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1 LISTA DE QUESTÕES – LEI MARIA DA PENHA 3-) (UEG - 2018 - PC-GO - Delegado de Polícia)

Preenchidos os requisitos legais para


concessão da benesse, é possível aplicar ao
1-) O STF declarou a constitucionalidade da Lei
crime de lesão corporal de natureza leve
Maria da Penha quanto à não aplicação dos
praticado em situação de violência doméstica e
institutos despenalizadores previstos na Lei n.º
familiar contra a mulher a
9.099/1995 para os crimes praticados com
a) transação penal.
violência doméstica e familiar contra a mulher.
b) suspensão condicional da pena.
Assertiva está verdadeira?
c) suspensão condicional do processo.
d) absolvição, com base no princípio da
Em análise acerca da constitucionalidade da Lei insignificância.
Maria da Penha, no que tange a não aplicação dos e) substituição da pena privativa de
institutos despenalizadores da Lei 9.099/95, o STF liberdade por restritiva de direitos.
decidiu pela sua constitucionalidade, uma vez que
tais medidas cuidam de retirar do rol de crimes de Sabe-se que a Lei Maria da Penha veda a aplicação
menor potencial ofensivo aqueles cometidos com dos institutos despenalizadores da lei dos juizados
violência à mulher, o que foi uma medida especiais, conforme consta no artigo abaixo:
necessária para combater a invisibilidade e a
impunidade de tais crimes, que possuem maior grau Art. 41. Aos crimes praticados com violência
de gravidade. VERDADEIRA doméstica e familiar contra a mulher,
independentemente da pena prevista, não se aplica
2-) (UEG - 2018 - PC-GO - Delegado de Polícia) A a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995.
natureza da ação penal no crime de ameaça
praticado em situação de violência doméstica e – O BENEFÍCIO DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DO
familiar contra a mulher é PROCESSO está previsto na lei 9.099/95, logo, ele
a) pública incondicionada. não se aplica aos casos da Lei Maria da Penha.
b) de iniciativa privada exclusiva.
c) pública condicionada a requisição. – Contudo, a questão menciona a concessão da
d) de iniciativa privada personalíssima. Suspensão Condicional DA PENA (SURSIS), que de
e) pública condicionada à representação. fato não há óbice para sua aplicação.

"É errado dizer que todos os crimes praticados – NÃO CONFUNDA:


contra a mulher, em sede de violência doméstica,
serão de ação penal incondicionada. Continuam – SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO -- Art.
existindo crimes praticados contra a mulher (em 89 da Lei 9.099/95.
violência doméstica) que são de ação penal
condicionada, desde que a exigência de – SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA (SURSIS) --
representação esteja prevista no Código Penal ou Art. 77 e seguintes do CP.
em outras leis, que não a Lei nº 9.099/95.

Assim, por exemplo, a ameaça praticada pelo 4-) (VUNESP - 2018 - PC-SP - Delegado de Polícia)
marido contra a mulher continua sendo de ação
Nos termos da Lei no 11.340/2006 (Lei Maria da
pública condicionada porque tal exigência consta
Penha):
do parágrafo único do art. 147 do CP.
a) a mulher vítima será inquirida
sempre com intermediação de profissional do
O que a Súmula nº 542 do STJ afirma é que o delito sexo feminino especializado em violência
de LESÃO CORPORAL praticado com violência doméstica e familiar designado pela
doméstica contra a mulher é sempre de ação penal autoridade judiciária ou policial.
incondicionada porque o art. 88 da Lei nº 9.099/95 b) é direito da mulher em situação de
não pode ser aplicado aos casos da Lei Maria da violência doméstica e familiar o atendimento
Penha". (Fonte: Dizer o Direito) pericial especializado, ininterrupto e prestado
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por servidores exclusivamente do sexo E) INCORRETA: a lei 11.340/06 traz diversas
feminino. diretrizes para a inquirição de mulher em situação
c) é direito da mulher em situação de de violência doméstica e familiar, sendo que uma
violência doméstica e familiar o atendimento delas é a inquirição intermediada por profissional
policial e pericial especializado, ininterrupto e especializado em violência doméstica e familiar,
prestado por servidores, preferencialmente do designado pela autoridade policial ou judicial, mas
sexo feminino e previamente capacitados. quando for o caso de a inquirição ser realizada
d) é direito da mulher em situação de desta forma e não sempre, como descrito na
violência doméstica e familiar o atendimento alternativa.
policial especializado, ininterrupto e prestado
por servidores exclusivamente do sexo 5-) Uma mulher sofreu diversas formas de
feminino. violência doméstica provocadas pelo marido.
e) a mulher vítima será inquirida Muito abalada, ela conseguiu ir a uma delegacia
sempre com intermediação de profissional especializada e foi recebida por uma autoridade
especializado em violência doméstica e policial que, após ouvir suas queixas, adotou
familiar designado pela autoridade judiciária imediatamente as providências cabíveis. O
ou policial. expediente foi recebido pelo juiz com pedido de
medidas protetivas de urgência.
A) INCORRETA: a lei 11.340/06 traz diversas De acordo com a Lei n.º 11.340/2006 — Lei Maria
diretrizes para a inquirição de mulher em situação da Penha —, o juiz poderá conceder medida
de violência doméstica e familiar, sendo que uma protetiva
delas é a inquirição intermediada por profissional a) somente após a audiência das partes.
especializado em violência doméstica e familiar, b) isoladamente, sendo vedada a cumulação.
designado pela autoridade policial ou judicial, mas c) apenas se houver pedido expresso da
quando for o caso de a inquirição ser realizada ofendida nesse sentido.
desta forma e não sempre, como descrito na d) de imediato, ainda que sem a oitiva
alternativa, e também não há exigência de ser das partes e sem a manifestação do Ministério
profissional do sexo feminino, como também Público.
descrito na presente alternativa. e) somente após a manifestação do
Ministério Público.
B) INCORRETA: Realmente é direito da mulher em
situação de violência doméstica e familiar o É importante compreender o motivo de cada item
atendimento policial e pericial especializado, estar errado, a fim de marcar o correto com
ininterrupto e prestado por servidores previamente consciência. Observemos as partes em maiúsculo
capacitados, PREFERENCIALMENTE, e não para encontrarmos exatamente onde os itens
exclusivamente, do sexo feminino. precisam de reparos:

C) CORRETA: Nos termos do artigo 10-A da lei a) Incorreto. Pelo que ensina o art. 19, §1º da Lei
11.340/2006, é direito da mulher em situação de 11.340/06, as medidas poderão ser concedidas
violência doméstica e familiar o atendimento INDEPENDENTEMENTE DE AUDIÊNCIA DAS PARTES.
policial e pericial especializado, ininterrupto e
prestado por servidores, preferencialmente do b) Incorreto. É o art. 19, §2º da mesma lei que
sexo feminino e previamente capacitados. combate essa ideia ao apontar diretamente que as
medidas protetivas de urgência serão aplicadas
D) INCORRETA: Realmente é direito da mulher em isolada OU CUMULATIVAMENTE (...)
situação de violência doméstica e familiar o
atendimento policial e pericial especializado, c) Incorreto. Isso porque o a cabeça do art. 19 inicia
ininterrupto e prestado por servidores previamente dizendo que essas medidas poderão ser concedidas
capacitados, PREFERENCIALMENTE, e não pelo juiz, A REQUERIMENTO DO MP ou a pedido da
exclusivamente, do sexo feminino. ofendida.

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d) CORRETO. É o §1º do art. 19 desta lei, que relações. Assim, surge a Lei 11.340 de 2006, que
finaliza exatamente com essa previsão da cria referidos mecanismos, dispondo em seu artigo
imediaticidade. 5º que: “configura violência doméstica contra a
mulher qualquer ação ou omissão baseada no
e) Incorreto. O próprio item assinalado como gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento
correto nega este da forma como foi colocado, vez
físico, sexual ou psicológico e dano moral ou
que aqui, no mesmo §1º do 19 expõe que essa
patrimonial".
imediaticidade INDEPENDE de audiência entre as
partes e de MANIFESTAÇÃO DO MP, devendo este
ser comunicado prontamente. A lei 11.340 é chamada de lei “Maria da Penha"
devido ao caso ocorrido com Maria da Penha Maia
Esse artigo é dos mais exigidos em prova. Foi Fernandes, farmacêutica bioquímica, natural de
cobrado de forma mais recente nas seguintes: Fortaleza/Ceará.
PC/MA, MP/PR e DPE/PR. Sempre dessa forma:
trocando partes da lei e tornando a assertiva Maria da Penha Maia Fernandes foi vítima de duas
errada; pois não é um ponto de posicionamentos tentativas de feminícidio por parte de seu esposo,
jurisprudenciais, discordâncias ou teorias. no ano de 1983, primeiro com um tiro em suas
costas enquanto dormia, o que a deixou
6-) (NUCEPE - 2018 - PC-PI - Delegado de Polícia paraplégica, e quatro meses depois este tentou
Civil) A Lei nº 11.340/2006 cria mecanismos para eletrocutá-la durante o banho.
coibir e prevenir a violência doméstica e familiar
contra a mulher. São consideradas violência
O primeiro julgamento do caso ocorreu em 1991, o
contra a mulher não só a física, mas também,
segundo em 1996 e em 1998 o caso foi denunciado
psicológica, moral e sexual. E em todos os casos
de violência doméstica e familiar contra a a Organização dos Estados Americanos, sendo o
mulher, feito o registro da ocorrência, deverá a Estado responsabilizado por negligência em 2001.
autoridade policial adotar, de imediato, os
seguintes procedimentos, sem prejuízo daqueles O marido de Maria da Penha só foi punido 19
previstos no Código de Processo Penal, EXCETO: (dezenove) anos depois do julgamento e ficou
apenas 2 (dois) anos em regime fechado.
a) colher nome e idade dos dependentes e
encaminhá-los a uma Casa de Abrigo; Há pesquisa DataSenado sobre violência doméstica
b) ouvir a ofendida, lavrar o boletim de de junho de 2017 em que o número de mulheres
ocorrência e tomar a representação a termo, que disseram já ter sido vítimas de violência
se apresentada; doméstica passou de 18% em 2015 para 29% em
c) colher todas as provas que servirem
2017.
para o esclarecimento do fato e de suas
circunstâncias;
d) remeter, no prazo de 48 (quarenta e A lei 11.340 incluiu o parágrafo 9º no artigo 129
oito) horas, expediente apartado ao juiz com o (lesão corporal) do Código Penal, tornando
pedido da ofendida, para a concessão de medidas qualificada a lesão contra ascendente, descendente,
protetivas de urgência; irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem
e) determinar que se proceda ao exame conviva ou tenha convivido, ou, ainda,
de corpo de delito da ofendida e requisitar prevalecendo-se o agente das relações domésticas,
outros exames periciais necessários, ouvir o de coabitação ou de hospitalidade, com pena de 3
agressor e as testemunhas. (três) meses a 3 (três) anos de detenção.

A Constituição Federal de 1988 traz em seu texto A citada lei prevê a possibilidade de prisão
que a família é a base da sociedade e terá proteção preventiva do agressor mediante requerimento do
especial do Estado e que este criará mecanismos Ministério Público ou representação da Autoridade
para combater a violência no âmbito de suas
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Policial, no inquérito policial ou durante a instrução
criminal.
A) CORRETA (a alternativa): No pedido da ofendida
Houve uma alteração recente na lei para deverá conter o nome e a idade dos
também tornar crime o descumprimento das dependentes (artigo 12, §1º, II, da lei 11.340/06),
medidas protetivas, artigo 24-A da lei 11.340, mas dentre os procedimentos a serem realizados,
sendo que neste caso a fiança somente poderá ser de imediato, pela autoridade policial, não se
concedida pelo Juiz. encontra o encaminhamento dos dependentes a
Casa de Abrigo.
O capitulo II da lei trata das medidas protetivas de
urgência, dentre estas a proibição de se aproximar B) INCORRETA (a alternativa): a afirmativa está
da ofendida, seus familiares e correta e traz o disposto no artigo 12, I, da lei
testemunhas, fixando um limite mínimo (22, III, “a) 11.340/2006:
e o afastamento do agressor do lar, domicílio ou “Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica
local de convivência com a ofendida (artigo 22, I). e familiar contra a mulher, feito o registro da
ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de
A lei “Maria da Penha" ainda traz que: imediato, os seguintes procedimentos, sem prejuízo
daqueles previstos no Código de Processo Penal:
1) é vedada a aplicação, nos casos de violência I - ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência
doméstica e familiar contra a mulher, de penas de e tomar a representação a termo, se apresentada;"
cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem
como a substituição de pena que implique o C) INCORRETA (a alternativa): a afirmativa está
pagamento isolado de multa; correta e traz o disposto no artigo 12, II, da lei
11.340/2006:
2) ofendida deverá ser notificada dos atos
processuais referentes ao agressor, especialmente "Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e
com relação ao ingresso e saída deste da prisão, familiar contra a mulher, feito o registro da
sem prejuízo da intimação do advogado constituído ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de
ou do defensor público; imediato, os seguintes procedimentos, sem prejuízo
daqueles previstos no Código de Processo Penal:
3) atendimento policial e pericial especializado, (...)
ininterrupto e prestado por servidores previamente II - colher todas as provas que servirem para o
capacitados, preferencialmente do sexo feminino; esclarecimento do fato e de suas circunstâncias;"

4) a concessão das medidas protetivas pelo Juiz de D) INCORRETA (a alternativa): a afirmativa está
ofício ou mediante representação do Delegado de correta e traz o disposto no artigo 12, III, da lei
Polícia, requerimento do Ministério Público, da 11.340/2006:
ofendida, podendo ser concedidas de imediato, sem
audiência das partes ou de manifestação do “Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica
Ministério Público; e familiar contra a mulher, feito o registro da
ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de
5) afastamento do agressor do lar, domicílio ou imediato, os seguintes procedimentos, sem prejuízo
local de convivência com a ofendida, realizado daqueles previstos no Código de Processo Penal:
pelo Delegado de Polícia quando o município não (...)
for sede de comarca ou pelo policial, quando o III - remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito)
município não for sede de comarca e não houver horas, expediente apartado ao juiz com o pedido
delegado disponível no momento da denúncia, da ofendida, para a concessão de medidas
conforme lei 13.827/2019. protetivas de urgência;"

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E) INCORRETA (a alternativa): a afirmativa está a) Incorreto. O que caracteriza a violência prevista
correta e traz o disposto no artigo 12, IV e V, da lei na lei é a mulher no polo passivo. No ativo pode ser
11.340/2006: homem ou mulher. Há precedente de Alagoas em
que o STJ reconheceu violência doméstica entre
mãe e filha (HC 277.561/AL).
“Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica
e familiar contra a mulher, feito o registro da
b) Incorreto. O art. 24-A da lei em questão prevê,
ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de em seu §2º, que apenas a autoridade judicial
imediato, os seguintes procedimentos, sem prejuízo poderá conceder a fiança. Portanto, não é correto
daqueles previstos no Código de Processo Penal: afirmar que ela é incabível. Cabe, mas com esta
(...) ressalva.
IV - determinar que se proceda ao exame de corpo
de delito da ofendida e requisitar outros exames c) Incorreto. O art. 24-A, no §3º, aclara que não há
periciais necessários; proibição de outras sanções. Então, a multa pode
V - ouvir o agressor e as testemunhas;" ser determinada sem prejuízo.

DICA: A lei 11.340/2006 também traz que a d) CORRETO. É o §1º do art. 24-A que explica que
independe se a medida é do juízo cível ou criminal.
ofendida não poderá entregar notificação ou
intimação ao agressor.
e) Incorreto. Seria necessário previsão nesse
sentido. Não há, todavia, motivo pelo qual admite-
7-) De acordo com a jurisprudência do STJ
se somente a modalidade dolosa. Para tanto, é
acerca da Lei Maria da Penha — Lei n.º
preciso vontade livre e consciente de descumprir
11.340/2006 —, o delito de descumprimento de
decisão judicial que defere medida protetiva de
medida protetiva de urgência constitui crime
urgência baseada na Lei Maria da Penha. Então é
a) cujo sujeito ativo deve ser sempre um
homem. necessário que a pessoa conheça a existência da
b) que não admite a concessão de fiança. decisão judicial.
c) cuja caracterização será afastada se
8-) Sobre os aspectos processuais da Lei Maria da
tiver sido prevista a aplicação de multa na
Penha é correto afirmar que
decisão que tiver determinado a medida
a) a prática de contravenção penal, ainda
protetiva.
que no âmbito de violência doméstica, não é
d) mesmo que a determinação da medida
motivo idôneo para justificar a prisão preventiva
protetiva tenha partido do juízo cível.
do réu.
e) cuja caracterização admite a modalidade
culposa. b) nos casos de lesão corporal culposa
praticada contra mulher em âmbito
doméstico, a ação penal será pública
Essa legislação, além da significativa função social, é
condicionada.
de atuação muito presente na carreira da
c) segundo reiteradas decisões do
magistratura. Diferentemente da FCC, que, para
Superior Tribunal de Justiça, a suspensão
provas elaboradas para a Defensoria Pública, por
condicional do processo e a transação penal se
exemplo, demonstra corrente muito vocacionada, a
aplicam às contravenções penais praticadas no
CESPE/Cebraspe é mais imparcial, mas traz
âmbito da Lei Maria da Penha.
questões dirigidas para o exercício da profissão. A
maior parte das respostas constam na própria d) nas ações penais públicas
legislação, em que pese o enunciado questionar condicionadas à representação da ofendida, só
sobre o STJ. Todavia, há entendimento do STJ que será admitida a renúncia à representação
dirige um dos itens. perante o juiz, em audiência especialmente
designada com tal finalidade, antes do
Por costume, alerto a importância de analisarmos oferecimento da denúncia.
cada item: e) a ofendida deverá estar acompanhada

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de advogado ou defensor público para requerer audiência das partes ou de manifestação do
a concessão de medidas protetivas. Ministério Público.

A Constituição Federal de 1988 traz em seu texto A) CORRETA: a vedação da prisão preventiva pela
que a família é a base da sociedade e terá proteção prática de contravenção penal no âmbito de
especial do Estado e que este criará mecanismos violência doméstica já foi objeto de julgamento no
para combater a violência no âmbito de suas Superior Tribunal de Justiça no HC 437.535-SP
relações. Assim, surge a Lei 11.340 de 2006, que (informativo 632), onde foi decidido que “a prática
cria referidos mecanismos, dispondo em seu artigo de contravenção penal, no âmbito de violência
5º que: “configura violência doméstica contra a doméstica, não é motivo idôneo para justificar a
mulher qualquer ação ou omissão baseada no prisão preventiva do réu".
gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento
físico, sexual ou psicológico e dano moral ou B) INCORRETA: A prática do crime de lesão corporal
patrimonial". contra a mulher no ambiente doméstico, dolosa ou
culposa, é de ação penal pública
A Lei 11.340/2006 tem a finalidade de coibir a incondicionada (ADI 4424 e Rcl 28.387 do Supremo
violência doméstica e familiar contra a mulher, a Tribunal Federal).
violência de gênero, violência preconceito, que visa
discriminar a vítima, o que faz com que a ofendida C) INCORRETA: o artigo 41 da lei “Maria da Penha" é
necessite de uma maior rede de proteção e o expresso com relação a não aplicação da lei
agressor de punição mais rigorosa. 9.099/95 a crimes envolvendo violência doméstica e
familiar e o Superior Tribunal de Justiça editou até
Com isso, trouxe diversos meios de proteção ao súmula referente a não aplicabilidade da lei
direito das mulheres, como as medidas protetivas 9.099/95 as contravenções penais: Súmula 536 – “A
previstas no capítulo II da Lei 11.340/06 e também suspensão condicional do processo e a transação
descreve em seu artigo 7º (sétimo) as formas de penal não se aplicam na hipótese de delitos
violência, física, psicológica, sexual, patrimonial, sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha".
moral, dentre outras.
D) INCORRETA: Nas ações penais públicas
A lei “Maria da Penha" ainda traz que: condicionadas a representação da ofendida, só será
1) é vedada a aplicação, nos casos de violência admitida a renúncia a representação perante o juiz,
doméstica e familiar contra a mulher, de penas de em audiência designada para tal finalidade, ANTES
cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem DO RECEBIMENTO DENÚNCIA e ouvido o Ministério
como a substituição de pena que implique o Público (artigo 16 da lei 11.340/2006).
pagamento isolado de multa;
2) ofendida deverá ser notificada dos atos E) INCORRETA: As medidas protetivas podem ser
processuais referentes ao agressor, especialmente concedidas de ofício ou mediante representação do
com relação ao ingresso e saída deste da prisão, Delegado de Polícia, requerimento do Ministério
sem prejuízo da intimação do advogado constituído Público, da ofendida, podendo ser concedidas de
ou do defensor público; imediato, sem audiência das partes ou de
3) atendimento policial e pericial especializado, manifestação do Ministério Público, não havendo
ininterrupto e prestado por servidores previamente necessidade de acompanhamento de advogado ou
capacitados, preferencialmente do sexo feminino; de defensor público.
4) a concessão das medidas protetivas pelo Juiz de
ofício ou mediante representação do Delegado de DICA: Fique atento com relação ao afastamento do
Polícia, requerimento do Ministério Público, da agressor do lar, domicílio ou local de convivência
ofendida, podendo ser concedidas de imediato, sem com a ofendida, realizado pelo Delegado de
Polícia quando o município não for sede de
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comarca ou pelo policial, quando o município não A) Correta, nos termos da Súmula 600 do STJ ao
for sede de comarca e não houver delegado dispor que para a configuração da violência
disponível no momento da denúncia, conforme lei doméstica e familiar contra a mulher não se
13.827/2019. exige a coabitação. Esse entendimento
sumulado já tinha previsão no art. 5º, inciso III,
da Lei Maria da Penha.
9-) Conforme entendimento sumulado pelo
Superior Tribunal de Justiça: Alguns entendimentos do STJ sobre o assunto:
a) Para a configuração da violência
doméstica e familiar, prevista na Lei Maria da - A intenção do legislador, ao editar a Lei Maria
Penha (Lei nº 11.340/2006), não se exige a da Penha, foi de dar proteção à mulher que
coabitação entre autor e vítima. tenha sofrido agressão decorrente de
b) A suspensão condicional do processo, relacionamento amoroso, e não de relações
prevista na Lei nº 9.099/1995, é aplicável na transitórias, passageiras, sendo desnecessária,
hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da para a comprovação do aludido vínculo,
Penha (Lei nº 11.340/2006). a coabitação entre o agente e a vítima ao tempo
c) É possível a aplicação de prestação de do crime. STJ. 6ª Turma. HC 181.246/RS, Rel.
serviços a entidades públicas, bem como a Min. Sebastião Reis Júnior, DJe 06/09/2013.
limitação temporária de direitos ao autor de
crime, com violência ou grave ameaça no - A caracterização da violência doméstica e
ambiente doméstico, contra a mulher. familiar contra a mulher não depende do fato de
d) Permanece pública condicionada à agente e vítima conviverem sob o mesmo teto.
representação a ação penal para o crime de Assim, embora a agressão tenha ocorrido em
lesão corporal leve, praticado contra a mulher local público, ela foi nitidamente motivada pela
no ambiente doméstico. relação familiar que o agente mantém com a
e) A transação penal, prevista na Lei dos vítima, sua irmã, circunstância que dá ensejo à
Juizados Especiais Criminais, é aplicável na incidência da Lei Maria da Penha. STJ. 5ª Turma.
hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria HC 280.082/RS, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado
da Penha (Lei nº 11.340/2006). em 12/02/2015.

A questão exigiu o conhecimento acerca dos


temas sumulados do STJ, afirmando isso de Aprofundando: É preciso cuidado nesta temática
maneira expressa no enunciado. (exigência de coabitação) nos concursos em que
a matéria de Direitos Humanos possui previsão
A Banca FCC sempre teve a “fama" de cobrar em no edital (o que não foi o caso deste concurso
suas questões objetivas muita lei seca e conforme buscado por esta professora). Isso
entendimentos sumulados, o que se comprova porque se observa que a Lei Maria da Penha, ao
com esta questão para o cargo de Promotor de prever que não é exigida a coabitação para o
Justiça do Estado da Paraíba. Mas é preciso reconhecimento de relação íntima de afeto e,
atenção, pois, ainda que FCC não exija tanta por conseguinte, obter a tutela da Lei nº
jurisprudência (nem as mais atuais) quanto a 11.340/06, ultrapassa os limites conceituais
banca CESPE/Cebraspe, é possível perceber uma estabelecidos na norma internacional que lhe
mudança na exigência, cobrando diversos serviu de fonte de inspiração - a Convenção
entendimentos dos Tribunais Superiores fixados Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a
em sede de Repercussão Geral e Recurso Violência contra a Mulher - que exige a
Repetitivo. coabitação para configurar.

Sugestão para a semana que antecede a prova: Sobre o tema, Renato Brasileiro: (...) Explica-se: a
ler as súmulas vinculantes e as últimas 200 Convenção de Belém do Pará, incorporada ao
súmulas do STJ e STF. Aos comentários: ordenamento jurídico pátrio pelo Decreto
1.973/96, define a violência contra a mulher

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como a conduta 'que tenha ocorrido dentro da que determina que a prática de crime ou
família ou unidade doméstica ou em qualquer contravenção penal contra a mulher no
outra relação interpessoal, em que o agressor ambiente doméstico impossibilita a substituição
conviva ou haja convivido no mesmo domicílio da pena privativa de liberdade por restritiva de
que a mulher'(art. 2º, 'a'). Como se percebe, o direitos.
conceito inserido na referida Convenção abrange
apenas as relações familiares, domésticas e A prestação de serviços a entidades públicas e a
interpessoais em que haja coabitação entre o limitação temporária de direitos ao autor do
agressor e a vítima, seja ela atual ou anterior, crime possuem natureza de penas restritivas de
requisito este dispensado pela Lei Maria da direitos previstas no art. 43 do Código Penal e
Penha para o reconhecimento da existência de são vedadas para os crimes que seguem o rito da
uma relação íntima de afeto, já que o próprio Lei Maria da Penha, de acordo com este
inciso III do art. 5º faz uso da entendimento sumulado do STJ. Porém, é
expressão independentemente de coabitação". preciso ter cuidado, pois o STF apenas concorda
(página 1263 do Livro Legislação Especial em parte com esta súmula. Sabemos que o
Comentada, 2020). enunciado exigiu o entendimento sumulado do
STJ, mas a título de complementação, vamos
Assim, se o edital trouxer a matéria de Direitos mencionar a posição do STF sobre o caso,
Humanos, é preciso cuidado para observar se o extraindo as lições do professor Márcio
enunciado está exigindo a Convenção André: Em caso de CRIMES praticados contra a
Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar mulher com violência ou grave ameaça no
a Violência contra a Mulher (Convenção de ambiente doméstico: o STF possui o mesmo
Belém do Pará) ou a Lei Maria da Penha. entendimento do STJ e afirma que não cabe a
substituição por penas restritivas de direitos.
B) Incorreta, em razão do que dispõe a Súmula
536 do STJ (a suspensão condicional do processo
e a transação penal não se aplicam aos delitos Nesse sentido: Não é possível a substituição de
sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha). pena privativa de liberdade por restritiva de
O art. 41 da Lei nº 11.340/06 veda direitos ao condenado pela prática do crime de
expressamente a aplicação da Lei dos lesão corporal praticado em ambiente doméstico
Juizados para os crimes cometidos com violência (art. 129, § 9º do CP). A substituição da pena
doméstica e familiar contra a mulher, privativa de liberdade por restritiva de direitos
independente da pena prevista para o crime. pressupõe, entre outras coisas, que o crime não
tenha sido cometido com violência ou grave
Insta mencionar, ainda, que apesar do artigo ameaça (art. 44, I, do CP). STF. 2ª Turma. HC
apenas se referir aos crimes, a doutrina entende 129446/MS, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em
que a vedação se refere a toda e qualquer 20/10/2015 (Info 804).
infração penal praticada com violência doméstica
e familiar contra a mulher, inclusive No que concerne às CONTRAVENÇÕES PENAIS,
contravenções penais. há divergência dentro do próprio STF:
• 2ª Turma do STF: entende que é possível a
Este também é o entendimento do STF, que já substituição;
declarou a constitucionalidade do art. 41 na • 1ª Turma do STF e STJ: afirmam que também
ADECON nº 19 e decidiu que: O preceito do não é permitida a substituição.
artigo 41 da Lei nº 11.340/06 alcança toda e
qualquer prática delituosa contra a mulher, até Na prova, se o enunciado não estiver fazendo
mesmo quando consubstancia contravenção qualquer distinção, prefira a posição exposta na
penal, como é a relativa a vias de fato. (STF, HC súmula, que também é a adotada pela 1ª Turma
106.212/MS). do STF.

C) Incorreta, com fulcro na Súmula 588 do STJ Ainda sobre o tema substituição da pena, vale

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lembrar do art. 17 da Lei nº 11.340/06 que é violência doméstica e familiar o atendimento
frequentemente cobrado nas provas e dispõe policial e pericial especializado, ininterrupto e
que é vedada a aplicação, para os crimes que prestado por servidores – preferencialmente
seguem o rito da Lei Maria da Penha, de penas do sexo feminino – previamente capacitados.
de cesta básica ou outras de prestação b) Deverá a autoridade policial remeter,
pecuniária, bem como a substituição da pena no prazo de 48 (quarenta e oito) horas,
que implique o pagamento isolado de multa. expediente apartado ao juiz com o pedido da
ofendida, para a concessão de medidas
D) Incorreta, em virtude da Súmula 542 do STJ, protetivas de urgência.
que dispõe que é de natureza incondicionada a c) Será adotado, preferencialmente, o
ação penal para os crimes de lesão corporal procedimento de coleta de depoimento
resultante de violência doméstica contra a registrado em meio eletrônico ou magnético,
mulher. devendo a degravação e a mídia integrar o
De acordo com o art. 100 do Código Penal, em inquérito.
regra, a ação penal é pública, salvo quando a lei d) Será observada, como diretriz, a
expressamente declarar de maneira diversa. realização de sucessivas inquirições sobre o
Assim, a Lei nº 9.099/95 trouxe disposição mesmo fato nos âmbitos criminal, cível e
específica para as lesões corporais leves ou administrativo, bem como questionamentos
culposas, afirmando no art. 88 que dependem de sobre a vida privada, desde que em recinto
representação. especialmente projetado para esse fim, o qual
conterá os equipamentos próprios e adequados
Todavia, a Lei Maria da Penha, em seu art. 41, à idade da mulher em situação de violência
veda expressamente a aplicação da Lei dos doméstica e familiar ou testemunha e ao tipo
Juizados para os crimes cometidos com violência e à gravidade da violência sofrida.
doméstica e familiar contra a mulher. e) Serão admitidos como meios de
Desta forma, realmente se fez necessário o prova, os laudos ou prontuários médicos
entendimento sumulado do STJ para determinar fornecidos por hospitais e postos de saúde.
(e pacificar) que as lesões corporais cometidas
neste contexto (sob o rito da Lei nº 11.340/06), Esta legislação é recorrente, e a exigência da banca
independentemente da gravidade da lesão, terão pela incorreta demanda atenção:
a ação penal de natureza pública incondicionada.
A) Correta. A assertiva ajusta-se ao que dispõe o
E) Incorreta, pelos mesmos fundamentos art. 10-A da Lei nº 11.340/06: É direito da mulher
expostos na alternativa B. A Súmula 536 do STJ em situação de violência doméstica e familiar o
veda a aplicação da suspensão condicional do atendimento policial e pericial especializado,
processo e da transação penal para os crimes ininterrupto e prestado por servidores -
cometidos com violência doméstica e familiar preferencialmente do sexo feminino - previamente
contra a mulher. Em virtude da vedação exposta capacitados.
no art. 41 da Lei nº 11.340/06, os benefícios
despenalizadores da Lei nº 9.099/95 não se A assertiva consiste na fiel reprodução do
aplicam, incluindo a composição civil dos danos e dispositivo legal acima mencionado, estando
a transação penal. correta deve ser excluída, pois o comando da
questão exige que seja assinalada a assertiva
incorreta.

B) Correta. Verifica-se total compatibilização da


10-) (FUNDATEC - 2018 - PC-RS - Delegado de assertiva com a previsão do art. 12, III da Lei nº
Polícia - Bloco II) Em relação à Lei nº 11.340/06: Art. 12. Em todos os casos de violência
11.340/2006, assinale a alternativaINCORRETA. doméstica e familiar contra a mulher, feito o
registro da ocorrência, deverá a autoridade policial
a) É direito da mulher em situação de adotar, de imediato, os seguintes procedimentos,

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sem prejuízo daqueles previstos no Código de
Processo Penal: (...) III - remeter, no prazo de 48 § 1º Nas hipóteses dos incisos II e III do caput deste
(quarenta e oito) horas, expediente apartado ao artigo, o juiz será comunicado no prazo máximo de
juiz com o pedido da ofendida, para a concessão 24 (vinte e quatro) horas e decidirá, em igual
de medidas protetivas de urgência. prazo, sobre a manutenção ou a revogação da
medida aplicada, devendo dar ciência ao Ministério
Importa esclarecer uma divergência de Público concomitantemente.
interpretação

O caput do art. 12 determinada que em todos os C) Correta. A assertiva corresponde com o


casos de violência doméstica e familiar contra a conteúdo apresentado no Art. 10-A, §2º, III da Lei
mulher a autoridade policial tome as providências 11.340/06.
elencadas no dispositivo legal, dentre elas, o dever (...) § 2º Na inquirição de mulher em situação de
de remeter ao magistrado, no prazo de 48 horas, violência doméstica e familiar ou de testemunha de
expediente com o pedido da ofendida, para delitos de que trata esta Lei, adotar-se-
concessão de medidas protetivas de urgência, frise- á, preferencialmente, o seguinte procedimento:
se, o que se opera em todos os casos de violência (...) III - o depoimento será registrado em meio
doméstica e familiar. eletrônico ou magnético, devendo a degravação e
a mídia integrar o inquérito.
No entanto, tratando-se especialmente de situação
em que seja possível verificar a existência de risco Vale reforçar que a assertiva está em consonância
atual ou iminente à vida ou à integridade física da com o dispositivo acima, uma vez que a expressão
mulher, nos termos do art. 12-C, §1º, a autoridade “preferencialmente" encontra-se no caput do
policial imediatamente afastará o agressor do lar, artigo, assim, “será adotado, preferencialmente, o
situação em que o magistrado deverá ser procedimento de coleta de depoimento registrado
comunicado no prazo de 24 horas para decidir em meio eletrônico ou magnético, devendo a
sobre a manutenção ou revogação da medida degravação e a mídia integrar o inquérito".
aplicada.
D) Incorreta. A assertiva infere que será observada,
Não há que se falar, portanto, em alteração do como diretriz, a realização
prazo quanto à medida de urgência, tendo em vista de sucessivas inquirições sobre o mesmo fato nos
que um dispositivo legal não anula o outro, tratam- âmbitos criminal, cível e administrativo, bem como
se de situações distintas. questionamentos sobre a vida privada da mulher,
afirmação esta que vai no sentido contrário do que
Sugiro leitura com atenção aos destaques: dispõe o art. 10-A. § 1º, III, da Lei 11.340/06: (...)
§1º. A inquirição de mulher em situação de violência
Art. 12-C. Verificada a existência de risco atual ou doméstica e familiar ou de testemunha de violência
iminente à vida ou à integridade física da doméstica, quando se tratar de crime contra a
mulher em situação de violência doméstica e mulher, obedecerá às seguintes diretrizes:
familiar, ou de seus dependentes, o agressor será
imediatamente afastado do lar, domicílio ou local III - não revitimização da
de convivência com a ofendida: depoente, evitando sucessivas inquirições sobre o
mesmo fato nos âmbitos criminal, cível e
I - pela autoridade judicial; administrativo, bem como questionamentos sobre
a vida privada.
II - pelo delegado de polícia, quando o Município
não for sede de comarca; ou Portanto, por ser uma afirmação incorreta, esta
assertiva deve ser assinalada.
III - pelo policial, quando o Município não for sede
de comarca e não houver delegado disponível no E) Correta. A assertiva vai ao encontro do que
momento da denúncia. dispõe o art. 12. §3º da Lei nº 11.340/06, trata-se

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da fiel reprodução deste dispositivo legal: Art. 12. A) Correta. A assertiva está de acordo com o art.
(...) §3º. Serão admitidos como meios de prova os 181 do CPP que apresenta as hipóteses de escusa
laudos ou prontuários médicos fornecidos por absolutória:
hospitais e postos de saúde.
Art. 181 - É isento de pena quem comete
11-) (FUNDATEC - 2018 - PC-RS - Delegado de qualquer dos crimes previstos neste título, em
Polícia - Bloco II) Assinale a alternativa correta a prejuízo:
partir do texto da Lei nº 11.340/2006, além dos I - do cônjuge, na constância da sociedade
entendimentos que prevalecem na doutrina e na conjugal;
jurisprudência dos Tribunais Superiores. II - de ascendente ou descendente, seja o
a) Mari Orrana, 35 anos, chegou em casa parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou
e ficou chocada ao perceber que o seu cônjuge, natural.
Crakeison, 32 anos, havia subtraído os
eletrodomésticos pertencentes a ela, O título ao qual o artigo se refere é o que trata
provavelmente, para entregar a algum traficante. dos crimes contra o patrimônio. Assim, aquele
No caso, é possível aplicar-se a regra de que pratica crime patrimonial contra uma das
imunidade absoluta, prevista no artigo 181, inciso vítimas prevista no art. 181, desde que não haja
I, do Código Penal. violência o grave ameaça contra pessoa (art.
183), não será punível.
b) Maríndia foi vítima da contravenção
penal de vias de fato, praticada pelo namorado Já o art. 182 prevê as formas de imunidade
Lacaio. Nessa hipótese, é possível aplicar penas relativa. Hipóteses em que se impõe a
restritivas de direito ao caso, porque o artigo 44, necessidade prévia de representação para
inciso I, do Código Penal, ao tratar das penas processamento dos crimes patrimoniais em que
restritivas de direito, disse não serem cabíveis figure como vítima o cônjuge desquitado ou
tais penas aos crimes praticados com violência judicialmente separado; irmão, legítimo ou
ou grave ameaça à pessoa. Portanto, a proibição ilegítimo; tio ou sobrinho, com quem o agente
não deve ser estendida às contravenções coabita:
penais, sob pena de analogia in malam partem.
c) O Supremo Tribunal Federal afastou a A esse respeito, existem ao menos dois
aplicação do princípio da insignificância às entendimentos:
infrações penais praticadas contra a mulher,
no âmbito das relações domésticas, limitando- 1º. Conclui que a definição de violência
se a fazê-lo sob o aspecto da insignificância patrimonial não se aplica as imunidades
própria, mantendo a possibilidade de aplicação absolutas e relativas dos arts. 181 e 182 do CP
da insignificância imprópria a tais casos. quando a vítima é mulher e mantém com o autor
d) A Lei Maria da Penha elevou à condição da infração vínculo de natureza familiar por
de infração penal toda e qualquer forma de serem incompatíveis. Entende pela
violência contra a mulher, no âmbito doméstico inadmissibilidade do afastamento da pena ao
ou da família, independentemente de infrator que pratica um crime contra a cônjuge
coabitação. ou companheira, ou, ainda, alguma parente do
e) A regra de imunidade absoluta, sexo feminino. Faz analogia com o Estatuto do
prevista no artigo 181, inciso I, do Código Penal, Idoso que, além de dispensar a representação,
não é passível de ser estendida ao companheiro expressamente prevê a não aplicação desta
ou a relações homoafetivas. excludente da criminalidade quando a vítima
tiver mais de 60 anos (Maria Berenice Dias).
A presente questão demanda conhecimento
sobre temática de grande relevância. No 2º. Apresenta destaque para o Estatuto do Idoso,
entanto, ocorre abordagem estritamente voltada que expressamente proíbe a aplicação das
para os entendimentos jurisprudenciais, por imunidades absolutas e relativas, o que não foi
vezes sumulados. operacionalizado na Lei Maria da Penha, sequer
implicitamente. Ainda, aduz que não permitir a

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imunidade para o marido que furta a mulher, institutos despenalizadores da referida lei, bem
mas permiti-la quando a mulher furta o marido, como a substituição da pena privativa de
é ferir, de morte, o princípio constitucional da liberdade por restritiva de direito quando o
isonomia (Rogério Sanches). crime ou contravenção penal forem praticados
com violência ou grave ameaça à pessoa no
No entanto, prevalece o entendimento de que a ambiente doméstico ou familiar.
Lei 11.340/06 não revogou expressa ou
tacitamente o art. 181 do CP, podendo ser C) Incorreta. A assertiva infere que o Supremo
aplicado nos casos de violência patrimonial Tribunal Federal afastou a aplicação do princípio
praticada no âmbito de violência doméstica ou da insignificância às infrações penais praticadas
familiar. contra a mulher, no âmbito das relações
domésticas, limitando-se a fazê-lo sob o aspecto
B) Incorreta. Em que pese o art. 44, inciso I do CP da insignificância própria, mantendo a
apresente vedação à conversão da pena privativa possibilidade de aplicação da insignificância
e liberdade em restritiva de direito imprópria a tais casos. Ocorre que a afirmação
nos crimes praticados com violência ou grave está em desconformidade com a jurisprudência
ameaça à pessoa, há entendimento sumulado da Suprema Corte, cujo entendimento é no
que veda a conversão da pena tanto nos sentido de ser inviável.
crimes quanto nas contravenções penais
praticados com violência ou grave ameaça no O reconhecimento da aplicação do princípio da
âmbito de violência doméstica ou familiar. insignificância para crimes praticados com
violência ou grave ameaça em contexto de
A assertiva, portanto, contraria o entendimento violência doméstica contra a mulher (RHC nº
sumulado do STJ, qual seja, Súmula 588: A 106.360/DF, Primeira Turma, Relatora a Ministra
prática de crime ou contravenção penal contra a Rosa Weber, DJe de 4/10/12).
mulher com violência ou grave ameaça no
ambiente doméstico impossibilita a substituição A esse respeito, há ainda entendimento
da pena privativa de liberdade por restritiva de sumulado do STJ que afasta a aplicação do
direitos. princípio da insignificância no contexto em
comento: Súmula 589-STJ: É inaplicável o
A esse respeito, importa destacar que a 2ª Turma princípio da insignificância nos crimes ou
o STF apresentou posição divergente, mas com contravenções penais praticados contra a mulher
relação ao entendimento trazido no art. 44, I do no âmbito das relações domésticas.
CP, se apoia na literalidade do texto legal e
conclui que a não aplicação da conversão em Importa apresentar ainda o conteúdo do
pena restritiva de direito quando se tratar de informativo 825 do STF: Não se aplica o princípio
contravenção penal pode configurar analogia in da insignificância aos delitos praticados em
malan partem, isso porque, o art. 44 do CP utiliza violência doméstica.
somente a palavra "crimes" e não contravenção
penal (STF. 2ª Turma. HC 131160, Rel. Min. Teori Por fim, ainda que brevemente, compensa fazer
Zavascki, julgado em 18/10/2016). a distinção entre insignificância própria e
imprópria. Na insignificância própria temos a
Assim, por falta de previsão expressa, a súmula atipicidade material da conduta, por outro lado,
588 do STJ (publicada em setembro de 2017) na insignificância imprópria temos a
surgiu para pacificar a discussão e passou a vedar desnecessidade de aplicação da pena, no
expressamente a conversão também em casos entanto, importa reforçar que a reconciliação do
de contravenção penal. casal não implica no reconhecimento da
atipicidade material da conduta ou
Por derradeiro, a título de complemento, desnecessidade de pena.
compensa mencionar que a Lei 11.340/06 veda a
aplicação da Lei 9.099/95 nos casos de violência D) Incorreta. A assertiva conclui que a Lei Maria
doméstica ou familiar. Portanto, vedados os da Penha elevou à condição de infração

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penal toda e qualquer forma de violência contra denúncia; só será admitida perante o juiz, antes
a mulher, no âmbito doméstico ou da família, do recebimento da denúncia.
independentemente de coabitação. Ocorre que a c) é inadmitida; só será admitida perante o
desnecessidade de coabitação ficou estabelecida juiz, antes do recebimento da denúncia.
com a disposição da Súmula 600 do STJ. Não se d) é inadmitida depois de oferecida a
trata de uma previsão da Lei Maria da Penha, denúncia; não é admitida.
como infere a assertiva. Ademais, o art. e) é inadmitida depois de oferecida a
5º, caput, da Lei 11.340/06 reconhece como denúncia; só será admitida perante o juiz,
violência doméstica e familiar contra a mulher antes do recebimento da denúncia.
qualquer ação ou omissão baseada no gênero.
Verifica-se que a base da violência foi suprimida CPP
da assertiva. Assim, esses dois pontos
observados tornam a assertiva incorreta. A representação será irretratável, DEPOIS DE
OFERECIDA a denúncia.
E) Incorreta. A assertiva aduz que a escusa
absolutória do art. 181, inciso I, do CP não é LEI MARIA DA PENHA
passível de ser estendida ao companheiro ou a
relações homoafetivas. No entanto, em Só será admitida a renúncia à
observação ao que dispõe o art. 226, §3º da representação perante o juiz ANTES DO
CR/88, (para efeito da proteção do Estado, RECEBIMENTO da denúncia.
é reconhecida a união estável entre o homem e
a mulher como entidade familiar, devendo a lei
Retratação significa voltar atrás, arrepender-se,
facilitar sua conversão em casamento) bem
pressupõe o prévio exercício de um direito. E isso
como em atenção ao julgamento da ADPF nº
pode ocorrer sim, mas apenas até o oferecimento
132/RJ e ADIN nº 4277/DF que reconhece a
da denúncia. Essa conclusão se extrai do artigo 25
união estável entre casais homoafetivos, conclui-
CPP, que diz: a representação será irretratável,
se que a previsão constitucional e entendimento
depois de oferecida a denúncia.
sedimentado após os julgados acima, tem
repercussão na seara penal.
Grave bem!!! Oferecimento, e não recebimento da
denúncia, é o marco para que saibamos se ainda
Neste sentido, considerando o objetivo de
pode ocorrer a retratação da representação! E por
aplicação da escusa absolutória, qual seja,
que estou chamando sua atenção quanto a isso?
afastar a intervenção estatal e possibilitar certa
autonomia aos envolvidos no conflito para que Primeiro porque estamos diante de uma clássica
possam superar as questões conflitantes dentro pegadinha de concurso: os examinadores adoram
do âmbito familiar, é possível estender a regra de brincar com as duas palavras
imunidade absoluta às uniões estáveis e relações (oferecimento/recebimento da denúncia), mas
homoafetivas. você que já está esperto, não vai cair nessa! Não
bastasse isso, a Lei n. 11.340 (Lei Maria da Penha)
Trata-se de equiparação por analogia in bonam traz previsão diferente, lá sim falando em
partem, já que beneficia aquele que pratica a recebimento da denúncia como marco para a
infração penal neste contexto, isentando-o de possiblidade de retratação da representação. Quer
pena. ver? Olha aí:

12-) (VUNESP - 2018 - PC-BA - Delegado de Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à
Polícia) A retratação da representação, de acordo representação da ofendida de que trata esta Lei, só
será admitida a renúncia à representação perante
com o art. 25 do CPP e do art. 16 da Lei no o juiz, em audiência especialmente designada com
11.340/06 (Lei Maria da Penha), tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e
respectivamente, ouvido o Ministério Público.
a) é admitida até o recebimento da denúncia;
não é admitida.
b) é admitida até o recebimento da
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Então na Lei Maria da Penha a retratação da IV. ouvir o agressor e as testemunhas. Caso
representação será também possível, mas até entenda desnecessária a oitiva do agressor, poderá
o RECEBIMENTO da denúncia, em audiência o Delegado dispensá-lo ouvindo apenas a vítima e
especialmente designada para essa finalidade, as testemunhas. (E) - O agressor deverá ser ouvido,
ouvido o Ministério Público. igualmente testemunhas e a vítima. ART 12, V

13-) (IBADE - 2017 - PC-AC - Delegado de Polícia


Civil) Em todos os casos de violência doméstica e
familiar contra a mulher, feito o registro da
ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, 14-) (CESPE - 2017 - PC-GO - Delegado de Polícia
de imediato, os seguintes procedimentos, sem Substituto) Júlio, durante discussão familiar
prejuízo de outros previstos no Código de com sua mulher no local onde ambos residem,
ProcessoPenal: sem justo motivo, agrediu-a, causando-lhe lesão
I. ouvir a ofendida, lavrar o boletim de corporal leve. Nessa situação hipotética,
ocorrência e tomar a representação a termo, se conforme a Lei n.º 11.340/2006 e o
apresentada. entendimento do STJ,
II. determinar que se proceda ao exame de a) a ofendida poderá renunciar à
corpo de delito da ofendida e requisitar outros representação, desde que o faça perante o juiz.
exames periciais necessários. b) a ação penal proposta pelo Ministério
III. remeter, no prazo de 72 (setenta e duas) Público será pública incondicionada.
horas, expediente apartado ao juiz com o pedido c) a autoridade policial,
da ofendida, para a concessão de medidas independentemente de haver necessidade,
protetivas de urgência. deverá acompanhar a vítima para assegurar a
IV. ouvir o agressor e as testemunhas. Caso retirada de seus pertences do domicílio familiar.
entenda desnecessária a oitiva do agressor, d) Júlio poderá ser beneficiado com a
poderá o Delegado dispensá-lo ouvindo apenas a suspensão condicional do processo, se
vítima e as testemunhas. Está correto o que se presentes todos os requisitos que autorizam o
afirma apenas em: referido ato.
a) II e III. e) Júlio poderá receber proposta de
b) II e IV. transação penal do Ministério Público, se
c) I e III. houver anuência da vítima.
d) I e II.
e) III e IV. Aos crimes de lesão corporal (leve, grave,
gravissima) caberá ação penal
I. ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e pública INCONDICIONADA, de modo que
tomar a representação a termo, se apresentada. (C) incogitável retratação;
ART 12, I
Além do mais, não se aplicam os institutos
II. determinar que se proceda ao exame de corpo de da SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO e
delito da ofendida e requisitar outros exames TRANSAÇÃO PENAL aos crimes praticados em
periciais necessários.(C) ART 12, IV contexto de violência doméstica.

III. remeter, no prazo de 72 (setenta e duas) horas, INTERPRETAÇÃO DOS ENTENDIMENTOS


expediente apartado ao juiz com o pedido da SUMULADOS 536 e 542 do STJ.
ofendida, para a concessão de medidas protetivas
de urgência. (E) - Prazo é de 48 horas para remeter ATENÇÃO:
o expediente ao juiz competente com o pedido da
ofendida para concessão de medidas protetivas. ATUALIZAÇÃO DO BIZÚ
ART 12, III

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LESÕES CORPORAIS: Púb. INCONDICIONADA II. Uma das agressões mais comuns nesse âmbito é
(QUALQUER LESÃO) exatamente as vias de fato. A legislação não
pretendeu abrandar, e a função social do art. 41 da
AMEAÇA : Púb. CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO Lei é evitar a aplicação dos institutos
despenalizadores. STF e STJ coadunam sobre o
ESTUPRO: Púb INCONDICIONADA (Lei 13.718 de alcance para as vias de fato, em que pese uma
2018. art 225 CP) turma discordar. Ademais, lembre-se que é punido
mesmo a violência psicológica, que não há reflexo
Súmula 542 do STJ – A ação penal relativa ao crime físico. Não é a intensidade em si que define;
de lesão corporal resultante de violência doméstica
contra a mulher é pública incondicionada. III. Não há desigualdade. Há proteção em
decorrência da violação de direitos historicamente
reconhecida a esse grupo costumeiramente
vulnerável.
15-) (FUNCAB - 2016 - PC-PA - Delegado de
Policia Civil - Reaplicação) Adamastor, em ação
Sendo assim, as irresignações de Adamastor não
baseada no gênero, praticou vias de fato contra
merecem prosperar.
sua sogra Carmelita, com quem coabitava, razão
pela qual foram deferidas pelo juízo competente
ALGUMAS SÚMULAS SOBRE A LEI:
medidas protetivas que obrigaram o agressor a
- Súmula 542-STJ: A ação penal relativa ao crime
afastar-se do lar e a manter certa distância em
de lesão corporal resultante de violência
relação à ofendida. Adamastor, no entanto,
doméstica contra a mulher é pública
manifestou sua irresignação judicialmente, incondicionada;
pleiteando a revogação das medidas com esteio - Súmula 588-STJ: A prática de crime ou
nos seguintes argumentos: (I) a Lei n° 11.340 não contravenção penal contra a mulher com violência
se aplicaria às relações de parentesco por ou grave ameaça no ambiente doméstico
afinidade; (II) igualmente, o diploma não teria impossibilita a substituição da pena privativa de
incidência sobre as contravenções penais, por liberdade por restritiva de direitos;
força de seu art. 41; e (III) a Lei n° 11.340 seria - Súmula 589-STJ: É inaplicável o princípio da
inconstitucional, por criar situação de insignificância nos crimes ou contravenções penais
desigualdade entre os gêneros masculino e praticados contra a mulher no âmbito das relações
feminino. Assim, com esteio na jurisprudência domésticas;
dominante nos tribunais superiores, a Súmula 600-STJ: Para a configuração da violência
irresignação de Adamastor: doméstica e familiar prevista no artigo 5º da Lei nº
a) não merece prosperar. 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) não se exige a
b) merece prosperar, com esteio no coabitação entre autor e vítima.
terceiro argumento.
c) merece prosperas com esteio nos dois
primeiros argumentos.
d) merece prosperar, com esteio no
primeiro argumento.
e) merece prosperas com esteio no segundo
argumento.

Adamastor está totalmente por fora da legislação!

Não merece prosperar:


I. O art 5º da Lei aponta diretamente, em seu inciso
I, que a lei se aplica a relações familiares ou NÃO; e
o inciso II especifica que alcança as relações
por afinidade;

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