma híspido, inerme. Odor presente. Estípula lateral, oval,

basifixa, perene. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha imparipinada, 22-

24-foliolada, estipela ausente, folíolo alterno, oblongo, ápice rotundo-mucronado, margem

inteira, base assimétrica, nervação broquidódroma, pontuação translúcida ausente,

cartácea, glabro. Inflorescência racemo, axilar; bráctea presente, bractéola presente,

prefloração imbricada descendente. Flor pedicelada, creme, zigomorfa, diclamídea;

diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 5, triangular, homomorfa; corola papilionácea,

calcar ausente; androceu monadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa,

uniformes, rostro ausente; ovário pluriovulado. Fruto lomento, estipitado, plurisseminado,

linear, plano, epicarpo inerme, constrita. Semente não observada.

Uso potencial: forrageira

Ctenodon histrix é uma erva anual que foi observada no Assentamento Santa Catarina em

Monteiro. Esta espécie pode ser reconhecida pelos ramos híspidos não glutinosos, folhas

imparipinadas com foliolos alternos e os racemos são congestos.

470 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Ctenodon histrix

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Dalbergieae

86. Ctenodon monteiroi D.B.O.S. Cardoso, Filardi & H.C. Lima, Neodiversity

13: 23 2020.

Nome popular: vassourinha

Arbusto; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, cordada, basifixa,

caduca. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha imparipinada, 28-foliolada,

estipela ausente, folíolo oposto ou alterno, oblongo, ápice mucronado, margem inteira, base

assimétrica, nervação broquidódroma, pontuação translúcida ausente, cartácea, glabro.

Inflorescência racemo, terminal/axilar; bráctea presente, bractéola ausente, prefloração

imbricada descendente. Flor pedicelada, creme, zigomorfa, diclamídea; diplostêmone;

cálice gamossépalo, sépala 5, triangular-estreitamente-triangular, heteromorfa; corola

papilionácea, calcar ausente; androceu monadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera

rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário estipitado, pluriovulado. Fruto lomento, estipitado,

plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme, margem constrita. Semente não observada.

Uso potencial: forrageira

Endêmica da caatinga

Ctenodon monteiroi é um arbusto que foi observado em área conservado do Assentamento

Santa Catarina. Esta espécie pode ser distinta das espécies congêneres pelo hábito

arbustivo, ramos glabos e estípulas cordadas.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Ctenodon monteiroi

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Ctenodon monteiroi

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Dalbergieae

87. Ctenodon viscidulus (Michx.) D.B.O.S. Cardoso & A. Delgado,

Neodiversity 13: 30 2020.

Nome popular: melosa

Erva prostrada; ramo cilíndrico, tricoma híspido-glandular, inerme. Odor presente.

Estípula lateral, lanceolada, basifixa. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada.

Folha imparipinada, 7-foliolada, estipela ausente, folíolo alterno, oboval, ápice rotundo,

margem inteira, base assimétrica, nervação broquidódroma, pontuação translúcida

ausente, cartácea, tricoma glandular. Inflorescência racemo, axilar; bráctea presente,

bractéola presente, prefloração imbricada descendente. Flor pedicelada, amarela,

zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 5, triangular, homomorfa;

corola papilionácea, calcar ausente; androceu monadelfo, homodínamo, filetes brancos,

antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário estipitado, pluriovulado. Fruto lomento,

estipitado, plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme, constrita. Semente não

observada.

Uso potencial: forrageira

Ctenodon viscidulus é uma erva prostrada anual, comum na estrada da RPPN Fazenda

almas. Esta espécie pode ser distinta das demais congêneres por ser a única a apresentar

o hábito herbáceo prostrado, além disso as folhas são paucijugas.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Ctenodon viscidulus

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Ctenodon viscidulus

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Millettieae

88. Dahlstedtia araripensis (Benth.) M.J. Silva & A.M.G. Azevedo, Taxon

61(1): 104. 2012.

Nome popular: não encontrado

Árvore; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, basifixa, caduca.

Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha imparipinada, 7-foliolada, estipela

ausente, folíolo oposto, oval, ápice rotundo, margem inteira, base rotunda, nervação

broquidódroma, pontuação translúcida ausente, cartácea, glabro. Inflorescência panicula,

terminal; bráctea ausente, bractéola ausente, prefloração imbricada descendente. Flor

pedicelada, rosa, zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 5,

triangular-obtusa, heteromorfa; corola papilionácea, calcar ausente; androceu monadelfo,

homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário estipitado,

pluriovulado. Fruto sâmara, estipitado, uni- plurisseminado, elíptico, plano, epicarpo

inerme, margem reta. Semente eliptica, testa marrom, pleurograma ausente, arilo ausente,

hilo lateral.

Uso potencial: madeira

Dahlstedtia Malme compreende 16 espécies, sendo encontradas 12 no Brasil e destas 11

são endêmicas (Flora do Brasil 2020).

Dahlstedtia araripensis é uma espécie arbórea comum numa área preservada da Fazenda

almas nas intermediações dum afloramento rochoso. Esta espécie pode ser

morfologicamente reconhecida pelos ramos e folhas glabras, sendo estas imparipinadas

com folíolos opostos, suas inflorescências são panículas, as flores são rosa com androceu

monadelfo e frutos sâmaras.

478 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Dahlstedtia araripensis

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Dahlstedtia araripensis

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Dahlstedtia araripensis

481 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Dalbergieae

89. Dalbergia catinguicola Harms, Bot. Jahrb. Syst. 42(2–3): 213–214. 1908.

Nome popular: jacarandá

Liana; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, basifixa, caduca.

Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha imparipinada, 5-7-foliolada, estipela

ausente, folíolo alterno, elíptico, ápice agudo, margem inteira, base rotunda, nervação

broquidódroma, pontuação translúcida ausente, cartácea, glabro. Inflorescência racemo,

terminal; bráctea ausente, bractéola ausente, prefloração imbricada descendente. Flor

pedicelada, branca, zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 5,

triangular, heteromorfa; corola dialipétala, calcar ausente; androceu dialistêmone,

homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil,

uniovulado. Fruto sâmara, estipitado, unisseminado, elíptico-oblongo, plano, epicarpo

inerme, margem reta. Semente não observada.

Uso potencial:

Dalbergia L.f. compreende de 250 espécies, sendo encontradas 39 no Brasil e destas 21

são endêmicas (Flora do Brasil 2020). Endêmica da caatinga.

Dalbergia catinguicola é um liana robusta encontrada apenas na Serra do Paulo que fica na APA

das Onças em São João do Tigre. Esta espécie pode ser reconhecida pelo hábito lianescente,

ramos glabros inermes, folhas imparipinadas com folhas alternas, flores alvas e frutos sâmaras com

núcleo seminífero lateral.

482 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Dalbergia catinguicola

483 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Dalbergia catinguicola

484 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

485 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Dalbergieae

Desmodium Desv., J. Bot. Agric. 1(3): 122, pl. 5, f. 15 1813.

Subarbusto; ramo inerme. Estípula lateral, basifixa. Glândulas ausente. Filotaxia alterna,

espiralada. Folha ternada, folíolo oposto, nervação broquidódroma, pontuação ausente.

Inflorescência pseudorracemo, terminal ou axialar, bráctea presente, bractéola ausente.

Flor zigomorfa, pedicelada, diclamídea, monoclina, imbricada descendente; cálice

gamossépalo, lobos, 4; corola papilionácea, cor rosa; androceu diadelfo, diplostêmone,

homodínamo, brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil,

pluriovulado. Fruto lomento.

Desmodium é um gênero constituído por 275 espécies, ocorrendo no Brasil 34, das quais

nove são endêmicas (Lewis et al. 2005; Flora do Brasil 2020).

Chave de Desmodium no Cariri Paraibano

1. Subarbusto decumbente, segmento de fruto viável >1 .......... 91. Desmodium procumbens

1’. Subarbusto ereto, segmento de fruto igual a 1 ............................ 90. Desmodium glabrum

486 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Desmodieae

90. Desmodium glabrum (Mill.) DC., Prodr. 2: 338. 1825.

Nome popular: carrapicho

Subarbusto ereto; ramo estriado, tricoma uncinado, inerme. Odor presente. Estípula

lateral, estreitamente-triangular, basifixa, perene. Glândula ausente. Filotaxia alterna-

espiralada. Folha ternada, 3-foliolada, estipela presente, folíolo oposto, oval-lanceolada,

ápice agudo, margem inteira, base rotunda, nervação broquidódroma, pontuação

translúcida ausente, cartácea, tricoma uncinado. Inflorescência pseudorracemo,

term./axilar; bráctea presente, bractéola ausente, prefloração imbricada descendente. Flor

pedicelada, rosa, zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 4,

estreitamente-triangular, heteromorfa; corola papilionácea, calcar ausente; androceu

diadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário

séssil, pluriovulado. Fruto lomento, estipitado, unisseminado, elíptico, plano, epicarpo

inerme, constrita. Semente reniforme, testa marrom, pleurograma ausente, arilo ausente,

hilo lateral.

Uso potencial: forrageira

Desmodium glabrum é um subarbusto ereto anual amplamente distribuido na área

encontrado principalmente em ambientes antropizados como roças e campos de pastagem.

Esta espécie é facilmente reconhecida por apresentar ramos cobertos por tricomas

uncinados que agarra nem roupas. Além disto as folhas apresentam folíolos oval-

lanceolados e pseudorracemos laxos com craspédio com apenas um segmento com

semente.

487 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Desmodium glabrum

488 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Desmodieae

91. Desmodium procubens (Mill.) Hitchc., Rep. (Annual) Missouri Bot. Gard.

4: 76. 1893.

Nome popular: carrapicho

Subarbusto decumbente; ramo estriado, tricoma uncinado, inerme. Odor presente.

Estípula lateral, estreitamente-triangular, basifixa, perene. Glândula ausente. Filotaxia

alterna-espiralada. Folha ternada, 3-foliolada, estipela presente, folíolo oposto, oval, ápice

mucronado, margem inteira, base rotunda, nervação broquidódroma, pontuação translúcida

ausente, cartácea, tricoma uncinado. Inflorescência pseudorracemo, terminal; bráctea

presente, bractéola ausente, prefloração imbricada descendente. Flor pedicelada, rosa,

zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 4, estreitamente-

triangular, heteromorfa; corola papilionácea, calcar ausente; androceu diadelfo,

homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil,

pluriovulado. Fruto lomento, estipitado, plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme,

constrita. Semente reniforme, testa marrom, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo

lateral.

Uso potencial: forrapeira

Desmodium procubens é um suarbusto anual encontrado em campos de pastagens apenas

durante a época das chuvas. Esta se distingue de Desmodium glabrum por apresentar o

hábito subarbustivo decumbente e flores alvas em D. procumbens versus hábito

subarbustivo ereto, e flores rosas em D. glabrum.

489 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Desmodium procumbens

490 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Desmodium procumbens

491 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Phaseoleae

92. Dioclea lasiophylla Mart. ex Benth., Comm. Legum. Gen. 70. 1837.

Nome popular: mucunã

Liana; ramo cilíndrico, tricoma tomentoso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,

lanceolada, basifixa, caduca. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha

ternada, 3-foliolada, estipela presente, folíolo oposto, elíptico, ápice rotundo-mucronado,

margem inteira, base rotunda, nervação actinódroma, pontuação translúcida ausente,

cartácea, tomentoso. Inflorescência pseudorracemo, axilar; bráctea ausente, bractéola

ausente, prefloração imbricada descendente. Flor pedicelada, rosa, zigomorfa, diclamídea;

diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 4, triangular, heteromorfa; corola dialipétala,

calcar ausente; androceu monadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, dimorfa,

rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil, plurisseminado, linear,

plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente oblonga, testa oblonga, pleurograma

ausente, arilo ausente, hilo lateral.

Uso potencial: adubo verde, ornamental

Dioclea é um gênero constituído por 60 espécies, ocorrendo no Brasil 32, das quais 15 são

endêmicas (Lewis et al. 2005; Flora do Brasil 2020).

Dioclea lasiophylla apresenta o hábito lianescente e foi encontrada exclusivamente na Serra

do Paulo na APA das Onças a mais 1000 m de altitude. Esta espécie pode ser reconhecida

pelos ramos tomentosos ferrugíneos, as folhas são trifolioladas com raque muito curta

quase ausente, frutos tomentosos com margens retas.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Dioclea lasiophylla

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Dioclea lasiophylla

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Dioclea lasiophylla

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Phaseoleae

93. Erythrina velutina Willd., Ges. Naturf. Freunde Berlin Neue Schriften 3:

426. 1801.

Nome popular: mulungu

Árvore; ramo cilíndrico, tricoma tomentuloso, acúleo. Odor presente. Estípula lateral,

linear, basifixa. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha ternada, 3-foliolada,

estipela presente, folíolo oposto, deltoide, ápice agudo, margem inteira, base truncada,

nervação actinódroma, pontuação translúcida ausente, cartácea, tomentoso.

Inflorescência pseudorracemo, terminal; bráctea ausente, bractéola presente, prefloração

imbricada descendente. Flor pedicelada, vermelha, zigomorfa, diclamídea; diplostêmone;

cálice gamossépalo, sépala 5, navicular, homomorfa; corola papilionácea, calcar ausente;

androceu diadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente;

ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, estipitado, plurisseminado, linear, cilíndrico,

epicarpo inerme, margem reta. Semente reniforme, testa vermelha, pleurograma ausente,

arilo ausente, hilo lateral.

Uso potencial: ornamental. Segundo Agra et al. (2007), o decocto ou infuso da casca do

caule é indicado no tratamento das insônias, tosses e como vermífugo.

No Brasil são encontradas 11 espécies, das quais 2 são endêmicas (Flora do Brasil

2020).

Erythrina velutina é uma espécie arbórea amplamente encontrada na área, tendo

preferencia por áreas mais baixas em lugares que tem grande disponibilidade de água

durante o periodo de chuva, bem como nas bordas de riachos. Esta espécie é facilmente

reconhecida pelos ramos armados, folhas trifolioladas e pseudorracemo com flores

vermelhas, os legumes muitas vezes podem ser constritos e portam sementes vermelhas.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Erythrina velutina

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Erythrina velutina

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Erythrina velutina

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Erythrina velutina

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Dalbergieae

Galactia P. Browne, Civ. Nat. Hist. Jamaica 298, pl. 32, f. 2 1756.

Trepadeira; ramo inerme. Estípula lateral, basifixa. Glândulas ausente. Filotaxia alterna,

espiralada. Folha ternada, folíolo oposto, nervação broquidódroma, pontuação ausente.

Inflorescência racemo, axilar, bráctea presente, bractéola presente ou ausente. Flor

zigomorfa, pedicelada, diclamídea, monoclina, imbricada descendente; cálice

gamossépalo, lobos, 4; corola papilionácea, cor rosa; androceu diadelfo, diplostêmone,

homodínamo, brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil,

pluriovulado. Fruto legume.

Galactia é um gênero constituído por 60 espécies, ocorrendo no Brasil 29, das quais 16 são

endêmicas (Lewis et al. 2005; Flora do Brasil 2020).

Chave de Galactia no Cariri paraibano

1. Ápice foliolar retuso; racemo congesta; legume arqueado ............ 95. Galactia jussiaeana

1’. Ápice foliolar retuso; racemo laxo; legume reto .................................... 96. Galactia striata

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Phaseoleae

94. Galactia jussiaeana Kunth, Mimoses 196–200, pl. 55. 1824.

Nome popular: feijão-bravo

Liana; ramo cilíndrico, tricoma seríceo, inerme. Odor presente. Estípula lateral,

estreitamente-triangular, basifixa, caduca. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada.

Folha ternada, 3-foliolada, estipela presente, folíolo oposto, elíptico, ápice rotundo-retuso,

margem inteira, base rotunda, nervação broquidódroma, pontuação translúcida ausente,

cartácea, glabro. Inflorescência racemo, axilar; bráctea presente, bractéola ausente,

prefloração imbricada descendente. Flor pedicelada, rosa, zigomorfa, diclamídea;

diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 4, estreitamente-triangular, heteromorfa; corola

papilionácea, calcar ausente; androceu diadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera

rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil,

plurisseminado, linear-falcado, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente não

observada.

Uso potencial: forrageira

No Brasil são encontradas 29 espécies, das quais 16 são endêmicas (Flora do Brasil

2020).

Galactia jussiaeana é uma espécie lianescente encontrada em áreas preservada da RPPN

Fazenda Almas. Esta espécie pode ser reconhecida pelo caule volúvel, forte, folhas

trifolioladas, racemos curtos, flores com cálice tetrâmero e legume linear-falcado.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Galactia jussiaeana

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Phaseoleae

95. Galactia striata (Jacq.) Urb., Symb. Antill. 2(2): 320. 1900.

Nome popular: favinha-do-campo

Trepadeira; ramo cilíndrico, tricoma seríceo, inerme. Odor presente. Estípula lateral,

estreitamente-triangular, basifixa, perene. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada.

Folha ternada, 3-foliolada, estipela presente, folíolo oposto, elíptico, ápice truncado,

margem inteira, base rotunda, nervação broquidódroma, pontuação translúcida ausente,

cartácea, glabro. Inflorescência racemo, axilar; bráctea presente, bractéola presente,

prefloração imbricada descendente. Flor pedicelada, rosa, zigomorfa, diclamídea;

diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 4, estreitamente-triangular, heteromorfa; corola

papilionácea, calcar ausente; androceu diadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera

rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil,

plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente reniforme, testa

reniforme, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo lateral.

Uso potencial: forrageira

Galactia striata é uma trepadeira anual encontrada em área preservada na base da serra

da Engabelada. Esta espécie pode ser facilmente reconhecida pelas flores rosas com cálice

com apenas 4 lacínios.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Galactia striata

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Dalbergieae

96. Geoffroea spinosa Jacq., Enum. Syst. Pl. 28. 1760.

Nome popular: marizeiro, umari

Árvore; ramo cilíndrico, glabro, espinho 1. Odor presente. Estípula lateral, estreitamente-

triangular, basifixa, caduca. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha

paripinada, 14-17-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice retuso, margem

inteira, base rotunda, nervação broquidódroma, pontuação translúcida ausente, cartácea,

glabro. Inflorescência racemo, axilar; bráctea ausente, bractéola ausente, prefloração

imbricada descendente. Flor pedicelada, amarela, zigomorfa, diclamídea; diplostêmone;

cálice gamossépalo, sépala 5, triangular, homomorfa; corola papilionácea, calcar ausente;

androceu diadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente;

ovário séssil, uniovulado. Fruto drupa, séssil, unisseminado, elipsóide, epicarpo inerme.

Semente elipsóide, testa marrom, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo lateral.

Uso potencial: alimentar, madeira e ornamental. Segundo Andrade-Lima (1989), o fruto é

comestível, sendo a masssa do mesocarpo usada para fazer mingaus.

Geoffroea Jacq. compreende de 28 espécies, sendo uma encontrada no Brasil (Flora do

Brasil 2020).

Geoffroea spinosa é uma espécie arbórea armada que foi encontrada na beira de um riacho

no município do Congo. Esta espécie se caracteriza por apresentar espinhos, folhas

paripinadas com foliolos opostos e presença de galhas, racemos com flores alaranjadas e

os frutos são drupas de caroço muito duro. Nesta espécie é comum a presença de galhas

nos folíolos.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Geoffroea spinosa

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Geoffroea spinosa

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Geoffroea spinosa

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Robinieae

97. Gliricidia sepium (Jacq.) Kunth ex Walp., Repert. Bot. Syst. 1(4): 679.

1842.

Nome popular: mata-rato

Árvore; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, basifixa, caduca.

Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha imparipinada, 23-foliolada, estipela

ausente, folíolo oposto, elíptico, ápice agudo, margem inteira, base rotunda-assimétrica,

nervação broquidódroma, pontuação translúcida ausente, cartácea, tricoma tomentuloso.

Inflorescência racemo, axilar; bráctea ausente, bractéola ausente, prefloração imbricada

descendente. Flor pedicelada, rosa, zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice

gamossépalo, sépala 5, triangular-largamente-triangular, heteromorfa; corola papilionácea,

calcar ausente; androceu monadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa,

uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil, plurisseminado,

linear, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente orbicular, testa castanha,

pleurograma ausente, arilo ausente, hilo lateral.

Uso potencial: forrageira e ornamental

Gliricidia Kunth compreende de cinco espécies, sendo uma naturalizada no Brasil (Flora

do Brasil 2020).

Gliricidia sepium é uma espécie arbórea exótica nativa no México e Norte da América do

Sul (Lorenzi et al. 2003). Esta espécie foi introduzida devido seu potencial forrageiro e

ornamental, encontrada cultivada como ornamental no Assentamento Santa Catarina. Esta

espécie pode ser reconhecida por apresentar ramos inermes, folhas imparipinadas

multijugas, racemos com flores rosa e fruto tipo legume.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Gliricidia sepium

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Gliricidia sepium

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Indigofereae

Indigofera L., Sp. Pl. 2: 751 1753.

Subarbusto; ramo inerme. Estípula lateral, basifixa. Glândulas ausente. Filotaxia alterna,

espiralada. Folha imparipinada, folíolo oposto, nervação broquidódroma ou camptódroma,

pontuação ausente. Inflorescência racemo, axilar, bráctea ausente, bractéola ausente. Flor

zigomorfa, pedicelada, diclamídea, monoclina, imbricada descendente; cálice

gamossépalo, lobos, 5; corola papilionácea, cor vermelha ou rosa; androceu diadelfo,

diplostêmone, homodínamo, brancos, antera rimosa, uniformes, rostro presente; ovário

séssil, pluriovulado. Fruto legume.

Indigofera é um gênero constituído por 700 espécies, ocorrendo no Brasil 12, das quais

quatro são endêmicas (Lewis et al. 2005; Flora do Brasil 2020).

Chave de Indigofera no Cariri paraibano

1. Subarbusto decumbente; folíolo com glândula; flor lilás ........ 100. Indigofera microcarpa

1’. Subarbusto ereto; folíolo sem glândula; flor vermelha .................................................. 26

2. Ramo ferrugíneo hispido-malpighiáceo legume reto ....................... 99. Indigofera hirsuta

2’. Ramo cinzento malpighiáceo; legume arqueado .................. 101. Indigofera suffrutticosa

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Indigofereae

98. Indigofera hirsuta L., Sp. Pl. 2: 751 1753.

Nome popular: anil-do-pasto

Subarbusto ereto; ramo estriado, tricoma tricoma híspido-tricoma malpighiáceo,

ferrugineo, inerme. Odor presente. Estípula lateral, linear, basifixa. Glândula ausente.

Filotaxia alterna-espiralada. Folha imparipinada, 7-foliolada, estipela ausente, folíolo

oposto, elíptico, ápice rotundo-mucronado, margem inteira, base aguda, nervação

camptodroma, pontuação translúcida ausente, cartácea, tricoma tricoma malpighiáceo.

Inflorescência racemo, axilar; bráctea ausente, bractéola ausente, prefloração imbricada

descendente. Flor pedicelada, vermelha, zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice

gamossépalo, sépala 5, estreitamente-triangular, homomorfa; corola papilionácea, calcar

ausente; androceu diadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes,

rostropresente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil, plurisseminado, linear,

cilíndrico, epicarpo inerme, margem reta. Semente não observada.

Uso potencial: adubo verde

Indigofera hirsuta é uma subarbusto anul encontrada em áreas antropizadas observadas

no Assentamento Santa Catarina em Monteiro. Esta espécie é facilmente reconhecida por

seur uma planta recoberta por indumento hirsto-ferrugíneo, com folhas imparipinadas de

folíolos opostos e nervação camptódromas e folíolos com nervação camptódroma.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Indigofera hirsuta

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Indigofera hirsuta

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Indigofera hirsuta

519 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Indigofereae

99. Indigofera microcarpa Desv., J. Bot. Agric. 3: 79. 1814.

Nome popular: caachira, anil

Subarbusto decumbente; ramo cilíndrico, tricoma malpighiáceo, cinza, inerme. Odor

presente. Estípula lateral, estreitamente-triangular, basifixa. Glândula ausente. Filotaxia

alterna-espiralada. Folha imparipinada, 7-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oboval,

ápice mucronado, margem inteira, base aguda, nervação broquidódroma, pontuação

translúcida ausente, cartácea, malguiaceo. Inflorescência racemo, axilar; bráctea ausente,

bractéola ausente, prefloração imbricada descendente. Flor pedicelada, rosa, zigomorfa,

diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 5, estreitamente-triangular,

homomorfa; corola papilionácea, calcar ausente; androceu diadelfo, homodínamo, filetes

brancos, antera rimosa, uniformes, rostropresente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto

legume, séssil, uni- plurisseminado, linear, cilíndrico, epicarpo inerme, margem reta.

Semente não observada.

Uso potencial: adubo verde

Indigofera microcarpa é uma espécie subarbustiva bianual encontrada em locais abaixados

próximos a cursos de água. Esta espécie é facilmente reconhecida entre as espécies

congêneres encontradas na área por ser a única a apresentar glândulas na face abaxial

das folhas e flores rosas com legumes de margem constrita.

520 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Indigofera microcarpa

521 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Indigofereae

100. Indigofera suffruticosa Mill., Gard. Dict. (ed. 8) Indigofera no. 2. 1768.

Nome popular: anil

Subarbusto ereto; ramo estriado, tricoma malpighiáceo, cinza, inerme. Odor presente.

Estípula lateral, linear, basifixa, caduca. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada.

Folha imparipinada, 7-11-foliolada, estipela presente, folíolo oposto, elíptico, ápice

mucronado, margem inteira, base aguda, nervação broquidódroma, pontuação translúcida

ausente, cartácea, malguiaceo. Inflorescência racemo, axilar; bráctea ausente, bractéola

ausente, prefloração imbricada descendente. Flor pedicelada, rosa, zigomorfa, diclamídea;

diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 5, triangulares, homomorfa; corola papilionácea,

calcar ausente; androceu diadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes,

rostropresente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil, plurisseminado, falcados,

cilíndrico, epicarpo inerme, margem reta. Semente não observada.

Uso potencial: adubo verde

Indigofera suffruticosa é uma espécie subarbustiva bianual amplamente distribuída na área

em ambientes antropizadas. Esta espécie é facilmente reconhecida por ser recoberta de

tricoma malpighiáceo quando tocada provoca coceira, apresenta ainda ramos estriados,

folhas imparipinadas, multijugas cinzentas, as inflorescências menores que o comprimento

da folha e os frutos são falcados.

522 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Indigofera suffruticosa

523 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Indigofera suffruticosa

524 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Millettieae

101. Lonchocarpus sericeus (Poir.) Kunth ex DC, Prodr. [A. P. de Candolle]

2: 260. 1825.

Nome popular: cabelouro-da-caatinga

Árvore; ramo cilíndrico, glabrescente, inerme. Odor presente. Estípula lateral, basifixa,

caduca. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha imparipinada, 7-9-foliolada,

estipela ausente, folíolo oposto, elíptico, ápice agudo, margem inteira, revoluta, base aguda,

nervação broquidódroma, pontuação translúcida ausente, cartácea, sericeo.

Inflorescência pseudorracemo, terminal; bráctea ausente, bractéola presente, prefloração

imbricada descendente. Flor pedicelada, rosa, zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice

gamossépalo, sépala 5, triangular-largamente-triangular, heteromorfa; corola papilionácea,

calcar ausente; androceu monadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa,

uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto sâmara, estipitado, uni-

plurisseminado, oblongo, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente reniforme, testa

lisa, marrom, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo lateral.

Uso potencial: madeira e ornamental

Lonchocarpus Kunth no Brasil são encontradas 11 espécies, das quais uma é endêmica

(Flora do Brasil 2020).

Lonchocarpus sericeus foi obsevada apenas na margem de um rio temporário na RPPN

fazenda Almas. Esta espécie pode ser reconhecida por apresentar folhas imparipiandas

com folíolos margem revoluta.

525 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Lonchocarpus sericeus

526 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Lonchocarpus sericeus

527 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Sophoreae

102. Luetzelburgia auriculata (Allemão) Ducke, Notizbl. Bot. Gart. Berlin-

Dahlem 11(107): 584. 1932.

Nome popular: pau-mocó

Árvore; ramo cilíndrico, tricoma tomentuloso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,

basifixa, caduca. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha imparipinada, 6-7-

foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, elíptico, ápice rotundo, margem inteira-serreada,

base rotunda, nervação broquidódroma, pontuação translúcida ausente, cartácea, tricoma

tomentuloso. Inflorescência panicula, terminal; bráctea ausente, bractéola presente,

prefloração imbricada descendente. Flor pedicelada, branca, zigomorfa, diclamídea;

diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 5, triangular, homomorfa; corola papilionácea,

calcar ausente; androceu dialistêmone, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa,

uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto sâmara, séssil, unisseminado,

elíptico, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente elíptica, testa marrom,

pleurograma ausente, arilo ausente, hilo lateral.

Uso potencial: ornamental

Luetzelburgia Harms compreende 12 espécies, sendo 11 encontradas no Brasil e destas

10 são endêmicas (Flora do Brasil 2020). Endêmica da caatinga.

Luetzelburgia auriculata é uma espécie muito comum em todo Cariri, podendo ser

facilmente encontrada sobre afloramentos rochosos. De acordo com Queiroz (2009) esta

espécie forma uma tipo de tubérculo em suas raízes que serve de reserva de água. Esta

espécie pode ser reconhecida pelos ramos inermes e tomentosos, folhas com coloração

verde escuro, as flores são alvas a rosas com androceu dialistêmone e quando fecundadas

forma sâmaras com núcleo seminífero apical onde apresentam projeções aladas.

528 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Luetzelburgia auriculata

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Luetzelburgia auriculata

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Luetzelburgia auriculata

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Luetzelburgia auriculata

532 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Dalbergieae

103. Machaerium hirtum (Vell.) Stellfeld, Tribuna Farm. 12: 132. 1944.

Nome popular: jacarandá de espinho

Árvore; ramo cilíndrico, tricoma tomentuloso, espinho 2. Odor ausente. Estípula lateral,

estreitamente-triangular, basifixa, caduca. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada.

Folha imparipinada, 35-39-foliolada, estipela ausente, folíolo alterno, oblongo, ápice retuso,

margem inteira, base assimétrica, nervação broquidódroma, pontuação translúcida

ausente, cartácea, gabro. Inflorescência panicula, terminal; bráctea presente, bractéola

presente, prefloração imbricada descendente. Flor pedicelada, violeta, zigomorfa,

diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 5, triangular, homomorfa; corola

papilionácea, calcar ausente; androceu diadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera

rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, uniovulado. Fruto sâmara, estipitado,

unisseminado, oblongo, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente não observada.

Uso potencial: Madeira

Machaerium Pers. Compreende de 130 espécies, sendo encontradas 75 no Brasil e destas

44 são endêmicas (Flora do Brasil 2020).

Machaerium hirtum é uma planta armada encontrada na área somente na Serra do Paulo

na APA das Onças, provavelmente decorrente da altitude. Esta espécie é facilmente

reconhecida pelos ramos armados, folhas imparipinadas com folíolos alternos, oblongos

com ápice retuso, flores lilás e frutos sâmara com núcleo seminífero apical.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Machaerium hirtum

534 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Machaerium hirtum

535 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Phaseoleae

104. Macropsychanthus grandiflorus (Mart. ex Benth.) L.P. Queiroz & Snak,

PhytoKeys 164: 96 2020.

Nome popular: olho-de-boi

Liana; ramo cilíndrico, tricoma tomentoso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,

lanceolada, basifixa, caduca. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha

ternada, 3-foliolada, estipela presente, folíolo oposto, oval-elíptico, ápice mucronado,

margem inteira, base rotunda-truncada, nervação actinódroma, pontuação translúcida

ausente, cartácea, tomentoso. Inflorescência pseudorracemo, axilar; bráctea presente,

bractéola presente, prefloração imbricada descendente. Flor séssil, violeta, zigomorfa,

diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 4, triangular, heteromorfa; corola

papilionácea, calcar ausente; androceu diadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera

rimosa, dimorfa, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil,

plurisseminado, linear, túrgido-plano, epicarpo inerme, margem constrita. Semente

orbicular, testa marrom, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo lateral.

Uso potencial: Forrageira e artesanato. Segundo Agra et al. (2007), O decocto ou

macerado das raízes é indicado no tratamento de inflamações prostáticas.

Macropsycanthus grandiflorus é uma espécie endêmica da caatinga, amplamente

distribuída em toda a área, muitas vezes associadas aos afloramentos rochosos. Esta

espécie se caracteriza por serem lianas robustas, ramos e folhas tomentosos, as folhas

trifolioladas apresenta raque bem evidentes, as inflorescências são longos racemos e os

frutos são legumes, cinéreos tomentosos com sementes de hilo linear.

536 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Macropsychanthus grandiflorus

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Macropsychanthus grandiflorus

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Marcopsychanthus grandiflorus

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Macropsychanthus grandiflorus

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Indigofereae

Macroptilium (Benth.) Urb., Symb. Antill. 9(4): 457 1928.

Trepadeira; ramo inerme. Estípula lateral, basifixa. Glândulas ausente. Filotaxia alterna,

espiralada. Folha ternada, folíolo oposto, nervação actinódroma, pontuação ausente.

Inflorescência pseudorracemo, axilar, bráctea ausente, bractéola ausente, ausente. Flor

assimétrica, séssil, diclamídea, monoclina, imbricada descendente; cálice gamossépalo,

lobos, 5; corola papilionácea, cor vermelha; androceu diadelfo, diplostêmone, homodínamo,

brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume.

Macroptilium é um gênero constituído por 17 espécies, ocorrendo no Brasil 11, das quais

uma endêmica (Lewis et al. 2005; Flora do Brasil 2020).

Chave de Macroptilium no Cariri paraibano

1. Erva ereta, ramos glabros, flor vinácea................................. 106. Macroptilium lathyroides

1’. Trepadeira, ramos com tricoma, flor vermelha ................................................................ 10

2. Folíolos tomentosos com ápice arredondado; folíolo apical elíptico; cálices com tubo menor

que os lacínios ............................................................................. 107. Macroptilium martii

2’. Folíolos pilosos com ápices agudos; folíolos apicais ovados; cálices com tubos maiores

que os lacínios ........................................................................... 105. Macroptilium gracile

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Phaseoleae

105. Macroptilium gracile (Poepp. ex Benth.) Urb., Symb. Antill. 9(4): 457.

1928.

Nome popular: orelha-de-rato

Trepadeira; ramo cilíndrico, tricoma tomentoso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,

estreitamente-triangular, basifixa, perene. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada.

Folha ternada, 3-foliolada, estipela presente, folíolo oposto, oval-lanceolado, ápice agudo,

margem inteira, base truncada, nervação actinódroma, pontuação translúcida ausente,

cartácea, tricoma seríceo. Inflorescência pseudorracemo, axilar; bráctea ausente,

bractéola ausente, prefloração imbricada descendente. Flor séssil, vermelha, assimétrica,

diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 5, trangular, homomorfa; corola

papilionácea, calcar ausente; androceu diadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera

rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil,

plurisseminado, linear, cilíndrico, epicarpo inerme, margem reta. Semente quadrada, testa

marmorada, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo lateral.

Uso potencial: forrageira

Macroptilium gracile é uma trepadeira anual encontrada em áreas preservadas da caatinga,

muito encontrada na RPPN Fazenda Almas. Esta espécie assim pode ser reconhecida pelo

folíolos oval-lanceolados, ápice foliolar agudo, flores vermelhas e frutos lineares.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Macroptilium gracile

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Macroptilium gracile

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Macroptilium gracile

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Macroptilium gracile

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Phaseoleae

106. Macroptilium lathyroides (L.) Urb., Symb. Antill. 9(4): 457. 1928.

Nome popular: feijão-de-rolinha

Erva ereta; ramo estriado, tricoma glabrescente, inerme. Odor presente. Estípula lateral,

estreitamente-triangular, basifixa, perene. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada.

Folha ternada, 3-foliolada, estipela presente, folíolo oposto, oval-lanceoado, ápice agudo,

margem inteira, base truncada-aguda, nervação actinódroma, pontuação translúcida

ausente, cartácea, glabro. Inflorescência pseudorracemo, axilar; bráctea ausente,

bractéola presente, prefloração imbricada descendente. Flor séssil, vinho, assimétrica,

diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 5, triangular, heteromorfa; corola

papilionácea, calcar ausente; androceu diadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera

rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil,

plurisseminado, linear, cilíndrico, epicarpo inerme, margem reta. Semente reniforme, testa

marmorada, arilo ausente, hilo lateral.

Uso potencial: forrageira

Macroptilium lathyroides é uma erva anual encontrada em áreas próximas a corpos de

água. Esta espécie é facilmente reconhecida pelo hábito herbáceo ereto, ramos

glabrescentes, folhas com folíolos glabros, flores vináceas e legume linear, reto.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Macroptilium lathyroides

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Macroptilium lathyroides

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Macroptilium lathyroides

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Phaseoleae

107. Macroptilium martii (Benth.) Maréchal & Baudet, Bull. Jard. Bot. Natl.

Belg. 47(1/2): 257. 1977.

Nome popular: orelha-de-onça

Trepadeira; ramo cilíndrico, tricoma tomentoso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,

estreitamente-triangular, basifixa, perene. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada.

Folha ternada, 3-foliolada, estipela presente, folíolo oposto, oval, ápice rotundo, margem

inteira, base rotunda-truncada, nervação actinódroma, pontuação translúcida ausente,

cartácea, tricoma tomentoso. Inflorescência pseudorracemo, axilar; bráctea ausente,

bractéola presente, prefloração imbricada descendente. Flor séssil, vermelha, assimétrica,

diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 5, estreitamente-triangular,

homomorfa; corola papilionácea, calcar ausente; androceu diadelfo, homodínamo, filetes

brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto

legume, séssil, plurisseminado, breve-falcado, cilíndrico, epicarpo inerme, margem reta.

Semente quadrada, testa marmorada, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo lateral.

Uso potencial: forrageira

Macroptilium martii é uma trepadeira anual encontrada em todas as áreas tanto em

ambientes antropizados quanto preservados. Esta espécie é facimente reconhecida pelos

ramos e folíolos tomentosos, sendo estes ovais com ápice rotundo, os frutos são breve-

falcados. M. martii pode ser distinhta das demais congeneres da área por apresentar

lacínios maiores que o comprimento do tubo do cálice e fruto breve falcado versus lacínios

menores que o tubo do calice e frutos lineares nas demais espécies.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Macroptilium martii

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Macroptilium martii

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Millettieae

108. Muellera campestris (Mart. ex Benth.) M.J. Silva & A.M.G. Azevedo,

Taxon 61(1): 103. 2012.

Nome popular: pitombeiro

Árvore; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, basifixa, caduca.

Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha imparipinada, 7-foliolada, estipela

ausente, folíolo oposto, elíptico, ápice mucronado, margem inteira, base rotunda-aguda,

nervação broquidódroma, pontuação translúcida ausente, cartácea, glabro. Inflorescência

pseudorracemo, axilar; bráctea ausente, bractéola ausente, prefloração imbricada

descendente. Flor pedicelada, branca, zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice

gamossépalo, sépala 5, triangular-largamente-triangular, heteromorfa; corola papilionácea,

calcar ausente; androceu monadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa,

uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto sâmara, estipitado,

plurisseminado, oblongo, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente não observada.

Uso potencial: madeira

Muellera L. f. compreende de 38 espécies, sendo encontradas 28 no Brasil e destas 15

espécies são endêmicas (Flora do Brasil 2020).

Muellera campestris é uma espécie arbórea com copa assimétria e ramos difucos, sendo

obsevada em ambientes preservados e antropizados com poucos indivíduos na fazenda

Salambaia. Esta espécie pode ser reconhecida pelos ramos difusos formando embira,

folhas imparipinadas com folhas opostas, as flores são alvas e os frutos são sâmaras

ferrugíneas.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Muellera campestris

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Muellera campestris

Muellera campestris
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Sophoreae

109. Myroxylon peruiferum L. f., Suppl. Pl. 233. 1781 [1782].

Nome popular: brejuí

Árvore; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, basifixa. Glândula

presente na lâmina foliar, diversas, séssil. Filotaxia alterna-espiralada. Folha imparipinada,

10-foliolada, estipela ausente, folíolo alterno, oval-elíptico, ápice truncado, margem inteira,

base rotunda, nervação broquidódroma, pontuação translúcida presente, cartácea, glabro.

Inflorescência racemo, axilar; bráctea presente, bractéola ausente, prefloração imbricada

descendente. Flor pedicelada, branca, zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice

gamossépalo, sépala 5, largamente-traingular, homomorfa; corola papilionácea, calcar

ausente; androceu dialistêmone, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes,

rostro ausente; ovário séssil, uniovulado. Fruto sâmara, estipitado, unisseminado, oblongo,

túrgido-plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente assimétrica, testa amarela,

pleurograma ausente, arilo ausente, hilo subapical.

Uso potencial: madeira

Myroxylon L.f. compreende de duas espécies, sendo encontradas duas no Brasil não

ocorrendo espécie endêmica (Flora do Brasil 2020).

Myroxylon peruiferum foi encontrado no entorno de afloramentos rochosos e na margem de

rios perenes e sobre a Serra do Paulo na APA das Onças em São João do Tigre. Esta

espécie pode ser facilmente determinada por apresentar folhas imparipinadas com foliolos

alternos e glândulas translúcidas, além disso suas flores são brancas com pétalas lineares,

sendo a única dentre as demais que apresenta fruto sâmara com núcleo seminífero distal.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Myroxylon peruiferum

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Myroxylon peruiferum

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Dalbergieae

110. Nissolia vincentina (Ker Gawl.) T.M.Moura & Fort.-Perez, Novon 26(2):

208. 2018.

Nome popular: rama amarela

Trepadeira; ramo cilíndrico, tricoma seríceo, inerme. Odor presente. Estípula lateral,

lanceolada, basifixa, caduca. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha

imparipinada, 5-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, elíptico, ápice mucronado,

margem inteira, base elíptica, nervação broquidódroma, pontuação translúcida ausente,

cartácea, glabro. Inflorescência racemo, axilar; bráctea presente, bractéola ausente,

prefloração imbricada descendente. Flor pedicelada, amarela, zigomorfa, diclamídea;

diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 5, estreitamente-triangular, homomorfa; corola

dialipétala, calcar ausente; androceu monadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera

rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto lomento, séssil,

plurisseminado, linear, cilíndrico, epicarpo inerme, margem reta. Semente não observada.

Uso potencial:

Nissolia Jacq. compreende de 78 espécies, sendo encontradas 29 no Brasil, destas 2 são

endêmicas (Flora do Brasil 2020).

Nissolia vincentina é uma liana que foi observada apenas na Serra do Paulo. Esta espécie

pode ser facilmente reconhecida pelas folhas pentâmeras, imparipinadas com folíolos

opostos; os racemos são curtos portando flores com cálice setoso e pétalas amarelas,

sendo seus frutos lomentos lineares.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Nissolia vincentina

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Nissolia vincentina

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Nissolia vincentina

564 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Nissolia vincentina

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Dalbergieae

111. Platymiscium floribundum Vogel, Linnaea 11: 199. 1837.

Nome popular: coração-de-negro

Árvore; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula interpeciolar, triangular,

basifixa. Glândula ausente. Filotaxia oposta-espiralada. Folha imparipinada, 5-7-foliolada,

estipela ausente, folíolo oposto, oval-elíptico, ápice agudo, margem inteira, base rotunda,

nervação broquidódroma, pontuação translúcida ausente, cartácea, glabro. Inflorescência

racemo, terminal, axilar; bráctea ausente, bractéola ausente, prefloração imbricada

descendente. Flor pedicelada, amarela, zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice

gamossépalo, sépala 6, triangular, homomorfa; corola dialipétala, calcar ausente; androceu

monadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário

estipitado, pluriovulado. Fruto sâmara, estipitado, unisseminado, elíptico, plano, epicarpo

inerme, margem reta. Semente oblonga, testa preta, pleurograma ausente, arilo ausente,

hilo lateral.

Uso potencial: madeira

Platymiscium Vogel compreende de 19 espécies, sendo encontradas 7 Brasil e destas 2

são endêmicas (Flora do Brasil 2020).

Platymiscium floribundum foi observada apenas na Serra do Paulo na APA das Onças no

município de São João do Tigre acima de 1000 m de altitude. Esta espécie é facilmente

reconhecida por apresenta folhas opostas, imparipinadas e foliolos alternos com estípulas

opostas.

566 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Platymiscium floribundum

567 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Platymiscium floribundum

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Brogniatieae

112. Poecilanthe grandiflora Benth., J. Linn. Soc., Bot. 4(Suppl.): 80. 1860.

Nome popular: carrancuda

Árvore; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, basifixa. Glândula

ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha imparipinada, 7-foliolada, estipela ausente,

folíolo alterno, oval-elíptico, ápice agudo, margem inteira, base rotunda, nervação

broquidódroma, pontuação translúcida ausente, cartácea, glabro. Inflorescência racemo,

axilar; bráctea ausente, bractéola presente, prefloração imbricada descendente. Flor

pedicelada, lilás, zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 5,

estreitamente-triangular, homomorfa; corola papilionácea, calcar ausente; androceu

monadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, dimorfa, rostro ausente; ovário

séssil, pluriovulado. Fruto legume, estipitado, uni- plurisseminado, elíptico, plano, epicarpo

inerme, margem reta. Semente orbicular, testa preta, pleurograma ausente, arilo ausente,

hilo lateral.

Uso potencial: madeira

Poecilanthe Benth. Compreende de 12 espécies, sendo encontradas 7 no Brasil, das quais

6 são endêmicas (Flora do Brasil 2020).

Poecilanthe grandiflora é uma espécie arbórea encontrada nas áreas mais preservada

próximas a riachos temporários. Esta espécie é pode ser reconhecida por apresentar folhas

imparipinadas com folíolos alternos, com racemos compostos de flores lilases e os frutos

são legumes com valvas lignosas.

569 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Poecilanthe grandiflora

570 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Phaseoleae

113. Rhynchosia minima (L.) DC., Prodr. 2: 385. 1825.

Nome popular: feijão-bravo

Trepadeira; ramo estriado, tricoma escabroso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,

estreitamente-triangular, basifixa, caduca. Glândula presente na lâmina foliar, diversas,

séssil. Filotaxia alterna-espiralada. Folha ternada, 3-foliolada, estipela presente, folíolo

oposto, deltoide, ápice agudo, margem inteira, base rotunda-truncada, nervação

actinódroma, pontuação translúcida ausente, cartácea, tomentoso. Inflorescência racemo,

axilar; bráctea ausente, bractéola ausente, prefloração imbricada descendente. Flor

pedicelada, amarela, zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 5,

estreitamente-triangular, heteromorfa; corola papilionácea, calcar ausente; androceu

diadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário

séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil, uni- plurisseminado, falcado, túrgido-plano,

epicarpo inerme, margem reta. Semente reniforme, testa marrom, pleurograma ausente,

arilo ausente, hilo lateral.

Uso potencial: forrageira

Rhynchosia Lour. apresenta 230 espécies, sendo encontradas 22 no Brasil, destas 4 são

endêmicas (Flora do Brasil 2020).

Rhynchosia minima é uma trepadeira bianual que ocorreu em ambientes antropizados

próximos a baldes de açudes. Esta espécie é facilmente reconhecida pelas folhas com

folíolos deltoides tendo estas glândulas na face abaxial tornando-os glutinosos liberando

um forte odor desagradável quanto tocada.

571 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Rhynchosia minima

572 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Rhynchosia minima

573 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Rhynchosia minima

574 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

575 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Indigofereae

Sesbania Adans., Fam. Pl. 2: 327, 604 1763.

Arbusto; ramo inerme. Estípula lateral, basifixa. Glândulas ausente. Filotaxia alterna,

espiralada. paripinada oposto, nervação broquidódroma, pontuação ausente. Inflorescência

racemo, axilar, bráctea ausente, bractéola ausente. Flor zigomorfa, pedicelada, diclamídea,

monoclina, imbricada descendente; cálice gamossépalo, lobos, 5; corola papilionácea, cor

amarela; androceu diadelfo, diplostêmone, homodínamo, brancos, antera rimosa,

uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto câmara.

Sesbania é um gênero constituído por 60 espécies, ocorrendo no Brasil 8, das quais uma

endêmica (Lewis et al. 2005; Flora do Brasil 2020).

Chave de Sesbania no Cariri paraibano

1. Folíolo oblongo; racemo congesto; epicarpo estreito ............ 114. Sesbania exasperata

1’. Folíolo linear; racemo laxo, epicarpo espesso ...................... ...... 115. Sesbania virgata

576 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Sesbanieae

114. Sesbania exasperata Kunth, Nov. Gen. Sp. (quarto ed.) 6: 534–535.

1823 [1824].

Nome popular: sesbânia

Arbusto; ramo estriado, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, estreitamente-

triangular, basifixa, caduca. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha

paripinada, 38-42-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, linear, ápice rotundo-

mucronado, margem inteira, base rotunda, nervação broquidódroma, pontuação translúcida

ausente, cartácea, glabro. Inflorescência racemo laxo, axilar; bráctea ausente, bractéola

ausente, prefloração imbricada descendente. Flor pedicelada, amarela, zigomorfa,

diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 5, triangular, homomorfa; corola

papilionácea, calcar ausente; androceu diadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera

rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, estipitado,

plurisseminado, linear, túrgido-plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente oblonga,

testa marrom, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo lateral.

Uso potencial: ornamental, forrageiro

Sesbania exasperata é um arbusto que ocorre nas margem de rios temporários e corpos

de água. Esta espécie é facilmente reconhecida pelos ramos estriados e glabros e tronco

cilíndrico, as folhas são paripinadas e multijugas com folíolos lineares, as inflorescências

são laxas, as flores apresentam o estandarte variegado e os frutos são lineares.

577 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Sesbania exasperata

578 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Sesbania exasperata

579 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Sesbanieae

115. Sesbania virgata (Cav.) Poir., Encycl. 7: 129. 1806.

Nome popular: cassia-do-brejo

Arbusto; ramo estriado, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, estreitamente-

triangular, basifixa, caduca. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha

paripinada, 32-38-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice rotundo-

mucronado, margem inteira, base rotunda, nervação broquidódroma, pontuação translúcida

ausente, cartácea, glabro. Inflorescência racemo congesto, axilar; bráctea ausente,

bractéola ausente, prefloração imbricada descendente. Flor pedicelada, amarela,

zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 5, triangular, homomorfa;

corola papilionácea, calcar ausente; androceu diadelfo, homodínamo, filetes brancos,

antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto câmara,

estipitado, plurisseminado, linear, túrgido-plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente

reniforme, testa marrom, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo lateral.

Uso potencial: ornamental

Sesbania virgata é uma espécie que ocorre na margem de corpos de água como açudes e

rios. Esta espécie pode ser reconhecida pelos ramos glabros e folhas paripinadas, racemos

axilares, congestos, flores amarelas e frutos câmaras linear tetragonais. Na área foram

encontradas duas espécies de Sesbania, sendo S. exasperata facilmente distinta de S.

virgata pelas folhas com folíolos lineares, estandarte amarelo versus folíolos oblongos,

estandarte maculado nesta última.

580 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Sesbania virgata

581 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Sesbania virgata

582 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

583 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Indigofereae

Stylosanthes Sw., Prodr. 7, 108 1788.

Erva, subarbusto; ramo inerme. Estípula lateral, basifixa. Glândulas ausente. Filotaxia

alterna, espiralada. imparipinada oposto, nervação camptodroma, pontuação ausente.

Inflorescência espiga, axilar ou terminal, bráctea presente, bractéola presente. Flor

zigomorfa, séssil, diclamídea, monoclina, imbricada descendente; cálice gamossépalo,

lobos, 5; corola papilionácea, cor amarela; androceu monadelfo, diplostêmone,

homodínamo, brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, uni-

biovulado. Fruto lomento.

Stylosanthes é um gênero constituído por 96 espécies, ocorrendo no Brasil 30, das quais

11 são endêmicas (Lewis et al. 2005; Flora do Brasil 2020).

Chave de Stylosanthes no Cariri paraibano

1. Erva; ramo com tricoma hirsuto ................................................. 116. Stylosanthes humiles


1’. Subarbusto; ramo com tricoma glandular.......................................................................... 4

2. Margem foliolar serreada .............................................................118.Stylosanthes viscosa


2’. Margem foliolar inteira ................................................................ 117. Stylosanthes minima

584 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Dalbergieae

116. Stylosanthes humilis Kunth, Nov. Gen. Sp. (quarto ed.) 6: 506, pl. 594.

1823 [1824].

Nome popular: alfafa

Erva ereta; ramo cilíndrico, tricoma híspido, inerme. Odor presente. Estípula lateral,

triangular, adnata ao pecíolo, perene. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada.

Folha ternada, 3-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, lanceolado, ápice agudo,

margem inteira, base rotunda, nervação camptodroma, pontuação translúcida ausente,

cartácea, glabro. Inflorescência espiga, terminal; bráctea presente, bractéola presente,

prefloração imbricada descendente. Flor séssil, amarela, zigomorfa, diclamídea;

diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 5, triangular-estreitamente-triangular,

heteromorfa; corola papilionácea, calcar ausente; androceu monadelfo, homodínamo,

filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, uni-biovulado. Fruto

lomento, séssil, unisseminado, elíptio, plano, epicarpo inerme, constrita. Semente não

observada.

Uso potencial: forrageira

Stylosanthes humilis é uma erva anual muito comum próximo a corpos de água temporários

e sobre afloramentos rochosos com pequenos tanques, sendo encontrado como uma

população nunca com única indivíduo. Esta espécie pode ser reconhecida pelo hábito

herbáceo e ramos glabrescentes, setosos. Stylosanthes humilis se distingue das demais

espécies congeneres pelo herbáceo e ramos glabros versus hábito subarbustivo e ramos

glutinosos nas demais em S. minina e S. viscosa.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Stylosanthes humilis

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Dalbergieae

117. Stylosanthes minima J.J.S.Ferreira & J.Santos-Silva, Phytotaxa 456 (2):

157-165. 2020.

Nome popular: melosa

Subarbusto ereto; ramo cilíndrico, tricoma glandular, inerme. Odor presente. Estípula

lateral, triangular, adnata ao pecíolo, perenes. Glândula ausente. Filotaxia alterna-

espiralada. Folha ternada, 3-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, elíptico, ápice

agudo, margem inteira, base aguda, nervação camptodroma, pontuação translúcida

ausente, cartácea, glabro. Inflorescência espiga, axilar, terminal; bráctea presente,

bractéola presente, prefloração imbricada descendente. Flor séssil, amarela, zigomorfa,

diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 6, triangular-estreitamente-

triangular, heteromorfa; corola papilionácea, calcar ausente; androceu monadelfo,

homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, uni-

biovulado. Fruto lomento, séssil, uni-bisseminado, oblongo, plano, epicarpo inerme,

constrita. Semente não observada.

Uso potencial: forrageira

Stylosanthes minima é um subarbusto bianual que ocorre apenas sobre afloramentos

rochosos de áreas preservadas. Esta espécie está sendo registrada pela primeira vez no

estado da Paraíba. Esta espécie pode ser confundida com S. viscosa pelos ramos

glutinosos, porém se distingue por apresentar ramos laxos e espigas compostas em S.

minima versus espigas simples em S. viscosa. A espécie Stylosanthes minima pode ser

distinta de S. humilis por ser um subarbusto, com ramos glutinosos versus erva e ramos

não glutinosos.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Stylosanthes minima.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Stylosanthes minima.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Dalbergieae

118. Stylosanthes viscosa (L.) Sw., Prodr. 108. 1788.

Nome popular: melosa

Subarbusto ereto; ramo cilíndrico, tricoma glandular, inerme. Odor presente. Estípula

lateral, triangular, adnata ao pecíolo, perene. Glândula ausente. Filotaxia alterna-

espiralada. Folha ternada, 3-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, elíptico, ápice

agudo, margem inteira, base aguda, nervação camptodroma, pontuação translúcida

ausente, cartácea, tricoma glandular. Inflorescência espiga, axilar, terminal; bráctea

presente, bractéola presente, prefloração imbricada descendente. Flor séssil, amarela,

zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 5, triangular-

estreitamente-triangular, heteromorfa; corola papilionácea, calcar ausente; androceu

monadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário

séssil, uni-biovulado. Fruto lomento, séssil, unisseminado oblongo, plano, epicarpo inerme,

constrita. Semente não observada.

Uso potencial: forrageira

Stylosanthes viscosa é um subarbusto anual que ocorre em áreas antropanizadas de solos


arenosos. Esta espécie pode ser identificada pelos ramos glutinosos e espigas terminais
ou axilares com apenas uma espigueta por ramo.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Stylosanthes viscosa

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Stylosanthes viscosa

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Stylosanthes viscosa

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Indigofereae

Tephrosia Pers., Syn. Pl. 2(2): 328 1807.

Subarbusto; ramo inerme. Estípula lateral, basifixa. Glândulas ausente. Filotaxia alterna,

espiralada. Folha imparipinada, folíolo oposto, nervação camptódroma, pontuação ausente.

Inflorescência cimosa, pseudorracemo, axilar ou terminal, bráctea presente, bractéola

ausente. Flor zigomorfa, pedicelada, diclamídea, monoclina, imbricada descendente; cálice

gamossépalo, lobos, 5; corola papilionácea, cor rosa; androceu monadelfo, diplostêmone,

homodínamo, brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil,

pluriovulado. Fruto legume.

Tephrosia é um gênero constituído por 350 espécies, ocorrendo no Brasil 13, das quais três

são endêmicas (Lewis et al. 2005; Flora do Brasil 2020).

Chave de Tephrosia no Cariri paraibano

1. Ramo piloso; inflorescência cimosa .......................................... 119. Tephrosia cinerea


1’. Ramo glabro; inflorescência pseudorracemo .......................... 120. Tephrosia purpurea

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Millettieae

119. Tephrosia cinerea (L.) Pers., Syn. Pl. 2(2): 328–329. 1807.

Nome popular: anil-bravo

Subarbusto decumbente; ramo cilíndrico, piloso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,

estreitamente-triangular, basifixa, perene. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada.

Folha imparipinada, 5-9-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblanceolado-oboval,

ápice mucronado, margem inteira, base aguda, nervação camptodroma, pontuação

translúcida ausente, cartácea, sericeo. Inflorescência cimosa, axilar; bráctea presente,

bractéola ausente, prefloração imbricada descendente. Flor pedicelada, rosa, zigomorfa,

diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 5, estreitamente-triangular,

homomorfa; corola papilionácea, calcar ausente; androceu monadelfo, homodínamo, filetes

brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto

legume, séssil, plurisseminado, linear, túrgido-plano, epicarpo inerme, margem reta.

Semente reniforme, testa marmorada, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo lateral.

Uso potencial: forrageira

Tephrosia cinerea é um subarbusto bianual nativo na Caatinga que foi obsevada apenas

uma área antropizada na base da serra da Engabelada. Esta espécie é facilmente

reconhecida por apresentar ramos e folhas cobertos de indumento cinéreos, sendo as

folhas imparipinadas, inflorescências cimosas e flores rosas.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Tephrosia cinerea

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Millettieae

120. Tephrosia purpurea (L.) Pers., Syn. Pl. 2(2): 329. 1807.

Nome popular: anil

Subarbusto decumbente; ramo cilíndrico, glabrescente, inerme. Odor presente. Estípula

lateral, estreitamente-triangular, basifixa, perene. Glândula ausente. Filotaxia alterna-

espiralada. Folha imparipinada, 5-9-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oboval-

elíptico, ápice mucronado, margem inteira, base aguda, nervação camptodroma, pontuação

translúcida ausente, cartácea, glabro. Inflorescência pseudorracemo, term./axilar; bráctea

presente, bractéola ausente, prefloração imbricada descendente. Flor pedicelada, rosa,

zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 5, estreitamente-

triangular, heteromorfa; corola papilionácea, calcar ausente; androceu monadelfo,

homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil,

pluriovulado. Fruto legume, séssil, plurisseminado, linear, túrgido-plano, epicarpo inerme,

margem reta. Semente reniforme, testa marmorada, pleurograma ausente, arilo ausente,

hilo lateral.

Uso potencial: forrageira

Esta espécie se caracteriza por apresentar ramos glabrescentes, folhas imparipinadas com

folíolos opostos glabros e inflorescência pseudorracemo. Esta espécie é muito comfundida

com T. cinerea, porém estas podem ser distintas pelos ramos e folhas glabrescentes e

inflorescência pseudorracemo em T. purpurea verus ramos pilosos e folhas seríceas e

flores isoladas em T. cinerea. Segundo Ribeiro et al. (2019), esta espécie ocorre

preferencialmente em ambientes secos e fortemente antropizados. Na área estudada, T.

seguiu o mesmo padrão de distribuição nos ambiente ocorrendo nas margens das estradas.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Tephrosia purpurea

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

600 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Indigofereae

Zornia J.F. Gmel., Syst. Nat., ed. 13[bis] 2(2): 1076, 1096 1791 [1792].

Subarbusto; ramo inerme. Estípula lateral, medifixa. Glândulas presente. Filotaxia alterna,

espiralada. bipinada oposto, nervação broquidódroma, pontuação presente. Inflorescência

espiciforme, axilar, ou flor isolada, bráctea ausente, bractéola presente. Flor zigomorfa,

séssil ou pedicelada, diclamídea, monoclina, imbricada descendente; cálice gamossépalo,

lobos, 5; corola papilionácea, cor amarela; androceu monadelfo, diplostêmone,

homodínamo, brancos, antera rimosa, dimorfa, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado.

Fruto lomento.

Zornia é um gênero constituído por 75 espécies, ocorrendo no Brasil 37, das quais 16 são

endêmicas (Lewis et al. 2005; Flora do Brasil 2020).

Chave de Zornia do Cariri paraibano


1. Folha 2-foliolada .............................................................................................................. 2

1’. Folha 4-foliolada.............................................................................................................. 3

2. Folíolo oval-lanceolado ................................................................... 124. Zornia reticulata

2’. Folíolo linear ................................................................................ 122. Zornia leptophylla

3. Ramo glabro, prostrado, flor pedicelada e solitária ........................ 123. Zornia myriadena

3’. Ramo piloso, ereto, flor séssil e em inflorescência ...................... 121. Zornia brasiliensis

601 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Dalbergieae

121. Zornia brasiliensis Vogel, Linnaea 12: 62–63. 1838.

Nome popular: alfafa-do-campo

Subarbusto ereto; ramo cilíndrico, piloso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,

lanceolada, medifixa, perene. Glândula presente na lâmina foliar, diversa, séssil. Filotaxia

alterna-espiralada. Folha palmada, 4-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oval-

oblaneolado, ápice mucronado, margem inteira, base aguda, nervação broquidódroma,

pontuação translúcida presente, cartácea, glabro. Inflorescência espiciforme, axilar;

bráctea ausente, bractéola presente, prefloração imbricada descendente. Flor séssil,

amarela, zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 5, triangular-

estreitamente-triangular, heteromorfa; corola papilionácea, calcar ausente; androceu

monadelfo, homodínamo, filetes brancos, anteras rimosas, dimorfas, rostro ausente; ovário

séssil, pluriovulado. Fruto lomento, séssil, plurisseminado, oblongo, plano, epicarpo

inerme, constrita. Semente não observada.

Uso potencial: forrageira; Segundo Agra et al. (2007), um macerado da planta inteira é

empregado como diurético e contra doenças venéreas.

Zornia brasiliensis é um subarbusto anual que é encontrado juntamente com Z. myriadena

sobre os afloramentos rochosos. Esta espécie compartilha ainda com Zornia myriadena

folhas palmadas e tetrafolioladas, porém podem ser facilmente reconhecidas pelo hábito

subarbustivo ereto, ramos pilosos e flores sésseis em Z. brasiliensis versus hábito

subarbustivo decumbente, ramos glabros e flores pediceladas em Z. myriadena. De acordo

com Silva et al. (2020) esta espécie é encontrada principalmente sobre afloramentos

rochosos na Paraíba.

602 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Zornia brasiliensis

603 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Zornia brasiliensis

604 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Dalbergieae

122. Zornia leptophylla (Benth.) Pittier, Bol. Soc. Venez. Ci. Nat. 6(44): 196.

1940.

Nome popular: alfafa-do-campo

Subarbusto ereto; ramo cilíndrico, glabrescente, inerme. Odor presente. Estípula lateral,

oval, medifixa, perene. Glândula presente na lâmina foliar, diversa, séssil. Filotaxia

alterna-espiralada. Folha palmada, 2-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, linear,

ápice mucronado, margem inteira, base aguda, nervação broquidódroma, pontuação

translúcida presente, cartácea, glabro. Inflorescência espiciforme, axilar; bráctea ausente,

bractéola presente, prefloração imbricada descendente. Flor séssil, amarela, zigomorfa,

diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 5, triangular-estreitamente-

triangular, heteromorfa; corola papilionácea, calcar ausente; androceu monadelfo,

homodínamo, filetes brancos, antera rimosas, dimorfas, rostro ausente; ovário séssil,

pluriovulado. Fruto lomento, séssil, plurisseminado, oblongo, plano, epicarpo armado,

constrita. Semente não observada.

Uso potencial: forrageira

Zornia leptophylla possui hábito subarbusto têune ereto, com indivíduos encontrados em

solos arenosos sobre afloramentos ou veredas. Esta espécie é facilmente determinada

pelas folhas palmadas, bifolioladas e folíolos lineares, espiga pauciflora a unifloras.

Segundo Silva et al. (2020), na Paraíba esta espécie ocorre em ambientes de solos rasos,

geralmente arenosos e abertos de formação campestre, também capoeiras abandonadas,

em trilhas e na base ou sobre os afloramentos rochosos.

605 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Zornia leptophylla
Zornia leptophylla
606 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Dalbergieae

123. Zornia myriadena Benth., Fl. Bras. 15(1A): 85. 1859.

Nome popular: alfafa-do-campo

Subarbusto prostrado; ramo cilíndrico, glabra, inerme. Odor presente. Estípula lateral,

oval, medifixa, perene. Glândula presente na lâmina foliar, diversa, séssil. Filotaxia

alterna-espiralada. Folha palmada, 4-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oboval-

oblanceolado, ápice mucronado, margem inteira, base aguda, nervação broquidódroma,

pontuação translúcida presente, cartácea, glabro. Inflorescência ausente, flores isoladas;

bráctea ausente, bractéola presente, prefloração imbricada descendente. Flor pedicelada,

amarela, zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 5, triangular-

estreitamente-triangular, heteromorfa; corola papilionácea, calcar ausente; androceu

monadelfo, homodínamo, filetes brancos, anteras rimosas, dimorfas, rostro ausente; ovário

séssil, pluriovulado. Fruto lomento, séssil, plurisseminado, linear, túrgido-plano, epicarpo

inerme, constrita. Semente não observada.

Uso potencial: forrageira

Zornia myriadena é um subarbusto bianual que é encontrado sobre os afloramentos

rochosos nas frestas das rochas. Morfologicamente se caracterizam por apresentarem o

hábito subarbustivo prostrado, ramos glabos, folhas palmadas, tetrafolioladas e se disntigue

das demais espécies de Zornia pelas flores pediceladas e lomento glabro versos flores

sésseis e lomento armado ou viloso.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Zornia myriadena

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Zornia myriadena

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Zornia myriadena

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Dalbergieae

124. Zornia reticulata Sm., Cycl. 39(1): Zornia no. 2. 1818.

Nome popular: alfafa-do-campo

Subarbusto decumbente; ramo cilíndrico, glabrescente, inerme. Odor presente. Estípula

lateral, lanceolada, medifixa, perene. Glândula presente na lâmina foliar, diversa, séssil.

Filotaxia alterna-espiralada. Folha palmada, 2-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto,

oval-laneolado, ápice mucronado, margem inteira, base assimétrica, nervação

broquidódroma, pontuação translúcida presente, cartácea, glabro. Inflorescência espiga,

axilar; bráctea ausente, bractéola presente, prefloração imbricada descendente. Flor séssil,

amarela, zigomorfa, diclamídea; diplostêmone; cálice gamossépalo, sépala 5,

triangular,estreitamente-triangular, heteromorfa; corola papilionácea, calcar ausente;

androceu monadelfo, homodínamo, filetes brancos, anteras rimosas, dimorfas, rostro

ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto lomento, séssil, plurisseminado, oblongo, plano,

epicarpo armado, constrita. Semente não observada.

Uso potencial: forrageira

Zornia reticulata é um subarbusto anual que ocorre em solos arenosos em áreas

antropizadas, nos campos de pastagens das áreas. Morfologicamente esta espécie é

facilmente reconhecida pelas folhas bifolioladas, folíolos oval-lanceoados com glândulas

nas lâminas foliolares, as estípulas são medifixas, e as inflorescências são espigas espigas

terminais com bracteolas ovais e os lomentos são aculeados.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Zornia reticulata

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Zornia reticulata

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Zornia reticulata

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Referências

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615 | Rubens T. Queiroz
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

definido de ramos, é sempre terminal e


Glossário Morfológico
acaba em uma flor.
Corola – é o conjunto de pétalas.
Actinomorfa – Radialmente simétrico, é a
flor com vários planos de simetria. Craspédio – é o tipo de fruto seco,
indeiscente, que se fragmenta
Acúleo – é uma projeção espinescente de
transversalmente em segmentos e
origem epidérmica desprovida de feixes
apresenta um replum.
vasculares, sendo facilmente destacada.
Criptolomento – fruto oblongo, bivalvar,
Adnato – Unido.
com epicarpo lenhoso e margens
Androceu – é o conjunto de estames. levemente sinuosas, dividido
transversalmente em artículos
Arbusto – é o hábito composto por
indeiscentes, unisseminados e marcados
plantas lenhosas com ramificação
internamente por falsos septos
precoce, cujo tronco apresenta várias
transversais.
fustes.
Diadelfo – é o tipo de androceu com nove
Árvore – é o hábito composto por plantas
estames unidos e apenas um livre.
lenhosas com ramificação tardia, cujo
tronco apresenta uma única fuste. Dialipétala – é o tipo de corola cujas
pétalas são livres entre si.
Assimétrica – é o tipo de flor esprovido
de plano de simetria. Dialissépala – flor com sépalas livres
entre si.
Baga – é o tipo de fruto carnoso e
indeiscente. Dialistêmone – é o tipo de androceu cujos
estames são livres entre si.
Basifixa – estípula unida pela base.
Diplostêmone – é o tipo de flor cujo
Bráctea – é a estrutura foliar presente na
androceu apresenta uma relação onde os
inflorescência.
estames é o dobro do número de pétalas.
Bracteola – é a estrutura foliar presente
Drupa – é o tipo de fruto carnoso,
no pedicelo floral.
indeiscente, monospérmico com
Broquidódroma – é o subtipo especial do endosperma lenhoso.
padrão de venação camptódroma onde as
Espiga – é o tipo de inflorescência
nervuras laterais estão unidas entre si por
alongada composta de flores sésseis.
arcos normalmente curvados.
Espinho – é um orgão modificado que
Cálice – é o conjunto de sépalas.
forma uma estrutura espinescente dotada
Câmara – é o tipo de fruto seco e de feixes vasculares.
indeiscente.
Estipe – é a estrutura peduncular ou haste
Camptódroma – é o tipo de nervação que suporta outra estrutura.
pinada bastante comum onde as nervuras
Estipelas – são pequenas estruturas
laterais divergem da nervura central em
foliáceas presentes nas raques de folhas
ângulos diversos antes de atingir a
compostas.
margem.
Estípula – são estruturas foliáceas
Cimosa – é o tipo de inflorescência na
presentes na base das inserções foliares.
qual a ramificação, com um número

617 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Folha composta – é o tipo de folha que Lomento – é o fruto artrocarpáceo seco,


apresenta mais de uma lâmina foliar. comprimido, alongado, com constrições
entre as sementes; fragmenta-se
Folha simples – É o tipo de folha com
transversalmente, na maturação, em
apenas uma lâmina foliar.
segmentos.
Folículo – é o tipo de fruto seco, deiscente
Medifixa – é o tipo de estípula cuja
que se abre por apenas uma sutura das
inserção se da na parte medianda da
valvas.
lâmina estipular.
Gamopétala – é o tipo de corola cujas
Monadelfo – é o tipo de androceu que
pétalas são unidas entre si.
apresenta os estames soldados por seus
Gamossépalo – é o tipo de cálice cujas filamentos em um só grupo ou feixe.
sépalas são unidas entre si.
Palmada – é o tipo de folha composta
Glomérulo – é o tipo de inflorescência desporvido de raque.
composta flor flores sésseis agomerada
Panícula – é o tipo de inflorescência
num eixo congesto.
composta.
Hábito – é a forma adulta da planta.
Papilionácea – é o tipo de corola
Heteromorfa – é a estrutura que zigomorfa composto por estandarte, alas
apresenta formas distintas. e quilhas.

Hilo – é a cicatriz deixada pelo funículo Paripinada – é o tipo de folha que cuja
que conecta a semente com a placenta. ráquis termina em dois folíolos.

Homomorfa – é a estrutura que apresenta Pecíolo – é a estrutura foliar que conecta


formas iguais. o ramo a lâmina.

Imbricada – é o tipo de prefloração cujas Pedicelado – é o tipo de estrutura provida


sépalas ou as pétalas se sobrepoem. de pedicelo.

Imparipinada – é o tipo de folha composta Pinada – é o tipo de folha composta que


pinada com raque terminando num único apresenta raque.
folíolo.
Pluerograma – é a marca em forma de U
Inerme – sem espinescência. sobre a testa das sementes, visível na
superfície da maioria das sementes.
Interpeciolar – é o tipo de estípula que
fica entre os peciolos. Polistêmone – é o tipo de flor que tem
estames em número superior ao dobro de
Isostêmone – é o tipo de flor que pétalas.
apresenta o número de estames igual ao
número de pétalas. Poricida – é o tipo da deiscência da
antera que apresenta forma de poro.
Legume – é o tipo de fruto simples, seco,
deiscente, unicarpelar, multisseminado, Prefloração – é o modo pelo qual se
de tamanho e formas variadas; abre-se prendem, no botão floral, os elementos do
longitudinalmente ao longo da sutura perianto.
ventral.
Pseudorracemo – é o tipo de
Liana – é o tipo de hábito em que as inflorescência muito semelhante ao
plantas que usam outras plantas como racemo, porém apresenta mais de uma
suporte, sendo o caule lenhoso. flor saindo de um ponto da raque.

618 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Racemo – é um tipo de inflorescência


cujas flores são pediceladas.
Raque – é o eixo foliar que sucede o
pecíolo.
Rimosa – é a antera que apresenta a
abertura longitudinal.
Séssil – ocorrem em estrutura que não
apresenta suporte.
Simétrica – é o tipo de flor com plano de
simétria.
Subarbusto – é o hábito cujas plantas
apresentam lenhosidade apenas na base
destas.
Testa – é a parte externa da semente.
Trepadeira – é o tipo de hábito em que as
plantas que usam outras plantas como
suporte, porém o caule não é lenhoso.
Valvar – é o tipo de prefloração cujas
sépalas ou pétalas se encontram
justapostas.
Zigomorfa – é a flor que apresenta
apenas dois planos de simetria.

619 | Rubens T. Queiroz


FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Benthamii – nome dado em homenagem ao


botânico inglês George Gentham (1800-
1884).
Glossário Etimológico
Borboremae – do planalto da borborema.
Absus – anotação "absus". Brasiliensis -num – do Brasil; ensis: sufixo
que denota lugar de origem.
Aculeata (l.) – com acúleo.
Calliandra (gr.) – calli: belo; andrus:
Acutistipula (l.) – acutos: agudo; stipula:
masculino. Em referência ao androceu com
estípula.
estames muito chamativos e belos.
Aeschynomene (gr.) – modesto, sensível.
Calycioides (gr.) – caly: cálice; oides: similar
Referente as folhas com folíolos sensitivos.
a.
Alata (l.) – com asa.
Campestris (l.) – do pasto, da planície, das
Albizia – nome dado em homenagem ao planícies.
naturalista italiano Filippo degli Albizzi.
Camporum (l.) – do campos; orum:
Amburana (tu.) – ambu: umbu; rana: falso. diminutivo.

Americana (l.) – da América. Canavalia – nome vernacular kanavali de


Malabá-India.
Amiciella (l.) – pequema Amicia.
Candollei – nome dado em homenagem ao
Anadenanthera (gr.) – an: sem, faltando; botânico suiço Augustin Pyrame de Candolle
adeno: glândula. anthera: antera. (1778-1841).
Ancistotropis (gr.) – ancistron: anzol; tropis: Catinguicola – catingui: cantinga; cola: que
quilha de um navio. referindo-se à porção habita em. Referente ao domínio
distal em forma de gancho das pétalas da fitogeográfico que ocorre a planta.
quilha da flor.
Cearensis – do Ceará; ensis: sufixo que
Andira (tu.) – morcego. denota lugar de origem.
Angulata (l.) – com ângulos. Cenostigma (gr.) – ceno: vazio; stigma:
Arachis (gr.) – a: sem; rachis: eixo. estigma.

Araripensis – araripe: Araripe; ensis: sufixo Centrosema (gr.) – centro: esporão; sameia:
que denota origem. estandarte. Referente ao esporão presente no
estandarte.
Arena -rium -osa (l.) – de areia.
Chamaecrista (gr.) – chamae: pequeno,
Auriculata (l.) – lobulado como uma orelha, anão; crista: crista.
com lóbulos, em forma de orelha. Referente
as aurículas presentes no núcleo seminal da Cheilantha (gr.) – cheilos: lábio, margem;
sâmara. antha: flor.

Aversiflora (gr.) – averso: contrário, Chloroleucon (gr.) – chloro: verde; leucon:


antagônico; flora: flor. Referente as flores branco. Referente ao tronco branco
opostas. esverdeado.

Bahiensis – da Bahia; ensis: sufixo que Cinerea (gr.) – cinerea: cinza. Referente a
denota lugar de origem. coloração do indumento.

Bauhinia – nome dado em homenagem aos Colubrina (l.) – cobra.


irmãos botânicos suíços Jean (1541-1613) e Contortisiliquum (gr.) – contorti: contorcido;
Gaspar (1560-1624) Bauhin. siliquum: tipo de legume.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Crotalaria (gr.) – crotalus: chocalho, guiso. Galactia (gr.) – leite.


Referente ao som produzido pelo fruto seco.
Geoffroea – nome dado em homenagem ao
Dahlstedtia – nome dado em homenagem ao botânico frances Claude Joseph Geoffroy
botânico suiço Gustav Adolf Hugo Dahlstedt (1685 – 1752).
(1856-1934).
Glabrum (l.) – liso, sem pelos.
Dalbergia – nome dado em homenagem aos
botânicos irmãos Nils E. Dalberg (1736-1819) Gliricidia (l.) – glis: arganaz; caedo: mata.
e Carls Gustav Dalberg (1753-1775). referindo ao poder da casca e semente usado
para como venendo para roedores nos
Dardanii – nome dado em homenagem ao trópicos.
botânico Dárdano de Andrade-Lima (1919-
Gracile (l.) – esguio, gracioso.
1981).
Delonix (gr.) – delos: evidente, visível; onix: Grandiflora (l.) – gandi: grande, poderoso,
adulto, vistoso, grande; flora: floração.
unha. Referente as flores grandes com
pétalas unguiculadas. Hirsuta (l.) – cabelo áspero, cabeludo.
Desmanthus (gr.) – desme: feixe, Hirtum (l.) – peludo, peludo peludo.
agupamento; anthus: flores.
Histrix (l.) – vistoso, teatral.
Desmodium (gr.) – desmo: feixe,
agupamento; odium: implicando ambos. Holosericea (gr.) – holos: completamente;
semelhante a uma pequena corrente. sericeus: completamente envolto em seda.

Dioclea – nome dado em homenagem ao Humilis (l.) – crescimento baixo, menor do


médico grego Diocles de Caristo (240-180 que a maioria de seu tipo.
a.c.). Hymenaea (gr.) – Hymen: Deus grego do
Diversifolium (l.) – diversi: diverso; folium: casamento. Referinte aos pares gêmeos de
folha. folíolos que compreendem cada folha.

Duckeana – Nome dado em homenagem ao Incana (l.) – cinzento.


botânico italo-brasileiro Adolpho Ducke (1876- Indica (l.) – da índia.
1959).
Indigofera (l./gr.) – indigo: anil; fero: portando.
Dulce (l.) – dulce: doce. Referente ao arilo que
envolve as sementes. Invisa (l.) – odiosa.

Dumosum (l.) – espinhoso, raquítico. Jussiaeana – nome dado em homenagem


Referente ao hábito da planta. aos irmãos botânicos franceses Antoine
(1686-1758), Bernard (1699-1777) e Joseph
Enterolobium (gr./l.) – entero: intestino; de Jussieu (1704-1789).
lobium: fruto. Referente ao fruto com formato
de intestino. Lachesiodendron (gr.) – lachesis: pequena
vibora; dendron: árvore.
Erythrina (gr.) – erythro: vermelho. Referente
as flores vermelhas. Lasiophylla (gr.) – lasio: lã; phylla: folha.
Referente ao indumento presente nos folíolos.
Exasperata (l.) – áspero.
Lathyroides (gr.) – legume; oides:
Ferrea (l.) – durável, duro como ferro. semelhante.
Floribundum (l.) – abundante em flores, Lebbeck – madeira preta nas ilhas de
florescendo livremente. Maurício e Bourbon.
Foliolosum (l.) – folíolo; um: sufixo indica Legalis – legal.
abundância.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Leptophylla (gr.) – leptos: estreito, fino; Nissolia – nome dado em homenagem ao


phylla: folha. botânico William Nissole (1647-1735).
Leucaena (l.) – leucaino: tornando-se branco. Nitens (l.) – que brilha, brilhante. Referente as
folhas e os frutos.
Leucocephala (gr.) – leuco: branco; cephala:
cabeça. Nordestinum – do nordeste. Referente a
origem da planta.
Libidibia – tipo de legume.
Obtusifolia – folha obtusa. Referente a forma
Lonchocarpus (gr.) – lonche: lança; carpus: do folíolo.
fruto. Referente a forma do fruto.
Occidentalis (l.) – do occidente. alis:
Luetzelburgia – nome dado em homenagem pertencente.
ao botânico alemão Phillip von Luetzelburg
(1880-1948). Ophthalmocentra (gr.) – ophtalmo: olho;
centra: esporão.
Machaerium (gr.) – machaira: adaga, grande
faca. Referente ao formato do fruto. Paraibana – da paraiba.
Macranthera (gr.) – macro: gra de; anthera: Parapiptadenia (gr.) – para: próximo; pipto:
antera. Referente ao tamanho das anteras. que cai. adenia: glândula.
Macroptilium (gr.) – macro: gra de; ptilium: Parkinsonia – em homenagem ao herbalista
asa. Referente ao tamanho das alas maiores Jhon Parkinson (1567-1650).
que o tamanho da quilha.
Pascuorum (l.) – pascuus, pascui: pastagem.
Macropsicanthus (gr.) – macro: grande;
Pauciflora (gr.) – pauci: pouco; flora: floração.
psyche : borboleta; anthus: flor. Referente as
flores grandes. Peduncularis () – dotado de pedúnculo.
Martiana, Martii – nome dado em Peltogyne (gr.) – pelto: pequeno escudo;
homenagem ao botânico alemão Carl gyne: feminino. Referente a forma do estígma.
Friedrich Philipp von Martius (1794-1868).
Pendula (l.) – pendente, dependurado.
Microcarpa (gr.) – micro: pequeno; carpa:
fruto. Referente ao tamanho do fruto. Peruiferum (l.) – do peru.

Mimosa (gr.) – mimic: imitador. Referente aos Pilosa (l.) – com pélo.
movimentos násticos. Piptadenia (gr.) – pipto: cai; adeno: glândula.
Minima (l.) – o menor. Pithecellobium (gr./l.) – pithecus: macaco;
Monteiroi nome dado em homenagem ao lobium: fruto.
botânico Reinaldo Monteiro. Platymiscium (gr.) – platy: achatado;
Muellera – nome dado por Otto Frederich miscium: pedicelo.
Mueller Plena (l.) – completo.
Myriadena (gr.) – myria: muitissima; adena: Poecilanthe (gr.) – poecilo: variável; anthe:
glândulas. Referente a quantidade de flor.
glândulas sobre a planta.
Polycephala (gr.) – poly: muito; cephala:
Myroxylon (gr.) – myrion: óleo doce, perfume; cabeça.
xylon: madeira. Referente ao óleo produzido
no tronco das plantas. Neptunia – deus Polyphylla (gr.) – poly: muito; phylla: folha.
romano das águas.
Procubens (l.) – prostrado: prostrado.
Nictitans (l.) – dotado de nastismo durante a
Prosopis (gr.) – pros: em direção; opis:
noite; nicto: noite.
mulher de saturno.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Pterogyne (gr.) – ptero: asa; gyne: feminino. Suffruticosa (l.) – arbustivo.


Purpurea (l.) – roxo-avermelhado. Supplex (l.) – humilde.
Regia (l.) – rainha. Tamarindus (ar./in) – Tamar: tâmara seca;
hindi: indiana.
Repens (l.) – rastejante.
Tenuiflora (l.) – tenui: persistente, tenaz,
Reticulata (l.) – em forma de rede.
esguio, fino, bom; flora: flor.
Rhynchosia (gr.) – rhyncho: bico. Referente
Tenuifolia (l.) – tenui: persistente, tenaz,
a forma do estandarte.
esguio, fino, bom; folia: folha.
Rizzinii – nome dado em homenagem ao
Tenuisepala (l.) – tenui: persistente, tenaz,
botânico Carlos Toledo Rizzini (1921-1992).
esguio, fino, bom; sepala: sépala.
Rotundifolia (l.) – rotundo: redondo; folia:
Tephrosia (gr.) – cinzento.
folha. Referente ao formato dos folíolos.
Trachypus (gr.) – desgrenhado, áspero.
Rubriflora (l.) – rubro: vermelho; flora:
floração. Uniflora (l.) – uni: uma; flora: flor.
Sagittatum (l.) – sagittatum: em forma de Ursina (l.) – semelhante a um urso.
seta.
Vachellia – nome dado em homenagem ao
Scabra (l.) – grosso, áspero, escabroso. botânico inglês Rev. George Harvey Vachell
(1799-1839).
Senegalia – material do tipo é do Senegal.
Velutina (l.) – com uma suave penugem
Senna (ar.) – sana.
sedosa cobertura aveludada.
Sensitiva (l.) – sensível a um estímulo,
Vincentina – local de coleta do tipo ilha de
irritável.
São Vicente.
Sepium (l.) – crescendo em sebes, de sebes.
Virgata (l.) – irregularmente colorido,
Sericeus (l.) – sedoso. manchado, variegado.

Serpens (l.) – rastejante. Virgatus (l.) – irregularmente colorido,


manchado, variegado.
Sesbania (ar.) – nome de planta sisaban ou
sesaban. Viridiflorum (l.) – viridis: verde; florum: das
flores.
Siamea – nome popular da Tailândia.
Viscidula (l.) – ligeiramente pegajoso, um
Somnians (l.) – dormindo. pouco viscoso.
Spectabilis (l.) – admirável. Viscosa (l.) – pegajoso, viscoso.
Spinosa (l.) – com espinho. Vitellina (l.) – amarelo-avermelhado opaco,
Splendida (l.) – reluzente, marcante. amarelo-gema de ovo:

Stipulacea (l.) – stipula: estípula; acea: afim, Zehntneri – nome dado em homenagem ao
smiliar a. naturalista suiço Léo Zehntner (1864-1961).

Striata (l.) – estriado, listrado, sulcado. Zornia – nome dado homenagem ao


farmaceútico e botânico alemão Johannes
Stylosanthes (gr.) – stylos: pilar, coluna; Zorn (1739-1799).
anthes: flor.
Zygophylloides (gr.) – zygo: par; phyllo:
Subclavata (l.) – sub: abaixo; clavata: clava. folha; oides: semelhante a.
Subspicata (l.) – sub. Abaixo; spicata: espiga.

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Indice de nomes científicos

Aeschynomene americana, 100, 410, 411, Chloroleucon foliolosum, 103, 286, 287,
412 288
Aeschynomene benthamii, 101, 409, 466, Crotalaria holosericea, 97, 451, 452, 453,
467 454, 455
Aeschynomene histrix, 101, 470 Crotalaria incana, 97, 451, 456, 457, 458,
Aeschynomene monteiroi, 101 459, 460, 461
Aeschynomene scabra, 99, 413, 414, 415, Crotalaria vitellina, 97, 462, 463, 466
416 Ctenodon benthamii, 467, 468, 469
Aeschynomene viscidula, 100, 475 Ctenodon histrix, 466, 470, 471
Albizia lebbeck, 268 Ctenodon monteiroi, 466, 472, 473, 474
Albizia polycephala, 102, 272, 273, 274, Ctenodon viscidulus, 466, 475, 476, 477
275 Dahlstedtia araripensis, 101, 478, 479, 480,
Amburana cearensis, 101, 417, 418, 419, 481
420 Dalbergia catinguicola, 100, 482, 483, 484
Anadenanthera colubrina, 305, 306, 307, Delonix regia, 102, 251, 252, 253
308, 309 Desmanthus virgatus, 102, 310, 311, 312,
Ancistotropis peduncularis, 97, 421, 422, 313, 314
423 Desmodium glabrum, 97, 487
Andira legalis, 101, 424, 425 Desmodium procubens, 489, 490, 491
Arachis dardanii, 98, 426, 427, 428 Dioclea grandiflora, 97, 536
Bauhinia cheilantha, 96, 109, 112, 113 Dioclea lasiophylla, 97, 492, 493, 494, 495
Bauhinia subclavata, 96, 114, 115, 116, Erythrina velutina, 96, 496, 497, 498, 499,
118, 119 500
Calliandra subspicata, 102, 276, 277 Galactia jussiaeana, 98, 503, 504
Canavalia brasiliensis, 97, 429, 430, 431, Galactia striata, 98, 505, 506
432, 433 Geoffroea spinosa, 99, 507, 508, 509, 510
Cenostigma nordestinum, 102, 245, 246, Gliricidia sepium, 511, 512, 513
247, 248, 249, 250 Hymenaea rubriflora, 96, 121, 122, 123,
Centrosema arenarium, 98, 436, 437, 438 124, 125
Centrosema brasilianum, 439, 440, 441 Indigofera hirsuta, 101, 516, 517, 518, 519
Centrosema pascuorum, 442, 443 Indigofera microcarpa, 101, 520, 521
Centrosema pubescens, 98, 444, 445 Indigofera suffruticosa, 522, 523, 524
Centrosema sagittatum, 96, 435, 446, 447, Lachesiodendron viridiflorum, 103, 315,
448 316, 317
Chamaecrista absus, 98, 140, 141 Leucaena leucocephala, 102, 318, 319
Chamaecrista amiciella, 98, 142, 143, 144, Libidibia ferrea, 102, 254, 255, 256, 257,
145 258, 259, 260
Chamaecrista calycioides, 146 Lonchocarpus sericeus, 101, 525, 526, 527
Chamaecrista duckeana, 100, 150, 151, Luetzelburgia auriculata, 101, 528, 529,
152, 153 530, 531, 532
Chamaecrista nictitans, 100, 154, 155, 156 Machaerium hirtum, 100, 533, 534
Chamaecrista pilosa, 100, 157, 158, 159 Macropsychanthus grandiflorus, 536, 537,
Chamaecrista repens, 100, 160, 161, 162, 538, 540
163 Macroptilium gracile, 97, 543, 544, 545,
Chamaecrista rotundifolia, 96, 164, 165 546, 547
Chamaecrista serpens, 100, 166, 167, 168 Macroptilium lathyroides, 97, 548, 549,
Chamaecrista supplex, 100, 169, 170, 171 550, 551
Chamaecrista tenuisepala, 100, 172, 173, Macroptilium martii, 97, 552, 553, 554
174, 175 Mimosa acutistipula, 104, 327, 328
Chamaecrista zygophylloides, 98, 176, Mimosa arenosa, 104, 329, 330, 331, 332
177, 178, 179 Mimosa borboremae, 102, 333, 334, 335,
Chloroleucon dumosum, 103, 282, 283, 336
284, 285 Mimosa camporum, 102, 337, 338, 339, 340
Mimosa candollei, 103, 341, 342
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Mimosa invisa, 103, 343, 344 Senegalia tenuifolia, 103, 398, 399, 400,
Mimosa ophthalmocentra, 345, 346, 347, 348 401, 402
Mimosa paraibana, 104, 349, 350, 351, 352 Senna alata, 99, 184, 185, 186, 187
Mimosa sensitiva, 96, 103, 353, 354, 355, Senna angulata, 188, 189, 190
356 Senna aversiflora, 99, 191, 192, 193, 194
Mimosa somnians, 104, 357, 358, 359, 360 Senna macranthera, 98, 195, 196, 197, 198
Mimosa tenuiflora, 104, 361, 362, 363, 364, Senna martiana, 99, 199, 200, 201, 202,
365 203, 204
Mimosa ursina, 96, 103, 366, 367 Senna obtusifolia, 99, 205, 206, 207
Muellera campestris, 101, 555, 556, 557 Senna occidentalis, 99, 208, 209, 210, 211
Myroxylon peruiferum, 558, 559, 560 Senna pendula, 99, 212, 213, 214, 215
Neptunia plena, 102, 368, 369, 370 Senna rizzinii, 98, 216, 217, 218, 219, 220
Nissolia vincentina, 561, 562, 563, 564, 565 Senna siamea, 99, 221, 222, 223, 224
Parapiptadenia zehntneri, 102, 372, 374, Senna spectabilis, 225, 226, 227, 228
375 Senna splendida, 98, 229, 230, 231, 232,
Parkinsonia aculeata, 103, 261, 262, 263, 233, 234
264, 265 Senna trachypus, 99, 235, 236, 237, 238,
Peltogyne pauciflora, 96, 126, 128, 129, 239
130 Senna uniflora, 99, 240, 241, 242
Piptadenia stipulacea, 103, 376, 377, 378, Sesbania exasperata, 99, 577, 578, 579
379, 380, 381 Sesbania virgata, 99, 580, 581, 582
Pithecellobium diversifolium, 96, 103, 296, Stylosanthes humilis, 585, 586
297, 298 Stylosanthes minima, 587, 588, 589
Pithecellobium dulce, 96, 103, 299, 300, Stylosanthes viscosa, 96, 590, 591, 592,
301, 302, 303, 304 593
Platymiscium floribundum, 100, 566, 567, Tamarindus indica, 131, 132, 133, 134
568 Tephrosia cinerea, 101, 596, 597
Poecilanthe grandiflora, 101, 569, 570 Tephrosia purpurea, 101, 598, 599
Prosopis juliflora, 103, 382, 383, 384, 385, Vachellia farnesiana, 103, 403, 404, 405,
386, 387 406
Pterogyne nitens, 101, 243, 244 Zornia brasiliensis, 98, 601, 602, 603, 604
Rhynchosia minima, 97, 571, 572, 573, 574 Zornia leptophylla, 96, 601, 605, 606
Senegalia bahiensis, 103, 390, 391, 392 Zornia myriadena, 98, 601, 607, 608, 609,
Senegalia polyphylla, 103, 393, 394, 395, 610
396, 397, 398 Zornia reticulata, 601, 611, 612, 613

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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO

Sobre o autor

Rubens Teixeira de Queiroz


É doutor em Biologia Vegetal pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP (2012) e Pós-
doutorado pela Universidade de Brasília - UNB/EMBRAPA (2013). Atualmente é docente lotado no
Departamento de Sistemática e ecologia Universidade Federal da Paraíba - UFPB/DSE - João
Pessoa - PB. Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Botânica, atuando
principalmente nos seguintes temas: Chamaecrista, Tephrosia, Arachis, Fabaceae (Leguminosae),
estudos florísticos com herbáceas e conhecimento de flora na Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga.
Contato: rbotanico@gmail.com

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