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FABACEAE DO CARIRI
PARAIBANO
2021
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Copyright do Texto© 2021 Os Autores
Copyright da Edição© 2021 Pantanal Editora
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Editores Executivos: Prof. Dr. Jorge González Aguilera
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Ficha Catalográfica
Formato: PDF
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Modo de acesso: World Wide Web
ISBN 978-65-88319-60-4
DOI https://doi.org/10.46420/9786588319604
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Lista de abreviaturas
ar.: árabe
gr.:grego
l.: latim
tu.: tupi
Agradecimentos
Agradeço imensamente as amigas Ana Paula Fortuna Perez, Iracema Loiola, Laura Lima e
A Aureliana Gomes, Breno Farias e Gildasio Oliveira pelas fotografias gentilmente cedidas
Parapiptadenia.
Aos amigos Bartolomeu Israel, Eine Celli, Joselison Medeiros, Mônica Macedo, Rony
Longinho e Emanuel pelos diversos campos realizados juntos. Muito obrigado pelas
A Giovana Queiroz e Felipe Queiroz pela colaboração pela busca dos nomes no W3tropicos
A Ana Magna proprietaria da Fazenda Salambaia pela alegria com a qual sempre nos
Ao Dr. Rumualdo da cidade do Congo pela excelente estadia e pela ajuda com a
alimentação do grupo.
A José Roberto Lima (Robertinho) pela parceria e companhia aos diversos campos durante
Prefácio ........................................................................................................................................ 11
Fabaceae Lindl. ............................................................................................................................ 23
Diversidade taxonomica no Cariri paraibano ................................................................................. 24
Fazenda Salambaia ...................................................................................................................... 24
Fazenda Santa Clara .................................................................................................................... 25
Serra do Jatobá ............................................................................................................................ 25
RPPN Fazenda Almas .................................................................................................................. 25
Serra da Engabelada .................................................................................................................... 26
Serra do Paulo .............................................................................................................................. 27
Assentamento Santa Catarina ...................................................................................................... 27
Rio Sem Denominação ................................................................................................................. 27
Caracteres morfológicos de importância ecológica ....................................................................... 27
Classificação de subfamílias (LPWG 2017) e tribos (Lewis et al. 2005). ...................................... 30
Fabaceae Lindl., Intr. Nat. Syst. Bot. (ed. 2) 148 1836. ............................................................. 35
Chave para subfamílias do Cariri Paraibano ................................................................................. 36
Chave para gêneros de Detarioideae do Cariri Paraibano ............................................................ 36
Chave para gêneros de Caesalpinioideae do Cariri Paraibano ..................................................... 37
Chave para gêneros de Papilioideae do Cariri Paraibano ............................................................. 39
Morfologia das Fabaceae do Cariri Paraibano .............................................................................. 43
Chaves dicotômicas .................................................................................................................. 95
Chave A Folhas 1-3-folioladas................................................................................................... 96
Chave B folhas 3-folioladas ....................................................................................................... 96
Chave C folha 4-foliolada .......................................................................................................... 98
Chave D folha paripinada maior que quatro folíolos .................................................................. 99
Chave F folha Bipinada ........................................................................................................... 102
Cercidoideae ............................................................................................................................. 106
1. Bauhinia cheilantha (Bong.) Steud. ..................................................................................... 109
2. Bauhinia subclavata Benth. ................................................................................................. 114
Detarioideae .............................................................................................................................. 120
3. Hymenaea rubriflora Ducke ................................................................................................. 121
4. Peltogyne pauciflora Benth. ................................................................................................. 126
5. Tamarindus indica L. ........................................................................................................... 131
Caesalpinioideae....................................................................................................................... 135
6. Chamaecrista absus (DC.) H.S. Irwin & Barneby. ................................................................ 140
7. Chamaecrista amiciella (H.S. Irwin & Barneby) H.S. Irwin & Barneby .................................. 142
8. Chamaecrista calycioides (DC. ex Collad.) Greene. ............................................................ 146
9. Chamaecrista duckeana (P. Bezerra & Afr. Fern.) H.S. Irwin & Barneby. ............................ 150
11. Chamaecrista pilosa (L.) Greene. ...................................................................................... 157
12. Chamaecrista repens (Vogel) H.S. Irwin & Barneby. ......................................................... 160
13. Chamaecrista rotundifolia (Pers.) Greene. ......................................................................... 164
14. Chamaecrista serpens (L.) Greene. ................................................................................... 166
15. Chamaecrista supplex (Mart. ex Benth.) Britton & Rose ex Britton & Killip. ........................ 169
16. Chamaecrista tenuisepala (Benth.) H.S. Irwin & Barneby .................................................. 172
17. Chamaecrista zygophylloides (Taub.) H.S. Irwin & Barneby. ............................................. 176
18. Senna alata (L.) Roxb.. ...................................................................................................... 184
19. Senna angulata (Vogel) H.S. Irwin & Barneby. .................................................................. 188
20. Senna aversiflora (Herb.) H.S. Irwin & Barneby ................................................................. 191
21. Senna macranthera (DC. ex Collad.) H.S. Irwin & Barneby ............................................... 195
22. Senna martiana (Benth.) H.S. Irwin & Barneby .................................................................. 199
23. Senna obtusifolia (L.) H.S. Irwin & Barneby ....................................................................... 205
24. Senna occidentalis (L.) Link, Handbuch 2: 140. 1829. ....................................................... 208
25. Senna pendula (Humb. & Bonpl. ex Willd.) H.S. Irwin & Barneby ...................................... 212
26. Senna rizzinii H.S. Irwin & Barneby. .................................................................................. 216
27. Senna siamea (Lam.) H.S. Irwin & Barneby....................................................................... 221
28. Senna spectabilis (DC.) H.S. Irwin & Barneby. .................................................................. 225
29. Senna splendida (Vogel) H.S. Irwin & Barneby .................................................................. 229
30. Senna trachypus (Mart. ex Benth.) H.S. Irwin & Barneby................................................... 235
31. Senna uniflora (Mill.) H.S. Irwin & Barneby ........................................................................ 240
32. Pterogyne nitens Tul.......................................................................................................... 243
33. Cenostigma nordestinum Gagnon & G.P. Lewis ................................................................ 245
34. Delonix regia (Bojer ex Hook.) Raf..................................................................................... 251
35. Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L.P. Queiroz. ...................................................................... 254
36. Parkinsonia aculeata L. ..................................................................................................... 261
37. Albizia lebbeck (L.) Benth. ................................................................................................. 268
38. Albizia polycephala (Benth.) Killip. ..................................................................................... 272
39. Calliandra subspicata Benth. ............................................................................................. 276
40. Chloroleucon dumosum (Benth.) G.P. Lewis. .................................................................... 282
41. Chloroleucon foliolosum (Benth.) G.P. Lewis ..................................................................... 286
42. Enterolobium timbouva Mart.. ............................................................................................ 289
43. Pithecellobium diversifolium Benth. ................................................................................... 296
44. Pithecellobium dulce (Roxb.) Benth.. ................................................................................. 299
45. Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan ............................................................................ 305
46. Desmanthus virgatus (L.) Willd. ......................................................................................... 310
47. Lachesiodendron viridiflorum (Kunth) P.G. Ribeiro, L.P. Queiroz & Luckow. ..................... 315
48. Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit............................................................................... 318
50. Mimosa arenosa (Willd.) Poir.. ........................................................................................... 329
51. Mimosa borboremae Harms ex Luetzelburg. ..................................................................... 333
52. Mimosa camporum Benth. ................................................................................................. 337
53. Mimosa candollei R. Grether ............................................................................................. 341
54. Mimosa invisa Mart. ex Colla. ............................................................................................ 343
55. Mimosa ophthalmocentra Mart. ex Benth........................................................................... 345
56. Mimosa paraibana Barneby. .............................................................................................. 349
57. Mimosa sensitiva L. ........................................................................................................... 353
58. Mimosa somnians Humb. & Bonpl. ex Willd....................................................................... 357
59. Mimosa tenuiflora Benth. ................................................................................................... 361
60. Mimosa ursina Mart.. ......................................................................................................... 366
61. Neptunia plena (L.) Benth.. ................................................................................................ 368
62. Parapiptadenia zehntneri (Harms) M.P. Lima & H.C. Lima ................................................ 372
63. Piptadenia stipulacea (Benth.) Ducke. ............................................................................... 376
64. Prosopis juliflora (Sw.) DC.. ............................................................................................... 382
65. Senegalia bahiensis (Benth.) Seigler & Ebinger................................................................. 390
66. Senegalia polyphylla (DC.) Britton. .................................................................................... 393
67. Senegalia tenuifolia (L.) Britton & Rose ............................................................................. 398
68. Vachellia farnesiana (L.) Wight & Arn. ............................................................................... 403
Papilionoideae........................................................................................................................... 407
69. Aeschynomene americana L. ............................................................................................ 410
70. Aeschynomene scabra G. Don. ......................................................................................... 413
71. Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm. .......................................................................... 417
72. Ancistotropis peduncularis (Labill.) Hook. f.. ...................................................................... 421
73. Andira legalis (Vell.) Toledo. .............................................................................................. 424
74. Arachis dardanii Krapov. & W.C. Greg............................................................................... 426
75. Canavalia brasiliensis Mart. ex Benth.. .............................................................................. 429
76. Centrosema arenarium Benth.. .......................................................................................... 436
77. Centrosema brasilianum (L.) Benth.. ................................................................................. 439
78. Centrosema pascuorum Mart. ex Benth. ........................................................................... 442
79. Centrosema pubescens Benth........................................................................................... 444
80. Centrosema sagittatum (Humb. & Bonpl. ex Willd.) Brandegee. ........................................ 446
81. Crotalaria holosericea Nees & C. Mart............................................................................... 451
82. Crotalaria incana L.. .......................................................................................................... 456
83. Crotalaria vitellina Ker Gawl. ............................................................................................. 462
84. Ctenodon benthamii (Rudd) D.B.O.S. Cardoso, Filardi & H.C. Lima. ................................. 467
85. Ctenodon histrix (Poir.) D.B.O.S. Cardoso, P.L.R. Moraes & H.C. Lima ............................... 470
86. Ctenodon monteiroi D.B.O.S. Cardoso, Filardi & H.C. Lima .............................................. 472
87. Ctenodon viscidulus (Michx.) D.B.O.S. Cardoso & A. Delgado. ......................................... 475
88. Dahlstedtia araripensis (Benth.) M.J. Silva & A.M.G. Azevedo .......................................... 478
89. Dalbergia catinguicola Harms ............................................................................................ 482
90. Desmodium glabrum (Mill.) DC.. ........................................................................................ 487
91. Desmodium procubens (Mill.) Hitchc. ................................................................................ 489
92. Dioclea lasiophylla Mart. ex Benth. .................................................................................... 492
93. Erythrina velutina Willd. ..................................................................................................... 496
94. Galactia jussiaeana Kunth. ................................................................................................ 503
95. Galactia striata (Jacq.) Urb. ............................................................................................... 505
96. Geoffroea spinosa Jacq.. ................................................................................................... 507
97. Gliricidia sepium (Jacq.) Kunth ex Walp. ........................................................................... 511
98. Indigofera hirsuta L. ........................................................................................................... 516
99. Indigofera microcarpa Desv. .............................................................................................. 520
100. Indigofera suffruticosa Mill. .............................................................................................. 522
101. Lonchocarpus sericeus (Poir.) Kunth ex DC. ................................................................... 525
102. Luetzelburgia auriculata (Allemão) Ducke........................................................................ 528
103. Machaerium hirtum (Vell.) Stellfeld. ................................................................................. 533
104. Macropsychanthus grandiflorus (Mart. ex Benth.) L.P. Queiroz & Snak. .......................... 536
105. Macroptilium gracile (Poepp. ex Benth.) Urb.................................................................... 543
106. Macroptilium lathyroides (L.) Urb. .................................................................................... 548
107. Macroptilium martii (Benth.) Maréchal & Baudet .............................................................. 552
108. Muellera campestris (Mart. ex Benth.) M.J. Silva & A.M.G. Azevedo. .............................. 555
109. Myroxylon peruiferum L. f.. .............................................................................................. 558
110. Nissolia vincentina (Ker Gawl.) T.M.Moura & Fort.-Perez ................................................ 561
111. Platymiscium floribundum Vogel. ..................................................................................... 566
112. Poecilanthe grandiflora Benth. ......................................................................................... 569
113. Rhynchosia minima (L.) DC. ............................................................................................ 571
114. Sesbania exasperata Kunth ............................................................................................. 577
115. Sesbania virgata (Cav.) Poir. ........................................................................................... 580
116. Stylosanthes humilis Kunth. ............................................................................................. 585
117. Stylosanthes minima J.J.S.Ferreira & J.Santos-Silva....................................................... 587
118. Stylosanthes viscosa (L.) Sw.. ......................................................................................... 590
119. Tephrosia cinerea (L.) Pers.. ........................................................................................... 596
120. Tephrosia purpurea (L.) Pers. .......................................................................................... 598
121. Zornia brasiliensis Vogel.................................................................................................. 602
122. Zornia leptophylla (Benth.) Pittier..................................................................................... 605
123. Zornia myriadena Benth. ................................................................................................. 607
124. Zornia reticulata Sm......................................................................................................... 611
Referências................................................................................................................................. 615
Glossário Morfológico ................................................................................................................. 617
Glossário Etimológico ................................................................................................................. 620
Indice de nomes científicos ......................................................................................................... 624
Sobre o autor .............................................................................................................................. 626
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Prefácio
Após minha jornada estudantil concluída, com algumas pedras contornadas e experiências
acumuladas, retornei ao nordeste à Paraíba, próximo de minha terra potiguar. Abracei à docência
com seus desafios e paradigmas. Foram semanas intensas aquelas entre setembro e novembro de
2013, pois trabalhava dia e noite para dar conta das atividades. Em meio a pressão, a professora
Rita Baltazar me apresentou ao professor Bartolomeu Israel (Bartô) que é um dos maiores
pesquisadores do Cariri paraibano. Naquela empolgação, fui convidado por Bartô, para conhecer o
Cariri paraibano. Convite aceito, naquela mesma semana, passamos o sábado e o domingo nos
Cariris Velhos. Naquela época, desconhecia a existência do Cariri na Paraíba, sendo o Cariri para
mim, uma região Cearense. Naquela tarde de novembro num sábado, chegamos ao Cariri onde vi
pela primeira vez a Caatinga cuja vegetação estava totalmente árida, até me emocionei ao rever as
terras semiáridas nordestinas. Visitamos os a serra do Pindurão no município de Camalaú e a bacia
Escola em São João do Cariri. No campo, aprendi bastante com as explanações de Bartolomeu que
eram muito didáticas e realmente conhecia o Cariri da Paraíba a fundo. Naquele campo, iniciamos
uma parceria onde fiquei encarregado em estudar a flora, me tornando novo membro do Grupo de
Estudos do Semiárido GESA. As nossas pesquisas envolvem estudos com vegetação e flora a fim
de entender a relação entre a ação antrópica e a modificação da paisagem. Buscamos conhecer as
paisagens mais conservadas e próximas de ambientes naturais. Cremos que quanto mais arbórea
e diversa em espécies vegetais for a paisagem mais natural e conservado é o ambiente.
À primeira vista, o Cariri paraibano pareceu uma região homogênea com paisagens compostas de
vegetação arbustiva rica em Cactáceas e Bromeliáceas. Entretanto, à medida que fui conhecendo
minha percepção mudou completamente. Viajamos dezenas de vezes para reconhecimento de
áreas, coleta de dados, coleta de material botânico e aula prática e participar de evento.
Viajamos três vezes para reconhecer as áreas na Fazenda Salambaia, em Serra Branca e no
Congo, onde se estabeleceu e o Serra da Engabelada como áreas para levantamento de vegetação.
As coletas de dados por meio de levantamento rápido de flora foram realizadas na Fazenda Santa
Clara, Fazenda Salambaia, RPPN Fazenda Almas, Serra da Engabelada, São Domingos e Serra
do Paulo e Levantamento Santa Catarina. As coletas de material botânico e aulas práticas
ocorreram na RPPN Fazenda Almas e Serra do Jatobá em Serra Branca. Por fim, foram realizados
três eventos um na faz. Salambaia, um no Pai Mateus e o último no Assentamento Santa Catarina.
A Salambaia foi selecionada para o estudo de vegetação devido a presença da vegetação arbórea
e rica em diversidade de espécies. Entre as espécies a maior constituição era de plantas da mata
arbórea como brejuís (Myroxylum peruiferum), ipês (Handroanthus impetiginosus), jatobás
(Hymenaea rubriflora), olho-de-boi (Tocoyena sellowiana) e uvaias (Eugenia, Calyptranthes e
Myrcia). A presença deste tipo de vegetação arbórea numa das áreas consideradas mais áridas do
Brasil nos deixou muito empolgado. Na tentativa de entender esta complexidade foram realizados
11 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
levantamentos de vegetação com os quais foi obtida uma gama de informações/dados que estão
sendo usados no desenvolvimento de dissertações e teses. Para a construção destes
levantamentos foram realizadas 12 viagens de campo àquela área. Nestes campos, obtivemos
resultados sobre tipo de vegetação e composição florística, diferentes tipos de fitofisionomias, bem
como dados de geografia física. Através dos dados levantados e as atividades realizadas foi criado
o geoparque do Cariri.
Fizemos ainda uma viagem de prospecção a Serra Branca, mas nos limitamos a esta única
expedição por não ter encontrado uma vegetação bem conservada. Todavia tive oportunidade
conhecer a diversidade de Fabaceae ao colaborar no desenvolvimento de um estudo recentemente
publicado (Rodrigues et al. 2020).
Na RPPN Fazenda Almas foram realizadas coletas de material botânico com Prof. Dra. Ana Paula
Fortuna, professor Rivete Lima e os pesquisadores da Mark Olso e Julieta Olso da UNAM, Rafaela
Forza (Jardim Botânico do Rio de Janeiro), Maurício Figueiras e Bianca Schindler (IFN), Luiz
Henrique e Ricardo Pontes. Viagem de reconhecimento com Dra. Irma Trejo pesquisadora da
UNAM. Na fazenda Almas realizei cinco aulas de campo com os alunos de biologia da UFPB. A
RPPN fazenda Almas entre as áreas estudadas foi aquela mais preservada com uma grande
heterogeneidade de ambientes.
Na Serra do Paulo em São João do Tigre foram realizadas duas viagens para levantamento rápido
de vegetação. Sem dúvidas esta área é a área mais atípica do Cariri Paraibano sendo em geral
maior riqueza de espécies de zonas de mata úmida e subúmida, provavelmente em decorrência da
altitude. Talvez esta área poderia ser classificada como um tipo de brejo de altitude.
brasileiros, Dirce Suertegaray, Bartolomeu de Souza, Eduardo Viana, Pedro Viana, Rafael Xavier e
Raquel Porto entre os campos estava o assentamento Santa Catarina em Monteiros.
Em síntese, até o momento somam-se sete anos de estudos no Cariri Paraibano iniciado em 2013
estagnado em 2020 em decorrência da pandemia. Foram realizadas 41 viagens, sendo os lugares
mais visitados Fazenda Salambaia (12 viagens), RPPN Fazenda Almas (11) e Congo (6). Foi
construído um banco de dados referentes a vegetação que vem sendo estudado pelos alunos de
Bartolomeu. Quanto aos registros fotográficos construímos um banco com 22.018 imagens.
Durante as expedições um dos principais focos de minha pesquisa foi a família Fabaceae por ser
minha principal linha de pesquisa. Realmente pensar a importância da família na composição da
paisagem e perceber que de fato Fabaceae se trata de um dos elementos chaves na composição
florística da Caatinga. Sendo esta família bem representada tanto no período de seca através da
presença de arbustos, árvores e lianas, bem como sua imensa presença na época das chuvas
quando predominam ervas e trepadeiras. Uma das maiores dificuldades se deu em decorrência dos
anos áridos que somaram sua maioria, apenas a partir de 2018, pudemos reconhecer melhor a
diversidade do estrato herbáceo, além disto houve o fato do pastoreio intenso que reduz
imensamente a biomassa dos grupos herbáceos. Caso não existisse a RPPN Fazenda Almas,
jamais reconheceríamos a real diversidade de Fabaceae no Cariri.
Para além das descrições o ebook conta com um material extremamente ilustrado com pranchas
para todas as espécies, bem como uma parte sobre a morfologia do grupo.
13 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Cariri paraibano
O Cariri paraibano está inserido sobre o planalto da Borborema e está localizado no centro-
sul do estado da Paraíba, Região Nordeste do Brasil (Figura 1A e 1B), distando a cerca de
180 km da capital João Pessoa (Souza et al. 2009). Abrange 29 municípios e cerca de
11.233 km2 (Alves 2009) e se caracteriza por apresentar índices pluviométricos baixos com
precipitação média variando de 400 a 600 mm ano, sendo considerado um dos polos
anuais, sendo um dos mais baixos índices do Brasil. No Cariri paraibano o clima é do tipo
Bsh de Köppen que se caracteriza por elevadas temperaturas (Nascimento e Alves 2008),
com médias anuais de 26°C médias mínimas inferiores a 20°C e a umidade relativa do ar
não ultrapassa 75% (Barbosa et al. 2007). O relevo é semicolinoso com altitude média
variando entre 450 a 600 m com alguns pontos podendo atingir até 1.180 m na APA das
Onças (município de São João do Tigre), e os solos são rasos (Sampaio et al. 1981).
nordestinum Gagnon & G.P. Lewis, Croton blanchetianus Baill., Combretum leprosum Mart.,
Jatropha molíssima (Pohl) Baill., Aspidosperma pyrifolium Mart. & Zucc., Manihot
catingae Ule, Bauhinia cheilantha (Bong.) Steud., Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir. e
O Cariri paraibano está entre as áreas de mais alta prioridade para estudo e conservação
14 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
15 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
A flora do Cariri paraibano ainda é pouco conhecida, pois são raros os estudos
florísticos realizados nesta região. O levantamento mais completo foi realizado por Barbosa
et al. (2007), que amostraram 396 espécies e 85 famílias, sendo Fabaceae a maior família
RPPN Fazenda Almas onde encontraram 293 espécies e 68 famílias, sendo Fabaceae a
mais representada com 48 espécies. Queiroz et al. (2017), estudando uma área antropizada
estrato herbáceas, naquele trabalho Fabaceae com 23 espécies foi a mais diversa. Estudos
com famílias específicas foram realizados Pessoa e Barbosa (2012) com Rubiaceae
com as famílias revelarão uma diversidade muito maior que a até o momento encontrado.
acreditava-se que um maior esforço amostral deveria relevar uma maior diversidade de
abrangente, foram selecionadas oito áreas em oito municípios do Cariri paraibano (Figura
1C) que ainda não tinham sido contemplados em estudos anteriores (Tabela 1). Essas
áreas correspondem aos locais onde são realizados estudos de vegetação pela equipe do
de Queiroz.
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Fabaceae Lindl.
superada apenas por Orchidaceae e Asteraceae (Lewis et al. 2005), e compreende 770
No Brasil, Fabaceae é a família com maior riqueza sendo representada por 234 gêneros e
2.941 espécies, das quais 15 gêneros e 1.568 espécies são endêmicas, sendo a família
Cerrado (1.283) e Caatinga (632) (Flora do Brasil 2020). Segundo Giulietti et al. (2002), a
ervilha, grão de bico e tamarindo. Além disto várias espécies desta família têm seu uso
produtos medicinais e até mesmo faz parte de seu folclore e rituais religiosos.
Algumas espécies exóticas de Fabaceae foram introduzidas no Brasil e acordo com a Flora
do Brasil (2020) são 22 espécies naturalizadas. No Cariri paraibano, estas espécies estão
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
por exemplo Prosopis juliflora. Assim, neste trabalho as espécies foram incluídas visando
No Cariri paraibano Fabaceae está representada por 124 espécies, 60 gêneros, 16 tribos e 4
subfamílias. Foram incluídas oito espécies exóticas, Albizia lebbeck, Delonix regia, Gliricidia sepium,
Leucena leucocephala, Pithecellobium dulce, Prosopis juliflora, Senna siamea e Tamarindus indica por
ambientes formando áreas exclusivas deste taxon. Esta espécie é considerada importante no local
A subfamília Caesalpinioideae, entre as demais, foi a mais representativa com 63 espécies, sendo
espécies), Detarioideae (3) e Cercidiodeae (2). Os gêneros mais diversos em espécies foram Senna
(14), Chamaecrista e Mimosa (12 cada), padrão esse encontrado por Cordula et al. (2008) e Queiroz
de rio e ou açude.
Fazenda Salambaia
A fazenda Salambaia localizada em Boa Vista é uma área preservada onde ocorre um grande
presença de ações antrópicas. Nesta área foram observadas 61 espécies, sendo estas distribuídas
nos ambientes heterogêneos. Esta área é composta de distintas fitofisionomias como curso de água
e açude, áreas planas com solos brancos e afloramentos rochosos. Nos cursos de água foram
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
açude foi obervado Neptunia plena e Parkinsonia aculata. Em ambiente plano de solos brancos
A fazenda Santa Clara localizada em São João do Cariri, entre as áreas é a mais antropizada. Esta
área não ocorreu afloramento, sendo obsevadas fitofisionomias de mata com um curso de água. A
Prosopis juliflora exótica. A maior diversidade de espécies do grupo era constituída por herbáceas
que está oculto na maior parte do tempo na forma de sementes. A vegetação arbustiva fechada
Serra do Jatobá
A serra do Jatobá está localizada en Serra Branca, constitui um grande batólito, onde a vegetação
está encontra-se no entorno e sobre o afloramento, nesta área publicamos um artigo (Rodrigues et
A RPPN Fazenda Almas localizada em São José dos Cordeiros apresenta uma ampla
se da área mais preservada com vegetação arbustiva, arbórea e herbácea sobre os afloramentos.
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Nesta área foram encontradas 71 espécies do grupo. Para as diferentes fitofisionomias as espécies
Luetzelburgia auriculata. Algumas espécies foram encontradas apenas no subosque da mata como
arbórea na área inclinada composta de grandes árvores com caule armado de Anadenathera
Piptadenia stipulacea. Na área de pastagem a jusante do açude se destacou uma mata de Prosopis
juliflora. Na RPPN Almas apenas quatro espécies foram exclusivas Chamaecista absus,
Indigofera microcarpa poderão serem encontradas nas demais áreas. Ambas são comuns de serem
minima, já são espécies menos generalistas. C. tenuisepala ocorreu proximo a um lajedo enquanto
Serra da Engabelada
A Serra da Engabelada fica localizada no Congo se trata duma serra com grandes afloramentos
rochosos, entremeados por uma vegetação arbustivo-arbórea com espécies pouco comuns na
Caatinga como espécies de Myrtaceae. Nesta mata foi encontrado um indivídio de Andira legalis se
tratando do primeiro registro do gênero no semiárido paraibano. A proporção que aumenta a cota
encontradas 36 espécies de Fabaceae, sendo estas comum nas áreas mais áridas, entretanto
adicionamos as espécies que ocorrem no rio temporário por onde passa água da transposição, na
margem do rio forma encontradas as espécies exclusivas daque lugar encontradas espécies
exclusivas amostradas no Cariri Paraibano, As espécies de Fabaceae são espécies de zonas muito
áridas.
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Serra do Paulo
A Serra do Paulo localizada em São João do Tigre apresentou três tipos de fitofisionomia ocorrendo
afloramentos, matas e áreas antropizadas. Nesta área foram encontradas 58 espécies, sendo
aquela maior cota altitudinal entre as demais, fato que provavelmente proporcionou um maior
número de espécies exclusivas como Bauhinia sublavata, Chamaecrista repens, Senna angulata,
floribundum.
O assentamento Santa Catarina fica localizada em Monteiro. Esta área apresentou ambientes
vegetação teve como predomínio o porte arbustivo-arbóreo com presença de herbáceas na lagoa
temporário. Nesta área foram encontradas 61 espécies, sendo Mimosa somnians e Senna pendula.
O Rio Sem Denominação está localizado em São Domingos. Esta área apresentou dois principais
ambientes um curso de rio e uma área antropizada. A vegetação teve como predomínio o porte
arbustivo. Nesta área foram encontradas 33 especies, sendo Pithecellobium diversifolium a única
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Quanto ao hábito foram encontradas árvores (46 espécies), arbustos (15), lianas (6), ervas (16),
subarbusto (28) e trepadeiras (13). Na paisagem dos Cariris velhos, durante a maior parte do ano,
que fica oculta na forma de sementes. O trabalho de Córdula et al. (2008), em Mirindiba no
59% da totalidade contra 41% de plantas herbáceas. Entretanto o componente lenhoso é o inverso
nos trabalhos realizados no Rio Grande do Norte por Queiroz et al. (2015), onde as Fabaceae
lenhosas equivalem apenas 15% contra 85% de plantas herbáceas. E proporção semelhantemente
com plantas lenhosas foi encontrada por Amorim et al. (2016), sendo estas constituidas por 38%
A grande maioria das espécies são inermes, sendo 26 espécies armadas onde 17 têm acúleos e
em todas as subfamílias com concentração maior nas espécies de Ceasalpinioideae, sendo neste
e Centrosema sagittatum.
A forma de inflorescência mais encontrada foi do tipo racemo e variantes de flores pediceladas com
Quanto a simetria floral a forma mais abundante é a zigomorfa 76 espécies, seguido de actinomorfa
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Os frutos secos apresentaram maior número com 117 espécies e apenas sete frutos carnosos
Os frutos secos deiscentes legume e folículo foram encontrados em 67 espécies, sendo apenas
uma espécie com fruto tipo folículo em Anadenanthera colubrina. Os frutos indeisentes estão
distribuídos em câmara (11), craspédio (12), criptolomento (1), lomento (17) e sâmara (9).
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Árvore, arbusto, liana, subarbusto, erva, trepadeira; ramo escabroso, glabro, glabrescente,
ovário súpero, estipitado ou séssil, uni ou pluriovulados, placentação marginal. Fruto seco
armado; margem reta ou constrita. Semente testa lisa, rugosa ou glutinosa; monocromada
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
2. Ramos armados............................................................................................................... 3
4. Ramos armados com espinhos, flor zigomorfa, corola dialipétala ................. Parkinsonia
4’. Ramos armados com acúleo, flor actinomorfa, corola gamopétala...................... Mimosa
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
16. Ramo com tricoma glandular, glutinoso, fruto legume .................................. Cenostigma
16’. Ramo com tricoma tomentuloso, não glutinoso, fruto câmara ........................... Libidibia
3’. Folha 14-39-foliolada, flor amarela ou violeta, fruto sâmara ou drupa ............................ 4
6’. Folha pinada, glândulas na lâmina foliolar, bractéolas basifixas ou ausentes ................ 7
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
8’. Estípula adnata ao pecíolo, inflorescência espiciforme, anteras dimorfas ............ Arachis
16’. Subarbusto, arbusto ou árvore, flor creme, rosa, vermelha, violeta ............................ 17
19’. Indumento piloso, inflorescência pseudorracemo, antera não rostrada .......... Tephrosia
22. Androceu dialistêmone, sâmara com núcleo seminífero basal .................. Luetzelburgia
31’. Folíolos sem glândulas, flores lilás, violeta, rosa, vermelha ........................................ 32
33. Flores rosas, anteras isomorfas, legume com margem reta ................................ Dioclea
33’. Flores violetas, anteras dimorfas, legume com margem constrita .... Macropsychanthus
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
B C
A B
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
C D
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Indigofera microcarpa
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Senna uniflora
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Senegalia polyphylla
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B C
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
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Mimosa paraibana
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
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Crotalaria holosericea
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Senna martiana
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Macropsychanthus grandiflorus
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Chamaecrista duckeana
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
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Centrosema brasilianum
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Mimosa paraibana
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Senegalia polyphylla
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Enterolobium timbouva
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Enterolobium timbouva
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Centrosema pascuorum
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Centrosema pascuorum
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Chamaecrista rotundifolia
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Chamaecrista tenuisepala
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Senegalia polyphylla
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B C
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D
C
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Chaves dicotômicas
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
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19. Ápice foliolar retuso; racemo congesta; legume arqueado .......... 94. Galactia jussiaeana
19’. Ápice foliolar agudo; racemo laxo; legume reto .................................. 95. Galactia striata
20. Folíolo linear ............................................................................ 78. Centrosema pascurum
20’. Folíolo elíptico-lanceolado ou lanceolado ou oval ......................................................... 21
21. Folíolo oval............................................................................. 79. Centrosema pubescens
21’. Folíolo elíptico-lanceolado ou lanceolado ..................................................................... 22
22. Estípula estreitamente-triangular; flor violeta ......................... 77. Centrosema brasiliensis
22’. Estípulas triangular; flor rosa.................................................. 76. Centrosema arenarium
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FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
9. Folha 7-foliolada; ápice foliolar agudo; flor pedicelada; androceu monadelfo ...............
.......................................................................................... 112. Poecilanthe grandiflora
9’. Folha 9-10-foliolada; ápice foliolar mucronado; flor séssil; androceu dialistêmone ........
............................................................................................... 71. Amburana cearensis
10. Folíolo elíptico; fruto sâmara ........................................................ 32. Pterogyne nitens
10’. Folíolo oblongo, oblongo-linear; fruto lomento ou câmara ........................................ 11
11. Subarbusto; ramo com tricoma glandular; flor amarela ........... 84. Ctenodon benthamii
11’. Erva; ramo com tricoma hispido; flor alva ..................................... 85. Ctenodon histrix
12. Folha 23-28-foliolada ................................................................................................. 13
12’. Folha 7-11-foliolada .................................................................................................. 14
13. Arbusto; folíolos alternos, oblongos; fruto lomento.................... 86. Ctenodon monteiroi
13’. Árvore; folíolos opostos, elípticos, fruto legume............................97. Gliricidia sepium
14. Árvore; fruto drupa ou sâmara ................................................................................... 15
14’. Subarbusto ou trepadeira; fruto legume ou lomento ................................................. 19
15. Estipela presente; fruto drupa ........................................................... 73. Andira legalis
15’. Estipela ausente; fruto sâmara ................................................................................. 16
16. Inflorescência pseudorracemo ......................................... 101. Lonchocarpus sericeus
16’. Inflorescência panicula ............................................................................................ 17
17. Folíolo oval; flor rosa ..........................................................88. Dahlstedtia araripensis
17’. Folíolo elíptico; flor alva ........................................................................................... 18
18. Inflorescência panícula terminal, ramo tomentuloso; ápice foliolar mucronado; sâmara
com núcleo seminífero basal ......................................... 102. Luetzelburgia auriculata
18’. Inflorescência pseudorracemo axilar, ramo glabro; ápice foliolar rotundo; sâmara com
núcleo seminífero central .................................................... 108. Muellera campestris
19. Trepadeira; flores amarelas; fruto lomento ................................ 110. Nissolia vicentina
19’. Subarbusto; flor rosa, vermelha ou lilás; fruto legume .............................................. 20
20. Ramo glabro ou piloso; folíolos com nervação camptódroma; inflorescência terminal;
pseudorracemo ou cimosa ..................................................................................... 21
20’. Ramo hispido ou malpighiáceo; folíolos com nervação broquidódroma; inflorescência
axilar; racemo.......................................................................................................... 22
21. Ramo piloso ou glabro; inflorescência cimosa ......................... 119. Tephrosia cinerea
21. Ramo glabro; inflorescência pseudorracemo ......................... 120. Tephrosia purpurea
22. Subarbusto decumbente; folíolo com glândula; flor lilás ...... 98. Indigofera microcarpa
22’. Subarbusto ereto; folíolo sem glândula; flor vermelha .............................................. 23
23. Ramo ferrugíneo hispido-malpighiáceo legume reto .................. 98. Indigofera hirsuta
23. Ramo cinzento malpighiáceo; legume arqueado ............... 100. Indigofera suffrutticosa
Cercidoideae
Árvore; ramo inerme. Estípula lateral, basifixa. Glândulas presente. Filotaxia alterna,
Bauhimia L é constituida por cerca de 160 espécies, das quais 57 ocorrem no Brasil, destas
1. Folha com lobos 3/4 menores que a lâmina, nervuras 10, botão multiestriado, pétala
1’. Folha com lobos 1/4 menores que a lâmina, nervura 8, botão pentraestriado, pétala linear
Cercidoideae
Árvore; ramo cilíndrico, tricoma tomentuloso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,
Folha unifoliolada, 1-foliolada, estipela ausente, folíolo bilobado, ápice cordado, margem
rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário estipitado, pluriovulado. Fruto legume, estipitado,
plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente oblonga, testa
Uso potencial: forrageira, lenha, estaca e medicinal. Segundo Agra et al. (2007), o decocto
do diabetes.
Esta espécie foi encontrada em áreas preservadas onde o relevo inclinado, sendo os solos
forma embira. A planta é caducifolia e suas folhas são cartáceas a subcoriáceas, as flores
abelhas, mariposas e beija-flores como visitante florais. Pode ser confundida com Bauhinia
sublavata, porém são distintas pelas folhas mais tomentulosas, nervação proeminente,
Bauhinia cheilantha
Bauhinia cheilantha
Bauhinia cheilantha
Bauhinia cheilantha
Árvore; ramo cilíndrico, tricoma tomentuloso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,
Folha unifoliolada, 1-foliolada, estipela ausente, folíolo bilobado, ápice cordado, margem
plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente elíptica, testa marrom, dura, pleurograma
Esta espécie é endêmica do nordeste e na área de estudo foi encontrada apenas na Serra
do Paulo a cerca de 1.100 m de altitude no interior de uma capoeira. Esta espécie apresenta
Bauhinia subclavata
Bauhinia subclavata
Bauhinia subclavata
Bauhinia subclavata
Detarioideae
120 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Detarioideae
3. Hymenaea rubriflora Ducke, Mem. Inst. Oswaldo Cruz 51: 457. 1953.
Árvore; ramo cilíndrico, tricoma tomentuloso, inerme. Odor presente suave. Estípula
lateral, lanceolada, basifixa, caduca. Glândula presente na lâmina foliar, diversas, séssil.
homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniforme, rostro ausente; ovário estipitado,
margem reta. Semente orbicular, testa dura, marrom, pleurograma ausente, arilo ausente,
hilo lateral.
endêmicas (flora do Brasil 2020). Hymenaea rubriflora foi encontrada apenas nas bordas
dos grandes afloramentos formando uma estreita faixa de mata densa, produzindo uma
grande quantidade de serrapilheira. Esta espécie perde as folhas apenas em anos de seca
muito intensa. Morfologicamente esta espécie pode confundida em estágio vegetativo com
Peltogyne pauciflora por compartilhar o hábito arbóreo, as folhas bifolioladas com glândulas
translúcidas, entretanto podem ser distintas pela margem foliolar inteira, as galhas
ausentes e frutos tipo câmara em H. rubriflora versus margem serreada e galhas presentes
Hymenaea rubriflora
Hymenaea rubriflora
Hymenaea rubriflora
Hymenaea rubriflora
Árvore ou arbusto; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor suave presente. Estípula lateral,
suborbicular, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente oboval, testa marrom,
Peltogyne Vogel apresenta 25 espécies, sendo encontradas 23 no Brasil, das quais 15 são
endêmicas (Flora do Brasil 2020). Peltogyne pauciflora foi encontrada com o hábito arbóreo
na base dos afloramentos rochosos e arbustivo sobre o afloramento nas fraturas da rocha
bem como em áreas com relevo inclinado, sendo sua presença associada aos
Entretanto, Peltogyne pauciflora tem folíolos com margem serreada e muitas vezes galhas
presentes, estame com antera é amarela, fruto é um legume plano, monospérmico versus
folíolos com margem inteira e galhas ausentes, estame com antera branca, fruto é uma
126 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
caatingas do nordeste brasileiro. Queiroz (2009) descreveu como principal habitat as areias,
400 m.
Peltogyne pauciflora
Peltogyne pauciflora
Peltogyne pauciflora
Árvore; ramo cilíndrico, indumento glabrescente, inerme. Odor suave presente. Estípula
rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto câmara, estipitado,
plurisseminado, oblongo, túrgido, epicarpo inerme, margem reta. Semente quadrada, testa
Tamarindus L. apresenta apenas uma espécie, sendo esta introduzida no Brasil (Flora do
Brasil 2020). Segundo Lorenzi et al. (2003), trata-se de uma espécie é exótica, proveniente
da África tropical e Índia, sendo amplamente cultivada em pomares e praças do Brasil por
seu potencial ornamental, alimentar e medicinal. Tamarindus indica pode ser reconhecida
pelo hábito arbóreo com tronco estriado-reticulado, copa aberta, os ramos inermes, glabros
axilares e os frutos tipo câmara. Os frutos são extremamente ácidos e muito usados para
fazer sucos.
Tamarindus indica
Tamarindus indica
Tamarindus indica
Caesalpinioideae
Erva, subarbusto, arbusto; ramo inerme. Estípula lateral, basifixa. Glândulas presente.
heterodínamo, amarelos ou bracos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil,
Chamaecrista é um gênero constituído por 330 espécies, ocorrendo 256 no Brasil, das
quais 207 são endêmicas (Lewis et al. 2005; Flora do Brasil 2020).
Caesalpinioideae Cassieae
6. Chamaecrista absus (DC.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot.
Erva ereta; ramo cilíndrico, tricoma híspido-glanular, glutinoso, inerme. Odor presente.
homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil,
pluriovulado. Fruto legume, séssil, plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme, margem
reta. Semente obovoide, testa preta, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo apical.
Chamaecrista absus é uma erva anual que foi encontrada na área sobre solos arenosos
em áreas antropizadas ou sobre solos rasos sobre afloramentos rochosos. Está entre as
espécies da área que apresentaram folhas 4-folioladas pertencentes aos gêneros Arachis,
Chamaecrista absus
7. Chamaecrista amiciella (H.S. Irwin & Barneby) H.S. Irwin & Barneby, Mem.
brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto
legume, séssil, linear, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente trapezoide, testa
afloramentos rochosos da RPPN fazenda Almas. Esta espécie pode ser confundida com C.
Chamaecrista amiciella
Chamaecrista amiciella
Chamaecrista amiciella
1899.
Erva decumbente; ramo cilíndrico, tricoma híspido, inerme. Odor presente. Estípula
antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil,
plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente trapezoide, testa
Chamaecrista calycioides é uma erva anual que foi observada sobre solos arenosos de
áreas antropizados e sobre determinadas áreas com solo sobre os afloramentos rochosos.
Esta espécie se distingue das demais Chamaecrista da área por apresentar flores com de
Segundo Maia-Silva et al. (2012) esta espécie apresenta como recurso floral apenas pólen
Chamaecrista calycioides
Chamaecrista calycioides
Chamaecrista calycioides
9. Chamaecrista duckeana (P. Bezerra & Afr. Fern.) H.S. Irwin & Barneby,
Erva ereta; ramo cilíndrico, tricoma híspido, inerme. Odor presente. Estípula lateral,
antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil,
plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente trapezoide, testa
Foi observada apenas em áreas preservadas da RPPN Fazenda Almas nas bordas de
nictitans e C. repens pelas folhas multijugas e pelos estames heteromorfos, porém pode
ser distinta destas por apresentar uma pétala diferenciada com estrias vermelhas.
nictitans.
Chamaecrista duckeana
Chamaecrista duckeana
Chamaecrista duckeana
Erva ereta; ramo cilíndrico, tricoma híspido, inerme. Odor presente. Estípula lateral,
amarelos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto
legume, séssil, plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente
hábito herbáceo, porém são distintas pois C. nictitans apresenta glândulas sésseis no
pecíolo e flores com pétalas amarelas sem estrias vermelhas versus glândulas estipitadas
Chamaecrista nictitans
Chamaecrista nictitans
Erva ereta; ramo cilíndrico, tricoma esparso híspido, inerme. Odor presente. Estípula
antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil,
plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente trapezoide, testa
Morfologicamente pode ser reconhecida pelas flores pequenas isostêmones com pedicelos
longos. São plantas menos robustas que C. duckeana e C. nictitans, sendo facilmente
reconhecidas pelo longo pedicelo e diminuto tamanho da flor com androceu isostêmone.
Segundo Maia-Silva et al. (2012) é uma espécie que apresenta como único recurso floral
pólen.
Chamaecrista pilosa
Chamaecrista pilosa
12. Chamaecrista repens (Vogel) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot.
Subarbusto ereto; ramo cilíndrico, tricoma tomentoso, inerme. Odor presente. Estípula
amarelos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto
legume, séssil, plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente
Chamaecrista repens é uma subarbusto bianual que foi encontrado apenas na Serra do
Chamaecrista repens
Chamaecrista repens
Chamaecrista repens
Erva decumbente; ramo cilíndrico, tricoma híspido, inerme. Odor presente. Estípula
palmada, 2-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oboval, ápice rotundo, margem
ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil, plurisseminado, linear, plano,
epicarpo inerme, margem reta. Semente trapezoide, testa preta, pleurograma ausente, arilo
Chamaecrista rotundifolia é uma espécie anual com ampla distribuição na área, ocorrendo
Chamaecrista por apresentar folhas com 2-foliolada e estípulas cordadas, flores pequenas
e isostêmones.
Chamaecrista rotundifolia
Erva prostrada; ramo cilíndrico, tricoma glabrescente, inerme. Odor presente. Estípula
brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto
legume, séssil, plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente
Chamaecrista serpens é uma espécie bianual que ocorreu em solos arenosos de campos
Chamaecrista serpens
Chamaecrista serpens
15. Chamaecrista supplex (Mart. ex Benth.) Britton & Rose ex Britton &
Erva prostrada; ramo cilíndrico, tricoma viloso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,
dística. Folha paripinada, 8-10-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice
uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil, plurisseminado,
linear, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente trapezoide, testa preta, pleurograma
Chamaecrista supplex é uma espécie anual que ocorre em solos arenosos e antropizados.
Chamaecrista supplex
Chamaecrista supplex
16. Chamaecrista tenuisepala (Benth.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York
Subarbusto ereto; ramo cilíndrico, tricoma glabrescente, inerme. Odor presente. Estípula
brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto
legume, séssil, plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente
principalmente próximo a afloramentos rochosos com solos arenosos. Esta espécie pode
ser facilmente reconhecida pelo hábito subarbustivo e ramos lignosos, ramos glabrescentes
e flores assimétricas.
Chamaecrista tenuisepala
Chamaecrista tenuisepala
Chamaecrista tenuisepala
17. Chamaecrista zygophylloides (Taub.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New
Arbusto; ramo cilíndrico, tricoma glandular, inerme. Odor presente. Estípula lateral,
Folha paripinada, 4-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, elíptico, ápice
homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil,
pluriovulado. Fruto legume, séssil, plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme, margem
reta. Semente trapezoide, testa preta, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo apical.
4-folioladas, sendo na área encontradas três espécies de Chamaecrista com este caráter.
Chamaecrista zygophylloides
Chamaecrista zygophylloides
Chamaecrista zygophylloides
Árvore, arbusto, subarbusto; ramo inerme. Estípula lateral, basifixa. Glândulas presente ou
branco, antera poricida, dimorfa, rostro ausente; ovário pedicelada ou séssil, pluriovulado.
Senna é um gênero constituído por 300 espécies, ocorrendo 79 no Brasil, das quais 29
Arbusto; ramo costado, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, oval, basifixa,
paripinada, 14-16-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice retuso, margem
rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, estipitado, plurisseminado, linear,
alado, epicarpo inerme, margem reta. Semente deltoide, testa preta, pleurograma ausente,
Senna alata é um arbusto que ocorre próximos a corpos de água de áreas antropizadas.
Esta espécie pode ser confundida com Senna martiana pelas glândulas nas estípulas,
folhas multijuga e brácteas amarelas, porém pode ser distinta pelos folíolos com ápice
agudo e legume plano em S. martiana versus folíolo com ápice retuso e legume alado em
S. alata.
Senna alata
Senna alata
Senna alata
19. Senna angulata (Vogel) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard.
Árvore; ramo cilíndrico, tricoma tomentuloso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,
racemo, axilar; bráctea ausente, bractéola ausente, prefloração imbricada ascendente. Flor
filetes amarelos, antera poricida, dimorfa, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto
baga, estipitado, plurisseminado, linear, cilíndrico, epicarpo inerme, margem reta. Semente
Senna angulata é uma planta arbórea que foi vista apenas numa área de capoeira da Serra
do Paulo. Esta espécie compartilha com outras Senna a presença de folhas tetrafolioladas
e frutos bacóides. Senna angulata pode ser confundida com S. macranthera, entretanto S.
Senna angulata
Senna angulata
20. Senna aversiflora (Herb.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot.
Arbusto; ramo cilíndrico, tricoma híspido, inerme. Odor presente. Estípula lateral, linear,
Folha paripinada, 12-14-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oboval, ápice rotundo,
poricida, dimorfa, rostro ausente; ovário pedicelada, pluriovulado. Fruto legume, estipitado,
plurisseminado, linear, túrgido-plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente oboval, testa
Senna aversifolia foi observada apenas na Serra do Paulo numa capoeira proximo a uma
mata. Esta espécie é morfologicamente semelhante a S. pendula, porém são distintas pelos
Senna aversiflora
Senna aversiflora
Senna aversiflora
21. Senna macranthera (DC. ex Collad.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New
Arbusto; ramo cilíndrico, tricoma tomentuloso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,
filetes brancos, antera poricida, dimorfa, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto
baga, estipitado, plurisseminado, linear, cilíndrico, epicarpo inerme, margem reta. Semente
Catarina. Esta espécie pode ser confundida vegetativamente com Senna rizzinii, porém
pode ser reconhecida pelas brácteas ovadas, pétalas acrescentes, frutos curtos em S.
Senna macranthera
Senna macranthera
Senna macranthera
22. Senna martiana (Benth.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot.
Arbusto; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, oval, basifixa,
Folha paripinada, 36-38-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice agudo,
poricida, dimorfa, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, estipitado,
plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente deltoide, testa preta,
Uso potencial: ornamental, adubo verde. De acordo com Agra et al. (2007), o infuso das
Endêmica da caatinga
Senna martiana é uma das espécies mais abundantes na área, sendo encontrada
principalmente próximo aos afloramentos rochosos. Esta espécie pode ser confundida com
coloridas. Senna martiana apresenta folíolos com ápice agudo e fruto não alado versus
Senna martiana
Senna martiana
Senna martiana
Senna martiana
Senna martiana
23. Senna obtusifolia (L.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard.
Subarbusto ereto; ramo costado, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, linear,
Folha paripinada, 6-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oboval, ápice rotundo-
poricida, dimorfa, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, estipitado,
plurisseminado, linear, cilíndrico, epicarpo inerme, margem reta. Semente trapezoide, testa
antropizados por isso muito conhecida como mata-pasto. Esta espécie é facilmente
determinada pelas folhas com três pares de folíolos, sendo estes obovais e por apenas uma
glândula estipitada, os racemos são congestos com brácteas maiores que o pedicelo e os
frutos são lineares. As folhas e ramos ao serem mexidas liberam um intenso odor
desagradável.
Senna obtusifolia
Senna obtusifolia
Subarbusto ereto; ramo estriado, glandular, inerme. Odor presente. Estípula lateral,
antera poricida, dimorfa, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil,
plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente oboval, testa preta,
baldios. Esta espécie apresenta um odor muito desagradável quando tocada. Podem ser
facilmente reconhecidas pelas folhas com folíolos elípticos, a glândula está presente no
Senna occidentalis
Senna occidentalis
Senna occidentalis
25. Senna pendula (Humb. & Bonpl. ex Willd.) H.S. Irwin & Barneby, Mem.
Arbusto; ramo cilíndrico, tricoma tomentuloso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,
oposto, oboval, ápice rotundo, margem inteira, base assimétrica, nervação broquidódroma,
heterodínamo, filetes amarelos, antera poricida, dimorfa, rostro ausente; ovário séssil,
margem reta. Semente obovoide, testa preta, pleurograma fechado, arilo ausente, hilo
apical.
Senna pendula foi uma das espécies mais raras na área encontrada apenas numa serra no
assentamento Santa Catarina. Esta espécie apresenta folhas multijugas com folíolos
obovais que podem ser confundidas com Senna aversiflora, porém podem ser distintas
Senna pendula
Senna pendula
Senna pendula
26. Senna rizzinii H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 35: 174–
175. 1982.
Arbusto; ramo cilíndrico, tricoma tomentuloso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,
Folha paripinada, 4-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, assimétrica, ápice roundo-
filetes brancos, antera poricida, dimorfa, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto
baga, estipitado, plurisseminado, linear, cilíndrico, epicarpo inerme, margem reta. Semente
Endêmica da caatinga
Senna rizzini foi observada apenas na Serra do Paula em São João do Tigre acima de 1000
m de altitude. Esta espécie pode ser confundida com S. macranthera, mas são distintas
pelas sépalas pouco diferenciadas as anteras amarelas em S. rizzinii versus anteras bem
Senna rizzinii
Senna rizzinii
Senna rizzinii
Senna rizzinii
27. Senna siamea (Lam.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard.
Árvore; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, estreitamente-
paripinada, 18-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice rotundo, margem
antera poricida, dimorfa, rostro ausente; ovário pedicelada, pluriovulado. Fruto legume,
Senna siamea é uma espécie exótica, originária da Tailândia (Lorenzi et al. 2003),
introduzida para arborização urbana, sendo observados em ruas e praças públicas. Esta
espécie é muito peculiar apresentando folhas multijuga sem glândula no pecíolo ou raque,
Senna siamea
Senna siamea
Senna siamea
28. Senna spectabilis (DC.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard.
Árvore; ramo cilíndrico, tricoma tomentuloso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,
28-40-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice agudo, margem inteira,
rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto câmara, estipitado, plurisseminado, linear,
cilíndrico, epicarpo inerme, margem reta. Semente obovoide, testa preta, pleurograma
Uso potencial: madeira, forrageira, ornamental. Segundo Agra et al. (2007), o decocto da
Senna spectabilis é uma espécie arbórea que ocorre em ambientes antropizados como
capoeiras. Esta espécie é facilmente reconhecida pelos ramos tomentosos com intenso
odor, as folhas são multijuga sem glândulas. As inflorescências são panículas com flores
Senna spectabilis
Senna spectabilis
Senna spectabilis
29. Senna splendida (Vogel) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot.
Arbusto; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, falcada, basifixa,
antera poricida, dimorfa, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto baga, estipitado,
plurisseminado, linear, cilíndrico, epicarpo inerme, margem reta. Semente obovoide, testa
porte muito reduzido. Esta espécie se caracteriza morfologicamente por apresentar ramos
Senna splendida
Senna splendida
Senna splendida
Senna splendida
Senna splendida
30. Senna trachypus (Mart. ex Benth.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York
Arbusto; ramo cilíndrico, glandular, inerme. Odor presente. Estípula lateral, estreitamente-
ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, estipitado, plurisseminado, linear, plano, epicarpo
inerme, margem reta. Semente oblonga, testa preta, pleurograma fechado, arilo ausente,
hilo apical.
Senna tachypus é uma espécie arbustiva endêmica da caatinga que foi encontrada em
apresentar caule muito duro, escuro; ramos glutinosos, folhas multijugas com glândulas
Senna trachypus
Senna trachypus
Senna trachypus
Senna trachypus
31. Senna uniflora (Mill.) H.S. Irwin & Barneby, Mem. New York Bot. Gard.
Subarbusto ereto; ramo estriado, velutino, inerme. Odor presente. Estípula lateral,
heterodínamo, filetes brancos, antera poricida, dimorfa, rostro ausente; ovário séssil,
margem reta. Semente trapezoide, testa marrom, pleurograma fechado, arilo ausente, hilo
apical.
Senna uniflora é uma espécie subarbustiva anual que forma densas populações em áreas
todos os pares de folíolos e legume constrito versus glândula apenas no primeiro par de
Senna uniflora
Senna uniflora
32. Pterogyne nitens Tul., Ann. Sci. Nat., Bot., sér. 2, 20: 140. 1843.
Árvore; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, basifixa. Glândula
ausente, folíolo alterno, elíptico, ápice retuso, margem inteira, base assimétrica, nervação
homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil,
margem reta. Semente obovoide, testa marrom, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo
subapical.
Uso potencial: madeira e ornamental. De acordo com Andrade-Lima (1989), esta espécie
caracteriza pelo hábito arbóreo, os ramos inermes e glabros e folhas com folíolos alternos,
sendo as inflorescências axilares, racemos com flores pequena e amarelas e os frutos são
Pterogyne nitens
33. Cenostigma nordestinum Gagnon & G.P. Lewis, PhytoKeys 71: 90. 2016.
Árvore; ramo cilíndrico, glandular, inerme. Odor presente. Estípula lateral, basifixa,
estipela ausente, folíolo oposto, elípticos, ápice rotundo, margem inteira, base assimétrica,
homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil,
margem reta. Semente oboval, testa marrom, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo
apical.
todas as áreas do Cariri. Esta espécie é facilmente reconhecida pelo tronco cinca com
cascas escamiformes, ramos inermes quando jovens com tricomas glandulares, folhas
Cenostigma nordestinum
Cenostigma nordestinum
Cenostigma nordestinum
Cenostigma nordestinum
Cenostigma nordestinum
34. Delonix regia (Bojer ex Hook.) Raf., Fl. Tellur. 2: 92. 1836 [1837].
Árvore; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, dendriforme,
foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice rotundo-agudo, margem inteira,
ausente; ovário estipitado, pluriovulado. Fruto câmara, séssil, plurisseminado, linear, plano,
Segundo Lorenzi et al. (2003), esta espécie é exótica, tendo como origem Madagascar. A
mesma foi introduzida devido seu potencial ornamental, sendo observada em casas dos
sítios e ruas e praças. Esta espécie é facilmente reconhecida por apresentar tronco áspero,
muitas vezes com raízes elevadas, os ramos são glabros e as estípulas são dendriformes,
Delonix regia
Delonix regia
35. Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L.P. Queiroz, Legum. Caatinga 130. 2009.
Árvore; ramo cilíndrico, tricoma tomentulosos, inerme. Odor presente. Estípula lateral,
ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto câmara, séssil, plurisseminado, oblongo, túrgido-
plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente oboval, testa marrom, pleurograma
Libidibia ferrea é uma planta arbórea frequente na Serra do Paulo e na Fazenda Salambaia,
encontrada em áreas antropizadas e conservadas. Esta espécie pode ser reconhecida pelo
tronco esfoliante, ramos inermes, liso, cinza e alvo, folhas bipinadas com folíolos oblongos,
sem glândulas, as flores são amarelas com uma pétala variegada e os fruto são câmaras.
Libidibia ferrea
Libidibia ferrea
Libidibia ferrea
Libidibia ferrea
Libidibia ferrea
Libidibia ferrea
Árvore; ramo cilíndrico, glabro, espinho 1. Odor presente. Estípula lateral, estreitamente-
foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice rotundo, margem inteira, base
Uso potencial: madeira. Segundo Andrade-Lima (1989), esta espécie se presta como
planta ornamental de locais alagados ou alagáveis, parques e jardins. Suas abelhas são
glabros, um espinho por folha e folhas com raque longa com folíolos diminutos e legumes
Parkinsonia aculeata
Parkinsonia aculeata
Parkinsonia aculeata
Parkinsonia aculeata
Árvore; ramo inerme. Estípula lateral, basifixa. Glândulas presente. Filotaxia alterna, espiralada
Folha bipinada, folíolo oposto, nervação actinódroma, pontuação ausente. Inflorescência racemo e
glomérulo, axilar, bráctea ausente, bractéola ausente. Flor actinomorfa, pedicelada ou séssil,
diclamídea, monoclina, valvar; cálice gamossépalo, lobos, 5; corola gamopétala, cor branca;
Albizia é um gênero constituído por 140 espécies, ocorrendo 10 no Brasil, das quais três são
1’. Folha 6-8-foliolada, flor pedicelada, glândula 1-2 ............................................ 37. Albizia lebbeck
lingua-de-sogra, batata-frita.
Árvore; ramo cilíndrico, tricoma tomentuloso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,
Folha bipinada, 6-8-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice rotundo,
ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil, plurisseminado, linear, plano,
epicarpo inerme, margem reta. Semente elípsóide, testa marrom, pleurograma aberto, arilo
Albizia lebbeck é uma exótica, sendo originária da Ásia Tropical (Lorenzi et al. 2003). Esta
espécie pode ser encontrada apenas nas ruas ou em casas de fazendas. Muito utiizada por
seu potencial ornamental, sendo suas flores extremamente perfumadas. Apresenta folhas
Albizia lebeck
Albizia lebeck
Albizia lebeck
Árvore; ramo cilíndrico, tricoma tomentuloso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,
uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil, plurisseminado,
linear, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente elípsóide, testa marrom,
Esta espécie foi encontrada apenas na Serra do Paulo. Na área apareceram apenas duas
espécies de Albizia, sendo esta nativa, enquanto A. lebbeck é uma espécie exótica usada
lebbeck.
Albizia polycephala
Albizia polycephala
Albizia polycephala
39. Calliandra subspicata Benth., Trans. Linn. Soc. London 30(3): 556. 1875.
Arbusto; ramo cilíndrico, tricoma tomentuloso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,
foliolada, estipela presente, folíolo oposto, oblongo, ápice mucronado, margem inteira, base
dialistêmone, homodínamo, filetes rosas, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário
séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil, plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme,
margem reta. Semente elípsóide, testa preta, pleurograma aberto, arilo ausente, hilo apical.
Onças. Esta espécie pode ser reconhecida pelos ramos multiestipulados, pelas flores rosas,
Calliandra subspicata
Calliandra subspicata
Calliandra subspicata
Árvore; ramo espinho. Estípula lateral, basifixa. Glândulas presente. Filotaxia alterna,
séssil, diclamídea, monoclina, valvar; cálice gamossépalo, lobos, 5; corola gamopétala, cor
quais três são endêmicas (Lewis et al. 2005; Flora do Brasil 2020).
1. Folha 6-foliolada; ápice do foliólulo rotundo; tubo estaminal maior que o tubo da corola
1’. Folha 8-10-foliolada; ápice do foliólulo mucronado; tubo estaminal menor que o tubo da
40. Chloroleucon dumosum (Benth.) G.P. Lewis, Legumes Bahia 165. 1987.
Árvore; ramo cilíndrico, tricoma glabrescente, espinho 2. Odor presente. Estípula lateral,
Folha bipinada, 6-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice rotundo,
ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto câmara, séssil, plurisseminado, linear, túrgido-
plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente elípsóide, testa preta, pleurograma
Chloroleucon dumosum é uma árvore que perde as folhas no periodo de seca e foi
observada apenas na serra do Paulo em São João do Tigre. Esta espécie pode ser
reconhecida por aparesentar caules esfoleandes com coloração verde e branco. Pode ser
confundida com Chloroleucon foliolosum, porém são distintos pelo tamanho dos folíolulos
e pelo androceu com tubo monadelfo exserto do tubo da corola em C. dumosum versus
Chloroleucon dumosum
Chloroleucon dumosum
Chloroleucon dumosum
41. Chloroleucon foliolosum (Benth.) G.P. Lewis, Legumes Bahia 166. 1987.
Árvore; ramo cilíndrico, tricoma tomentuloso, espinho 2. Odor presente. Estípula lateral,
Folha bipinada, 8-10-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice mucronado,
ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto câmara, séssil, plurisseminado, falcado, túrgido-
plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente elípsóide, testa preta, pleurograma
reconhecida pelo caule esfoleante, as vezes seu tronco pode ser confundido com C.
Chloroleucon foliolosum
Chloroleucon foliolosum
Árvore; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, basifixa. Glândula
estipela ausente, folíolo oposto, oblongo-assimétrico, ápice agudo, margem inteira, base
homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil,
margem reta. Semente elípsóide, testa preta, pleurograma aberto, arilo ausente, hilo apical.
Uso potencial: ornamental. Segundo Agra et al. (2007), o decocto da casca do caule é
usado como antiinflamatório. Os frutos são usados como “shampoo” contra escabioses.
tamanho apresenta madeira mole sem muita utilidade. Ocorre principamente em lugares
onde tenha disponibilidade de água. Esta espécie é facilmente reconhecida pelo imenso
tronco escamoso e ramos cinzentos, geralmente em dezembro fica coberto de folhas jovens
e florescem, sendo suas flores disposta em glomérulos amarelados formando frutos tipo
Enterolobium timbouva
Enterolobium timbouva
Enterolobium timbouva
Enterolobium timbouva
Árvore; ramo armado de espinho. Estípula lateral, basifixa. Glândulas presente. Filotaxia
rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, estipitado,
apresenta folha bipinada palmada, muito próxima de Pithecellobium dulce, podendo ser
distinta pelos troncos armados em espinhos, foliólulo com formato oboval e semente com
arilo vermelho em P. diversifolium versus troncos inermes, foliólulo com formato elíptico e
Pithecellobium diversifolium
Pithecellobium diversifolium
Árvore; ramo cilíndrico, glabro, espinho 2. Odor presente. Estípula lateral, estreitamente-
axilar; bráctea ausente, bractéola ausente, prefloração valvar. Flor séssil, branca,
brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto
Semente orbicular, testa preta, pleurograma fechado, arilo presente, hilo apical.
Pithecellobium dulce é uma espécie arbórea exótica nativa no México, América do Norte,
América Central e América do Sul (Lorenzi et al. 2003). Esta espécie foi introduzida por seu
Pithecellobium dulce
Pithecellobium dulce
Pithecellobium dulce
Pithecellobium dulce
45. Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan, Kew Bull. 10(2): 182. 1955.
Árvore; ramo cilíndrico, tricoma glabrescente, acúleo cônico. Odor presente. Estípula
espiralada. Folha bipinada, 32-36-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oboval, ápice
ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto folículo, estipitado, plurisseminado, linear, plano,
epicarpo inerme, margem ondulada. Semente orbicular, testa preta, pleurograma aberto,
Uso potencial: madeira e ornamental. Segundo Agra et al. (2007), uma maceração dos
muitas vezes em ambientes de relevo inclinado. Esta espécie é facilmente reconhecida pelo
tronco coberto de acúleos coniformes, apresenta odor muito intenso, casca vermelha com
uma alta concentração de taninos, as inflorescências são pequenos glomérulos com flores
Anadenanthera colubrina
Anadenanthera colubrina
Anadenanthera colubrina
Anadenanthera colubrina
46. Desmanthus virgatus (L.) Willd., Sp. Pl. 4(2): 1047. 1806.
Subarbusto ereto; ramo estriado, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, linear,
Folha bipinada, 6-10-foliolada, estipela presente, folíolo oposto, oblongo, ápice agudo,
ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil, plurisseminado, linear, túrgido-
plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente trapezoide, testa preta, pleurograma
lineares vermelhos.
Desmanthus virgatus
Desmanthus virgatus
Desmanthus virgatus
Desmanthus virgatus
Árvore; ramo cilíndrico, tricoma glabrescente, espinho 2. Odor presente. Estípula lateral,
bipinada, 12-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice agudo, margem
dialistêmone, homodínamo, filetes verdes, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário
corrugado, epicarpo inerme, margem reta. Semente oboval, testa preta, pleurograma
Lachesiodendron P.G. Ribeiro, L.P. Queiroz & Luckow constituído de apenas espécie que
Lachesiodendron viridiflorum é uma espécie arbórea com copa assimétrica, ramos armados
com espinhos arqueados, inflorescências com espigas composta de flores verdes, foi
encontrada apenas em São João do Tigre próximo a Serra do Paulo. Esta espécie é
facilmente reconhecida pelos espinhos aos pares falcados e pelas espigas com flores
verdes.
Lachesiodendron viridiflorum
Lachesiodendron viridiflorum
Árvore; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, basifixa, caduca.
foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, lanceolado, ápice agudo, margem inteira, base
homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil,
margem reta. Semente elípsóide, testa preta, pleurograma aberto, arilo ausente, hilo apical.
Leucena leucocepha é uma espécie exótica introduzida da América Tropical (Lorenzi et al.
2003). Esta espécie apresenta um madeira mole, porém um alto potencial forrageiro sendo
encontrada apenas nos sítios e fazendas. Esta espécie é facilmente reconhecida por
Leucaena leucocephala
Leucaena leucocephala
Leucaena leucocephala
Leucaena leucocephala
Árvore, arbusto, erva, liana, subarbusto, trepadeira; ramo aculeado. Estípula lateral,
basifixa. Glândulas ausente. Filotaxia alterna, espiralada. Folha bipinada, folíolo oposto,
monoclina, valvar; cálice gamossépalo, lobos, 4-5; corola gamopétala, cor branca, rosa;
Mimosa é um gênero constituído por 510 espécies, ocorrendo no Brasil 369, das quais
49. Mimosa acutistipula (Mart.) Benth., J. Bot. (Hooker) 4(31): 391. 1841.
Árvore; ramo cilíndrico, tricoma tomentuloso, acúleo reto. Odor presente. Estípula lateral,
Folha bipinada, 8-foliolada, estipela presente, folíolo oposto, oblongo, ápice agudo,
plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente obovoide, testa preta, pleurograma aberto,
Mimosa acutistipula é uma árvore armada com distribuição restrita, sendo obsevada na
Serra do Paulo na APA das Onças. Esta espécie pode ser identificada por apresentar ramos
armados com acúleos retos, folhas multijuga e espiga com craspédios estipitados. Esta
espécie pode ser confundida com Mimosa arenosa, porém apresenta acúleos retos e
Mimosa acutistipula
50. Mimosa arenosa (Willd.) Poir., Encycl., Suppl. 1(1): 66. 1810.
Árvore; ramo cilíndrico, tricoma tomentuloso, acúleo retrorso. Odor presente. Estípula
plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente oboval, testa preta, pleurograma aberto,
Mimosa arenosa é uma arbórea armada com acúleo retrorso que foi observada na Serra
do Paulo em São João do Tigre. Esta espécie pode ser reconhecida pelos ramos
tomentulosos com acúleo retrorso, folhas multijugas com estipelas e espiga longas e
Mimosa arenosa
Mimosa arenosa
Mimosa arenosa
1922.
Subarbusto prostrado; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral,
oval, basifixa, perene. Glândula ausente. Filotaxia alterna-espiralada. Folha bipinada, 10-
dialistêmone, homodínamo, filetes rosas, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário
inerme, margem reta. Semente oboval, testa preta, pleurograma aberto, arilo ausente, hilo
apical.
Salambaia. Esta espécie é endêmica da Caatinga. Morfologicamente esta espécie pode ser
falcados.
Mimosa borboremae
Mimosa borboremae
Mimosa borboremae
Caesalpinioideae Mimoseae
Subarbusto ereto; ramo cilíndrico, tricoma híspido, inerme. Odor presente. Estípula
bipinada, 6-12-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice agudo, margem
ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto craspédio, séssil, plurisseminado, oblongo, reto,
reconhecida por serem plantas por apresentarem ramos, folhas e frutos híspidos, folhas
com folíolos heteromorfos, glomérulos com pedicelos muito curtos e com brácteas
presentes.
Mimosa camporum
Mimosa camporum
Mimosa camporum
Trepadeira; ramo costado, tricoma glabrescente, acúleo retrorso. Odor presente. Estípula
cilíndrico, epicarpo armado, margem reta. Semente trapezoide, testa preta, pleurograma
Mimosa candollei é uma espécie de trepadeira muito comum em área antropizadas, sendo
ramos costados, ramos retrorsos, glomérulos com pedúnculo curto e craspédio linear e
armado.
Mimosa candollei
Liana; ramo costado, tricoma glabrescente, acúleo retrorso. Odor presente. Estípula
bipinada, 18-22-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice agudo, margem
ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto craspédio, séssil, plurisseminado, linear, plano,
epicarpo inerme, margem aculeada. Semente oboval, testa preta, pleurograma aberto, arilo
Mimosa invisa é uma liana pouco encontrada na área, sendo observada apenas na Serra
do Paulo. Esta espécie pode ser facilmente reconhecida por apresentar o hábito
lianescente, ramos com acúleos retrorsos, folhas multijuga, espigas rosas e craspédio
Mimosa invisa
Árvore; ramo cilíndrico, tricoma glabrescente, acúleo reto a arqueados. Odor presente.
Folha bipinada, 4-8-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice rotundo-
rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto craspédio, séssil,
plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente trapezoide, testa
Uso potencial: madeira. De acordo com Agra et al. (2007), o decocto ou xarope da
Mimosa ophthalmocentra é uma das espécies de Mimosa mais comuns na área, formando
populações enormes nas áreas mais áridas, sendo muito encontrada em ambientes
antropizados. Esta espécie pode ser reconhecida morfologicamente pelos tronco com
estrias vermelhas, as vezes ramos avermelhados com acúloes retos a arqueados, as folhas
são paucijugas e os craspédios são sésseis. De acordo com Silva e Sales (2008), está
arenosos.
Mimosa ophthalmocentra
Mimosa ophthalmocentra
56. Mimosa paraibana Barneby, Mem. New York Bot. Gard. 65: 171. 1991.
Arbusto; ramo estriado, glabro, acúleo retrorso. Odor presente. Estípula lateral, linear,
dialistêmone, homodínamo, filetes rosas, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário
afloramentos rochos da RPPN Fazenda Almas. Esta espécie pode ser facilmente
reconhecida por apresentar ramos estriados com tricoma retrorso, muitas vezes com
coloração avermelhada, as inflorescências são glomérulos com flores rosas; os frutos são
craspédios cuja largura supera todos os das demais espécies, além disto estes frutos são
vináceos.
Mimosa paraibana
Mimosa paraibana
Mimosa paraibana
Liana; ramo costado, tricoma seríceo, acúleo retrorso. Odor presente. Estípula lateral,
palmada, 2-foliolada, estipela presente, folíolo oposto, assimétrica, ápice agudo, margem
Mimosa sensitiva é uma liana que foi observada apenas na Serra do Paulo numa capoeira.
Esta espécie é facilmente reconhecida pelas folhas palmadas com apenas dois pares de
folíolos, sendo os foliólulos heteromorfos, além disto seus frutos são armados. Geralmente
cresce sobre outras árvores ou arbustos e quanto tocadas fecham as folhas. Seus ramos
Mimosa sensitiva
Mimosa sensitiva
Mimosa sensitiva
58. Mimosa somnians Humb. & Bonpl. ex Willd., Sp. Pl. 4(2): 1036. 1806.
Subarbusto ereto; ramo estriado, tricoma glandular, acúleo reto. Odor presente. Estípula
Folha bipinada, 10-14-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice rotundo-
rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto craspédio, estipitado,
plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente não observada.
Mimosa somnians
Mimosa somnians
Mimosa somnians
Árvore; ramo cilíndrico, tricoma glandular, acúleo reto. Odor presente. Estípula lateral,
bipinada, 8-16-foliolada, estipela presente, folíolo oposto, oblongo, ápice rotundo, margem
plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente oboval, testa preta, pleurograma aberto,
Uso potencial: madeira, adubo verde. De acordo com Agra et al. (2007), o decocto ou
foi observado na base da serra da Engabelado no Congo. Esta espécie pode ser facilmente
reconhecida pelos troncos estriados e pretos, ramos vináceos, ramos jovens e folhas
são estipitados e plano corrugado. Comumente pode ser encontrado nas plantas a
Mimosa tenuiflora
Mimosa tenuiflora
Mimosa tenuiflora
Mimosa tenuiflora
60. Mimosa ursina Mart., Flora 21(2, Beibl. 4): 56. 1838.
Erva ereta; ramo cilíndrico, tricoma piloso, acúleo retrorso. Odor presente. Estípula lateral,
bipinada, palmada, 2-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oval-elíptico, ápice rotundo,
plano, epicarpo armado, margem reta. Semente oboval, testa preta, pleurograma aberto,
Mimosa ursina é uma erva anual muito comum em áreas antropizadas e preservadas
pelo pequeno porte, ramos pilosos, pelas folhas bipinadas palmadas, inflorescências
diminutas com flores rosas. Os segmentos de frutos são armados com acúleos os quais
Mimosa ursina
61. Neptunia plena (L.) Benth., J. Bot. (Hooker) 4(31): 355. 1841.
Subarbusto decumbente; ramo cilíndrico, glabo, inerme. Odor presente. Estípula lateral,
Folha bipinada, 6-8-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice mucronado,
plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente elípsóide, testa preta, pleurograma aberto,
Uso potencial:
Neptunia plena é um subarbusto anual que ocorre apenas lugares baixo que formam
Neptunia plena
Neptunia plena
Neptunia plena
62. Parapiptadenia zehntneri (Harms) M.P. Lima & H.C. Lima, Rodriguésia
Árvore; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, basifixa. Glândula
estipela ausente, folíolo oposto, oblongo-elíptico, ápice rotundo, margem inteira, base
Inflorescência espiga, axilar; bráctea ausente, bractéola ausente, prefloração valvar. Flor
homodínamo, filetes vináceos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil,
inerme, margem reta. Semente orbicular, alada, testa marrom, pleurograma aberto, arilo
Uso potencial: madeira. Segundo Andrade-Lima (1989), esta espécie produz madeira de
Parapiptadenia zehntneri é uma espécie arbórea inerme encontrada apenas na APA das
Onças na base da Serra do Paulo. Esta espécie pode ser reconhecida morfologicamente
pela pelos ramos inermes, glândula na base do pecíolo, espigas longas com flores
Parapiptadenia zehntneri
Parapiptadenia zehntneri
Parapiptadenia zehntneri
63. Piptadenia stipulacea (Benth.) Ducke, Arch. Jard. Bot. Rio de Janeiro 5:
126. 1930.
Árvore; ramo estriado, glabro, acúleo retrorso. Odor presente. Estípula lateral, linear,
basifixa, caduca. Glândula presente no pecíolo e na raque, 1-3, séssil. Filotaxia alterna-
espiralada. Folha bipinada, 24-28-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice
Uso potencial: madeira. Segundo Andrade-Lima (1989), esta planta é de pouca utilidade
prática, podendo ser usada como lenha ou varas e estacas, bem como forrageira para
caprinos.
todas as áreas. Esta espécie pode ser reconhecida morfologicamente pelo tronco cinza-
Piptadenia stipulacea
Piptadenia stipulacea
Piptadenia stipulacea
Piptadenia stipulacea
Árvore; ramo cilíndrico, glabro, espinho 2. Odor presente. Estípula lateral, basifixa.
6-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice rotundo, margem inteira, base
Inflorescência espiga, axilar; bráctea ausente, bractéola ausente, prefloração valvar. Flor
homodínamo, filetes amarelos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário estipitado,
epicarpo inerme, margem reta. Semente oboval, testa castanha, pleurograma aberto, arilo
Prosopis juliflora é uma espécie arbórea exótica nativa nos Estados Unidos e México
(Lorenzi et al. 2003). Provavelmente foi introduzida para a produção de alimento natural,
do Cariri. Esta espécie é muito adaptada ao ambiente semiárido e pode ser facilmente
reconhecida pelos ramos armados com espinhos retos, as inflorescências são espigas
alongas com flores amarelas e os frutos são critpolomentos que serve para alimentar os
animais.
Prosopis juliflora
Prosopis juliflora
Prosopis juliflora
Prosopis juliflora
Prosopis juliflora
Árvore; ramo aculeado. Estípula lateral, basifixa. Glândulas presente. Filotaxia alterna,
séssil, diclamídea, monoclina, valvar; cálice gamossépalo, lobos, 5; corola gamopétala, cor
antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume.
Senegalia é um gênero constituído por 207 espécies, ocorrendo no Brasil 68, das quais 41
65. Senegalia bahiensis (Benth.) Seigler & Ebinger, Phytologia 88(1): 49.
2006.
Árvore; ramo estriado, glabro, acúleo reto. Odor presente. Estípula lateral, cordada,
Folha bipinada, 6-10-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice mucronado,
ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, estipitado, plurisseminado, linear, plano-
corrugado, epicarpo inerme, margem reta. Semente eliptica, testa preta, pleurograma
Uso potencial: madeira. Segundo Andrade-Lima (1989), apresenta madeira com cerne
Senegalia bahiensis é uma espécie arbórea armada que foi encontrada apenas na serra do
Paulo no município de São João do Tigre em altitude superior a 800 m de altitude. Esta
espécie é facilmente reconhecida e distinta das demais Senegalia pelos ramos estriados,
Senegalia bahiensis
Senegalia bahiensis
66. Senegalia polyphylla (DC.) Britton, Ann. New York Acad. Sci. 35(3): 142.
1936.
Árvore; ramo estriado, glabro, acúleo reto. Odor presente. Estípula lateral, estreitamente-
Senegalia polyphylla é uma arvore encontrada no alto da Serra do Paulo na APA das onças.
Esta espécie pode ser reconhecida pelos ramos estriados, armados, estípulas
Senegalia polyphylla
Senegalia polyphylla
Senegalia polyphylla
Senegalia polyphylla
67. Senegalia tenuifolia (L.) Britton & Rose, N. Amer. Fl. 23(2): 118. 1928.
Árvore; ramo estriado, glabro, acúleo retrorso. Odor presente. Estípula lateral,
rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, estipitado,
Esta espécie é distinta das demais Senegalia pelo acúleo retrorso e as folhas 18-42-
Catarina próximo da Loca da Isabé. Esta espécie pode ser reconhecida e distinta das
demais espécies congeneres pelos ramos armados com acúleos retrorsos, folhas
Senegalia tenuifolia
Senegalia tenuifolia
Senegalia tenuifolia
Senegalia tenuifolia
68. Vachellia farnesiana (L.) Wight & Arn., Prodr. Fl. Ind. Orient. 1: 272. 1834.
Arbusto; ramo cilíndrico, tricoma tomentuloso, espinho 2. Odor presente. Estípula lateral,
rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto câmara, séssil,
plurisseminado, linear, cilíndrico, epicarpo inerme, margem reta. Semente elipsoide, testa
Vachellia Wight & Arn. no Brasil são encontradas 3 espécies, das quais 1 são endêmicas
observada no açude em Cabaceiras próximo a entrada do pai Mateus. Esta espécie pode
ser morfologicamente reconhecida pelos espinhos retos, ramos curtos com gloméros
Vachellia farnesiana
Vachellia farnesiana
Vachellia farnesiana
Papilionoideae
Erva, arbusto; ramo inerme. Estípula lateral, medifixa. Glândulas ausente. Filotaxia alterna,
1. Erva, folha com folíolos alternos, nervação foliolar actinódroma, lomento com margem
1’. Subarbusto, folha com folíolos opostos, nervação foliolar broquidódroma, lomento com
Erva ereta; ramo cilíndrico, tricoma híspido-glandular, inerme. Odor presente. Estípula
filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário estipitado, pluriovulado.
da RPPN Fazenda Almas. Esta espécie pode ser distinta da espécie congenere por
apresentar folhas com folíolos altenos, oblongo-linear, margem serreada e lomento com
margem constrita. Segundo Antunes e Silva (2018) esta espécie ocorre no Brasil como
Aeschynomene americana
Aeschynomene americana
filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário estipitado, pluriovulado.
Fruto lomento, estipitado, plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme, margem reta.
Aeschynomene scabra é uma erva ereta, anual encontrada nos riachos da RPPN Fazenda
Almas e Congo próximo a Engabelada. Esta espécie pode ser reconhecida pelos ramos
glutinosos, estípula medifica, folhas multijugasparipinada com foliolos opostos e frutos com
Aeschynomene scabra
Aeschynomene scabra
Aeschynomene scabra
71. Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm., Trop. Woods 62: 30. 1940.
Árvore; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, basifixa, caduca.
estipela ausente, folíolo alterno, oval-elíptico, ápice mucronado, margem inteira, base
cilíndrico, epicarpo inerme, margem reta. Semente orbicular, testa preta, pleurograma
Uso potencial: forrageira, madeira. De acordo com Agra et al. (2007), A casca seca,
comum na RPPN Fazenda Almas. Esta espécie pode ser reconhecida facilmente por
apresentar o hábito arbóreo com troncos esfoleantes e lisos, a casca é liberada todo ano e
imparipiandas com folíolos alternos, as flores são muito aromáticas e tem apenas uma
Amburana cearensis
72. Ancistotropis peduncularis (Labill.) Hook. f., Fl. Tasman. 1: 52. 1855.
Trepadeira; ramo cilíndrico, tricoma escabroso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,
foliolada, estipela presente, folíolo oposto, oval-deltoide, ápice agudo, margem inteira, base
ausente; androceu diadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro
ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil, plurisseminado, linear, plano,
epicarpo inerme, margem reta. Semente reniforme, testa cinza, pleurograma ausente, arilo
fazenda Salambaia. Esta espécie apresenta ramos e folhas coberto de tricoma escabroso,
são pseudorracemos com flores lilás, zigomoras com alas bem desenvolvidas; seus frutos
Ancistotropis peduncularis
Ancistotropis peduncularis
73. Andira legalis (Vell.) Toledo, Arq. Bot. Estado São Paulo 2: 29. 1946.
Árvore; ramo estriado, tricoma tomentuloso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,
rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário estipitado, uniovulado. Fruto drupa, estipitado,
unisseminado, elíptico, cilíndrico, epicarpo inerme, margem reta. Semente não observada.
Andira legalis foi obsevado apenas um indivíduo na Serra da Engabelada no Congo, sendo
assim o primeiro registro para a Caatinga. Esta espécie pode ser reconhecido pelo hábito
arbóreo com ramos inermes; as estípulas são perenes, as folhas são imparipiandas com
Andira legalis
74. Arachis dardanii Krapov. & W.C. Greg., Bonplandia (Corrientes) 8: 76–79,
Erva prostrada; ramo cilíndrico, tricoma híspido, inerme. Odor presente. Estípula lateral,
monadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, dimorfa, rostro ausente; ovário
Arachis dardanii é uma herbácea anual presente em todas as áreas preservadas da RPPN
Fazenda Almas. Esta espécie pode ser reconhecida pelas folhas paripinadas,
Arachis dardanii
Arachis dardanii
75. Canavalia brasiliensis Mart. ex Benth., Comm. Legum. Gen. 71. 1837.
Liana; ramo cilíndrico, tricoma incano, inerme. Odor presente. Estípula lateral, triangular,
estipela presente, folíolo oposto, oval, ápice agudo, margem inteira, base truncada-rotunda,
diadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário
séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil, plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme,
margem reta. Semente eliptica, testa castanho, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo
lateral.
Esta espécie pode ser reconhecida morfologicamente com facilidade por apresentar
estípula muito reduzida, folíolos com ovais, pseudorracemo longo com flores rosa com
cálice com 4 lobos e legume com uma estria em cada lado da valva e semente com hilo
oblongo. Segundo Maia-Silva et al. (2012) esta espécie apresenta como visitantes floris
abelhas grandes.
Canavalia brasiliensis
Canavalia brasiliensis
Canavalia brasiliensis
Canavalia brasiliensis
Trepadeira; ramo inerme. Estípula lateral, basifixa. Glândulas ausente. Filotaxia alterna,
gamossépalo, lobos, 5; corola papilionácea, cor branca, lilás, rosa, violeta; androceu
Centrosema é um gênero constituído por 36 espécies, ocorrendo no Brasil 30, das quais
Trepadeira; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, triangular,
antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil,
subosque da mata na Serra do Paulo na APA das Onças. Esta espécie pode ser
reconhecida pelos foliolos com margem proeminentes, flores rosas, cálice com tubo maior
que os lacínios.
Centrosema arenarium
Centrosema arenarium
77. Centrosema brasilianum (L.) Benth., Comm. Legum. Gen. 54. 1837.
Trepadeira; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, estreitamente-
rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil,
encontrada ao lado da estrada na RPPN fazenda Almas. Esta especie é reconhecida pelas
flores grandes com bractéolas que ocultam o cálice, tendo este o tubo maior que as sépalas.
Centrosema brasilianum
Centrosema brasilianum
78. Centrosema pascuorum Mart. ex Benth., Comm. Legum. Gen. 56. 1837.
Trepadeira; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, triangular,
foliolada, estipela presente, folíolo oposto, linear, ápice aguda, margem inteira, base aguda,
androceu diadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente;
epicarpo inerme, margem reta. Semente oblongo, testa marmorada, pleurograma ausente,
Centrosema pascuorum
Trepadeira; ramo cilíndrico, tricoma pubescente, inerme. Odor presente. Estípula lateral,
3-foliolada, estipela presente, folíolo oposto, oval, ápice agudo-mucronado, margem inteira,
calcar presente; androceu diadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes,
rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil, plurisseminado, linear,
afloramentos da RPPN fazenda Almas. Esta espécie pode ser facilmente reconhecida pelos
Centrosema pubescens
Trepadeira; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, triangular,
foliolada, estipela presente, folíolo oposto, oval, ápice agudo, margem inteira, base
calcar presente; androceu diadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes,
rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil, plurisseminado, linear,
espécies congeneres da área por ser a única que apresenta folha unifoliolada com folíolo
Centrosema sagittatum
Centrosema sagittatum
Subarbusto; ramo inerme. Estípula lateral, basifixa. Glândulas ausente. Filotaxia alterna,
Crotalaria é um gênero constituído por 690 espécies, ocorrendo no Brasil 42, das quais 19
81. Crotalaria holosericea Nees & C. Mart., Nova Acta Phys.-Med. Acad.
Subarbusto ereto; ramo cilíndrico, tricoma seríceo, inerme. Odor presente. Estípula
filetes brancos, antera rimosa, dimorfa, rostro ausente; ovário estipitado, pluriovulado. Fruto
Semente cordiforme, testa marrom, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo lateral.
Fazenda Salambaia e Fazenda Almas. Esta espécie pode se distinguir das demais espécies
congêneres da área pelos ramos e folhas cinéreo-seríceos, racemos laxos, bráctea menor
Crotalaria holosericea
Crotalaria holosericea
Crotalaria holosericea
Crotalaria holosericea
Subarbusto ereto; ramo cilíndrico, tricoma tomentoso, inerme. Odor presente. Estípula
ternada, palmada, 3-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, elíptico, ápice rotundo-
filetes brancos, antera rimosa, dimorfa, rostro ausente; ovário estipitado, pluriovulado. Fruto
Semente cordiforme, testa marrom, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo lateral.
açude da RPPN Fazenda Almas. Esta espécie pode ser reconhecida pelos ramos pilosos,
folhas palmadas, racemos terminais com brácteas com comprimento maior que o pedicelo,
cálice bilabiado.
Crotalaria incana
Crotalaria incana
Crotalaria incana
Crotalaria incana
Crotalaria incana
Subarbusto ereto; ramo cilíndrico, tricoma glabrescente, inerme. Odor presente. Estípula
ternada, palmada, 3-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, elíptico, ápice mucronado,
calcar ausente; androceu monadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, dimorfa,
oblongo, túrgido, epicarpo inerme, margem reta. Semente cordiforme, testa marrom,
APA das Onças. Esta espécie pode ser reconhecida morfologicamente por apresentar
ramos difusos, racemos terminais com brácteas menores que o pedicelo, seus cálices são
bilabiaods.
Crotalaria vitellina
Crotalaria vitellina
Erva, subarbusto, arbusto; ramo inerme. Estípula lateral, basifixa. Glândulas ausente.
Ctenodon é um gênero constituído por 120 espécies, ocorrendo 38 no Brasil das quais 26
84. Ctenodon benthamii (Rudd) D.B.O.S. Cardoso, Filardi & H.C. Lima,
brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário estipitado, pluriovulado. Fruto
RPPN Fazenda almas. Esta espécie pode ser facilmente reconhecida por apresentar ramos
Ctenodon benthamii
Ctenodon benthamii
85. Ctenodon histrix (Poir.) D.B.O.S. Cardoso, P.L.R. Moraes & H.C. Lima
Erva ereta; ramo cilíndrico, tricoma híspido, inerme. Odor presente. Estípula lateral, oval,
Ctenodon histrix é uma erva anual que foi observada no Assentamento Santa Catarina em
Monteiro. Esta espécie pode ser reconhecida pelos ramos híspidos não glutinosos, folhas
Ctenodon histrix
86. Ctenodon monteiroi D.B.O.S. Cardoso, Filardi & H.C. Lima, Neodiversity
13: 23 2020.
Arbusto; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, cordada, basifixa,
estipela ausente, folíolo oposto ou alterno, oblongo, ápice mucronado, margem inteira, base
rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário estipitado, pluriovulado. Fruto lomento, estipitado,
plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme, margem constrita. Semente não observada.
Endêmica da caatinga
Santa Catarina. Esta espécie pode ser distinta das espécies congêneres pelo hábito
Ctenodon monteiroi
Ctenodon monteiroi
Folha imparipinada, 7-foliolada, estipela ausente, folíolo alterno, oboval, ápice rotundo,
antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário estipitado, pluriovulado. Fruto lomento,
observada.
Ctenodon viscidulus é uma erva prostrada anual, comum na estrada da RPPN Fazenda
almas. Esta espécie pode ser distinta das demais congêneres por ser a única a apresentar
Ctenodon viscidulus
Ctenodon viscidulus
88. Dahlstedtia araripensis (Benth.) M.J. Silva & A.M.G. Azevedo, Taxon
Árvore; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, basifixa, caduca.
ausente, folíolo oposto, oval, ápice rotundo, margem inteira, base rotunda, nervação
homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário estipitado,
inerme, margem reta. Semente eliptica, testa marrom, pleurograma ausente, arilo ausente,
hilo lateral.
Dahlstedtia araripensis é uma espécie arbórea comum numa área preservada da Fazenda
almas nas intermediações dum afloramento rochoso. Esta espécie pode ser
com folíolos opostos, suas inflorescências são panículas, as flores são rosa com androceu
Dahlstedtia araripensis
Dahlstedtia araripensis
Dahlstedtia araripensis
89. Dalbergia catinguicola Harms, Bot. Jahrb. Syst. 42(2–3): 213–214. 1908.
Liana; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, basifixa, caduca.
ausente, folíolo alterno, elíptico, ápice agudo, margem inteira, base rotunda, nervação
homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil,
Uso potencial:
Dalbergia catinguicola é um liana robusta encontrada apenas na Serra do Paulo que fica na APA
das Onças em São João do Tigre. Esta espécie pode ser reconhecida pelo hábito lianescente,
ramos glabros inermes, folhas imparipinadas com folhas alternas, flores alvas e frutos sâmaras com
Dalbergia catinguicola
Dalbergia catinguicola
Subarbusto; ramo inerme. Estípula lateral, basifixa. Glândulas ausente. Filotaxia alterna,
Desmodium é um gênero constituído por 275 espécies, ocorrendo no Brasil 34, das quais
1. Subarbusto decumbente, segmento de fruto viável >1 .......... 91. Desmodium procumbens
1’. Subarbusto ereto, segmento de fruto igual a 1 ............................ 90. Desmodium glabrum
Subarbusto ereto; ramo estriado, tricoma uncinado, inerme. Odor presente. Estípula
diadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário
inerme, constrita. Semente reniforme, testa marrom, pleurograma ausente, arilo ausente,
hilo lateral.
Esta espécie é facilmente reconhecida por apresentar ramos cobertos por tricomas
uncinados que agarra nem roupas. Além disto as folhas apresentam folíolos oval-
semente.
Desmodium glabrum
91. Desmodium procubens (Mill.) Hitchc., Rep. (Annual) Missouri Bot. Gard.
4: 76. 1893.
alterna-espiralada. Folha ternada, 3-foliolada, estipela presente, folíolo oposto, oval, ápice
homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil,
constrita. Semente reniforme, testa marrom, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo
lateral.
durante a época das chuvas. Esta se distingue de Desmodium glabrum por apresentar o
Desmodium procumbens
Desmodium procumbens
92. Dioclea lasiophylla Mart. ex Benth., Comm. Legum. Gen. 70. 1837.
Liana; ramo cilíndrico, tricoma tomentoso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,
calcar ausente; androceu monadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, dimorfa,
rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil, plurisseminado, linear,
plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente oblonga, testa oblonga, pleurograma
Dioclea é um gênero constituído por 60 espécies, ocorrendo no Brasil 32, das quais 15 são
do Paulo na APA das Onças a mais 1000 m de altitude. Esta espécie pode ser reconhecida
pelos ramos tomentosos ferrugíneos, as folhas são trifolioladas com raque muito curta
Dioclea lasiophylla
Dioclea lasiophylla
Dioclea lasiophylla
93. Erythrina velutina Willd., Ges. Naturf. Freunde Berlin Neue Schriften 3:
426. 1801.
Árvore; ramo cilíndrico, tricoma tomentuloso, acúleo. Odor presente. Estípula lateral,
estipela presente, folíolo oposto, deltoide, ápice agudo, margem inteira, base truncada,
androceu diadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente;
epicarpo inerme, margem reta. Semente reniforme, testa vermelha, pleurograma ausente,
Uso potencial: ornamental. Segundo Agra et al. (2007), o decocto ou infuso da casca do
No Brasil são encontradas 11 espécies, das quais 2 são endêmicas (Flora do Brasil
2020).
preferencia por áreas mais baixas em lugares que tem grande disponibilidade de água
durante o periodo de chuva, bem como nas bordas de riachos. Esta espécie é facilmente
vermelhas, os legumes muitas vezes podem ser constritos e portam sementes vermelhas.
Erythrina velutina
Erythrina velutina
Erythrina velutina
Erythrina velutina
Galactia P. Browne, Civ. Nat. Hist. Jamaica 298, pl. 32, f. 2 1756.
Trepadeira; ramo inerme. Estípula lateral, basifixa. Glândulas ausente. Filotaxia alterna,
Galactia é um gênero constituído por 60 espécies, ocorrendo no Brasil 29, das quais 16 são
1. Ápice foliolar retuso; racemo congesta; legume arqueado ............ 95. Galactia jussiaeana
1’. Ápice foliolar retuso; racemo laxo; legume reto .................................... 96. Galactia striata
Liana; ramo cilíndrico, tricoma seríceo, inerme. Odor presente. Estípula lateral,
Folha ternada, 3-foliolada, estipela presente, folíolo oposto, elíptico, ápice rotundo-retuso,
rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil,
observada.
No Brasil são encontradas 29 espécies, das quais 16 são endêmicas (Flora do Brasil
2020).
Fazenda Almas. Esta espécie pode ser reconhecida pelo caule volúvel, forte, folhas
Galactia jussiaeana
95. Galactia striata (Jacq.) Urb., Symb. Antill. 2(2): 320. 1900.
Trepadeira; ramo cilíndrico, tricoma seríceo, inerme. Odor presente. Estípula lateral,
Folha ternada, 3-foliolada, estipela presente, folíolo oposto, elíptico, ápice truncado,
rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil,
plurisseminado, linear, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente reniforme, testa
Galactia striata é uma trepadeira anual encontrada em área preservada na base da serra
da Engabelada. Esta espécie pode ser facilmente reconhecida pelas flores rosas com cálice
Galactia striata
Árvore; ramo cilíndrico, glabro, espinho 1. Odor presente. Estípula lateral, estreitamente-
paripinada, 14-17-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, oblongo, ápice retuso, margem
androceu diadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente;
ovário séssil, uniovulado. Fruto drupa, séssil, unisseminado, elipsóide, epicarpo inerme.
Semente elipsóide, testa marrom, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo lateral.
Brasil 2020).
Geoffroea spinosa é uma espécie arbórea armada que foi encontrada na beira de um riacho
paripinadas com foliolos opostos e presença de galhas, racemos com flores alaranjadas e
os frutos são drupas de caroço muito duro. Nesta espécie é comum a presença de galhas
nos folíolos.
Geoffroea spinosa
Geoffroea spinosa
Geoffroea spinosa
97. Gliricidia sepium (Jacq.) Kunth ex Walp., Repert. Bot. Syst. 1(4): 679.
1842.
Árvore; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, basifixa, caduca.
ausente, folíolo oposto, elíptico, ápice agudo, margem inteira, base rotunda-assimétrica,
uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil, plurisseminado,
linear, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente orbicular, testa castanha,
Gliricidia Kunth compreende de cinco espécies, sendo uma naturalizada no Brasil (Flora
do Brasil 2020).
Gliricidia sepium é uma espécie arbórea exótica nativa no México e Norte da América do
Sul (Lorenzi et al. 2003). Esta espécie foi introduzida devido seu potencial forrageiro e
espécie pode ser reconhecida por apresentar ramos inermes, folhas imparipinadas
Gliricidia sepium
Gliricidia sepium
Subarbusto; ramo inerme. Estípula lateral, basifixa. Glândulas ausente. Filotaxia alterna,
pontuação ausente. Inflorescência racemo, axilar, bráctea ausente, bractéola ausente. Flor
Indigofera é um gênero constituído por 700 espécies, ocorrendo no Brasil 12, das quais
1. Subarbusto decumbente; folíolo com glândula; flor lilás ........ 100. Indigofera microcarpa
2’. Ramo cinzento malpighiáceo; legume arqueado .................. 101. Indigofera suffrutticosa
ferrugineo, inerme. Odor presente. Estípula lateral, linear, basifixa. Glândula ausente.
seur uma planta recoberta por indumento hirsto-ferrugíneo, com folhas imparipinadas de
Indigofera hirsuta
Indigofera hirsuta
Indigofera hirsuta
legume, séssil, uni- plurisseminado, linear, cilíndrico, epicarpo inerme, margem reta.
congêneres encontradas na área por ser a única a apresentar glândulas na face abaxial
Indigofera microcarpa
100. Indigofera suffruticosa Mill., Gard. Dict. (ed. 8) Indigofera no. 2. 1768.
Subarbusto ereto; ramo estriado, tricoma malpighiáceo, cinza, inerme. Odor presente.
calcar ausente; androceu diadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes,
tricoma malpighiáceo quando tocada provoca coceira, apresenta ainda ramos estriados,
Indigofera suffruticosa
Indigofera suffruticosa
2: 260. 1825.
Árvore; ramo cilíndrico, glabrescente, inerme. Odor presente. Estípula lateral, basifixa,
estipela ausente, folíolo oposto, elíptico, ápice agudo, margem inteira, revoluta, base aguda,
uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto sâmara, estipitado, uni-
plurisseminado, oblongo, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente reniforme, testa
Lonchocarpus Kunth no Brasil são encontradas 11 espécies, das quais uma é endêmica
fazenda Almas. Esta espécie pode ser reconhecida por apresentar folhas imparipiandas
Lonchocarpus sericeus
Lonchocarpus sericeus
Árvore; ramo cilíndrico, tricoma tomentuloso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,
foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, elíptico, ápice rotundo, margem inteira-serreada,
uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto sâmara, séssil, unisseminado,
elíptico, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente elíptica, testa marrom,
Luetzelburgia auriculata é uma espécie muito comum em todo Cariri, podendo ser
facilmente encontrada sobre afloramentos rochosos. De acordo com Queiroz (2009) esta
espécie forma uma tipo de tubérculo em suas raízes que serve de reserva de água. Esta
espécie pode ser reconhecida pelos ramos inermes e tomentosos, folhas com coloração
verde escuro, as flores são alvas a rosas com androceu dialistêmone e quando fecundadas
forma sâmaras com núcleo seminífero apical onde apresentam projeções aladas.
Luetzelburgia auriculata
Luetzelburgia auriculata
Luetzelburgia auriculata
Luetzelburgia auriculata
103. Machaerium hirtum (Vell.) Stellfeld, Tribuna Farm. 12: 132. 1944.
Árvore; ramo cilíndrico, tricoma tomentuloso, espinho 2. Odor ausente. Estípula lateral,
Folha imparipinada, 35-39-foliolada, estipela ausente, folíolo alterno, oblongo, ápice retuso,
rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, uniovulado. Fruto sâmara, estipitado,
unisseminado, oblongo, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente não observada.
Machaerium hirtum é uma planta armada encontrada na área somente na Serra do Paulo
reconhecida pelos ramos armados, folhas imparipinadas com folíolos alternos, oblongos
com ápice retuso, flores lilás e frutos sâmara com núcleo seminífero apical.
Machaerium hirtum
Machaerium hirtum
Liana; ramo cilíndrico, tricoma tomentoso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,
rimosa, dimorfa, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil,
distribuída em toda a área, muitas vezes associadas aos afloramentos rochosos. Esta
espécie se caracteriza por serem lianas robustas, ramos e folhas tomentosos, as folhas
Macropsychanthus grandiflorus
Macropsychanthus grandiflorus
Marcopsychanthus grandiflorus
Macropsychanthus grandiflorus
Trepadeira; ramo inerme. Estípula lateral, basifixa. Glândulas ausente. Filotaxia alterna,
brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume.
Macroptilium é um gênero constituído por 17 espécies, ocorrendo no Brasil 11, das quais
2. Folíolos tomentosos com ápice arredondado; folíolo apical elíptico; cálices com tubo menor
2’. Folíolos pilosos com ápices agudos; folíolos apicais ovados; cálices com tubos maiores
105. Macroptilium gracile (Poepp. ex Benth.) Urb., Symb. Antill. 9(4): 457.
1928.
Trepadeira; ramo cilíndrico, tricoma tomentoso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,
Folha ternada, 3-foliolada, estipela presente, folíolo oposto, oval-lanceolado, ápice agudo,
rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil,
plurisseminado, linear, cilíndrico, epicarpo inerme, margem reta. Semente quadrada, testa
muito encontrada na RPPN Fazenda Almas. Esta espécie assim pode ser reconhecida pelo
Macroptilium gracile
Macroptilium gracile
Macroptilium gracile
Macroptilium gracile
106. Macroptilium lathyroides (L.) Urb., Symb. Antill. 9(4): 457. 1928.
Erva ereta; ramo estriado, tricoma glabrescente, inerme. Odor presente. Estípula lateral,
Folha ternada, 3-foliolada, estipela presente, folíolo oposto, oval-lanceoado, ápice agudo,
rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, séssil,
plurisseminado, linear, cilíndrico, epicarpo inerme, margem reta. Semente reniforme, testa
água. Esta espécie é facilmente reconhecida pelo hábito herbáceo ereto, ramos
glabrescentes, folhas com folíolos glabros, flores vináceas e legume linear, reto.
Macroptilium lathyroides
Macroptilium lathyroides
Macroptilium lathyroides
107. Macroptilium martii (Benth.) Maréchal & Baudet, Bull. Jard. Bot. Natl.
Trepadeira; ramo cilíndrico, tricoma tomentoso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,
Folha ternada, 3-foliolada, estipela presente, folíolo oposto, oval, ápice rotundo, margem
brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto
Semente quadrada, testa marmorada, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo lateral.
ramos e folíolos tomentosos, sendo estes ovais com ápice rotundo, os frutos são breve-
falcados. M. martii pode ser distinhta das demais congeneres da área por apresentar
lacínios maiores que o comprimento do tubo do cálice e fruto breve falcado versus lacínios
Macroptilium martii
Macroptilium martii
108. Muellera campestris (Mart. ex Benth.) M.J. Silva & A.M.G. Azevedo,
Árvore; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, basifixa, caduca.
ausente, folíolo oposto, elíptico, ápice mucronado, margem inteira, base rotunda-aguda,
plurisseminado, oblongo, plano, epicarpo inerme, margem reta. Semente não observada.
Muellera campestris é uma espécie arbórea com copa assimétria e ramos difucos, sendo
Salambaia. Esta espécie pode ser reconhecida pelos ramos difusos formando embira,
folhas imparipinadas com folhas opostas, as flores são alvas e os frutos são sâmaras
ferrugíneas.
Muellera campestris
Muellera campestris
Muellera campestris
557 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Sophoreae
Árvore; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, basifixa. Glândula
10-foliolada, estipela ausente, folíolo alterno, oval-elíptico, ápice truncado, margem inteira,
rostro ausente; ovário séssil, uniovulado. Fruto sâmara, estipitado, unisseminado, oblongo,
Myroxylon L.f. compreende de duas espécies, sendo encontradas duas no Brasil não
rios perenes e sobre a Serra do Paulo na APA das Onças em São João do Tigre. Esta
espécie pode ser facilmente determinada por apresentar folhas imparipinadas com foliolos
alternos e glândulas translúcidas, além disso suas flores são brancas com pétalas lineares,
sendo a única dentre as demais que apresenta fruto sâmara com núcleo seminífero distal.
Myroxylon peruiferum
Myroxylon peruiferum
110. Nissolia vincentina (Ker Gawl.) T.M.Moura & Fort.-Perez, Novon 26(2):
208. 2018.
Trepadeira; ramo cilíndrico, tricoma seríceo, inerme. Odor presente. Estípula lateral,
rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto lomento, séssil,
plurisseminado, linear, cilíndrico, epicarpo inerme, margem reta. Semente não observada.
Uso potencial:
Nissolia vincentina é uma liana que foi observada apenas na Serra do Paulo. Esta espécie
pode ser facilmente reconhecida pelas folhas pentâmeras, imparipinadas com folíolos
opostos; os racemos são curtos portando flores com cálice setoso e pétalas amarelas,
Nissolia vincentina
Nissolia vincentina
Nissolia vincentina
Nissolia vincentina
Árvore; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula interpeciolar, triangular,
estipela ausente, folíolo oposto, oval-elíptico, ápice agudo, margem inteira, base rotunda,
monadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário
inerme, margem reta. Semente oblonga, testa preta, pleurograma ausente, arilo ausente,
hilo lateral.
Platymiscium floribundum foi observada apenas na Serra do Paulo na APA das Onças no
município de São João do Tigre acima de 1000 m de altitude. Esta espécie é facilmente
reconhecida por apresenta folhas opostas, imparipinadas e foliolos alternos com estípulas
opostas.
Platymiscium floribundum
Platymiscium floribundum
112. Poecilanthe grandiflora Benth., J. Linn. Soc., Bot. 4(Suppl.): 80. 1860.
Árvore; ramo cilíndrico, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, basifixa. Glândula
folíolo alterno, oval-elíptico, ápice agudo, margem inteira, base rotunda, nervação
monadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, dimorfa, rostro ausente; ovário
séssil, pluriovulado. Fruto legume, estipitado, uni- plurisseminado, elíptico, plano, epicarpo
inerme, margem reta. Semente orbicular, testa preta, pleurograma ausente, arilo ausente,
hilo lateral.
Poecilanthe grandiflora é uma espécie arbórea encontrada nas áreas mais preservada
próximas a riachos temporários. Esta espécie é pode ser reconhecida por apresentar folhas
imparipinadas com folíolos alternos, com racemos compostos de flores lilases e os frutos
Poecilanthe grandiflora
Trepadeira; ramo estriado, tricoma escabroso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,
diadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário
epicarpo inerme, margem reta. Semente reniforme, testa marrom, pleurograma ausente,
Rhynchosia Lour. apresenta 230 espécies, sendo encontradas 22 no Brasil, destas 4 são
próximos a baldes de açudes. Esta espécie é facilmente reconhecida pelas folhas com
folíolos deltoides tendo estas glândulas na face abaxial tornando-os glutinosos liberando
Rhynchosia minima
Rhynchosia minima
Rhynchosia minima
Arbusto; ramo inerme. Estípula lateral, basifixa. Glândulas ausente. Filotaxia alterna,
racemo, axilar, bráctea ausente, bractéola ausente. Flor zigomorfa, pedicelada, diclamídea,
Sesbania é um gênero constituído por 60 espécies, ocorrendo no Brasil 8, das quais uma
1. Folíolo oblongo; racemo congesto; epicarpo estreito ............ 114. Sesbania exasperata
1’. Folíolo linear; racemo laxo, epicarpo espesso ...................... ...... 115. Sesbania virgata
114. Sesbania exasperata Kunth, Nov. Gen. Sp. (quarto ed.) 6: 534–535.
1823 [1824].
Arbusto; ramo estriado, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, estreitamente-
ausente, cartácea, glabro. Inflorescência racemo laxo, axilar; bráctea ausente, bractéola
rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto legume, estipitado,
Sesbania exasperata é um arbusto que ocorre nas margem de rios temporários e corpos
de água. Esta espécie é facilmente reconhecida pelos ramos estriados e glabros e tronco
Sesbania exasperata
Sesbania exasperata
Arbusto; ramo estriado, glabro, inerme. Odor presente. Estípula lateral, estreitamente-
antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto câmara,
Sesbania virgata é uma espécie que ocorre na margem de corpos de água como açudes e
rios. Esta espécie pode ser reconhecida pelos ramos glabros e folhas paripinadas, racemos
axilares, congestos, flores amarelas e frutos câmaras linear tetragonais. Na área foram
virgata pelas folhas com folíolos lineares, estandarte amarelo versus folíolos oblongos,
Sesbania virgata
Sesbania virgata
Erva, subarbusto; ramo inerme. Estípula lateral, basifixa. Glândulas ausente. Filotaxia
homodínamo, brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, uni-
Stylosanthes é um gênero constituído por 96 espécies, ocorrendo no Brasil 30, das quais
116. Stylosanthes humilis Kunth, Nov. Gen. Sp. (quarto ed.) 6: 506, pl. 594.
1823 [1824].
Erva ereta; ramo cilíndrico, tricoma híspido, inerme. Odor presente. Estípula lateral,
Folha ternada, 3-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, lanceolado, ápice agudo,
filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, uni-biovulado. Fruto
lomento, séssil, unisseminado, elíptio, plano, epicarpo inerme, constrita. Semente não
observada.
Stylosanthes humilis é uma erva anual muito comum próximo a corpos de água temporários
e sobre afloramentos rochosos com pequenos tanques, sendo encontrado como uma
população nunca com única indivíduo. Esta espécie pode ser reconhecida pelo hábito
espécies congeneres pelo herbáceo e ramos glabros versus hábito subarbustivo e ramos
Stylosanthes humilis
157-165. 2020.
Subarbusto ereto; ramo cilíndrico, tricoma glandular, inerme. Odor presente. Estípula
espiralada. Folha ternada, 3-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, elíptico, ápice
homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, uni-
rochosos de áreas preservadas. Esta espécie está sendo registrada pela primeira vez no
estado da Paraíba. Esta espécie pode ser confundida com S. viscosa pelos ramos
minima versus espigas simples em S. viscosa. A espécie Stylosanthes minima pode ser
distinta de S. humilis por ser um subarbusto, com ramos glutinosos versus erva e ramos
não glutinosos.
Stylosanthes minima.
Stylosanthes minima.
Subarbusto ereto; ramo cilíndrico, tricoma glandular, inerme. Odor presente. Estípula
espiralada. Folha ternada, 3-foliolada, estipela ausente, folíolo oposto, elíptico, ápice
monadelfo, homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário
séssil, uni-biovulado. Fruto lomento, séssil, unisseminado oblongo, plano, epicarpo inerme,
Stylosanthes viscosa
Stylosanthes viscosa
Stylosanthes viscosa
Subarbusto; ramo inerme. Estípula lateral, basifixa. Glândulas ausente. Filotaxia alterna,
Tephrosia é um gênero constituído por 350 espécies, ocorrendo no Brasil 13, das quais três
119. Tephrosia cinerea (L.) Pers., Syn. Pl. 2(2): 328–329. 1807.
Subarbusto decumbente; ramo cilíndrico, piloso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,
brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto
Semente reniforme, testa marmorada, pleurograma ausente, arilo ausente, hilo lateral.
Tephrosia cinerea é um subarbusto bianual nativo na Caatinga que foi obsevada apenas
Tephrosia cinerea
120. Tephrosia purpurea (L.) Pers., Syn. Pl. 2(2): 329. 1807.
elíptico, ápice mucronado, margem inteira, base aguda, nervação camptodroma, pontuação
homodínamo, filetes brancos, antera rimosa, uniformes, rostro ausente; ovário séssil,
margem reta. Semente reniforme, testa marmorada, pleurograma ausente, arilo ausente,
hilo lateral.
Esta espécie se caracteriza por apresentar ramos glabrescentes, folhas imparipinadas com
com T. cinerea, porém estas podem ser distintas pelos ramos e folhas glabrescentes e
flores isoladas em T. cinerea. Segundo Ribeiro et al. (2019), esta espécie ocorre
seguiu o mesmo padrão de distribuição nos ambiente ocorrendo nas margens das estradas.
Tephrosia purpurea
Zornia J.F. Gmel., Syst. Nat., ed. 13[bis] 2(2): 1076, 1096 1791 [1792].
Subarbusto; ramo inerme. Estípula lateral, medifixa. Glândulas presente. Filotaxia alterna,
espiciforme, axilar, ou flor isolada, bráctea ausente, bractéola presente. Flor zigomorfa,
homodínamo, brancos, antera rimosa, dimorfa, rostro ausente; ovário séssil, pluriovulado.
Fruto lomento.
Zornia é um gênero constituído por 75 espécies, ocorrendo no Brasil 37, das quais 16 são
3. Ramo glabro, prostrado, flor pedicelada e solitária ........................ 123. Zornia myriadena
3’. Ramo piloso, ereto, flor séssil e em inflorescência ...................... 121. Zornia brasiliensis
Subarbusto ereto; ramo cilíndrico, piloso, inerme. Odor presente. Estípula lateral,
lanceolada, medifixa, perene. Glândula presente na lâmina foliar, diversa, séssil. Filotaxia
monadelfo, homodínamo, filetes brancos, anteras rimosas, dimorfas, rostro ausente; ovário
Uso potencial: forrageira; Segundo Agra et al. (2007), um macerado da planta inteira é
sobre os afloramentos rochosos. Esta espécie compartilha ainda com Zornia myriadena
folhas palmadas e tetrafolioladas, porém podem ser facilmente reconhecidas pelo hábito
com Silva et al. (2020) esta espécie é encontrada principalmente sobre afloramentos
rochosos na Paraíba.
Zornia brasiliensis
Zornia brasiliensis
122. Zornia leptophylla (Benth.) Pittier, Bol. Soc. Venez. Ci. Nat. 6(44): 196.
1940.
Subarbusto ereto; ramo cilíndrico, glabrescente, inerme. Odor presente. Estípula lateral,
oval, medifixa, perene. Glândula presente na lâmina foliar, diversa, séssil. Filotaxia
homodínamo, filetes brancos, antera rimosas, dimorfas, rostro ausente; ovário séssil,
Zornia leptophylla possui hábito subarbusto têune ereto, com indivíduos encontrados em
Segundo Silva et al. (2020), na Paraíba esta espécie ocorre em ambientes de solos rasos,
Zornia leptophylla
Zornia leptophylla
606 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Papilionoideae Dalbergieae
Subarbusto prostrado; ramo cilíndrico, glabra, inerme. Odor presente. Estípula lateral,
oval, medifixa, perene. Glândula presente na lâmina foliar, diversa, séssil. Filotaxia
monadelfo, homodínamo, filetes brancos, anteras rimosas, dimorfas, rostro ausente; ovário
das demais espécies de Zornia pelas flores pediceladas e lomento glabro versos flores
Zornia myriadena
Zornia myriadena
Zornia myriadena
lateral, lanceolada, medifixa, perene. Glândula presente na lâmina foliar, diversa, séssil.
axilar; bráctea ausente, bractéola presente, prefloração imbricada descendente. Flor séssil,
ausente; ovário séssil, pluriovulado. Fruto lomento, séssil, plurisseminado, oblongo, plano,
nas lâminas foliolares, as estípulas são medifixas, e as inflorescências são espigas espigas
Zornia reticulata
Zornia reticulata
Zornia reticulata
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615 | Rubens T. Queiroz
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Hilo – é a cicatriz deixada pelo funículo Paripinada – é o tipo de folha que cuja
que conecta a semente com a placenta. ráquis termina em dois folíolos.
Araripensis – araripe: Araripe; ensis: sufixo Centrosema (gr.) – centro: esporão; sameia:
que denota origem. estandarte. Referente ao esporão presente no
estandarte.
Arena -rium -osa (l.) – de areia.
Chamaecrista (gr.) – chamae: pequeno,
Auriculata (l.) – lobulado como uma orelha, anão; crista: crista.
com lóbulos, em forma de orelha. Referente
as aurículas presentes no núcleo seminal da Cheilantha (gr.) – cheilos: lábio, margem;
sâmara. antha: flor.
Bahiensis – da Bahia; ensis: sufixo que Cinerea (gr.) – cinerea: cinza. Referente a
denota lugar de origem. coloração do indumento.
Mimosa (gr.) – mimic: imitador. Referente aos Pilosa (l.) – com pélo.
movimentos násticos. Piptadenia (gr.) – pipto: cai; adeno: glândula.
Minima (l.) – o menor. Pithecellobium (gr./l.) – pithecus: macaco;
Monteiroi nome dado em homenagem ao lobium: fruto.
botânico Reinaldo Monteiro. Platymiscium (gr.) – platy: achatado;
Muellera – nome dado por Otto Frederich miscium: pedicelo.
Mueller Plena (l.) – completo.
Myriadena (gr.) – myria: muitissima; adena: Poecilanthe (gr.) – poecilo: variável; anthe:
glândulas. Referente a quantidade de flor.
glândulas sobre a planta.
Polycephala (gr.) – poly: muito; cephala:
Myroxylon (gr.) – myrion: óleo doce, perfume; cabeça.
xylon: madeira. Referente ao óleo produzido
no tronco das plantas. Neptunia – deus Polyphylla (gr.) – poly: muito; phylla: folha.
romano das águas.
Procubens (l.) – prostrado: prostrado.
Nictitans (l.) – dotado de nastismo durante a
Prosopis (gr.) – pros: em direção; opis:
noite; nicto: noite.
mulher de saturno.
Stipulacea (l.) – stipula: estípula; acea: afim, Zehntneri – nome dado em homenagem ao
smiliar a. naturalista suiço Léo Zehntner (1864-1961).
Aeschynomene americana, 100, 410, 411, Chloroleucon foliolosum, 103, 286, 287,
412 288
Aeschynomene benthamii, 101, 409, 466, Crotalaria holosericea, 97, 451, 452, 453,
467 454, 455
Aeschynomene histrix, 101, 470 Crotalaria incana, 97, 451, 456, 457, 458,
Aeschynomene monteiroi, 101 459, 460, 461
Aeschynomene scabra, 99, 413, 414, 415, Crotalaria vitellina, 97, 462, 463, 466
416 Ctenodon benthamii, 467, 468, 469
Aeschynomene viscidula, 100, 475 Ctenodon histrix, 466, 470, 471
Albizia lebbeck, 268 Ctenodon monteiroi, 466, 472, 473, 474
Albizia polycephala, 102, 272, 273, 274, Ctenodon viscidulus, 466, 475, 476, 477
275 Dahlstedtia araripensis, 101, 478, 479, 480,
Amburana cearensis, 101, 417, 418, 419, 481
420 Dalbergia catinguicola, 100, 482, 483, 484
Anadenanthera colubrina, 305, 306, 307, Delonix regia, 102, 251, 252, 253
308, 309 Desmanthus virgatus, 102, 310, 311, 312,
Ancistotropis peduncularis, 97, 421, 422, 313, 314
423 Desmodium glabrum, 97, 487
Andira legalis, 101, 424, 425 Desmodium procubens, 489, 490, 491
Arachis dardanii, 98, 426, 427, 428 Dioclea grandiflora, 97, 536
Bauhinia cheilantha, 96, 109, 112, 113 Dioclea lasiophylla, 97, 492, 493, 494, 495
Bauhinia subclavata, 96, 114, 115, 116, Erythrina velutina, 96, 496, 497, 498, 499,
118, 119 500
Calliandra subspicata, 102, 276, 277 Galactia jussiaeana, 98, 503, 504
Canavalia brasiliensis, 97, 429, 430, 431, Galactia striata, 98, 505, 506
432, 433 Geoffroea spinosa, 99, 507, 508, 509, 510
Cenostigma nordestinum, 102, 245, 246, Gliricidia sepium, 511, 512, 513
247, 248, 249, 250 Hymenaea rubriflora, 96, 121, 122, 123,
Centrosema arenarium, 98, 436, 437, 438 124, 125
Centrosema brasilianum, 439, 440, 441 Indigofera hirsuta, 101, 516, 517, 518, 519
Centrosema pascuorum, 442, 443 Indigofera microcarpa, 101, 520, 521
Centrosema pubescens, 98, 444, 445 Indigofera suffruticosa, 522, 523, 524
Centrosema sagittatum, 96, 435, 446, 447, Lachesiodendron viridiflorum, 103, 315,
448 316, 317
Chamaecrista absus, 98, 140, 141 Leucaena leucocephala, 102, 318, 319
Chamaecrista amiciella, 98, 142, 143, 144, Libidibia ferrea, 102, 254, 255, 256, 257,
145 258, 259, 260
Chamaecrista calycioides, 146 Lonchocarpus sericeus, 101, 525, 526, 527
Chamaecrista duckeana, 100, 150, 151, Luetzelburgia auriculata, 101, 528, 529,
152, 153 530, 531, 532
Chamaecrista nictitans, 100, 154, 155, 156 Machaerium hirtum, 100, 533, 534
Chamaecrista pilosa, 100, 157, 158, 159 Macropsychanthus grandiflorus, 536, 537,
Chamaecrista repens, 100, 160, 161, 162, 538, 540
163 Macroptilium gracile, 97, 543, 544, 545,
Chamaecrista rotundifolia, 96, 164, 165 546, 547
Chamaecrista serpens, 100, 166, 167, 168 Macroptilium lathyroides, 97, 548, 549,
Chamaecrista supplex, 100, 169, 170, 171 550, 551
Chamaecrista tenuisepala, 100, 172, 173, Macroptilium martii, 97, 552, 553, 554
174, 175 Mimosa acutistipula, 104, 327, 328
Chamaecrista zygophylloides, 98, 176, Mimosa arenosa, 104, 329, 330, 331, 332
177, 178, 179 Mimosa borboremae, 102, 333, 334, 335,
Chloroleucon dumosum, 103, 282, 283, 336
284, 285 Mimosa camporum, 102, 337, 338, 339, 340
Mimosa candollei, 103, 341, 342
624 | Rubens T. Queiroz
FABACEAE DO CARIRI PARAIBANO
Mimosa invisa, 103, 343, 344 Senegalia tenuifolia, 103, 398, 399, 400,
Mimosa ophthalmocentra, 345, 346, 347, 348 401, 402
Mimosa paraibana, 104, 349, 350, 351, 352 Senna alata, 99, 184, 185, 186, 187
Mimosa sensitiva, 96, 103, 353, 354, 355, Senna angulata, 188, 189, 190
356 Senna aversiflora, 99, 191, 192, 193, 194
Mimosa somnians, 104, 357, 358, 359, 360 Senna macranthera, 98, 195, 196, 197, 198
Mimosa tenuiflora, 104, 361, 362, 363, 364, Senna martiana, 99, 199, 200, 201, 202,
365 203, 204
Mimosa ursina, 96, 103, 366, 367 Senna obtusifolia, 99, 205, 206, 207
Muellera campestris, 101, 555, 556, 557 Senna occidentalis, 99, 208, 209, 210, 211
Myroxylon peruiferum, 558, 559, 560 Senna pendula, 99, 212, 213, 214, 215
Neptunia plena, 102, 368, 369, 370 Senna rizzinii, 98, 216, 217, 218, 219, 220
Nissolia vincentina, 561, 562, 563, 564, 565 Senna siamea, 99, 221, 222, 223, 224
Parapiptadenia zehntneri, 102, 372, 374, Senna spectabilis, 225, 226, 227, 228
375 Senna splendida, 98, 229, 230, 231, 232,
Parkinsonia aculeata, 103, 261, 262, 263, 233, 234
264, 265 Senna trachypus, 99, 235, 236, 237, 238,
Peltogyne pauciflora, 96, 126, 128, 129, 239
130 Senna uniflora, 99, 240, 241, 242
Piptadenia stipulacea, 103, 376, 377, 378, Sesbania exasperata, 99, 577, 578, 579
379, 380, 381 Sesbania virgata, 99, 580, 581, 582
Pithecellobium diversifolium, 96, 103, 296, Stylosanthes humilis, 585, 586
297, 298 Stylosanthes minima, 587, 588, 589
Pithecellobium dulce, 96, 103, 299, 300, Stylosanthes viscosa, 96, 590, 591, 592,
301, 302, 303, 304 593
Platymiscium floribundum, 100, 566, 567, Tamarindus indica, 131, 132, 133, 134
568 Tephrosia cinerea, 101, 596, 597
Poecilanthe grandiflora, 101, 569, 570 Tephrosia purpurea, 101, 598, 599
Prosopis juliflora, 103, 382, 383, 384, 385, Vachellia farnesiana, 103, 403, 404, 405,
386, 387 406
Pterogyne nitens, 101, 243, 244 Zornia brasiliensis, 98, 601, 602, 603, 604
Rhynchosia minima, 97, 571, 572, 573, 574 Zornia leptophylla, 96, 601, 605, 606
Senegalia bahiensis, 103, 390, 391, 392 Zornia myriadena, 98, 601, 607, 608, 609,
Senegalia polyphylla, 103, 393, 394, 395, 610
396, 397, 398 Zornia reticulata, 601, 611, 612, 613
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