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Ro RaTTEl

CERRADO:
ambiente e flora
República Federativa do Brasil
Presidente: Fernando Henrique Cardoso

Ministério da Agricultura e do Abastecimento


Ministro: Arlindo Porto Neto

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária


Presidente: Alberto Duque Portugal
Diretoria Executiva:
Dante Daniel G. Scolar
Elza Angela B. Brito da Cunha
José Roberto Rodrigues Peres

Centro de Pesquisa Agropecuária dos Cerrados


Chefe Geral: Carlos Magno Campos da Rocha
Chefe Adj. de P&D: Eduardo Delgado Assad
Chefe Adj. Apoio Técnico: Euzebio Medrado da Silva
Chefe Adj. Administrativo: Ismael Ferreira Graciano

14

a
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Centro de Pesquisa Agropecuária dos Cerrados
Ministério da Agricultura e do Abastecimento

CERRADO:
ambiente e flora

Editoras:
Sueli Matiko Sano
Semíramis Pedrosa de Almeida

Planaltina, DF
1998
Copyright O Embrapa - 1998
Embrapa-CPAC

Exemplares desta publicação podem ser solicitados à:


Embrapa Cerrados
BR-020, Km 18, Rodovia Brasília — Fortaleza
Caixa Postal 08223
CEP 73301-970 Planaltina, DF
Fone: (61) 388-9898 - Fax: (61) 388-9879

1º edição
Iº impressão (1998): 1.000 exemplares
2º impressão (1999): 1.000 exemplares
3: impressão (2001): 500 exemplares
4º impressão (2002): 500 exemplares

Comitê de Publicações: Eduardo Delgado Assad (Presidente), Dauí Antunes Correa, Daniel
Pereira Guimarães, Leide Rovêrnia Miranda de Andrade, Euzebio Medrado da Silva,
Carlos Roberto Spehar, Jorge César dos Anjos Antonini e Nilda Maria da Cunha Sette
(Secretária-Executiva).
Coordenação editorial: Nilda Maria da Cunha Sette
Revisão gramatical: Nilda Maria da Cunha Sette e Maria Helena Gonçalves Teixeira
Normalização bibliográfica: Maria Alice Bianchi e Dauí Antunes Correa
Formatação, diagramação e arte-final: Jussara Flores de Oliveira
Capa: Chaile Cherne Soares Evangelista
Foto da capa: Rafael Oliveira e Carolyn E.B. Proença
Fotos do texto: João Roberto Correia
Desenhos: Wellington Cavalcanti/Chaile Cheme Soares Evangelista

É proíbida a reprodução total ou parcial desta obra, sem a prévia autorização da Embrapa Cerrados.

SANO, S.M.; ALMEIDA, S.P. ed. Cerrado: ambiente e flora. Planaltina:


EMBRAPA-CPAC, 1998. x1 + 556p.

ISBN 85-7075-008-0

1. Cerrado — Colonização. 2. Cerrado — Meio ambiente. 3. Cerrado — Solo.


4. Cerrado — Vegetação — Planta nativa. I. EMBRAPA. Centro de Pesquisa
Agropecuária dos Cerrados (Planaltina, DF). II. Título.
CDD 337.740981
SUMÁRIO
Capítulo 1
OCUPAÇÃO INDÍGENA DO CERRADO: esboço de uma história...........
Altair Sales Barbosa, Pedro Ignacio Schimiz
Ocupação do Cerrado por bandos de caçadores e coletores................
Processos culturais associados à ocupação inicial...................iieetess
Processos de: adaptação ipsparatas re sprsi bs uses temon op nessas OMR o pe
Ocupação do interior do continente no Holoceno Inicial .................
Ciclos ide abastecimento seo E ces son rn ea assa NON TER GA AR NS
Modelo das relações espaciais e comportamento cultural.................s
Ocupação do Cerrado por horticultores de aldeias.................scesereeneamenseneemeass
Ligação de fases arqueológicas com as tribos coloniais...
Gruposandigenas sobreviventes csacanssanissisesenvgeaso
isca unida sacos aaa
Idesas patamuma RISTÓLIA = sccsers nec ariana psasendeices edidação een nado AE
Referencias DIDHORTALICaS rea sur ii dress Pam sêodor aro dino dd O GR

Capítulo 1
SOLOS DO BIOMA CERRADO: aspectos pedológicos ..................
Adriana Reatto, João Roberto Correia, Silvio Tulio Spera
Características empregadas para distinção de classes de solos ...............ee.
Caractenisticasumottologicas,C ÍÍSICAS cuia ams rsesiir raroniomca nao parana gatas ADS
CoaractesistiTasiQuimiICAS Jraasunanantor semsite care emispurietre rente rmasaça ofeindes su rasat Entra
(Caracteristicas auxiliares MR armas Re dane so PR Ota SD dar ESCURA ASR PR
Principais classes de solos do bioma Cerrado ....iseacnmosmmonais
tecascenes tornemos
[EATOSSO
LOSE na PES ARE Ra RENTE RÃS EU Se snea dO SRA OA Ra nau OR
CATELA SNC ALEZOSAS ssa pan E AR Dana oO a ss E O DER
POCIZOLICO SE Ens DRE NRO ciadera or RO a 2 ça Se Ao N ARO na SS Jo AR ba
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SOLOS LI Olicos CIEMOSSOLOS Eco ra ar neea a Data es Aa gde REED ra AR Dc eat
vi

Hidromórfico Cinzento, Glei Pouco Húmico e Glei Húmico ...................... 80


Considerações Ping ra aa cr 82
Referericias DIDHOSTAÍICAS iii, negada qua ars ieero parcos Pena ca 83

Capítulo II
FITOFISIONOMIAS DO BIOMA CERRADO ....................... 89
José Felipe Ribeiro, Bruno Machado Teles Walter
Os biomas do Brasil, cs fais Eta ia Pad af do nar APR RD 1 89
O broma Cerrado ENE tati aos caras PA RR pe 93
Origem das formações florestais; sia... cesjnssscadinieaasaporsiigadis
sa/saisanddose apaalado pipi 95
Origem das formações savanicas campestres ........ ricos inecirar van rabo agi caem 98
Cerrado: definição determos SM a a e SR 99
Trabalhos abordando terminologia fitofisionômica ................ seremos 101
Padronização de termos; fito Aisioriomicos cc o o om a opade saco qairi era emana on q 102
Principais pos fitofistonômicos:-do Cerrado... asian ssa iseapa veio pegue danar aan 103
Foimações florestais Has su a ARS O ARO 104
Mata /Giltar Se Re ARES E ER DRA AR DORSO O Rc das 104
Mata deiGalerta 2 es de rena UR ot RS a pa EA RE EA 107
Mata: Secar cara ato cos nao o ana ada A ra ao INEO RAS RS SP ON til
Cerradao stereo Mes bora A SR RAR DD SN UR OR UR DR O 114
ROTIMAÇÕES, SAVANICAS- cone gera e doa cg SR ER RR GR GR RR 116
Cetrado:sentidostestnitoj een
DR a RD lg)
Parquerde Cerrado: mania mota cio desu a Aa SR GO 124
Balmetralz secas ano qtos ueaa o RR NSIDRo 126
AVELE a ee treco cons E aeaoncad cO DR Ra (UR RU DR REI ts,
Hormações Campestres .ssesimossato ces ooisorandes opondo pestion nad poa e a 130
Camporotjo ss a ae orgao o aos certo te o e A 131
Campo Rupestre seas AME as SOR SS AR 133
Campo: Limpo a Sd RD 135
Discussão te TES US a A Rc E 1377
Chave de identificação dos tipos fitofisionômicos do Cerrado ........................ 148
Chave de identificação = se esa orida ate cr ans apena rama cd 149
Agradecimentos ssasssasisasos sarada aa De di Sa:
Referências bibliogtaficas a areia arena O 152
vii

Capítulo IV
FENOLOGIA E BIOLOGIA REPRODUTIVA DAS ESPÉCIES DE
CERRADO Ps fre ao a a E AS a be e 169
Paulo Eugênio Oliveira
Henolopia re savanas tLopicals Es. BRO. RE URU pondo 169
Determinantes ambientais e diversidade fenológica ............... ie 7/2
Estabelecimento rr tdo O DER A RS pet 174
Prutificação erdisPerSãO e. cce cria RD RA Lo)
Hi fes Tor (o ARENS q RO A e E À AR 178
Drotação: soar arara Poe sne as o doa ab CD ASR e RN 182
a fora Pepe RR A e pl e 184
Fenologiae estrutura dacomunidade-= 00. rc rara no open a e 184
Conclusão» er e es pa RR RD AEE UR RR E RE NR IA 187
ENLACE CIMNEITOS pin rsrs tapa UN RL pub caio a Se nana PR GeR EPE SRA 187
Referenciais DibHopráficas: ses amem ss crase pah res aftosa dedo Da RA AE 188

Capítulo
COLETA, PROPAGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO INICIAL DE
ESPECIESIDO'CERRADO" a 195
José Teodoro de Melo, José Antonio da Silva, Roberto Augusto de Almeida
Torres, Conceição Eneida dos Santos da Silveira, Linda Styer Caldas
Coleta de material de propapação are AA TR Rr 196
Escolha dastáirvores mattizésio sia sad, ires tata ig aro dedo 196
Época E Metodos CE COLETA sra noi REED A E RR q 200
Extração de sementes. ra isuia coricg fics til qq Ca PR O 202
EAtmazenamentorde sem entes aaa osso nana un A 204
Wotmentia de sementes sure rena a a RR 208
Metodos para superar dormencia io cr ne gor esteio CAR qda na ap tese qu NRP 208
Fatores que influenciam a germinação de sementes .................. seres 211
Propagação sexuada em condições naturais ..........cazrserrreomesenterasoonasscassamnsesenssemno 217
EOtinação de mudas er VANELEO rose atm que sra pan RES 218
Propagação assexuada ..susaarerenesereeranseaernsaeinastassa
serasacbbuaaansoatendacandtoab asdeposanavassabpsds 222
Propagação in VirO «ssecsrseerecoracrevennsoaniscentoseasasensncanneseanasantms
scrnssamrasacansaaaadans canannansos 223
Agtadecimentos. «jrscesendarasierrisoniriosrnicoceiesactsóno
despamnacabe naunapubs aaaseas ones 231
Referencias DiDHOGLALCAS veraneio venia sarcosctiaesoqnessentos
cucavosepass rasura smsrnsuas 23)
viii

Capítulo VI
FRUTAS NATIVAS DO CERRADO: caracterização físico-química e fonte
potencialide nutrientes .;...;usssmisnnsateniratas
tásentoiinoipovasear paroCEI ra ç A 247
Semíramis Pedrosa de Almeida
Alimentos - classificação, fontes, funções e inter-relações ...............e 248
Umidade, proteina e extrato CICLCOR np casei refe aa RO parana as eaças MS
(Carbordratositotaisievaloncalorncom 254
Acidez, sólidos solúveis totais, açúcares totais, redutores e pectina................. 258
Tanino - fator que afeta o sabor e o aroma das frutas .....................s see 262
Carotenoides e-vitaminar AM pasta agi quis ns oo dio o co ARS NESR coa 263
Composição mineral-das frutas-do Cerrado... ..s.oziosesepcantiosspoceneta. raqusaancerspento 266
Calcronfostoro ele rromema ss tende et co aa caes e dA 268
DAAQUÉSIO sc seta dare gep caio ec ando Re tt READ Eta 269
ANCO E ovas MRE asd e pu a MAL 8 RN E a RR DAS E PA
(CODEC. rs cepinic oe ias PaiRa cipa ea SRS ERA E ART AR RD em
Manganês aa arporgao Contadora cp acetona na PAR Die:
Composição em ACIdOS oTAROS es cuspiimma is store debian a 273
O problema da fome. :....mapasmuiriaasoloo
sersrornidro pascandeoararan sorteada cabsao ad RR 278
ApradeCimeNtos ALAN RAS ES A A RS Ss 280
Referências bibliográficas quase
CEPE PE Saio 281

Capítulo VII
FLORAVASCULAR-DO CERRADO :ssastsassaaa tod e qd 289
Roberta Cunha de Mendonça, Jeanine Maria Felfili, Bruno Machado Teles
Walter, Manoel Cláudio da Silva Júnior, Alba Valéria Rezende, Tarciso S.
Filgueiras, Paulo Ernane Nogueira
Composição das listas ss ca mstao qaaR q IG ap 290
Floravasçular SAR mes atos e tn da da DR do RE A ND 293
EXCEL FITAS os asas ss cm crs esa Anes RAN RSS soa ECA de ce pa UR 294
EanetÓpanias apra caio GD anais GS RGE SERA ci e RAR RR 294
Plantastinvaso rasto WERuLC eai a 296
Riqueza floristica-do bioma:Cerrado caraca raso ceara 297
Apradecimentos |cc cisris corçir e raca sçp a ano param ai nau ee RD ER 300
Referencias bibliográficas... censan eins roscesso acer saem a re e RD 301
ÂMEXO. 1 cessscssoserescassoara nas donetrea CONES Te sda an aa RAND o SN IV 307
ANEXO 2) cosa scasaneaseaera seres rta ra ra a E 319
APRESENTAÇÃO

O livro Cerrado: ambiente e flora mostra ao leitor, importantes


informações sobre a região dos Cerrados, suas riquezas naturais e a influên-
cia e modificações que as atividades econômicas exercem sobre o meio
ambiente.

Dirigida a produtores, técnicos, estudantes e a pessoas interessadas


em conhecer melhor a região, esta nova publicação da Embrapa Cerrados
apresenta, entre outros temas, o desafio do homem de poder produzir ali-
mentos, fibras, madeiras, produtos medicinais e ornamentais, sem destruir
a natureza e a biodiversidade, que são a matéria-prima e o início da cadeia
da produção. As tecnologias hoje existentes — e mais ainda as que estão
sendo criadas e pesquisadas, e que estarão disponíveis nos próximos anos —
irão harmonizar as necessidades da produção econômica e da proteção
ambiental, dentro de uma agricultura sustentável.

Hoje existe razoável harmonização, desde que a agricultura passou


a ser desenvolvida adotando novas tecnologias, deixando de lado a manei-
ra imediatista e predatória de ocupação, causa da destruição das águas e da
terra, justamente os dois principais insumos e os dois mais valiosos bens
do produtor rural.

Carlos Magno Campos da Rocha


Chefe-Geral da Embrapa Cerrados
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INTRODUÇÃO

Este livro é mais uma contribuição para os interessados na riqueza


da flora brasileira, especialmente a do Cerrado, para que possam encontrar
maneiras de se beneficiar com o que a natureza oferece.
À região do Cerrado apresenta uma das diversidades mais ricas
dentro da vegetação savânica do mundo. Na época seca, as queimadas do-
minam extensas áreas, alimentadas pelas folhas secas e baixa umidade rela-
tiva. À vegetação apresenta estratégias de adaptação à seca, com suas raízes
alcançando profundidades abaixo de 10 m, com germinação de sementes
na época das chuvas e crescimento radicular pronunciado nos primeiros
estádios de desenvolvimento.
Inicialmente, é mostrada a integração do homem com o ambiente.
A atividade agrícola aliada à caça e coleta de alimentos no habitar natural
realizada pelos indígenas, faz lembrar que o homem é parte integrante da
natureza, podendo ser um agente de dispersão de sementes.

Em seguida, são apresentadas as características dos solos e sua re-


lação com o tipo de vegetação. À indicação do uso ou manutenção da
vegetação, de acordo com a classe de solos, é também comentada.
Os tipos fistonômicos da vegetação são descritos e ilustrados com
uma chave para identificação das fisionomias dentro das formações flores-
tais, savânicas e campestres. Às espécies características e comuns em cada
fitofisionomia mostram que o mosaico de solos muitas vezes reflete na
vegetação.
A fenologia e a biologia reprodutiva são discutidas mostrando que
as espécies vegetais apresentam várias estratégias. A época da floração,
duração do amadurecimento e época de dispersão dos frutos e germinação
de sementes são estratégias que levam ao estabelecimento de plântulas na
estação chuvosa.
xi

Para que o homem possa realizar plantios eficientes, as mudas for-


madas são levadas ao campo na época das chuvas, tendo de se adiantar ao
que acontece na natureza. Assim são discutidos, os procedimentos de cole-
ta de frutos, tratamento, armazenamento, quebra de dormência de semen-
tes e a semeadura. Para algumas espécies, é mostrado o processo mais ade-
quado.
Aspectos nutricionais são apresentados, e os componentes quími-
cos presentes nas frutas nativas do Cerrado são comparados com os das
cultivadas. Pode-se notar como algumas frutas do Cerrado são ricas em
nutrientes, servindo como suplemento alimentar.

Finalmente é apresentada a riqueza vegetal, com mais de seis mil


espécies vasculares, contendo listas de pteridófitas, fanerógamas e espécies
invasoras ou ruderais com informações sobre suas diversas formas de vida
e os tipos fisionômicos onde são encontrados.
Com o aumento da população humana, a produção de alimentos
tem de ser aumentada, não podendo se manter como os indígena. Mas
pode-se viver bem, em harmonia com o ambiente, produzindo alimentos
diversificados e mantendo a qualidade do ar e da água.

A conservação da biodiversidade pode melhorar a qualidade de


vida de inúmeras pessoas, pois nela pode-se inclusive encontrar a cura para
muitas doenças que atingem a humanidade.

Sueli Matiko Sano


Semiramis Pedrosa de Almeida
Capítulo T

Ocupação indígena do Cerrado:


esboço de uma história
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OCUPAÇÃO INDÍGENA DO CERRADO:
esboço de uma história!
Altair Sales Barbosa?
Pedro Ignacio Schmiz”

A área contínua do sistema dos Cerrados e chapadões do Brasil


Central apresenta uma população indígena atual de aproximadamente 45
mil habitantes, distribuída principalmente em terras dos estados do
Maranhão, Tocantins, Gotás e Mato Grosso do Sul. Isto sem considerar a
área do Parque Nacional do Xingu, que mesmo possuindo alguns elemen-
tos desse sistema, é integrante do domínio equatorial amazônico, ou trópi-
co úmido, e sem considerar também alguns povos que vivem em áreas
disjuntas de Cerrado como os Parecis e Nambikwaras. Essa população
engloba 26 povos de características culturais diferenciadas, cuja situação
atual e fragmentação demográfica não reflete a importância que esse espa-
ço geográfico teve na sua fixação durante longos períodos, nem a verda-
deira história da ocupação desse espaço por essa população.

Ocupação do Cerrado por bandos de caçadores e coletores

O registro da pré-história sul-americana demonstrou intensa mo-


vimentação adotada por populações humanas nos sistemas pré-andinos e
andinos, principalmente a partir de 12 000 anos (antes do presente). Essa
movimentação coincidiu com mudanças ambientais maiores de cunho con-
tinental, com matizes localizados, responsáveis por entropias nos sistemas
físicos e culturais até então estruturados e por flutuações no espaço por
parte desses sistemas, culminando com a redução de áreas de savanas e
início de desertificação em certos locais. Esses fatos acentuaram o proces-
so de redução da fauna, principalmente a de gigantes na parte centro-norte
ocidental do continente.

1 Revisores técnicos: Itala Irene Basile Backer — Instituto Anchietano de Pesquisas;


Paulo Bertran — Brasília, DF.
2 Diretor do Instituto do Trópico Subúmido da Universidade Católica de Goiás.
3 Instituto Anchietano de Pesquisas da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Rio Grande do Sul.
4 Altair Sales Barbosa & Pedro Ignacio Schmiz

Torna-se claro que essas movimentações humanas estiveram rela-


cionadas com modificações de ordem ambiental, ainda que estas fossem
mediatizadas pela cultura. Esses sistemas culturais foram de certa forma
desestruturados e as populações impulsionadas a buscar novas formas de
planejamento ambiental e social, assim como novas alternativas de sobre-
vivência. Nesse contexto, as áreas abertas, representadas especialmente pelo
Cerrado ainda existente em manchas significativas nos baixos chapadões
da Amazônia, devem ter exercido papel fundamental no favorecimento de
novas expectativas de sobrevivência, e novos arranjos culturais, desenca-
deando os processos iniciais de colonização das áreas interioranas do con-
tinente.
Tal colonização deu-se preferencialmente nas áreas de formação
aberta. Inicialmente aconteceu de forma acanhada, mas algum tempo de-
pois já foi possível constatar a formação de um horizonte cultural forte-
mente adaptado às novas condições ambientais, principalmente quando se
aproximou da grande área “core” das formações abertas já existentes nos
chapadões do Brasil Central. As características físicas e biológicas desses
chapadões mantêm-se com alteração pouco significativa quando compara-
das com modificações que afetaram outros biomas continentais durante o
Pleistoceno Superior e fases iniciais do Holoceno.

Os estudos sobre o artesanato Jítico (instrumentos e utensílios en-


contrados em rochas e minerais) compuseram esse grande horizonte cul-
tural formado no Cerrado, quando comparamos este artesanato a outros
existentes no continente, situados mais a Oeste e mais recuados temporal-
mente, sugerem a constância de alguns traços tecnológicos, porém com
aperfeiçoamento sui generis, originando uma indústria singular e bastante
homogênea. Processo quase similar ocorreu em relação à economia de sub-
sistência.

O estudo de algumas áreas, cujos vestígios estão preservados, quan-


do comparadas às áreas do Oeste, demonstra uma tendência crescente à
generalização que, em pouco tempo, difundiu-se como um sistema econô-
mico básico.
Ocupação indígena do Cerrado: esboço de uma história 5

A procedência destes primeiros povoadores não é ainda muito clara.


Entretanto há indicadores de que algumas áreas do Oeste poderiam ter
sido centros dispersores. O estudo comparativo de variáveis bem definidas
poderá conduzir a algumas respostas.
Neste sentido, o horizonte cultural que se formou nas Savanas e
formações xerófilas, na área Andina, representado principalmente pelas
áreas nucleares de El Abra, na Colômbia, Ayacucho e no Peru, cujas explo-
rações efetuadas em formações abertas, já apontam elementos muito signi-
ficativos, deve ser tomado como ponto de investigação básica.

Entre 12 000 e 11 000 anos A.P., dois sistemas ocupacionais bem


definidos estavam definitivamente implantados no interior do continente.
Trata-se da Área Nuclear do Vale do Guaporé, nas quebradas do planalto
brasileiro, cuja cobertura vegetal era caracterizada pelo Cerrado, e a região
das coxilhas gaúchas, cujas ocupações se assemelham às das estepes
patagônicas, formando assim um horizonte cultural descontínuo.
As ocupações das coxilhas gaúchas não demonstraram nenhum
tipo de relacionamento com aquelas que se instalaram imediatamente no
Cerrado dos chapadões do Brasil Central. Pelo contrário, são mais seme-
lhantes às das estepes patagônicas, com processos evolutivos similares e
muito diferentes daqueles adotados ou desenvolvidos, que formam o gran-
de horizonte cultural do Cerrado.
Já as ocupações do Vale do Guaporé guardaram ligeiras relações
tanto com as verificadas nas Savanas localizadas mais para o Oeste e mais
antigas, como com as ocupações no Cerrado do Leste, acontecidas em
épocas mais recentes.
O artesanato lítico demonstrou certa transição evidenciada por uma
desestruturação e por uma posterior adaptação que logrou êxito.
Esse esquema explicativo seria perfeitamente compreensível caso
não existisse no interior, em ambiente similar, tais como o registro de
datações mais antigas para as áreas ocupadas de São Raimundo Nonato e
6 Altair Sales Barbosa & Pedro Ignacio Schmiz

Lagoa Santa. Desconsiderando a área Central, na Bahia, em virtude das


informações serem prematuras. Duas hipóteses foram levantadas:
— Se a ocupação dessas áreas for realmente anterior à das áreas dos
Cerrados dos chapadões do Brasil Central, é possível que as
populações que alcançaram São Raimundo Nonato e Lagoa Santa
não migraram por esses chapadões centrais, pois seus vestígios não
foram aí encontrados. Ou se migraram, os vestígios estão
mascarados pela indústria que constitui a Tradição Itaparica.

— Sea ocupação de São Raimundo Nonato e Lagoa Santa for anterior


às do Cerrado e se a migração não ocorreu nesse ambiente, é possível
que as populações atingissem essas áreas via Caatinga, migrando
ao longo das depressões do rio Amazonas, pelas duas margens e
assentando-se de forma mais duradoura em São Raimundo Nonato
e, posteriormente, em Lagoa Santa, cujo êxodo efetuou-se pela
Caatinga da depressão Sanfranciscana.

Quanto à primeira hipótese, apesar de a amostragem ser significa-


tiva, os espaços não foram esgotados e as escavações não avançaram em
profundidade suficiente, portanto, não se tem ainda elementos definitivos
para confirmá-la, embora a maior parte dos dados direcionem nesse senti-
do. Quanto à segunda hipótese, a análise minuciosa e comparativa do ma-
terial proveniente de, pelo menos, três áreas nucleares da Tradição Itaparica
(Serranópolis e Caiapônia, em Goiás, e Gerais, na Bahia) não a confirma.

A inexistência de vestígios entre São Raimundo Nonato e Lagoa


Santa, situados nessa faixa cronológica, bem como a inexistência desses na
depressão Amazônica, somados à falta de cronologias mais antigas no Oeste
do continente não corroboram essa afirmação. A possibilidade dessa eva-
são, seguindo vias abertas na Venezuela e Guianas, esbarra nos mesmos
obstáculos para comprovação.
Ocupação indígena do Cerrado: esboço de uma história r/

Assim, de acordo com os dados disponíveis que envolvem


amostragem significativa em Mato Grosso do Sul, quase a totalidade de
Gotás e grande parte do Tocantins, a Oeste da Bahia e grande parte de
Minas Gerais, a ocupação efetiva do interior do continente sul-americano
iniciou-se com a implantação do horizonte do Cerrado, a partir de 11 000
anos À.P. Esse horizonte é caracterizado por um artesanato lítico muito
homogêneo, que constituiu a Tradição Itaparica, intimamente ligada às for-
mas de exploração do Cerrado, com mecanismos adaptativos responsáveis
por um sistema econômico, que perdurou por dois mil anos sem mostrar
alteração, a não ser aquela decorrente da migração.

Às populações que dominaram a tecnologia, estabeleceram a in-


dústria que constituiu a Tradição Itaparica, colonizando uma área de gran-
deza espacial com cerca de dois milhões de quilômetros quadrados, esten-
dendo-se de Mato Grosso a Goiás até Tocantins, além de áreas de Cerrado
em atnbientes cobertos pela Caatinga do Nordeste brasileiro, notadamente
Pernambuco e Piauí. Essas localidades em conjunto, revelaram o alcance
desta Tradição e a maneira homogênea como foi organizado o espaço.
Também demonstraram a importância que o Sistema Biogeográfico do
Cerrado exerceu nesses processos de ocupação por essas populações.

Processos culturais associados à ocupação inicial

O panorama do povoamento das áreas centrais do continente sul-


americano começou a ser definido a partir de 11 000 anos A.P. e, para tal,
contribuiu muito o advento no Planalto Central do Brasil de um complexo
cultural denominado pela arqueologia “Tradição Itaparica”.

Há 10 000 anos, essa Tradição implantou-se em mais de 2000 km


de extensão. É quase certo que ela cobriu a área dos Cerrados existentes
8 Altair Sales Barbosa & Pedro Ignacio Schmiz

nos chapadões do Brasil Central e em suas extensões. Pelos processos a


que esteve associada, sua implantação na área, converteu-se em marco
referencial de grande importância para que sejam estudados os processos
culturais caracterizados como o alvorecer do povoamento humano nas áreas
centrais da América do Sul.

Ao redor de 9000 anos A.P., ou um pouco mais tarde, essa cultura


perdeu suas características básicas representadas pela adoção de artefatos
bem trabalhados e se transformou em indústria de lascas, com poucos re-
toques, assinalando uma nova tendência à especialização.

Os estudos arqueológicos têm demonstrado íntima relação entre a


cultura da Tradição Itaparica e a da área do Cerrado. O nível dessa relação
é evidenciado não só pelo sistema paleoecológico, mas também pelos res-
tos de alimentos associados a esse tipo de cultura encontrado nas escava-
ções arqueológicas e à sua própria distribuição nesses locais. Resta, portan-
to, esclarecer a seguinte questão: o que tem esta paisagem de especial para
atrair populações com um sistema especial de caça e coleta, favorecendo
ocupações duradouras e homogêneas?

Tentou-se responder essa indagação usando algumas informações


existentes sobre clima, geomorfologia, recursos vegetais e animais.

No que se refere ao clima, tanto em relação aos limites atuais, como


aos antigos, a área do Sistema Biogeográfico do Cerrado caracteriza-se pela
estabilidade e por um ciclo climático aliado a um biológico, bastante ho-
mogêneo, fato que permite às populações de economia simples, a adoção
de um planejamento também homogêneo.

A feição das paisagens indica que tanto nas áreas atuais como na-
quelas antigas, há grande ocorrência de abrigos naturais, elemento funda-
Ocupação indígena do Cerrado: esboço de uma história 9

mental para esses grapos humanos se estabelecerem em determinadas épo-


cas do ano.

O Sistema Biogeográfico do Cerrado fornece recursos vegetais


como: fibras, lenha, folhas ásperas, utilizadas para acertar superfícies e pa-
lha de palmeiras para cobertura de abrigos. O mais o importante é que de
todos os sistemas biogeográficos da América do Sul, este é o que fornece
maior variedade de frutos comestíveis. E embora a maturação da sua maior
parte esteja relacionada à época da estação chuvosa, sua variedade possibi-
lita a distribuição regular de suas espécies durante todo o ano.

Em relação à fauna, tentou-se buscar algumas respostas compa-


rando a relação existente entre os mapas e a vegetação reunidos aos con-
tornos das províncias zoogeográficas da América do Sul, estabelecidas por
Cabrera e Yepes (1960) e Melo Leitão (1947).

Desses estudos, constatou-se uma estreita relação entre uma fauna


peculiar definindo essas províncias zoogeográficas com as áreas de vegeta-
ção aberta, Cerrado, Caatinga e áreas de transição. Também venficou-se - e
isso é um dado importante - que embora exista essa fauna nesses ambien-
tes, é na área de vegetação do Cerrado que existe sua maior concentração.
Os elementos para explicar esse fato são: ocorrência do estrato graminoso,
flores, frutos, e a diversidade de ambiente que caracteriza o Sistema do
Cerrado, permitindo o estabelecimento de uma complexa cadeia biológica.

Processos de adaptação

O fato de existir uma fauna que elege o Cerrado como ambiente


prioritário, associado à grande variedade de frutos, ocorrência de abrigos
naturais, clima sem excessos de variação exerceu papel importante na fixação
10 Altair Sales Barbosa & Pedro Ignacio Schmiz

de populações humanas, bem como no desenvolvimento de processos cul-


turais específicos. Porém, quando reporta-se à Cultura da Tradição Itaparica
e sua fixação no Sistema Biogeográfico do Cerrado do centro do Brasil,
constituindo nessa área um horizonte cultural com 2000 anos de duração,
resta-nos fazer uma série de indagações relacionadas com as origens desse
processo. Neste sentido, algumas afirmações podem ser sugeridas.

O protótipo dessa cultura apresentou uma expansão acompanha-


da de aperfeiçoamento adaptativo de antigas culturas de savanas e de ou-
tras formações abertas, situadas mais para Oeste do continente, que por
motivos ambientais tiveram que adotar novos planejamentos de subsistên-
cia, aperfeiçoando a coleta vegetal e enfatizando a caça generalizada em
detrimento da especializada. Os processos iniciais desse aperfeiçoamento,
situaram-se na vegetação da área “core” de Cerrado ainda presente à épo-
ca, nos baixos chapadões da Amazônia.

À medida que os reflexos das mudanças climáticas tornaram-se


mais efetivos na área, possibilitando o avanço das antigas manchas de flo-
restas sobre a área de Cerrado, intensificou-se um movimento relativo à
fauna. Algumas formas migraram em várias direções; a maior parte entre-
tanto dirigiu-se para Leste e Sudeste no sentido da outra grande área “core”
de vegetação dos cerrados, dos chapadões centrais do Brasil. Isso aconte-
ceu porque a vegetação era similar e as duas áreas estavam conectadas, e
também, porque as áreas florestais primeiro apareceram nas amplas planí-
cies ribeirinhas, constituindo ambientes umbrófilos e consequentemente
tornando-se verdadeiros obstáculos para a expansão de determinadas es-
pécies adaptadas a áreas ensolaradas. Aliou-se a esse fato, o obstáculo cons-
tituído pelo próprio rio Amazonas. A migração da fauna foi seguindo o
mesmo rumo por populações humanas aí estabelecidas.

A compreensão dessas afirmativas é mais clara quando associada


às condições da pré-história do continente e da configuração paleo-ambiental
Ocupação indígena do Cerrado: esboço de uma história 11

que antecedeu à fofmação da cultura da Tradição Itaparica no centro do


Brasil.

À revisão da pré-história da América do Sul revelou a existência


em períodos anteriores ao povoamento do interior do Brasil, de um hori-
zonte cultural que atuou em áreas de savanas e por outras formações aber-
tas, estabelecidas em áreas do leste dos andino ou tendentes a essa orienta-
ção e quase à borda da área nuclear da vegetação de Cerrado dos chapadões
baixos da Amazônia. Esse horizonte cultural que recebeu a denominação
de “Horizonte Descontínuo das Savanas e Formações Xerófilas”, ocorreu
no local, de forma não homogênea, de aproximadamente 15 000 anos A.P.
até 12 000 anos A.P. Suas principais categorias espaciais foram representa-
das por El Abra, Ayacucho e Guitarrero I, que englobaram um conjunto
de complexos culturais similares, caracterizando um sistema de coleta e
caça onde os animais de grande porte - atualmente extintos - constituíam
numa alternativa alimentar de grande importância.

Observando a formação desse horizonte, altada à sua configura-


ção espacial e temporal, demonstra-se uma fase de implantação situada
entre 15 000 e 14 000 anos A.P., acompanhada de uma fase de expansão.
Esta fase caracterizou o período de 14 000 a 13 000 anos A.P., e foi seguida
por fragmentação de algumas áreas, provocada por migrações para Leste
“que identificaram o período de 13 000 a 12 000 anos A.P. A partir desta
época, a principal área cultural das savanas Colombianas que se conservou
habitada, fragmentou-se, propiciando êxodos para o interior do continente.

O desaparecimento desse horizonte, coincidiu com uma época de


grande instabilidade climática, que marcou o limite entre o Pleistoceno e
Holoceno. Coincidiu também com o avanço das áreas florestais sobre áre-
as de Caatinga nas depressões e áreas de Cerrado nos baixos platôs da
Amazônia. Essas significativas mudanças do clima e de seus reflexos nos
biomas, certamente intuíram nas populações humanas aí estabelecidas a
12 Altair Sales Barbosa & Pedro Ignacio Schmiz

necessidade de buscar novas alternativas e planejamento para garantir a


subsistência, o que implicou novos arranjos sociais. Esse fenômeno não
parece ser exclusivo das populações que constituíram esse horizonte cultu-
ral. Não obstante, a revisão da pré-história do continente, demonstrou in-
tensos movimentos ocorridos à época nos locais povoados do Oeste. Co-
incidiu também com agravamento do processo drástico de empobrecimento
qualitativo e quantitativo, representado pela grande extinção da biomassa
de megafauna.

Por volta de 12 000 anos A.P., os ecossistemas tropicais já se mos-


travam bastante alterados em relação à composição verificada na fauna.
No caso das áreas tropicais situadas entre os Andes e as áreas “core” do
Cerrado, ainda presentes nos baixos chapadões da Amazônia, essa fauna
gigantesca já se encontrava bastante reduzida ou quase totalmente extinta
nesse período, ouquando muito, em torno de 11 000 anos A.P. O rareamento
da biomassa de megafauna afetou o sustento de agrupamentos humanos,
impulsionando-os para a procura de novas alternativas, assim como o de-
senvolvimento de diferentes métodos de subsistência. Um dos pontos de
convergência, talvez o mais importante, era constituído pelas áreas de ve-
getação de Cerrado, embora bastante reduzida, mas ainda existente na época,
nos baixos platôs amazônicos, configurava-se na forma de faixas estreitas
que se conectavam à grande área “core” dos chapadões centrais do Brasil.
Nesse bioma, essa concentração de recursos vegetais, associando-se a grande
percentagem da biomassa animal, representada por animais de médio e
pequeno portes, constituindo fonte alternativa de singular importância para
essas populações, que lentamente aperfeiçoaram um sistema generalizado
de caça e coleta de frutos.

A revisão da paleoecologia do continente, englobando o período


situado entre o Pleistoceno Superior e Holoceno Inicial, demonstra que os
atuais domínios biogeográficos representam fenômenos recentes e que esse
Ocupação indígena do Cerrado: esboço de uma história 13

período é marcado por grandes transformações que representam uma re-


volução na composição biogeográfica do continente.

Há inúmeros estudos paleoecológicos desse período comprovan-


do essa afirmação e evidenciando a existência de grandes áreas de vegeta-
ção aberta, onde hoje está situada a floresta úmida amazônica. Essas áreas
de vegetação aberta eram caracterizadas pela formação da caatinga, nas
depressões e Cerrado, nas partes mais elevadas. Esses estudos evidencia-
ram, também, que o sistema do Cerrado, nos chapadões centrais do Brasil,
foi o menos afetado pelas oscilações do Pleistoceno Superior e Holoceno
Inicial.

A essas observações de ordem física acrescentam-se observações


biológicas a partir, principalmente, dos estudos de Haffer (1969), Vanzolini
(1970) e Brown (1977).

Após estudos de algumas espécies de aves da regtão amazônica,


Haffer deduz que várias vezes, durante o Quaternário, a floresta úmida
tinha sido reduzida a manchas, conservadas em locais de maior umidade, e
que serviram como refúgios, separados entre si por formações abertas.
Essa situação, segundo o autor, provocou o isolamento, por vezes longo,
de populações anteriormente existentes na fauna selvagem, agindo assim,
para diferenciação de raças, aparecimento de subespécies ou até espécies.
O autor afirma ainda que esse arranjo criou oportunidades para que a fauna
não selvagem pudesse expandir-se do Sul até às terras baixas, atravessan-
do-as. Populações relictuais em parques de savanas isolados, especialmente
no interior das Guianas e entre alguns tributários meridionais do Amazo-
nas, testemunham antiga continuidade da vegetação aberta, tendo essa con-
figuração influenciado nas rotas de dispersão.
Enquanto Haffer verificava a ocorrência de flutuações climáticas e
de mudanças no ambiente vegetal, baseadas nos padrões de distribuição
das aves, Vanzolini (1970) chegava a conclusão similar, analisando a varie-
14 Altair Sales Barbosa & Pedro Ignacio Schmiz

dade e grau de diferenciação exibidos por dois gêneros de lagartos selva-


gens: Coleodactylus e Anolis. O autor acredita que esse padrão de diferencia-
ção entre as espécies desses gêneros só poderia ser explicado mediante a
aceitação da circunstância de significativas oscilações climáticas na Ama-
zônia, capazes de afetar a vegetação.

Na mesma linha, a partir de estudos biogeográficos de algumas


espécies de borboletas neotropicais, Brown Jr. (1977), demonstra haver
forte relação entre os centros de distribuição e de evolução de algumas
espécies e subespécies, com fatores ligados à evolução ambiental especial-
mente na Amazônia, durante o Pleistoceno e Holoceno. Sobre as observa-
ções de clima, topografia e solo, o autor afirma ainda que os sistemas eco-
lógicos das florestas neotropicais, distintos genética e taxonomicamente
dos sistemas vizinhos e co-evolutivos, em escala regional, sofreram uma
influência bastante clara e sensível do longo período paleoecológico que
frio e seco é característico da última época glacial e que sua relativa visco-
sidade permitiu a retenção de padrões regionais, derivados dessa época que
permanecem até o presente.

Tomando a Linguística e outras categorias como importantes e


fundamentais correlações, Meggerrs (1976) vem complementar, ainda mais,
o aspecto do conhecimento relacionado aos primeiros processos culturais
das áreas localizadas no centro da América do Sul.

Analisando a classificação proposta por Greenberg (1960), que


centralizando todas as línguas sul-americanas em quatro troncos e compa-
rando as localizações dos grupos associados ao Jê-Pano-Caribe com os
mapas dos refúgios, sugere que a dispersão teve lugar durante o episódio
mais antigo de redução da floresta. De fato, as rotas postuladas por
Haffer (1969) para a introdução e difusão da fauna não selvagem na Ama-
zônia, desde os ambientes abertos do Sul, passam próximas ou através das
áreas ocupadas pelos usuários de línguas pertencentes a esse tronco. Se
Ocupação indígena do Cerrado: esboço de uma história ts

esta correlação é válida, implica a reconstituição da selva, uns 10 000 anos


A.P., introduzindo no centro da Amazônia uma cunha ecológica, que iso-
lou os grupos do Norte e do Sul, durante tempo suficiente para permitir
que seja estabelecida no plano Jê-Pano-Caribe, a divisão em sub-famílias
(Meggers, 1976).

Quando o período de aridez retomou seu processo final, e a flores-


ta úmida começou a avançar sobre as formações abertas fazendo com que
estas se retraíssem, o Cerrado iniciou um processo de regressão em direção
à sua área “core”. Provavelmente também algumas populações humanas aí
situadas, e em sua maior parte associadas a este tronco linguístico já exis-
tente (Jê-Pano-Caribe), acompanhou esta regressão e se instalou na área
“core” dos Cerrados do centro do Brasil, onde nos períodos imediatamen-
te posteriores atingiram um clima adaptativo. A grande homogeneidade
linguística que caracterizou a parte central do Brasil através de grande do-
mínio de línguas Jê, estritamente relacionadas com as formações abertas,
apoia essa situação.

Se se combinarem esses dados com os períodos de maior diversifi-


cação das línguas sul-americanas, estimadas mediante glotocronologia
(Greenberg, 1960; Noble, 1965; Rodrigues, 1958), constata-se que esse
movimento que motivou essa diversificação linguística culmina com a for-
mação de alguns troncos atuais, dentre os quais o Macro-Jê, num período
situado à volta de 10 000 anos A.P. Portanto, o mesmo período em que
também atingiu o clímax da cultura da Tradição Itaparica.

A tentativa de uma projeção rumo a épocas mais recentes, tendo


como base dados de arqueologia e etnografia, evidenciam que a vegetação
do Cerrado constituiu elemento fundamental para essas sociedades Jê do
Planalto, sobre as quais exerceram um controle rigoroso e demonstraram
grande conhecimento, embora tenha havido significativas mudanças
tecnológicas no decorrer do tempo.
16 Altair Sales Barbosa & Pedro Ignacio Schmiz

Ocupação do interior do continente no Holoceno Inicial

Nesse período, o homem assegurou a ocupação de todo o Nor-


deste, Centro-Oeste e Sudeste do Brasil. Sobre a vida deste homem exis-
tem algumas informações fidedignas.
O início do Holoceno tem como ponto de partida o recuo da
glaciação com todas as suas consequências: os ventos frios regrediram com
a redução das calotas glaciais e andinas, a corrente fria de Falkland se re-
traiu ea corrente quente do Brasil se espalhou pelo litoral nordestino. Com
o derretimento do gelo, o nível do mar subiu, a temperatura e a umidade
aumentaram e produziu-se a tropicalização do ambiente. Aparentemente
isso não aconteceu de forma unilinear, mas com oscilações que, no todo,
representaram aumento do calor, da umidade e do nível do mar, até alcan-
çar o máximo no altitermal ou ótimo climático europeu, entre aproximada-
mente 6500 e 4000 anos A.P. Naturalmente, as condições gerais foram
matizadas no local por fatores diversos, dos quais o relevo parece ter papel
importante. Provavelmente, a vegetação continuou aberta durante todo o
período, talvez no Nordeste tornou-se menos densa.
Com a elevação geral da temperatura e provavelmente um aumen-
to mais lento da precipitação (ao redor de 9000 a 8000 A.P), instalou-se
um período muito seco, responsável por mudanças tecnológicas e culturais
e pelo migração de populações.
Entre, aproximadamente, 11 000 e 8500 A.P., indústrias de lâminas
unifaciais onde predominam furadores e raspadores terminais, parecem
formar grande horizonte, cobrindo uma superficie que inclui Pernambuco,
Piauí, Bahia, Minas Gerais, Gotás, Mato Grosso e provavelmente parte de
São Paulo. Grande parte desses locais pode ser incluída na chamada Tradi-
ção Itaparica. Pouco mais tarde, entre 9000 e 8000 anos A.P, apareceram,
isoladas, pontas de projéteis pedunculadas no mesmo contexto da Tradi-
ção Itaparica, ou em outros, como em Cerca Grande, MG (Hurt e Blassi,
1969), em Serranópolis, GO, surgidas entre 8700 e 8400 A.P. (Schmitz,
1984), em São Raimundo Nonato, PI, e fixadas possivelmente em 8400
Ocupação indígena do Cerrado: esboço de uma história RA

anos A.P. (Guidon, II Reunião Científica SAB) (Alice Bogr, estado de São
Paulo).

A economia é de um caçador e coletor generalizado que explora


principalmente nichos diversificados, onde num extremo está o Cerrado, a
Caatinga ou o Campo, no outro extremo, a Mata e, no meto, várias formas
vegetais transicionais como o Agreste ou o Cerradão.
Os assentamentos desse homem efetuaram-se em grutas ou abri-
gos calcáreos, areníticos ou quartzíticos, nos estados de Minas Gerais, Gotás,
Pernambuco e Piauí. Em alguns desses sítios permaneceram um pouco
mais, como no Sudoeste e Centro de Gotás, porque os recursos eram abundan-
tes, ao passo que nos restantes eram temporários. Como nos locais geral-
mente estavam reunidos recursos minerais, vegetais e animais em nichos
diversificados, presume-se que a maior parte desses acampamentos se en-
tregassem a atividades múltiplas. Com certa frequência surgiam sítios de
apropriação e preparação de minerais, mas ainda não se tem notícia de
locais de matança.

O regime alimentar desse caçador generalizado pode ser estudado


com precisão nos abrigos do Sudoeste de Gotás, onde os restos alimenta-
res são abundantes e bem conservados. Os animais caçados eram das espé-
ctes mais variadas e de tamanhos diversificados, desde cervos, veados,
capivaras, macacos, tamanduás, tatus, tartarugas, lagartos, emas, vários ti-
pos de aves e pequenos peixes; também recolhiam-se os ovos de emas. Os
moluscos permanecem ausentes nesse período, mas eram alimento básico
no período seguinte. Os animais classificados. eram todos de espécies
holocênicas, não se venficando até hoje nenhum exemplo de espécie extin-
ta. Também foram encontrados caroços de frutos, principalmente ortun-
dos de palmeiras. Tais alimentos provêm de um ambiente diferenciado,
onde se reúnem Campo Limpo, Cerrado, Cerradão, Matas tropicais, ambi-
entes ribeirinhos, palustres e outros. Para as outras localidades, as informa-
ções ainda são escassas, quer por faltarem restos de alimentos, quer por
não terem ainda sido pesquisadas.
18 Altair Sales Barbosa & Pedro Ignacio Schmiz

Sobre a captura da maior parte dos animais não se tem conheci-


mento se seria através de dardos com ponta de pedra finamente trabalha-
da, característica dos caçadores de grandes gregários da mesma época, nas
estepes americanas do Norte e do Sul, ou se havia outra técnica utilizada.
Os caçadores do planalto e Nordeste chegaram a conhecer as pontas de
pedra já no fim do período, mas tem-se notíctas delas muito esporadica-
mente, figurando entre pontas de osso, também pouco encontradiças.
Os alimentos vegetais apresentavam tratamento fácil, constituídos
em sua maior parte, de perecíveis e de consumo imediato, sem sofrer mo-
dificações notáveis, exigindo, no máximo, a quebra de nozes de palmeiras
para aproveitamento de suas amêndoas.
A transformação das outras matérias-primas, como pedra, peles,
ossos, chifres, cascos implicava a exigência de instrumentos mais elaborados.
Os artefatos mais importantes e mais frequentes no contexto ins-
trumental desse horizonte eram unifaciais, isto é, têm uma face plana, não
trabalhada, e outra convexa e transformada. Grande parte era feita de lâmi-
nas lascadas por percussão e retocadas por percussão ou pressão. Outras
eram feitas a partir de lascas. Serviam para as funções de cortar, furar,
raspar, alisar, esmagar e quebrar. Na terminologia dos arqueólogos esses
artefatos apareceram como raspadores, furadores, facas, talhadores, ma-
chados, alisadores ou mós, discos, quebra-côcos ou bigornas, bolas e
percutores. Entre os cinco últimos, alguns eram picotados ou alisados, o
que representou uso muito antigo dessa técnica de preparar artefatos de
pedra.

Nos locais de ambiente rico e matéria-prima mineral abundante,


como no Sudoeste e centro de Gotás, o que restou de artefatos e resíduos
de lascamentos poderia chegar a centenas de milhares, encontrados em
escavações relativamente pequenas, e neles é possível acompanhar todo
um processo de manufatura, desde que as lascas eram desprendidas dos
blocos, sua conformação como instrumento e sua rejeição, depois de que-
Ocupação indígena do Cerrado: esboço de uma história 19

brado e inutilizado. As peças eram grandes e bem acabadas. Na região de


Lagoa Santa, pelo contrário, os artefatos eram quase irreconhecíveis nos
seus detritos e lascamento, pela deficiência de rochas adequadas para a sua
confecção.

A matéria-prima desses artefatos e o local onde ela foi apanhada,


estão ligados às disponibilidades locais. No Sudoeste de Goiás, o quartzito
ou arenito silicificado usado se encontra nas próprias paredes dos abrigos
então usados ou nos blocos desgarrados a eles pertencentes. Nos sítios
sobre colinas, a matéria-prima provém dos seixos que recobrem o seu topo,
seus flancos, e se origina da decomposição do arenito Furnas, onde esta-
vam incrustados como veios. Em outros lugares, geralmente a matéria-
prima era selecionada entre os seixos transportados pelos rios.
Outros materiais muito importantes também eram: peles, cascos,
ossos, dentes e chifres dos animais caçados. Por isso, os pertencentes à
caça apresentavam-se quebrados, cortados e apontados; ossos longos de
veados eram afinados para produzir espátulas.

Num clima frio de planalto e Nordeste, para uma população


desabrigada, o abastecimento de lenha era importante, sem causar proble-
mas. Em muitos lugares os abrigos naturais eram numerosos e o homem
utilizou-os intensamente, sempre que oferectam condições de habitabilidade,
como por exemplo, a existência de água nas proximidades. Mas também
acampavam ao at livre, nas vizinhanças dos abrigos, ou mesmo em lugares
onde eles não existiam. Em quase toda extensão, mesmo nos tempos de
seca, podia-se conseguir água potável em abundância, sem esforço, sendo
que grandes abrigos foram rejeitados, temporária ou permanentemente,
por falta de água.
Pelo tipo, distribuição e quantidade de resíduos encontrados nos
acampamentos, infere-se que os grupos migrantes eram em pequena quan-
tidade e compostos provavelmente por algumas famílias e movtam-se como
bandos frouxos dentro de um espaço delimitado.
20 Altair Sales Barbosa & Pedro Ignacio Schmiz

Modelo de planejamento ambiental

A observação sobre distribuição dos principais recursos de subsis-


tência no sistema do Cerrado permite a organização de um sistema de
abastecimento que espelha as possibilidades de obtenção desses recursos
por populações de economia simples (Figura 1).
ae
Atividade Estação seca | Estação chuvosa
básica
ABR | MAI | JUN JUL [não SET OUT | NOV | DEZ JAN | FEV |MAR

Frutos

Ovos

Insetos
Coleta
cometíveis
Mel
silvestro
Moluscos

Pesca

Mamíferos

Aves

Caca
Reptóis

FIG.1. Diagrama de abastecimento, tendo como base a época de maior


concentração dos principais recursos do Sistema Biogeográfico do
Cerrado.

A atividade de coleta de frutos era mais significativa durante a esta-


ção chuvosa, que atualmente corresponde aos meses de outubro a janeiro
e poderia ser exercida no bioma campestre, no da mata e no ribeirinho. A
maior quantidade de frutos comestíveis restringia-se ao bioma campestre.
Ocupação indígena do Cerrado: esboço de uma história 2

À atividade de coleta ou cata estava relacionada com a aquisição de


ovos, insetos comestíveis, mel silvestre e moluscos. Os ovos de aves pode-
riam ser mais facilmente conseguidos no auge da estação seca, principal-
mente nos meses de julho e agosto. O maior fornecimento deste tipo de
recursos provinha das ninhadas de emas (Rhea americana), encontradas es-
senctalmente no bioma campestre. Os ovos de répteis como a tartaruga
(Podocnemis expansa) e o jacaré (Caiman crocodilns) também seriam obtidos na
estação seca. As atividades neste sentido restringiam-se ao bioma ribeiri-
nho (Figura 1).

Os insetos que poderiam servir como alimento eram representa-


dos principalmente por larvas de algumas espécies voadoras e tanajuras
(fêmeas de Atta sp.), conseguidos em abundância no início da estação chu-
vosa e cujo recolhimento se restringia principalmente ao bioma campestre.

A atividade de extração de mel silvestre poderia ser mais facilmen-


te exercida durante estação chuvosa.

A caça de mamíferos poderia ser praticada em qualquer época do


ano: os campestres, na estação chuvosa, e os ribeirinhos em meados da
estação seca. Já a caça às aves desenvolvia-se de modo especial, nos primei-
ros meses da estação chuvosa. Os répteis de pequeno porte poderiam ser
caçados mais facilmente na estação chuvosa, ao passo que os de grande
porte como tartaruga e jacaré poderiam ser abatidos na época seca.

A atividade pesqueira ficava restrita essencialmente à época seca.

Ciclos de abastecimento

Combinados todos os recursos, as populações com atividade de


caça e coleta, que habitavam o sistema do Cerrado poderiam conseguir
alimentos durante todo o ano. E, de certa forma, não deveria existir ne-
nhuma época em que houvesse penúria por escassez de alimentos.
no. Altair Sales Barbosa & Pedro Ignacio Schmiz

A época onde havia maior variedade de alimentos correspondia à


estação chuvosa. Essa variedade seria compensada, no período da seca,
pela grande quantidade de peixes. Assim, os recursos combinados ofereciam
anualmente uma alimentação balanceada contendo proteínas, açúcares, vi-
taminas e sais minerais.

O abastecimento de água não seria problema no sistema do Cerra-


do, mesmo levando-se em consideração os aspectos climáticos do final do
Pleistoceno e Holoceno Inicial.

A aquisição de matéria-prima, para confecção de instrumentos e


utensílios, era facilmente assegurada, uma vez que as rochas para a confec-
ção dos instrumentos existiam nos abrigos e também eram abundantes nas
colinas e no leito dos rios e córregos. Ossos de certas espécies de animais
eram altamente valorizados para a confecção de objetos de uso, como
espátulas e furadores. Havia peles que possuíam diferentes utilidades, bem
como abundância de matéria-prima vegetal. O combustível utilizado para
cozinhar, para calefação e iluminação era fácil de se obter.

Os abrigos naturais parecem ter sido os melhores pontos de refe-


rência territorial. No sistema do Cerrado, em função dos aspectos
geomorfológicos, eram numerosos, amplos, cômodos e estrategicamente
localizados. Diversos deles, de acordo com suas características, foram ocupa-
dos mais intensivamente, ao passo que outros apenas esporadicamente.

Pela distribuição do material no interior desses abrigos infere-se


que a população que os utilizava não era muito numerosa, sequer chegan-
do a preencher todo o espaço disponível.

A caça, outrora disponível, serta a que se conhece pelas escavações


de alguns abrigos e que consiste em representantes da fauna atual, predo-
minando animais de portes médio e pequeno, facilmente transportáveis
dos locais de abate para o sítio de habitação. Dessa forma, seria pouco
provável a existência de “sítios de matança”, característicos de caçadores
Ocupação indígena do Cerrado: esboço de uma história 23

pleistocênicos especializados. Os dados de paleontologia apontam o perío-


do de 13 000 a 12 000 anos A.P. para uma extinção em massa da fauna de
gigantes, nos ambientes tropicais. Entretanto, admite-se a possibilidade da
existência de remanescentes desses animais em alguns núcleos específicos.
Na localidade de Pau Ferrado, município de Jaupaci, GO (Barbosa, 1989)
fot encontrado um sítio da Tradição Itaparica, em terraço, nas proximida-
des de grande depósito fossilífero (Moreira & Barbosa, 1971).

Modelo das relações espaciais e comportamento cultural

Tendo como base as observações advindas do ciclo de abasteci-


mento, elaborado para o sistema do Cerrado, é possível construir um mo-
delo que possa representar a organização espacial e o comportamento cul-
tural das populações de caçadores e coletores, durante as estações chuvosa
e seca (Figura 2).

Na estação chuvosa, o Sistema Biogeográfico do Cerrado fornece


grande variedade de recursos, representada por frutos, insetos comestíveis,
mel silvestre, moluscos, mamíferos, aves e pequenos répteis. Tais recursos
se distribuem pelos biomas de Campo, Cerradão, Mata e ribeirinho, possi-
bilitando em cada um, o exercício de atividades de coleta e caça. Essas
atividades exigem uma divisão de trabalho por sexo e faixa etária e, funda-
mentalmente, a atividade de caça exige a divisão em bandos menores.

Essa grande diversidade de recursos é acompanhada por uma res-


trição imposta pela estação, como a necessidade de abrigos, principalmen-
te nos períodos noturnos e nos períodos de precipitação mais prolongada.
Nesse contexto, o abrigo natural era muito importante. A exigência de
abrigo condicionou pequenos deslocamentos, ou seja, distância suficiente
para alcançá-los pelo menos no período noturno. A ocupação do abrigo,
em função do espaço, comodidade, e no que se refere à obtenção e distri-
buição dos alimentos, implicava a divisão de grupos maiores (macrobandos)
ou menores (microbandos).
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Altair Sales Barbosa & Pedro Ignacio Schmiz

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Ocupação indígena do Cerrado: esboço de uma história 25

A ocupação“dos abrigos associada à baixa mobilidade, à disponibi-


lidade de recursos variados bem como o período de precipitação mais
prolongado deixavam a população com horas de ociosidade, favorecendo
o exercício de criatividade. Provavelmente algumas manifestações rupestres
surgiram nestas circunstâncias.
Na estação seca, a maior parte dos recursos que o sistema do Cer-
rado oferecia estava concentrada no bioma ribeirinho, onde podiam ser
exercidas atividades de coleta de ovos de grandes répteis, a própria caça
desses répteis e de algumas outras espécies de mamíferos e sobretudo a
atividade da pesca, dada a abundância de cardumes. No bioma campestre,
tão somente a coleta de ovos de aves era significativa. Essa atividade impli-
cou a divisão do trabalho por sexo e por faixa etária ao passo que a caça
requeria divisão do bando. Mesmo assim, tais atividades não se revestiam
da importância que a pesca exercia, como uma tarefa coletiva (Figura 2).
As áreas mais piscosas eram os vales amplos e espraiados, repre-
sentados por lagoas e lagos que estavam sempre distantes das áreas onde se
situavam os abrigos naturais. Em função de suas características peculiares,
certos pontos devertam exercer atração sobre essas população, exigindo
deslocamento a longa distância por períodos demorados. As peculiarida-
des da estação permitiam acampamentos ao ar livre e facilitartam a longo
prazo, os deslocamentos de alta mobilidade. Assim, enquanto a estação
“chuvosa era caracterizada pela ocupação mais ou menos permanente dos
abrigos, a fragmentação grupal, e a estiagem, pelo contrário, acarretavam o
abandono dos abrigos, mobilidade constante e união em macrobandos,
exigida pelas atividades pesqueiras e para maior controle do território.
A observação dos frutos corroídos por animais encontrados no
interior dos abrigos e em estratigrafta demonstram que os frutos com essas
marcas, especialmente amêndoas e jatobás eram próprios da estação seca.
Portanto, esses animais roedores não poderiam ter habitado os abrigos na
época de ocupação feita por populações humanas.
26 Altair Sales Barbosa & Pedro Ignacio Schmiz

Ocupação do Cerrado por horticultores de aldeias

O Cerrado tem sido o palco onde as populações indígenas desen-


volveram culturas diferentes, em decorrência de suas origens, seu tempo
histórico e suas possibilidades tecnológicas. Condições ambientais encon-
tradas pelos horticultores indígenas não parecem ter sido muito diferentes
daquelas conhecidas pelos primeiros colonizadores de origem européia e
foram exploradas de modo diverso.

O Planalto Central já era ocupado desde 11 000 anos A.P. por uma
população humana composta de caçadores e coletores. As etapas mais an-
tigas da evolução desses homens pré-cerâmicos são mais conhecidas que
as mais recentes, que se transformariam em cultivadores e ceramistas. Nos
locais em que se encontram depósitos estratificados em abrigos, como em
Serranópolis, GO, há descontinuidade entre o homem não ceramista e o
ceramista. As próprias datas estabelecem um hiato marcante entre essas
ocupações. Nas áreas onde as aldetas de ceramistas foram construídas ao ar
livre ainda não foram encontrados sítios pré-cerâmicos que pudessem apoiar
estudos de tradição tecnológica ou cultural. Dessa maneira, sem transição,
apareceram no sistema do Cerrado grupos ceramistas cultivadores de plan-
tas, que os arqueólogos separaram em quatro ou cinco tradições tecnológicas
diferentes. Essas classificações ainda são hipotéticas e seria necessário um
longo trabalho de análise e comparação, não apenas dos elementos cerâmicos
ou líticos, mas de todos os outros dados, para que obtenham conhecimen-
tos fidedignos sobre as populações, sua vida e sua história. Os poucos exis-
tentes são indicativos e conjecturais. Mesmo cronologicamente, as infor-
mações apresentam-se escassas, apotando-se em reduzido número de da-
tas det, que não marcam sequer o começo nem o transcurso completo

da ocupação.

Com o apoio da etno-história, algumas hipóteses, ainda não testa-


das, foram levantadas em relação à continuidade desses cultivadores pré-
Ocupação indígena do Cerrado: esboço de uma história SA

históricos no período colonial. Cronologicamente, o primeiro grupo de


ceramistas e, provavelmente de cultivadores, é o denominado fase
Pindorama, estudado num abrigo do Médio-Norte do Tocantins, cujos
vestígios atestam o uso da cerâmica já no século V a.C. (há duas outras
datas, em camadas inferiores, de quase 2000 anos a.C., para as quais não se
pode assegurar plenamente o uso da cerâmica). O fato não deve causar
estranheza, vez que na proximidade, tanto do Pará (Tradição Mina, 3000
a.C.) como de Minas Gerais (Tradição Una, 2000 a.C.) a cerâmica já era
usada anteriormente. Tendo a pesquisa na área da fase Pindorama sido
provisoriamente interrompida, não se pôde avaliar o que representou esse
material nem em relação ao uso da cerâmica e o da horticultura, na região
do médio Tocantins, nem tampouco sua continuidade em tempos coloniais.

A fase Jataí, outro grupo reconhecidamente horticultor, cujos res-


tos aparecem em numerosos abrigos de Serranópolis e Catapônia, no esta-
do de Goiás, poderia ter sido um invasor da área. Isto porque os refugos,
acumulados desde 1000 anos d.C., aparecem em descontinuidade com os
restos dos últimos caçadores /coletores que habitavam o local. A Tradição
Una, a qual a fase é atribuída, encontra-se em direção Leste até o mar,
beirando sempre a fronteira meridional onde habitavam os horticultores
aldeões da Tradição Aratu/Sapucaí. Apresentam-se como cultivadores de
numerosas plantas, dentre elas o milho. Aparentemente atingiram até à
colonização européia, mas sem ligação genética ou cultural com os horti-
cultores que construíram suas aldeias a céu aberto, em áreas de relevo mais
suave, ocupando essas áreas, onde predominava o Cerrado. A fase Palma,
no Nordeste do estado de Goiás e Sudeste do Tocantins demonstra, em
alguns aspectos, semelhança com a fase Jataí, inclusive na cronologia.

Os horticultores, que construíram grandes aldetas a céu aberto,


junto às Matas de Galeria ou contínua, foram divididos em três tradições
tecnológicas e provavelmente culturais. A Tradição Aratu/Sapucaí, com
característica mais oriental, teve sítios no Centro-Leste do estado de Gotas
28 Altair Sales Barbosa & Pedro Ignacio Schmiz

e Centro-Oeste de Minas Gerais. Apesar de as datas só recuarem até o


século IX, sua primeira ocupação deve remontar aos primeiros séculos de
nossa era; seu lugar de origem também ainda é desconhecido; todos os
indicadores conduzem a uma economia com inexistência de mandioca
amarga, mas baseada em tubérculos ou talvez em milho. São desconheci-
dos Os restos de vegetais cultivados e das nativas encontradas. Foram po-
pulações numerosas e certamente originaram-se em grupos coloniais.

A Tradição Uru, com dispersão mais ocidental, apresentou


marcados aspectos tecnológicos amazônicos e parece ter chegado ao Pla-
nalto Central um pouco mais recentemente que os horticultores de Aratu /
Sapucaí, cuja origem também é desconhecida e todos os indicadores evi-
denciam uma economia baseada no cultivo da mandioca amarga e na pes-
ca. Entretanto, são desconhecidos os seus restos alimentares, que só pode-
rtam ser estudados em abrigos. Foram populações numerosas e certamente
se desenvolveram em grupos coloniais.
Finalmente, a Tradição Tupi-Guarani, além de certo número de
sítios na bacia do Paranaíba, tem apenas ocupações esparsas na bacia do
Araguaia muito rarefeitas no resto do estado de Gotás. Supõe-se que tives-
sem enfrentado dificuldades na ocupação do espaço, onde os outros dois
grupos de horticultores aldeões já estavam fortemente enraizados. Perten-
ce ao ramo do Sudeste, que os arqueólogos denominam “sub-tradição Pin-
tada” ou como alguns denominam, Tupi, em oposição à denominação dada
a do Sul, como “sub-tradição Corrugada” (ou ainda, Guarani). Também
parecem ter construído sua economia com a utilização de mandioca amar-
ga, dado a ser comprovado de modo concreto observando-se os restos
alimentares ainda desconhecidos. Sua expansão, excetuando talvez a bacia
do Paranaíba, se afigura recente, quando relacionada às duas tradições de
aldeões anteriores.

Em resumo, existiam grupos aparentemente pouco numerosos, em


áreas acidentadas, com predomínio do Cerrado, cujas habitações foram
Ocupação indígena do Cerrado: esboço de uma história 29

compostas por abrigos, e haviam grupos muito numerosos, em áreas aber-


tas, com Mata ou Mata de Galeria, com aldetas construídas nas colinas ou
na beira dos rios e lagos. Se entre os dois grandes grupos os contatos pare-
ciam mínimos, o mesmo não acontecia entre as Tradições dos três conjun-
tos de aldeões, que eram marcados por fronteiras definidas, indicando a
existência de domínio entre territórios exclusivos.

Sobre a maneira como os diversos grupos exploraram o ambiente,


dominaram o território e deslocaram suas aldeias, há boa amostra para
uma das áreas mais densamente povoadas da Tradição Aratu, o Mato Grosso
de Goiás. Em relação à produção simbólica, graças à preservação nas gra-
vuras feitas em lajedos e nas paredes dos abrigos, que por enquanto exis-
tem, demonstrada em alguns trabalhos descritivos, visam principalmente à
documentação dos fenômenos existentes naquele período, e não propria-
mente a sua compreensão.
Uma das deficiências mais sérias é o desconhecimento da biologia
das populações, em parte, porque não foram encontrados os restos que a
elas correspondiam, e em parte, porque os raros esqueletos existentes não
foram, aínda, convententemente estudados.

Ligação de fases arqueológicas com as tribos coloniais

Apesar de as penetrações dos bandeirantes, em busca de escravos,


ouro e pedras preciosas, terem causado imensos prejuízos à população e às
culturas indígenas, a fixação do povoamento branco no sistema do Cerra-
do foi relativamente recente, dando aos grupos autóctones um espaço que
permitiu sobreviverem por mais tempo, em alguns casos, elementos que se
conservam até os dias atuais.

O que representam essas populações indígenas coloniais em rela-


ção às fases e tradições arqueológicas? Ou, em outras palavras, será possí-
vel unificar a história feita pelos arqueólogos com a dos etnógrafos?
30 Altair Sales Barbosa & Pedro Ignacio Schmiz

As conexões aqui propostas são altamente conjecturais e de com-


provação difícil. Além disso, para algumas tribos apenas apresentam-se
sugestões ou especulações que podem transformar em hipóteses ainda
testáveis, compondo uma lacuna das mais sérias, sobre os estudos das po-
pulações indígenas.

O território atribuído aos Kayapós do Sul, dos gruposJê do Norte


(Nimuendaju, 1942), coincide, até nos seus detalhes, com a ocorrência de
sítios da fase Mossâmedes, da Tradição Aratu; isto tanto de forma positiva,
na medida em que dentro do território se repetem os sítios Mossâmedes;
como negativa, de maneira que os mesmos não aparecem fora do território
mencionado. Há também coincidência no material, na forma da aldeia e
nos tipos de cultivos, idênticos aos dos Kayapós do Sul, que são batata
doce, inhame e milho. A ausência da mandioca amarga é também uma
inferência registrada a partir da observação das formas da cerâmica da fase
Mossâmedes, cujo modelo, testado por Brochado (1977) demonstra ser
esta planta um elemento fundamental para os horticultores aldeões vizi-
nhos, representados nas Tradições Uru e Tupi-Guarani.

Os Kayapós do Sul foram registrados pelos bandeirantes como


habitantes da área desde de 1726, mas provavelmente já teriam sido
contactados desde o fim do século anterior. Devido à resistência que o
forte contingente de seus homens opôs à colonização branca, foram
violentamente combatidos desde 1739. Pacificados em 1781, os habitantes
de suas quatro aldetas foram reunidos no aldeamento de Maria I. Nesse
momento já parecem altamente dizimados, restando apenas 687 indivíduos
de uma população estimada em 3000 índios. Em 1813, os 129 sobreviven-
tes foram transferidos para São José de Mossâmedes. Em 1910 registrou-se
a sobrevivência de 30 a 40 indivíduos abaixo do Salto Vermelho do Rio
Grande (Araguaia), desaparecidos posteriormente.
Ocupação indígena do Cerrado: esboço de uma história 31

O território da”Tradição Uru era ocupado no período colonial em


sua matorta por índios Jê Centrais (Nimuendaju, 1942), lingúisticamente
diferenciados dos Kayapós do Sul, conservando a denominação Jê. Os
grupos mais conhecidos eram os Goyá, os Akwên-Xavante e os Akroá.
Arqueologicamente não se pode captar a diferença linguística existente,
mas verifica-se o fenômeno na fronteira da língua, na cerâmica e em outros
elementos, especialmente no cultivo e utilização da mandioca amarga que
nesses grupos é elemento básico, sendo desconhecida entre os Kayapós do
Sul.

Entre esses grupos, os Goyá, estabelecidos nas nascentes do Rio


Vermelho, foram contactados já em 1647. Apesar de numerosos, supõe-se
terem sido pacíficos em seus contatos com as primeiras entradas do bran-
co, facilitando a exploração das riquezas e, ao mesmo tempo, iniciando o
seu próprio cativeiro. Finalmente, no começo do século XVIII, na conflu-
ência do Rio dos Bugres com o Vermelho, opuseram resistência à explora-
ção, mas com pouco êxito, sendo rapidamente exterminados. Exatamente
ali estavam os sítios da fase Itapirapuã (Tradição Uru) que era exclusiva-
mente deles.
Mais para o Norte, foram assinalados, em tempos coloniais, os
Akwên-Xavante, que teriam ameaçado seguidamente o arraial de Pilar. Em
1788 teriam sido aldeados 3500 indivíduos no Carretão, próximo a Crixás,
estado de Goiás. Segundo alguns informantes o aldeamento poderia ter
chegado a contar 5000 índios, mostrando que o grupo, embora numeroso,
não resistiu, deslocando-se dali, a parcela mais avessa aos brancos, primei-
ro, para a margem esquerda do Tocantins (1824), depois, para o Araguaia
(1859), acabando por se estabelecer nos campos do Rio das Mortes, onde é
conhecido como Xavante. Na região de sua principal atuação são conheci-
dos sítios exclustvamente da Fase Uruaçu (Tradição Uru).

Outra fase da Tradição Uru, localizada no baixo Rio Vermelho e


sobre o Araguaia, encontra-se um território antigo dos Karajás, em local
32 Altair Sales Barbosa & Pedro Ignacio Schmiz

onde ainda hoje há alguns sobreviventes. Material encontrado em uma tapera


Karajá de 50 anos atrás, estudada neste local por Wuúst (1975), apresenta
diferenças mínimas em relação ao restante da Fase, encaixando-se perfeita-
mente numa sequência de sítios da fase Aruanã.
Os Karajás pertencem ao tronco Macro-Jê, mas constituem uma
família linguística ainda não classificada (Melatti, 1970). Têm seu habitat ao
longo da margem direita do Rio Araguaia, estando seu limite meridional na
proximidade de Aruanã, GO, junto à desembocadura do Rio Vermelho,
exatamente no local onde foi encontrado o material que possibilitou a cria-
ção da fase Aruanã (Tradição Uru).

Os sítios Tupis-Guaranis dispersos na bacia do Tocantins (fase São


Domingos) e talvez os da margem do Rio Claro (fase Iporá) resultam de
antigos acampamentos Tupis, conhecidos como Canoeiros, hoje Avá-
Canoeiro, cuja presença é registrada a partir de 1780. Alguns indivíduos
sobrevivem errantes na bacia do Tocantins.

Geralmente, afirma-se que os Canoeiros teriam chegado à região


no período colonial, sendo descendentes dos Tupi da costa, foragidos de
bandeiras e posteriormente miscigenados com negros quilombolas. A ex-
trema escassez de sítios dispersos em grandes extensões poderia ser indica-
dor de ocupação recente. Teriam vivido principalmente nas matas próxi-
mas do Rio Maranhão, do Paranã, do Manoel Alves e da barra do Palma,
onde estariam suas aldeias. A principal delas, entretanto, ficaria entre as
montanhas além do Duro, onde os povoadores lusos dificilmente poderi-
am penetrar. Para além do Maranhão, a Oeste, possuiriam ainda os des-
campados até Amaro Leite (hoje Mara Rosa). Teriam destruído os arraiais
de Tesouras (da freguesia de S. Félix), Cocal, Água Quente e Amaro Leite
e dizimado a população de Crixás e da Vila do Pilar. Devido aos seus assal-
tos teriam sido logo atacados não só ao longo do rio Maranhão e do rio das
Almas, formadores do Tocantins, mas também no rio Claro do Araguaia.
Ocupação indígena do Cerrado: esboço de uma história 33

Em 1824 permanecertam localizados na margem direita do Araguaia, ao


Sul do rio Crixás e na margem esquerda do rio Tocantins, entre este e o rio
Santa Tereza.

Embora os dados empíricos que ligam esses fenômenos pré-colo-


niais com os coloniais ainda sejam muito escassos, há um fato que é de
grande importância: a dificuldade para explicar que a população horticultora,
firmemente estabelecida no local, encontrada pelos primeiros bandeiran-
tes, não fosse a que ali se desenvolveu nos séculos anteriores. Em favor de
sua estabilidade encontram-se numerosas taperas provando que aldeias
sucessivas de idêntica cultura e tecnologia, que em quase todas as fases
arqueológicas, justapuseram-se durante muitos séculos no mesmo local. O
fato de os sítios existentes no local apresentar matizes culturais diferentes
em relação aos de outro relativamente próximo, leva os arqueólogos a dar
nomes diferentes às séries de sítios que daí resultam. Não se negam com
isso, os deslocamentos de fronteiras que são bem claros ao longo do rio
Uru/Almas na parte antiga do povoamento horticultor, nem tentativas de
entradas de outros grupos, sem o poder de erradicar os habitantes já esta-
belecidos, como os Tupis-Guaranis, ao longo do rio Claro. Em regra geral,
esses fenômenos estão bem compreendidos e levam à conclusão de que os
primeiros habitantes encontrados pelos brancos nos diversos locais foram
os que aí se desenvolveram.
Também não se pode aceitar como argumento que a colonização
do litoral pelos portugueses já tivesse afetado os grupos na sua estrutura
demográfica e cultural, ou os tenha tornado instáveis antes do branco os
alcançar diretamente. O comportamento pacífico dos Goyá, um dos pri-
meiros grupos atingidos pelas bandeiras paulistas, poderia ser indício de
que a instabilidade, e com isso o conflito, ainda não tivessem instalado,
como consequência da insegurança, provocada posteriormente pelo bran-
co. As bandeiras chegaram à região com o propósito de conseguir mão-
de-obra, ouro e pedras preciosas, não dando tempo a outra onda de
desestruturação atingir o local antes deles.
34 Altair Sales Barbosa & Pedro Ignacio Schmiz

Esses contatos diretos dos bandeirantes, que ainda encontraram as


tribos plenamente instaladas, com suas aldetas, seus roçados, seus campos
de caça e coleta, como havia sido em épocas anteriores, provocaram não só
uma desagregação social, com a diminuição das tribos por escravização,
guerras e doenças, mas também uma deterioração econômica, provocada
pela posse de espaços vitais atingindo os cultivos, com a pilhagem das
roças, a desorganização dos espaços de cada aldeia, levando os grupos à
guerra, primeiro contra os arraiais brancos, mas logo, também, entre st.

Se fosse possível obter uma etnografta das populações no momen-


to inicial do contato realizado pelos bandeirantes paulistas, certamente ter-
se-ta uma visão mais completa da vida pré-colonial. A imagem que os via-
jantes e etnógrafos do século XIX ofereceram em relação às populações
então sobreviventes, não correspondeu à realidade. Isto porque o impacto
violento da colonização, primeiro desestruturando e depois reestruturando
a sociedade, a economia e talvez partes consideráveis da cultura, já havia
sido absorvido.

Os seus descendentes, hoje sobreviventes, levando uma vida tribal,


devem ter reorganizado a sua sociedade e a sua cultura com os restos que
sobraram do impacto colonial, readaptando-os dentro das novas condi-
ções e necessidades. Por isso, mais que uma verdadeira continuidade cultu-
ral, deve-se imaginar sua continuidade populacional, que sempre enfren-
tou sérios desafios e foram obrigados à expressiva criatividade, nos três
séculos de. expansão colonial.

Grupos indígenas sobreviventes

Atualmente, os povos indígenas, cujas populações sobrevivem na


região do Cerrado podem ser reunidos nos seguintes grupos:

Guajajára — de língua Tenetehara, família Tupi-Guarani, tronco


Tupi. Habita o Centro-Sul do Maranhão em áreas dos municípios
Ocupação indígena do Cerrado: esboço de uma história 35

de Bom Jardim, Grajaú e Barra do Corda. Estima-se uma população


de 6776 indivíduos (dados de 1982/1983).

Urubu-Kaapor — de língua Urubu, pertencente à família Tupi-


Guarani, do tronco Tupi. Habita o Noroeste do estado do
Maranhão, em áreas de transição entre o Domínio do Cerrado e o
Domínio Equatorial Amazônico, em áreas dos municípios de
Carutapera, Cândido Mendes, Turiaçu e Monção. Possut uma
população estimada em 494 indivíduos (dados de 1982).
Guajá — ainda não existe informação precisa sobre a língua falada
por este grupo. Habita o Centro-Sul do Maranhão até o Norte do
estado do Tocantins. Situa-se nos municípios de Bom Jardim, Santa
Luzia e Imperatriz, MA e Goiatins, TO. Possui uma população
estimada em 240 indivíduos, dos quais 150 estão sem contato com
a civilização (dados de 1982).
Tembé — como os Guajajáras, também falam língua Tenetehara.
Habita áreas no Noroeste do Maranhão, na localidade indígena de
Turiaçú, na transição para o Domínio Equatorial Amazônico. Sua
população é estimada em 130 indivíduos.
Gavião (Pukobié) — fala língua Timbira, pertencente à família Jê,
do tronco Macro-Jê. Habita as proximidades do município de
Amarante, MA, com população estimada em 306 indivíduos, (dados
de 1983).
Krikati — de língua Timbira, habita o município de Montes Altos,
MA, com população estimada em 325 indivíduos (dados de 1983).
Krikati/Gavião — de língua Timbira, habita áreas do município
de Barra do Corda, MA. Não se conhecem dados de demografia.

Timbira (Pukobié) — língua Timbira, habita o município de Grajaú,


MA, com população estimada em 21 indivíduos (dados de 1983).
36 Altair Sales Barbosa & Pedro Ignacio Schmiz

Canela Apaniekra — de língua Timbira, habitante em terras do


município de Barra do Corda, MA. Possui uma população estimada
em 274 índios (dados de 1983).
Canela Ramkokamekra — fala língua Timbira. Suas aldeias estão
situadas no município de Barra do Corda, MA. Possui uma
população de 7718 índios (dados de 1983).
Bakairi — fala língua dos Bakarri, da família Karib, que ainda não
está devidamente classificada em tronco. Habita os municípios de
Chapada dos Guimarães e Nobres, Leste de Mato Grosso, com
população estimada em 448 índios (dados de 1983).
Bororo — língua dos Bororo, da família Bororo, pertencente ao
tronco Macro-Jê. Suas aldeias estão distribuídas nos municípios de
Rondonópolis, General Carneiro, Poxoréu, Santo Antônio do
Leverger e Barão de Melgaço, MT. Possutuma população estimada
em 752 índios, (dados de 1980/1983).
Xavante — fala língua dos Akuen, da família Jê, do tronco Macro-
Jê. Suas aldeias se estendem pelos municípios de Barra do Garças,
Chapada dos Guimarães, General Carneiro e Poxoréu, MT. Possui
uma população estimada em 4413 índios, (dados de 1983).
Javaé/Karajá — fala língua dos Karajás, que ainda não tem
classificação em família, tronco Macro-Jê. As principais aldeias se
localizam nos municípios de Formoso do Araguaia e Cristalândia
(Ilha do Bananal), TO. Possut uma população estimada em 388
índios (dados de 1980/1983).
Karajá — língua dos Karajás, com uma aldeia situada em Aruanã,
Gotás e as demais se distribuem pelos municípios de São Miguel
do Araguaia, Luciara, Conceição do Araguaia, Pium, Dueré,
Cristalândia e Santa Terezinha, TO. Há também o registro de um
pequeno grupo em São Félix, MT. Possui uma população estimada
em 1194 índios (dados de 1976/1982).
Ocupação indígena do Cerrado: esboço de uma história 37

Karajá do Norte (Xambioá) — língua dos Karajás, com aldeia


situada no município de Araguaína, TO, e população estimada em
102 indivíduos, de acordo com dados de 1982.

Tapirapé — fala língua dos Tapirapés, família Tupi-Guarani do


tronco Tupi. Habita os municípios de São Félix, MT, e Santa
Terezinha, TO. Possui uma população estimada em 180 índios,
segundo dados de 1981.
Avá-Canoeiro — fala língua ainda não precisamente definida, que
pertence à família Tupi-Guarani, do tronco Tupi. Habita os
municípios de Formoso do Araguaia, Cristalândia, Cavalcante e
Minaçu. Possui uma população estimada em 101 índios, de acordo
com dados de 1981/1983.

Xerente — língua dos Akuens, da família


Jê, tronco Macro-Jê. Habita
o município de Tocantínia, estado do Tocantins, com população
estimada em 850 índios (dados de 1984).
Krahó — fala língua dos Timbiras, família Jê, tronco Macro-Jê.
Habita os municípios de Gotatins e Itacajá, TO e possut uma
população estimada em 894 índios (dados de 1983).
Apinayê — fala língua dos Timbiras, da família Jê, tronco Macro-
Jê. Habita o município de Tocantinópolis, TO e possuir uma
população estimada de 508 índios (dados de 1983).
Guarani — fala língua dos Guaranis, família Tupi-Guarani, do tronco
Tupí. Habita em sua grande maioria, os municípios de Amambaí,
Sete Quedas, Eldorado, Douradinha, Dourados, Caarapó, Bela
Vista, Antônio João, Ponta Porã, Tacuru, Aral Moreira e Novo
Mundo, MS. Um pequeno grupo de 15 pessoas habita o município
de Araguaina, TO. Possui uma população estimada em 12 445 índios
(dados de 1981/1983).
38 Altair Sales Barbosa & Pedro Ignacio Schmiz

Kadiwéu — grupo indígena que fala língua dos Kadiwéu, da família


Guaikuru, ainda não classificada em tronco. Habita áreas do
município de Porto Murtinho, MS e possuí uma população
aproximada de 850 índios (dados de 1983).
Terena — língua dos Terena, da família Aruak, tronco Aruak. Habita
áreas dos municípios de Miranda, Aquidauana, Anastácio,
Dourados, Sidrolândia e Nioaque, MS. Possui uma população
aproximada de 9711 índios (dados de 1983).
Camba — grupo sobre o qual não se tem maiores informações
linguísticas, habita áreas do município de Corumbá, MS, com
população aproximada de 2000 indivíduos (dados de 1979).

Idéias para uma história

A região do Cerrado é um ponto de encontro entre a Amazônia, o


Nordeste e o Sul. O planalto, revestido de cerrado, é recortado pelos rios
das três grandes bacias brasileiras (Amazonas, Paraná e São Francisco),
acompanhadas de Matas de Galerta. No encontro dos rios das três bacias
formou-se uma extensão maior de floresta, conhecida como Mato Grosso
de Goiás. As áreas de matas oferecem solos para cultivo, implementado no
começo das chuvas de verão. O Cerrado é muito rico em caça e oferece
variadas espécies de frutos que podem complementar a alimentação no
começo das chuvas. Além disso, os rios proporcionam abundante varieda-
de de peixes.

Muito antes dos horticultores ceramistas, os caçadores /coletores


pré-cerâmicos espalharam-se pelo território, utilizando os recursos de acordo
com suas necessidades e em conformidade com sua tecnologia. Não se
tem ainda nenhuma idéia de quando e como foram iniciadas as culturas.
Aparentemente, não surgiram nessa área, porque as diversas tradições
tecnológicas até agora estudadas pertencem a horizontes mais amplos. Por
Ocupação indígena do Cerrado: esboço de uma história 39

outro lado, as datas mais antigas de horticultores já instalados encontram-


se fora da região, fazendo-se exceção à Tradição Uru, que até agora só é
conhecida no Oeste de Goiás. Certamente estes limites deverão ser ultra-
passados em direção a Mato Grosso, regtão ainda não pesquisada. Os agri-
cultores poderiam ter chegado através de migrações de grupos horticultores,
ou pela aculturação dos caçadores /coletores anteriormente aí localizados,
que poderiam tê-los recebido como vizinhos. É possível que tais fenôme-
nos tenham ocorrido concomitantemente. Entretanto, não se pode resu-
mir todo o processo de povoamento em deslocamentos de grupos, porque
caberia a pergunta: onde estes grupos se formaram? Como em outras áreas
do mundo, certamente os sistemas agrícolas desenvolvidos por populações
indígenas, como as de Goiás, são o resultado de um longo processo de
experimentação, de coleta, cultivo e domesticação, desenvolvimento e uso
de técnicas combinadas com o ajustamento da sociedade. Talvez a transi-
ção do período úmido e quente do altitermal para um período mais seco e
ameno tivesse sido a unidade de povoamento. O fato é que no interior do
Brasil ainda se desconhece por completo todo o processo. Possivelmente,
depois dos caçadores e coletores, os horticultores ceramistas já se encon-
travam formados, no ambiente que supomos supor ser o atual. O mais
antigo, até agora detectado, é o da fase Pindorama, apresentando o
horticultor, que já usava cerâmica há 500 a.C. Depois surgem as Tradições
Aratu/Sapucaí, Una, Uru e Tupi-Guarani, diferentes Tradições (cerâmi-
cas) de horticultores que exploram ambientes e cultivos diversos. A Tradr-
ção Una coloniza vales enfurnados, geralmente pouco férteis, com predo-
minância de Cerrados, usando como habitação os abrigos e grutas naturais
e como economia uma forte associação de culturas, onde predominaram o
milho, altado à caça e à coleta. Imagina-se que a população se distribuía em
pequenas sociedades, aptas para explorar os recursos diversificados que
poderiam alcançar do seu ponto de instalação: o rio próximo, a pequena
Mata de Galeria, o Cerrado e muitas vezes o Campo no alto do chapadão.
Tal ambiente não era disputado pelos grupos que construtam suas aldetas
em áreas abertas.
40 Altair Sales Barbosa & Pedro Ignacio Schmiz

Os primeiros aldeões conhecidos foram os da Tradição Aratu/


Sapucaí. Seus domínios eram os contrafortes baixos das serras do Centro-
Sul e Leste de Goiás, especialmente as áreas férteis e mais florestais do
mato grosso goiano, onde puderam instalar uma economia que dependia
fortemente de cultivos, mas provavelmente sem dispensar a exploração
dos frutos do Cerrado, a caça e a pesca. Sua população era numerosa e
nenhum outro grupo conseguiu infiltrar-se no seu território, que, por seus
recursos deveria ser muito ambicionado. Suas aldeias populosas poderiam
permanecer indefinidamente no mesmo lugar e poderia, quando necessá-
rio, deslocá-las para um espaço próximo porque todo o território era fértil
e estava sob seu domínio. O sistema de cultivo, também baseado em tubér-
culos e provavelmente no milho, poderia resistir aos avanços dos grupos
mandioqueiros da Tradição Uru e Tupi-Guarani.

A Tradição Uru aparece mais tarde e domina o Centro-Oeste do


estado. Avançando ao longo dos rios, ocupa terrenos mais baixos, prova-
velmente de pouca utilidade para os aldeões que já haviam se instalado
antes, mais importante para eles, atendendo a locomoção e a renda obtida
com a pesca. Desta forma, criou-se entre os dois grupos uma fronteira
bastante estável, entretanto nem sempre pacífica, onde aparentemente a
Tradição Aratu era mais receptiva em aceitar elementos tecnológicos sele-
cionados, entre os quais não estava incluída a mandioca e seu processo de
transformação, que era aceita apenas em locais restritos.

Tudo indica ser mais recente, a Tradição Tupi-Guarani, que


estende-se sobre o vale do Paranaíba. A partir daí, acompanha seus
afluentes, indo alcançar os abrigos anteriormente habitados pela Tradição
Uru. Também existem aldetas dispersas na bacia do Alto Araguaia, aparen-
temente sem muita autonomia, ficando agregadas, em caráter provisório
em aldetas onde habitam grupos horticultores de outras Tradições. Os Tupis-
Ocupação indígena do Cerrado: esboço de uma história 41

Guaranis da bacia dó Tocantins conservam recentemente as aldeias ainda


mais dispersas como se realmente fossem populações existentes no perío-
do colonial. Por essa razão, podendo enfrentar não somente os demais
índios aldeões já instalados, mas também os colonizadores branco que os
teriam trazido.

As Tradições mandioqueiras, Uru e Tupi-Guarani, parecem mais


próximas das culturas amazônicas, embora não se saiba a sua procedência
imediata e a Tradição Aratu/Sapucaí faz parte de uma tradição provavel-
mente originária do Centro-Nordeste. A Tradição Una, com menos domí-
nio sobre as áreas abertas, disputadas pelos aldeões da tradição
anterior, comprime-se numa faixa entre estes e as populações coletoras-
cultivadoras do planalto meridional, tradicionalmente conhecidas por suas
aldetas de casas subterrâneas. Não obstante essa sua posição marginal, fora
da Amazônia, local em que se encontram as cerâmicas mais antigas sendo
talvez uma forma de cultura anterior ao desenvolvimento dos aldeões e
onde possivelmente esteja sua origem.

Os representantes das outras tradições, excetuando-se os Tupis-


Guaranis, viveram no território durante séculos sem muita movimentação,
como numa terra que lhes pertencia entre 70 e 100 gerações de horticultores
sem maiores mudanças, a não ser as normais adaptações de fronteiras. Até
o dia em que homens diferentes irromperam na área, em grandes destaca-
mentos armados, desinteressados em plantar, coletar ou caçar, tampouco
construir aldeias entre o Cerrado e a Mata, ou à beira da lagoa ou rio.
Queriam levar pessoas, pedras, brilhantes e ouro para muito longe. Foi o
caos. As roças foram pilhadas, as aldetas demolidas, as mulheres violenta-
das, as terras de cultivo invadidas e as pessoas morrendo de doenças desco-
nhecidas. A guerra foi a solução ditada pelo desespero. A derrota, o
aldeamento, a desmoralização, a extinção ou a fuga, foram as consequências.
42 Altair Sales Barbosa & Pedro Ignacio Schmiz

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Capítulo II

Solos do bioma Cerrado:


aspectos pedológicos
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SOLOS DO BIOMA CERRADO:
aspectos pedológicos!

Adriana Reatto?
João Roberto Correia?
Silvio Tulio Spera?

O solo é resultante de cinco variáveis interdependentes, denomi-


nadas fatores de formação do solo, que são: clima, organismos, material de
origem, relevo e tempo. Assim, para compreendermos o comportamento
e a distribuição dos solos na paisagem devemos conhecer o ambiente que o
cerca. Existem correlações entre solo e vegetação e a compreensão desta é
fundamental para o estudo do comportamento de ambos no meio ambien-
te. É importante considerar, ainda, como o homem interage com esses
componentes da natureza, uma vez que, ele faz parte dela.

As degradações decorrentes das modificações ambientais induzidas


pelo homem no processo de utilização dos recursos naturais são inúmeras.
Às principais são: desmatamento, uso do fogo, substituição da flora e da
fauna por pecuária e lavouras, introdução de maquinários, insumos,
pesticidas, exploração da água, construção de barragens e estradas, dentre
outras. Às principais consequências são: extração de espécies da flora e
fauna terrestre nativa, erosão e compactação do solo, perda de nutrientes e
água, poluição do solo, água e ar, assoreamento e turbamento de rios, des-
truição da flora e fauna aquática, etc. No caso do solo, os efeitos da degra-
dação serão ampliados se esse recurso não for utilizado de acordo com sua
aptidão agrícola.
Este capítulo tem por objetivo apresentar as principais característi-
cas dos solos do bioma Cerrado contribuindo, dessa forma, para a solução
de um dos grandes desafios do homem, que é estabelecer a harmonia entre
a produção de alimentos e fibras e a manutenção da biodiversidade, haja
vista, a grande pressão para expansão da agropecuária nessa região.
! Revisores técnicos: César da Silva Chagas — Embrapa Solos; Maria Leonor Lopes Assad — UnB.
? Embrapa Cerrados, cx. postal 08223, CEP 73301-970, Planaltina-DF
48 Adriana Reatto; João Roberto Correia; Silvio Tulio Spera

Características empregadas para distinção de classes de solos

O solo, a exemplo da vegetação, também apresenta grande diversi-


dade, expressa por diferenças em suas propriedades e características, que
decorrem do ambiente em que foram formados. Vários aspectos (necessi-
dade de estratificação de paisagens para fins de uso, padronização de ter-
minologias e facilidade de comunicação) levaram à organização de siste-
mas de classificação de solos, que têm por objetivo agrupar solos seme-
lhantes em uma mesma classe.

A determinação da classe de um solo é baseada, principalmente,


no estudo de suas características morfológicas e físicas (cor, textura e es-
trutura), químicas (fertilidade, acidez e matéria orgânica) e mineralógicas,
além de outras de igual importância como mudança abrupta de textura,
teor de matéria orgânica, porosidade e profundidade do solo.

À natureza do material de origem também é característica utilizada


no Sistema Brasileiro de Classificação do Solo, como importante fator na
definição de algumas classes de solo, pois está relacionada à composição
textural, mineralógica e química, influenciando as características apresen-
tadas pelos solos.

Nas áreas de Cerrado, encontramos diversos tipos de rochas, den-


tre elas as ricas em minerais ferromagnesianos (ferro e magnésio) como
basalto, diabásio, gabro e granulitos ortoderivados, com vegetação predo-
minante de Mata Seca e Cerradão.

Nas posições mais acidentadas da paisagem, em relevos ondulados


a forte-ondulados, esses materiais rochosos são facilmente intemperizáveis
e estão associados a solos jovens de fertilidade elevada.

Solos derivados de rochas básicas em relevos planos a suave-ondu-


lados são muito intemperizados e apresentam fertilidade natural baixa,
porém com riqueza considerável em micronutrientes.
Solos do bioma Cerrado: aspectos pedológicos 49

No bioma Cerrado, são encontradas ainda rochas pobres em mi-


nerais ferromagnesianos, tais como: granitos, gnaisses, quartzitos, xistos,
ardósias, arenitos, onde se desenvolvem solos de baixa fertilidade.
Solos originados de rochas areníticas e quartzíticas são geralmente
muito pobres em macro e micronutrientes e em matéria orgânica. São muito
porosos e de estrutura solta, características que lhes conferem suscetibilidade
à erosão hídrica e eólica, especialmente quando destituídos de vegetação.
Outro tipo importante de material de origem de solos, são as cros-
tas ferruginosas, lateríticas, que em mistura com material quartzítico, for-
mam solos areno-argilosos, também muito pobres em nutrientes, porém,
com altos teores de óxidos de ferro. Estes materiais de origem recobrem
importante parte do Cerrado.
Em alguns ambientes, pode ocorrer mistura de rochas ricas e po-
bres, encontrando-se, dessa forma, solos ricos e pobres em nutrientes. As-
sim, diversas fitofisionomias podem ser observadas em solos provenientes
desses materiais, englobando desde vegetação de Campo até Mata Seca.
Outro tipo de rocha comum no Cerrado são os calcários. Normal-
mente são rochas pouco resistentes ao intemperismo, permitindo, entre-
tanto, que elementos trocáveis (como cálcio e magnésio) ainda estejam
presentes no solo. À vegetação predominante é a Mata Seca Decídua.
A simples presença de calcário não significa que todos os solos que
o contenha são férteis. Os mais jovens, encontrados em relevos mais aci-
dentados, normalmente são muito ricos em bases (cálcio e magnésio). Os
solos mais antigos, que ocupam posições mais aplainadas da paisagem,
normalmente são de fertilidade baixa, pois são solos muito intemperizados,
profundos, e dessa forma o cálcio e o magnésio já saíram do sistema. Neste
último caso a vegetação encontrada geralmente é de Cerrado.

Características morfológicas e físicas

A cor é a característica mais facilmente visualizada no solo, sendo


importante na identificação e delimitação de horizontes de um perfil. Para
Adriana Reatto; João Roberto Correia; Silvio Tulio Spera

identificá-la, utiliza-se a caderneta de cores de Munsellº (Munsellº..., 1975).


Na Tabela 1, nota-se que a cor do solo está relacionada com a drenagem,
conteúdo de matéria orgânica, forma e conteúdo de óxidos de ferro e fer-
tilidade em geral.
TABELA 1. Atributos de cor com respectiva interpretação pedológica e sua
relação com o meio ambiente.
Cor Interpretação pedológica Relação com o meio ambiente
Avermelhada Presença de hematita (ot-Fe,O) Horizonte sem impedimento de drenagem.
Atividade baixa de organismos. Diferen-
tes tipos fitofisionômicos de ambientes
mais secos podem aparecer.
Mosqueado Mosqueado é uma feição que caracte- Aeração deficiente devido à elevação sa-
abundante riza a mancha da massa do solo de outras zonal do lençol freático. Em condições
cores. O ferro se encontra na forma anaeróbicas (má drenagem), predominam
reduzida em condições ana-eróbicas. espécies tolerantes a elevados teores de Fe
Ocorrem em função da oscilação do e/ou Mn nos solos ricos nesses elemen-
nível do lençol freático. tos.
Vermelho Goethita (a-FeOOH) é o óxido de ferro Horizonte sem impedimentos de drena-
amarelada predominante. Hematita presente em gem. Maior retenção de água que os solos
pequenas quantidades. avermelhados de mesma textura. Ocorrem
diferentes tipos fitofisionômicos.
Preta Presença de matéria orgânica resultante Solos ricos em nutrientes e matéria orgá-
da atividade microbiológica, rica em nica, bem ou mal drenados. Presença de
bases trocáveis. Vegetação de Mata.
Acúmulo de matéria orgânica não Solos pobres em nutrientes, bem ou mal
decomposta, devido às condições ana- drenados. Geralmente alto teor de matéria
eróbicas e em áreas de altitude elevada orgânica, mas baixa disponibilidade de nu-
e baixa temperatura. trientes. Relação C/N alta. Horizonte com
ou sem impedimento de drenagem. Vege-
tação de Mata.
Cinza Horizonte glei, caracterizado pela Aeração deficiente devido à elevação do
intensa redução do ferro, devido à água lençol freático. Ocorrência de vegetação de
estagnada. Campo Limpo Úmido, Campo Sujo Úmi-
do, Vereda e Parque Cerrado, apresentan-
do espécies tolerantes ao encharcamento e
a elevados teores de Ferro e Manganês.
Fonte: Prado (1991), (1995 a), (1995b); Resende ez aí. (1995).
Solos do bioma Cerrado: aspectos pedológicos 51

A textura refere-se à proporção relativa das frações areia, silte e


argila, apresentando os seguintes diâmetros: areias (2,0 mm a 0,05 mm);
silte (0,05 mm a 0,002 mm); argila (< 0,002 mm). A Tabela 2 relaciona as
diferentes classes texturais com sua interpretação pedológica.
TABELA 2. Atributos de textura com respectiva interpretação pedológica e sua
relação com o meio ambiente.

Classe textural Interpretação pedológica Relação com o meio ambiente


Arenosa (areia Fração sólida mineral Elevada suscetibilidade à erosão. Retenção
e areia franca) normalmente constituída de água reduzida devido aos baixos teores
de quartzo. Teor de argi- de argila. Predomínio de espécies muito re-
la + silte < 15%. sistentes ao deficit hídrico, com sistema
radicular muito profundo. Normalmente
ocorrem espécies pouco exigentes em nu-
trientes e água. Os tipos fisionômicos po-
dem variar de Campo Limpo a Cerradão,
dependendo da fertilidade do solo.
Média Teor de argila + silte Moderada suscetibilidade à erosão. Médios
(franco arenosa 2 15% e < 35%. a baixos valores de retenção de água em ten-
e franco argilo sões altas e baixas. Comportamento inter-
arenosa) mediário entre solos arenosos e argilosos.
Vegetação normalmente variando de Cerra-
do a Cerradão, dependendo da fertilidade
do solo.

Arpilosa Teor de argila varia de Solos menos suscetíveis à erosão em área


35% a 60%. No caso de não muito declivosa. Drenagem boa ou acen-
latossolos são elevados tuada. Altos valores de retenção de água.
os valores de porosidade Vegetação normalmente variando de Cerra-
total e microporosidade. do a Mata, dependendo da fertilidade e pro-
fundidade do solo.

Muito argilosa Teor de argila > 60%. Idem textura argilosa. Porém com solos mais
pegajosos.

Fonte: Prado (1991), (19954), (1995b).


52 Adriana Reatto; João Roberto Correia; Silvio Tulio Spera

À estrutura é o agrupamento de partículas primárias (argila, silte e


areia) formando agregados, separados uns dos outros por linhas de fraque-
za. À classificação da estrutura baseia-se em: tipo (colunar, prismática, blo-
cos, granular); tamanho (pequeno, médio e grande) e grau (fraco, modera-
do e forte).

Características químicas

A fertilidade é inferida principalmente da saturação por bases


(VYo)?, da capacidade total de troca de cátions (Tº ou CTC), saturação por
alumínio (m%)* e do grau de acidez (pH). À saturação por bases constitui
a riqueza do solo em bases trocáveis, principalmente Ca?*, Mg?* e K*; ca-
pacidade de troca de cátions representa a capacidade da superfície das par-
tículas do solo em trocar bases com a solução do solo. Em função destes
valores, têm-se: solos eutróficos, solos distróficos, solos álicos e solos ácricos.
Os solos eutróficos diferenciam-se dos distróficos por apresentar satura-
ção por bases superior a 50%, sendo um referencial técnico para separar
solos de alta e baixa fertilidade. Em ambos, o alumínio é nulo ou reduzido.
Nos solos álicos, a saturação por alumínio é superior a 50%, sendo solos de
baixa fertilidade e alto teor de alumínio. Nos solos ácricos há predominân-
cia de cargas elétricas positivas (A pHº* nulo ou positivo), normalmente
apresentando fixação de ânions (fosfatos, nitratos, sulfatos e cloretos) e de
fertilidade baixa, com teores reduzidos de alumínio.
De maneira geral, os solos das diferentes fitofisionomias do Cerra-
do são álicos. Os teores de Al tendem a crescer do Cerradão ao Campo
Limpo nas áreas em que a deficiência hídrica não é muito pronunciada

?V = saturação de bases, V = S/T x 100 onde: S = soma de vases, S = Ca*? + Mg*? + K* + Na


*T = Capacidade de Troca Catiônica, T=S + H* + AIº
*mY% = Alt/ Tx 100
* ApH = pH em KCl - pH em água
Solos do bioma Cerrado: aspectos pedológicos 53

(Triângulo Mineiro, região de Brasília, por exemplo). Já ao Norte de Minas


Gerais e Sudoeste da Bahia, essas diferenças podem desaparecer (Resende
et al., 1988). Seguem-se alguns valores médios de saturação de alumínio
para cada fitofistonomia: Campo Limpo (m= 66%); Campo Cerrado
(m=58%); Cerrado (m=54%); Cerradão (m= 44%) e Mata (m= 40%)
(Lopes, 1984).

Características auxiliares

Outros atributos diagnósticos auxiliares na distinção de classes de


solos estão relacionados a seguir.
A mudança abrupta de textura diz respeito a um aumento de
argila a pequena distância (< 7,5 cm de profundidade), sendo que seu teor
pelo menos dobra entre os horizontes À ou E e B na referida distância
(Santos et a/., 1996). Este atributo pode contribuir com a suscetibilidade à
erosão, favorecendo à formação de voçorocas, devido à rápida
permeabilidade da água no horizonte À e lenta no B.
À matéria orgânica é atributo importante como fonte de nutrien-
tes e no aumento da capacidade de reter e trocar cátions (que serão eventu-
almente colocados à disposição para as plantas). Seu poder de
tamponamento permite manter em equilíbrio as cargas do solo.
A porosidade é o volume do solo ocupado pela água e pelo ar.
Solos porosos são mais permeáveis e permitem trocas gasosas, condição
ideal para o desenvolvimento radicular. Baixa porosidade restringe o de-
senvolvimento radicular favorecendo à ocorrência de espécies com siste-
ma radicular mais agressivo ou superficial.
Em solos com profundidade efetiva reduzida (horizonte À + B <
50 cm) há predominância de vegetação com espécies de sistema radicular
superficial, tais como, Cerrado Ralo e Cerrado Rupestre.

Os principais horizontes diagnósticos para determinação da classe


de um solo podem ser visualizados na Tabela 3.
Adriana Reatto; João Roberto Correia; Silvio Tulio Spera

TABELA 3. Algumas características dos principais horizontes de superfície e


subsuperfície do solo.
Características
Superficial Subsuperficial
Horizonte À B (6
Conceito Horizonte mineral, com Aparece logo abaixo do Aparece normalmente
matéria orgânica possuindo honzonte À abaixo do honzonte B
geralmente menos de 50 cm
de espessura
Diferenciação Normalmente mais escuro Espessura vanável, mas Honzonte mineral de
que os subjacentes, expressão normalmente mais pro- matenal ainda com
da maior atividade biológica fundo que o horizonte su- características da rocha-
perficial mãe

Tipos mais comuns A moderado: pouco espesso B latossólico (Bw): hon- Sem tipificação
e com pouco carbono zonte profundo, bastante
orgânico intemperizado, diagnóstico
dos latossolos

A proeminente: espesso, B textural (Bt): apresenta


com maiores teores de diferença marcante de
carbono orgânico textura entre os horizontes
A e Be/ou presença de
cerosidade*, diagnóstico
dos podzólicos

B incipiente (Bi):
característico de solos
pouco desenvolvidos, com
eleva-do teor de silte e
pequena profundidade,
diagnóstico dos
cambissolos
* Película coloidal que recobre as unidades estruturais do solo, de aspecto brilhante. Esta sugere
diferença de permeabilidade, que diminui do horizonte À para o B.
Fonte: Embrapa (1988).

Principais classes de solos do bioma Cerrado

À ordenação dos solos em classes foi realizada com o intuito de


organizar os conhecimentos existentes a fim de salientar e entender a rela-
ção entre os “indivíduos” e entre as diferentes classes. Cada classe de solo
representa uma síntese dos conhecimentos disponíveis para os solos que a
compõe.
Solos do bioma Cerrado: aspectos pedológicos 55

Existem diversos sistemas de classificações de solo, sendo que a


mais difundida é a da FÃO. Entretanto, cada país tende a criar uma classi-
ficação própria, que atenda às suas especificidades. No Brasil, utiliza-se a
Classificação Brasileira de Solos, cuja correspondência com as classifica-
ções da FÃO e do Sistema de Classificação Americano (Soil Taxonomy),
que representa a base do Sistema de Classificação Brasileiro, está descrita
na Tabela 4.

TABELA 4. Correlação tentativa dos Sistemas de Classificação de solos.


Sistema da FAO Sistema americano
Sistema brasileiro (FAO/UNESCO, 1974) (Soil Survey Staff, 1975)
Latossolo Ferralsols pp, poucos Cambisols Oxisols pp, poucos Inceptisols pp
Rel
Podzólico Acrisols pp, Luvisols pp, Nitosols Ultisols pp, Asfisols pp, poucos
Pp, poucos Phaeosems pp e poucos Mollisols pp
Planosols pp
Terra Roxa Estruturada Nitosols pp, poucos Phaeozems pp Aifisols pp, Ultisols pp, poucos
Molisols pp
Brunizém Phaeozems pp, Chernozems Molliso!s pp

Cambissolo Cambisols pp, poucos Gleysols pp e Inceptisols pp, poucos Mollisols pp e


poucos Ferraso!s pp poucos Oxzso!s pp
Plintossolo Acrisols pp, Arenosols pp, Ferrasols Ulkisols pp, Oxzsols pp, Inceptsols
pp, G/eyso!s pp, Planosols pp, pp, Entiso!s pp, poucos 4/fso!s pp
poucos Luvisols pp em regime aquico

Gleissolo Gleysols pp, poucos Fluvisols pp Inceptisols pp, Ultisols pp, poucos
Alfisols pp e poucos Entisols pp
em regime aquico
Litólico Luthosols, Rankers, Cambisols pp, Entisols pp, Inceptisols pp, poucos
Regoso!s pp, Phacozems pp, poucos Mollisols pp e poucos Histosols pp
Histosols pp
Areia Quartzosa “Arenosols pp, poucos Gleysols pp Entisols pp, Inceptisols pp
Solo Aluvial Fluvisols pp Entisols pp
Solo Orgânico Histosols pp Histosols pp, Entisols pp
* pp = pro parte
Fonte: Camargo et aí. (1987)
56 Adriana Reatto; João Roberto Correia; Silvio Tulio Spera

A Tabela 5 relaciona as principais classes de solos do bioma Cerra-


do com sua respectiva ocorrência em ordem decrescente, e a vegetação
nativa predominante.

TABELA 5. Principais classes de solos de ocorrência no bioma Cerrado.

Ocorrência Vegetação natural predominante


Classes de solos estimada (Yo) (aproximação)
Latossolo Vermelho-Amarelo (LV) 21,6 Cerradão/Cerrado Denso/Cerrado Sentido
Restrito
Latossolo Vermelho-Escuro (LE) 18,6 Cerradão/Cerrado Denso/Cerrado Sentido
Restrito
Areia Quartzosa (AQ) 11552 Cerrado Ralo/Cerrado Sentido Restrito/
Cerradão
Podzólico Vermelho-Amarelo (PV) 8,2 Cerrado Sentido Restrito
Litólico (R) Ro Campo Rupestre /Cerrado Rupestre
Podzólico Vermelho-Escuro (PE) 6,9 Mata Seca Semidecídua/Cerradão
Plintossolo (PT) 6,0 Campo Sujo Umido/Parque de Cerrado/
Mata de Galeria
Latossolo Roxo (LR) Sho Mata Seca Semidecídua/Cerradão
Cambissolo (C) 3 Cerrado Típico/Cerrado Ralo
Plintossolo Pétrico (PP) 3,0 Parque Cerrado
Glei Pouco Húmico (HGP) 1,8 Vereda/Bunitizal
Terra Roxa Estruturada (TR) 57 Mata Seca Semidecídua
Latossolo Amarelo (LA) 1,5 Cerradão/Cerrado Denso/Cerrado Sentido
Restrito
Latossolo Variação Una (LU) 0,5 Cerradão/Cerrado Denso/Cerrado Sentido
Restnito
Hidromórfico Cinzento (HC) 0,3 Vereda/Bunitizal
Glei Húmico (HGH) 0,2 Vereda/Bunitizal/Cerrado Ralo/Mata de
Galeria
Brunizém (B) menos de 0,1 Mata Seca Decídua
Brunizém Avermelhado (BV) menos de 0,1 Mata Seca Decídua/ Mata Seca Semidecídua
Planossolo (PL) menos de 0,1 Campo Sujo Úmido/Campo Limpo Umido
Solo Aluvial (A) menos de 0,1 Mata de Galeria Inundável/Mata de Galeria
não Inundável
Solo Orgânico (O) menos de 0,1 Campo Limpo Úmido
Outros menos de 0,1 Diversas
Total = 100
Fonte: Ribeiro et a/. (1983); Lopes (1984); Adámoli et aí. (1985); Camargo et a!. (1987); Macêdo
(1996).
Solos do bioma Cerrado: aspectos pedológicos 57

Latossolos

São solos altamente intemperizados, resultantes da remoção de sílica


e de bases trocáveis do perfil (Buol e/ aí, 1981; Resende et a/., 1995).

Grande parte dos minerais existentes nestes solos são os secundá-


rios, constituintes da fração argila. Ocorrem no solo por síntese de produ-
tos resultantes do intemperismo de minerais primários, herdados direta-
mente da rocha-mãe (Costa, 1979). Esses minerais secundários podem ser
encontrados na forma silicatos como a caulinita ou sob a forma de óxidos,
hidróxidos e oxihidróxidos de Fe e Al como hematita, goethita, gibbsita e
outros.

Com base no mapa de solos do Brasil na escala 1:5.000.000


(Embrapa-SNLCS, 1981), os latossolos representam aproximadamente 46%
do bioma Cerrado (Tabela 5).

Às formas de relevo predominantes nos latossolos do bioma Cer-


rado são residuais de superfícies de aplainamento, conhecidas regionalmente
como chapadas, que apresentam topografia plana a suave-ondulada (Figu-
ra 1). Nas posições de topo até o terço médio das encostas suave-ondula-
das, podem ocorrer latossolos em áreas de derrames basálticos e de influ-
ência dos arenitos.

Morfologicamente são solos minerais, não hidromórficos, pro-


fundos (normalmente superiores a 2 m) apresentando horizonte B muito
espesso (> 50 em) (Figura 2). Possuem seguência de horizontes À, Be C
pouco diferenciados com as cores variando de vermelhas muito escuras às
amareladas (geralmente escuras no À, vivas no B e mais claras no C) (Tabe-
la 6). As estruturas predominantes são maciças ou em blocos subangulares
(pouco desenvolvidos) ou em forma muito pequena granular (Resende e/
al., 1988; Oliveira et aí, 1992).
58 Adriana Reatto; João Roberto Correia; Silvio Tulio Spera

FIG. 1. Área de ocorrência de latossolos em relevo plano.

TABELA 6. Algumas características morfológicas e físicas diferenciais dos


latossolos do bioma Cerrado.

Caracte- Latossolo Latossolo Latossolo Latossolo


rísticas Latossolo Roxo Vermelho-Escuro Vermelho- Amarelo Amarelo Vanação Una
vermelho-escuro- vermelho-escuro vermelho-amarelado bruno ou bruno- bruno-escuro a
o acinzentado a a bruno-averme- a bruno-forte escuro, ou bruno- bruno-
Cor (úmida)
bruno-averme- lhado-escuro amarelado a avermelhado
lhado-escuro bruno-oliváceo
Textura argilosa e muito média, argilosa e média, argilosa e média, argilosa e argilosa e muito
argilosa muito argilosa muito argilosa muito argilosa argilosa
acentuadamente forte a bem a bem drenado bem a
Drenagem drenado acentuadamente acentuadamente imperfeitamente
drenado drenado, podendo drenado
ocorrer drenagem
moderada e até
imperfeita
Fonte: Oliveira et aí. (1992); Chagas (1994); Prado (1995a); Prado (1995b); Palmieri ez aí. (1996).
Solos do bioma Cerrado: aspectos pedológicos 59

FIG. 2. Perfil representativo de um Latossolo Vermelho-Amarelo.


60 Adriana Reatto; João Roberto Correia; Silvio Tulio Spera

Fisicamente possuem baixo teor de silte, (entre 10 e 20%) e argila,


variando entre 15 e 80%. Apresentam as seguintes classes de drenagem:
excessivamente drenado (latossolos gibbsíticos)”; fortemente drenados
(latossolos de textura média) e acentuadamente drenados (latossolos de
textura média e argilosa). São solos com alta permeabilidade de água. À
capacidade de água disponível” até 2 m de profundidade varia, em média,
de 500 a 760 mm para os solos de textura muito argilosa, de 300 a 500 mm
para os de textura argilosa e de 260 a 330 mm para os de textura média.
Um latossolo argiloso geralmente apresenta uma capacidade de água
disponível maior quando comparado ao de textura média, demonstrando a
importância da textura nessa característica dos solos. Em termos de
permeabilidade de água, um latossolo argiloso quando comparado a
outros solos de mesma textura, como a terra roxa estruturada, pode ser até
mais permeável que essa classe de solo. À diferença reside na forte
microestrutura dos latossolos que faz com que ele tenha comportamento
semelhante ao de solos arenosos. Este é um dos fatores importantes na
distribuição das espécies nativas no Cerrado. À canela-de-ema (Vellozia sp),
por exemplo, espécie característica de áreas de altitude acima de 900 m,
ocorre, preferencialmente, em áreas excessivamente drenadas, pois não
suporta o encharcamento. Ocorre, por isso, com frequência em solos de
textura média ou até mesmo arenosos.

Quimicamente mais de 95% dos latossolos no Cerrado são


distróficos e ácidos, com baixa a média capacidade de troca catiônica e
níveis de pH em torno de 4,0 e 5,5 (Lopes, 1984; Adámoli et aí, 1987)
(Tabela '7).
$ Latossolos gibbsíticos são solos com altos teores de gibbsita (-ANOH)), morfologicamente
apresentam estrutura granular com aspecto de esponja (terra poeirenta ou pó de café).
! Capacidade de água disponível (CAD) é a quantidade de água contida pelo solo utilizável pela
plantas para atender às suas necessidades hídricas, representando a diferença entre a água mantida
pela capacidade de campo e a remanescente, por ocasião do ponto de murchamento (Búchele e
Silva, 1992). CAD = Ucc - Up /10 x Ds x h; onde: Ucc = umidade (%) contida na capacidade
de campo; Ur = umidade no ponto de murcha permanente; Da = densidade aparente do
solo (g . cm?) e h = profundidade do solo (cm).
Solos do bioma Cerrado: aspectos pedológicos 61

TABELA 7. Algumas características mineralógicas e químicas diferenciais dos


latossolos do bioma Cerrado.
Classes
c aracteristicas
AE LR LE HEY LA LU

Material de rochas rochas pelíti- rochas sedimentos granulonitos,


origem básicas e | cas, psamíticas gnáissico- areno-argilo- chamoquitos e
tufitos com cimento | graníticos, sos ou argilo migmatitos
ferruginoso, sedimentos do arenosos do diabásio e
calcário Terciário Grupo biotita-dionto,
Barreiras rochas pelíticas
Honzonte
A B A B A B A B A B
pH (água) text. argilosa 5,3 ol 5) Sil 4,7 5:93 4,0 4,6 4,2 5,0
textura média - - 5,0 5,0 4,9 Sl 44 47
C (Yo) text. argilosa 29080 4 A, 0,6 1,8 0,4 05 027 42 40)
textura média — - - 0,9 0,2 0,8 0,2 0,8 0,3
Ca*? e Mg*? text. argilosa 5,7 1,8 3,4 0,6 0,7 0,5 0,2 0,1 0,5 0,5
(meg/100g) textura média - - 1,8 0,3 0,5 0,3 0:4 00802
K+ text. argilosa 0,4 04 03 0,2 0,1 0,02 0,02 0,02 0,5 0,5
(meg/100g) textura média - - 0,1 0,04 0,1 0,04 0,04 0,03
saturação por text.argilosa 16,4 45,7 20,8 500) 4670 2553 85,9 86,5 30 225
Alt? textura média - 26,9 66,7 60,1 55,6 70,5 80,6
Zn, Cu, Mo, — text. argilosa forte moderado moderado fraco moderado
Mn textura média - moderado moderado fraco moderado
Saturação por eutrófico, distrófico, álico distrófico, álico distrófico e distrófico, álico
bases distrófico e ácrico e ácrico álico e ácrico
LR = Latossolo Roxo; LE = Latossolo Vermelho-Escuro; LV = Latossolo Vermelho-Amarelo;
LA = Latossolo Amarelo; LU = Latossolo Variação Una.
Fonte: Adámoli et aí. (1987); Chagas (1994); Prado (1995a); Prado (1995b); Macedo (1996).

O manejo inadequado dos latossolos pode causar graves danos ao


meio ambiente. O desmatamento indiscriminado pode levar à formação
de sulcos e voçorocas, especialmente nos latossolos de textura média, pois
estes apresentam elevada percolação de água ao longo do perfil.
Nos latossolos argilosos, os cuidados com a erosão devem ser in-
tensificados, pois estes apresentam estrutura granular cujo comportamen-
to hídrico é semelhante à areia. Dessa forma, a chuva encontrando o solo
desprotegido, arrasta grande quantidade de partículas para pontos mais
62 Adriana Reatto; João Roberto Correia; Silvio Tulio Spera

baixos da paisagem, acarretando o assoreamento dos cursos d'água. À


monocultura é outro fator de desequilíbrios no ambiente.
Por ser a classe de solo mais expressiva e de maior variabilidade no
Cerrado, apresenta consequentemente uma diversidade em plantas e
microorganismos. Isto justifica a manutenção de áreas de reserva de vege-
tação nativa nesses solos, sob risco de desaparecem espécies de animais
como ema (Rhea americana), seriema (Cariama cristata), lobo-guará (Chrysocyon
brachyurus), veado-campeiro (Ogotecerus begoarticus), tamanduá-bandeira
(Myrmecophaga tridactyla), tatu-galinha (Dasypus novemcinctus). A flora do Cer-
rado também deve ser preservada pois é muito rica em espécies úteis ao
homem e aos animais silvestres. Essas espécies podem apresentar potencial
alimentício, medicinal, ornamental, forrageiro e madeireiro.

Os latossolos abrigam ainda uma fauna (cupins, coleópteros, etc.)


que, na vegetação nativa, contribui para a ciclagem de nutrientes no solo e
servem de alimento para várias espécies de animais (Resende ez a/., 1996).
O uso sustentável dos latossolos (e isso inclui a existência de áreas de reserva)
é a premissa básica para prolongar cada vez mais sua vida biológica.

Areias Quartzosas

Geralmente são solos profundos (pelo menos dois metros) apre-


sentando textura arenosa ou franco-arenosa, constituídos essencialmente
de quartzo, com máximo de 15% de argila e sequência de horizontes do
tipo A-C (Figura 3). À vegetação natural predominante é a de Cerrado e/
ou Campo Cerrado.

No Cerrado, as Areias Quartzosas estão relacionadas a sedimentos


arenosos de cobertura e a alterações de rochas quartzíticas e areníticas,
normalmente em relevo plano ou suave ondulado (Figura 4) e ocupam em
torno de 15% do bioma Cerrado. Em relevo mais movimentado esses so-
los não permanecem estáveis. Extensas áreas ocorrem em Mato Grosso do
Sul, Mato Grosso, Oeste da Bahia, Sul do Pará, Maranhão e Piauí.
Solos do bioma Cerrado: aspectos pedológicos 63

FIG. 3. Perfil representativo de Areia Quartzosa.


64 Adriana Reatto; João Roberto Correia; Silvio Tulio Spera

FIG. 4. Ambiente de ocorrência de Areia Quartzosa.

Morfologicamente são camadas de areia inconsolidadas, cuja es-


trutura é fraca, pouco coerente e constitui basicamente grãos simples.

Fisicamente são muito porosos, excessivamente drenados e com


uma capacidade de água disponível até 2 m de profundidade variando em
média de 70 a 200 mm.

Quimicamente apresentam baixa disponibilidade em nutrientes


pata as plantas, além de não disporem de reservas nutricionais que possam
ser liberadas de forma gradual, sendo normalmente álicas ou distróficas,
com baixa capacidade de retenção de cátions.
Solos do bioma Cerrado: aspectos pedológicos 65

Esses solos estão condicionados aos baixos teores de argila e de


matéria orgânica, consequentemente baixa capacidade de agregação de
partículas, sendo muito suscetíveis à erosão.

Quando ocorrem nas cabeceiras de drenagem e adjacentes a ma-


nanciais, devem ser obrigatoriamente isoladas e destinadas à preservação.

Podzólicos

Formam uma classe de solos bastante heterogênea, que tem em


comum aumento substancial no teor de argila com profundidade e/ou evi-
dências de movimentação de argila do horizonte À para o horizonte B,
expressas na forma de cerosidade” (Resende ez aí, 1988). Compreende
solos minerais, não hidromórficos, com horizonte B textural de cores
avermelhadas, com tendência a tonalidade escura e teores de óxidos de
ferro inferiores a 15% (Oliveira et aí., 1992) (Figura 5).

Nas áreas do Cerrado, os solos podzólicos mais comuns são:


Podzólico Vermelho-Amarelo (PV) e Podzólico Vermelho-Escuro (PE),
sendo que a distinção entre eles está na coloração avermelhada mais escura
e teor de óxidos de ferro mais elevado no PE.

Ocupam, na paisagem, a porção inferior das encostas (Figura 6),


em geral nas encostas côncavas, onde o relevo apresenta-se ondulado (8%
a 20% de declive) ou forte-ondulado (20% a 45% de declive).

* Cerosidade do solo é um filme de argila ou película iluvial que reveste unidades estruturais do
solo. Caracteriza-se por um revestimento de argilas cristalinas alumino-silicatadas, orientadas ou
não, revestindo agregados e/ou poros. É resultado da movimentação ou migração de argila no
perfil do solo. Confere às superfícies que reveste um aspecto lustroso, quando bem desenvolvida,
tornando-se facilmente perceptível (Fontes & Fontes, 1992).
66 Adriana Reatto; João Roberto Correia; Silvio Tulio Spera

FIG. 5. Perfil representativo de um Podzólico.


Solos do bioma Cerrado: aspectos pedológicos 67

FIG. 6. Ambiente de ocorrência de Podzólico.

Morfologicamente o horizonte B é mais argiloso e estruturado


do que o horizonte À. O gradiente de textura implica permeabilidade dife-
renciada dentro do perfil, podendo levar à formação de erosões em sulcos
no horizonte A. É comum encontrar podzólicos com horizonte À decapi-
tado.

Fisicamente apresentam profundidade e textura variáveis. Em


relação à capacidade de água disponível, até 1,5 m de profundidade, os
podzólicos com textura média no horizonte À e argilosa no horizonte B
(ou argilosos em todo o perfil) estão na faixa de 320 a 500 mm, sendo de
drenagem boa. Os podzólicos de textura arenosa no horizonte À e média
no horizonte B (ou média em todo o perfil) estão na faixa de 170 a 360 mm,
sendo de acentuada a fortemente drenados.
68 Adriana Reatto; João Roberto Correia; Silvio Tulio Spera

Quimicamente podem ser eutróficos (em geral os mais verme-


lhos), distróficos ou álicos. Apresentam argila de baixa e alta atividade (Tb
e Ta) e poucos ou muitos minerais primários facilmente intemperizáveis.

De maneira geral, esses solos apresentam variabilidade quanto à


fertilidade natural e ambiente de ocorrência, onde diversas fitofisionomias
são encontradas tais como: Matas de Galeria, Mata Mesofítica, Cerradão,
Cerrado Denso e Cerrado estando estas frequentemente correlacionadas
com o carater edáfico.

Problemas sérios de erosão são observados em podzólicos despro-


vidos de cobertura vegetal e em relevo ondulado e forte-ondulado, devido
à sua característica intrínseca de gradiente textural, ou seja, horizonte À
com menos argila que o horizonte B. Esses problemas são ainda mais gra-
ves quando existe mudança abrupta de textura.

Terra Roxa Estruturada

Classe de solos derivados de rochas básicas e ultrabásicas, ricas em


minerais ferromagnesianos (Figura 7). No bioma Cerrado estima-se uma
ocorrência de aproximadamente de 1,7% da superfície total da região (Ta-
bela 5).

Ocupam as porções média e inferior de encostas onduladas até


forte-onduladas (Figura 8).

Morfologicamente apresentam semelhança com os podzólicos,


porém com gradiente textural menos expressivo. Sua cor vermelha-escura
tende à arroxeada. Possui estrutura normalmente bem desenvolvida no
horizonte Bt, conferida por ser prismática ou em blocos subangulares. A
cerosidade em geral é expressiva.
Solos do bioma Cerrado: aspectos pedológicos 69

FIG. 7. Perfil representativo de uma Terra Roxa Estruturada.


70 Adriana Reatto; João Roberto Correia; Silvio Tulio Spera

FIG. 8. Ambiente de ocorrência de uma Terra Roxa Estruturada.

Fisicamente a textura é argilosa ou muito argilosa ao longo do


perfil, com reduzido gradiente textural entre o horizonte À e B. São bem
porosos, em geral 50% da porosidade total.
Esses solos apresentam boa drenagem e capacidade de água dispo-
nível até 1,5 m de profundidade variando, em média, de 320 a 600 mm.
Quimicamente na sua maioria são eutróficos ou distróficos, rara-
mente álicos.
São solos muito procurados para uso intensivo com agricultura e
pecuária. Além disso, ocupam normalmente relevos ondulados e forte-
ondulados, sendo portanto solos frequentemente desprovidos de sua ve-
getação original e expostos à erosão. À vegetação original, quando rema-
nescente, normalmente é Mata Seca Semidecídua.
Solos do bioma Cerrado: aspectos pedológicos Fal

Cambissolos

São solos que apresentam um horizonte subsuperficial submetido


a pouca alteração física e química, porém suficiente para desenvolvimento
de cor e estrutura. Geralmente apresentam minerais primários facilmente
intemperizáveis, teores mais elevados de silte, indicando baixo grau de
intemperização. Seu horizonte subsuperficial é denominado B incipiente
(Figura 9).
Ocorrem em todo território nacional em áreas de pequena exten-
são. No Cerrado correspondem a aproximadamente 3,1% (Tabela 5). Ge-
ralmente estão associados a relevos mais movimentados (ondulados e for-
te-ondulados) (Figura 10).
Podem ser desde rasos a profundos, com profundidade atingindo
entre 0,2 a 1 metro. São identificados no campo pela presença de mica na
massa do solo e pela sensação de sedosidade na textura, devido ao silte.
Morfologicamente são solos de coloração bruna-amarelada no
horizonte superficial e vermelha-amarelada no subsuperficial. À estrutura
é bastante variável predominando blocos subangulares. Em alguns perfis,
observa-se a presença de cascalhos e materiais concrecionários.

Fisicamente são de textura variada, desde muito argilosa até fran-


co-arenosa, com cascalho ou sem cascalho. Possuem capacidade de água
disponível variando em média de 30 a 120 mm, conforme sua profundida-
de, sendo menor nos solos rasos.

Quimicamente podem ser eutróficos, distróficos ou álicos, em


função do material de origem.

Nas áreas próximas a afloramentos de calcário e de rochas básicas


e ultrabásicas, são eutróficos e associam-se com vegetação de Mata
Mesofítica e Mata Subcaducifólia, com a ocorrência de Myraciodrnon
urundenva (aroeira) e Amburana cearensis (cerejeira). Em áreas onde rochas
calcárias estão associadas a relevo de formas suave-ondulado até monta-
nhoso, predominam a Mata Seca Decídua com Chorisia speciosa (barriguda).
2 Adriana Reatto; João Roberto Correia; Silvio Tulio Spera

1)

FIG. 9. Perfil representativo de Cambissolo.


Solos do bioma Cerrado: aspectos pedológicos 73

FIG. 10. Ambiente de ocorrência de Cambissolo.

Os Cambissolos que se desenvolvem a partir de filitos, metassiltitos,


xistos, ardósias e quartzitos são distróficos com baixa fertilidade e ocorrem
associados a fitofisionomias de Cerrado e Cerrado Ralo Qualea parviflora
(pau-terra-da-folha-pequena) e Annona crassiflora (araticum).

Potencialmente, estes solos deveriam ser destinados à preservação


permanente, pois encontram-se em relevos mais íngremes ou são mais ra-
sos. O reflorestamento com espécies nativas deve ser incentivado, em áreas
que sofreram desmatamento, uma vez que possibilita a cobertura do solo.
74 Adriana Reatto; João Roberto Correia; Silvio Tulio Spera

Plintossolos

Esta classe corresponde à antiga Laterita Hidromórfica (Adámol


et al., 1985) e/ou Concrecionários Lateríticos (Resende et a/., 1988). São
solos minerais hidromórficos, com séria restrição à percolação de água,
encontrados em situações de alagamento temporário e, portanto, escoa-
mento lento (Figura 11).

No Cerrado, correspondem a 9% da área total, sendo típicos de


regiões quentes e úmidas com estação seca definida, oscilando de 5 a 6
meses. Ocorrem em relevo plano e suave-ondulado, em áreas deprimidas e
nos terços inferiores da encosta, onde há importante movimentação lateral
de água (Figura 12).

E comum a ocorrência de plintossolos no Sudoeste do estado de


Tocantins e Nordeste de Goiás (Vale do Paranã e bacia do Rio Araguaia).

Morfologicamente apresentam horizonte de subsuperfície com


manchas avermelhadas distribuídas no perfil, de aspecto variegado (resul-
tado da concentração de ferro do solo), chamadas de plintita. O horizonte
que as possui, denomina-se horizonte plíntico (Figura 11). Apresenta-se
geralmente compacto e é bem visível devido ao seu aspecto multicolorido,
de cores contrastantes, ficando realçadas as partes mais vermelhas forma-
das pela plintita.

Quando a plintita é submetida a ciclos de umidecimento e seca-


gem, torna-se endurecida de maneira irreversível transformando-se gradual-
mente em petroplintita. Plintossolos com essa característica são chamados
de Plintossolos Pétricos.
Solos do bioma Cerrado: aspectos pedológicos
Ko

FIG. 11. Perfil representativo de um Plintossolo.


76 Adriana Reatto; João Roberto Correia; Silvio Tulio Spera

FIG. 12. Ambiente de ocorrência de um Plintossolo.

Fisicamente estão relacionados com a profundidade do horizon-


te plíntico, pois quando a plintita ou a petroplintita são mais rasas, formam
uma camada contínua e espessa, havendo sérias limitações quanto à
permeabilidade e à restrição ao enraizamento das plantas. Apresentam dre-
nagem variável. Aqueles com drenagem imperfeita são pouco coesos permi-
tindo que a vegetação do tipo Campo Limpo Úmido, Campo Sujo Umido,
Cerrado Ralo possa desenvolver-se, especialmente pela maior umidade do
solo nesses ambientes. Nos Plintossolos Pétricos são encontradas
fitofisionomias de ambientes mais secos do que os Plintossolos como Cam-
po Limpo, Campo Sujo e Parque Cerrado. A drenagem desses solos para
uso agrícola não é recomendada, uma vez que o secamento pode provocar
o aparecimento de petroplintita.
Solos do bioma Cerrado: aspectos pedológicos VE

São solos que apresentam grande variabilidade em suas proprieda-


des químicas. Podem ser eutróficos, distróficos ou álicos na camada super-
ficial com alto ou baixo teor de carbono orgânico.

Solos Litólicos e Litossolos

São solos rasos, associados a muitos afloramentos de rocha. No


Cerrado correspondem a aproximadamente 7,3% (Tabela 5). São pouco
evoluídos, com horizonte À assentado diretamente sobre a rocha (R) ou
sobre o horizonte C pouco espesso (Figura 13). À diferenciação desses
solos está na sequência dos seus horizontes, sendo A-C-R para os Litólicos
e À-R para os Litossolos (Oliveira et a/., 1992). Normalmente ocorrem em
áreas bastante acidentadas, relevo ondulado até montanhoso (Figura 14).

Apresentam elevados teores de minerais primários pouco resisten-


tes ao intemperismo e algumas vezes blocos de rocha semi-intemperizada
de diversos tamanhos.

Fitofisionomias típicas de Litólicos e Litossolos são Campo Limpo


e Campo Rupestre, mas, se derivados de rochas básicas podem até conter
vegetação de Mata Seca Decídua.

Morfologicamente são bastante heterogêneos, sendo sua profun-


didade arbitrada por muitos pedólogos em menos de 50 cm.

Fisicamente a textura está muito interligada ao material de ori-


gem desses solos. Em geral, contém apreciável proporção de fragmentos
de rochas, parcialmente intemperizados, pedras ou cascalhos.

Possui uma capacidade de água disponível variando em média de


10 a 40 mm, conforme sua profundidade e sua drenagem varia de boa a
imperfeita.
78 Adriana Reatto ; João Roberto Correia Silvio Tulio Spera
,

FIG. 13. Perfil representativo de um Litólico.


Solos do bioma Cerrado: aspectos pedológicos 79

FIG. 14. Ambiente de ocorrência de um Litólico.

Quimicamente podem ser eutróficos, distróficos ou álicos e aptre-


sentar tanto argila de atividade baixa quanto alta, estando esta propriedade
relacionada diretamente com a natureza do material de origem.

Os Litossolos, por serem muito rasos (com horizonte À sobre a


rocha) apresentam séria limitação à penetração do sistema radicular das
plantas. Outro aspecto desses solos é que a água de percolação, ao atingir a
rocha, tem seu fluxo interrompido ou diminuído, expondo-os aos efeitos
da enxurrada. Em áreas acidentadas o risco de erosão é forte. Para os
Litólicos (um pouco mais espessos) apresentam condições menos limitantes
que a classe anterior.
8() Adriana Reatto; João Roberto Correia; Silvio Tulio Spera

As características desses solos tornam-nos inaptos para agricultu-


ta, principalmente com sistemas de produção mecanizados ou
semimecanizados. Plantas de porte arbóreo só se estabelecem em solos
Litólicos e Litossolos quando encontram aberturas ou fendas entre as rochas.

Hidromórfico Cinzento, Glei Pouco Húmico e Glei Húmico

São solos hidromórficos, que ocupam geralmente as depressões da


paisagem, sujeitas a inundações. Apresentam drenagem dos tipos: mal dre-
nado ou muito mal drenado, ocorrendo, com frequência, espessa camada
escura de matéria orgânica mal decomposta sobre uma camada acinzentada
(gleizada), resultante de ambiente de oxirredução (Figuras 15 e 16).

FIG. 15. Perfil representativo de um Glei Pouco Húmico.


Solos do bioma Cerrado: aspectos pedológicos 81

FIG. 16. Ambiente de ocorrência de Solos Hidromórficos

No Cerrado, a área estimada desses solos é de 2,3%, estando o


Glei Húmico em menor proporção (0,2%) (Tabela 5). À diferença entre
essas três classes está no horizonte A. No Glei Húmico, esse horizonte tem
20 cm ou mais de espessura, apresenta-se escuro, com grande quantidade
de matéria orgânica. No Glei Pouco Húmico o horizonte À é mais claro e
mais pobre em matéria orgânica. Já no Hidromórfico Cinzento, o horizon-
te À é de textura arenosa ou média e o subjacente podendo ser de textura
média ou argilosa.

As vegetações associadas a-solos hidromórficos são Campos Lim-


pos Úmidos (Campos de Várzea), Buritizais (Campo Higrófilo de Surgente)
e Matas de Galeria.
82 Adriana Reatto; João Roberto Correia; Silvio Tulio Spera

Estão localizados em áreas de várzeas normalmente com vegeta-


ção de Vereda, Campos Higrófilos ou Hidrófilos, em relevo plano que per-
mite o acúmulo de água durante todo o ano ou na maior parte dele. Podem
ocorrer em cabeceiras de rios ou córregos e também ao longo deles, estan-
do sujeitos a inundações.
Morfologicamente são solos pouco desenvolvidos. Formaram-se
a partir de sedimentos aluviais, com presença de lençol freático próximo à
superfície na maior parte do ano, caracterizando um ambiente de acúmulo
de matéria orgânica e de oxirredução. Os perfis são do tipo horizonte À
com predominância de cores pretas sobre C com tendência de cores cin-
zento-claras.
Fisicamente apresentam textura bastante variável ao longo do
perfil. Quando argilosos ou muito argilosos sua consistência é plástica e
pegajosa. Normalmente são solos bem estruturados.
Quimicamente podem ser ricos ou pobres em bases ou com teo-
res de alumínio elevados, por estarem posicionados em áreas sujeitas a con-
tribuições de materiais transportados das posições mais elevadas, uma vez
que, são formados em terrenos de recepção ou trânsito de produtos trans-
portados.

Por serem sistemas conservadores de água, próximos às nascentes


e cursos d'água é muito importante preservá-los, para não comprometer o
reservatório hídrico da região. Portanto, não se recomenda a drenagem
desses solos, pois tendem a encrostar e endurecer, perder matéria orgânica
e, se apresentarem caráter tiomórfico (presença de quantidades elevadas de
sulfetos e/ou sulfatos), tornam-se fortemente ácidos.

Considerações Finais

A maior parte do bioma Cerrado é dominada por latossolos, mas


um número significativo de outras classes de solos, faz com que, em
Solos do bioma Cerrado: aspectos pedológicos 83

associação com as condições de clima, se estabeleça grande diversidade de


espécies vegetais, seja do estrato graminoso, arbustivo ou arbóreo. A vege-
tação representa, então, a melhor expressão dessa grande diversidade de
ambientes.

À existência de áreas com a cobertura natural são fundamentais


para a manutenção dessa biodiversidade. Durante os últimos 25 anos, pelo
menos 40% de toda extensão do Cerrado tem sido usada na implantação
de pastagens e na exploração de agricultura intensiva, em particular cultu-
ras anuais como soja e milho (Ratter & Ribeiro, 1996). Assim, a taxa de
destruição é alarmante, sendo necessário concentrar esforços para preser-
var essa rica biodiversidade.

Para que não desapareçam a extensa diversidade florística e a


faunística desse bioma, torna-se imprescindível a seleção de áreas destina-
das à preservação ou reserva. Mas estas, não devem estar restritas às terras
sem aptidão para agricultura ou pecuária. Parte das áreas produtivas do
ponto de vista agrícola devem ser preservadas, sob o risco de se perder a
biodiversidade desses ambientes. Nas áreas agricultadas ou usadas como
pastagens, é fundamental a adoção de sistemas de manejo que mantenham
as qualidades do solo, da água e do ar. À vida com qualidade depende do
convívio harmônico do homem com a natureza que o cerca.

O solo, em particular, deve sempre ser lembrado não como um


recurso inerte, mas como um componente do ecossistema que abriga uma
infinidade de organismos necessários à sobrevivência do homem e de todo
o planeta.

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Capítulo HI

Fitofisionomias do bioma
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Os biomas do Brasil

No Brasil pode-se considerar a ocorrência de seis grandes biomas:


o Cerrado, os Campos e Florestas Meridionais, a Floresta Atlântica, a Caa-
tinga, a Floresta Amazônica e o Pantanal (Figura 1). À localização geográ-
fica destes biomas é condicionada predominantemente pelos fatores cli-
máticos, como a temperatura, a pluviosidade e a umidade relativa, e em
menor escala pelo tipo de substrato.

O Cerrado caracteriza-se pela presença de invernos secos e verões


chuvosos, um clima classificado como Aw de Kóppen (tropical chuvoso).
Possui média anual de precipitação da ordem de 1500 mm, variando de
750 a 2000 mm (Adámoli ez a/., 1987). As chuvas são praticamente concen-
tradas de outubro a março (estação chuvosa), e a temperatura média do
mês mais frio é superior a 18ºC. O contraste entre as superfícies mais bai-
xas (inferiores a 300m), as longas chapadas entre 900 e 1600 m e a extensa
distribuição em latitude, conferem ao Cerrado uma diversificação térmica
bastante grande. Por outro lado, o mecanismo atmosférico geral determina
uma matcha estacional de precipitação semelhante em toda a região, crian-
do assim uma tendência de uniformidade pluviométrica (Nimer 1989): há
uma estação seca e outra chuvosa bem definidas. Ao sul do bioma, em
áreas de clima mais ameno, pode ocorrer o clima Cwa (Eiten, 1994), que
também caracteriza os locais mais altos da região central, acima de 1200
metros de altitude. O Cerrado ocorre apenas onde não há geadas ou onde
estas não sejam frequentes (Eiten, 1994).
! Revisores técnicos: Ary Teixeira Oliveira Filho — UFLA; Ivan Schiavini — UFU; Manoel Cláudio da
Silva Júnior — UnB.
2 [Embrapa Cerrados, cx. postal 08223, Planaltina, DF, CEP 73301-970
email: felipe(Dcpac.embrapa.br
* Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Brasília, DF
email: bwalter (Dcenargen.embrapa.br
90 José Felipe Ribeiro; Bruno Machado Teles Walter

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FIG. 1. Distribuição geográfica dos principais biomas do Brasil, destacando a


área ocupada pelo Cerrado.

O clima característico dos Campos e Florestas Meridionais é tempera-


do, com algumas áreas de clima subtropical úmido. Na classificação de
Koppen é Cfa, com o clima Cfb ocorrendo nas áreas encontradas em alti-
tudes menores, especialmente nos Campos (Eiten, 1994). Por toda a região
Sul do país há uma desuniformidade com respeito aos valores e regimes
térmicos, embora a pluviosidade seja mais uniforme durante o ano. Ainda
assim, há o predomínio de clima mesotérmico do tipo temperado (Nimer,
1989).
Fitofisionomias do bioma Cerrado 91

A Floresta Atlântica ocorre praticamente de norte a sul do Brasil,


ocupando principalmente o sistema costeiro do país. Essa distribuição pro-
porciona variações climáticas intensas, sendo que na classificação de Kóppen
encontram-se desde climas Aw e Af até Cwa, Cwb, Cfa e Cfb. A pluviosidade
pode variar de 800 a 4500 mm (Eiten, 1994) e em alguns locais depende
exclusivamente da chuva orográfica.

A Caatinga é o bioma de clima mais seco do Brasil (BSh - tropical


semi-árido; e Aw), apresentando locais onde a média de precipitação anual
atinge valores inferiores a 300 mm, embora em outros possa atingir até
1000 mm (Andrade-Lima, 1981; Eiten, 1994). Na estação seca a média
mensal de temperatura é de 277ºC, sendo pouco inferior na estação chuvo-
sa, havendo intensa variação térmica entre dia e noite (Andrade-Lima, 1981).
Aspectos climáticos da regtão Nordeste dependem de sua enorme exten-
são territorial e das variações no relevo, associados com uma conjunção de
diferentes sistemas de circulação atmosférica. À complexidade de interações
principalmente entre relevo, latitude e longitude (continental e costeira),
com os sistemas zonais e regionais de circulação atmosférica, não se tradu-
zem em grandes diferenciações térmicas, mas sim em diferentes regimes
de pluviosidade (Nimer, 1989).

A Floresta Amazônica encontra-se em um clima tropical com


pluviosidade média em torno de 2500 mm (variação de 17700 a 3250 mm).
Compreende clima tipicamente quente, com temperaturas em torno de
26ºC, que é sempre úmido ao noroeste (clima Af), ou com pequena esta-
ção seca (clima Am) na maior parte do bioma (Eiten, 1994). Em determi-
nadas áreas ao norte, como em Roraima, encontram-se pluviosidades me-
nores que a média regional (1500 mm), onde o clima é classificado como
Aw. Esse bioma encontra-se em grande parte nas linhas de instabilidade
tropical que acarretam fortes chuvas. Tais chuvas geralmente acontecem
no final da tarde e início da noite, em função das correntes convectivas da
radiação telúrica, devido ao forte aquecimento diurno (Nimer, 1989).
92 José Felipe Ribeiro; Bruno Machado Teles Walter

O Pantanal apresenta pluviosidade média variando de 1000 a 1400


mm (Aw), com ocorrência eventual de geadas em julho e agosto (Allem &
Valls, 1987). Semelhante ao Cerrado, há duas estações bem definidas, re-
presentadas por invernos secos e verões chuvosos, sendo que 80% das
chuvas caem no período de novembro a março. À vegetação do Pantanal é
bastante dependente de um sistema hidrográfico variável, predominante
em paisagem de declividade praticamente nula em planícies deprimidas.

A Tabela 1 apresenta um resumo dos valores anuais médios de


pluviosidade e temperatura desses biomas brasileiros, destacando-se o cli-
ma predominante de acordo com a classificação climática de Kóppen.

TABELA 1. Tipos climáticos e média anual de pluviosidade e temperatura dos


principais biomas do Brasil.

Pluviosidade Temperatura Clima


Bioma Média (mm) Média (ºC) Kóppen Característica geral

Cerrado 1300 - 1600 20,1 Aw > tropical chuvoso; verão


(Cwa) quente, inverno seco.
Campos e Florestas 1900 - 2200 16,3 Cfa > temperado, verão
Meridionais (Cfb) chuvoso; úmido todo o
ano.
Floresta Atlântica 2000 - 2500 21,1 Af =) tropical chuvoso; verão
(Aw, Cw, Cf) quente.
Caatinga 500 - 700 21,4 BSh = tropical semi-árido; verão
(Aw) quente, seco.
Floresta Amazônica 2000 - 3000 26,0 Af -) tropical chuvoso; verão
(Am, Aw) quente.
Pantanal 1000 - 1400 24,8 Aw =) tropical chuvoso; verão
quente, inverno seco.

Esses biomas representam uma das muitas divisões fitogeográficas


propostas para o país, sendo uma adaptação de IBGE (1993) e Macedo
(1996). Há outras divisões ou mapas fitogeográficos (p.ex. Sampaio, 1935;
Aubréville, 1961; Cabrera & Willink, 1973; Rizzini, 1979; Fernandes &
Bezerra, 1990; Eiten, 1994), menos ou mais detalhados, variantes do que se
Fitofistonomias do bioma Cerrado 93

considera o primeiro mapa fitogeográfico do Brasil, organizado por Carl


Fredrich von Martius em 1824.

Em cada bioma há um tipo de vegetação ou fitofisionomia predo-


minante, que ocupa a maior parte da área, determinada primariamente pelo
clima. Outras fitofisionomias também são encontradas, e a sua ocorrência
está associada a eventos temporais e variações locais, como aspectos físi-
cos e químicos do solo, geomorfologia e topografia.

Neste capítulo são analisados os tipos fitofisionômicos que for-


mam o mosaico vegetacional do bioma Cerrado, com referência especial à
área contínua em destaque na Figura 1.

O bioma Cerrado

O Cerrado está localizado basicamente no Planalto Central do Brasil


e é o segundo maior bioma do país em área, apenas superado pela Floresta
Amazônica. Trata-se de um complexo vegetacional, que possui relações
ecológicas e fisionômicas com outras savanas da América tropical e de
continentes como África e Austrália (Deard; 19553; Cole, 1958; Eiten 1972,
1994; Allem & Valls, 1987). O Cerrado corresponde as “Oreades” no siste-
ma de Martius, e ocupa mais de 2 000 000 km”, o que representa cerca de
23% do território brasileiro. Ocorre em altitudes que variam de cerca de
300 m, a exemplo da Baixada Cutabana (M'T), a mais de 1600m, na Chapada
dos Veadeiros (GO). No Cerrado predominam os latossolos, tanto em áre-
as sedimentares quanto em terrenos cristalinos, ocorrendo ainda solos
concrecionários em grandes extensões (Ab"Saber, 1983; Lopes, 1984).

O Cerrado abrange como área contínua os estados de Goiás,


Tocantins e o Distrito Federal, parte dos estados da Bahia, Ceará, Maranhão,
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí, Rondônia e São
Paulo e também ocorre em áreas disjuntas ao norte nos estados do Amapá,
94 José Felipe Ribeiro; Bruno Machado Teles Walter

Amazonas, Pará e Roraima, e ao sul, em pequenas “ilhas” no Paraná. No


território brasileiro, portanto, as disjunções acontecem na Floresta Ama-
zônica, Floresta Atlântica, Caatinga (Eiten, 1994) e no Pantanal (Adámol,
1982; Allem & Valls, 1987). Fora do Brasil ocupa áreas na Bolívia e Paraguai,
enquanto paisagens semelhantes são encontradas na Colômbia, Guiana,
Suriname e Venezuela, recebendo outras denominações como Llanos, por
exemplo.

A vegetação do bioma Cerrado apresenta fistonomias que englo-


bam formações florestais, savânicas e campestres. Em sentido fisionômico,
floresta representa áreas com predominância de espécies arbóreas, onde há
formação de dossel, contínuo ou descontínuo. O termo savana! refere-se a
áreas com árvores e arbustos espalhados sobre um estrato graminoso, sem
a formação de dossel contínuo. Já o termo cazpo designa áreas com predo-
mínio de espécies herbáceas e algumas arbustivas, faltando árvores na pai-
sagem. E com tal sentido que esses termos e suas variantes são apresenta-
dos no texto.

À flora do Cerrado é característica e diferenciada dos biomas adja-


centes, embora muitas fisionomias compartilhem espécies com outros
biomas (Heringer et a/., 1977; Rizzini, 1979; Prado & Gibbs, 1993; Oliveira
Filho & Ratter, 1995). Além do clima, que segundo Eiten (1994) tem efei-
tos indiretos sobre a vegetação (o clima agiria sobre o solo), da química e
física do solo, da disponibilidade de água e nutrientes, e da geomorfologia
e topografia, a distribuição da flora é condicionada pela latitude, frequên-
cia de queimadas, profundidade do lençol freático, pastejo e inúmeros fa-
tores antrópicos (abertura de áreas para atividades agropecuárias, retirada
seletiva de madeira, queimadas como manejo de pastagens, etc.).

"A definição de savana apresentada não é universal, existindo diferentes acepções do termo pelo
mundo. Estas podem englobar significados fisionômicos, florísticos ou ecológicos (ver Eiten,
1972; Allem & Valls, 1987).
Fitofistonomias do bioma Cerrado 95

Origem das formações florestais

Fatores temporais (tempos geológico e ecológico) e espaciais (vari-


ações locais) são responsáveis pela ocorrência das formações florestais do
bioma Cerrado. Na escala temporal, grandes alterações climáticas e
geomorfológicas teriam causado expansões e retrações das florestas úmi-
das e secas da América do Sul, que no Brasil hoje estariam representadas
respectivamente pelas Florestas Amazônica e Atlântica, e pelas florestas
semidecíduas e decíduas da Caatinga e Florestas Meridionais. No
Quaternário, em especial, houve grandes pulsações climáticas, com longos
intervalos de tempo com temperaturas baixas (glaciações), intercalados por
intervalos menores com temperaturas mais altas (interglaciais), como a atual
(Salgado-Labouriau, 1994). Nos períodos interglaciais as florestas úmidas
teriam se expandido, retraindo-se posteriormente nas glaciações, com al-
guns indícios de retração dessas florestas, especialmente no final do
Pleistoceno (glaciação Wurm-Wisconsiana) e início do Holoceno, entre
18 000 e 12 000 anos atrás (Prance, 1973; Bigarella ez a/., 1975; AbSaber,
1977; Salgado-Labouriau, 1994). Nestes períodos glaciais quaternários, ti-
picamente secos, sítios específicos teriam possibilitado à manutenção de
alguns remanescentes das florestas úmidas e a expansão das florestas secas
e formações vegetais mais abertas (campo, cerrado e caatinga) por grandes
extensões do continente, atingindo áreas que hoje compreendem o bioma
Cerrado.

Prado & Gibbs (1993) propuseram que as florestas semidecíduas e


decíduas na América do Sul teriam alcançado a sua máxima extensão ao
final da última glaciação, coincidindo com a contração das florestas úmi-
das. A partir de então estas florestas secas retraíram-se e as florestas úmi-
das passaram a se expandir, devido ao lento retorno para um clima mais
úmido /quente nos últimos 12000 anos (Holoceno). Tais evidências são
fornecidas pela atual distribuição geográfica de muitas espécies típicas des-
sas florestas em diferentes biomas, ou em áreas disjuntas pela América do
Sul (ver Bigarella et a/., 1975), as quais englobam o Cerrado. Essas têm sido
consideradas as principais causas da existência das formações florestais no
96 José Felipe Ribeiro; Bruno Machado Teles Walter

Cerrado. Paralelamente, na escala espacial estas formações seriam influen-


ciadas por variações locais em parâmetros como hidrografia, topografia,
profundidade do lençol freático e fertilidade e profundidade dos solos.

Pode-se considerar a existência de dois grupos de formações flo-


restais do Cerrado que parecem ter sua atual distribuição vinculada à
hidrografia e aos solos. Às formações associadas aos cursos de água, geral-
mente em solos mais úmidos, e as que não possuem associação com cursos
de água (interflúvios), em solos mais ricos (Prado & Gibbs, 1993; Oliveira
Filho & Ratter, 1995).

As formações florestais associadas aos cursos de água (perenes ou


não) são tidas como tipos de vegetação extra-cerrado, devido à forte liga-
ção que têm com as linhas de drenagem naturais (Coutinho, 1978; Eiten,
1994). Autores como Troppmair & Machado (1974) e Fernandes & Bezer-
ra (1990) consideram-nas como intrusões tanto da Floresta Amazônica
quanto da Atlântica. Já Santos (1975), IBGE (1989) e Heringer & Paula
(1989), dentre outros, sugerem uma ligação mais forte com a Floresta
Amazônica, ao passo que Rizzini (1979) liga-as mais à Floresta Atlântica.
Cabrera & Willink (1973), por sua vez, sugerem que tais formações tam-
bém conectariam a Floresta Amazônica com as Florestas Meridionais (ba-
cia dos rios Paraná-Paraguai), no que concordam Oliveira Filho & Ratter
(1995).
Existem similaridades florísticas das florestas associadas aos cur-
sos de água do Cerrado com as de outros biomas, embora haja evidências
de particularidades nas florestas do Cerrado que as diferenciam daquelas
de outras regiões (Ratter ef aí, 1973, 1978; Heringer et a/., 1977; Rizzini,
1979; Oliveira Filho, 1989; Oliveira Filho & Ratter, 1995; Walter, 1995;
Silva Jr. et a/., 1997). Apesar de a identidade florística com outros biomas
ainda estar mal definida, Oliveira Filho & Ratter (1995) constataram que
Fitofistonomias do bioma Cerrado 97

um número considerável de espécies distribui-se desde a Floresta Amazô-


nica até a Atlântica, cruzando o Cerrado numa rota noroeste-sudeste atra-
vés da rede dendrítica de florestas associadas aos cursos de água. Segundo
estes autores as florestas do norte e oeste do Cerrado apresentam ligação
florística mais forte com as florestas da Amazônia, ao passo que as do
centro e sul ligam-se mais às florestas semidecíduas montanas do sudeste
brasileiro.

Em relação às florestas que não possuem associação com cursos


de água, a sua origem é menos debatida na literatura. Dos poucos estudos
sobre o assunto, Prado & Gibbs (1993) investigaram a possível ligação
florística entre o “corredor de savana” ou “diagonal de formações aber-
tas”, que na América do Sul liga a Caatinga (Maranhão-Ceará), o Cerrado e
a região do Chaco (Bolívia-Paraguai e norte da Argentina - “Gran Chaco”).
Sustentaram que a ligação florística Caatinga-Cerrado-Chaco mostrou-se
desprezível, embora tenham detectado três padrões de distribuição de es-
pécies lenhosas vinculando esses biomas, incluindo também áreas na Ama-
zônia e nos Andes. Os autores destacaram a ausência de espécies da Caa-
tinga.e do Chaco nas formações savânicas e campestres do Cerrado, em-
bora em áreas calcárias (ou em solos mais ricos), disjuntas, muitas espécies
sejam compartilhadas pelos três biomas.

Oliveira Filho & Ratter (1995), por sua vez, também sugeriram que
as espécies dessas florestas dependertam essencialmente de solos mais fér-
teis, e distribuir-se-iam ao longo de um arco nordeste-sudoeste conectando
a Caatinga às fronteiras do Chaco. Como argumentam estes autores, se há
uma rota noroeste-sudeste para espécies de florestas associadas a cursos de
água no Brasil Central, também há esse arco nordeste-sudoeste para espé-
ctes calcífilas decíduas. Portanto, inúmeras espécies das florestas do Brasil
Central parecem ajustar-se a esses dois grandes padrões de distribuição
(Oliveira Filho & Ratter, 1995).
98 José Felipe Ribeiro; Bruno Machado Teles Walter

Origem das formações savânicas e campestres

A ongem das formações savânicas e campestres do Cerrado é muito


discutida e a literatura é rica em teorias que tentam explicá-la
(p: ex. Rawitscher, 1048: Beard) 1955: Alvim 10541096; Arens 1)sda,
1958b, 1963; Ferri, 1963; Eiten 1972, 1994; Warming, 1973 - original de
1892; Coutinho, 1978; Goodland & Ferri, 1979; Coutinho 1980, 1992). De
maneira geral pode-se sintetizar tais teorias em três grupos, utilizando ter-
mos sugeridos por Beard (1953) para as savanas da América Tropical:
1 - teorias climáticas, pelas quais a vegetação seria o resultado do clima, prin-
cipalmente em função da limitação sazonal de água no período seco
(estacionalidade) (p.ex. Warming, 1973); 2 - teorias bióticas, nas quais a vege-
tação seria o resultado de ação antrópica, principalmente pelo uso frequen-
te do fogo; ou ainda resultante da atividade de outros agentes da biota
como as formigas (p.ex. Rawitscher, 1948; Coutinho 1980, 1992); e
3 - teorias pedológicas, em que a vegetação seria dependente de aspectos edáficos
e geológicos, como deficiências minerais (oligotrofismo), saturação por ele-
mentos como alumínio, diferenças de drenagem e profundidade dos solos
(p.ex. Beard, 1953; Goodland & Ferri, 1979).

No final do século XIX, Warming (1973) foi quem primeiro indi-


cou o clima como o fator determinante das formações savânicas e campes-
tres do bioma, onde a deficiência hídrica no período seco seria o principal
fator limitante. Posteriormente, Rawitscher (1948) sugeriu que os fatores
antrópicos poderiam ter tanta influência quanto o clima e a deficiência
hídrica. Nas décadas seguintes, a deficiência nutricional do solo foi
investigada e teve sua importância reconhecida (Beard, 1953; Alvim 1954;
Arens, 1958b, 1963; Eiten 1972, 1994; Goodland & Ferri, 1979). Segundo
Eiten (1994) as formas fisionômicas do Cerrado dependeriam de três as-
pectos do substrato: a fertilidade e o teor de alumínio disponível (baixa
fertilidade, altos teores de alumínio); a profundidade do solo; e o grau de
saturação hídrica das camadas superficial e subsuperficial do solo.
Fitofistonomias do bioma Cerrado 99

Alvim (1996) voltou a defender a deficiência hídrica como princi-


pal fator limitante para a origem do Cerrado, embora tenha identificado os
aspectos edáficos e as queimadas como fatores de modificação da flora e
das características fisionômicas da região. Contudo, conforme conclusão
desse autor, tanto o solo quanto o fogo “nada têm a ver com os processos
evolutivos que deram origem ao aparecimento das plantas típicas do
ecossistema”, o que demonstra a polêmica que ainda cerca o assunto.

Atualmente há uma tendência em admitir que os fatores clima,


biota e solo contribuiriam de alguma forma para o aspecto geral da vegeta-
ção, tanto em escala evolutiva (tempo geológico) quanto em escala
sucessional (tempo ecológico). O clima tem influência temporal na origem
da vegetação. Às chuvas ao longo do tempo geológico intemperizaram os
solos deixando-os pobres em nutrientes essenciais, e com alta disponibili-
dade de alumínio. Em função disto, a vegetação pode ser definida como o
resultado indireto do clima, induzindo-a para um clímax edáfico (Eiten,
1994).

Cerrado: definição de termos

Antes de analisar os tipos fitofisionômicos que compõem o mosai-


co vegetacional do bioma Cerrado é importante definir alguns termos, dis-
cutindo especialmente seu conceito. Cerrado é uma palavra de origem es-
panhola que significa fechado. Este termo busca traduzir a característica
geral da vegetação arbustivo-herbácea densa que ocorre na formação
savânica. Entretanto, a falta de uniformidade na sua utilização ao longo da
história gerou uma série de controvérsias e dificuldades na comparação de
trabalhos da literatura.
Cerrado tem sido usado tanto para designar tipos de vegetação
(tipos fitofisionômicos) quanto para definir formas de vegetação (forma-
ção ou categoria fitofistonômica). Também pode estar associado a adjeti-
vos que referem-se a características estruturais ou florísticas particulares,
encontradas em regiões específicas.
100 José Felipe Ribeiro; Bruno Machado Teles Walter

Por Z1po de vegetação entende-se a fisionomia, a flora e o ambiente, e


por forma de vegetação” apenas a fisionomia (Eiten, 1979). À fisionomia inclui
a estrutura, as formas de crescimento (árvores, arbustos) e as mudanças
estacionais (sempre-verde, semidecídua) predominantes na vegetação. À
estrutura, por sua vez, refere-se à disposição, organização e arranjo dos
indivíduos na comunidade, tanto em altura (estrutura vertical) quanto em
densidade (estrutura horizontal). Alguns sistemas de classificação também
podem definir fisionomia pelos critérios consistência e tamanho das folhas
(p.ex. latifoliada) (Eiten, 1979).

Para definir um tipo de vegetação, em qualquer escala, pode-se


usar um, dois ou os três critérios que compõem este termo. O mesmo vale
para definir fisionomias, embora a estrutura ou as formas de crescimento
dominantes, ou ambas, sejam os critérios mais utilizados. Portanto, o uso
b) » ,

do termo cerrado como tipo de vegetação


8 pode incorporar componentes
que não são observados quando apenas a forma de vegetação é considerada.

O emprego do termo cerrado evoluiu, de modo que atualmente


existem três acepções gerais de uso corrente, e que devem ser diferencia-
das. À primeira e mais abrangente, refere-se ao bioma predominante no
Brasil Central, que deve ser escrita com a inicial maiúscula (“Cerrado”).
Quando se fala em região do Cerrado ou região dos Cerrados, normalmen-
te a referência é feita ao bioma, ou à área geográfica coincidente com o
bioma. O termo Cerrado não deve ser usado no plural para indicar o bioma,
pois existe apenas um bioma Cerrado. À segunda acepção, cerrado sentido
amplo (lato sensu)”, reúne as formações savânicas e campestres do bioma,

2 Forma de vegetação é aqui considerado como sinônimo de formação, pois esse é um termo vinculado
à fisionomia, como originalmente designado por Grisebach (1872). Outros enfoques para o termo
formação podem ser obtidos em IBGE (1992).
* Os termos Cerrado (ato sensu (também erroneamente citado como sensu lato) e Cerrado stricto sensu
(ou erroneamente sensu stricto) têm sido muito empregados na literatura referindo-se, respectivamente
ao Cerrado sentido amplo e Cerrado sentido restrito. Neste capítulo adotamos e sugerimos o
emprego dos termos em português.
Fitofisionomias do bioma Cerrado 101

incluindo desde o cerradão até o campo limpo (Coutinho, 1978; Eiten,


1994). Portanto, sob este conceito há uma única formação florestal incluída,
o cerradão. O cerrado sentido amplo é um tipo de vegetação definido pela
composição florística e pela fisionomia (formas de crescimento), sem que
o critério estrutura seja considerado. Alguns autores falam em região dos
cerrados, ou cerrados, fazendo referência apenas ao cerrado sentido amplo
e não ao bioma. À terceira acepção do termo, cerrado sentido restrito (stricto
sensu), designa um dos tipos fitofisionômicos que ocorrem na formação
savânica, definido pela composição florística e pela fisionomia, considerando
tanto a estrutura quanto as formas de crescimento dominantes. Por ser
uma das suas principais fitofisionomias o cerrado sentido restrito caracteriza
bem o bioma Cerrado.
Outras aplicações que a palavra cerrado pode apresentar são vari-
antes ou subdivisões de algum dos três conceitos anteriores, principalmen-
te do cerrado sentido amplo. Em geral designam tipos de vegetação. Como
exemplos, na literatura são encontrados termos como campo cerrado, cer-
rado aberto, cerrado denso e cerrado interfluvial, cuja adoção segue algum
autor ou determinada escala de trabalho.

Trabalhos abordando terminologia fitofisionômica

A problemática da definição e uniformização da nomenclatura dos


tipos fisionômicos do Cerrado tem sido bastante discutida. Ao classificar a
vegetação mundial o assunto foi abordado por Eiten (1968), dentre outros,
e discutido para a América do Sul por Beard (1953) e Erten (1974). Para a
vegetação brasileira como um todo o tema foi tratado por Lófgren (1898),
Dansereau (1948), Aubréville (1961), Magnanini (1961), Erten (1968, 1983),
Ferri (1974, 1980), Rizzim (1979), Kuhlmann & Correia (1982), Fernandes
& Bezerra (1990) e IBGE (1992). Já os diferentes tipos ou formas de vege-
tação do Cerrado foram tratados por Veloso (1948), Kuhlmann (1956),
Cole (1958), Goodland (1971), Goodland & Polard (1973), Coutinho (1978),
102 José Felipe Ribeiro; Bruno Machado Teles Walter

Eiten (1979, 1994), Aoki & Santos (19779), Ribeiro ez a/. (1983) e Nogueira-
Neto (1991). Trabalhos mais detalhados em áreas específicas, procurando
incluir no conceito dos tipos fisionômicos alguns componentes da flora,
foram discutidos por Azevedo (1962, 1966), Rizzini & Heringer (1962),
Ratter ez aí. (1973, 1978), Rizzini (1975), Eiten (1976, 1977 e 1978), Goodland
& Ferri (1979), Ratter (1980) e Oliveira Filho & Martins (1986).

De maneira geral, a maioria dos autores acima mencionados


enfocaram somente as formações savânicas e campestres do bioma, sem
considerar convenientemente as formações florestais. Exceções são en-
contradas nos trabalhos de Eiten (1972, 1983), Ratter et aí. (1973), Ribeiro
et al. (1983) e Oliveira Filho & Martins (1986), entre outros. Por outro lado,
Hueck (1972) para a América do Sul, Campos (1943) e Dansereau (1948)
para o Brasil, enfocaram basicamente as florestas, discutindo em seus tra-
balhos os tipos existentes no Cerrado. Entretanto Prado & Gibbs (1993) e
Oliveira Filho & Ratter (1995) apresentaram breves definições tipológicas
da vegetação florestal no Brasil Central, a partir dos atuais padrões de dis-
tribuição geográfica de algumas espécies arbóreas.

A fitossociologia tem sido um recurso de grande valia para desta-


car diferenças entre as fitofisionomias do bioma. Como exemplos, esta foi
usada para diferenciar as várias formas de cerrado sentido amplo (Goodland
& Polard, 1973); para ampliar as diferenças estruturais e florísticas do
cerradão para outras formas de cerrado sentido amplo (Ribeiro et a/., 1982a;
Araújo & Haridasan, 1989; Ribeiro & Haridasan, 1990); para testar dife-
renças de fatores abióticos entre fitofisionomias (Oliveira Filho ez a/., 1989);
e para diferenciar subtipos de matas de galeria no Brasil Central (Walter,
19U5).

Padronização de termos fitofisionômicos

Padronizar a nomenclatura dos tipos fitofisionômicos encontra-


dos na região do Cerrado tem sido uma tarefa difícil, pois diferentes auto-
res adotam critérios e escalas distintas, baseadas em princípios ou origens
Fitofistonomias do bioma Cerrado 103

diferenciadas. Kuhlmann & Correia (1982) classificaram tais critérios nas


seguintes categorias: localização ou situação geográfica; topografia ou fa-
tores geográficos, geológicos ou pedológicos; condições ecológicas; cate-
gorias fitofistonômicas (ou tipos); e terminologia regional ou local de di-
versas origens. Esses autores destacam que no Cerrado e na Caatinga (ver
Andrade-Lima, 1981) concentram-se as maiores dificuldades de classifica-
ção da vegetação, apesar da existência de várias tentativas, a maioria das
quais sem continuidade.

Eiten (1979) propôs uma terminologia universal auto-explicativa


que buscou descrever sucintamente as formas de vegetação, em detrimen-
to de termos regionais que seriam dúbios. O autor destacou que sua termi-
nologia seria indicada para caracterizações precisas, adotando termos como
“mata aberta com escrube fechado, ambos latifoliados”; “arvoredo de
escrube e árvores latifoliado semidecíduo”; ou “savana curtigraminosa
estacional com árvores latifoltadas semidecíduas e escrube com palmeiras
acaules”. Nogueira-Neto (1991), por sua vez, apresentou termos como
“quasi-maxicerrado aberto”, “mesocerrado medianamente aberto” ou
“minicerrado denso”. Os termos propostos por estes autores são demasi-
adamente longos, de pouca difusão, ou ainda de difícil aplicabilidade práti-
ca para inúmeros trabalhos.

Neste capítulo adota-se e amplia-se a terminologia básica definida


por Ribeiro et aí. (1983), por ser mais simples e por utilizar termos regio-
nais consagrados. Esta terminologia tem sido bastante usada em projetos
na escala de comunidades e tem integrado trabalhos de diferentes áreas da
pesquisa no Cerrado, principalmente em disciplinas correlatas à botânica.

Principais tipos fitofisionômicos do Cerrado

Os critérios aqui adotados para diferenciar os tipos fitofisionômicos


são baseados primeiramente na fisionomia (forma), definida pela estrutu-
104 José Felipe Ribeiro; Bruno Machado Teles Walter

ra, pelas formas de crescimento dominantes e por possíveis mudanças


estacionais. Posteriormente consideram-se aspectos do ambiente (fatores
edáficos) e da composição florística. No caso de tipos fitofisionômicos em
que há subtipos, o ambiente e a composição florística, nesta ordem, foram
os critérios de separação. Nas novas fitofisionomias propostas, não consi-
deradas pot Ribeiro e/ a/. (1983), foram adotados termos regionais de uso
difundido.

São descritos onze tipos fitofisionômicos gerais, enquadrados em


formações florestais (Mata Ciliar, Mata de Galeria, Mata Seca e Cerradão),
savânicas (Cerrado sentido restrito, Parque de Cerrado, Palmeiral e Vereda)
e campestres (Campo Sujo, Campo Rupestre e Campo Limpo), muitos dos
quais apresentam subtipos.

Formações florestais

Às formações florestais do Cerrado englobam os tipos de vegeta-


ção com predominância de espécies arbóreas e formação de dossel. À Mata
Ciliar e a Mata de Galeria são fisionomias associadas a cursos de água, que
podem ocorrer em terrenos bem drenados ou mal drenados. A Mata Seca
e o Cerradão ocorrem nos interflúvios, em terrenos bem drenados.

À Mata de Galeria possui dois subtipos: não-Inundável e Inundável.


À Mata Seca três: Sempre-Verde, Semidecídua e Decídua. O Cerradão pode
ser classificado como Mesotrófico ou Distrófico.

Mata Ciliar

Por Mata Ciliar entende-se a vegetação florestal que acompanha


os rios de médio e grande porte da região do Cerrado, em que a vegetação
arbórea não forma galerias. Em geral essa Mata é relativamente estreita em
ambas as margens, dificilmente ultrapassando 100 metros de largura em
cada. É comum a largura em cada margem ser proporcional à do leito do
Fitofistonomias do bioma Cerrado 105

rio, embora em áreas planas a largura possa ser maior. Porém, a Mata Ciliar
ocorre geralmente sobre terrenos acidentados, podendo haver uma transi-
ção nem sempre evidente para outras fisionomias florestais como a Mata
Seca e o Cerradão.

A Mata Ciliar diferencia-se da Mata de Galeria pela deciduidade e


pela composição florística, sendo que na Mata Ciliar há diferentes graus de
caducifolia na estação seca enquanto que a Mata de Galeria é perenifólia.
Floristicamente é similar à Mata Seca, diferenciando-se desta pela associa-
ção ao curso de água e pela estrutura, que em geral é mais densa e mais alta.

Os solos podem ser rasos como os Cambissolos, Plintossolos ou


Litólicos, profundos como os Latossolos e Podzólicos, ou ainda ser solos
Aluviais. Muitas vezes os indivíduos arbóreos crescem entre as fendas de
afloramentos de rochas, que podem ser comuns na fitofisionomia. À ca-
mada de serapilheira que se forma é sempre menos profunda que a encon-
trada nas Matas de Galeria.

As árvores, predominantemente eretas, vartam em altura de 20 a


25 metros, com alguns poucos indivíduos emergentes alcançando 30 metros
ou mais. Às espécies típicas são predominantemente caducifólias, com al-
guimas sempre-verdes, conferindo à Mata Ciltar um aspecto semidecíduo.
Ao longo do ano as árvores fornecem uma cobertura arbórea variável de
50 a 90%. Na estação chuvosa a cobertura chega a 90%, dificilmente ultra-
passando este valor, ao passo que na estação seca pode até mesmo ser
inferior a 50% em alguns trechos (Figura 2).

Como espécies arbóreas frequentes podem ser citadas: Anadenanthera


spp. (angicos), Apeiba tibourbou (pau-de-jangada, pente-de-macaco),
Aspidosperma spp. (perobas), Celtis iguanaea (grão-de-galo), Enterolobium
contortisiliquum (tamboril), Inga spp. (ingás), Myracrodruon urundenva (aroeira),
Sterculia striata (chichá), Tabebuia spp. (ipês), Trema micrantha (crindiúva) e
Tniplaris gardneriana (pajeú). Também pode ser comum a presença das espécies
106 José Felipe Ribeiro; Bruno Machado Teles Walter

Cecropia pachystachya (embaúba) e Astalea speciosa (babaçu) em locais abertos


(clareiras). O número de espécies de Orchidaceae epífitas é baixo, embora
as espécies Encycha linearifolioides, Oncidium cebolleta, O. Juscopetalum, O. macropetalum
e Lockbhartia goyazensis sejam frequentes na comunidade, tal qual ocorre nas
Matas Secas Semidecíduas e Decíduas. Diferentes trechos ao longo de uma
Mata Ciliar podem apresentar composição florística bastante variável, ha-
vendo faixas que podem ser dominadas por poucas espécies.

Período Seco
Cobertura Arbórea (%): 40 - 70

Período Chuvoso
Cobertura Arbórea (%): 50 - 90

FIG. 2. Diagrama de perfil (1) e cobertura arbórea (2) de uma Mata Ciliar
representando uma faixa de 80 m de comprimento por 4 m de largura nos
períodos seco (maio a setembro) e chuvoso (outubro a abril).
Fitofistonomias do bioma Cerrado 107

Ao lado dos leitos dos rios, em locais sujeitos às grandes enchen-


tes, pode haver o predomínio de espécies arbóreas como Celtis iguanaca,
Ficus spp. (gameleiras), Inga spp. e Trema micrantha, ou mesmo de gramíneas
de grande porte como Gynerium sagittatum (canarana) ou Guadua paniculata
(taquara, bambu); como ocorre nos grandes rios no nordeste do estado de
Goiás. Nesta região é comum a formação de bancos de areia (praias) onde
predomina uma vegetação arbustivo-herbácea característica, com a pre-
sença de espécies das famílias Boraginaceae, Myrtaceae e Rubiaceae.

Nos locais onde pequenos afluentes (córregos ou riachos) desá-


guam no rio principal, a flora típica da Mata Ciliar pode misturar-se à flora
da Mata de Galeria, fazendo com que a delimitação fisionômica entre um
tipo e outro seja dificultada.

Mata de Galeria

Por Mata de Galeria entende-se a vegetação florestal que acom-


panha os rios de pequeno porte e córregos dos planaltos do Brasil Central,
formando corredores fechados (galerias) sobre o curso de água. Geral-
mente localiza-se nos fundos dos vales ou nas cabeceiras de drenagem
onde os cutsos de água ainda não escavaram um canal definitivo (Ratter e/
al. 1973; Ribeiro et a/. 1983). Essa fisionomia é perenifólia, não apresentan-
do caducifolia durante a estação seca. Quase sempre é circundada por fai-
xas de vegetação não florestal em ambas as margens, e em geral ocorre
uma transição brusca com formações savânicas e campestres. À transição
é quase imperceptível quando ocorre com Matas Ciliares, Matas Secas ou
mesmo Cerradões, o que é mais raro, muito embora pela composição
florística seja possível diferenciá-las.

A altura média do estrato arbóreo varia entre 20 e 30 metros, apre-


sentando uma superposição das copas que fornecem cobertura arbórea de
108 José Felipe Ribeiro; Bruno Machado Teles Walter

70 a 95%. No seu interior a umidade relativa é alta mesmo na época mais


seca do ano. À presença de árvores com pequenos sapopemas ou saliências
nas raízes é frequente, principalmente nos locais mais úmidos. É comum
haver grande número de espécies epífitas, principalmente Orchidaceae, em
quantidade superior à que ocorre nas demais formações florestais do Cerrado.
Os solos são geralmente Cambissolos, Plintossolos, Podzólicos,
Hidromórficos ou Aluviais, podendo mesmo ocorrer Latossolos semelhan-
tes aos das áreas de cerrado (sentido amplo) adjacentes. Neste último caso,
devido a posição topográfica, os Latossolos apresentam maior fertilidade
devido ao carreamento de material das áreas adjacentes e da matéria orga-
nica oriunda da própria vegetação. Não obstante, os solos da Mata podem
apresentar acidez maior que a encontrada naquelas áreas.

De acordo com a composição florística e características ambientais,


como topografia e variação na altura do lençol freático ao longo do ano, a
Mata de Galeria pode ser de dois subtipos: Mata de Galeria não-Inundável
(Figura 3) e Mata de Galeria Inundável (Figura 4).

Por Mata de Galeria não-Inundável entende-se a vegetação flores-


tal que acompanha um curso de água, onde o lençol freático não está pró-
ximo ou sobre a superfície do terreno na maior parte dos trechos o ano
todo, mesmo na estação chuvosa. Apresenta trechos longos com topogra-
fia acidentada, sendo poucos os locais planos. Possui solos bem drenados e
uma linha de drenagem (leito do córrego) definida. Caracteriza-se pela gran-:
de importância fitossociológica de espécies das famílias Apocynaceae
(Aspidosperma spp.), Leguminosae, Lauraceae (Nectandra spp., Ocotea spp.) e
Rubiaceae e por um número expressivo de espécies das famílias
Leguminosae (p.ex. Apuleia leiocarpa, Copaifera langsdorffi, Hymenaea courbaril,
Ormosta spp. e Sclerolobium spp.), Myrtaceae (Gomidesia lindeniana, Myrcia spp.)
e Rubiaceae (Albertia spp., Amaiona spp., Ixora spp. e Guettarda viburnoides).
Fitofisionomias do bioma Cerrado 109

Além dessas espécies podem ser destacadas: Bauhinia rufa (pata-de-


vaca), Callisthene major (tapicuru), Cardiopetalum calophyllum, Cariniana rubra
(Jequitibá), Cherlociinum cognatum, Erythbroxylum daphnites, Guarea
guidonea (marinheiro), Guarea kunthiana (marinheiro), Guatteria sellowiana,
Licania apetala (ajurú, oiti), Paprocarpha macropoda (coração-de-negro),
Tetragastris balsamifera, Vochysia pyramidalis, Vochysia tucanorum (pau-de-tuca-
no) e Xylopia sericea (pindaíba-vermelha).

Altura Média (m): 20 - 30

FIG. 3. Diagrama de perfil (1) e cobertura arbórea (2) de uma Mata de Galeria
não Inundável representando uma faixa de 80 m de comprimento por 10
m de largura.
110 José Felipe Ribeiro; Bruno Machado Teles Walter

Altura Média (m): 20-30

o
Ma EE
EeeSé

FIG. 4. Diagrama de perfil (1) e cobertura arbórea (2) de uma Mata de Galeria
Inundável representando uma faixa de 80 m de comprimento por 10 m de
largura.

Por Mata de Galeria Inundável entende-se a vegetação florestal


que acompanha um curso de água, onde o lençol freático está próximo ou
sobre a superfície do terreno na maior parte dos trechos durante o ano
todo, mesmo na estação seca. Apresenta trechos longos com topografia
bastante plana, sendo poucos os locais acidentados. Possui drenagem defi-
ciente e linha de drenagem (leito do córrego) muitas vezes pouco definida
e sujeita a modificações. Caracteriza-se pela grande importância litossocio-
lógica de espécies das famílias Burseraceae (Protium spp.), Clusiaceae
(Calophyllum brasthense, Clusia spp.), Euphorbiaceae (Richeria grandis) e
Magnoliaceae (Talauma ovata), e por um número expressivo de espécies das
famílias Melastomataceae (Mzconia spp., Tibowchina spp.), Piperaceae (Piper spp.)
Fitofisionomias do bioma Cerrado MG]

e Rubiaceae (p. ex. Cococypselum guianense, Ferdinandusa speciosa, Palicourea spp.


e Posoqueria latifolia) (Walter, 1995).
Além destas espécies podem ser destacadas: Cedrela odorata (cedro),
Croton urucurana (sangra-d'água), Dendropanax cuneatum (maria-mole), Euplassa
inaequalis, Euterpe edulis (jussara), Hedyosmum brasiliense (chá-de-soldado),
Guarea macropbylla (marinheiro), Mauritia flexuosa, Prunus spp., Virola urbaniana
(virola) e Xylopia emarginata (pindaíba-preta). Espécies como Miconia chartacea,
Ocotea aciphylla (canela-amarela) e Psendolmedia laevigata (larga-galha) tam-
bém são indicadoras de terrenos com lençol freático mais alto, embora
dificilmente sejam encontradas em terrenos permanentemente inundados.

Algumas espécies podem ser encontradas indistintamente tanto na


Mata de Galeria não-Inundável quanto na Mata de Galeria Inundável. São
espécies indiferentes aos níveis de inundação do solo. Entre estas citam-se:
Protium beptaphyllum (breu, almécega), Psychotria carthagenensis, Schefilera
morototoni (morototó), Styrax camporum (cuia-de-brejo), Symplocos nitens
(congonha), Tapirira guianensis (pau-pombo, pombeiro) e Virola
sebifera (virola). Protium beptapbyllum e Tapirira guianensis, em particular, po-
dem apresentar grande importância fitossociológica nos dois subtipos de
Mata de Galeria.

Mata Seca

Sob a designação Mata Seca estão incluídas as formações flores-


tais caracterizadas por diversos níveis de caducifolia durante a estação seca,
dependentes das condições químicas, físicas e principalmente da profundi-
dade do solo. A Mata Seca não possui associação com cursos de água,
ocorrendo nos interflúvios em solos geralmente mais ricos em nutrientes.
Em função do tipo de solo, da composição florística e, em consequência,
da queda de folhas no período seco, a Mata Seca pode ser de três subtipos:
Mata Seca Sempre-Verde (Figura 5a), Mata Seca Semidecídua (Figura
5b), a mais comum, e Mata Seca Decídua (Figura 5c). Em todos esses
subtipos a queda de folhas contribui para o aumento da matéria orgânica
no solo, mesmo na Mata Seca Sempre-Verde.
UI José Felipe Ribeiro; Bruno Machado Teles Walter

(A) Altura Média (m):15-25


CA: 70-95

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Época
Seca

FIG. 5. Diagrama de perfil (1) e cobertura arbórea (2) de três Matas Secas, em
diferentes épocas do ano, representando faixas com cerca de 26 m de
comprimento por 10 m de largura cada. CA: Cobertura arbórea em %. O
trecho do lado esquerdo (A) representa uma Mata Seca Sempre-Verde; o
trecho do meio (B) uma Mata Seca Semidecídua e (C) o trecho do lado
direito uma Mata Seca Decídua, com afloramentos de rocha.

À Mata Seca pode ser encontrada em solos desenvolvidos em ro-


chas básicas de alta fertilidade (Terra Roxa Estruturada, Brunizém ou
Cambissolos), em Latossolos Roxo e Vermelho-Escuro, de média fertilida-
de, em que ocorrem principalmente as Matas Secas Sempre-Verde e
Semidecídua. Sobre solos de origem calcária, as vezes com afloramentos
rochosos típicos, geralmente ocorre a Mata Seca Decídua, que também
pode ocorrer em solos de outras origens.
Fitofisionomias do bioma Cerrado HIS

A altura média do estrato arbóreo varia entre 15 e 25 metros. A


grande maioria das árvores são eretas, com alguns indivíduos emergentes.
Na época chuvosa as copas tocam-se fornecendo uma cobertura arbórea
de 70 a 95%. Na época seca a cobertura pode ser inferior a 50%, especial-
mente na Mata Decídua, onde predominam espécies caducifólias. O dossel
fechado na época chuvosa desfavorece a presença de muitas plantas
arbustivas, enquanto a diminuição da cobertura na época seca não possibi-
lita-a presença de muitas espécies epífitas. Estas ocorrem,
em menor quantidade do que na Mata de Galeria, havendo até mesmo
espécies de Orchidaceae indicadoras das Matas Secas Decídua e Semidecídua
como Encycia linearifolioides, Oncidium cebolleta, O. fuscopetalum, O. macropetalum
e O. pumilum (L. Bianchetti, com. pes.).

Como espécies arbóreas frequentes encontram-se: Amburana


cearensis (cerejeira, imburana), Anadenanthera colubrina (angico), Cariniana
estrellensis (bingueiro, Jequitibá), Cassia ferruginea (canafístula-preta), Cedrela
fissilis (cedro), Centrolobium tomentosum (araribá), Chlorolencon tenuaflornm
(jurema), Dilodendron bibpinatum (maria-pobre), Guazuma ulmifolia (mutamba),
Jacaranda caroba (caroba), Lonchocarpas sericeus (imbira-de-porco), Myracrodruon
urundeva (aroeira), Physocallimma scaberrimum (cega-machado), Platycyamns
regnelhi (pau-pereira, folha-de-bolo), Tabebuia spp. (ipês, pau-d'arco),
Terminalia spp (capitão), Trichilia elegans e Zanthoxylum rhoifolinm (raminha-
de-porca).

A Mata Seca Decídua pode apresentar-se com um aspecto singular


(estrutura e ambiente), se ocupa áreas rochosas de origem calcária, quando
também é conhecida por “Mata Seca em solo calcário” ou ainda “Mata
Calcária”. Tais áreas em geral são bastante acidentadas e possuem a com-
posição florística ligeiramente diferenciada dos demais tipos de Mata Seca,
mesmo as Decíduas sobre outros solos mesotróficos. Às copas não se to-
cam necessariamente (dossel pode ser descontínuo), fornecendo uma co-
bertura arbórea de 50 a 70% na estação chuvosa. Além desses aspectos, a
caracterização dessa fitofisionomia se dá pela presença de espécies como
Bursera leptophloeus (amburana-de-cambão), Cavanillesta arborea (barriguda),
114 José Felipe Ribeiro; Bruno Machado Teles Walter

Chorisia speciosa (paineira), Combretum duarteanum, Spondias tuberosa


(umbuzeiro), agrupamentos de Cyrtopodium spp. (sumaré) e algumas espéci-
es de Cactáceas e Aráceas. É também grande o número de espécies espi-
nhosas ou urticantes. De acordo com Ratter et a/. (1978) esse tipo de Mata
possui grande afinidade florística com a Caatinga, podendo ser considera-
da como um tipo de “Caatinga arbórea” (ver também Andrade-Lima, 1981;
Prado & Gibbs, 1993).

Cerradão

O Cerradão é uma formação florestal com aspectos xeromórficos,


tendo sido conhecido pelo nome “Floresta Xeromorfa” (Rizzim, 1963).
Para Campos (1943) “o Cerradão é mata mais rala e fraca”. Caracteriza-se
pela presença de espécies que ocorrem no Cerrado sentido restrito e tam-
bém por espécies de mata. Do ponto de vista fissonômico é uma floresta,
mas floristicamente é mais similar a um Cerrado.
O Cerradão apresenta dossel predominantemente contínuo e co-
bertura arbórea que pode oscilar de 50 a 90% (Figura 6). À altura média do
estrato arbóreo varia de 8 a 15 metros, proporcionando condições de
luminosidade que favorecem à formação de estratos arbustivo e herbáceo
diferenciados. Embora possa ser perenifólio, muitas espécies comuns ao
Cerrado como Caryocar brasthense, Kielmeyera coriacea e Qualea grandiflora apre-
sentam caducifolia em determinados períodos na estação seca; períodos
nem sempre coincidentes com aqueles das populações do Cerrado (Ribei-
ro et al. 1982b). À presença de espécies epífitas é reduzida.

Em sua maioria, os solos de Cerradão são profundos, bem drena-


dos, de média e baixa fertilidade, ligeiramente ácidos, pertencentes às clas-
ses Latossolo Vermelho-Escuro, Latossolo Vermelho-Amarelo ou Latossolo
Roxo. Também pode ocorrer em proporção menor Cambissolo distrófico.
O teor de matéria orgânica nos horizontes superficiais é médio e recebe
um incremento anual de resíduos orgânicos provenientes da deposição de
folhas durante a estação seca.
Fitofisionomias do bioma Cerrado 115

Altura Média (m): 8-15

FIG. 6. Diagrama de perfil (1) e cobertura arbórea (2) de um Cerradão


representando uma faixa de 80 m de comprimento por 10 m de largura.

De acordo com a fertilidade do solo o Cerradão pode ser classifi-


cado como Cerradão Distrófico (solos pobres) ou Cerradão Mesotrófico
(solos mais ricos), cada qual possuindo espécies características adaptadas a
esses ambientes (Ratter et a/., 1978; Ribeiro et a/., 1982a, 1985; Araújo &
Haridasan, 1989; Ribeiro & Haridasan, 1990; Oliveira Filho & Ratter, 1995).

De maneira geral, as espécies arbóreas mais frequentes no Cerradão


são: Callisthene fasciculata (jacaré-da-folha-grande), Caryocar brasiliense (pequi),
Copaifera langsdorffii (copaíba), Emmotum nitens (sobre, carvalho), Hirtella
glandulosa (oiti), Lafoensia pacari (mangaba-brava, pacart), Magonia pubescens
(tinguí), Szphoneugenia densiflora (maria-preta), Vochysta haenkeana (escorrega-
macaco) e Xylopia aromatica (pindaíba, pimenta-de-macaco). Há autores
(Rizzini & Heringer, 1962; Ratter ez a/., 1978) que também mencionam
como espécies normalmente encontradas Agonandra brastltensis (pau-mar-
fim), Bowdichia virgilioides (sucupira-preta), Dalbergia miscolobium (jacarandá-
do-cerrado), Dimorphandra mollis (faveiro), Kzelmeyera coriacea (pau-santo),
Machaerium opacum (jacarandá-muchiba), Platypodium elegans (canzileiro),
116 José Felipe Ribeiro; Bruno Machado Teles Walter

Pterodon emarginatus (sucupira-branca), Qualea grandiflora (pau-terra-grande)


e Sclerolobinm paniculatum (carvoeiro).

Como arbustos* frequentes Rizzini & Heringer (1962) citam, entre


outras, as espécies Alibertia edulis (marmelada-de-cachorro), 4. sessilis,
Brosimum gaudichaudii (rmama-cadela), Bauhinia bongardii (unha-de-vaca),
Casearia sylvestris, C. jawitensis, Copaifera oblongifolia, Duguetia Jurfuracea, Miconia
albicans, M. macrothyrsa, e Rudgea viburnoides (bugre). Do estrato herbáceo
Filgueiras (1994) menciona como frequentes, para a região da Chapada dos
Veadeiros (GO), espécies dos seguintes gêneros de gramíneas:
Aristida, Axonopus, Paspalum e Trachypogon.

Todas as espécies mencionadas podem ser encontradas em outras


formações florestais ou savânicas. Ao estudarem a vegetação da Chapada
Pratinha, Felfili et a/. (1994) não encontraram espécies exclusivas de Cerradão,
quer no estrato arbóreo, quer no estrato arbustivo.

Formações Savânicas

Às formações savânicas do Cerrado englobam quatro tipos


fitofisionômicos principais: o Cerrado sentido restrito, o Parque de Cerra-
do, o Palmeiral e a Vereda. O Cerrado sentido restrito caracteriza-se pela
presença dos estratos arbóreo e arbustivo-herbáceo definidos, com as ár-
vores distribuídas aleatoriamente sobre o terreno em diferentes densida-
des. No Parque de Cerrado a ocorrência de árvores é concentrada em lo-
cais específicos do terreno. No Palmeiral, que pode ocorrer tanto em áreas

* Muitas espécies como Alibertia edulis, Brosimum gaudichaudii, Byrsonima crassa e Ouratea bhexasperma
ora apresentam-se como árvores, ora como arbustos. À variação entre árvore e arbusto em geral
é regional, embora possa ocorrer até mesmo entre trechos vizinhos. As citações originais foram
mantidas lembrando que os critérios aqui adotados como formas de crescimento sejam baseados
em Heringer ef aí. (1977), apresentados na chave ao final do capítulo.
Fitofistonomias do bioma Cerrado AIEA

bem drenadas quanto em áreas mal drenadas, há a presença marcante de


determinada espécie de palmeira arbórea, e as árvores de outras espécies
(dicotiledôneas) não têm destaque. Já a Vereda também caracteriza-se pela
presença de uma única espécie de palmeira, o buriti, mas esta ocorre em
menor densidade que em um Palmeiral. Além disso, a Vereda é circundada
por um estrato arbustivo-herbáceo característico.
De acordo com a densidade (estrutura) arbóreo-arbustiva, ou do
ambiente em que se encontram, o Cerrado sentido restrito apresenta qua-
tro subtipos: Cerrado Denso, Cerrado Típico, Cerrado Ralo e Cerrado
Rupestre. O Palmeiral pode ter vários subtipos, determinados pela espécie
dominante.

Cerrado sentido restrito

O Cerrado sentido restrito caracteriza-se pela presença de árvo-


res baixas, inclinadas, tortuosas, com ramificações irregulares e retorcidas,
e geralmente com evidências de queimadas. Os arbustos e subarbustos
encontram-se espalhados, com algumas espécies apresentando órgãos sub-
terrâneos perenes (xilopódios), que permitem a rebrota após queima ou
corte. Na época chuvosa os estratos subarbustivo e herbáceo tornam-se
exuberantes devido ao seu rápido crescimento.

Os troncos das plantas lenhosas em geral possuem cascas com


cortiça grossa, fendida ou sulcada, e as gemas apicais de muitas espécies
são protegidas por densa pilosidade. As folhas em geral são rígidas e
cortáceas. Esses caracteres fornecem aspectos de adaptação à condições de
seca (xeromorfismo). Todavia é bem relatado na literatura que as plantas
arbóreas não sofrem restrição hídrica durante a estação seca (Goodland &
Ferri, 1979), pelo menos os indivíduos de espécies que possuem raízes
profundas (Ferri, 1974), embora o assunto ainda seja controverso (ver Alvim,
1996).
118 José Felipe Ribeiro; Bruno Machado Teles Walter

Grande parte dos solos da vegetação de Cerrado sentido restrito


são das classes Latossolo Vermelho-Escuro, Latossolo Vermelho-Amarelo
e Latossolo Roxo. Apesar das boas características físicas, são solos forte ou
moderadamente ácidos (pH entre 4,5 e 5,5), com carência generalizada dos
nutrientes essenciais, principalmente fósforo e nitrogênio. Com frequência
apresentam altas taxas de alumínio. O teor de matéria orgânica varia de
médio a baixo. À fitofisionomia pode também ocorrer em Cambissolos,
Areias Quartzosas, Litossolos, Plintossolos Pétricos ou Solos Hidromóficos.
Quando a vegetação nativa de Cerrado é retirada, a área fica susceptível a
problemas de erosão, o que é mais grave sobre Areias Quartzosas.
Ratter & Dargie (1992), Castro (1994) e Ratter et a/. (1996) compa-
raram diversos trabalhos publicados sobre a vegetação do Cerrado sentido
restrito, listando as espécies arbóreas mais características. Das 98 áreas com-
paradas no Brasil, Ratter ez aí. (1996) mostraram que, das 534 espécies en-
contradas, apenas 26 ocorreram em pelo menos 50% das áreas. São elas:
Acosminm dasycarpum (amargosinha), Annona crassiflora (araticum), Astronium
Jraxinifolinm (gonçalo-alves), Brostmum gaudichaudit, Bowdichia virgilioides
(sucupira-preta), Byrsonima coccolobifolia (murici), B. verbascifolia (murici),
Caryocar brasiliense, Connaras suberosus, Curatella americana (lixeira), Dimorphandra
mollis (faveiro), Erytbroxylum suberosum, Hancornia speciosa (mangaba), Hyymenaea
stigonocarpa (jatobá-do-cerrado), Kzelmeyera coriacea, Lafoensia pacari, Machaerium
acutifolium (jacarandá), Pouteria ramiflora (curriola), Oualea grandiflora, O.
mulhiflora (pau-terra-liso), O. parviflora (pau-terra-roxo), Roupala montana (car-
ne-de-vaca), Salvertia convallariacodora (bate-caixa), Tabebuia aurea, T. ochracea
(1pé-amarelo) e Tocoyena formosa (jenipapo-do-cerrado).
Outras espécies arbóreas frequentes são: Anacardium occidentale (ca-
jueiro), Byrsonima crassa (murici), Dzospyros hispida (olho-de-boi),
Enterolobium elhpticum (vinhático-cascudo), Guapira opposita (maria-mole),
Miconia ferruginata, Ouratea hexasperma (cabeça-de-negro), Piprocarpha
rotundifolia (coração-de-negro), Plathymenia reticulata (vinhático), Salacia
crassifolia (bacupart), Schefflera macrocarpa (mandiocão-do-cerrado),
Sumarouba versicolor (simaruba), Sclerolobimm aureum (carvoeiro), Vochysia ellptica
e V. rufa (pau-doce).
Fitofistonomias do bioma Cerrado 119

Áreas marginais que limitam o Cerrado com outros biomas podem


apresentar outras espécies características, como por exemplo no oeste da
Bahia e sul do Maranhão Caryocar coriaceum (pequi), Dimorphandra gardneriana
(faveiro), Eremanthus graciellae, Eschweilera nana (sapucainha), Hirtella ciliata,
Mouriri elliprica (puçã), Myrcia sellowiana, Parkia platycephala (faveira) e Platonia
insignis (bacuri) (Eiten, 1994a; Walter & Ribeiro, 1996). Áreas disjuntas na
Amazônia parecem apresentar as mesmas espécies da área nuclear, ou área
“core” do Cerrado, porém com menor riqueza (ver Miranda, 1993).
Às espécies arbustivas mais frequentes são: Casearia sylvestris,
Cissampelos ovalifolia, Davilla elliptica (lixeirinha), Duguetia furfuracea, Manihot
spp., Palicourea rigida (bate-caixa), Parinari obtusifolia (fruto-de-ema),
Protium ovatum (breu-do-cerrado), Syagrus flexuosa (coco-do-campo),
Syagrus petraea (coco-de-vassoura), Vellozia squamata (canela-de-ema) e Zeyheria
digitalis (bolsa-de-pastor). Das herbáceas menciona-se: Axonopus barbigerns,
Echinolaena inflexa (capim-flexinha), Loudetiopsis chrysotrix,
Mesosetum lolisforme, Paspalum spp., Schizachirium tenerum e Trachypogon spp.
(Felfili ez a/., 1994, Filgueiras, 1994).
Em áreas antropizadas, encontram-se plantas invasoras como
Brachiaria decumbens, Elephantopus mollis, Heliotropium indicum, Hyparrhenia rufa
(capim-jaraguá), Hlyptis spp. (mata-pasto), Melinis minutiflora (capim-gordu-
ra) e Triumpheta semitriloba (carrapicho), muitas das quais exóticas.
Vários fatores parecem influir na densidade arbórea do Cerrado
sentido restrito como as condições edáficas (Waibel, 1948; Beard, 1953),
pH e saturação de alumínio (Alvim & Araújo, 1952; Goodland, 1971;
Goodland & Ferri, 1979), fertilidade, condições hídricas e profundidade
do solo (Eiten 1972, 1994; AbSaber, 1983; Araújo & Haridasan, 1989),
além da frequência de queimadas (Coutinho, 1980; 1992) e ações antrópicas
(Rawitscher, 1948). Os reflexos desses fatores aparecem na estrutura, na
distribuição espacial dos indivíduos lenhosos, e na composição florística
da vegetação.
120 José Felipe Ribeiro; Bruno Machado Teles Walter

Devido à complexidade dos fatores condicionantes, originam-se


subdivisões fisionômicas distintas do Cerrado sentido restrito, sendo as
principais: o Cerrado Denso, o Cerrado Típico e o Cerrado Ralo, além
do Cerrado Rupestre. As três primeiras refletem variações na forma dos.
agrupamentos e espaçamento entre os indivíduos lenhosos, seguindo um
gradiente de densidade decrescente do Cerrado Denso ao Cerrado Ralo. A
composição florística inclui basicamente as espécies características anteri-
ormente citadas. Já o Cerrado Rupestre diferencia-se dos três subtipos an-
teriores pelo substrato, tipicamente em solos rasos com presença de
afloramentos de rocha, e por apresentar outras espécies características, adap-
tadas a esse ambiente.

O Cerrado Denso é um subtipo de vegetação predominantemente


arbóreo, com cobertura de 50% a 70% e altura média de cinco a oito metros
(Figura 7). Representa a forma mais densa e alta de Cerrado sentido restri-
to. Os estratos arbustivo e herbáceo são mais ralos, provavelmente devido
ao sombreamento resultante da maior densidade de árvores. Ocorre prin-
cipalmente nos Latossolos Roxo, Vermelho-Escuro, Vermelho-Amarelo e
nos Cambissolos, dentre outros.

O Cerrado Típico é um subtipo de vegetação predominantemente


arbóreo-arbustivo, com cobertura arbórea de 20% a 50% e altura média de
três a seis metros (Figura 8). Trata-se de uma forma comum e intermediá-
ra entre o Cerrado Denso e o Cerrado Ralo. O Cerrado Típico ocorre em
Latossolos Vermelho-Escuro, Vermelho-Amarelo, Cambissolos, Areias
Quartzosas, solos Litólicos ou Concrecionários, dentre outros.

O Cerrado Ralo é um subtipo de vegetação arbóreo-arbustiva, com


cobertura arbórea de 5% a 20% e altura média de dois a três metros (Figura
9). Representa a forma mais baixa e menos densa de Cerrado sentido res-
trito. O estrato arbustivo-herbáceo é mais destacado que nos subtipos ante-
Fitofistonomias do bioma Cerrado il

riores. Ocorre principalmente em Latossolo Vermelho-Amarelo,


Cambissolos, Areias Quartzosas, solos Concrecionários, Hidromórficos e
Litólicos.

O Cerrado Ralo apresenta diferenças estruturais em relação aos


subtipos anteriores, mas a composição florística é semelhante (Aoki & San-
tos, 1982). Às listas de espécies características já citadas, pode-se acrescen-
tar a presença de arbustos e subarbustos como: Anacardium
humile (cajuí), Campomanesia pubescens (gabiroba), Cochlospermum reginm (algo-
dão-do-campo), Davilla ellptica, Eremanthus glomernlatus (coração-de-negro),
Esenbeckia pumila, Jararanda decurrens e Sabicea brasiliensis (sangue-de-cristo)
(Warming, 1973), além de Annona monticola, A. tomentosa, Diplusodon spp. e
Kielmeyera rubriflora.

FIG. 7. Diagrama de perfil (1) e cobertura arbórea (2) de um Cerrado Denso


representando uma faixa de 40 m de comprimento por 10 m de largura.
122 José Felipe Ribeiro; Bruno Machado Teles Walter

Altura Média (m): 3-6

WU
q 3
N / O

(ANT

Cobertura Arbórea (%) : 20-50

FIG. 8. Diagrama de perfil (1) e cobertura arbórea (2) de um Cerrado Típico


representando uma faixa de 40 m de comprimento por 10 m de largura.

O Cerrado Rupestre é um subtipo de vegetação arbóreo-arbustiva


que ocorre em ambientes rupestres (Litólicos ou rochosos). Possui cober-
tura arbórea variável de 5% a 20%, altura média de 2 a 4 metros, e estrato
arbustivo-herbáceo também destacado (Figura 10). Pode ocorrer em tre-
chos contínuos, mas geralmente aparece em mosaicos, incluído em outros
tipos de vegetação. Embora possua estrutura semelhante ao Cerrado Ralo,
o substrato é um critério desfácil diferenciação, pois comporta pouco solo
entre afloramentos de rocha. Os solos, Litólicos, são originados da decom-
posição de arenitos e quartzitos, pobres em nutrientes, ácidos e apresen-
tam baixos teores de matéria orgânica.
Fitofistonomias do bioma Cerrado 112%

Altura Média (m): 2-3

1
Cobertura Arbórea (%): 5-20

FIG. 9. Diagrama de perfil (1) e cobertura arbórea (2) de um Cerrado Ralo


representando uma faixa de 40 m de comprimento por 10 m de largura.

No Cerrado Rupestre os indivíduos arbóreos concentram-se nas


fendas entre as rochas, e a densidade é variável e dependente do volume de
solo. Há casos em que as árvores podem dominar a paisagem, enquanto
em outros a flora arbustivo-herbácea pode predominar; mas ainda assim
com árvores presentes.

A flora do Cerrado Rupestre apresenta alguns elementos florísticos


também presentes no Campo Rupestre, destacando-se no estrato
subarbustivo-herbáceo algumas espécies das famílias Asteraceae,
Bromeliaceae, Cactaceae, Eriocaulaceae, Melastomataceae, Myrtaceae,
Rubiaceae Velloziaceae, dentre outras. No estrato arbóreo-arbustivo são
comuns as espécies Chamaecrista orbiculata, Lychnophora ericoides (arnica),
Norantea spp., Schefflera vinosa (mandiocão), Szpolisia lanuginosa (veludo) e
124 José Felipe Ribeiro; Bruno Machado Teles Walter

Wunderlichia crulstana. Também são frequentes nessa fisionomia algumas


espécies já mencionadas como Davzlla elliptica, Kielmeyera rubriflora, Qualea
parviflora e Pouteria ramiflora, além de Ferdinandusa elliptica, Miconia albicans,
Terminalia fagifolia e Vochysia petraca (Oliveira Filho & Martins, 1986).

Altura Média (m): 2-+

0 1
Cobertura Arbórea (%): 5-20

FIG. 10. Diagrama de perfil (1) e cobertura arbórea (2) de um Cerrado Rupestre
representando uma faixa de 40 m de comprimento por 10 m de largura.

Parque de Cerrado

O Parque de Cerrado é uma formação savânica caracterizada pela


presença de árvores agrupadas em pequenas elevações do terreno, algumas
vezes imperceptíveis, conhecidas como “murundus” ou “monchões”. As
árvores possuem altura média de três a seis metros e formam uma cobertu-
ra arbórea de 5% a 20% (Figura 11). Os solos são Hidromórficos, e melhor
drenados nos murundus que nas áreas planas adjacentes.
Fitofisionomias do bioma Cerrado is

Altura Média (m): 3-6

1
Cobertura Arbórea (Y%): 5-20

FIG. 11. Diagrama de perfil (1) e cobertura arbórea (2) de um Parque de Cerrado
representando uma faixa de 40 m de comprimento por
10 m de largura.

Os murundus são elevações convexas bastante características, que


variam em média de 0,1 a 1,5 metros de altura e 0,2 a mais de 20 metros de
diâmetro. À origem desses microrrelevos é bastante controvertida e as hi-
póteses mais comuns apontam-nos como cupinzeiros ativos ou inativos ou
resultantes de erosão diferencial (Penteado-Orellana, 1980; Araújo Neto,
1981; Araújo Neto ez a/., 1986; Oliveira Filho & Furley, 1990; Oliveira Filho
19924, 1992b). De acordo com Oliveira Filho (19924) a origem dos
murundus parece estar muito vinculada à atividade dos cupins, cujo solo
formou-se a partir da construção dos ninhos pelos cupins e da erosão e
degradação de numerosas gerações de cupinzeiros, em longo processo de
sucessão.
126 José Felipe Ribeiro; Bruno Machado Teles Walter

A flora que ocorre nos mutrundus é similar à que ocorre no Cerra-


do sentido restrito, porém com espécies que provavelmente apresentam
maior tolerância à saturação hídrica do perfil do solo (Oliveira Filho, 1992b),
considerando que apenas uma parte do volume de terra do murundu per-
manece livre de possíveis inundações. Entre as espécies arbóreas mais fre-
quentes pode-se citar: Alibertia edulis, Andira cuyabensis, Caryocar brasiliense,
Curatella americana, Dipteryx alata, Eriotheca gracilipes, Maprounea guianensis,
Qualea grandiflora e O. parviflora. Das arbustivo-herbáceas citam-se os gêne-
ros Allagoptera, Annona, Bromelia e Vernonia. A flora herbácea predomina
nas áreas planas adjacentes aos murundus, e é similar a que ocorre nos
campos úmidos.

Palmeiral

À formação savânica caracterizada pela presença marcante de uma


única espécie de palmeira arbórea é denominada Palmeiral. Nesta
fitofisionomia praticamente não existem árvores dicotiledôneas, embora
essas possam ocorrer com frequência baixa.

No bioma Cerrado podem ser encontrados diferentes subtipos de


palmeirais, que variam em estrutura de acordo com a espécie dominante.
Pelo domínio de determinada espécie, pode-se designar um trecho de ve-
getação com o nome comum da espécie dominante. Em geral os Palmei-
rais do Cerrado encontram-se em terrenos bem drenados, embora tam-
bém ocorram em terrenos mal drenados, onde pode haver a formação de
galerias acompanhando as linhas de drenagem (Eiten 1983, 1994).
Palmeirais em solos bem drenados geralmente são encontrados nos
interflúvios, e a espécie dominante pertence a gêneros como Acrocomia,
Attalea ou Syagrus. Na região nuclear do Cerrado ocorrem em áreas locali-
zadas, embora localmente possam ocupar trechos consideráveis do terre-
Fitofisionomias do bioma Cerrado 127

no. Quando o dossel é tipicamente descontínuo ou ainda quando não há


formação de dossel, os palmeirais comumente são formados pelas espéci-
es Acrocomia aculeata (que caracteriza o Macaubal) ou Syagrus oleracea
(Guerobal)(Figura 124). Se a espécie dominante é Artalea speciosá (babaçu),
caracterizando o Babaçual (Figura 12b), geralmente há um dossel mais
contínuo que os casos anteriores.

À presença do babaçu parece associar-se fortemente a áreas


antropizadas, onde coloniza agressivamente antigas formações florestais
desmatadas. À espécie resiste a fogo moderado, que faz sucumbir outras
espécies arbóreas (Eiten, 19944). No Centro-Oeste o babaçu não chega a
ocupar grandes áreas como em largos trechos do Maranhão (Hueck, 1972),
embora sua presença seja marcante onde ocorre.
O Babaçual caracteriza-se por altura média de 8 a 15 metros e uma
cobertura variável de 30% a 60%. Apesar de ser típico dos interflúvios,
também pode ocupar faixas ao longo dos rios de maior porte da região,
chegando a compor a vegetação ciliar. Entretanto isto ocorre apenas nos
trechos onde o solo é bem drenado, e não sujeitos a inundações periódicas.
Palmeirais em solos mal drenados (brejosos), presentes ao longo
dos fundos de vales do Brasil Central, quase sempre são dominados pela
espécie Mauritia flexuosa (buriti), e caracterizam o Buritizal (Figura 120).
Em certos casos também podem estar presentes outras espécies de palmei-
ras em pequena densidade, como Mauritiella armata (buritirana).

* De acordo com Henderson ez aí. (1995) o nome válido para o babaçu é Artalea speciosa. É complexa
a taxonomia dessa espécie, que possuí tratamento diferenciado por diferentes especialistas. Entre
os epítetos (ou sinônimos) por que foi mais conhecida e divulgada estão Orbygnia phalerata, O.
speciosa e O. martiana. Considerando que alguns espécimes por nós coletados em babaçuais no
Brasil Central foram recentemente identificados por especialistas como Orbygnia phalerata, fica
evidente a confusão taxonômica relativa a essa espécie. Fato semelhante ocorre com outros nomes
científicos apresentados no texto, casos em que sempre apotou-se em uma referência bibliográfica
que pudesse corroborá-los.
128 José Felipe Ribeiro; Bruno Machado Teles Walter

(A) Guerobal Babaçual (O) Buritizal

Altura Média (m): 8-15 Altura Média (m): 8-15

FIG. 12. Diagrama de perfil (1) e cobertura arbórea (2) de três palmeirais
representando faixas com cerca de 26 m de comprimento por 10 m de
largura cada. O trecho do lado esquerdo (A) mostra um Palmeiral onde
predomina a gueroba (ou guariroba), (B) o trecho central onde predomina
o babaçu e (C) o trecho da direita onde predomina o buriti.

Muitas vezes o Buritizal tem sido referido como Vereda, uma


fitofistonomia em que há necessariamente um estrato arbustivo-herbáceo
acompanhando o buriti, sem a formação de dossel. No Buritizal há forma-
ção de dossel, ainda que descontínuo, embora não haja uma vegetação
arbustivo-herbácea associada da maneira típica como na Vereda. O dossel
do Buritizal possui altura variável de 12 a 20 metros e forma uma cobertura
quase homogênea ao longo do ano, variável de 40% a 70%.

Em sentido puramente fisionômico, alguns trechos com Buritizal


devem ser considerados como formações florestais, o que também vale
para determinados trechos com outras espécies de palmeiras arbóreas. Neste
caso, a cobertura pode variar de 60% a 80%, formando dossel contínuo.
Fitofisionomias do bioma Cerrado 129

Como um agrupamento de buritis eventualmente pode formar galerias, o


Buritizal diferencia-se da Mata de Galeria Inundável pela flora que, na Mata,
compõe-se de inúmeras espécies, sem a dominância marcante do buriti.

Vereda

A Vereda é a fitofistionomia com a palmeira arbórea Mauritia


flexuosa emergente, em meio a agrupamentos mais ou menos densos de
espécies arbustivo-herbáceas. As Veredas são circundadas por Campo Lim-
po, geralmente úmido, e os buritis não formam dossel como ocorre no
Buritizal (Figura 13). Na Vereda os buritis caracterizam-se por altura média
de 12 a 15 metros e a cobertura varia de 5Y a 10%.
As Veredas são encontradas em solos Hidromórficos, saturados
durante a maior parte do ano. Geralmente ocupam os vales ou áreas planas
acompanhando linhas de drenagem mal definidas, em geral sem murundus.
Também são comuns numa posição intermediária do terreno, próximas às
nascentes (olhos d'água), ou na borda de Matas de Galeria.
A ocorrência da Vereda condiciona-se ao afloramento do lençol
freático, decorrente de camadas de permeabilidade diferentes em áreas
sedimentares do Cretáceo e Triássico (Azevedo, 1966). Elas exercem papel
fundamental na manutenção da fauna do Cerrado, funcionando como lo-
cal de pouso para a avifauna, atuando como refúgio, abrigo, fonte de ali-
mento e local de reprodução também para a fauna terrestre e aquática
(Carvalho, 1991).
Famílias frequentemente encontradas nas áreas mais úmidas da
Vereda são Poaceae (Gramineae), destacando-se os gêneros Andropogon,
Aristida, Paspalum e Trachypogon (Warming, 1973), Cyperaceae (Bulhostylis e
Rhynchospora) e Eriocaulaceae (Paepalanthus e Syngonanthus). Além dessas fa-
mílias são comuns alguns gêneros de Melastomataceae, como Leandra,
Trembleya e Lavoistera, ocorrendo como arbustos ou arvoretas. Em estádios
mais avançados de formação de Mata, podem ser encontradas espécies
arbóreas como Richeria grandis, Symplocos nitens e Virola sebifera, e outras es-
pécies que caracterizam a Mata de Galeria Inundável.
130 José Felipe Ribeiro; Bruno Machado Teles Walter

Altura Média (m): 12-15

1
Cobertura Arbórea (%): 5-10

FIG. 13. Diagrama de perfil (1) e cobertura de arbórea (2) de uma Vereda
representando uma faixa de 40 m de comprimento por 10 m de largura.

Formações campestres

As formações campestres do Cerrado englobam três tipos


fitofistonômicos principais: o Campo Sujo, o Campo Rupestre e o Campo
Limpo. O Campo Sujo caracteriza-se pela presença marcante de arbustos e
subarbustos entremeados no estrato herbáceo. O Campo Rupestre possui
estrutura similar ao Campo Sujo, diferenciando-se tanto pelo substrato,
composto por afloramentos de rocha, quanto pela composição florística,
que incluí muitos endemismos. No Campo Limpo a presença de arbustos e
subarbustos é insignificante.
Fitofisionomias do bioma Cerrado 131

De acordo com particularidades topográficas ou edáficas, o Cam-


po Sujo e o Campo Limpo podem apresentar três subtipos cada. São eles:
Campo Sujo Seco, Campo Sujo Umido e Campo Sujo com Murundus; e
Campo Limpo Seco, Campo Limpo Umido e Campo Limpo com
Murundus.

Campo Sujo

O Campo Sujo é um tipo fisionômico exclusivamente herbáceo-


arbustivo, com arbustos e subarbustos esparsos cujas plantas, muitas vezes,
são constituídas por indivíduos menos desenvolvidos das espécies arbóreas
do Cerrado sentido restrito.
A fisionomia é encontrada em solos rasos como os Litólicos,
Cambissolos ou Plintossolos Pétricos, eventualmente com pequenos
afloramentos rochosos de pouca extensão (sem caracterizar um “Campo
Rupestre”), ou ainda em solos profundos e de baixa fertilidade (álico ou
distrófico) como os Latossolos de textura média, e as Areias Quartzosas.
Em função de particularidades ambientais o Campo Sujo pode
apresentar três subtipos fisionômicos distintos. Na presença de um lençol
freático profundo ocorre o Campo Sujo Seco (Figura 144). Se o lençol
freático é alto, há o Campo Sujo Úmido (Figura 14b). Quando na área
ocortem microrelevos mais elevados (murundus), tem-se o Campo Sujo
com Murundus (Figura 14c).
A família mais frequentemente encontrada é Poaceae (Gramineae)
e destacam-se gêneros como Aristida, Axonopus, Echinolaena, Ichnanthns,
Loudetiopsis, Panicum, Paspalum, Trachypogon e Tristachya. Outra família
importante é Cyperaceae e são comuns espécies dos gêneros Br/bostylis e
Rhyncosphora, todas com aspecto graminóide (Warming, 1973). Diversas
espécies de outras famílias destacam-se pela floração exuberante na época
132 José Felipe Ribeiro; Bruno Machado Teles Walter

chuvosa, ou mesmo logo após queimadas, como A/stroemeria spp., Gomphrena


officinalis, Griffinia spp., Hippeastrum spp e Paepalanthus spp.. Além dessas são
comuns espécies dos gêneros Andira, Aspilia, Baccharis, Crumenaria, Cuphea,
Deianira, Diplusodon, Eryngium, Habenaria, Hyptis, Lippia, Mimosa, Polygala,
Piriqueta, Syagrus, Vernonia e Xyris.

À composição florística e a importância fitossociológica das espé-


cies nos três subtipos de Campo Sujo pode diferir se o solo for bem drena-
do (Campo Sujo Seco) ou mal drenado (Campo Sujo ÚUmido ou com
Murundus). Mas, ainda assim, as espécies características pertencem aos
gêneros anteriormente referidos.

Altura Média (m): 2

(0)Com murundu

0 10 20 30 40
Cobertura Arbórea (%): < 5

FIG. 14. Diagrama de perfil (1) e cobertura arbórea (2) de um Campo Sujo
representando uma faixa de 40 m de comprimento por 10 m de largura,
onde a porção (a) mostra a vegetação em local seco, (b) em local úmido e
(c) em local mal drenado com murundus.
Fitofisionomias do bioma Cerrado DS

Campo Rupestre Ê

O Campo Rupestre é um tipo fitofisionômico predominantemente


herbáceo-arbustivo, com a presença eventual de arvoretas pouco desen-
volvidas de até dois metros de altura (Figura 15). Abrange um complexo de
vegetação que agrupa paisagens em microrelevos com espécies típicas, ocu-
pando trechos de afloramentos rochosos. Geralmente ocorre em altitudes
superiores a 900 metros, em áreas onde há ventos constantes, dias quentes
e noites frias.

Esta fitofissonomia ocorre geralmente em solos litólicos ou nas


frestas dos afloramentos. São solos ácidos, pobres em nutrientes e na
Chapada Diamantina por exemplo, são originados da decomposição de
quartzitos, arenitos ou itacolomitos que permanecem nas frestas dos
afloramentos, ou podem ser carregados para locais mais baixos ou então
podem formar depósitos de areia quando o relevo permite (Harley, 1995).
A disponibilidade de água é restrita, pois as águas pluviais escoam rapida-
mente para os rios, devido à pouca profundidade e reduzida capacidade de
retenção pelo solo (Sendulski & Burman, 1978).

À composição florística em áreas de Campo Rupestre pode variar


em poucos metros de distância, e a densidade das espécies depende do
substrato (profundidade do solo, fertilidade, disponibilidade de água, etc.).
Nos afloramentos rochosos, por exemplo, os indivíduos lenhosos concen-
tram-se nas fendas das rochas, onde a densidade pode ser muito variável.
Há locais em que praticamente dominam a paisagem, enquanto em outros
a flora herbácea predomina. Também são comuns agrupamentos de indi-
víduos de uma única espécie, cuja presença é condicionada, entre outros
fatores, pela umidade disponível no solo. Algumas espécies podem crescer
diretamente sobre as rochas, sem que haja solo, como ocorre a algumas
Aráceas e Orquidáceas.
134 José Felipe Ribeiro; Bruno Machado Teles Walter

Cobertura Arbórea (Y):< 5

FIG. 15. Diagrama de perfil (1) e cobertura arbórea (2) de um Campo Rupestre
representando uma faixa de 40 m de comprimento por 10 m de largura.
(Notar vegetação crescendo entre as rochas).

A flora é típica, dependente das condições edáficas restritivas e do


clima peculiar. Entre as espécies comuns há inúmeras características
xeromórficas como folhas pequenas, espessadas e coriáceas, além de fo-
lhas densamente opostas cruzadas, determinando uma coluna quadrangular
(esquarrosa) (Eiten, 1978; Harley, 1995). Por suas particularidades
ambientais, o campo rupestre apresenta como forte característica a presen-
ça de muitos endemismos e plantas raras (Giulietti & Forero, 1990; Filgueiras,
1994; Harley, 1995).

As espécies mais frequentes que compõem a flora do Campo


Rupestre pertencem às seguintes famílias e gêneros: Asteraceae (Baccharis,
Fitofisionomias do bioma Cerrado 1155

Lychbnophora, Vernonia); Bromeliaceae (Dyckia, Tillandsia), Cactaceae


(Melocactus, Pilosocereus), Cyperaceae (Bulbostylis, Rhynchospora), Eriocaulaceae
(Erocaulon, Leiothrix, Paepalanthus, Syngonanthus), Iridaceae (Sisyrinchinm,
Trimestia), Labiatae (Hyptis), Leguminosae (Calliandra, Chamaecrista, Galactia,
Mimosa), Lentibulariaceae (Utricularia), Lythraceae (Cuphea, Diplusodon),
Melastomataceae (Miconia, Microlicia), Myrtaceae (Myrcia), Orchidaceae
(Cyrtopodium, Epidendrum, Habenaria, Koellensteinia, Pelexia), Poaceae (Panicum,
Mesosetum, Paspalum, Trachypogon), Rubiaceae (Chiococca, Declienxia),
Velloziaceae (Velloz1a), Vochysiaceae (Qualea) e Xyridaceae (Xyris). Pode-se
considerar Ve/lozia como bom indicador desse tipo fitofisionômico (Harley,
1995), embora algumas espécies desse gênero possam ocorrer em outras
formações campestres ou até mesmo nas savânicas.

Campo Limpo

O Campo Limpo é uma fitofisionomia predominantemente her-


bácea, com raros arbustos e ausência completa de árvores. Pode ser encon-
trado em diversas posições topográficas, com diferentes variações no grau
de umidade, profundidade e fertilidade do solo. Entretanto, é encontrado
com mais frequência nas encostas, nas chapadas, nos olhos d'água, circun-
dando as Veredas e na borda das Matas de Galeria, geralmente em solos
Litólicos, Litossolos, Cambissolos ou Plintossolos Pétricos. Quando ocor-
re em áreas planas, relativamente extensas, contíguas aos rios e inundadas
periodicamente, também é chamado de “Campo de Várzea”, “Várzea” ou
“Brejo”, sendo os solos do tipo Hidromófico, Aluvial, Plintossolos ou So-
los Orgânicos.

O Campo Limpo, como o Campo Sujo, também apresenta varia-


ções dependentes de particularidades ambientais, determinadas pela umi-
dade do solo e topografia. Na presença de um lençol freático profundo
ocorre o Campo Limpo Seco (Figura 16a), mas se o lençol freático é alto,
136 José Felipe Ribeiro; Bruno Machado Teles Walter

há o Campo Limpo Úmido (Figura 16b), cada qual com sua flora especifi-
ca. Quando aparecem os murundus, tem-se o Campo Limpo com Murundus
(Figura 16c). Em geral, o Campo Limpo com Murundus é menos frequen-
te que o Campo Sujo com Murundus.

Espécies comumente encontradas pertencem aos seguintes /axa:


Burmanniaceae (Burmannia), Cyperaceae (Rhynchospora), Droseraceae
(Drosera), Iridaceae (Cipura, Sisyrinchium), Lentibulariaceae (Utricularia),
Lythraceae (Cuphea), Orchidaceae (Cleistes, Habenaria, Sarcoglottis) e Poaceae
(Aristida, Axonopus, Panicum, Mesosetum, Paspalum, Trachypogon), muitas com
espécies que também ocorrem no Campo Sujo.

(D Úmido

(c)Com murundu

0 10 20 30 40
Cobertura Arbórea (%): < 1

FIG. 16. Diagrama do perfil (1) e cobertura arbórea (2) de um Campo Limpo
representado em uma faixa de 40 m de comprimento e 10 de largura,
onde a porção (a) mostra a vegetação em local mais seco, (b) em local
mais úmido e (c) em local mal drenado com murundus.
Fitofisionomias do bioma Cerrado 1137

Discussão

Os termos fitofisionômicos apresentados neste capítulo buscam


ser simples, devendo ser de utilidade prática para trabalhos em comunida-
des e nas caracterizações fisionômicas de coletas botânicas em levanta-
mentos florísticos realizados no Cerrado. Por usar termos tradicionais, não
se trata de uma terminologia universal. Contudo, tentativas de classificação
acompanhadas por terminologia tradicional deveriam ser encorajadas sem-
pre que possível (Kuhlmann & Correia, 1982).
A classificação dos tipos fitofisionômicos propostos poderia ser
enquadrada na escala de “semidetalhe” (1:100.000 até 1:25.000) e os subtipos
como “detalhe” (1:25.000), usando termos da escala fitogeográfica do IBGE
(1992).
Por enquadrar os tipos fitofistonômicos em formações florestais,
savânicas e campestres, essa classificação em alguns casos pode ter sugeri-
do a adoção de critérios arbitrários. Entretanto os critérios hierárquicos
adotados de fisionomia, ambiente e flora esclarecem este fato. Casos como
o Parque de Cerrado e a Vereda, incluídos como formações savânicas, são
difíceis de separar das formações campestres apenas pela fisionomia, sen-
do necessário incluir parâmetros ambientais e de composição florística.

As formas de vegetação savânicas apresentam vasta gama de ca-


racterísticas estruturais gradativas, dependendo das condições ecológicas
aproximarem-se mais do ótimo campestre ou mais do ótimo florestal
(Coutinho, 1978). Tais variações podem decorrer das condições edáficas,
como sugeriram Waibel (1948) e Beard (1953), tendo sido demonstradas
posteriormente por autores como Oliveira Filho eí a/. (1989). No gradiente
estudado por estes autores foram constatadas diferenças na distribuição de
espécies como Kizelmeyera rubriflora, Licania hbumilis e Vochysia rufa. Em fun-
ção do sítio, ou fitofisionomia, essas espécies apresentaram diferentes pa-
drões de distribuição e densidade, os quais foram correlacionados com
diferenças nas características do solo.
138 José Felipe Ribeiro; Bruno Machado Teles Walter

Em algumas áreas do bioma Cerrado a vegetação pode estar asso-


ciada especificamente ao tipo de solo. As Matas Secas do mato-grosso
goiano, por exemplo, apresentam solos das classes Brunizém, Cambissolos
Eutróficos ou Terra Roxa. Mas a correlação tipo de solo com a forma da
vegetação não pode ser generalizada, pois pode-se encontrar em Latossolo
Vermelho-Amarelo um Cerradão (formação florestal), ou até mesmo um
Campo Sujo (formação campestre). Deste modo, as características quími-
cas, físicas, hídricas, ou mesmo o tipo de solo, nem sempre podem ser
associadas isoladamente com o tipo de vegetação, visto que não explicam
toda a variação fitofisionômica encontrada no Cerrado.

Para o estrato arbóreo, além dos parametros estocásticos que po-


dem ser responsáveis por variações na densidade de árvores, é frequente a
diminuição dessa densidade devido à influência do homem. À ação antrópica
pode alterar a estrutura e a composição florística de um trecho de vegeta-
ção, determinando o surgimento de áreas mais abertas, além de introduzir
plantas exóticas ou invasoras. Os mecanismos dessa ação constituem-se da
retirada de estacas e lenha, extração de madeiras comerciais, pastejo seleti-
vo do gado introduzido em áreas nativas e, principalmente, da utilização da
flora lenhosa como matéria prima para a fabricação de carvão vegetal (ver
Felfili et a/., 1994). Outro fator de impacto são as queimadas provocadas,
muito utilizadas como manejo de pastos nativos. Queimadas alteram a es-
trutura original da vegetação, provocando mudanças na densidade dos in-
divíduos lenhosos e dos arbustivo-herbáceos (Warming, 1973). Adicional-
mente, Parron (1992) e Silva et aí. (1994) mostraram que variações na den-
sidade de gramíneas em áreas submetidas à queima acontecem de acordo
com a espécie.

Em condições onde não há antropismos, a composição florística e


a frequência das espécies de uma fitofisionomia parecem estar fortemente
correlacionadas à latitude, podendo variar muito em diferentes locais na
escala geográfica (Ratter & Dargie, 1992; Felfili ez a/. 1992, 1994; Felfili &
Fitofisionomias do bioma Cerrado 139

Silva Júnior, 1993; Castro 1994; Ratter e al., 1996). Não existe uma flora
homogênea no Cerrado, mas sim floras características para cada área (Cas-
tro et aí., 1995). O que há, portanto, são interações de todos os parâmetros
bróticos e abióticos, determinando mudanças nos aspectos quantitativos e
qualitativos da vegetação (Ribeiro ez a/., 1983). O resultado dessas interações
é a grande variedade de tipos fitofisionômicos encontrados na região, com
o surgimento de mosaicos vegetacionais.

As formações florestais descritas neste capítulo foram ampliadas


em relação ao trabalho de Ribeiro ez a/. (1983), especialmente no que se
refere às florestas associadas aos cursos de água. Isto se deveu ao incre-
mento das pesquisas nesses tipos de vegetação na última década, tendo
havido uma concentração de esforços especial na busca pelo entendimen-
to das Matas de Galeria (Bertoni & Martins 1987; Oliveira Filho, 1989;
Simpósio sobre mata ciliar, 1989; Oliveira Filho ez a/. 1990; Silva, 1991;
Schiavimi, 1992; Felfili & Silva Júnior, 1992; Felfih, 1993, 1994; Silva Júnior,
1995; Walter, 1995). Vale destacar que Mata de Galeria é o termo mais adequa-
do para caracterizar a fisionomia associada aos córregos e riachos da região
do Cerrado, uma vez que há muito vem sendo utilizado (Campos, 1943;
Hueck, 1972; Mantovani, 1989), conceituado e consagrado, além de indi-
car como nenhum outro a posição da floresta cobrindo o curso de água.

À indicação de dois subtipos de Matas de Galeria (não-Inundável e


Inundável) foi feita a partir de um estudo no Distrito Federal (Walter, 1995).
A existência destes subtipos já havia sido sugerida anteriormente por Ratter
et al. (1973), Ratter (1980) e Felfili ez aí. (1994), embora estes autores não
tenham estabelecido limites conceituais entre um subtipo e outro. À ado-
ção do termo “inundável” ao invés de “alagada”, como proposto por Ratter
et al. (1973), prende-se ao fato de que nem todos os trechos (ou locais)
apresentam lençol freático sobre a superficie na maior parte do ano, além
do termo “alagada” não fornecer a idéia de que variações estacionais pos-
sam ocorrer (Walter, 1995). Como adjetivo, “alagada” significa cheia de
140 José Felipe Ribeiro; Bruno Machado Teies Walter

água, encharcada; como substantivo masculino, “alagado” significa peque-


na lagoa transitória ou temporária (Ferreira, 1986). Como nos subtipos
procura-se empregar adjetivos, o aspecto temporal não é considerado por
definição no termo “alagada”, daí ter sido evitado. Por outro lado
“Inundável”, um adjetivo, tem como definição “que se pode inundar, sujei-
to a inundação”, sendo que inundar, segundo o dicionário Aurélio (Ferreira,
1986), significa cobrir de água; submergir; alagar.

Os subtipos de Mata de Galeria são úteis para classificar diferentes


Matas na escala de comunidades, mas trechos diferentes de uma Mata po-
dem apresentar locais sujeitos ou não a inundação do solo (Schiavini, 1992;
Felfii, 1993, 1994; Silva Júnior, 1995; Walter, 1995). Em casos onde é gran-
de a variação entre locais inundáveis e não inundáveis a diferenciação de
subtipos fica dificultada, como indicaram Sampaio et aí. (1997) para uma
mata no Distrito Federal.

À diversidade de espécies das Matas de Galeria ainda é pouco estu-


dada, mas em um trabalho extensivo Silva Júnior ef a/. (1997) relacionaram
463 espécies lenhosas, demonstrando a riqueza encontrada nessas comuni-
dades. À grande maioria dos trabalhos consultados enfocava a Mata de
Galeria não-Inundável, considerada rica em espécies, com pouca contri-
buição de levantamentos na Mata de Galeria Inundável (ou citada na litera-
tura por outros termos, como alagada ou mal drenada), considerada pobre
em espécies. No entanto esse tipo de Mata pode ser rico, apresentando
índices de diversidade comparáveis aos encontrados nas Matas de Galeria
não-Inundáveis (Walter, 1995). Em uma única Mata de Galeria Inundável
no Distrito Federal, Walter (1995) encontrou 231 espécies presentes nessa
comunidade.

À Mata Ciliar é um tipo fitofisionômico distinto da Mata de Gale-


ria pela sua estrutura e composição florística particulares. O termo Mata
Ciltar foi originalmente descrito para a vegetação dos diques marginais dos
grandes rios da região Amazônica (Campos, 1943; Azevedo, 1962; Ribeiro
Fitofistonomias do bioma Cerrado 141

et al. 1983), sendo posteriormente utilizado para a vegetação das margens


dos rios das regiões Sudeste e Sul. Sua aplicação difundiu-se por todo o
Brasil, de modo que hoje engloba “as formações florestais que acompa-
nham os veios ou cursos de água” (Catharino, 1989). Com este sentido
amplo, o termo tem sido aplicado em simpósios nacionais sobre o tema (p.
ex. Simpósio sobre Mata Ciliar, 1989), embora durante o “II Simpósio so-
bre Mata Ciliar”º Martins (1995) tenha proposto o termo “Floresta Ripícola”
como o mais abrangente, onde a Mata Ciliar estaria incluída. Considerando
que as discussões não foram conclusivas, adotou-se o termo “Mata Ciliar”
para definir uma das formações florestais que compõem o mosaico
vegetacional do bioma Cerrado.

Mata Ciliar é um termo amplamente divulgado e vem sendo utili-


zado na região do Cerrado há mais de cinquenta anos (Campos, 1943; Veloso,
1948), muitas vezes como sinônimo de Mata de Galeria. Outros termos
como Mata Ripária, Mata Marginal ou Mata Ripícola poderiam ter sido
adotados, mas com frequência também são utilizados na literatura como
sinônimo de Mata de Galeria (Mantovani, 1989; Heringer & Paula, 1989;
Paula et a/., 1993), e são de uso bem menos consagrado que o termo Mata
Ciliar. Portanto, a descrição de Mata Ciliar aqui apresentada é especifica
pata o Cerrado, devendo ser feita uma clara distinção entre o uso do termo
como um tipo fitofisionômico do bioma, ou como “sinônimo” das forma-
ções florestais associadas aos cursos de água (sentido amplo). As Matas
Ciliares do Brasil Central necessitam ser mais estudadas, para que se amplie
o conhecimento de suas características florísticas e ecológicas, hoje ainda
carentes de informações.

9O 1 Simpósio sobre Mata Ciliar foi realizado em Ribeirão Preto, SP, durante o XLVI Congresso
Nacional de Botânica, em janeiro de 1995.
142 José Felipe Ribeiro; Bruno Machado Teles Walter

De maneira semelhante, as Matas Secas também requerem pesqui-


sas mais detalhadas, o que se reflete no pequeno acréscimo de informações
do trabalho de Ribeiro ez a/. (1983) para este capítulo. Aqui a denominação
Mata Seca representa o que aqueles autores chamaram de “Mata Mesofítica”.
A mudança do termo atende a um dos critérios utilizados, qual seja a ado-
ção de termos regionais. Além disso, autores como Eiten (1983, 1994) e
Mantovani (1989) incluem fisionomias como a Mata de Galeria em flores-
tas “mesofíticas” o que, por estar correto, poderia causar confusões.

Nos trabalhos da região Sudeste a Mata Seca tem sido referida como
“Mata Mesófila”. Em sua classificação das florestas da América do Sul,
Hueck (1972) incluiu a Mata Seca nas “Matas Umidas” do Cerrado, desta-
cando a classificação adotada por Waibel (1948), que menciona três grupos
baseados em fatores de solo não muito bem delimitados: as matas de pri-
meira classe (tipicamente perenifólias, embora não a sempre-verde); as matas
de segunda classe (semidecídua ou decídua), que incluem o que aqui foi
definido como Mata Ciliar; e as matas de terceira classe, referente ao
Cerradão. Esses grupos refletem apenas uma preocupação de forma (es-
trutura de floresta), sem atentar para outros critérios que podem diferenci-
ar tipos de vegetação, como o ambiente e/ou a composição florística.

À existência de três subtipos de Mata Seca parece relacionar-se a


uma conjunção de fatores. Em diferentes trechos de vegetação o nível de
deciduidade provavelmente depende da umidade no solo, de suas proprie-
dades químicas e da influência crescente do frio no inverno, que aumenta
com a altitude e a latitude (Oliveira Filho & Ratter, 1995). Assim, a Mata
Seca Sempre-Verde tenderia a ocorrer em solos com maior disponibilidade
de água durante todo o ano, ao passo que a Mata Seca Decídua, em solos
mais rasos e com menor capacidade de retenção de água na estação seca.

À distinção entre a Mata Seca e o Cerradão, e mesmo com o Cerra-


do Denso pode ser realizada empregando-se os parâmetros estrutura e
composição florística. Entretanto, em áreas de transição (ecótonos) a dife-
Fitofisionomias do bioma Cerrado 143

tenciação entre estes tipos fistonômicos pode ser problemática. Elementos


florísticos diferenciam o Cerradão da Mata Seca e elementos fisionômicos
o diferenciam do Cerrado Denso. Portanto, o Cerradão tem individualida-
de própria (Rizzini, 1963; Ribeiro et a/. 1982a, 1985; Ribeiro & Haridasan,
1990), inclusive com dois subtipos; o Mesotrófico e o Distrófico (Ratter e/
al., 1978; Araújo & Haridasan, 1989; Oliveira Filho & Ratter, 1995).
O Cerrado sentido restrito é o tipo fitofisionômico que apresenta
o maior número de subtipos (Denso, Típico, Ralo e Rupestre), embora o
termo geral não informe detalhes de estrutura e de ambiente, variáveis em
diferentes trechos de vegetação. À separação dos subtipos dá-se, inicial-
mente, pela densidade arbórea, seguindo-se critérios de substrato e flora,
havendo diversas hipóteses sobre as causas de raleamento da camada
lenhosa. Lopes (1975) encontrou correlação positiva entre a densidade de
vegetação e os teores de zinco, magnésio, CTC efetiva, cálcio, pH, fósforo,
potássio, cobre e matéria orgânica. Trabalhando em âmbito regional, Lopes
(1975) e Goodland (in Goodland & Ferri, 1979) encontraram correlação
negativa entre a biomassa e os níveis de saturação de alumínio. Entretanto,
em nível local, Ribeiro ef a/. (1982a) encontraram correlação positiva entre
biomassa e alumínio, sendo que Rodrigues (1977) & Álvares da Silva (1986)
não verificaram correlação. Eiten (1994), por sua vez, enumerou três fato-
res do substrato como os responsáveis pelo raleamento da camada lenhosa:
alto teor de alumínio disponível e solo pobre em íons requeridos pela plan-
ta; solo raso; e encharcamento estacional do solo. Segundo o autor, esses
fatores atuam nas formas de Cerrado (sentido amplo), exceto o Cerradão,
desde que o trecho não tenha influências antrópicas (sem corte, mas com
queimas ocasionais).

O Cerrado Ralo tem sido denominado “Campo Cerrado” (p. ex.


Coutinho, 1978; IBGE, 1992; Alvim, 1996), mas essa designação é pouco
adequada por ser dúbia (Romariz, 1974). A vegetação apresenta indivíduos
arbóreos, o que a coloca dentro de uma formação com estrutura arbórea
144 José Felipe Ribeiro; Bruno Machado Teles Walter

(savana) e não herbácea (campo). O termo “Campo” leva a associação


com estrutura herbácea, o que neste caso não é exato.
Em relação ao Cerrado Rupestre, trata-se de uma nova denomina-
ção de subtipo fitofisionômico, não incluída em Ribeiro e/ a/. (1983), em-
bora o termo já tenha sido empregado na literatura (Oliveira Filho & Martins,
1986). Em geral ocorre em manchas, mesclado aos demais subtipos de
Cerrado sentido restrito. Por apresentar elementos florísticos adaptados ao
ambiente rupícola, diferencia-se dos demais subtipos tanto pelo substrato
quanto pela composição em espécies. Trechos com Cerrado sentido restri-
to sem a presença de afloramentos de rocha característicos, mas com gran-
de quantidade de cascalho emergindo no solo, não devem ser considerados
como Cerrado Rupestre. À cobertura arbórea de tais trechos, em geral, é
superior a 20% e estes não apresentam elementos florísticos que caracteri-
zam o Cerrado Rupestre.

O Parque de Cerrado é encontrado em diferentes locais na área


nuclear do Cerrado, sendo frequente em áreas do Pantanal Mato-grossense
e vales do rio Araguaia (BRASIL, 1973) e sul do Maranhão. Parque foi um
termo proposto por Tansley & Chip (1926 apud IBGE, 1992) para definir
um tipo de vegetação (parkland) correspondente à “savana arborizada”, e
o termo Parque de Cerrado foi empregado por Ribeiro et a/. (1983) como
subtipo de Cerrado. Este tipo fitofisionômico tem sido denominado como
“Campo de Murundus” (p. ex. Eiten, 1994), ou “Campo de Monchões”
(Oliveira Filho, 1988), embora geralmente esses termos vinculem-se ape-
nas aos microrelevos e não ao tipo de vegetação que ocorre em um deter-
minado trecho.

O Palmesiral, com seus diferentes subtipos (Babaçual, Buritizal, entre


outros), é uma fitofisionomia bastante característica do Cerrado, não con-
siderada por Ribeiro et a/. (1983), mas referida por autores como Eiten
(1983, 1994). Trata-se de um tipo de vegetação pouco estudado, talvez
devido à pouca riqueza em espécies que comporta. Ainda não há pesquisas
Fitofisionomias do bioma Cerrado 145

consistentes que tenham estudado sua origem e ecologia, apesar do domí-


nio de espécies de palmeiras de grande interesse econômico e social a ser
mais explorado.

A maioria dos Palmeirais podem ser enquadrados como forma-


ções savânicas, embora não seja incomum formarem florestas, no sentido
fisionômico da palavra. Em certos casos, classificar a forma de um Palmei-
tal pode não ser uma atividade trivial.

De modo semelhante, a Vereda poderia ser considerada formação


campestre, pois nessa fisionomia existem campos característicos
associados ao buriti. Conforme Eiten (1994), a Vereda é “um brejo
graminoso permanente com buritis”. Portanto, pela própria presença do
buriti em destaque na fisionomia, ou seja, uma espécie de estrato arbóreo
espalhada sobre um estrato graminoso, evidencia-se uma formação savânica.

Supõe-se que a Vereda seja um dos estádios para a formação ou


expansão da Mata de Galeria, tendo como base a ausência de buritis jovens
nas matas estabelecidas, a inexistência de um dreno ou córrego definido na
Vereda e outras condições, como pouco sombreamento, que permitam a
ocupação de outras espécies arbóreas. Normalmente, a germinação e pos-
terior desenvolvimento de Mauritia flexuosa ocorre em áreas abertas e mal
drenadas, sendo portanto uma espécie heliófita e higrófita (Lorenzi, 1992).
Com o avanço de espécies da Mata para a Vereda, propiciado por melhorias
na drenagem do solo e em parte pelo próprio buriti (p. ex. sombreamento),
poderia haver modificações nas condições ecológicas, favorecendo o esta-
belecimento da Mata de Galeria em detrimento da Vereda. Sendo assim, a
Mata de Galeria Inundável poderia ser um estádio sucessional posterior à
Vereda e anterior ao aparecimento da Mata de Galeria não-Inundável, que
seria a comunidade clímax. Nesta, a linha de drenagem (córrego) é bem
146 José Felipe Ribeiro; Bruno Machado Teles Walter

definida e não sujeita a modificações, as quais ainda podem ocorrer na


Mata de Galeria Inundável e especialmente na Vereda.

Pelo mesmo raciocínio anterior, por via diferente, é possível supor


que uma floresta de buritis (Buritizal) também represente um estádio
sucessional anterior à Mata de Galeria Inundável. As condições ambientais
locais é que determinariam se a colonização do buriti na Vereda poderia
evoluir diretamente para uma Mata ou para um Palmeiral.

Quanto às formações campestres, tanto o Campo Sujo quanto o


Campo Limpo possuem subdivisões naturais em função de particularida-
des ambientais. Nesses casos, na escala de comunidades, é necessário ado-
tar para cada uma os termos Seco, Úmido ou com Murundus, o que vai
depender do trecho de vegetação e da precisão requerida.

Os três subtipos de Campo Limpo geralmente são localizados, não


sendo encontrados em grandes extensões na região do Cerrado, principal-
mente quando comparados aos campos limpos que ocorrem no bioma
Campos e Florestas Meridionais. Existem sugestões de que grandes áreas
na região Centro Oeste anteriormente ocupadas por campo, foram dimi-
nuindo à medida que as formações florestais foram se implantando (Veloso,
1948; Bigarella et a/., 1975; Prado & Gibbs, 1993). Esse aspecto de suces-
são, entretanto, para muitas localidades pode não ser verdadeiro pois fato-
res limitantes como a pequena profundidade do solo e/ou lençol freático
alto nunca permitiriam a ocorrência de árvores.

Para o Campo Sujo e o Campo Limpo, assim como ocorre com a


Mata de Galeria, a Mata Seca, o Palmeiral e o Cerrado sentido restrito, o
tipo de vegetação não esclarece as particularidades de seus subtipos. Em
ambos (Campo Sujo e Limpo) ainda são necessários mais estudos para se
conhecer melhor sua ecologia e composição florística, embora represen-
Fitofisionomias do bioma Cerrado 147

tem sítios de coleta muito procurados pelos botânicos que atuam no Cer-
rado, pela riqueza de espécies que contém.

O Campo Rupestre vem recebendo maior atenção nos últimos anos


(Magalhães, 1966; Giulietti ez a/., 1987; Filgueiras 1994; Stannard, 1995),
embora não exista ainda um mapeamento completo desse tipo de vegeta-
ção no Brasil. À fitofistonomia é mais conhecida nas serras da Canastra
(MG), Cipó (MG), Espinhaço (MG) e nas Chapadas Diamantina (BA) e
dos Veadeiros (GO), dentre outros locais mais pesquisados da região do
Cerrado. Estudos mais detalhados, compreendendo a publicação de inven-
tários florísticos e trabalhos de campo também são necessários para me-
lhor delimitá-los (Harley, 1995).

Os tipos fitofisionômicos apresentados neste capítulo foram des-


critos com base em trechos de vegetação onde eles são característicos. As
transições (ecótonos) que ocorrem entre um tipo e outro não foram const-
deradas, por não apresentarem padrões constantes passíveis de classifica-
ção. Entretanto, as transições são comuns entre os mais variados tipos
fitofisionômicos. Tais trechos normalmente possuem maior diversidade de
espécies, desde que apresentam elementos florísticos típicos das
fitofisionomias vizinhas, acrescidos de alguns Zaxa particulares.

À terminologia aqui apresentada pode não ter incluído algum tipo


fitofisionômico encontrado em áreas marginais ou disjuntas do bioma,
embora as principais da área nuclear (“core”) tenham sido consideradas.
Termos florísticos como por exemplo “velozial” ou “landizal? também
não foram considerados (exceto nos Palmeirais), por estarem contidos em
algum dos tipos ou subtipos de vegetação apresentados. Espera-se poder
contar com críticas e sugestões dos leitores para o aperfeiçoamento da
classificação apresentada.
148 José Felipe Ribeiro; Bruno Machado Teles Walter

As diferentes formas e tipos de vegetação existentes no Cerrado


refletem a grande diversidade vegetal existente no bioma. No Capítulo VII
deste livro são relacionados 6671 taxa nativos, um número que demonstra
por si mesmo a importância intrínseca deste bioma. Segundo Erten (1994)
o Cerrado só é superado em riqueza no mundo pela floresta pluvial tropi-
cal.

Chave de identificação dos tipos fitofisionômicos do Cerrado

Ribeiro et aí. (1983) elaboraram uma chave para a identificação dos


tipos fitofisionômicos por eles descritos, onde as formas florestais foram
diferenciadas por parâmetros de estrutura, altura média do estrato arbóreo,
estratificação vertical, cobertura arbórea, caducifolia e posição topográfi-
ca. Nas formas savânicas e campestres consideraram além desses parâmetros
as características de solo, destacando o grau de saturação de água e presen-
ça ou não de afloramentos de rocha.

Mantendo estes mesmos parâmetros, porém ampliando-os para


conter elementos da flora (composição florística), apresenta-se uma chave
dicotômica para as fisionomias que compõem o mosaico e getacional do
bioma Cerrado. Considerou-se como árvore as plantas lenhosas com altu-
ra superior a dois metros, sem ramificações próximas à base (Heringer ez
aí., 1977). Como arbusto as plantas lenhosas ou semilenhosas entre 0,2 e 2
metros, com ou sem ramificações próximas a base. Como subarbusto aquelas
com sistema subterrâneo persistente durante a estação seca e parte aérea
com até (),5 metro na estação chuvosa (Heringer et a/., 1977). Como ervas
as plantas não lenhosas, representadas por plantas anuais e bianuais, além
de algumas perenes.
Fitofisionomias do bioma Cerrado 149

Chave de identificação

Formação florestal. Estrutura de mata. Presença de árvores dicotiledôneas ou


palmeiras. Dossel predominantemente contínuo; cobertura arbórea média de 50 a
DO A A SR De EE = ca Ge PR aos dA AA Sa EA cr 2
FOrrasdO SAVALICA OU CAM PESTre dna a onto aro siena ago ag ER GR y

Elorestajassociada armum: cursorde-água: definido ss css. fusca teeor pegado docas pesadas ese 3
Floresta sem associação com cursos de água definidos ................eis 5

Mata que acompanha córregos ou rios de pequeno porte. Forma galeria sobre o
curso de água. Geralmente circundada por faixas de vegetação não florestal.
Árvores eretas; altura média de 20 a 30 metros. Estrato arbóreo perenifólio ou
compouca caducifolia, Cobertura arbórea de: 70 a 95%. sem sieiasesersmas
imceuimançasencsiçãe 4
Mata que acompanha rios de médio e grande porte. Não forma galeria sobre o
curso de água. Geralmente com transição discreta para outras fisionomias
florestais. Árvores predominantemente eretas; altura média de 20 a 25 metros.
Estrato arbóreo com diversos graus de caducifolia na estação seca. Cobertura
DUBR
RO AueLes MILA DU (gro ferir RR o im GA ca ta E de o PR Mata Ciliar
Mata onde o lençol freático não está próximo à superfície do terreno na maior
parte dos trechos o ano todo, mesmo na estação chuvosa. Apresenta trechos
longos com a topografia acidentada, e uns poucos locais planos. Possui boa
drenagem. Presença de muitas espécies de Leguminosas arbóreas...
Mata de Galeria não-Inundável
Mata onde o lençol freático está próximo ou sobre a superfície do terreno na
maior parte dos trechos o ano todo, mesmo na estação seca. Apresenta trechos
longos com a topografia plana, e uns poucos locais acidentados. Possui drenagem
deficiente. Presença de poucas espécies de Leguminosas arbóreas ............es
Mata de Galeria Inundável

Floresta composta por diversas espécies, principalmente dicotiledôneas ............... 6


Floresta com predomínio total de palmeiras do gênero Maunrtia, em terrenos mal
drenados, sem curso d'água ou linha de drenagem claramente definida. Presença
de dicotiledôneas insignificante. Cobertura arbórea de 60 a 80%, formando um
dossel contínuo. Sem formas campestres associadas ...... Palmeiral (“Buritizal”)
150 José Felipe Ribeiro; Bruno Machado Teles Walter

Estrato arbóreo com indivíduos predominantemente eretos. Apresenta diversos


graus de caducifolia na estação seca. Altura média de 15 a 25 metros. Cobertura
arbórea variável de 50% (ou menos) a 95%. Flora essencialmente com espécies de

Estrato arbóreo com indivíduos tortuosos e eretos. Poucas espécies com


caducifolia na estação seca. Altura média de 8 a 15 metros. Cobertura arbórea de
50 a 90%. Flora com elementos de Cerrado (sentido restrito) e de Mata...................

Presença de espécies sempre-verdes e caducifólias, variando consideravelmente a


cobertura arbórea entre a estação seca e a estação chuvosa ......a.qaesesihsica osiratendencad 8

Predomínio de espécies sempre-verdes, pouco variando a cobertura arbórea ao


longo doranos. cmo obs erocaro rca Dano amparada dp Mata Seca Sempre-Verde

Presença equilibrada de espécies sempre-verdes e caducifólias. Cobertura arbórea


raramente inferior a 50% na estação seca ......................... Mata Seca Semidecídua

Predomínio total de espécies caducifólias. Cobertura arbórea inferior a 50%


na estação seca. Geralmente em áreas com afloramentos de rocha ou solos
CAÍCÁRIOS du MA SE ND RT LÃ SR RA o a SA RA Mata Seca Decídua

Estrutura de savana. Flora predominantemente arbóreo-arbustiva, espalhada sobre


o estrato herbáceo que pode ser destacado. Cobertura arbórea de 5 a 70%. Dossel,
se presente; getalmente desconto ss as mos pansrstrach ea sans dao OE a 10

Estrutura de campo. Flora predominantemente herbáceo-arbustiva. Cobertura


atbótea ausente ou sem destaque. -o caes como senao urbe RAR pesei ERR 17

10. Apenas em terrenos bem deCnados. Mie sussa eg de E aaa RR 11

ORE Em terrenos mal drenados, ou terrenos mal drenados com locais bem
drenados ideia rr a dA A 15

ho Flora arbórea composta por diversas espécies, principalmente dicotiledôneas ... 12

MEI Flora arbórea com predomínio total de uma única espécie de palmeira, dos
gêneros Acrocomia ou Artaka ou Syagrus. Presença insignificante de árvores
dicotiledôneas «cas Palmeiral (“Macaubal” - “Babaçual” - “Guerobal”)
Fitofistonomias do bioma Cerrado 151

12: Cobertura arbórea infefior a 50%. Altura média do estrato arbóreo de 2 à 6


metros. Nunca forma dossel contínuo. Estrato arbóreo com indivíduos
Reco minantemente TOrtuOsOS rs Ra O gr DR ai ne SEE do R UR PRN da 13

(24 Cobertura arbórea de 50 a 70%. Altura média do estrato arbóreo de 5 a 8 metros.


Pode formar faixas com dossel contínuo. Estrato arbóreo com indivíduos eretos e
TOTO
SO SERRADA o A RR e CA ca O eu gr DO aro Ds Rd Cerrado Denso

o Cobertura arbórea de 5 a 20%. Estrato arbóreo pouco denso. Altura média do


estratojarboórcode-2 a Ametros + ssa cata si ar dan car oR ERA Sa esc Rea a AD 14

13% Cobertura arbórea de 20 a 50%. Estrato arbóreo destacado. Altura média do


estrato atbotegide aC imetros css Cerrado Típico

14. Arvores e arbustos crescem sobre solos com pouca profundidade, mas com
ausência de afloramentos de rocha. Flora típica do Cerrado ............ Cerrado Ralo

. Arvores e arbustos crescem em locais onde há afloramentos de rocha


característicos, com pouco ou nenhum solo. Flora com elementos característicos,
adaptada ao rambiente UDICOlA >"... rr rasa ita viçoeccen dis ciais ado Cerrado Rupestre

15. Flora arbórea com a presença marcante do buriti (Maunitia flexnosa), em terrenos
maldtenados tm o Ran das an nt sa o OR RRE 6 DARDO O O E RT RI 16

15%, Flora arbórea formada por diversas espécies. Arvores agrupadas em locais
específicos do terreno, geralmente em ligeiras elevações (murundus), onde o solo
posstu melhor dfenagem...enmsisirasisiaassiss
seisxoiodeto sra Parque de Cerrado

Ge Os burítis não formam dossel e crescem em meio a um agrupamento mais ou


menos denso de espécies arbustivo-herbáceas. Cobertura arbórea de 5 a 10%. Os
buritis concentram-se em locais onde há linhas de drenagem mal definidas, com
formas campestres associadas de maneira característica .................ii Vereda

16”. Os buritis formam um dossel descontínuo e crescem espalhados sobre um campo


graminoso. Cobertura arbórea de 40 a 70%. Os bunitis distribuem-se pelo terreno
onde não existem linhas de drenagem definidas ................. Palmeiral (“Buritizal”)

17. Comrarbustas ouumas poucas arvoretas isoladas «siujuibircareativertisearasoraentiasssasero 18

Li SSTUNA LOSS OL ALVO LOTAS REC Procurar er quaca A Laea Lana quai nes ques catete a cUanao Gotan es Dona assess 2
152 José Felipe Ribeiro; Bruno Machado Teles Walter

18. Arbustos crescem em áreas com algum solo e não em afloramentos de rocha.
Flota: Com elementos de Cerrado: (sentido restrito)... sos a arado ciais 19

18". Arbustos crescem diretamente nas fendas de afloramentos de rocha, em trechos


com pouco ou nenhum solo. Flora característica com muitos endemismos ..............
Ene Ad a rn ni a o a Campo Rupestre

19. Terrenos mal drenados ou bem drenados apenas em ligeiras elevações


CONCONEHCAS paes e RO e A rt DE qe DR nao pe SO SER 20

19º Somente terrenos bem drenados. css


cu E A Campo Sujo Seco

20), “Somente solos: malidrenado SS de tia a ac Campo Sujo Úmido

20”. Solos mal drenados com elevações do terreno (murundus) bem drenadas .................
RARE IRS o dep RREO GRE RO, ARE CE RR COPA RR RR Campo Sujo com Murundus

21. Terrenos mal drenados ou bem drenados apenas em ligeiras elevações


CONCentricas TEAM a Re AIRE eta rt pn psp 1 Mt; a o te 22

210 Somente terrenos Den dienados ce qc rocha ae Campo Limpo Seco

22" Somente solos malidienAdo Ser. gata a sapapaio E aa Campo Limpo ÚUmido

22”. Solos mal drenados com elevações do terreno (murundus) bem drenadas .............
dg rea SC A a a Campo Limpo com Murundus

Agradecimentos

Agradecemos a Sueli Matiko Sano, Manoel Cláudio da Silva Júnior,


Ary Teixeira de Oliveira-Filho, Semíramis Pedrosa de Almeida, Ivan Schiavini
e Luciano Bianchetti pelas valiosas sugestões apresentadas.

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Capítulo IV”

Fenologia e biologia reprodutiva


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FENOLOGIA E BIOLOGIA REPRODUTIVA
DAS ESPÉCIES DE CERRADO!

Paulo Iugénio Oliveira?

À variação sazonal é uma característica básica do clima e da vege-


tação dos Cerrados. Observações sobre o período de floração e troca de
folhas de plantas de Cerrado e sua associação com as mudanças ambientais
já são citadas em Warming (1908) e têm permeado direta ou indiretamente
os estudos sobre esse tipo de vegetação. Este capítulo analisa os dados
disponíveis sobre fenologia de plantas lenhosas de cerrado e apresenta um
modelo que ajude a explicar o comportamento fenológico e a reprodução
dessas plantas.

Fenologia e savanas tropicais

Tem havido renovado interesse pelas variações fenológicas em plan-


tas tropicais. Tal interesse está ligado à necessidade de se tentar relacionar
as diferentes fases do ciclo de vida e o processo reprodutivo das plantas
nestas comunidades, de forma a obter uma visão integrada dos
determinantes destes processos (Frankie ef a/., 1974a; 1974b; Silva, 1987).
Neste sentido, é útil o conceito de estratégia fenológica (Monasterio &
Sarmiento, 1976), pois permite entender a diversidade dos eventos
fenológicos como formas alternativas de otimizar a reprodução e a sobre-
vivência das espécies. De acordo com este conceito, fenologia seria consi-
derada fruto de um processo ativo de seleção, em que estratégias diferentes
de alocação de recursos para as diversas fases do ciclo de vida propiciariam
taxas diferentes de sucesso reprodutivo, e não um ajustamento fortuito das
plantas as mudanças ambientais.
Usando esse enfoque Monasterio & Sarmiento (1976) observaram
que as mudanças sazonais não afetavam igualmente as várias formas
! Revisores técnicos: Ana Angélica A. Barbosa — UFU; Carlos Augusto Klink — UnB; Sueli Matiko
Sano — Embrapa Cerrados.
? Departamento de Biociências. Universidade Federal de Uberlândia, cx. postal 593.
CEP 38400-902, Uberlândia, MG.
170 Paulo Eugênio Oliveira

de vida e estratos da vegetação, mas que era possível agrupá-los com base
nas diferentes estratégias fenológicas as espécies das savanas venezuelanas.
Uma reorganização e ampliação desses grupos, baseadas principalmente
na forma de assimilação de carbono, crescimento e floração, foi usada para
descrever o comportamento fenológico das espécies de savanas neotropicais,
incluindo os cerrados brasileiros (Sarmiento & Monasterio, 1983). Quanto
à assimilação de carbono, eles definiram dois grupos básicos (Figura 1): um
de plantas com assimilação sazonal de carbono; e outro de plantas com
assimilação o ano inteiro. O primeiro grupo incluí plantas anuais ou perenes
com crescimento vegetativo apenas durante a estação chuvosa, passando a
estação seca na forma de sementes ou órgãos subterrâneos. O segundo
grupo inclui plantas ativas durante todo o ano, que apresentam crescimento
contínuo, com folhas sendo produzidas durante todo o ano, ou crescimento
sazonal, onde as plantas concentram a produção de folhas e o crescimento
durante um período reduzido do ano, geralmente no começo da estação
chuvosa. Em cada grupo, a floração pode ocorrer no começo da estação
chuvosa (precoces), mais para o final das chuvas (retardadas) ou
isoladamente durante a estação seca (tardias). Entre as plantas de
crescimento contínuo ocorrem ainda algumas com floração também
contínua, e entre as plantas anuais algumas poderiam ter ainda uma floração
oportunista ligadas a acontecimentos fortuitos e localizados (Figura 1).
Tal diversidade de estratégias fenológicas parece ser importante
para a dinâmica e estruturação das comunidades de savanas neotropicais.
À floração precoce ou tardia está associada com determinadas formas de
crescimento em gramíneas e ao mesmo tempo podem ser afetadas diferen-
temente pela ocorrência de fogo (Almeida, 1995). Desta forma, mudanças
na frequência ou na época das queimadas poderiam alterar a estrutura e
composição florística de uma área (Silva, 1987). Estudos fenológicos têm
indicado diferenças básicas entre o comportamento do estrato herbáceo e
subarbustivo, e do estrato arbóreo na vegetação. Enquanto plantas herbá-
ceas têm os seus eventos fenológicos ligados à estação chuvosa, as lenhosas
parecem ser mais independentes da sazonalidade e muitas delas florescem
em plena estação seca (Sarmiento & Monasterio, 1983).
Fenologia e biologia reprodutiva das espécies de Cerrado 1741

Floração precoce

Floração retardada

Assimilação de carbono
sazonal Floração tardia

Floração oportunista

Floração precoce

Floração retardada
Crescimento contínuo
ou quase contínuo E
Floração tardia

Assimilação de carbono E :
durante todo o ano oração oportunist

Floração precoce

Crescimento sazonal € Floração retardada

Floração tardia

FIG. 1. Estratégias fenológicas para plantas de Savanas tropicais (adaptado de


Sarmiento & Monasterio, 1983). Floração precoce, retardada, tardia ou
oportunista são definidas em função do início da estação chuvosa.
172 Paulo Eugênio Oliveira

Os dados existentes para os cerrados são, no entanto, fragmentári-


os. Espécies isoladas ou grupos de espécies têm sido estudados utilizando
metodologias e enfoques diferentes. Coutinho (1977, 1982) estudou o efei-
to do fogo sobre a fenologia de floração e dispersão de espécies de cerra-
do. Rizzo et al. (1971) estudaram a variação sazonal na deposição de folhas
em Áreas de Cerrado e Mata Caducifólia. Barros & Caldas (1980) e Ribeiro
et al., (1982) estudaram a fenodinâmica de espécies representativas dentro
de comunidades de cerrado. Dados fenológicos têm sido apresentados ain-
da em trabalhos de biologia reprodutiva (Gottsberger & Silberbauer-
Gottsberger, 1983; Oliveira & Sazima, 1990). Em termos comunitários existe
apenas o trabalho de Mantovani & Martins (1988) para os cerrados de São
Paulo. Estes autores estudaram mensalmente a fenologia da flora de uma
área de Cerrado e encontraram diferenças marcantes na fenologia de floração
do estrato herbáceo e arbustivo-arbóreo e na fenologia de frutificação de
acordo com a forma de dispersão.

Determinantes ambientais e diversidade fenológica

Como entender a diversidade de comportamentos fenológicos apa-


rente nesses estudos? Analisando os dados disponíveis sobre a fenologia
de espécies lenhosas do cerrado, basicamente o que se destaca é que a
sazonalidade não limita estritamente a fenologia (Sarmiento & Monasterio,
1983), e que os períodos de floração e frutificação parecem estar distribu-
ídos durante todo o ano (Sarmiento & Monasterio, 1983; Mantovani &
Martins, 1988). Os dados fenológicos obtidos para plantas lenhosas de uma
área de Cerrado no Jardim Botânico de Brasília, DF — JBB (Oliveira, 1991)
exemplificam o tipo de distribuição que parece ser característico da vegeta-
ção (Figura 2). E possível identificar picos das várias fenofases, sempre
relacionados com o final da estação seca; mas ao mesmo tempo é possível
encontrar espécies com uma dada fenofase em qualquer outra época do
ano.
Fenologia e biologia reprodutiva das espécies de Cerrado 173

/
Temperatura
30 =>
ES"PT
o 2 "TT"
SETE EEE SETE
º 10

300

E 200
E Evapotranspiração

100
Chuvas

0
jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set

Brotação

35
30 Botões
25
20
15

o Flores
5

Número0
espécies
de

25 Frutos

20: Caducifolia
total

jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set

FIG. 2. Climatograma e dados fenológicos de uma comunidade de plantas


lenhosas de Cerrado no Jardim Botânico de Brasília, DF. Os dados
representam o total de espécies apresentando pelo menos um indivíduo
com a fenofase (Oliveira, 1991).
174 Paulo Eugênio Oliveira

A premissa básica a ser discutida aqui, é que apenas o período de


estabelecimento de plantas novas parece ser rigidamente determinado pe-
las condições ambientais, e seria comum entre plantas lenhosas. As demais
fenofases estariam ajustadas sequencialmente a esse período de estabeleci-
mento e não determinadas diretamente pelas mudanças sazonais. Esse ajus-
tamento sequencial explicaria a diversidade de estratégias fenológicas e a
importância funcional destas diferentes estratégias na composição desse
tipo de vegetação. À discussão das características e padrões observados em
cada fenofase é feita a seguir, enfatizando as relações de dependência com
a estratégia comum de estabelecimento.

Estabelecimento

O clima dos cerrados é caracterizado pela presença de uma estação


seca bem matcada, podendo durar até seis meses (Eiten, 1972 e Figura 2).
Nestas condições a camada superficial do solo tende a secar completamen-
te até uma profundidade de 2 m, mas as camadas mais profundas mantêm-
se úmidas durante todo o ano (Rawitscher ef a/., 1943; Eiten, 1972). O
resultado é que plantas lenhosas, com sistemas radiculares profundos, man-
têm transpiração ativa e parecem não ser afetadas pela condição de seca
(Rawitscher, 1948). Mesmo com certas variações, essa relativa independên-
cia da sazonalidade permite crescimento mais ou menos contínuo (Alvin
& Silva, 1980). À seca periódica, entretanto, afeta severamente plantas her-
báceas com sistemas radiculares menos profundos, restringindo o cresci-
mento e provocando secamento da parte aérea. Essa biomassa seca funci-
ona como combustível para as frequentes queimadas. Plântulas resultantes
de sementes seriam extremamente vulneráveis às condições de seca e du-
rante muito tempo pensou-se que esses fatores limitariam a possibilidade
de reprodução sexuada e favoreceriam a reprodução vegetativa (Ferri, 1961;
Rizzini & Heringer, 1962; Rizzini, 1965). Todavia, a partir dos trabalhos de
Labouriau ei aí. (1963, 1964) tem sido mostrado que a reprodução sexuada e
Fenologia e biologia reprodutiva das espécies de Cerrado 175

o estabelecimento de plântulas não só é comum e viável, como envolvem


mecanismos muito bem adaptados às condições de cerrado. Crescimento
radicular rápido, de forma a atingir as camadas permanentemente úmidas
do solo, ou desenvolvimento de órgãos de reserva, podem ser formas de
garantir a sobrevivência (Labouriau ez a/., 1964; Handro, 1969; Paviani &
Haridasan, 1988; Oliveira & Silva, 1993). Mas a eficácia desses mecanismos
está ligada à sincronização da germinação com o início da estação chuvosa.
Essa sincronização, que maximizaria o período disponível para o
estabelecimento (Frankie ez a/., 1974b), tem sido observada em plântulas
de espécies lenhosas de Cerrado (Labouriau ef a/., 1964; Válio & Morais,
1966; Sarmiento & Monasterio, 1983). Estudo comunitário mais geral, talvez
nos moldes de Garwood (1983), seja importante para confirmar esse tipo
de sincronização entre as espécies de Cerrado.

Frutificação e dispersão

Com o período ótimo de estabelecimento restrito e sincronizado,


como descrito acima, a dispersão de propágulos precisaria ser ajustada para
coincidir com o período exatamente anterior ao início das chuvas. À dis-
persão pelo vento (anemocoria) coincide com o final da seca, mas a disper-
são por animais (zoocoria) depende da atividade dos dispersores a qual
parece ser maior durante a estação chuvosa (Gottsberger & Silberbauer-
Gottsberger, 1983). A análise da fenologia de frutificação das
espécies arbóreas no cerrado do JBB mostra padrões diferentes para espé-
cies disseminadas pelo vento e para aquelas dispersas por animais (Figu-
ra 3). É interessante notar que aquelas plantas dispersas durante a estação
seca parecem germinar prontamente, enquanto entre as disseminadas du-
tante a estação chuvosa têm sido observados muitos casos de dormência.
176 Paulo Eugênio Oliveira

Uma compilação de dados disponíveis sobre germinação de espécies de


Cerrado aponta neste sentido (Tabela 1), relacionando zoocoria, dispersão
na estação chuvosa e ocorrência de dormência. Existem, é certo, espécies
zoocoricas dispersas no início das chuvas e que não apresentam dormência
significativa. Exgenia dysenterica, por exemplo, não somente germina rapida-
mente como perde a viabilidade em 150 dias (Farias-Neto ef a/., 1991). O
mesmo parece acontecer com Hancornia pubescens (Parente & Carmona,
1988). Somente uma avaliação mais geral indicaria a importância relativa
de cada comportamento entre as espécies de Cerrado.

Espécies
zoocóricas (0)

e 30

ê22
o
>
S 20
— Espécies
15 anemocóricas
(+)

Seca Chuvas Seca

jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set

Período de observação

FIG. 3. Fenologia de frutificação em relação à forma de dispersão em uma


comunidade de plantas lenhosas de Cerrado. Os dados são estimativas,
baseadas nos dados fenológicos e densidade relativa das espécies (Oliveira,
1991), da percentagem de indivíduos com frutos na área durante o período
de estudo, de acordo com a forma de dispersão. Os períodos subseqiientes
aos picos de frutificação corresponderam a períodos de dispersão intensa.
Fenologia e biologia reprodutiva das espécies de Cerrado dd

TABELA 1. Algumas espécies para as quais existem dados de germinação


caracterizando a presença ou ausência de dormência. São
apresentados ainda o tipo e o período de dispersão dos propágulos!.

Espécies Dispersão Frutificação Referência

Sem dormência
Kielmeyera coriacea (Spr.) Mart. Anemocoria set-out Obs. pessoal
Kielmeyera spectosa St.Hil. Anemocoria set-out Obs. pessoal
Astronium fraxinifolium Schott. Anemocoria set-out Melo ez aí, 1979
Myracrodruon urundenva Fr. AJ. Anemocoria set-out Melo et a/., 1979
Psendobombax tomentosum Anemocoria set-out Melo et a/., 1979
(Mart. & Zucc) À. Robyns
Ercotheca pubescens Anemocoria set-out Melo et al., 1979
(Mart. & Zucc)Schott & Endl.
Prerodon pubescens Benth. Anemocoria set-out Melo et al., 1979
Roupala montana Aubl. Anemocoria set-out R.B. Henriques*
Vochysia thyrsoidea Pohl. Anemocoria set-out J.W.B.Machado*
Dimorphandra mollhis Benth. Zoocoria ago-set J.C. Sousa-Silva*
Zeyhera digitalis (Nell) Hoene Anemocoria set Joly & Felippe, 1979b
Com dormência
Esnmotum nitens (Benth.) Miers. Zoocortia dez-jan Moreira, 1987
“Annona crassiflora Mart. Zoocoria fev-mar Rizzini, 1971
Eugenia dysenterica DC Zoocoria nov-dez Rizzini, 1971
Rapanea guianensis Aubl. Zoocoria out-jan Joly & Felippe, 1979a
Salacia sylvestris (Mart Steud.) Zoocoria - Rizzini, 1975
Caryocar brasiitense Camb. Zoocoria dez-jan Carvalho et a/., 1994
Andira humils Mart ex Benth. Zoocoria - Handro, 1969
Styrax ferrugineus Nees & Mart. Zoocoria set-dez Felippe & Silva, 1984
* Observação pessoal
! Com algumas exceções, estes dados foram obtidos em condições de laboratório, com sementes de
diferentes proveniências e com diferentes tempos de armazenamento, devendo portanto ser
encarados com restrições.
? Sin. Astronium urundenva (Pr. Allem.) Engl.

Esta associação, que parece contra-intuitiva, entre dormência e dis-


persão durante as chuvas, seria uma forma de ajustar a germinação dessas
espécies com a estação chuvosa seguinte, maximizando, portanto, o perío-
do de estabelecimento (Frankie ez a/., 1974b). Garwood (1983) encontrou
uma situação semelhante para florestas de Costa Rica. Ela sugere, entre-
tanto, que naquela comunidade, a presença de dormência e a sincronização
178 Paulo Eugênio Oliveira

da germinação com o início da estação chuvosa seriam uma forma de evi-


tar competição por luminosidade, uma vez que as copas das plantas adultas
não teriam ainda sido recompostas.

Floração

O ajustamento da fenologia de floração é menos definido do que o


observado para frutificação e dispersão. Uma análise da fenologia de floração
de espécies com diferentes sistemas polinização (Figura 4) mostra grande
variação entre sistemas de polinização e também dentro do mesmo siste-
ma, apesar de existir maior convergência da floração no final da época
seca. Essa concentração parece estar associada à disponibilidade de grupos
diferentes de polinizadores. Mudanças de pluviosidade, temperatura,
fotoperíodo e ocorrência de fogo devem funcionar como “gatilhos”
ambientais sinalizando a ocorrência de floração (como em Opler ez aí,
1976), mas não como determinantes estritos. Possível competição por
polinizadores como em Oualea spp (Barbosa, 1983), restrições filogenéticas,
e mesmo diferentes estratégias de alocação de recursos (Sarmiento &
Monasterio, 1983), talvez sejam mais importantes no ajustamento do perí-
odo de floração. As estratégias de floração precoce, retardada e tardia, cita-
das por Sarmiento & Monasterio (1983) parecem representar extremos de
uma distribuição de espécies em floração ao longo de todo o ano (Mantovani
& Martins, 1988).
À diversidade de fenologias de floração está relacionada aos perío-
dos ótimos de dispersão através de diferentes períodos de desenvolvimen-
to de frutos. Espécies disseminadas pelo vento, por exemplo, podem ex-
plorar polinizadores disponíveis em diferentes épocas do ano, mas ajustar
o desenvolvimento dos frutos para a mesma época de dispersão. Espécies
co-genéricas como em Kielmeyera e Vochysia têm morfologia floral e de fru-
tos semelhantes, mas períodos de desenvolvimento dos frutos variando de
poucos meses até um ano (Figura 5). Este tipo de ajustamento parece ocorrer
também em espécies zoocóricas como Ezmotum nitens (Figura 6). Nesta
espécie, frutos formados no final da estação chuvosa são dispersos no come-
ço ou dutante a estação chuvosa seguinte. Este tipo de ajustamento associado
as restrições ao estabelecimento faz com que no caso de Emmotun nitens as
novas plântulas germinem quase dois anos após a floração (Moreira, 1987).
Fenologia e biologia reprodutiva das espécies de Cerrado 179

e-e- Mariposas

-=&—&- Morcegos

“=
Insetos muito
pequenos

(%)
Indivíduos

4-—4- Abelhas grandes o


-6—e- Pequenos insetos

Indivíduos
(%)

jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set

FIG. 4. Fenologia de floração em relação aos sistemas de polinização numa


comunidade de plantas lenhosas de cerrado. Os dados são estimativas
semanais da percentagem de indivíduos em floração dentro de cada grupo
com um mesmo sistema de polinização (Oliveira, 1991). Insetos muito
pequenos seriam micro-Hymenoptera, Lepidoptera, Thysanoptera e
outros insetos menores que 5 mm. Insetos pequenos incluem abelhas
pequenas (<12 mm), vespas e moscas. Abelhas grandes incluem aquelas
maiores que 12 mm, com língua longa.
180 Paulo Eugênio Oliveira

Kielmeyera coriacea
Brotação
Floração iammm=meso

PE
e dispersão E A
Estabelecimento Y Y
JEFEMAM]JASONDIFMAMJ]J ASOND
Meses
Kielmeyera speciosa
Brotação
Floração seas ==="
Frutific ação O REY ERA TIRV

e dispersão
Estabelecimento b '
JEM
A MIT ITA NS O NTDIME MAM IT TA SO NID
Meses

Vochysia rufa
Brotação
Floração encaram Emeençess)

Frutificação
e dispersão MTE, Crer

Estabelecimento y &
NE MAM JASON D JEM AIM TAS OND
E À Meses
Vochysia thyrsoidea
Brotação ren
Floração = (saco eramos

Er
e dispersão 7 = |
Estabelecimento + +

VE MAM
IT JZAS O Nº DAVE M AME ASSTO-ND
Meses

FIG. 5. Fenograma de espécies com dispersão anemocóricas ocorrentes na área


estudada no Jardim Botânico de Brasília, DF. As espécies co-genéricas de
Kielmeyera e Vochysta têm o mesmo tipo de morfologia floral, sistema de
polinização e dispersão anemocórica, entretanto apresentam períodos de
floração e desenvolvimento de frutos diferenciados. A época de dispersão
coincide com o final da seca e o estabelecimento é subsequente. Não
existe dormência.
Fenologia e biologia reprodutiva das espécies de Cerrado 181

Caryocar brasiliense
Brotação
Floração = as
Frutificação e resprara ——
e dispersão

Estabelecimento y +
JFMAMJJASONDJFMAM]JASOND
Meses

Annona crassiflora

Brotação
Floração = e]
Frutificação eraeem
e dispersão E TO re o DE

Estabelecimento y &
JFMAMJJ ASONDJIFMAMJJ ASOND
Meses

Ocotea spixiana
Brotação
Floração coesa essnnta
Frutificação Ee Ro ESEC
e dispersão - - — -
Estabelecimento y ? v
JFMAMJJ ASONDJFMAM]J ASOND
Meses
Emmotum nitens
Brotação
E loração ORLA re

Ga EESC SO en A ES O A
Frutificação

Estabelecimento q
JFMAMJ]JJ ASONDJFMAMJ]JASOND
Meses

FIG. 6. Fenograma de espécies com dispersão zoocórica (baseados em Oliveira,


1991 e observações pessoais). Dispersando os frutos em plena estação
chuvosa essas espécies apresentam mecanismos de dormência. A
dormência ajusta a germinação ao início da estação chuvosa seguinte.
Emmotum nitens parece ter floração bianual e longos períodos de
desenvolvimento dos frutos e dormência. Espécies zoocóricas dispersando
os frutos no início da estação chuvosa, como Ovotea spixiana, poderiam ou
não apresentar dormência.
182 Paulo Eugênio Oliveira

Brotação

Árvores e arbustos de cerrado podem ter brotação continuada (ou


prolongada), com produção e troca de folhas ocorrendo em diferentes
épocas do ano, ou brevidecíduas (Sarmiento & Monasterio, 1983). Essa
troca concentrada no final da estação seca é precedida ou acompanhada
por caducifolia (sincronização entre caducifolia e brotação, varia de espé-
cie para espécie, entre indivíduos da mesma espécie e entre diferentes anos
para um mesmo indivíduo). Algumas espécies podem ser utilizadas como
exemplos extremos dessas estratégias (Figura 7). Da relação entre o
brotamento e o período de reprodução se originariam as estratégias de
floração descritas por Sarmiento & Monasterio (1983).

Brotação
CONES Dalbergia: miscolobium
j i

Brotação E Vochysia thyrsoidea


Brotação sa Emmotum nitens

Indivíduos
(%)
brotação
em

jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set

FIG.7. Fenologia de brotação e caducifolia total de três espécies de Cerrado. Os


dados representam a percentagem semanal de indivíduos de cada espécie
observados com gemas ativas e folhas novas, ou com ausência total de
folhas. Dalbergia miscolobium apresenta um comportamento brevidecíduo
característico com caducifolia total, e renovação de folhas limitada a duas
semanas no ano, enquanto Vochysia thyrsoidea e Emmotum nitens apresentam
brotação mais ou menos constante durante o ano e nunca apresentam
caducifolia total.
Fenologia e biologia reprodutiva das espécies de Cerrado 183

Entre as espécies brevidecíduas, o período de floração em relação


à troca de folhas pode ser importante do ponto de vista dos recursos a
serem alocados na reprodução. À floração precoce, acompanhando ou se-
guindo a troca de folhas implica que o processo reprodutivo, principal-
mente a dispendiosa formação de frutos, pode ser mantido com o produto
fotossintético sendo gerado naquele momento. À alocação dos recursos
pode ser ajustada, sincronicamente, às variações ambientais. A floração
retardada envolve deslocamento da floração e consequentemente da re-
produção para o final da estação seca. Em plantas anuais, esse tipo de atra-
so permite a acumulação de recursos durante o crescimento, que são
alocados depois na reprodução (Rathcke & Lacey, 1985). Tal atraso em
plantas perenes poderia permitir o ajustamento do esforço reprodutivo em
função dos recursos acumulados na estação de crescimento anterior, evi-
tando que os riscos de condições adversas de crescimento inviabilizem o
investimento já iniciado no período de floração e de frutificação. À relativa
previsibilidade das condições ambientais para plantas lenhosas de cerrado,
talvez explique a predominância de plantas com floração precoce e associ-
ada ao crescimento vegetativo.
Finalmente, a floração tardia ocorreria isolada durante a estação
seca. Essas plantas florescem com folhas senescentes ou sem folhas, antes
da brotação. À partir da descrição de Sarmiento & Monasterio (1983) é
difícil separar essas plantas das espécies com floração precoce, que muitas
vezes começam a produzir flores na estação seca. Entre estas plantas de
floração tardia, existem aquelas que florescem, desenvolvem e maturam os
frutos na estação seca, começando a brotar folhas novas após o período
reprodutivo. Essas não formam um grupo amplo, mas talvez os exemplos
mais notáveis sejam as espécies de Tabebuia (1pês). Os ipês florescem sem
folhas, desenvolvem os frutos e dispersam as sementes antes da nova
brotação (Barros, 1989, e observação pessoal), realizando todo o processo
reprodutivo com recursos acumulados na estação de crescimento anterior
ou com fotossintetatos das próprias estruturas reprodutivas.
184 Paulo Eugênio Oliveira

Modelo geral

O esquema na Figura 8 resume os padrões fenológicos em cada


fenofase e suas relações com o padrão comum de estabelecimento. As com-
binações entre essas fenofases compõem as estratégias fenológicas de cada
espécie. A relativa independência fisiológica das plantas arbóreas de cerra-
do em relação à sazonalidade ambiental e as opções de ajustamento
sequencial entre as fenofases, possibilitam grande diversidade de estratégi-
as fenológicas para determinada espécie. Essa diversidade pode ser limita-
da por restrições morfológicas e filogenéticas que determinam, por exem-
plo, o tipo de fruto ou polinizador. Ainda assim, as possibilidades de dife-
renciação fenológica parecem ser grandes mesmo entre espécies co-gené-
ricas (Figura 5).

Fenologia e estrutura da comunidade

Com essa diversidade de estratégias fenológicas possíveis entre as


plantas lenhosas de cerrado, como atuariam os mecanismos de seleção so-
bre a frequência em que ocorre cada estratégia? Estas estratégias não pare-
cem ter um sucesso igual no mosaico de condições ambientais e
fitofisionomias que constituem o cerrado. À distribuição de espécies
anemocóricas, pot exemplo, não é independente das mudanças fistonômicas
(Gottsberger & Silberbauer-Gottsberger, 1983; Oliveira & Moreira, 1992)
de forma que períodos de dispersão e disponibilidade de frutos devem ser
diferentes entre fisionomias, trazendo consequências para a organização
da comunidade.
Plantas que têm comportamento de brotação continuado talvez
sejam mais vulneráveis em condições de fogo frequente, mas ao mesmo
tempo, o sombreamento proporcionado por plantas como Ezmotum
mitens deve afetar a densidade local de plantas herbáceas, e como conseqiên-
cia a intensidade e probabilidade de queimadas. Com frutificação durante a
estação chuvosa e atraindo dispersores semelhantes, estas espécies
zoocóticas tipicamente florestais, como E7zmotum nitens e Ocotea spixiana,
podem formar aglomerados mais densos e diferenciados em áreas de cer-
tado. Desta maneira, fenologia e forma de dispersão poderiam ser, junta-
mente com o regime de fogo e disponibilidade de água (Furley & Ratter,
1988), fatores que influenciariam na origem de cerradões distróficos.
0BÍPIOIg
epenuguos
enpiospinaig enpiospiasig

BUODOUIGUY BLODOUISUY

Ojusu!d9/9qeisa OpÍBUIULDS) opÍPUIuDO


sares rege some pa
a O
BIDUGULOG À) EIDUQUIOC À) BIJUZULOC

SeANUO po9S SEANYS BOSS SPANUO


Fenologia e biologia reprodutiva das espécies de Cerrado

“SD OJ9POW OADUIDS9P


SOP SOJUIDAD SODISOJOU9J
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Y EIDUQII090
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9P OPEIJ99
9O OJUSUIIDIPIQLISA
op sejnurg|d
OU OI9JUI
EP OgSEIS9 *ESOANYD
185
186 Paulo Eugênio Oliveira

Por sua vez, estas mudanças na estrutura da comunidade, que re-


fletem na importância relativa das espécies ao longo dos gradientes
fisionômicos, poderiam modificar a frequência de floração e a importância
de cada sistema de polinização. Supondo o mesmo conjunto de espécies
estudadas no Jardim Botânico de Brasília (Figura 2), mas usando-se as den-
sidades relativas, obtidas num estudo de gradiente em outros cerrados do
Distrito Federal (Ribeiro et a/., 1985), é possível observar como o padrão
de indivíduos em floração poderia ser diferente entre áreas de Cerrado
Ralo e Cerradão (Figura 9). Espécies importantes na área de cerradão flo-
rescem fora do pico associado com o início das chuvas, que é delineado
pata a área de cerrado.
35

Cerrado Ralo

Botões

(%) 10
Indivíduos Flores

30

25

q Cerradão
— 20
(72)
Ss
o 15
=
e 10 Botões

5 Flores

jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set
CC—TTTDODoooEÉE [|]
Seca Chuvas Seca
Período de observação

FIG. 9. Fenologia e mudanças fitofisionômicas. Os dados básicos de fenologia


de floração obtidos para um cerrado no Jardim Botânico de Brasília foram
multiplicados pela densidade relativa das espécies em um Cerrado ralo e
um certadão do Distrito Federal (Ribeiro e/ a/., 1985). Espécies não citadas
nas listas foram consideradas tão raras quanto às espécies mais raras na
área e atribuídas densidades relativas similares (Oliveira, 1991).
Fenologia e biologia reprodutiva das espécies de Cerrado 187

Conclusão

Dados fenológicos são básicos para entender a reprodução e eco-


logia de plantas de um modo geral (Rathcke & Lacey, 1985), e são particu-
larmente importantes em ambientes tropicais, onde as variações sazonais
não são determinantes tão diretos dos processos fenológicos como em
ambientes temperados (Frankie et a/., 19743). Em ambientes tropicais a
diversidade de estratégias fenológicas representa formas alternativas de
sobrevivência, e os mecanismos que selecionam diferentes padrões podem
ser determinados pelas interações ecológicas, relações filogenéticas e his-
tória das comunidades.

À diversidade de estratégias fenológicas entre as plantas lenhosas


de cerrado mostra que as variações sazonais não são determinantes exclu-
sivos do processo reprodutivo. Essas estratégias são compostas por alter-
nativas até certo ponto independentes em cada fenofase, e apenas o esta-
belecimento das plantas parece ser restrito para todas as espécies. O ajusta-
mento das diferentes épocas de floração e dispersão de sementes, através
do tempo de maturacão dos frutos e da presença de dormência, permitem
a germinação das espécies no período ótimo para o estabelecimento. À
partir do modelo apresentado é possível fazer previsões relacionando, por
exemplo, época de dispersão e presença de dormência nas sementes, que
podem ser efetivamente testadas.

Agradecimentos

À Adriana Moreira e Carlos A. Klink (UnB) pela discussão das


idéias e sugestões apresentadas ao texto original. Ao Peter E. Gibbs e ao
José Felipe Ribeiro pelo estímulo para a redação do manuscrito final. Ao
revisores pelas importantes modificações sugeridas. Os dados fenológicos
originais são parte da tese de PhD pela Universidade de St. Andrews (Es-
cócia) quando o autor foi bolsista do CNPq (200219/87).
188 Paulo Eugênio Oliveira

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Capítulo

Coleta, propagação e
desenvolvimento inicial de
espécies do Cerrado
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COLETA, PROPAGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
INICIAL DE ESPÉCIES DO CERRADO!

José Teodoro de Melo?


José Antonio da Silva”
Roberto Augusto de Almeida Torres“
Conceição Eneida dos Santos da Silveira”
Linda Styer Caldas”

A maioria dos projetos que visam à conservação e exploração de


espécies nativas do Cerrado dependem da formação de mudas. Assim a
renovação da vegetação e a recuperação de áreas degradadas, estabeleci-
mento de bancos de germoplasma, programas de melhoramento e plantios
para exploração econômica de frutos, madeira e produtos medicinais são
baseados na coleta de sementes e propagação daquelas espécies. Os objeti-
vos do trabalho determinarão os procedimentos a serem adotados nas co-
letas e na propagação para maior garantia de sucesso.

Qualquer que seja o tipo de projeto, os fatores relativos à coleta


dos materiais a serem propagados envolvem desde a escolha de matrizes, a
coleta propriamente dita, e a opção entre métodos de propagação sexuada,
por sementes, ou assexuada, por um dos métodos de propagação vegetativa.

Conhecimentos básicos sobre a dormência, a germinação de se-


mentes e a propagação vegetativa das plantas são fundamentais. Esses as-
pectos são muitas vezes pouco conhecidos nas espécies nativas, incluindo
as do Cerrado.

Revisor técnico: José Carlos Sousa Silva — Embrapa Cerrados.


"Embrapa Cerrados, cx. postal 08223. CEP 73301-970 - Planaltina, DF.
' Dept? de Biologia Geral/ICB - Universidade Federal de Goiás, cx. postal 131. CEP 74001-970 —
Goiânia, GO.
Depto. de Botânica/IB - Universidade de Brasília, cx. postal 04457. CEP 70919-970. Brasília, DF.
196 José Teodoro de Medo et aí.

Discute-se neste capítulo os fatores relacionados à produção de


mudas de plantas nativas do Cerrado e tipos de propagação; sexuada ou
assexuada, que possam interferir na eficiência do processo.

Coleta de material de propagação

Escolha das árvores matrizes

Embora todas as etapas do processo de produção de mudas sejam


importantes, deve-se ressaltar que a coleta do material a ser propagado
assume relevância, uma vez que as outras fases dependerão da quantidade
e qualidade do material coletado.
Diante disso, a coleta deve-se basear em planejamento criterioso
que contemple a biologia dos materiais a ser coletados.
Por se tratar da coleta e produção de mudas de espécies nativas,
onde existem poucos estudos de comportamento no que diz respeito aos
aspectos fisiológicos e genéticos, a figura do coletor é importante, devendo
ser pessoa experiente e com bastante vivência nesse tipo de vegetação.
Ressalta-se que a seleção de matrizes em vegetação nativa difere da seleção
em plantios uniformes, feitos numa mesma época. No Cerrado há plantas
de várias idades e uma árvore maior e mais vigorosa, por ser mais velha,
pode não ser a melhor. À herdabilidade stricto sensu para altura em duas
populações de aroeira (Myracrodruon urundenva) foi muito baixa (0,11 para
uma população e (0,02 para a outra), mostrando a pequena correlação que
existe entre a altura da matriz e da progênie nessas populações naturais
(Moraes ef aí. 1993). Haverá necessidade de testes de procedências e pro-
gênies para o melhoramento das espécies nativas, visando a determinada
característica, bem como avaliação do germoplasma.
Quando se pretende produzir mudas para exploração econômica,
como produção de madeira ou formação de pomares de fruteiras do Cer-
rado, deve-se escolher as plantas vigorosas e com desenvolvimento fisioló-
Coleta, propagação e desenvolvimento inicial de espécies do Cerrado 197

gico semelhante, floráção e frutificação nas mesmas épocas. A


coleta assim orientada produzirá uma população mais homogênea, embora
com menor variabilidade genética. Para recuperação de áreas degradadas e
estabelecimento de bancos de germoplasma as coletas devem ser as mais
amplas possíveis e consequentemente produzirão populações heterogêne-
as com maior base genética. Com isso, se obtêm uma população em condi-
ção de cultivo semelhante à natural.

O conhecimento do tipo de reprodução das espécies é essencial no


planejamento das coletas, pois interfere diretamente na base genética da
população, ou seja, no seu tamanho efetivo, quando a reprodução é feita
por semente. Uma espécie de polinização cruzada produz uma população
de meio-irmãos; nessas condições as sementes oriundas de uma árvore
apresentarão tamanho efetivo igual a quatro, enquanto as populações pro-
duzidas de coleta em espécies de autofecundação, nas mesmas condições
das espécies de fecundação cruzada, terão uma base genética mais estreita,
haja vista que as sementes coletadas de uma mesma árvore apresentarão
tamanho efetivo igual a um. Para as espécies que serão reproduzidas
assexuadamente, cada planta representa um único genótipo, independente
do número de propágulos que se faz dessa planta. Para que se tenha maior
representatividade da população inicial, bem como, base genética mais
ampla, é mais importante coletar menor quantidade de material, seja se-
mente ou propágulo, em maior número de matrizes do que maior quanti-
dade por matriz. As plantas da mesma espécie, próximas uma das outras,
têm maior chance de serem aparentadas, ou seja, de apresentarem certa
endogamia, o que ocasionaria redução na variabilidade genética e menor
viabilidade das sementes. Por isso, as matrizes devem ser escolhidas com
certo afastamento entre st.

Considera-se árvore matriz aquela que comparada às outras, mais


se aproxima do ideal, ou seja, exibe as características consideradas de supe-
rioridade em silvicultura. E dela que se retira o material a ser propagado.
198 José Teodoro de Medo et aí.

Para uma correta seleção de árvores matrizes, deve-se considerar o


uso final do plantio. Se o objetivo for produção de frutos as árvores con-
tendo copas grandes e muitos frutos devem ser as selecionadas e para pro-
dução de madeira, as de grande volume de tronco, galhos finos e fuste reto.
Entretanto, vale ressaltar que nem sempre a árvore de maior volume é a
melhor geneticamente, pois populações nativas apresentam plantas com
diferentes idades e, nessas condições, o maior volume pode representar
diferença de idade e não a melhor constituição genética.
Independente do objetivo do plantio, as árvores matrizes devem
ser vigorosas e não mostrar sinais de ataque de pragas e doenças. Plantas
com alguns sinais de doenças, sendo vigorosas, podem também ser esco-
lhidas pois, apresentam capacidade de tolerância às doenças e permitindo
sua coexistência com o patógeno sem danos significativos. A sanidade é
essencial para obter sucesso nas etapas subsequentes da produção de mu-
das, além de garantir maior probabilidade de estar propagando os genótipos
que apresentam resistência ou tolerância às doenças.
Para sementes destinadas a programas de melhoramento, pode ser
satisfatória a escolha de plantas dominantes e co-dominantes, estipulando-
se distâncias mínimas entre elas, embora não represente a variabilidade
natural da população (Ferreira & Araújo, 1981). Em espécies de polinização
cruzada ou cujo sistema de polinização não seja bem conhecido, deve-se
evitar a coleta de sementes em árvores isoladas, pois pode haver endogamia
e com isso, as sementes produzidas podem ser de qualidade genética inferior.
As matrizes devem ser marcadas e mapeadas de tal modo que pos-
sam ser localizadas facilmente.
À maioria das espécies de frutos carnosos do Cerrado, tais como
pequi (Caryocar brasiliense); araticum (Annona crassiflora); mangaba (Hancornia
peciosa) e cagaita (Eugenia dysenterica), apresenta maturação de frutos entre o
início e o meio da estação chuvosa (setembro até janeiro) (Silva et al. 1992).
No período seco, predominam as espécies cujos frutos são secos, tais como
aroeira, sucupira-branca (Pterodon pubescens), e gonçalo-alves (Astronium
fraxinifolium) (Tabela 1).
Coleta, propagação e desenvolvimento inicial de espécies do Cerrado 199

TABELA 1. Tipo defruto, coloração, época de coleta e porte médio de algumas


espécies nativas do Cerrado, em Planaltina, DF.

Forca o to tolo mada a.


Espécie médio (m) Tipo Coloração Época de coleta
Acrocômia aculeata Mart. 8-10 carnoso verde-amarronzada mai-jan
Alibertia edulis Rich. 3-4 carnoso preta set-nov
Anacardium humile St. Hil. 0,60-0,80 seco amarela ou vermelha set-out
Anacardium othontanium Rizz. 4-6 seco amarela ou vermelha set-out
Anadenanthera falcata Benth. 6-8 seco marron ago-set
Annona crassiflora Mart. 6-8 carnoso amarronzada fev-mar
Aspidosperma macrocarpon Mart. 8-12 seco marron ago-set
Astronium fraxinifolium Schott. 8-12 seco marron out-nov
Bowdichia virgiliotdes Kunth. 6-8 seco marron nov-dez
Brosimum gaudichaudii Trec. 45 carnoso amarela set-nov
Byrsonima verbascifolia Rich. 3-4 carnoso amarela nov-mar
Campomanesta cambesseana Berg. 0,60-0,80 carnoso verde-amarelada set-nov
Caryocar brasiliense Camb. 6-8 carnoso verde out-jan
Copaifera langsdorffii Desf. 10-15 seco marron ago-set
Chrysopbyllum soboliferum Rizz. | 0,10-0,20 | carnoso amarela nov-jan
Curatella americana L. 6-10 seco marron out-noy
Dimorphandra mollis Benth. 48 seco preta ago-set
Dupteryx alata Vog, 6-8 seco amarronzada set-out
Eugenia cf. calycina Camb. 4-6 carnoso roxa ago-nov
Eugenia df. lushnathiana Klotz 6-8 carnoso amarela out-jan
Eugenia dysenterica DC. 6-8 carnoso amarela out-dez
Gemipa americana L. 6-8 carnoso amarronzada set-dez
Hancornia speciosa Gomez 4-6 carnoso verde-clara out-dez
Hymenaea shilbocarpa Mart. 8-10 seco marrom-escura set-nov
Hlymenaea stigonocarpa Mart. 4-6 seco preta set-nov
Inga spp. 6-8 carnoso verde-clara nov-jan
Magonia pubescens St. Hil. 5-9 seco marron ago-set
Mauritia vimfera Mart. 10-12 carnoso marron out-mar
Myracrodruon urundenva Allem 6-14 seco preta out-noy
Ortbygnia df.phalerata Mart. 6-8 carnoso amarronzada out-jan
Platymenia reticulata Benth. 6-12 seco marron ago-set
Pouteria df.gardineriana Radlk. 6-8 carnoso amarela jan-mar
Pouteria ramiflora Radlk. 4-6 carnoso amarela set-dez
Qualea grandiflora G. Don 4-8 seco amarronzada ago-set
Salacia campestris Peyer. 2-4 carnoso amarela set-dez
Salacia elliprica Peyer. 6-8 carnoso amarela out-dez
Solanum lycocarpum St. Hil. 3-4 carnoso verde jul-jan
Strypbnodendron adstringens Cov. 4-5 seco marron jul - set
Swartsia langsdorfii Radlk. 6-8 carnoso amarela ago-out
Syagrus flexuosa Becc. 3-4 carnoso vermelha set-mar
Syagrus oleracea Becc. 6-8 carnoso verde-clara set-jan
Xylopia sericea St. Hil. 4-6 seco avermelhada set-nov

Fonte : Silva et aí. (1992); Silva et al. (1994); Lorenzi (1992)


200 José Teodoro de Medo et al.

Epoca e métodos de coleta

Na coleta de material para propagação consideram-se várias etapas


importantes como seleção das matrizes, a época e os métodos de coleta.

Na silvicultura e na fruticultura a qualidade da semente é de grande


importância, pois o tempo entre o plantio e a coleta é muito longo (Amaral
& Araldi, 1979). Esse espaço de tempo, no caso de espécies nativas, pode
ser de décadas e o uso de semente inadequada será reconhecido após mut-
tos anos.

A semente carrega todo o potencial genético da futura planta e


pode determinar, em grande parte, o sucesso ou o fracasso de uma planta-
ção, por isso, a coleta de sementes deve ser feita com muito critério.

Antes da saída para uma expedição de coleta deve-se planejar cui-


dadosamente as operações e os materiais necessários, considerando a quan-
tidade de sementes a ser coletada, as características dos frutos, da árvore e
o local de coleta. Um calendário com os períodos de frutificação das espé-
cies que se deseja coletar é requisito básico, sendo que este período pode
sofrer pequenas variações entre regiões e de um ano para outro, e um le-
vantamento dos locais onde as espécies ocorrem. Este levantamento deve
ser feito com a colaboração de um mateiro que conheça bem a região e as
espécies pelo nome local.

Os equipamentos básicos para a coleta de sementes são: veículo


adaptado às condições de estrada de chão que no período chuvoso torna-
se de difícil acesso, podão acoplado a uma haste de alumínio ou de madei-
ra, tesoura de poda, baldes de plástico, sacos de aniagem, pano e papel de
diferentes dimensões, etiquetas, lona plástica para forrar o chão, sob as
árvores e “coador” do tipo utilizado para captura de insetos para a coleta
de sementes pequenas, leves ou aladas.
Coleta, propagação e desenvolvimento inicial de espécies do Cerrado 201

As sementes devem ser coletadas imediatamente após a maturação


fisiológica, época em que a maioria das espécies apresenta a maior taxa de
germinação. Este ponto é especialmente importante para as palmeiras.
Entretanto, para algumas espécies a coleta deve ser feita quando ocorrer a
maturação total do fruto, como é o caso do pequi. A época de maturação,
além de ser característica de cada espécie, pode apresentar variação de ár-
vore para árvore, de local para local e de ano para ano. Há, por isso, neces-
sidade de visitas frequentes ao local para avaliar o estádio de maturação
dos frutos.

As modificações morfológicas, bioquímicas e fisiológicas que ocor-


rem nos frutos e nas sementes durante o processo de maturação podem
ser usadas como indícios de maturação para o estabelecimento da época de
coleta. Geralmente esses sinais baseiam-se em parâmetros como colora-
ção, teor de umidade, densidade, tamanho e peso dos frutos e das semen-
tes (Figliolia & Aguiar, 1993).

A coleta de sementes geralmente é feita nas árvores e no chão. A


coleta na copa das árvores deve ser adotada sempre que possível, visto que
tem-se a certeza da origem das sementes, fator primordial, sobretudo se
elas forem destinadas a programas de melhoramento. Consiste em obter as
sementes diretamente das árvores por meio de ganchos ou podões apro-
priados, presos na extremidade de uma vara. No caso de plantas de peque-
no porte o acesso aos frutos pode ser do solo, por meio de varas ou esca-
das. Em árvores nativas do Cerrado, que são de menor porte, a coleta é
mais fácil quando comparada com a das espécies de florestas mais densas.
Embora o aspecto tortuoso das plantas possa facilitar a escalada mesmo
sem equipamentos, esse procedimento não é recomendável devido aos as-
pectos de segurança. A forma tortuosa pode ao mesmo tempo prejudicar o
uso de equipamentos que são, geralmente, planejados para troncos retilíneos.
202 José Teodoro de Medo et al.

A coleta no solo só deve ser adotada quando se tratar de frutos


grandes ou de sementes pesadas que não são dispersas pelo vento (Figliolia
& Aguiar, 1993). No Cerrado, esse método pode ser usado para pequi,
cagaita, jatobá (Hymenaca stilbocarpa), baru (Dipteryx alata). A coleta deve ser
inictada assim que a queda dos fruto se ntensificar. Sacudindo-se os galhos,
após a limpeza ou forração do solo ao redor da plarita com lona ou plástico
aumenta o rendimento e permite a identificação das matrizes.

Algumas espécies como o pequi, cujos frutos caem ao amadurecer,


devem ser coletados exclusivamente no chão, pois frutos apanhados dire-
tamente da árvore ou no chão, após sacudir os galhos não estão completa-
mente maduros e suas sementes apresentam taxa de germinação baixa.

O grau de maturação dos frutos é importante também para a


mangaba. Em sementes extraídas de frutos maduros apresentou taxa de
germinação de 86% e em semi maduros 60%, (Parente & Machado, 1986).
No entanto, esses frutos puderam ser mantidos no laboratório por período
de até 27 dias. A medida que amadureceram, as sementes foram extraídas e
mostraram taxas de germinação de 44% a 82%.

Extração de sementes

Após a coleta, as sementes devem ser retiradas dos frutos. As téc-


nicas para a extração vartam em função do tipo de fruto que pode ser seco,
carnóso, fibroso, alado, grande ou pequeno. À extração da polpa dos frutos
carnosos de casca mole, como a cagaita e a mangaba, pode ser feita,
macerando-os sobre uma peneira. Frutos com casca dura, como jatobá,
deverão ser quebrados e a polpa retirada com o auxílio de faca ou pilão (Silva
et al. 1992). A seguir, as sementes devem ser lavadas em água para remover
inibidores de germinação que possam existir na polpa. Posteriormente,
devem ser colocadas para secar à sombra em local ventilado (Tabela 2).
Coleta, propagação e desenvolvimento inicial de espécies do Cerrado 203

Ed

TABELA 2. Técnicas para extração de sementes de alguns frutos de espécies


nativas do Cerrado.

Técnicas Espécies Nome vulgar

Extração manual da polpa com o Aunona crassiflora Mart. araticum


auxílio de faca; lavagem das Caryocar brasiliense Camb. pequi
sementes em água corrente, Mauritia vinifera Mart. bunti
secagem à sombra. Pouteria gardneriana Radlk. guapeva
Pouteria rammflora Radlk. curríiola
Salacia campestris Peyer. bacupari
Swartzia langsdorfii Radlk. banha-de-galinha

Maceração e despolpamento dos Campomanesia cambedessiana Berg. gabiroba


frutos sobre peneiras; lavagem das Eugenia dysenterica DC. cagaita
sementes em água corrente e Genipa americana L. genipapo
secagem à sombra. Hancornia speciosa Gomez mangaba
Psidium firmum Bexg. araçá
Solanum iycocarpum St. Hil. lobeira
Secagem dos fruto sem recipiente Astronuim fraxinifolium Schott. gonçalo-alves
em local sombreado e ventilado, Myracrodruon urundeuva Allem aroeira
seguida de peneiramento em malha Cecropia spp embaúba
fina. Esse processo separa as Ficus spp gameleira
sementes muito pequenas. Vellogia flavicans Mart. canela-de-ema
Secagem à sombra até a abertura Bowdichia virgilioides Kunth. sucupira preta
natural dos frutos, soltando as Piptadenia falcata Benth. angico
sementes.
Corte das extremidades do fruto Prerodon pubescens Benth. sucupira branca
com tesoura de poda permitindo a
liberação da semente.
Quebra mecânica da casca e retira- Hymenaca stilbocarpa Maxt. jatobá
da da polpa com auxílio de uma
faca ou pilão deixando livre as
sementes.
Abertura dos frutos com auxílio de Dimorphandra mollis Benth. faveira
tesoura de poda e retirada das Stryphnodendron adstringens Cov. barbatimão
sementes.
204 José Teodoro de Medo et aí.

Armazenamento de sementes

As sementes são armazenadas por duas razões: para serem guarda-


das até a época de plantio e para manterem a qualidade fisiológica. A se-
gunda razão é considerada a mais importante, quando se pretende estabe-
lecer bancos de germoplasma, programas de melhoramento ou quando há
a necessidade de preservação de sementes remanescentes.

A duração do período de armazenamento depende do uso futuro


da semente. Um período curto, por exemplo, refere-se ao armazenamento
entre a coleta e o plantio, normalmente até seis meses; período médio visa
manter a viabilidade da semente por pelo menos cinco anos, com a finali-
dade de superar irregularidades na produção.

À preocupação com o armazenamento de sementes deve começar


no momento da coleta dos frutos. Em espécies cujos frutos entram em
processo de fermentação e putrefação muito rapidamente, o beneficiamento
e o acondicionamento devem ser feitos o mais rápido possível, evitando
interferência na sua sobrevivência.
A semente é um material que pode ganhar ou perder umidade para
o ambiente até atingir o equilíbrio higroscópico. De acordo com a compo-
sição química, apresentam diferentes teores de umidade de equilíbrio
(Popinigis, 1977). Assim, para as mesmas condições de ambiente, sementes
com elevado teor de proteína ou amido apresentam maior teor de umidade
de equilíbrio que as oleaginosas.

Considerando o teor de umidade durante o armazenamento as se-


mentes classificam-se em dois grandes grupos: ortodoxas e recalcitrantes
(Goedert & Wetzel, 1979). As ortodoxas devem ser armazenadas com
umidade entre 2% a 5%, não havendo limites para a temperatura, embora
sejam mais usados valores entre —10ºC e —20ºC. Neste grupo encontra-se a
maioria das plantas cultivadas.
Coleta, propagação e desenvolvimento inicial de espécies do Cerrado 205

Às sementes rêcalcitrantes apresentam alto teor de umidade na


época da maturação, atingindo valores entre 30% a 70% (Chin sd). São
muito sensíveis à dessecação e às baixas temperaturas durante o
armazenamento. Perdem rapidamente a viabilidade quando submetidas à
secagem a umidade abaixo de 12% a 31%, dependendo da espécie (Goedert
& Wetzel, 1979). Dependendo da espécie, essas sementes recalcitrantes
podem ser armazenadas por períodos que variam de alguns meses até um
ano, mas nunca por períodos muito longos.

Algumas espécies do Cerrado, como mangaba e gabiroba


(Campomanesia sp.), possuem sementes recalcitrantes. As de gabiroba com
teor de umidade de 32% se mantêm viáveis por 105 dias quando acondici-
onadas em vidro com tampa lacrada e armazenadas em temperatura de
aproximadamente 25ºC. A viabilidade de sementes de mangaba é de dois a
três dias se mantidas em condições ambientais, mas permanecem viáveis
por 60 dias se armazenadas com 52% de umidade a 5ºC em sacos de papel
(Melo & Silva, 1993). Oliveira & Valio (1992), conseguiram conservar se-
mentes de mangaba por nove semanas em sacos de polietileno, desde que
a umidade delas estivesse acima de 30%; uma queda brusca na germinação
ocorreu quando o teor de umidade foi reduzido para menos de 25%. Perda
rápida de viabilidade foi constatada também em bolsa-de-pastor (Zeyhera
digitalis) pelo teste de tetrazólio, caindo de 80% de embriões viáveis logo
após a coleta para 37% após 50 dias de armazenamento (Joly & Felippe,
1979). Mais uma espécie caracterizada por perda rápida de viabilidade foi o
pau-santo, cuja germinação diminuiu de 62% na época de coleta para 7%
quatro meses mais tarde (Melo et aí., 1979).

Existem, atualmente, muitos tipos de embalagens para acondicio-


nar sementes para o armazenamento. Quanto ao grau de permeabilidade
ao vapor de água elas classificam-se em: porosas, semiporosas e imperme-
áveis. Quando não se conhece o tipo de embalagem adequado para cada
espécie, recomendam-se as porosas (saco de papel, tecido) para o
206 José Teodoro de Medo et al.

armazenamento em câmara seca, devendo as sementes apresentar teor de


umidade de 9% a 12%. Farias Neto et al. (1991), verificaram que sementes
de cagaita acondicionadas em saco plástico e armazenadas em câmara fria
a 10ºC e umidade relativa de 60%, apresentaram as menores perdas de
viabilidade.

As embalagens semiporosas não impedem totalmente a passagem


de umidade, entretanto permitem menor troca de umidade que as porosas.
Para essas embalagens os materiais mais usados são: polietileno, papel
multifolhado, papel revestido com material ceroso, papel ou papelão trata-
do com alumínio ou asfalto. Essas embalagens podem ser usadas quando
as condições de armazenamento não forem demasiadamente úmidas e o
período não for muito prolongado (Carneiro & Aguiar, 1993).

As embalagens impermeáveis são confeccionadas com materiais


que não permitem troca de umidade com o ambiente como latas, vidro,
plástico, polietileno de alta densidade e espessura. Para o uso das imperme-
áveis o teor de umidade das sementes não pode ser elevado; deve variar
entre 4% a 12%. Entretanto, devem ser determinados os valores para cada
espécie, visto que algumas, como por exemplo, a gabiroba, mesmo nesse
tipo de embalagem, exige o armazenamento com 32% de umidade (Melo
& Silva, 1993).

A secagem visa a reduzir a umidade das sementes em níveis tais


que permitam o armazenamento. Essa operação é necessária pois o alto
teor de umidade é uma das principais causas da queda do poder germinativo
e do vigor para a maioria das sementes (Carvalho & Nakagawa, 1980). A
secagem geralmente é feita em estufas com temperatura entre 40ºC a 45ºC.
Entretanto, algumas sementes são sensíveis a essas temperaturas e podem
sofrer queda de germinação e vigor. Esse fato foi constatado por Miyasaki
& Cândido (1978) em sementes de ipê (Tabebuia sp.). Tem sido testada tam-
bém, a liofilização na secagem de sementes, isto é, elas são submetidas a
um congelamento e, a seguir, secadas a vácuo. Esse processo foi usado
Coleta, propagação e desenvolvimento inicial de espécies do Cerrado 207

com sucesso por Natale & Carvalho (1983) e Figliolia et a!. (1986/1988)
para sementes de ipê e possibilitou a redução da umidade para 4% a 6%
sem queda no poder germinativo.
Dentro de um mesmo lote, o tamanho das sementes é indicativo
da qualidade fisiológica e do vigor que são características relacionadas com
o potencial de armazenamento. Assim, a remoção das sementes menores
pode melhorar a qualidade e, consequntemente, refletir no armazenamento
(Justice & Bass, 1978) citados por (Ramos & Zanon, 1984). Silva et aí. (1992)
afirmam que para fruteiras nativas do Cerrado, essa melhoria pode ser ini-
ctada na fase de coleta, aproveitando apenas os frutos sadios, e continuada
após-a extração das sementes, uniformizando-as em função do tamanho,
cor e forma.

Para algumas espécies, diferenças na cor das sementes estão asso-


ciadas a diferentes taxas de germinação: as sementes claras de Stylosanthes
macrocephala germinaram melhor que as sementes escuras, de modo que
uma seleção pode melhorar a qualidade do lote (Silva & Felippe, 1986). A
mesma diferença na germinação foi observada entre sementes de cor clara
e de cor escura de sucupira branca (Reis et aí. 1985).

Recentemente, tem sido usada a criopreservação, que consiste no


uso do nitrogênio líquido a -196ºC para o armazenamento de sementes.
Por esse processo as atividades bioquímicas que presumivelmente danifi-
cam as células e causam declínio na viabilidade são inibidas pela baixa tem-
peratura, sendo mantida a viabilidade das sementes por longo período. De
acordo com Stanwood (1980), citado por Medeiros et aí. (1992), as semen-
tes devem ser armazenadas com o teor de umidade entre 4% a 6%, visto
que nesta temperatura podem ocorrer o congelamento e a ruptura dos
tecidos e, consequentemente, a morte da semente. Esse método foi usado
por Medeiros et aí. (1992) para a conservação de sementes de aroeira, mos-
trando ser uma técnica bastante viável para o armazenamento por longos
períodos.
208 José Teodoro de Medo et aí.

Dormência de sementes

A dormência é um mecanismo que permite à planta sobreviver a


algum fator que a ameaça na forma de semente. No Cerrado, esse fator é o
longo período seco que ocorre anualmente no período de abril a setembro.
As sementes podem apresentar dormência em maior ou menor grau ou
mesmo não ser dormentes, dependendo da época da dispersão. Esses me-
canismos de controle da germinação, embora atuando em intensidade di-
ferente, têm como função fazer com que a germinação ocorra somente
quando o solo oferecer condições hídricas favoráveis ao desenvolvimento
e subsequente sobrevivência das plântulas.
Na maioria das vezes, a dormência é vantajosa para a sobrevivên-
cia das espécies em condições naturais, uma vez que distribui a germinação
ao longo do tempo ou permite que a germinação somente ocorra quando
as condições forem favoráveis à sobrevivência das plântulas. Por outro lado,
a dormência é frequentemente prejudicial às atividades de viveiro onde se
deseja que sementes em grande quantidade germinem em curto espaço de
tempo, permitindo a produção de mudas uniformes. Neste caso, o conhe-
cimento de suas causas é de grande importância prática, pois permite a
aplicação de tratamentos apropriados para se obter melhor germinação.

À dormência pode ser causada por impermeabilidade do tegumento


como em jatobá; por inibidores químicos de germinação como em Andira
humilis; pot imaturidade e dormência do embrião como em araticum e ain-
da por resistência mecânica e por combinação de causas (Rizzini, 1970,
TOS»

Métodos para superar a dormência

De acordo com vários autores (Popinigis, 1977; Mayer & Poljakoff-


Mayber, 1978; Kramer & Kozlowski, 1972), o fator que ameaça a espécie
constitui o melhor método para superar a dormência. Por exemplo, em
Coleta, propagação e desenvolvimento inicial de espécies do Cerrado 209

regiões temperadas, as baixas temperaturas do inverno representam amea-


ça à sobrevivência de plântulas. As sementes de muitas espécies nessas
regiões exigem tratamento de dois ou mais meses em temperaturas de 2ºC
a 4ºC para quebrar ou superar a sua dormência. Assim os métodos variam
de espécie para espécie, dependendo das causas da dormência, podendo
algumas delas exigir tratamentos específicos (Carneiro, 1977).

Vários métodos têm sido propostos para superar a dormência das


sementes de plantas do cerrado: estratificação, escarificação, tratamento
com água quente, tratamento com hormônios, fermentação e pós-
maturação.

A estratificação consiste em submeter as sementes a tratamento


úmido a baixa temperatura que pode vartar de 1ºC a 5ºC por período variá-
vel (Wakeley, 1954, citado por Ramos & Zanon, 1984). As sementes são
misturadas ou intercaladas com material absorvente úmido tais como areia,
esfagno ou vermiculita na proporção de uma parte de semente para três de
substrato medidos em volume (Popinigis, 1977).

Toledo & Marcos Filho (1977) recomendam a estratificação tanto


para sementes com tegumento impermeável a gases como para as que apre-
sentam embriões imaturos, como o araticum (Rizzini, 1973). Esse trata-
mento a baixa temperatura (15 dias a 5ºC), com 776% de germinação, foi o
melhor método para quebrar a dormência de sementes de copaíba entre
todos aqueles testados por Borges eí aí. (1982).

A escarificação consiste em provocar ruptura ou enfraquecimento


do tegumento da semente de forma a permitir a germinação (Metivier,
1986). A escarificação pode ser mecânica ou química. O primeiro caso
consiste em esfregar a semente em uma superficie abrasiva como lixa ou
pedras de carboneto ou silício (Ramos & Zanon, 1984). O segundo consis-
te no uso de substâncias químicas, visando a enfraquecer as membranas,
facilitar a entrada (e saída) de água, O, e CO, e mesmo romper o tegumento.
210 José Teodoro de Medo et aí.

Os produtos químicos comumente utilizados são: ácido sulfúrico,


ácido giberélico, ácido úrico, peróxido de hidrogênio e uréia, entre outros
(Carneiro, 1977). A proporção ácido e semente é de 3:1 e a mistura deve
ser agitada lentamente em intervalos regulares para se obter germinação
uniforme. Após a retirada do ácido, as sementes devem ser lavadas em
água corrente para eliminar o ácido restante (Popinigis, 1977).
Carpanezzi & Marques (1981), trabalhando com sementes de duas
espécies de jatobá (H. courbaril e H. paruiflora), obtiveram aumento na taxa
de germinação de 6% para 90% após escarificação com ácido sulfúrico e
Davide et aí. (1993) observaram aumento de 16% para 36% de germinação
com o mesmo tipo de escarificação em candiúva (Trema micrantha). Por
outro lado, a escarificação mecânica foi o tratamento mais eficiente testado
por Reis et aí. (1985) para superar a dormência de sementes de sucupira
branca.
Silva et aí. (1986) recomendaram a escarificação para acelerar a ger-
minação de sementes de buriti (Mauritia vinifera). Os autores verificaram
que a escarificação na parte levemente achatada na porção distal da semen-
te propícia 50% de germinação após 40 dias.
O tratamento com água quente consiste na imersão da semente
em água em temperatura de 76ºC a 100ºC por tempo variável, dependendo
da espécie (Carneiro, 1977), ou imersão em volume de água fervente qua-
tro a cinco vezes maior que o volume de sementes. A seguir retira-se a
fonte de aquecimento e aguarda-se o equilíbrio com a temperatura ambi-
ente (Deichman, 1967).

O tratamento com hormônios consiste em aplicar giberelinas e


citocininas nas sementes, visando a acelerar a germinação. Este tratamento
é geralmente usado para superar dormência embrionária (Bianchetti, 1981)
e foi empregado por Melo (1993) em sementes de araticum em que a
embebição em solução de ácido giberélico GA, (1000 a 2000 ppm) anteci-
pou o início da germinação de 210 dias para 36 dias.
Coleta, propagação e desenvolvimento inicial de espécies do Cerrado 9Abil

A fermentação consiste em colocar os frutos à sombra até que este


material entre em putrefação para que ocorra a fermentação do pericarpo
e endocarpo. Retiram-se as sementes e as submete a um processo de
despolpamento, e, em seguida, a um processo de lavagem em água corren-
te e posterior secagem à sombra. Esse procedimento tem sido utilizado
com sucesso em pequi no viveiro de mudas nativas da Universidade Fede-
ral de Gotás. Nessas condições, a germinação inicia-se no 28º dia após a
semeadura e aos 60 dias tem-se de 50% a 60% das sementes germinadas.
Na pós-maturação verifica-se que algumas sementes recém-
coletadas apresentam dormência que diminui com o tempo, num processo
chamado de after-npening ou pós-maturação (Bewley & Black, 1994). Esse
comportamento foi constatado em sementes de baru que apresentam 55%
de germinação logo após a coleta e quase 90% após dois meses de
armazenamento (Melhem, 1975) e em pau-terra (Qualea grandiflora) que
aumenta a porcentagem de germinação de 10% na coleta para 60%, após
quatro meses de armazenamento (Melo et aí, 1979).

Fatores que influenciam a germinação de sementes

Do ponto de vista fisiológico, a germinação é o processo que se


inicia com o suprimento de água à semente e termina quando o crescimen-
to da planta se inicia. Do ponto de vista de tecnologia de sementes a germi-
nação termina apenas quando a planta tem condições de se desenvolver
autotroficamente. À germinação pode também ser definida como a emer-
gência e o desenvolvimento do embrião até tornar-se independente das
reservas da semente (Carvalho & Nakagawa, 1980).

A germinação pode acontecer logo após a dispersão das sementes


se as condições ambientais forem propícias. Caso contrário, permanecem
quiescentes até perderem a viabilidade completamente. O tempo que as
sementes podem permanecer em estado quiescente varia de algumas se-
manas a muitos anos.
212 José Teodoro de Medo ez aí.

A germinação depende de fatores ambientais externos e de fatores


inerentes à própria semente ou fatores internos. Os fatores externos são:
temperatura, umidade, e para algumas espécies luz e oxigênio. Os fatores
internos são: os inibidores e os promotores de germinação.

As sementes podem germinar dentro de uma faixa relativamente


grande de temperatura, entretanto, a temperatura ótima de germinação pode
variar entre indivíduos e entre populações. Por isso não existe temperatura
ótima e uniforme que se aplica a todas as espécies (Borges & Rena, 1993).

As sementes apresentam temperatura ótima, onde ocorre o máxi-


mo de germinação no menor tempo e temperatura máxima e mínima que
são as temperaturas limites abaixo ou acima das quais não ocorre germina-
ção. A faixa de 20ºC a 30ºC é adequada para grande número de espécies
subtropicais e tropicais que inclui as espécies de Cerrado (Joly
et al., 1980).

Para algumas espécies do Cerrado, foi estudado o efeito de uma


faixa de temperatura na germinação e, de modo geral, as temperaturas mí-
nima e máxima em que ocorreu germinação foram de 10ºC e 45ºC (Felippe
& Silva, 1984).

Para o tingui (Magonia pubescens) esta faixa foi de 5ºC a 45ºC (Joly et
al., 1980). Considerando que o Cerrado é constantemente submetido ao
fogo, Rizzini (1976) estudou o efeito de altas temperaturas sobre as sementes e
verificou que os embriões de sementes de baru não foram afetados quando
a drupa fresca, não embebida, foi submetida a 100ºC durante 10 minutos.
Entretanto, Melhem (1975) não obteve germinação quando submeteu
sementes dessa espécie a 43ºC por período mais prolongado. Rizzini (1976)
verificou que sementes de tingui apresentaram boa germinação quando
submetidas a 100ºC por 10 minutos. Entretanto a temperatura constante
de 41º€ por período mais prolongado é letal para essa semente, demons-
trando que elas não devem ser expostas a temperaturas elevadas por perío-
Coleta, propagação e desenvolvimento inicial de espécies do Cerrado vas

dos prolongados. Por estes resultados, pode-se supor que um choque rápi-
do de temperatura alta não afeta a germinação, porém temperatura alta por
período prolongado é prejudicial às sementes de espécies do Cerr: do.

À umidade está relacionada com a absorção de água que as semen-


tes necessitam para ativar os processos de digestão, assimilação e
translocação das reservas necessárias ao crescimento do embrião. Além
disso, a água torna vários tecidos mais permeáveis para as trocas gasosas
durante a germinação.

À absorção de água durante a germinação processa-se em três eta-


pas:

1. no início da embebição a absorção é rápida, causando o


entumescimento da semente com eventual quebra ou fendilhamento
do tegumento;

2. com as atividades enzimáticas em ação ocorre absorção limitada de


água durante o aumento da taxa de respiração e mobilização das
reservas;

3. no aumento da célula, e no processo de divisão celular, a absorção


novamente se intensifica, resultando na emergência da radícula e
da plúmula. No estádio inicial a absorção é puramente física e não
é influenciada pelos inibidores metabólicos, já na terceira fase ela é
metabólica, lenta, prolongada e dependente de oxigênio e da
temperatura (Toledo & Marcos Filho, 1977).

Durante o processo de germinação, a água exerce as seguintes fun-


ções: amolece o tegumento, provocando aumento do volume do embrião e
dos tecidos de reserva e ruptura do tegumento; favorece a penetração do
oxigênio e a difusão do gás carbônico, facilitando a respiração; dilui o
protoplasma, permitindo que suas funções sejam ativadas; permite que as
células ativem os processos de digestão, respiração, assimilação e cresci-
214 José Teodoro de Medo et aí.

mento; transfere os nutrientes solúveis dos tecidos de reserva para os pon-


tos em crescimento (Toledo & Marcos Filho, 1977).

Às principais substâncias responsáveis pela embebição são as pro-


teínas, embora as mucilagens, a celulose e as substâncias pécticas também
contribuam para a absorção de água. Desse modo, a embebição depende
da composição química da semente (Mayer & Poljakoff-Mayber, 1978).

Além da composição química, o tegumento também exerce im-


portante papel na absorção de água. Esse é limitante para muitas espécies
de leguminosas que são de tegumento duro. Estudos em microscopia de
varredura mostraram que existem fendas naturais no tegumento que per-
mitem a absorção de água apesar da composição química ser desfavorável.
Existem espécies como baru que absorvem água facilmente pelo tegumento
(Melhem, 1974). Na orelha-de-negro (Enterolobium contortisiliquum), a
dormência tegumentar aparece quando o teor de umidade da semente re-
duz-se a níveis inferiores a 19% (Borges et aí., 1980); a escarificação meca-
nica rompe o tegumento e permite a germinação dessas sementes.

Em outras espécies, pode ser encontrado também um tegumento


impermeável. Nas sementes de pau-terra, a absorção de água por
sementes escarificadas atinge 90% em apenas uma hora, enquanto em
sementes intactas esse período é de 56 horas (Felippe, 1990). Essa absor-
ção mais rápida refletiu na germinação que foi de 90% após 12 dias, quan-
do as sementes foram escarificadas, e apenas 10% após 22 dias nas semen-
tes intactas.

Às sementes apresentam grau de sensibilidade diferente em rela-


ção à luz, havendo espécies cujas sementes são afetadas positiva ou negati-
vamente, e sementes que não são afetadas pela luz. À ação da luz é regula-
da por um sistema de pigmentos denominado fitocromo (Felippe, 1986).
A luz vermelha (650 a 680 nm) converte o fitocromo P.|, em forma inati-
va, para P.,730? forma ativa que induz as sementes à germinação. A luz ver-
Coleta, propagação e desenvolvimento inicial de espécies do Cerrado 215

melha distante (710 a 7740 nm) apresenta efeito contrário, ou seja, transfor-
ma o fitocromo da forma ativa para a forma inativa, inibindo a germina-
ção. Às sementes que germinam no escuro não apresentam limitações de
fitocromo vermelho distante e as que necessitam de luz apresentam quan-
tidades limitantes desse fitocromo.

À maioria das espécies do Cerrado apresenta sementes indiferen-


tes a esse fator. Nessa categoria estão as sementes de baru, Rapanea guianensis,
Strypbnodendron adstringens, A. bumilis e tingui (Felippe & Silva, 1984). A sen-
sibilidade à luz pode ser afetada pela temperatura. As sementes de baru,
por exemplo, têm a germinação acelerada pelo escuro em relação à luz
branca nas temperaturas entre 16ºC e 40ºC (Melhem, 1975).

Dentro das Matas de Galeria e outras formações florestais do Cer-


tado, a luz pode ser fator significativo para a germinação. Espécies pionei-
ras dessas matas, como embaúba (C. g/azzovit), possuem sementes que são
classificadas como fotoblásticas positivas porque dependem da luz para
germinar (Valio & Joly, 1979).

O comportamento oposto, no qual a luz inibe a germinação, foi


relatado para Z. digitalis (Joly & Felippe, 1979). Nessa espécie, algumas das
sementes dentro de um lote foram inibidas na presença da luz.

O oxigênio é indispensável na respiração das sementes. Embora


no início da germinação a respiração seja anaeróbica (etanólica ou lática),
imediatamente ela passa a tornar-se dependente de oxigênio (Bewley &
Black, 1994). Carvalho & Nakagawa (1980) afirmam que a germinação,
por ser um processo que ocorre em células vivas, requer energia que é
obtida pela respiração.

A necessidade de oxigênio durante a germinação é afetada por


outros fatores como umidade e altas temperaturas. Nesse sentido, Rizzini
(1970), estudando a germinação de sementes de cagaita, verificou que a
testa, embora grossa e coriácea, permite a passagem de água, entretanto,
216 José Teodoro de Medo ez aí.

quando fica saturada torna-se pouco permeável ao oxigênio. Sua remoção


ou perfuração acelera o processo germinativo.

Além dos fatores externos, a germinação também é controlada pelos


inibidores e pelos promotores de germinação, fatores internos da semente.
Os inibidores podem ser hormonais e não hormonais. Os não hormonais
compreendem os ácidos orgânicos, terpenóides, ácido cinâmico, flavonóides,
taninos e alcalóides (Rice, 19774).

Em algumas espécies nativas do Cerrado, já foram detectados


inibidores de germinação: em 4. humilis e em cagaita (Rizzini, 1970); em
baru (Melhem, 1975) e em pequi (Melo, 1987). Um dos inibidores de ger-
minação mais estudado é a cumarina, um derivado dos fenóis (Dietrich,
1986). Foi detectada em sementes imaturas da Copaifera langsdorffi, entre-
tanto a concentração diminuiu à medida que as sementes amadureceram,
não causando nenhuma efeito (Barbosa ef a/., 1993). A cumarina também
não apresentou efeito inibitório em sementes de baru; mesmo em altas
concentrações endógenas (Valio, 1973). No entanto, foi constatada a redu-
ção da germinação de sementes de outras espécies quando colocadas pró-
ximas à semente de baru.

À semente de tingui embebida forma um gel com propriedades


fungistáticas (Salgado-Labouriau, 19773). Entretanto, Joly ez a/. (1980) não
conseguiram detectar inibidor nesse gel.

Tratamento de sementes com certas substâncias pode promover a


germinação. Essas substâncias são chamadas de promotoras de germina-
ção, sendo as principais as giberelinas e as citocininas. Já foi citado o caso
da pré-embebição de sementes de araticum em solução de ácido giberélico
(GA) que antecipa o início da germinação de 210 para 36 dias (Melo, 1993).
E provável que o efeito das substâncias promotoras de germinação seja
resultado da interação das giberelinas, citocininas e inibidores que contro-
laria a germinação (Dietrich, 1986).
Coleta, propagação e desenvolvimento inicial de espécies do Cerrado Dal

Propagação sexuada em condições naturais

À propagação sexuada de plantas do Cerrado em condições natu-


tais despertou o interesse de diversos pesquisadores, uma vez que a propa-
gação vegetativa era tida como meio de multiplicação dessas plantas e ha-
via dúvida quanto ao papel das sementes nesse processo (Labouriau ez aí,
1963; Valio & Moraes, 1966). Este conceito simplificado de que as plantas
do Cerrado reproduziam principalmente por via vegetativa certamente li-
mitou os estudos de propagação em condições naturais através de semen-
tes.

À propagação de plantas do Cerrado em condições naturais por


sementes tem-se mostrado viável e muito frequente. Trabalhos mais recen-
tes têm demonstrado inclusive a existência de bancos de sementes dos
quais pode-se originar novos indivíduos. Algumas espécies como E. nitens
apresentam bancos de sementes de grandes proporções sob a copa de indi-
víduos adultos produtivos (Moreira, 1987).

O comportamento germinativo de uma dada espécie é determina-


do por um conjunto de fatores seletivos tanto bióticos como abióticos
(Fenner, 1985; Moreira, 1987). Espécies como pau-santo (Oliveira, 1986),
tingui (Joly & Felippe, 1980), gomeira e pau-terra (Ribeiro ez a/., 1982) dis-
persam os frutos na época seca e germinam rapidamente no início da esta-
ção chuvosa, época propícia ao desenvolvimento das plântulas.

Algumas sementes apresentam adaptações que facilitam a germi-


nação em condições naturais. As de pau-santo, têm tegumento bastante
permeável, fino e com espaços de ar proporcionando extensa área de con-
tato com o substrato úmido o que facilita a penetração de água por toda a
sua superfície. Essas características podem facilitar a germinação nas con-
dições naturais do Cerrado, visto que a dispersão ocorre no final da época
seca e, logo a seguir, com o início das chuvas, as plantas teriam condições
favoráveis para se estabelecer.
218 José Teodoro de Medo et aí.

As queimadas provocam a deiscência de certos frutos que de outro


modo não libertariam as sementes, influenciando na dispersão (Coutinho,
1980). Em algumas espécies como Anemopacgma arvensis, Jacaranda decurrens,
Gomphrena macrocefala e Nautonia nummularia, o fogo não é necessário para a
deiscência dos frutos, entretanto promove a remoção do estrato herbáceo,
favorecendo a dispersão anemocórica que ocorre alguns dias após as quei-
madas (Coutinho, 1977), citado por (Coutinho, 1980).

Formação de mudas em viveiro

À propagação de plantas de Cerrado através de sementes, fora das


condições naturais, isto é, por meio da produção de mudas em viveiros,
casa de vegetação ou mesmo em laboratório, é um processo bastante viável
para produção de mudas em grande escala.

Quando se desconhece o substrato adequado para determinada


espécie recomenda-se o uso de terra das camadas inferiores do solo, com a
eliminação dos primeiros vinte centímetros, buscando minimizar a infestação
de plantas daninhas, pragas e doenças. Para a maioria das espécies, a textu-
ra deve ser média, pois solos muito arenosos produzem torrões sem firme-
za que são facilmente destruídos por ocasião do transporte e plantio. Tam-
bém deve-se evitar solos muito argilosos, pois dificultam a drenagem e a
aeração. Sendo os solos de Cerrado, na sua maioria, pobres em nutrientes,
especialmente nas camadas mais profundas, deve ser feita uma adubação
apropriada para a obtenção de mudas vigorosas. Silva et al. (1992) reco-
mendam a seguinte mistura para cada m” de solo: 750 gramas de calcário
dolomítico (PRNT 100%) e 2 kg de adubo (N-P-K) da fórmula 4-14-8 +
Zn.

Embora as espécies dos Cerrados sejam adaptadas a solos de baixa


fertilidade, alguns trabalhos têm mostrado efeitos benéficos da adubação
pancipalmente na fase de produção de mudas. O taxi-branco (S. paniculatum),
Coleta, propagação e desenvolvimento inicial de espécies do Cerrado 219

por exemplo, responde à aplicação de nitrogênio e fósforo (Dias et a/., 1991,


1992). A aroeira (M. urundenva), quando semeada em latossolo vermelho
amarelo de baixa fertilidade, responde positivamente à adubação química,
sendo quase impossível a produção de mudas de qualidade dessa espécie
sem a melhoria das condições químicas do solo (Melo ef a/., 1981).

Algumas espécies oriundas de terras muito fracas não respondem


a adubação, que pode, às vezes, ser prejudicial à planta. Plântulas de puçá
ou coroada (Mouriri pusa) tiveram germinação exuberante em areia e, quan-
do transplantadas para recipientes contendo 70% de subsolo mais 30% de
esterco curtido e 2 kg de 4-14-8 + Zn por mº de substrato, apresentaram
clorose acentuada, só recuperando novamente quando foram transplanta-
das para recipiente com solo pobre de Cerrado (Alvarenga
ELI).

A semeadura pode ser feita diretamente em recipientes com


substratos, em canteiros de areia ou vermiculita. Em alguns casos a germi-
nação ocorre com maior eficiência se as sementes são colocadas para ger-
minar em substrato muito rico em matéria orgânica; nessas situações utili-
zam-se canteiros com serragem curtida.

Na semeadura direta no recipiente, deve-se considerar o percentual


de germinação da espécie. Quanto menor a porcentagem de germinação
“maior deverá ser o número de sementes por recipiente para ter eficiência
na produção de mudas.

À semeadura direta nos recipientes apresenta como vantagem a


eliminação da etapa do transplante. As plantas do Cerrado apresentam bai-
xas taxas de germinação, e grande desenvolvimento radicular (Alvarenga
et al., 1992), por isso os recipientes devem ser grandes (20 x 30 cm, no
mínimo). Tal situação pode aumentar dispêndio de recursos o que não
ocorre com a semeadura em canteiros de areia e posterior transplante para
os recipientes.
22) José Teodoro de Medo et aí.

A desvantagem do segundo método é a necessidade de


sombreamento dos canteiros que é obtida por cobertura com sombrite de
50% a 60% de sombreamento.

Em ambas as situações, as mudas produzidas devem ficar em local


de menor incidência de sol, até que as plântulas apresentem de três a qua-
tro folhas definitivas. Nesse estádio, as plântulas podem ser expostas a luz
solar direta, embora conduza a maior perda por não resistirem à incidência
da luz solar direta.

Quando se desconhece os métodos de armazenamento, recomen-


da-se que a semeadura seja feita logo após a coleta e o beneficiamento das
sementes. Para isso, torna-se necessário que as instalações do viveiro, bem
como os recipientes com substrato, estejam preparados no início do perío-
do chuvoso. Às sementes recalcitrantes como as de mangaba, Inga spp. e de
gabirobas, por exemplo, têm o seu poder germinativo reduzido após a co-
leta. A germinação de sementes recém-coletadas do buriti (M. vinifera) e do
pequi é de 30% em 60 dias e mais 30% das sementes restantes germinam
no período de 10 meses, indicando o alto interesse em aproveitar o primei-
ro período de germinação rápida.

Outros detalhes da formação de mudas podem ser testados, como


por exemplo o efeito da profundidade de semeadura que foi avaliado na
germinação de sementes de baru. Não houve diferença na germinação ou
no desenvolvimento das plântulas, quando se plantou na faixa de 0,8 a 2,5
cm de profundidade (Nogueira & Vaz, 1993).

A Tabela 3 mostra alguns parâmetros e procedimentos, para se-


mentes recém-coletadas, adotados em viveiro da Embrapa Cerrados, em
Planaltina, DF, para produção de mudas de algumas espécies nativas do
Cerrado. Outras informações baseadas em testes de germinação em labo-
ratório, podem orientar a formação de mudas (Melo ef a/., 1979; Machado
& Parente, 1986; Machado ez aí., 1986).
Coleta, propagação e desenvolvimento inicial de espécies do Cerrado SA]

TABELA3. Profundidades de semeadura*, porcentagens e períodos de


germinação em viveiro de algumas espécies frutíferas nativas do
Cerrado.

Nome Semeadura Germinação Germinação


Espécie comum (cm) (Yo) (dias)

Alibertia edulis Rich. marmelada 2 90 30-40


Anacardium bumile St. Hil caju-rasteiro 1 65 15-25
Anacardium othonianium Rizz caju-de-árvore 1 65 15-25
Annona crassiflora Mart araticum, marolo 3 60 240-300
Bromelia balansae Mez gravatá 2 75 40-60
Brosimum gaudichaudii Trec. mama-cadela 2 90 40-60
Byrsonima verbascifolia Rich murici 3 30 60-180
Campomanesta cambesseana Berg gabiroba E) 65 40-60
Caryocar brasiliense Camb pequi, piqui 3 60 60-300
Chrysoplyllum soboliferum Rizz | fruto-de-tatu 2 90 40-60
Dipteryx alata Vog. baru 1 95 15-25
Eugenia df. calycina Camb pitanga-vermelha 2 90 20-30
Eugenia df. lushnathiana Klotz pitanga 2 90 40-60
Eugenia d. uniflora Linn. pitanga 2 95 40-60
Eugenia dysenterica DC cagaita 2 95 40-60
Eugenia klostyichiana Berg pera-do-cerrado 2 90 40-60
Eugenia Intescens Camb perinha 2 90 40-60
Genipa americana L. jenipapo 2 75 20-30
Hancornia speciosa Gomez mangaba 1 75 20-30
Hymenaea stigonocarpa Mart jatobá-do-cerrado 2 90 25-30
Inga spp. ingá, angá 1 90 15-25
Jacaratia hepraphylla A.D.C jaracatiá 1 75 20-30
Mauritia vinifera Mart. buriti 3 60 60-300
Passiflora spp. maracujá 2 75 20-30
Pouteria df.gardineriana Radlk guapeva 2 75 40-60
Pouteria ramiflora Radlk. curriíola, 2 90 40-60
Psidinm firmum Berg. araçá 2 65 40-60
Salacia campestris Peyer bacupari 2 95 40-60
Solanum lycocarpum St. Hil lobeira 2 95 20-30
Swartgia langsdorfii Radlk banha-de-galinha 2 70 40-60
Syagrus flexuosa Becc coquinho 3 75 40-60
Syagrus oleracea Becc. guariroba 3 60 75-120

£ A profundidade da semeadura refere-se à camada de solo que deve ficar sobre a semente.
Fonte : Silva et aí. (1992)
:945) José Teodoro de Medo et aí.

Propagação assexuada

A reprodução vegetativa de plantas do Cerrado em condições na-


turais foi considerada, pot algum tempo, como a forma mais viável de
multiplicação dessas espécies. Algumas plantas do Cerrado, como
Hymenaea stigonocarpa, S. adstringens e Dalbergia miscolobium, podem apresen-
tar multiplicação vegetativa de origem traumática, sendo nesses casos en-
contradas na forma de simples arbustos ou subarbustos pela perda do tronco
primário e impossibilidade de refazê-lo. Outras espécies como Anemopaegma
arvensis, Jacaranda racemosa, Coccoloba cereifera e Strypbnodendron plastyspicum
podem formar novos indivíduos através de ramos originados espontanea-
mente de raízes íntegras (Rizzini & Heringer, 1966). Esses fatos levaram os
autores à conclusão de que em ambientes perturbados, a propagação
vegetativa através de sistemas radiculares difusos pode ser importante me-
canismo para multiplicação de algumas espécies.

As raízes das plantas lenhosas do Cerrado são muito profundas,


alcançando até 20 m de profundidade e explorando grande volume de solo.
Essas normalmente apresentam raízes laterais que se desenvolvem parale-
las à superfície do solo e contêm gemas que, com algum estímulo, como o
fogo, formam novos ramos. Às plantas herbáceas, por sua vez, não aptre-
sentam raízes profundas e por isso secam a parte aérea durante o período
seco para rebrotar no período chuvoso (Peixoto & Coradin, 1992/1993).

À propagação vegetativa de espécies do Cerrado em viveiro ainda


é muito pouco estudada, porém já começa a despertar interesse, principal-
mente para multiplicação de frutíferas. Testes realizados na Embrapa Cer-
tados, em Planaltina, DF, com algumas fruteiras nativas mostraram que a
enxertia através de garfagem lateral e de fenda cheia pode ser viável para
produção de mudas. Silva & Fonseca (1991), trabalhando com enxertia por
garfagem lateral em pequi obtiveram pegamento acima de 90%. Esses re-
sultados indicam que a enxertia é uma técnica promissora para produção
de mudas de fruteiras, desde que haja disponibilidade de porta-enxertos.
Coleta, propagação e desenvolvimento inicial de espécies do Cerrado 223

A estaquia como método de propagação de mudas demanda tra-


balho menos especializado e menor tempo de viveiro do que a enxertia.
Estudos preliminares utilizando-se estacas, retiradas de pontas de galhos,
de plantas em produção e tratadas com ácido indol-acético (AIA) e ácido
indol-butírico (AIB), não mostraram resultados satisfatórios para pequi,
araticum, mangaba (Ribeiro et a/., 1996). Cunha (1986) trabalhando com
estacas de cagaita de material rejuvenescido a partir de brotações de raízes
e de tronco de árvores adultas e também com estacas de material juvenil e
de mudas de um ano e meio provenientes de sementes, não obteve resulta-
dos satisfatórios mesmo tratando as estacas com solução de ácido indo-
butírico a 10 000 ppm.

É conhecida a capacidade de maior enraizamento em estacas juve-


nis do que em estacas retiradas de ramos que já atingiram a maturidade
fisiológica (Hartmann & Kester, 1983). Os resultados positivos obtidos
com algumas espécies da região do Cerrado foram baseados na utilização
de estacas juvenis. Rosa (1993) observou 83% de enraizamento mesmo
sem auxina em estacas de Carapa guianensis provenientes de mudas com três
meses de idade. Apenas as estacas juvenis de Dalbergia nigra, espécie nativa
do Nordeste, enraizaram numa série de testes feitos por Fonseca et aí (1991);
esses resultados podem ser indicativos do comportamento esperado de
caviúna-do-cerrado (D. qmiscolobinm).

Frequêntemente em algumas espécies como pequi e aroeira, a


regeneração natural é observada empiricamente em áreas de Cerrado
recém-desmatadas, sugerindo que estacas provenientes de raízes talvez
possam ser utilizadas para propagação vegetativa, entretanto, isto ainda
deve ser melhor pesquisado.

Propagação ín vitro

À cultura de tecidos consiste em colocar uma gema, um segmento


de caule ou outro tecido sobre um meio nutritivo que sustenta o cresci-
mento de células vegetais em condições assépticas. Hormônios vegetais
224 José Teodoro de Medo et aí

são utilizados para controlar o padrão de desenvolvimento do material ve-


getal e permitem a indução de plantas inteiras a partir dos segmentos culti-
vados. Deste modo, a cultura 77 wtro oferece métodos alternativos para a
propagação vegetativa de espécies do Cerrado.

As técnicas de cultura de tecidos são indicadas para determinadas


espécies do Cerrado, principalmente quando suas características botânicas
impedem ou dificultam a propagação pelas vias clássicas. Um exemplo se-
ria o caso de multiplicação de plantas selecionadas por alta produtividade
ou qualidade de frutos superiores. Se as estacas da espécie não enraizam, a
micropropagação pode representar solução para sua propagação. Outro
caso no qual a multiplicação 77 vitro seria vantajosa, surge quando a espécie
é rara, como a pera-do-cerrado (Eugenia klotzschiana), ou produz poucas
sementes, como a sucupita-branca e a produção de mudas é insuficiente
para atender à demanda. Assim, a multiplicação por cultura de tecidos ofe-
rece a possibilidade de produzir dezenas ou centenas de mudas a partir de
uma única semente ou matriz selecionada.

Ressalta-se que a cultura de tecidos pode também contribuir para a


propagação sexuada de plantas nativas, através da germinação de sementes
in vitro (Hu & Ferreira, 1990). As sementes de algumas espécies como o
pequizeiro, araticum e buriti germinam de maneira muito irregular, e po-
dem demorar meses na sementeira (Rizzini, 1973). A cultura de embriões
ou germinação de sementes 77 viro pode acelerar a germinação e tornar
mais homogêneo o lote de mudas (Cardoso, 1991a, b; Dusi, 1991).

Várias são as modalidades de cultura de tecidos como a cultura de


calo, que resulta da formação de uma massa de células não organizadas a
partir de qualquer parte da planta. Conforme as combinações de hormônios
utilizadas, esse calo pode ser mantido em crescimento desorganizado por
tempo indeterminado, ou podem ser induzidas gemas, raízes ou outros
órgãos por morfogênese ou embriogênese (Caldas, 1996). Em outras mo-
dalidades, o tecido vegetal ou o calo formado é tratado com enzimas que
Coleta, propagação e desenvolvimento inicial de espécies do Cerrado 225

degradam a parede celular, liberando protoplastos. Estes podem ser utili-


zados na Engenharia Genética, pela qual genes de outros organismos são
introduzidos no seu núcleo. Em seguida, os protoplastos são cultivados em
meio apropriado para regenerar calo e plantas transgênicas. Outras moda-
lidades incluem, por exemplo, a cultura de anteras, que produz plantas
haplóides, de grande utilidade em programas de melhoramento de plantas.

Atualmente a modalidade de maior interesse e aplicação na propa-


gação de plantas nativas do Cerrado é a micropropagação. Dentre as vanta-
gens desse método de propagação vegetativa incluem: a multiplicação rá-
pida da planta selecionada; a produção de plantas livres de muitos patógenos
e pragas que acompanham outros métodos de propagação vegetativa. À
micropropagação stricto sensu consiste em inocular e cultivar segmentos de
caule contendo a gema apical ou gemas axilares em meio nutritivo
(Grattapaglia & Machado, 1990). In mtro, as gemas préexistentes desenvol-
vem um ou mais caules que podem ser enraizados ou multiplicados nova-
mente. Outra vantagem da micropropagação sobre a regeneração ou
motrfogênese a partir de calo é a menor variabilidade fenotípica observada
com a micropropagação. Mercier et aí (1992) conseguiram regenerar plan-
tas de paratudo (G. officinalis) de calo, mas 10% destas mostraram folhas
anormais, fenômeno não relatado pata plantas formadas de gemas axilares.

Diversos fatores influenciam a micropropagação. Assim, para faci-


litar o estabelecimento de protocolos de micropropagação, diversos auto-
res dividem a micropropagação em cinco fases: estabelecimento ou adap-
tação inicial; multiplicação; alongamento; enraizamento e aclimatação. Para
cada etapa, a metodologia adequada tem de ser estabelecida experimental-
mente para a espécie em questão.

Primeiro, deve-se determinar a procedência dos explantes, que


podem ser coletados em condições naturais a partir de espécimes cultiva-
dos em casa de vegetação ou de plântulas oriundas da germinação ex vitro e
in vitro. Para tanto, é importante saber que a idade fisiológica da planta
226 José Teodoro de Medo et aí.

matriz é fundamental para a expressão da totipotência dos explantes. Em


geral, observa-se que os explantes originados de plantas jovens desenvol-
vem-se mais rápido do que os de plantas adultas. Assim, em Annona muniata
(Lemos & Blake, 1996) observaram que as gemas derivadas de plântulas
foram mais reativas do que as de árvores adultas.

Após a coleta, os explantes são desinfestados para a eliminação


dos microorganismos saprófitas que, de forma geral, estão presentes na
sua superfície. Os meios nutritivos utilizados, embora de composição rela-
tivamente simples, ainda sustentam o crescimento de fungos e bactérias.
Como o crescimento destes microorganismos é muito mais rápido do que
o crescimento do explante, e eles podem produzir efeitos tóxicos sobre o
explante, uma desinfestação do explante é feita antes de introduzi-lo no
meio nutritivo previamente esterilizado.

Diferentes tratamentos podem ser utilizados, vartando-se o tempo


de contato, o agente e a concentração da solução germicida, de acordo
com a intensidade de contaminação e a sensibilidade dos explantes
(Grattapaglia & Machado, 1990). Sementes são geralmente menos conta-
minadas do que ramos provenientes diretamente do campo e, ao mesmo
tempo, resistem melhor ao tratamento de desinfestação. Um tratamento
que tem fornecido bons resultados na desinfestação de sementes é a imersão
em etanol 70% durante alguns segundos, seguida de nova imersão em
hipoclorito de sódio 0,2 a 2% durante 5 minutos e finalmente três enxagues
em água previamente autoclavada. Metodologias semelhantes a essa per-
mitiram o estabelecimento de culturas a partir de sementes de caviúna-do-
cerrado (D. miscolobium) (Pereira de Sá & Caldas, 1991), jacarandá-da-bahia
(D. migra) (Pereira de Sá, 1991), sucupira-branca (Cerqueira Conde, 1991),
pau-santo (K. coriacea) (Arello & Pinto, 1993) e mangaba (Grigoletto et al.
1996).
Para explantes provenientes de plantas do Cerrado crescendo no
campo, esse tratamento normalmente é insuficiente para eliminar os
microorganismos saprofíticos presentes no explante. O problema da
Coleta, propagação e desenvolvimento inicial de espécies do Cerrado Doi

contaminação ainda se agrava mais quando há presença de microorganismos


endofíticos, que não são atingidos pelos métodos de desinfestação superfi-
cial. Fungos endofíticos, por exemplo, apareceram na ponta do
explante 30 dias após o estabelecimento de culturas de segmentos nodais
obtidos de brotos epicórmicos de sucupira branca (Caldas, L. S., dados não
publicados). Por esses motivos atualmente quase todos os trabalhos reali-
zados utilizaram explantes de sementes germinadas 77 vitro (Mercier
et al, 1992).
Algumas medidas indicadas para contornar esse problema funda-
mental, incluem o estabelecimento de mudas como fonte de explantes.
Essas mudas podem ser mantidas em estufa ou casa de vegetação, menos
expostas à poeira e outras fontes de microorganismos saprofíticos. Uma
prática útil para diminuir a incidência de contaminação por microorganismos
sistêmicos é regar as mudas com fungicida ou antibiótico antes de retirar
os explantes. Tratamento com benomil (Benlate) e estreptomicina é, mui-
tas vezes, eficaz nesse sentido. O uso de explantes mais protegidos, como
gemas cobertas por brácteas, ou retirados de tecidos internos (câmbio
vascular, por exemplo) é outra maneira de reduzir a contaminação. À adi-
ção de fungicidas e antibióticos no meio nutritivo funciona como maneira
de eliminar a contaminação em alguns casos, desde que sejam utilizados
compostos que não sejam fitotóxicos. Assim, culturas foram estabelecidas
a partir de explantes de câmbio vascular e tecidos adjacentes de jabutica-
beira (Myrciaria cauliflora), raspando a camada externa da casca e incluindo
Benlate a 10-100 mg/1 no meio nutritivo (Caldas, 1991; Caldas & Taketomi,
1995).

Os explantes são inoculados em meio nutritivo e cultivados em


condições controladas (temperatura, umidade relativa, fotoperíodo e ener-
gia luminosa). À fase de estabelecimento permite verificar a eficiência do
protocolo de desinfestação previamente utilizado, bem como a adaptabi-
lidade dos explantes às condições de cultura 7x v7/ro. Nessa fase, normalmente
228 José Teodoro de Medo et aí.

não se objetiva grande desenvolvimento dos explantes, costuma-se usar


baixas concentrações de hormônios. Quando se usam sementes como
explantes iniciais, a germinação é normalmente realizada em meio nutriti-
vo sem reguladores de crescimento ou simplesmente em água e ágar.

Para as fases posteriores, a composição do meio nutritivo deve ser


ajustada pata cada espécie de planta, entretanto, existem fórmulas que se
adaptam a grande número de espécies. Dentre essas podemos citar o meio
de Murashige & Skoog (1962), o meio B5 de Gamborg ef aí. (1968) e o
Woody Plant Medium - WPM de Lloyd & McCown (1980). Reguladores
de crescimento ou hormônios são adicionados ao meio nutritivo a fim de
induzir, de acordo com sua classe, combinação e concentração, a
organogênese desejada. Três classes de reguladores de crescimento são
comumente utilizadas: auxinas, citocininas e giberelinas. Dentre as auxinas
mais utilizadas citam-se o ácido indolil-3-acético (ALA), ácido indolil-3-
butírico (AIB) e o ácido naftalenoacético (ANA). De modo geral, a 6-
benzilaminopurina (BAP) é a citocinina que tem proporcionado os melho-
res resultados 77 vitro, sobretudo para induzir a proliferação de brotos. A
giberelina mais utilizada é o ácido giberélico (GA). Eventualmente,
inibidores como ácido abscísico são também testados. Outros compostos
podem ser acrescentados ao meio nutritivo para favorecer o desenvolvi-
mento dos explantes.

Durante a fase de multiplicação, os explantes devem produzir o


maior número possível de brotos de aspecto morfológico normal. Este
efeito é obtido principalmente pela presença de uma citocinina no meio
nutritivo (Pasqual & Barros, 1992; Pinto et a/., 1994). Entretanto, observa-
se, em muitos casos, que a presença de uma auxina, em baixas concentra-
ções, pode estimular o crescimento dos brotos e, em alguns casos, melho-
tar a sua proliferação. No entanto, para que sejam atingidos os objetivos
dessa fase, costuma-se manter a relação auxina /citocinina menor do que
um (Grattapaglia & Machado, 1990). Em barbatimão ($. adstringens) a maior
Coleta, propagação e desenvolvimento inicial de espécies do Cerrado 229

taxa de proliferação de brotos foi obtida com 4,0 mg.l! de BAP utilizada
sozinha, quando comparada a ANA/BAP 0,1/4,0 mg" e 1,0/4,0 mg!
(Pasqual & Barros 1992). Já em pau-santo (K. coriacea) a proliferação máxi-
ma de brotos foi obtida com a relação ANA /BAP 0,1/5,0 mg.l! (Arello &
Pinto, 1993), semelhante às combinações ótimas para paratudo (G. officinalis)
(Mercier et aí, 1992).

Observam-se diversos padrões de multiplicação de acordo com a


espécie a ser cultivada. Existem espécies que, na mesma subcultura, produ-
zem até cem brotos por explante. Para as plantas do Cerrado, os poucos
trabalhos já realizados indicam que a produção de brotos na mesma
subcultura é da ordem de dez brotos por explante. Entretanto, observa-se
que, quanto maior o número de brotos, menor será o seu comprimento.
Além disso, muitas vezes, os brotos apresentam características morfológicas
anormais. À vantagem de se obter brotos normais e alongados (maiores do
que 15 mm) é que esses geralmente enraizam-se mais facilmente do que
brotos curtos (menores do que 10 mm). Outro padrão de multiplicação
ocorre quando o explante produz brotos alongados, mas em pequena quan-
tidade, da ordem de dois. Esse padrão, observado por Grigoletto ef a/. (1996)
em mangaba não reduz a taxa de multiplicação, pois um único broto pode
ser excisado em três ou quatro novos explantes para subculturas de multi-
plicação ou pode ser repicado diretamente para a fase de enraizamento.

Quando os brotos obtidos na fase anterior apresentarem baixo


percentual de enraizamento é usual acrescentar uma fase intermediária dita
fase de alongamento. De modo geral, é utilizado o GA, para estimular o
alongamento dos brotos. Entretanto, a literatura sobre as espécies do Cer-
rado já micropropagadas mostra que o alongamento pode ser obtido, repi-
cando-se os brotos para um meio nutritivo contendo concentrações de
BAP mais baixas do que aquelas utilizadas na fase anterior ou mesmo sem
reguladores de crescimento. Em sucupira preta (B. virgilioides), por exem-
plo, observa-se que em 4,0 mg.l! de BAP um explante produz em média
230 José Teodoro de Medo et aí

dez brotos de 10mm de comprimento, enquanto em 1,0 mg." de BAP, o


mesmo tipo de explante produz quatro brotos de 23 mm de comprimento
(Silveira et al., 1996). Em barbatimão (S. adstringens) brotos curtos, produzi-
dos em altas concentrações de BAP, alongaram-se quando repicados para
meio nutritivo sem reguladores de crescimento (Pasqual & Barros, 1992).

Frequentemente, durante o cultivo de tecidos lenhosos, observa-


se a liberação de fenóis no meio de cultura (Caldas & Taketomi, 1993).
Estes fenóis podem oxidar-se e produzir substâncias tóxicas ao próprio
explante, limitando a manutenção e o desenvolvimento das culturas. O
cultivo no escuro ou a utilização de substâncias anti-oxidantes, como o
ácido ascórbico, são práticas indicadas para minimizar esse problema.

A fase de enraizamento é a última etapa 77 vitro. O enraizamento é


normalmente obtido na presença de uma auxina. Em mangaba o melhor
enraizamento foi obtido com AIB num meio nutritivo com metade da
concentração dos sais de Murashige e Skoog (Pereira Netto, 19914). Todos
os brotos de paratudo (G. officinalis) entaizaram em dez dias no meio de
Murashige e Skoog com 10 mg! de AIB (Mercier ez a/., 1992). Outras
auxinas (ATA e ANA) não foram eficientes no enraizamento dessa espécie.

Algumas espécies do Cerrado apresentaram mais dificuldades no


enraizamento. Os brotos de caviúna-do-cerrado, por exemplo, enraizaram
apenas quando carvão ativado foi adicionado ao meio nutritivo, e mesmo
nessas condições, foi necessário um período de mais de 30 dias para o
aparecimento dos primórdios radiculares (Pereira de Sá, 1991). Em outra
espécie de barbatimão (57ryphnodendron polyphythbum), brotos repicados em
/2 MS adicionado de 1,0 mg." de ANA apresentaram 30% de enraizamento.
Quando foi acrescentado 80 mg.l! de floroglucinol a esse meio o
enraizamento atingiu 98% (França ef a/., 1995).

Durante a fase de aclimatação, os brotos são transferidos das con-


dições 77 vitro para casa de vegetação, onde são gradativamente submetidos
Coleta, propagação e desenvolvimento inicial de espécies do Cerrado 231

às condições naturais. Essa fase geralmente não apresenta grandes dificul-


dades quando as raízes adventícias formadas na etapa anterior, são alongadas
e conectadas diretamente ao caule dos brotos, isto é, sem formação de um
calo entre o caule e as raízes. França ez a/. (1995) observaram, após quatro
semanas em casa de vegetação, 93% de sobrevivência em barbatimão
(S. polyphythum) quando as plântulas foram transferidas para substrato
composto de solo e areia.

Embora poucas espécies nativas do Cerrado tenham sido estuda-


das até o presente momento, os resultados obtidos são suficientemente
promissores para acreditar-se que a continuação das pesquisas, integradas
com os estudos de propagação vegetativa por outros métodos, trarão be-
nefícios significativos para o plantio de espécies selecionadas.

Agradecimentos

Aos funcionários da Embrapa Cerrados: Joaquim Fonseca Filho,


José Ferreira Paixão, Valdir Pereira de Lima os nossos agradecimentos pe-
los trabalhos de campo, laboratório e de viveiro e aos pesquisadores: Daniel
Pereira Guimarães, Dijalma Barbosa da Silva e Nilton T. V. Junqueira, pelas
sugestões prestadas na elaboração deste trabalho.

E. Silveira e L.S. Caldas agradecem o apoio financeiro do Conse-


lho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do
Fundo Nacional do Meio-Ambiente (FNMA) aos estudos de
micropropagação de espécies nativas.

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Capítulo VT

Frutas nativas do Cerrado:


caracterização físico-química e
fonte potencial de nutrientes
Li PSTZ
Fala
FRUTAS NÁTIVAS DO CERRADO: caracterização
físico-química e fonte potencial de nutrientes!

Semiramis Pedrosa de Almeida?

O hábito alimentar da população do Centro-Oeste brasileiro, con-


serva em parte a cultura alimentar do homem primitivo, uma vez que as
frutas do Cerrado continuam na sua dieta, ainda que em escala reduzida.
Este fato, tem sido constatado em trabalhos realizados junto à população
rural do entorno de Brasília, DF, e em cidades de Goiás e Oeste da Bahia
(Almeida ez aí, 1990), bem como na divisa com Mato Grosso. Atualmente,
esse recurso alimentar já está escasso próximo às residências das popula-
ções dessa região, em decorrência do desenvolvimento. Por outro lado, a
expansão contínua da fronteira agrícola em direção ao Cerrado, a partir da
década de 1970, tem contribuído bastante para essa restrição.

À população do Cerrado consome as frutas nativas tanto ao natu-


ral, quanto na forma de doces, vitaminas, mingaus, bolos, pães, biscoitos,
geléias, licores (Almeida e/ a/., 1990, Almeida & Silva, 1994, Instituto do
Trópico Subúmido, 1992).

Atualmente, grande parte da população urbana, principalmente de


jovens, desconhece as plantas do Cerrado e sua utilização. Isto foi verifica-
do em contactos com estudantes de diversas instituições de ensino do Dis-
trito Federal e de outros estados da região. Daí, a importância de se resga-
tar e repassar esse acervo cultural.

O objetivo deste trabalho, portanto, foi o de avaliar os componen-


tes físico-químicos de algumas frutas nativas do Cerrado, visando a contri-
buir com alguns programas de alimentação e nutrição regional, bem como
oferecer subsídios para os trabalhos de melhoramento de fruteiras.

! Revisores técnicos: Alberto Carlos Queiroz Pinto — [Embrapa Cerrados


Marina Kiyomi Ito — UnB.
? Embrapa Cerrados, cx. postal 08223, Planaltina, DE, CEP 73301-970.
248 Semíramis Pedrosa de Almeida

Alimentos - classificação, fontes, funções e inter-relações

Alimento e nutriente são conceitos bem distintos, constituindo o


alimento, aquilo que se ingere. Enquanto nutriente representa os compo-
nentes desse alimento que são as vitaminas, os sais minerais, as gorduras,
os carboidratos e as proteínas. Já a qualidade nutricional está relacionada
também à digestibilidade e a disponibilidade dos nutrientes para serem
absorvidos pelo organismo. É isto que faz do alimento fator importante
para a saúde. Por isso, a educação alimentar deve ser incentivada para me-
lhorar os hábitos alimentares da coletividade colaborando para reduzir a
mortalidade infantil, gerando maior resistência às infecções e maior produ-
tividade no trabalho (Franco, 1982). Infelizmente, a qualidade nutricional
ainda não é um dos atributos considerados na cadeia de comercialização de
frutas e pouca ênfase tem sido dada aos programas de melhoramento ge-
nético, que em geral, visam principalmente ao aspecto visual ou outros
diversos atributos de atração aos consumidores.

Classificam-se os alimentos em três grupos, conforme sua função


no organismo: os alimentos plásticos ou produtores de tecidos; os regula-
dores; e os energéticos. À função dos alimentos plásticos está vinculada
aos processos de crescimento, desenvolvimento e de reparação dos teci-
dos. Faz parte desse grupo os alimentos que são fontes protéicas encontra-
das principalmente nas carnes, leite, ovos e alguns vegerais. À qualidade
dessa proteína, no entanto, depende do perfil em aminoácidos, da
biodigestibilidade e da biodisponibilidade do alimento ingerido (Sgarbieri,
1987).
Os alimentos reguladores têm função reguladora sobre os proces-
sos orgânicos e são representados pelas vitaminas, minerais e celulose, sen-
do encontrados principalmente nas frutas e hortaliças.
Os energéticos relacionam-se com a temperatura necessária à ma-
nutenção das calorias do organismo em atividade ou repouso e sua função
é exercida sobretudo pelos lipídios e glicídios, cujas fontes principais são as
gorduras, massas e açúcares (Evangelista, 1992).
Frutas nativas do Cerrado: caracterização físico-química e fonte potencial de nutrientes 249

As fibras fazefm parte do grupo dos alimentos reguladores. Em


muitos casos, além da prisão de ventre, podem prevenir o desenvolvimen-
to de divertículos e câncer no intestino grosso. Ainda não está comprova-
do que o câncer do reto e do cólon seja devido à falta de fibra na dieta,
porém, há evidência que países com dieta alta em fibras, têm baixa incidên-
cia dessa doença. À maioria dos tipos comuns de hemorróidas é atribuída à
prisão de ventre crônica. Pesquisas recentes, demonstram que o homem
vem consumindo menor quantidade de fibras e por essa razão, tem havido
maior incidência de afecções intestinais. Estudos relacionados ao papel das
fibras vegetais, desenvolvidos na África, constatam a incidência de algumas
doenças frequentes no mundo ocidental (diverticulite, cancer de cólon,
diabete, hipertensão arterial), raras na população rural africana que usa ali-
mentos e dieta rica em glicídios e fibras vegetais (Franco, 1992). Deve-se
portanto, dar preferência à maior ingestão de fibras provenientes de vários
alimentos, como as frutas, vegetais, pão integral, farelo de cereais e arroz
integral, dentre outros.

Em relação aos minerais, o cálcio é o mais abundante no corpo


humano, representando cerca de 2% do seu peso. Isto corresponde aproxi-
madamente a 1250 g, das quais 99% estão nos ossos e dentes e cerca de 1%
nos tecidos moles (Holmes, 1983). Tem importante função na formação
da estrutura dos ossos e dentes, além de papel preponderante na coagula-
ção sanguínea, no funcionamento do tecido nervoso, na contração muscu-
lar e nas funções cardíacas. Na mulher grávida, há incidência de cáries
dentárias devido às necessidades do feto serem supridas prioritariamente.
Pode ocorrer também em mulheres na pós-menopausa, ou em pessoas
idosas, com deficiência desse mineral (Flynn, 1992; Holmes, 1983).

Outro mineral importante é o fósforo e cerca de 80% está nos


dentes e ossos. O corpo mantém quase constante a proporção de 1,5: 1,0
de cálcio e fósforo, sendo vital para promover o desenvolvimento e manu-
tenção dos ossos. Uma das suas funções mais importantes, é a formação e
estoque de energia (Holmes, 1983).
250 Semiíramis Pedrosa de Almeida

O ferro, por sua vez, tem a importante função de combinar com a


proteína para formar a hemoglobina e conduzir o oxigênio ao sangue. Cer-
ca de 85% do seu total no corpo é usado nessa função e 5% encontra-se
nas proteínas dos músculos. Uma porção do cérebro contém igualmente
alta porcentagem desse elemento. À sua deficiência resulta em anemia que
é evidenciada pela palidez da pele, membranas, mucosa, fraqueza, fadiga e
respiração curta devido a falta de oxigênio. Anemia por deficiência de ferro
é um dos problemas de saúde entre as gestantes pois nesse período, au-
menta a carência, requerendo suplementação. O excesso de ferro pode ser
sério ou fatal em pessoas com mal de Parkinson, cirrose, talassemia entre
outras doenças (Holmes, 1983).

Um aspecto importante a ser considerado na dieta, é que os nutri-


entes encontram-se inter-relacionados e em equilíbrio na fisiologia huma-
na, não podendo ser considerados isoladamente como: proteínas,
carboidratos, gorduras, vitaminas e sais minerais (Burton, 1979). Assim, a
vitamina C interfere no metabolismo do ferro, da glicose e de outros glicídios.
Há correlações entre proteínas, gorduras e carboidratos, sendo esses três
grupos os responsáveis pelo fornecimento de calorias ao organismo, para a
manutenção das funções orgânicas e o desempenho de atividades no pro-
cesso metabólico, fazendo com que, na falta de um deles, o organismo se
utilize do outro para continuar a produção de energia (Kalil e a/., 1979).

O caroteno só é biologicamente ativo, quando transformado em


retinol e essa conversão é influenciada pela ingestão de gorduras e proteí-
nas. À absorção do cálcio é influenciada pela quantidade adequada de vita-
mina D, essencial à deposição na matriz dos ossos.

Há correlação funcional entre cálcio, potássio, sódio e magnésio,


indispensável à manutenção da normalidade metabólica (Franco, 1992;
Frutas nativas do Cerrado: caracterização fisico-química e fonte potencial de nutrientes 251

Holmes, 1983). Altos níveis de cálcio podem interferir na absorção do zin-


co, ferro e manganês. O fósforo interage com o cálcio, a vitamina D e o
magnésio em processos relacionados ao crescimento e manutenção dos
ossos. Em seu metabolismo envolve a vitamina D e os hormônios calcitonina
e paritina, atuantes no intestino, ossos e rins (Flynn,1992). Como cálcio e
fósforo são interdependentes (Holmes, 1983), é desejável encontrar ali-
mentos com ambos, sendo o leite e derivados, ovos, peixes, feijão e ervilha,
tidos como boas fontes. Carnes bovinas e aves domésticas possuem altos
valores em fósforo mas não em cálcio. O cálcio, o fósforo e o magnésio
atuam juntos para o crescimento normal e manutenção da estrutura dos
ossos. O magnésio é um componente das partes moles, assim como dos
ossos. Tanto a musculatura cardíaca e esquelética, quanto o tecido nervo-
so, dependem de um equilíbrio apropriado entre íons de cálcio e magnésio
para um funcionamento normal (Burton, 1979; Flynn, 1992).

À osteoporose ou desmineralização óssea é um distúrbio que re-


sulta num decréscimo gradual da massa óssea e da resistência dos ossos e
geralmente vitimam as pessoas idosas. Estando os ossos desmineralizados,
fracos e porosos, favorece a muitas deformidades da coluna vertebral e
fraturas, em pessoas idosas mesmo diante de esforços físicos relativamente
pequenos. Vários fatores são aceitos como precursores da osteoporose.
No passado, a ênfase foi dada principalmente às mudanças hormonais da
velhice e nos últimos anos, a subnutrição crônica de cálcio foi também
reconhecida como importante fator. Há evidências, no entanto, de que a
desmineralização provocada pela osteoporose, pode ser o resultado de um
balanço negativo prolongado de cálcio (Burton, 1979; NRC., 1989a; NRC,
1989b). A redução da atividade física na velhice, também contribui para a
desmineralização óssea. Para prevenir o risco de osteoporose em idade avan-
çada (Flynn, 1992), a maioria das bases nutricionais promissoras recomen-
so Semíramis Pedrosa de Almeida

da a ingestão de alimentos ricos em cálcio, durante os anos de formação,


da infância aos 25 anos, o que permite o desenvolvimento da massa óssea
geneticamente programada.

Umidade, proteína e extrato etéreo

A determinação da água nos alimentos constitui medida analítica


importante no controle da elaboração e da qualidade dos alimentos, pois
serve de índice de qualidade e quantidade do alimento para o consumidor
e de índice de estabilidade para o produtor. À umidade desempenha im-
portante papel em muitas reações de deterioração de alimentos. À escolha
das condições mais convenientes para um correto balanço de custos versus
qualidade, está diretamente relacionada à umidade relativa e outros
parâmetros como transporte, estocagem, movimentação de ar e certas pro-
priedades do produto, que por sua vez estão ligados à redução de perdas
(Neves Filho, 1992).

Na composição centesimal, observa-se que em geral, a umidade, é


o componente principal (Tabela 1). Polpas de cinco frutas apresentaram
teores altos de umidade: de cagaita (95%), de mangaba (88%), de araticum
(76%), de buriti (75) e de piqui (56%). As de jatobá, de baru e amêndoa
de baru, apresentaram teores mais baixos, variando de 12%, 6% e 5%,
respectivamente.

Às polpas das frutas, de maneira geral, não são consideradas boas


fontes protéicas e dentre as analisadas, a de jatobá se destacou com cerca
de 6%, seguindo-se as de baru e piqui com 3,87% e 2,64%, respectivamen-
te. Estes valores decresceram nas de buriti (1,6%) e araticum (1,3%). As
polpas de cagaita e mangaba apresentaram teor protéico abaixo de 1%. Já
na amêndoa de baru foi detectado alto teor protéico com cerca de 24%
(Tabela 1).
Frutas nativas do Cerrado: caracterização físico-química e fonte potencial de nutrientes 253

TABELA 1. Composição centesimal de frutas nativas do Cerrado (p/100 g de


matéria seca).

Frutas Umidade Proteína Extrato Cinza Carboidratos Valor


etéreo Fibras Totais calórico*
Cof cr a Ri ELO casa opniao
cs ao aa CALA OO)

Araticum (polpa) 76,32 1,28 0,29 0,61 do ALSO 87


Baru (polpa) 24,84 3,87 (So 1,93 2,58 67,84 290
Baru (amêndoa) 8,90 24,57 38,11 VEGAS OR DSSO 476
Buriti (polpa) Vito! 1,58 5,09 0,96 ODOR IEL 85
Cagaita (polpa) 95,01 0,98 NR 0,22 0,23 NR NR
Jatobá (polpa) 12,95 6,41 DRI 4,20 13,07 “74,87 292
Mangaba (polpa) 88,72 0,80 inss 0,52 0,57 841 49
Piqui (polpa) 56,177 264. 20,21 0,72 11,60 19,66 2005)
Calorias = (proteína (g)* 4 kcal) + (extrato etéreo (g)* 9 kcal) + (carboidrato total (g) - fibras (g))
* 4 (kcal)) (Mitchell ez a/., 1978); NR - não realizado.

Os lipídios englobam os óleos e gorduras vegetais e animais além


de substâncias similares, presentes nos alimentos. Em geral, os principais
componentes dos lipídios são derivados de ácidos graxos. O resíduo obti-
do na análise de laboratório, não é formado unicamente por lipídios, mas
também por outros constituintes extraíveis, tais como os esteróis, fosfatídios,
vitaminas lipossolúveis, carotenóides, óleos essenciais, dentre outros. Às
quantidades desses componentes são desprezíveis em relação aos lipídios,
mas como em vários alimentos pode haver presença significativa deles, é
mais apropriado denominá-los extrato etéreo, que dará idéia do teor de
lipídios no alimento (EMBRAPA-CTAA, 1991).

Comparando as polpas dos materiais examinados verifica-se que a


de piqui apresentou maior teor lipídico com cerca de 20%. As demais vari-
aram de 5% a menos de 1%. À amêndoa de baru, contém 38% de lipídio,
teor bem mais elevado que o das polpas (Tabela 1). Este teor, é mais eleva-
do que o da soja (17,70%), feijão amarelo (1,67%) e mais baixo que a cas-
tanha-do-pará (67,0%) e castanha de caju torrada (47,20%) (Tabela 2).
254 Semíramis Pedrosa de Almeida

TABELA 2. Composição química e valor energético da amêndoa de baru,


castanha-de-caju, feijão, soja e castanha-do-pará.

Materiais Calorias Proteínas Lipídio Cálcio Fósforo Ferro


(100 8) ca) QD Mm ima my)
Baru (amêndoa) 476,0 24,57 38,11 189,9 364,2 5,2
Castanha-de-caju* 556,2 17,89 37,0 24,0 580,0 1,80
Feijão amarelo* 340,1 14,20 1,67 347,0 478,0 4,75
Soja* 395,0 36,10 17,70 226,0 546,0 8,80
Castanha-do-pará* 699,0 17,0 67,0 EZÃO 746,0 5,0
* Fonte: Franco (1992).

Na Tabela 2, comparam-se as amêndoas de baru, castanha-de-caju,


castanha-do-pará, feijão amarelo e soja. Em proteína, a amêndoa de baru é
superior à castanha-de-caju, castanha-do-pará e ao feijão-amarelo; em cál-
cio situa-se acima da castanha-de-caju; em ferro, equivale à castanha-do-
pará e é mais alto que castanha-de-caju e feijão.

Carboidratos totais e valor calórico

A amêndoa de baru, as polpas de jatobá e de piqui, apresentaram


porcentagem alta de fibra bruta, da ordem de 17%; 13% e 11% respectiva-
mente. À polpa de buriti também possui considerável porcentagem de fi-
bra bruta (9%), enquanto os outros materiais mostraram em suas polpas,
teores abaixo de 3% (Tabela 1). Comparando o teor de fibra das frutas do
Cerrado, verifica-se que a amêndoa de baru, polpa de jatobá e de piqui
apresentaram valores mais elevados que os sete materiais cultivados e utili-
zados na dieta da população do Cerrado (gergelim, goiaba, feijão-fradinho,
soja, castanha-do-pará, jaca e amendoim). Somente o maracujá equivale à
amêndoa de baru (Tabela 3).

Às fibras são importantes tanto em nutrição humana, como na


comercialização, transporte e industrialização das frutas, sendo encontra-
Frutas nativas do Cerrado: caracterização fisico-química e fonte potencial de nutrientes 255

das nas paredes celulares dos alimentos de origem vegetal e responsáveis


pela estrutura de frutas e hortaliças. Não são absorvidas pelo organismo,
não têm valor nutricional, porém exercem grande influência sobre impor-
tantes funções orgânicas (Chitarra & Chitarra, 1990; Evangelista, 1992).
TABELA 3. Teor de fibra bruta em frutas nativas do Certado e cultivadas (g/100 g).

Nativas Teordefibra Cultivadast | Teordefibra .


Baru (amêndoa) 17,10 Maracujá 16,9
Jatobá (polpa) 13,07 Gergelim (semente) ob
Piqui (polpa) 11,60 Gotaba 5,
Buriti (polpa) 9,06 Feijão-fradinho 4,9
Baru (polpa) 2 5a Soja 4,2
Araticum (polpa) 1,66 Castanha-do-pará 3,4
Mangaba (polpa) 0,57 Jaca 3,4
Cagaita (polpa) 0,23 Amendoim cru Zn)
* Fonte: Franco (1992).

As fibras classificam-se em solúveis e insolúveis. As solúveis em


água são representadas pela pectina, as gomas e certas hemiceluloses como
as do feijão, frutas, aveia, cevada. As insolúveis são constituídas pela celu-
lose, hemicelulose e lignina e são encontradas nas verduras e na maioria
dos grãos. Cada grupo, desempenha um papel funcional no intestino (Fran-
co, 1992). Enquanto as solúveis retardam o esvaziamento gástrico e a velo-
cidade do trânsito intestinal, as insolúveis parecem acelerá-los (Evangelista,
1992).
Em carboidratos totais sobressaíram as polpas de jatobá (74,87%)
e de baru (67,84%). Valores intermediários foram obtidos nas polpas de
256 Semiramis Pedrosa de Almeida

araticum (21,50%), de piqui (19,66%) e de buriti (17,19%). Valores mais


baixos foram encontrados na polpa de mangaba (8,41%). À amêndoa de
baru apresentou 25,80% (Tabela 1).

A principal transformação quantitativa que ocorre na maturação


das frutas é a decomposição de carboidratos, principalmente a conversão
do amido em açúcares solúveis, cuja transformação tem efeito no seu sa-
bor e textura. Às frutas, de maneira geral, contêm amido que apresentam
um decréscimo acentuado com a maturação, cujos teores de 20 a 25% na
fruta verde caem para 0,2% a 1,5% na madura, enquanto os teores de açú-
cares solúveis resultam em crescente aumento (Cereda et a/., 1984).

As farinhas são fontes de carboidratos que tradicional e cultural-


mente fazem parte da dieta dos brasileiros, concentrando sobretudo em
regiões carentes do país. Quatro tipos de farinha são bastante utilizadas na
região central do Brasil, tais como farinha de mandioca, de milho, de trigo
e de arroz. À polpa farinácea do jatobá é de uso muito restrito, quando
comparada às farinhas tradicionais. Todas são de alto valor energético, bai-
xo teor protéico e razoável teor em minerais.

A composição de 100 gramas de polpa farinácea de jatobá apre-


sentou teor de cálcio (245 mg), muito superior às demais farinhas. Repre-
senta seis vezes mais que a farinha de arroz descorticado e dez vezes mais
que as farinhas de trigo, de milho e de mandioca. Em ferro também é
superior (Tabela 4). Essa polpa é utilizada em mingaus, bolos e pães. Pode-
ria então ser uma alternativa alimentar para crianças em fase de desenvolvi-
mento, pelo alto suprimento de calorias, cálcio, fósforo e ferro. No entan-
to, torna-se imprescindível avaliar a biodisponibilidade desses nutrientes
pois, ao contrário das farinhas tradicionais, que possuem basicamente ami-
do, a farinha de jatobá, por conter relativamente maior quantidade de fi-
bras, pode interferir na absorção sobretudo dos micronutrientes.
Frutas nativas do Cerrado: caracterização físico-química e fonte potencial de nutrientes 257

TABELA 4. Composição química e valor energético da polpa farinácea de jatobá,


da farinha de mandioca, de milho, de trigo e de arroz.

Calorias Proteína Lipídio Cálcio Fósforo Ferro


Materiais (100 g) (cal) (2) (8) (mg) (mg) (mg)
Polpa farinácea de jatobá 292,0 6,4 - 245 92 2,0
Farinha de mandioca dessecada* 336,8 23 0,05 Zi] 125 0,80
Farinha de milho branco* 365,0 8,3 1,10 11 87 0,20
Farinha de trigo 70% de extração* 358,4 12,0 1,0 20 O 1,10
Farinha de arroz descorticado* 338,7 5,0 2,10 36 80 1,05

* Fonte: (Franco, 1992).

Uma classificação de frutas e hortaliças, sob o ponto de vista


dietético e dietoterápico, considerando principalmente o seu teor em
carboidratos e em calorias, é apresentada por Franco (1992). Os vegetais
do grupo À apresentam no máximo 5% de carboidratos; os do grupo B de
5% a 10% e os do grupo €C, mais de 10%. Neste último grupo, caracteriza-
do pelo poder de saciedade que confere ao organismo, podem ser incluídas
cinco das polpas analisadas: de jatobá (74,87%), de baru (67,84%), de
araticum (21,50%), de piqui (19,66%) e de buriti (17,19%) (Tabela 1). Os
vegetais desse grupo tradicionalmente consumidos são: mandioca, batata-
inglesa, batata-doce, cará e inhame. À mangaba, com 8,41% de carboidrato,
situa-se no grupo B, junto a: ameixa, amora, banana, caqui, cupuaçu, figo,
umbu, graviola, maça, mamão, manga e uva, dentre outras.

A energia necessária para o homem manter a temperatura do cor-


po, realizar trabalho orgânico e desenvolver suas atividades é retirada prin-
cipalmente dos grupos de alimentos energéticos como as gorduras (lipídios)
e carboidratos. O valor calórico é dado pela soma das calorias fornecidas
pelos nutrientes de cada alimento, sejam proteínas, gorduras e carboidratos.
258 Semíramis Pedrosa de Almeida

Às vitaminas, minerais e água não participam desse processo mas são 1n-
dispensáveis como reguladores das várias reações que ocorrem, influen-
ciando no aproveitamento dos outros nutrientes (Kalil ez aí, 1979).

Dos materiais analisados, a amêndoa de baru foi a que apresentou


maior valor calórico: 476 calorias e a polpa de mangaba, o menor: 49 calo-
rias. Valores intermediários, apresentaram as polpas de jatobá, de baru, e
buriti com 292, 290 e 85 calorias, respectivamente (Tabela 1).

Acidez, sólidos solúveis totais, açúcares totais, redutores e pectina

À polpa que apresentou maior acidez foi a de mangaba com 18,74%


enquanto a de atraticum com 5,56% e baru com 5,24%, foram as menos
ácidas. Valores intermediários de acidez, foram detectados na polpa de piqui,
com 12,96%; na de cagaita, 9,11%; na de buriti 7,13% e na amêndoa de
baru 6,85% (Tabela 5).

À capacidade tampão de alguns sucos propiciam grandes modifi-


cações na acidez titulável, sem variações significativas no pH. Contudo,
numa faixa de concentração de ácidos entre 2,5% e 0,5%, o pH aumenta
com a redução da acidez (Chitarra & Chitarra, 1990).

Os sólidos solúveis indicam a quantidade em gramas dos sólidos


que se encontram dissolvidos no suco ou polpa. São comumente designa-
dos como graus BRIX e têm tendência de aumentar com a maturação
(Cereda et a/.,1984; Chitarra & Chitarra, 1990). O maior teor em sólidos
solúveis dos materiais analisados foi encontrado na polpa de baru com 22º
BRIX, seguido da amêndoa de baru com 12º BRIX, da polpa de mangaba
com 10,8º BRIX e em menores teores, a polpa de cagaita e a de araticum
com 5,6º e 4,0º BRIX, respectivamente (Tabela 5).
Frutas nativas do Cerrado: caracterização físico-química e fonte potencial de nutrientes 259

TABELA 5. Características físico-químicas das frutas nativas do Cerrado.

pH Acidez Sólidos Açúcares Açúcares Pectina Tanino | Caroteno


Frutas (sol. N) solúveis totais redutores totais

Yo (Bai) PES a B/LOO pr ae RE (mg/100 g)

Araticum (polpa) 4,57 5,56 14,0 7,12 56,4 ND 0,38 0,23


Baru (polpa) 5,49 5,24 22,0 14,93 SNno) ND 0,45 0,18
Baru (amêndoa) 6,11 6,85 12,0 5,6 7,58 ND 0,87 0,28
Buriti (polpa) 350 7,13 NR NR NR 0,41 111 1670
Cagaita (polpa) 2,83 9,11 5,6 2,57 5,05 0,19 0,44 1,34
Jatobá (polpa) NR NR NR NR NR NR 0,33 NR
Mangaba (polpa) 3,26 18,74 10,8 NR 8,89 0,81 0,29 0,43
Piqui (polpa) 5,60 12,96 NR NR NR 2a AR 7,46
NR - análise não realizada; ND - não detectado

Para a indústria, a relação sólidos solúveis /acidez é uma das me-


lhores formas para avaliar o sabor, sendo mais representativa que a medi-
ção isolada de açúcares ou acidez. É utilizada não só para avaliar a
palatabilidade, como também, junto a outros parâmetros definir o amadu-
recimento mínimo padrão, no comércio de frutas frescas e o padrão de
qualidade para as frutas processadas. Essa relação dá uma idéia clara do
equilíbrio entre esses dois componentes, porém, deve-se especificar o teor
mínimo de sólidos e o máximo de acidez (Chitarra & Chitarra, 1990; Cereda
et al., 1984). A relação entre o conteúdo de sólidos solúveis totais (em BRIX)
e a acidez total titulável (em porcentagem de ácido cítrico), designada como
relação BRIX/acidez, tem sido largamente utilizada e aceita como índice
usual da qualidade das frutas cítricas (Chitarra & Chitarra, 1984; 1990).
Essa relação aumenta com o amadurecimento pelo decréscimo na acidez,
fato que permite uma relação elevada, em frutas contendo alto teor de
sólidos solúveis. Durante a maturação de laranjas, por exemplo, as princi-
pais mudanças na composição até o período ótimo de colheita são os pe-
quenos aumentos na concentração dos sólidos solúveis, acompanhados por
um decréscimo na acidez total, o que promove uma relação BRIX/acidez
260 Semíramis Pedrosa de Almeida

crescente, com o advento da maturidade. A abundância de chuvas ou irri-


gação durante o período de amadurecimento parecem promover uma di-
luição acentuada nos sólidos solúveis totais e ácidos das frutas (Chitarra &
Chitarra, 1990).

É importante conhecer o teor específico de açúcares (glicose, frutose


e sacarose) quando se deseja quantificar o grau de doçura do produto, uma
vez que o poder adoçante desses açúcares é variável. Junto à acidez, o teor
de açúcares totais, é uma medida mais direta do “flavor”, que a relação
sólidos solúveis /acidez. Normalmente constituí 65% a 85% do teor de
sólidos solúveis totais (Chitarra & Chitarra, 1990).

Há um grau de doçura bastante variável entre as frutas. Das cinco


frutas analisadas, a polpa de araticum apresentou o teor mais alto em açú-
cares totais, com 56,4%, seguidos da polpa de baru, de mangaba e de cagaita
com 37,3%; 8,89% e 5,05% respectivamente. O teor da amêndoa de baru
ficou acima da mangaba, com 77,58%. Em relação aos açúcares redutores
(açúcares solúveis), destacou-se a polpa de baru com 14,93% (Tabela 5).

Comparando o amadurecimento natural e artificial do buriti, Sou-


za et al. (1984) concluíram que o teor de açúcares totais aumentou durante
os dois estádios de amadurecimento, havendo concomitante decréscimo
no teor de amido, quando comparado ao fruto semimaduro (“de vez”). O
aumento no teor de açúcares totais na polpa foi maior no fruto amadureci-
do ao natural (72,94%) do que no climatizado (38,61%).

Pectina, sólidos solúveis, sólidos insolúveis e a acidez são também


parâmetros importantes para a industrialização e comercialização das fru-
tas. Junto às fibras insolúveis, a pectina ou fibra solúvel contribui para a
firmeza das frutas. Durante a maturação, a pectina como o principal com-
ponente químico dos tecidos, responsáveis pelas mudanças de textura, são
hidrolisadas, ocorrendo a perda de firmeza das frutas. Portanto, o processo
Frutas nativas do Cerrado: caracterização físico-química e fonte potencial de nutrientes 261

de amaciamento está relacionado às mudanças que ocorrem nos diferentes


componentes das paredes celulares, principalmente pectina, celulose,
hemicelulose, pentosanas, hexosanas. Essas frações (Esteves et a/. 19840)
são responsáveis pela textura das frutas e correspondem aos sólidos inso-
lúveis que sofrem modificações com o estádio de maturação. Constituindo
um dos elementos responsáveis pela geleificação ou como substâncias
estabilizadoras de suco, as substâncias pécticas, em particular a pectina, são
importantes na matéria prima destinada à indústria, no preparo de geléias
(Chitarra & Chitarra, 1990; Evangelista, 1992).

Das quatro polpas analisadas, o teor mais elevado de pectina foi


encontrado na polpa de piqui, com 2,23%, ao passo que os valores da
polpa de buriti, cagaita e mangaba apresentaram teor abaixo de 1% (Tabela
5). Comparando o teor de pectina das frutas analisadas, com o de outras
cultivadas e normalmente utilizadas na dieta dos brasileiros, verifica-se que
o teor da polpa de piqui, quase equivale ao da laranja (2,23 e 2,36%, respec-
tivamente). Os valores das demais cultivadas e nativas, embora variando,
ficaram abaixo de 1% (Tabela 6).

TABELA 6. Conteúdo de pectina em algumas frutas nativas do Cerrado e em


frutas cultivadas (g/100g).

Nativas do Cerrado Pectina (0) Cultivadas* Pectina (Yo)

Piqui (polpa) EO Laranja 2,36


Mangaba (polpa) 0,81 Banana 0,94
Buriti (polpa) 0,41 Maçã 0,78
Cagaita (polpa) 0,19 Ameixa 0,44
Araticum (polpa) ND Pêssego 0,39
Baru (polpa) ND Abacaxi 0,09
Baru (amêndoa) ND Melancia 0,18
* Fonte: Reiser (1987); ND - não detectado
262 Semíramis Pedrosa de Almeida

Tanino - fator que afeta o sabor e o aroma das frutas

O aroma e o sabor são parâmetros importantes na cadeia de


comercialização das frutas ou de produtos agroindustriais de frutas. Aro-
ma seria as sensações do olfato, estimuladas pelos componentes voláteis
(ésteres, álcoois, ácidos, aldeídos, cetonas, hidrocarbonetos, acetais, lactonas),
exalados pelas frutas e que conferem as características específicas a cada
produto. Já o sabor corresponde à percepção da combinação entre doçura,
acidez e adstringência, em conjunto com a percepção do aroma, devido a
presença desses compostos voláteis. Todo esse processo, por sua vez, rela-
ciona-se ao amadurecimento das frutas que ocorre através da biossíntese
ou pela degradação de polissacarídeos. Em consequência, conduz ao au-
mento do teor de açúcares simples, pela redução da acidez, da adstringência
e do teor de ácidos e fenólicos (Chitarra & Chitarra, 1990).

Geralmente, a presença de taninos é que confere a adstringência


das frutas. Durante o amadurecimento de algumas, ocorre a condensação
de substâncias de baixo peso molecular o que corresponde a uma redução
na adstringência. À medida que as frutas amadurecem, diminui a
adstringência, que é atribuída à perda de solubilidade do tanino. Nesse es-
tado, o tanino não se dissolve na saliva e portanto não há impregnação das
papilas gustativas. Quando a adstringência é acentuada produz uma sensa-
ção acre semelhante a originada ao se comer banana verde. Porém, em
pequenas proporções ou em combinação com outros fatores, a adstringência
pode contribuir para um sabor desejável como em vinhos feitos com culti-
vares de uvas pigmentadas. À diferença entre as maçãs para produção de
cidra e para culinária, por exemplo, está no seu conteúdo de taninos (Cereda
et al. 1984; Chitarra & Chitarra, 1990; Evangelista, 1992).

O teor mais elevado em tanino foi encontrado na polpa de buriti,


com 1,11% e o mais baixo, foi o da polpa de piqui, com 0,17%. As polpas
de araticum (0,38%), de baru (0,45%), de cagaita (0,44%), de jatobá (0,33%)
e de mangaba (0,29%) apresentaram teores abaixo de 0,9%. A amêndoa de
Frutas nativas do Cerrado: caracterização fisico-química e fonte potencial de nutrientes 263

baru, com 0,87% é semelhante à mangaba (Tabela 5). Esse teor de tanino
para o buriti, ficou pouco abaixo do encontrado por Souza et al. (1984),
1,41%, quando avaliaram o seu amadurecimento natural.

Do ponto de vista nutricional, os taninos fazem parte de um grupo


de substâncias denominado ácidos fíticos ou fitatos. São fatores
antinutricionais que inibem as enzimas digestivas e podem interferir, dimi-
nuindo ou impedindo o aproveitamento de nutrientes, sejam eles, proteí-
nas, vitaminas ou minerais. Interferem na qualidade nutricional dos ali-
mentos, inibindo enzimas como a tripsina, amilase e lipase, precipitando
proteínas, dificultando a digestão e a utilização biológica dos macro e
micronutrientes da dieta. Togashi (1993) encontrou alto teor de tanino na
polpa de baru (cerca de 3%), sendo que o material utilizado foi originado
de frutos semi-maduros (de vez). Esse teor foi bem mais alto que o relata-
do neste trabalho (0,45%), cuja polpa foi retirada de frutos maduros. Togashi
evidencia também que não foram encontrados taninos nas amêndoas de
baru cruas ou torradas.

Carotenóides e vitamina C

O Brasil tem grande variedade de frutas de clima tropical,


subtropical e temperado, diferenciando bastante na composição de
carotenóides com uma ocorrência natural de cis-isômeros de provitaminas
(Godoy & Rodriguez-Amaya, 1994). Os carotenóides são pigmentos ama-
relos encontrados nos vegetais de coloração verde ou amarela como: a
cenoura, folha da beterraba, urucum, abóbora e outros. O caroteno, princi-
palmente alfa e beta caroteno, corresponde, apenas, cerca de 10% dos pig-
mentos carotenóides totais presentes nos produtos, sendo no intestino e
no fígado, que esses pigmentos transformam-se em vitamina “A” ativa. As
fontes tradicionais vitamina “A? ou retinol são o fígado e os rins de animais
terrestres e aquáticos, leite integral, creme de leite, queijos, manteiga, pei-
xes e gema de ovos. Essa vitamina exerce numerosas funções importantes
264 Semíramis Pedrosa de Almeida

no organismo como: ação protetora da pele, das mucosas, no funciona-


mento normal da visão e da estrutura do olho. Sua deficiência prolongada
pode provocar cegueira. Industrialmente, os carotenóides totais são res-
ponsáveis pela coloração dos produtos e são quantificados visando à pa-
dronização de cor na obtenção de produtos processados, principalmente
sucos (Franco, 1992).

Em 100 g de material analisado, a polpa de buriti com 16,7 mg, foi


o mais rico em caroteno, seguido da polpa de piqui com 7,46 mg, sendo
que a de buriti representou mais do dobro da de piqui. Os outros materiais
apresentaram teores abaixo de 1,0 mg: cagaita 1,34 mg; araticum 0,23 mg;
baru 0,18 mg; mangaba 0,43 mg e amêndoa de baru 0,28 mg (Tabela 5).

Além das características citadas, há uma outra importante na


comercialização que é a cor. É importante atributo de qualidade da polpa e
suco de fruta destinados ao processamento. Às polpas de algumas das fru-
tas avaliadas apresentam cores atrativas como o amarelo-ouro do buriti e
piqui, o amarelo mais claro da cagaita e o creme do ataticum. Porém, o
rendimento é o principal fator para aquisição da matéria prima e também
determinante para o seu preço (Esteves et aí, 1984a; Chitarra & Chitarra,
1970),

Industrialmente, a vitamina C é importante para padronização de


sucos e o seu teor nos alimentos é nutricionalmente muito valioso, sendo
geralmente mais elevado na fruta verde, decrescendo com a maturação
(Chitarra & Chitarra, 1990). Cerca de 90% do suprimento humano de vita-
mina C, advêm de frutas e hortaliças. À goiaba e o caju encontram-se entre
as principais e tradicionais fontes dessa vitamina, sendo atualmente su-
plantadas pela acerola e camu-camu (Franco, 1992).

Há grande variação nos teores de vitamina C em frutas nativas do


Cerrado e cultivadas (Tabela 77). Entre as nativas, sobressaíram as polpas de
pigui (78,72 mg), de buriti (76,37 mg) e mangaba (70,89 mg). Estes valores
Frutas nativas do Cerrado: caracterização físico-química e fonte potencial de nutrientes 265

estão acima de quatro frutas tradicionalmente cultivadas e consumidas pela


população brasileira como laranja-pêra (40,9 mg), limão (26,4 mg), bana-
na-d'água (6,4 mg) e maçã argentina (5,9 mg). As polpas de cagaita, com
18,28 mg, a polpa e amêndoa de baru, com 10,22 mg e 9,90 mg, respectiva-
mente e a polpa de jatobá, com 8,08 mg apresentaram valores mais altos
que a banana d'água e a maçã argentina.
TABELA 7. Composição de vitamina C em frutas nativas e cultivadas do Cerrado
(mg/100 g).
Nativas Vitamina C Cultivadas* Vitamina C

Piqui (polpa) 8,72 Caju amarelo maduro


Buriti (polpa) 76,36 Goiaba vermelha 80,2
Mangaba (polpa) 70,89 Laranja pêra 40,9
Cagaita (polpa) 18,28 Limão taiti 26,4
Baru (polpa) 10/22 Mamão maduro 20,5
Baru (amêndoa) 9,90 Banana d'água madura 6,4
Jatobá (polpa) Maçã argentina
* Fonte: Franco (1992), Brune et al. (1965)

A deficiência de vitamina C causa escorbuto, enfermidade bucal


cujo sintoma é o sangramento das gengivas podendo levar à perda dos
dentes. Também causa dores nas articulações, inchaço nos membros infe-
riores, além de baixas defesas orgânicas. Crianças em crescimento necessi-
tam de até 100 mg/dia e os adultos em geral, de 45 mg/dia. Os requeri-
mentos da mulher gestante são de 60 mg/dia e no período de lactação
aumentam para 80 mg/dia (Franco, 1992).
As exigências em vitamina € do lactente e do adulto de ambos os
sexos, variam de 35 a 60 mg/dia. O material alimentar fornecido por três
frutas do Cerrado, contém razoável teor dessa vitamina. Assim é que 100
gramas das polpas de piqui, buriti e mangaba, fornecem 778,72 mg; 76,36 mg e
266 Semíramis Pedrosa de Almeida

70,89 mg de vitamina C, respectivamente (Tabela 77). Cem gramas de cada


uma destas três frutas podem suprir os requerimentos diários de um lactente,
mais de uma cota das necessidades diárias das crianças de 1 a 10 anos e de
adultos de ambos os sexos.

Composição mineral das frutas do Cerrado

O conhecimento da composição mineral das frutas proporciona


subsídio e não só para um programa de nutrição humana, como também,
para um programa de adubação com o objetivo de restituir e manter a
fertilidade do solo (Hiroce et al., 1978).

O sódio, potássio, cloro, cálcio, magnésio, fósforo, ferro, cobre,


zinco, manganês, selênio, iodo, cromo, cobalto, molibdênio, flúor, arsênio,
níquel e boro, são os mais importantes minerais da dieta humana (Flynn,
1992). Os seis primeiros são macronutrientes correspondendo a 0,01% do
peso do corpo humano e os 13 restantes são considerados micronutrientes.
Vários destes minerais estão presentes nas frutas e hortaliças, notadamente
o cálcio, o ferro, o potássio e o magnésio, porém têm pequena participação
nos requerimentos diários da dieta humana.

Nas frutas analisadas, os componentes minerais com maior parti-


cipação, foram o fósforo, magnésio e cálcio sendo que os seis restantes,
sódio, alumínio, ferro, manganês, zinco e cobre entraram em menor por-
centagem (Tabela 8). Por espécie, verifica-se que na amêndoa de baru pre-
dominou o fósforo (364,2 mg), também com alto teor em magnésio. Na
polpa de buriti destaca-se o cálcio (172,78 mg), seguido de magnésio (62,9
mg). Na mangaba e cagaita predominou o magnésio. À polpa do jatobá,
apresentou três minerais com teores elevados: cálcio (245,3 mg), magnésio
e fósforo. Comparando as cinco espécies com resultados completos, a
amêndoa de baru foi a que apresentou o teor mais alto em fósforo e
Frutas nativas do Cerrado: caracterização físico-química e fonte potencial de nutrientes 267

magnésio. O buriti aprésentou o maior teor em alumínio (1,36 mg); o jatobá


os mais altos em cálcio e manganês e a mangaba em sódio e zinco.

TABELA 8. Composição de minerais em frutas nativas do Cerrado.

Minerais Araticum Baru Buniti Cagaita Jatobá Mangaba Piqui.


(mg/100g) (polpa) (amêndoa) (polpa) (polpa) (polpa) (polpa) (polpa)

Ca - 189,9 172,78 329 2453 394 -


Mg 24,2 196,9 62,90 6,33 194,8 ES! -
E - 364,2 6,04 6,20 Si] 2,84 234
Na - 2,8 3,36 0,57 6,8 6,57 -
Mn - 8,9 6,48 0,07 16,8 0,61 -
Fe 0,7 5,2 3,94 0,13 2,0 3:99) 1,0
Zn - 3,4 0,52 0,15 1,2 4,35 -
Cu - 1,4 0,33 0,30 1,6 0,97 -
Al - 0,2 1,36 0,46 0,5 1,24 -
(-) ausência de dados.

As cotas das necessidades diárias de nutrientes requeridas pelo or-


ganismo variam com o sexo e com a faixa etária durante o desenvolvimen-
to humano (Tabela 9). Mesmo não sendo calculada em dados da popula-
ção brasileira, pode-se verificar que há fases do desenvolvimento humano
que demandam maiores requerimentos diários de alguns nutrientes. Assim
é que na adolescência, faixa etária dos 11 aos 18 anos, os indivíduos do
sexo masculino requerem em sua alimentação diária mais proteína, cálcio e
fósforo do que em outras fases subsequentes. Com os do sexo feminino,
acontece praticamente o mesmo, mas com pequena redução das necessi-
dades. Gestação e amamentação são duas fases da mulher que exigem um
aporte de nutrientes igual ou superior ao período da adolescência.
268 Semiramis Pedrosa de Almeida

TABELA 9. Cotas das necessidades diárias de alguns nutrientes recomendadas


para diferentes fases do desenvolvimento humano.

Idade Proteína Cálcio Fósforo Magnésio Ferro Zinco Manganês Vit. À Vit.C
Fases (anos) (9 (mg (mg (mg (mg) (mg) (mg) (mg) (mg)
Lactente 0,0-0,5 13 400 300 40 6 5 0,3-0,6 420 30
0,5-1,0 14 600 500 60 10 5 0,6-1,0 400 2 0335

Criança 1-3 16 800 800 80 10 10 1,0-1,5 400 40


4-6 24 800 800 120 10 10 1,5-2,0 500 45
7-10 28 800 800 170 10 10 2,0-3,0 700 45

Homem 11-14 45 1200 1200 210 igz 15 2,5-5,0 1000 50


15-18 59 1200 1200 400 12 15 2,5-5,0 1000 60
19-24 58 1200 1200 350 12 15 2,5-5,0 1000 60
25-50 63 800 800 350 10 15 2,5-5,0 1000 60
Si 63 800 800 350 10 15 2,5-5,0 1000 60

Mulher 11-14 46 1200 1200 280 15 12 2,5-5,0 800 50


15-18 44 1200 1200 300 15 12 2,5-5,0 800 60
19-24 46 800 1200 280 15 12 2,5-5,0 800 60
25-50 50 800 800 280 15 12 2,5-5,0 800 60
512 50 800 800 280 10 12 2,5-5,0 800 60

Gestante 60 1200 1200 300 30 15 1000 70

Nutriz 65 1200 355 it 19 1200 95


Fonte: Recommded Dietary Allowance (RDA), (1989).

Cálcio, fósforo e ferro

Às crianças na faixa etária de 1 a 10 anos, necessitam da mesma


quantidade diária de cálcio e fósforo (800 mg), porém 10 mg de ferro.
Homens e mulheres dos 11 aos 18, requerem diariamente 1 200 mg de
cálcio e fósforo. À quantidade de ferro requerida nesta faixa etária difere
entre os sexos. À cota diária dos homens é de 12 mg e as mulheres de
15 mg. À partir dos 19 anos, as cotas diárias de cálcio e fósforo se igualam
às das crianças. À gestante requer em sua alimentação diária maior quanti-
dade de ferro (30 mg) (Tabela 9).
Frutas nativas do Cerrado: caracterização físico-química e fonte potencial de nutrientes 269

Três dos materiais analisados, amêndoa de baru, polpas de buriti e


de jatobá, contêm alto teor de cálcio, ferro e fósforo, com exceção do
analisados, amêndoa de baru, polpas de buriti e de jatobá, contêm alto teor
de cálcio, ferro e fósforo, com exceção do buriti, cujo teor em fósforo é
baixo (Tabela 8). Cem gramas de amêndoa de baru fornecem 189,9 mg de
cálcio, 364,2 mg de fósforo e 5,2 mg de ferro; a mesma quantidade de
buriti, contém 172, 78 mg de cálcio; 6,04 mg de fósforo e 3,94 mg de ferro
e a mesma de jatobá contem 245,3 mg de cálcio; 92,1 mg de fósforo e 2,0
mg de ferro. Com 200 g de cada um desses três materiais, obtêm-se 600 g
de uma polimistura com 1 215,96 mg de cálcio; 924,6 mg de fósforo e 22,2
mg de ferro. Comparando-se estes números com as necessidades requeridas
pelas diversas faixas etárias humanas (Tabela 9), supõe-se que nos 600 g
dessa mistura estão contidas quantidades de cálcio, ferro e fósforo sufici-
entes para suprir as necessidades diárias de um indivíduo adulto e também
na idade de maior requerimento, dos 11 aos 18 anos. Isto não quer dizer
que o indivíduo deva ingerir essa grande quantidade de alimento, principal-
mente pela maior participação, em volume, da polpa de jatobá.

A melhor fonte de ferro é a amêndoa de baru (Tabela 8). Hipoteti-


camente, com cerca de 200 g de amêndoas, as necessidades diárias de ferro
são supridas em lactentes, crianças e adultos do sexo masculino entretanto
nas mulheres adultas são maiores, variando ainda se o estado é de gestante
ou nutriz (Tabela 9).

Magnésio

O magnésio está envolvido em vários processos metabólicos do


fósforo e cálcio. É importante na formação dos ossos e dentes, na síntese
de proteínas e DNA, para produção e transferência de energia, contração
dos músculos, excitabilidade dos nervos e como co-fator na produção de
270 Semitamis Pedrosa de Almeida

muitas enzimas. Embora seja um constituinte essencial de todos os tecidos


moles, 55% a 70% do magnésio é encontrado nos ossos. Não é essencial
para o metabolismo normal do cálcio e fósforo, mas é importante fator na
manutenção de níveis baixos de colesterol no sangue. Também é conside-
tado como elemento preventivo de muitas doenças cardiovasculares, em-
bora não se conheça o exato mecanismo (Holmes, 1983).

Dos materiais analisados, a amêndoa de baru, com 196,9 mg, apre-


sentou o teor mais alto em magnésio. A polpa de jatobá vem em seguida
com 194,8 mg (Tabela 8). Às crianças necessitam de 80 mg a 170 mg de
magnésio e os adultos de 270 mg a 350 mg diárias (Tabela 9). Supõe-se que
menos de 100 g de amêndoas de baru ou polpa de jatobá satisfazem as
necessidades diárias desse mineral, nessas faixas etárias.

A deficiência em magnésio pode causar depósitos anormais de cál-


cio em vários tecidos, provocando também cálculos renais, contrações
musculares, tremores, arritmia cardíaca, insônia, caimbras nas pernas, pés e
mãos trêmulas. O processamento industrial dos grãos e do açúcar, destrói
o magnésio assim como a fervura dos vegetais (Holmes, 1983). Por outro
lado, severa deficiência de magnésio é pouco comum exceto em condições
de má nutrição (Flynn, 1992). Em formas de sulfato, o magnésio não pode
ser absorvido e tem propriedades laxativas. Os fertilizantes químicos redu-
zem o conteúdo de magnésio no solo e nas plantas pois inibem sua absor-
ção (Holmes, 1983). Toxicidade por excesso de magnésio é muito rara,
ocorrendo somente em condições em que há insuficiente eliminação de
urina ou grande aumento de absorção. Todos os grãos, nozes, sementes e
folhas vegetais verdes (cruas), são as melhores fontes desse mineral; o leite
humano contém cerca de 35 mg/litro, sendo mais alto no colostro
(Underwood, 1971).
Frutas nativas do Cerrado: caracterização físico-química e fonte potencial de nutrientes Dil

Zinco ,

O zinco é vital para síntese do DNA e RNA e para o desenvolvi-


mento de certas células brancas do sistema imunológico. É importante
pata várias outras funções como a síntese de mais de cem enzimas, desen-
volvimento de certos tecidos dos olhos, apropriada função gastrointestinal,
estado sadio da pele, funcionamento do sistema reprodutivo, desenvolvi-
mento normal do feto e do sistema nervoso central e ainda importante
para a circulação e coagulação do sangue (Flynn, 1992).

Os sintomas da deficiência de zinco estão relacionados à pequena


estatura, anemia, desenvolvimento de estrias em gestantes e adolescentes
durante o período de rápido crescimento, juntas doloridas com má circula-
ção, em jovens, retardamento da cura de feridas, perda de sabor (particular-
mente em pessoas idosas). Uma vez que o zinco é um mineral solúvel em
água, precipitações excessivas podem esgotá-lo no solo. Alimentos proces-
sados também removem o zinco. Ás tradicionais fontes são: as carnes, fíga-
do, ovos, aves domésticas, alimentos do mar (principalmente ostras) e to-
dos grãos (Flynn, 1992).

Os materiais com teor mais alto em zinco foram a polpa de


mangaba, com 4,35 mg e a amêndoa de baru, com 3,4 mg. Os demais
apresentaram teores bem mais baixos: polpas de jatobá, cagaita e buriti,
com 1,2 mg; 0,52 mg e 0,15 mg, respectivamente (Tabela 8). As necessida-
des diárias de zinco requeridas pelo organismo, são baixas, variando de 5
mg a 19 mg entre as faixas etárias. Para as necessidades diárias das
crianças, hipoteticamente, 100 g de polpa de mangaba seriam suficientes e
cerca de 300 g para os adultos de ambos os sexos (Tabela 9).

Cobre

O cobre é essencial na formação da hemoglobina e é um co-fator


em muitas enzimas importantes para formação dos ossos e tecidos nervo-
210 Semíramis Pedrosa de Almeida

sos, assim como tendões, artérias e pulmões. Estando presente em todos


os sais ferrosos, é o mais frequente contaminante dos alimentos sendo
quase impossível haver deficiência. Em excesso, é considerado um metal
tóxico e alguns sintomas são citados como resultado da intoxicação com
metais pesados, dos quais o cobre é uma das possíveis causas: endureci-
mento das artérias, problemas renais, senilidade precoce, hipertensão arte-
tial, psicose, anemia, “ataques no coração”, náusea e vômito. Às fontes
tradicionais são de origem animal como ostras, fígado, rins e de vegetais
como amêndoas, cacau, feijão, óleo de milho. O problema, na maioria das
vezes, é como evitar o cobre e não como consegui-lo (Flynn, 1992).

A polpa de jatobá e amêndoa de baru foram os materiais que apre-


sentaram os teores mais elevados em cobre, com 1,6 mg e 1,4 mg, respec-
tivamente; as polpas de buriti e cagaita os mais baixos, com 0,33 mg e 0,3
mg, respectivamente (Tabela 8).

Manganês

O manganês é um mineral que tem papel vital no organismo, in-


cluindo o funcionamento do sistema nervoso, formação de estruturas nor-
mais e manutenção de reprodução normal. Faz parte de muitas enzimas e
também interfere na utilização das gorduras, no funcionamento do fígado,
pâncreas e glândulas supra renais (Chitarra & Chitarra, 1990).

Dos cinco materiais analisados, a polpa de jatobá foi o que apre-


sentou mais alto teor em manganês (16,8 mg); seguem a amêndoa de baru,
com 8,9 mg e a polpa de buriti, com 6,48 mg. À polpa de cagaita foi o que
apresentou menos de 1 mg (Tabela 8). As exigências diárias desse mineral
são também pequenas, variando de (0,3 mg a 3,0 mg nos lactentes e crian-
ças. As mulheres e homens adultos requerem de 2,5 mg a
5 mg. Supostamente, menos de 40 g de polpa de jatobá, cerca de 50 g de
Frutas nativas do Cerrado: caracterização fisico-química e fonte potencial de nutrientes 273

amêndoa de baru e merios de 100 g de buriti suprem todas as necessidades


diárias de todas as faixas etárias desse mineral (Tabela 9).

Composição em ácidos graxos

A Tabela 10 apresenta a composição em ácidos graxos nos compo-


nentes das frutas do Cerrado, variando a porcentagem em ácidos
monoinsaturados e poltinsaturados.

Na polpa de araticum cerca de 80% dos ácidos graxos são


monoinsaturados, 15% saturados e 4% poliinsaturados. Nos
monoinsaturados se destaca o ácido oléico, nos saturados o palmítico e nos
poliinsaturados, o linolênico.

Na polpa de baru os ácidos monoinsaturados estão em maior por-


centagem com cerca de 50% (maior porcentagem de ácido oléico); 42% de
saturados (maior participação de ácido palmítico) e 4% de poliinsaturados
(ácido linololéico). Na amêndoa de baru, cerca de 48% são de ácidos
monoinsaturados, representados totalmente pelo ácido oléico; 31% do
poliinsaturado ácido linoléico e 177% de saturados com participação seme-
lhante dos ácidos palmítico e esteárico.

A polpa de buriti encerra 73% de ácidos monoinsaturados com


participação total do ácido oléico; 22% de saturados, cujo principal com-
ponente é o ácido palmítico e 4% de poltinsaturado, com porcentagem
maior do ácido linoléico.

Na polpa de cagaita, a maior porcentagem é de ácidos


monoinsaturados, com 50%, tendo maior contribuição do ácido oléico;
27% de saturados com maior participação do ácido palmítico; e 22% de
poliinsaturados com participação quase igual dos ácidos linoléico e
linolênico.
274 Semíramis Pedrosa de Almeida

TABELA 10. Composição de ácidos graxos em frutas nativas do Cerrado (%/ total
ácidos graxos).

Fórmula* Araticum Baru Baru Buriti Cagaita Mangaba | Piqui


Ácidos graxos molecular (polpa) (polpa) (amêndoa) (polpa) (polpa) (polpa) (polpa)

Saturados
cáprico (C10:0) - Sbt - - - - -
láurico (C12:0) 0,53 22 - - 0,44 PoE -
tridecanóico (C13:0) 2,42 2,14 - - - - -
mirístico (C14:0) - 2,27 - 0,12 0,78 1,03 -
pentedecanóico (C15:0) - 0,74 - - - 1,78 -
palmítico (C16:0) 9,84 18,77 6,70 19,79 2442 2911 46,19
margárico (C17:0) - - - - - - 0,25
esteárico (C18:0) 2,84 3,90 6,05 1,83 2,07 4,10 1,85
araquídico (C20:0) - 2055) 1,43 0,58 - - -
heneicosanóico (C21:0) - 2,09 - - - - -
behênico (C22:0) - 5,49 SN - - - -
Monoinsaturados
caproléico (C10:1) - 3,16 - - - - -
lauroléico (C12:1) - 2,10 - - - - -
tridecenóico (C13:1) - 1,18 - - - - -
miristoléico (C14:1) 0,26 - - - - - -
pentadecenóico (151) - 1,78 - - - - -
palmitoléico (C16:1) 1,03 5,44 - - 14,26 = =
heptadecenóico (C17:1) - - - - - - 0,30
oléico (€18:1) 79228709 48,73 297 35,67 12,42 51,37
Poliinsaturados
linoléico (C18:2) 0,76 4,45 31,78 3,06 10,50 17,80 1,82
linolênico (C18:3) 3,10 - - 1,66 11,86 8,30 -

Total saturados 15,63 42,18 17,45 pos 27, 38,27 48,89


“Total monoinsaturados 80,51 50,75 48,73 72,97 49,93 12,42 51,67
Total poltnsaturados 3,85 4,45 31,78 4,72 22,36 26,10 1,82
* Fórmula molecular simplificada: os números a esquerda de referem-se aos números de carbonos e os da
direita ao de insaturação da molécula; (-) não detectado

Ao contrário dos outros materiais, a polpa de mangaba possui 38%


de ácidos saturados e o ácido palmítico é o principal componente; 26% de
polinsaturados, com participação maior do ácido linoléico; e 12% do
monoinsaturado ácido oléico.

A polpa de piqui, como a maioria dos materiais analisados, apre-


sentou maior porcentagem de ácidos monoinsaturados, com 51%, tendo
Frutas nativas do Cerrado: caracterização fisico-química e fonte potencial de nutrientes 275

quase que total participação do ácido oléico; 49% de saturados, cujo prin-
cipal componente é o ácido palmítico; e cerca de 2% do poliinsaturado
linoléico.

Dentre os polinsaturados o mais importante foi o ácido linoléico


da amêndoa de baru, com cerca de 32%; em seguida, o linolênico na polpa
de cagaita, com cerca de 12%. Entre os saturados, o ácido palmítico da
polpa de piqui foi o que apresentou a porcentagem mais elevada (46%),
seguida das de mangaba e cagaita com 29% e 24%, respectivamente. A
porcentagem mais elevada de ácido esteárico foi encontrada na amêndoa
de baru (6%). O ácido láurico foi o que apresentou as mais baixas porcen-
tagens de todos os ácidos graxos das frutas analisadas, variando de menos
de 1% a 2,25%. Entre os monoinsaturados, o mais importante foi o ácido
oléico e com maior porcentagem na polpa de araticum, com 79%.

Resultados próximos aos deste trabalho, foram relatados por


Togashi (1993), relatando que o óleo da amêndoa de baru, contém cerca de
78% de ácidos graxos insaturados, sendo que os ácidos oléico e linoléico
são os predominantes.

Observa-se que a polpa do baru e do piqui, são predominante-


mente fontes de ácidos graxos monoinsaturados e saturados, enquanto a
do araticum e buriti são fontes principalmente de ácidos graxos manoinsa-
turados. No caso da amêndoa do baru, da polpa da cagaita e da mangaba,
apresentam quantidades apreciáveis de ácidos graxos poliinsaturados. O
araticum, o buriti, a cagaita e a mangaba, fornecem os dois ácidos graxos
essenciais ao homem: linoléico e linolênico.

Na indústria alimentícia, o ácido oléico é o mais utilizado nas di-


versas reações pois forma produtos de melhor qualidade e por que origina
menor quantidade de subprodutos indesejáveis. Entre inúmeras aplicações
udustriais citam-se lubrificantes para fibras, lubrificantes de alta tecnologia para
276 Semíramis Pedrosa de Almeida

equipamentos, cosméticos e intermediários químicos (ésteres, aminas, amidas).


A polpa de pequi e amêndoa de baru contêm altos teores de ácido oléico.

O ácido láurico é o componente característico do óleo da amên-


doa de frutas de palmeiras. Tais óleos são matéria-prima valiosa para a
indústria de alimentos, na composição de margarinas, sorvetes, ou mesmo
pata indústria de transformação, sobretudo de detergentes biodegradáveis,
sabões, emulsificantes, dentre outros. Há interesse por parte da indústria
por fontes alternativas de ácido láurico (Szpiz et a/., 1980; 1989). Apesar de
baixo (2,25%), a polpa da mangaba foi o material que apresentou mais alto
teor desse ácido.

O teor em ácido graxo linoléico da amêndoa de baru (31,78 mg) é


mais alto que o óleo de amendoim, de coco, azeite de oliva e azeite de
dendê (Tabela 11). O da polpa da mangaba e cagaita (17,80 mg e 10,50 mg,
respectivamente), é mais alto que o do azeite de oliva e o do azeite de
dendê. Em ácido linolênico, o óleo da polpa da cagaita (11,86%) apresenta
teor mais alto que o óleo de milho, de girassol, de amendoim, de soja, de
oliva e de dendê. Comparando o total de ácidos graxos saturados verifica-
se que o óleo da polpa de piqui é tão saturada quanto o azeite de dendê e o
óleo da polpa de araticum equivale ao óleo de soja (Tabela 11).

Os ácidos graxos são importantes, pois constituem a principal for-


ma de reserva energética do organismo humano. Além desse papel
energético, dois são essenciais para o homem: o linoléico e o linolênico
(Gurr & Harwood, 1991). Estes são precursores de substâncias que têm
papel importante na estrutura de membranas celulares, como componen-
tes de estruturas cerebrais, da retina, do sistema reprodutor e também como
precursores de eicosanóides que são substâncias que têm ação semelhante
a de hormônios, ou seja, mesmo em doses muito baixas são capazes de
desencadear respostas fisiológicas potentes (Mead ez a/., 1986).
Frutas nativas do Cerrado: caracterização físico-química e fonte potencial de nutrientes Dall

TABELA 11. Ácidos graxos poliinsaturados e saturados de frutas nativas do


Cerrado e de óleos comestíveis (Y do total de ácidos graxos).

Óleos das Acidos graxos Ácidos Ácidos graxos Ácidos


frutas do polinsaturados graxos Oleos polinsaturados graxos
Cerrado linoléico linolênico | saturados | Comestíveist linoléico linolênico saturados

Araticum
(polpa) 0,75 3,10 15,86 Milho 57,0 1,0 13,0
Baru
(polpa) 4,45 ND 42,18 Girassol 56,0 -.3 10,0
Baru
(amêndoa) 31,78 ND 17,45 Amendoim 29,0 1,0 19,0
Bunti
(polpa) 3,06 1,66 22,32 Soja 51,0 7,0 15,0
Cagaita
(polpa) 10,50 11,86 TI Oliva 8,0 0,7 14,0
Mangaba
(polpa) 17,80 8,30 38,27 Dende 9,0 0,3 48,0
Piqui
(polpa) 1,82 ND 48,89 Coco 2,0 0,0 90,0

* Fonte: Minazzi-Rodrigues & Penteado (1991); Gurr & Harwood, 1991. ND- não detectado

Embora os tecidos animais sejam capazes de sintetizar a maioria


dos ácidos graxos saturados e insaturados, não podem produzir ácidos graxos
insaturados da série linoléico, a não ser que se forneça um precursor na
dieta. Se o ácido linoléico é ministrado na dieta, os tecidos podem sinteti-
zar o ácido araquidônico a partir dele. Esse ácido, isoladamente ou junto
ao linoléico são essenciais para a manutenção de uma estrutura de pele
normal (Burton, 1979). O ácido linoléico é importante para formação nor-
mal das estruturas mielínicas e o ácido oléico protege a lipoproteína das
modificações oxidativas. No homem adulto, a carência dos ácidos graxos
poliinsaturados é rara, mas se manifesta frequentemente por problemas
cutâneos como dermatoses eczematiformes e demora na cicatrização. Os
ácidos graxos monoinsaturados oléico e palmitoléico não são considera-
dos essenciais, uma vez que podem ser sintetizados pelo organismo huma-
no a partir de ácidos graxos saturados (Minazzi-Rodrigues & Penteado,
1991).
218 Semiíramis Pedrosa de Almeida

O National Research Council (1989), preconiza uma alimentação


composta de 1% a 2% aproximadamente de ácido linoléico e 10% a 25Yo
de ácido linolênico. Os ácidos graxos essenciais presentes na dieta devem
guardar uma proporção entre si, pois o excesso de um pode afetar a forma-
ção dos ácidos graxos derivados do outro por competição, durante a con-
versão metabólica.

Atualmente, há grande interesse no entendimento da função dos


diferentes ácidos graxos no organismo humano, pois certas situações pato-
lógicas como arterosclerose, diabetes não insulino-dependente e alguns ti-
pos de câncer estão diretamente relacionadas ao tipo e qualidade de lipídio
da dieta (Linder, 1991).
Em geral, os ácidos graxos saturados de 12 a 16 carbonos são con-
siderados hipercolesterolêmicos (Linder, 1991) e, portanto, algumas frutas
do cerrado não são recomendáveis sob esse aspecto. No entanto, à exceção
da mangaba verifica-se que essas frutas são também fontes de ácido oléico,
chegando, no caso do buriti, a conter ácidos oléico em quantidades seme-
lhante ao do óleo de oliva. O somatório dos teores de ácido oléico e linoléico,
confere ao óleo do baru, alto grau de insaturação, similar também ao óleo
de oliva, indicando seu possível uso como óleo de mesa, após a devida
refinação (Vallilo et a/., 1990). Pesquisas têm demonstrado que os óleos
ricos em ácido oléico estão relacionados à menor incidência de doenças
cardiovasculares e recomenda-se a ingestão de óleos vegetais ricos em áci-
dos graxos monoinsaturados, junto aos poliinsaturados essenciais. Essa é
considerada uma estratégia a longo prazo para evitar doenças degenerativas
típicas dos países ocidentais.

O problema da fome

Os dados divulgados por Peliano & Beghin (1994), relacionados à


fome nas regiões brasileiras são preocupantes. O Brasil conta com uma
população de quase 150 milhões de habitantes. Na região Centro-Oeste
Frutas nativas do Cerrado: caracterização físico-química e fonte potencial de nutrientes DAÃO)

principal núcleo do Cerrado, vivem cerca de 10 milhões de habitantes, sen-


do que deste total, quase três milhões estão na zona rural. No contexto da
população brasileira estima-se o número de 31 milhões de indigentes?. Na
região Centro-Oeste, essa parcela representa mais de um milhão e meio,
sendo que 45% destes indigentes encontram-se na zona rural. Se se levar
em conta a região do Cerrado como um todo, esse número deve ser mais
elevado.

Pelas análises dos componentes físico-químicos das frutas de algu-


mas espécies, como foi mostrado neste trabalho, pode-se dizer que a popu-
lação do Cerrado dispõe de significativa oferta de alimentos no banco de
espécies vegetais nativas, com importantes nutrientes. De maneira geral,
são fontes de calorias, vitaminas, proteínas, cálcio, fósforo e ferro, dentre
outras. Isto pode indicar que essas frutas podem funcionar como fontes
alternativas de alimento, compondo cardápios regionalizados, até na me-
renda escolar.

Atualmente, verifica-se uma atenção voltada para as fruteiras tro-


picais, tanto pela diversidade de frutas, como pelas propriedades nutritivas,
vislumbrando perspectivas de aproveitamento industrial. Por outro lado,
há desinteresse pela industrialização em consequência da sua exploração
extrativista. Mas a segurança de um empreendimento regional poderia ser
depreendida da grande aceitação popular, além da franca possibilidade de
exportação contribuindo para a diversificação dos produtos exportáveis
(Barbosa et aí., 1979). Toda atividade com plantas nativas do Cerrado ba-
seia-se unicamente em extrativismo, seja o uso das frutas para alimentação,
atividade madeireira ou artesanato. Com o uso intensivo dessa prática, tem
reduzido a oferta desses recursos vegetais. Daí a necessidade de adoção de

2 Nesse contexto são consideradas indigentes, as pessoas cuja renda familiar corresponde apenas ao
valor de aquisição da cesta básica de alimentos que atenda os requerimentos nutricionais,
recomendados pela FAO/OMS/ONU.
280 Semíramis Pedrosa de Almeida

alternativas que viabilizem o seu uso sustentado. À falta de resultados


convincentes de produção em cultivo ou avaliação econômica do uso
extrativista, tem contribuído para o descrédito do potencial de algumas
espécies economicamente promissoras.
A flexibilização dos cardápios sugerida por Castro (1984), está co-
erente com os objetivos deste trabalho, onde deve-se observar as condi-
“ções locais, os gostos e as disponibilidades de alimentos locais, buscando
soluções ajustadas às peculiaridades regionais.

Conclui-se, portanto, que os resultados deste trabalho poderão


colaborar para a conscientização da população do Cerrado, no sentido de
divulgar a importância do potencial das plantas nativas dessa região para
melhorar a sua saúde. Por outro lado, há de se alertar que a caracterização
físico-química dessas frutas não é suficiente para considerá-las de valor
nutricional. Isto somente poderá ser certificado, quando se avaliar o pro-
cesso de assimilação desses nutrientes pelo organismo. Em outras palavras,
quando for determinada a sua biodisponibilidade.

Agradecimentos

Aos pesquisadores José Antônio da Silva, Carlos Eduardo L. Fon-


seca, pela grande colaboração no projeto.

À Dra Hilda da Rosa Rodrigues (Chefe Técnica da Embrapa


Agroindústria e Alimentos), às pesquisadoras Dalva Alves Pereira (Coor-
denadora/ATOL/Embrapa Agroindústria e Alimentos), Tânia Barreto
Simões Corrêa (Coordenadora da ACQA /Embrapa Agroindústria e Ali-
mentos) e Virgínia Martins da Matta, pela grande colaboração na realiza-
ção das análises físico-químicas e fornecimento de informações pertinen-
tes ao tema.

Aos funcionários do Laboratório de Ecofisiologia Vegetal da


Embrapa Cerrados: Domiciano Barbosa da Silva, João Batista dos Santos,
Frutas nativas do Cerrado: caracterização físico-química c fonte potencial de nutrientes 281

José Ferreira Paixão, Joaquim Fonseca Filho, Natália Pedrosa. S.F. Vásquez,
Valdir Pereira Lima, pelo grande empenho na realização deste trabalho.

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Capítulo VI

Flora vascular do Cerrado


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* FLORA VASCULAR
DO CERRADO

Roberta Cunha de Mendonça!


Jeanine Maria Felfil?
Bruno Machado Teles Walter?
Manoel Cláudio da Silva Júnior
Alba Valéria Rezende?
Tarciso S. Filgueiras!
Paulo Ernane Nogueira?

À flora do bioma Cerrado é ainda pouco conhecida, havendo pou-


cas tentativas de compilação da sua composição florística. Uma listagem
pioneira foi elaborada em 1892 por Warming a partir de um estudo na
região de Lagoa Santa, Minas Gerais (Warming, 1973). Posteriormente,
alguns autores procuraram compilar dados sobre a flora do Cerrado, desta-
cando-se as tentativas de Rizzini (1963), que apresentou 537 espécies entre
árvores e arbustos; Heringer et aí. (1977), com 774 espécies arbustivas e
arbóreas; e Filgueiras & Pereira (1994), que só para o Distrito Federal (DF)
listaram 2264 espécies vasculares nativas. Para o Cerrado /ato sensu, Castro
(1994) compilou 17753 espécies lenhosas, excluindo ltanas.

Castro et aí. (1992, 1995) sugeriram que a flora magnoliofítica do


Cerrado /ato sensu deveria conter entre 5268 a 7024 espécies de angiospermas
e que a flora lenhosa comportaria entre 366 a 575 gêneros e de 88 a 210
famílias. Essas estimativas sugerem grande riqueza florística no bioma, o
que se deve especialmente à sua grande variedade de paisagens e tipos
fitofisionômicos.

! Reserva Ecológica do IBGE, cx. postal 08770, CEP 70312-970, Brasília, DF.
? Departamento de Engenharia Florestal, Universidade de Brasília, cx. postal 04357
CEP 71919-970, Brasília, DF
* [Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Brasília-DF. bwalter()cenargen.embrapa.br
290 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Neste capítulo são apresentadas listas que compilam os dados dis-


poníveis referentes à composição florística do bioma Cerrado. Objetiva-se
contribuir para a formação de bases mais sólidas para o conhecimento de
sua riqueza e diversidade, tornando essas informações acessíveis tanto para
o meio científico quanto para os planejadores governamentais e comunt-
dade em geral.

Os dados apresentados constituem trabalho inicial para a forma-


ção de uma lista florística de referência para o Cerrado. Tentou-se minimizar
os problemas de sinonímia, validade de nomes científicos e outros que
surgem em abordagens dessa natureza, embora não se descarte a possibili-
dade de ainda haver incorreções. Conta-se com a colaboração de especia-
listas nos diferentes grupos taxonômicos enviando críticas e sugestões aos
autores para a ampliação e o aperfeiçoamento contínuos desses dados.

Composição das listas

Três listas foram elaboradas (pteridófitas, fanerógamas e invaso-


tas), tendo como base inicial os resultados do projeto multinstitucional
(UnB, IBGE e EMBRAPA), Biogeografia do Bioma Cerrado. Neste proje-
to foram realizadas pelo menos duas excursões para a coleta de material
botânico, em áreas das Chapadas Pratinha (Felfili et a/. 1994), dos Veadeiros
(Felfili et a/., 1997) e trechos selecionados na Chapada do São Francisco
(Cochrane ef al., 1985; Felfihi ez a/., 1994). O projeto já abrangeu cerca de
dez graus de latitude sul e quatro graus de longitude oeste. Nas excursões
foram realizadas coletas botânicas em todas as fitofisionomias encontradas
e efetuados levantamentos fitossociológicos padronizados em Mata de
Galeria não Inundável (solos bem drenados), Cerrado sentido restrito (stricto
sensu) e Cerradão. Os espécimes coletados foram depositados no Herbário
da Reserva Ecológica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), DF.
Flora vascular do Cerrado 291

Posteriormente,
as listas foram complementadas com aquelas ela-
boradas por vários autores para diferentes regiões do bioma (Warming,
1973; Hennger et a/., 1977; Kirkbride Júnior., 1984; Oliveira-Filho & Martins,
1986; Giuhetti et a/., 1987; Lewis, 1987; Pereira et a/., 1990; Brandão, 1992;
Brandão et al., 1993; Felfili, 1993; Pereira et a/., 1993; Castro, 1994; Felfili ez
aí., 1994; Filgueiras & Pereira, 1994; Ribeiro et a/., 1994; Ramos, 1995; Silva
Júnior, 1995; Stannard, 1995; Walter, 1995; Barbosa ez a/., 1996; Marimon ez
al., 1996; Silva Júnior & Felfili, 1996). Foram utilizados ainda trabalhos
taxonômicos de grupos específicos (Pabst & Dungs, 1975; Pereira, 1977;
Barbosa, 1986/1987; Bautista, 1986/1987; Marques, 1988; Pirani, 1989;
Acevedo-Rodriguez, 1990; Plumel, 1991; Brandão, 1993; Brandão & Laca-
Buendia, 1993; Macedo, 1993; Z1ckel & Leitão Filho, 1993; Lourteig, 1994;
Cavalcanti, 1995; Henderson ez a/. 1995, Munhoz, 1996; Anderson, 1997;
Barneby & Grimes, 1997; Pennington, 1997), além de referências gerais
como Lotenzi (1991, 1996), volumes da Flora Neotropica (publicação do
The New York Botanical Garden, EUA), artigos das revistas Taxon (publi-
cação da associação internacional de taxonomia vegetal, Berlim, Alema-
nha), Novon (publicação enfocando nomenclatura botânica do Missouri
Botanical Garden, EUA), e a Flora dos estados de Goiás e Tocantins -
coleção Rizzo (Editora Universidade Federal de Goiás).

Na compilação também foram incorporadas as listagens provent-


entes de coletas no Distrito Federal, Norte de Goiás (regiões de Niquelândia
e Minaçu) e Oeste da Bahia (regiões de Correntina e Formosa do Rio Pre-
to), depositadas nos herbários da Reserva Ecológica do IBGE, da Univer-
sidade de Brasília (UB) e da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia
(CEN). Listas em preparação também foram utilizadas, como por exem-
plo a da flora fanerogâmica da Estação Ecológica do Panga (Uberlândia,
MG), fornecida por Ivan Schiavim, da UFU, MG.

Alguns grupos tiveram seus Zaxa compilados e fornecidos por es-


pecialistas, entre os quais Araceae (Eduardo G. Gonçalves), Arachis
292 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

(Glocimar P. Silva), Myrtaceae (Carolyn E. B. Proença), Orchidaceae


(Luciano B. Bianchetti & João A.N. Batista) e Palmae (Aldicir O. Scariot).

Os nomes científicos utilizados foram conferidos no Index


Kewensis, versão 1.0 em CD-ROM, muitas vezes consultando-se também
a Flora Neotropica e revisões taxonômicas. No caso de grafias ou nomes
de autores diferentes entre o Index Kewensis e as revisões taxonômicas,
estas foram as consideradas.

Para as espécies em que a variedade ou a subespécie tipo eram


mencionadas, apenas esta foi considerada na incorporação dos /axa às lis-
tas. Como exemplos, Dztassa cordata (Turcz.) Fontella e Ditassa cordata (Turcz.)
Fontella var. cordata, ou Protium heptaphbyllum (Awbl) March. e Protium
beptaphyllum (Aubl) March. ssp. heptaphyllum apenas os taxa com informa-
ção da categoria infra-específica foram incluídos.

Para cada /axon procurou-se referenciar o hábito (forma de vida) e


o habitat ou fitofisionomia de ocorrência.

Como hábito foram considerados os termos árvore, arbusto,


subarbusto, erva e trepadeira (termo que inclui lianas em geral) que, em
alguns casos, ateve-se mais ao porte da planta do que exatamente à forma
de vida. Nos espécimes de herbário assim como na literatura, com fre-
quência, diferentes coletores referem-se a um único /axon, tanto como erva,
subarbusto ou mesmo arbusto. Nos grupos compilados e fornecidos pelos
especialistas acima mencionados, geralmente a indicação de hábito foi mais
detalhada, como no caso de Orchidaceae em que se indicou: ervas terres-
tres, epífitas, rupícolas ou escandentes. Apenas para esta família foram de-
signadas as principais fontes de referência de espécies citadas para o Cerra-
do, mas ainda não conferidas no local pelos especialistas.

Como habitat ou tipos fitofisionômicos foram considerados 22 ter-


mos, quando possível usando os mesmos do Capítulo III ou adequando-os
Flora vascular do Cerrado 293

às informações da literatura e de etiquetas das exsicatas de herbário como


especificado a seguir: (1) Mata (termo que pode incluir Matas de Galeria,
Ciliar ou Seca /Mesofítica); (2) Mata Ciliar; (3) Mata de Galeria (inclui cita-
ções como “beira de córrego”); (4) Mata de Galeria Inundável (inclui Mata
de Galeria úmida e alagada); (5) Mata Seca (inclui Mata Mesofítica, Mata
Estacional e Mata Caducifólia); (6) Mata Seca Semidecídua; (7) Mata Seca
Decídua (inclui Mata Calcária e Mata Decídua); (8) Cerrado /ato sensu (sem
especificação dos autores sobre a forma e tipo de vegetação); (9) Cerradão;
(10) Cerrado Denso; (11) Cerrado (inclui os subtipos denso, típico, ralo ou
rupestre); (12) Cerrado Ralo (inclui Campo Cerrado); (13) Cerrado pertur-
bado (inclui citações de cerrado alterado); (14) Vereda; (15) Campo (inclui
campos sujo, limpo, rupestre, com murundus, ou “pedregoso”); (16) Cam-
po Sujo; (17) Campo Limpo; (18) Campo Rupestre; (19) Campo Úmido
(pode ser Campo Sujo ou Limpo); (20) Campo Perturbado; (21) Brejo (pode
incluir Campo Umido e Vereda); e (22) Area antrópica (inclui áreas pertur-
badas, alteradas, antropizadas e pastagens).

Flora vascular

Nas duas primeiras listas (Anexos 1 e 2), que representam a flora


nativa, tanto as famílias de pteridófitas (sensu Iryon & Tryon, 1982) e
fanerógamas (sensu Cronquist, 1988) como as espécies (/axa) em cada famí-
lta, foram apresentadas em ordem alfabética. Para a grande maioria dos
taxa foram fornecidos o hábito da planta e o habitat de ocorrência. Entre-
tanto, na incorporação das informações de outros autores nem sempre foi
possível especificar o hábito e, principalmente, o habitat com o mesmo
nível de detalhe que as coletas originais do projeto Biogeografia do Bioma
Cerrado, assim como pata muitos não foi possível nem mesmo fornecer
esses dados.

Para determinados taxa foram indicados alguns de seus sinônimos,


desde que estes fossem mencionados com grande frequência na literatura
294 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

ou nos herbários. Os sinônimos estão apresentados à frente do nome váli-


do (Anexos 1 e 2), embora não tenha havido a pretensão de proceder-se
uma revisão completa, com a inclusão exaustiva deles.

As espécies invasoras ou ruderais mais frequentemente citadas no


bioma são apresentadas no Anexo 3.

Pteridófitas

À lista de pteridófitas apresentada na Anexo 1 deve ser considera-


da preliminar, tendo em vista a escassez de coletas e estudos sobre o grupo
no Cerrado. Foram compilados 282 /axa, pertencentes a 267 espécies (que
incluem 26 variedades ou subespécies), 51 gêneros e 19 famílias. Conside-
rando apenas os /axa em que há informação do hábito, basicamente o gru-
po é composto por ervas (227 taxa - 92%) e uns poucos subarbustos e
arbustos (19 taxa - 8/0). Cerca de 76% das espécies (215 Zaxa) ocorrem nas
formações florestais do bioma, 37% (104) nas formações savânicas e 30%
(82) nas formações campestres. Apenas oito /axa foram referidos, ocorren-
do em áreas antrópicas. São eles: Anemia presliana Prantl., Anemia tomentosa
(Savigny.) Swartz var. anthriscifolia (Schr.) Mickel., Doryopteris lomariacea (Ktze.)
K1., Eguisetum gigantenm L., Gleichenia pectinata (Wild) Pr., Pteridinm aquilinum
(L.) Kunh., Preridium aquilinum (1.) Kunh var. arachnoideum (Kaulf) Brade e
Trichipteris villosa (Willd.) Tryon.

Fanerógamas

No Anexo 2 é apresentada a lista das espécies fanerogâmicas


registradas para as formações florestais, savânicas e campestres do bioma
Cerrado, com seu respectivo hábito e fitofisionomia de ocorrência. Essa
lista inclui 6389 Zaxa nativos, pertencentes a 6062 espécies (que incluem
425 variedades ou subespécies), 1093 gêneros e 151 famílias.

O número de gêneros de fanerógamas representa 26% dos 4200


estimados para a América do Sul como um todo (Gentry et a/., 1997). O
Flora vascular do Cerrado 295

número de espécies de angiospermas (6060) representa 65% das 9300 esti-


madas por Gentry et a/. (1997) para o Cerrado, Caatinga, Llanos, Chaco e
Pantanal, incluindo-se também as matas ocorrentes nesses domínios.

As famílias mais representadas no bioma foram Leguminosae, se-


guida de Compositae, Orchidaceae, Gramineae, Rubiaceae,
Melastomataceae, Myrtaceae, Euphorbiaceae, Malpighiaceae e Lythraceae
(Tabela 1). Essas dez famílias, que retratam menos de 7% do total de famí-
las encontradas, contribuíram com mais de 51% da riqueza florística do
Cerrado. Asclepiadaceae e Labiatae também podem ser destacadas, apre-
sentando respectivamente 106 e 103 espécies.
TABELA 1. Distribuição dos gêneros, espécies, variedades /subespécies e taxa
para as principais famílias do bioma Cerrado.

Família Gêneros Espécies Varied./Subesp. “Taxa

Leguminosae 101 ti 143 859


Compositae 106 557 6 559
Orchidaceae 91 491 3 493
Gramineae 70 Sil 5 a)
Rubiaceae 47 250 15 ZA
Melastomataceae 2» 231 tl 238
Myrtaceae 14 Di Z 212
Euphorbiaceae Z 183 15 195
Malpighiaceae 16 126 3 128
Lythraceae 6 113 12 120
Total 500 3310 US 3434

As famílias Leguminosae, Compositae, Orchidaceae e Gramineae


são, portanto, as mais ricas do Cerrado, dados que se coadunam com aque-
les obtidos por Warming (1973) há mais de cem anos. À primeira é tipica-
mente rica nos trópicos e a última característica de ambientes savânicos. À
família Orchidaceae está entre as mais ricas do Cerrado, como também nas
Florestas Atlântica e Amazônica. No Cerrado há o predomínio de orquí-
296 Roberta Cunha de Mendonça et aí

deas terrestres, com 51% das espécies, seguida de espécies epifíticas, com
37%. Compositae foi a família com maior número de espécies no estudo
de Warming (1973), mas na presente compilação ficou na segunda posição.
Comparando-se o número de espécies por família entre os biomas
Floresta Amazônica e Atlântica, Gentry et a/. (1997) ressaltaram a maior
riqueza de Myrtaceae no segundo. Constata-se que no Cerrado esta família
também está entre as mais ricas. Várias famílias ricas em espécies na Flo-
resta Amazônica, como Chrysobalanaceae, Sapotaceae, Lauraceae e
Meliaceae (Gentry, 1990), não estão entre as mais representativas do Cer-
rado. Em contrapartida outras como Euphorbiaceae,
Rubiaceae e Melastomataceae (Gentry, 1990) são ricas em ambos os
biomas. Monimiaceae e Hippocrateaceae estão entre as mais ricas na Flo-
resta Atlântica, porém são menos representadas na Floresta Amazônica
(Gentry ez aí., 1997) e no Cerrado.

Plantas invasoras ou ruderais

Às espécies invasoras ou ruderais registradas no Cerrado (Anexo


3) não foram consideradas no cômputo da riqueza florística do bioma, mas
forarn listadas pela grande frequência em que são encontradas no bioma e
por teem importância nos estádios sucessionais das suas formações vege-
tais.

Na lista apresentada não foi informado o habitat, que sempre é


constituído por áreas nativas perturbadas (Matas, Cerrado ou Campo), ou
ainda por lavouras, pomares, hortas, represas, margem de lagoas, áreas de
agricultura ou pastagens. Evitou-se incluir espécies cultivadas, ainda que
eventualmente muitas possam ser encontradas vegetando em áreas nativas,
porém antropizadas. No hábito das ervas indicou-se se eram: anuais, pere-
nes ou aquáticas, fornecendo ainda as fontes básicas de consulta da infor-
mação.
Flora vascular do Cerrado 29

No Anexo 3 estão listadas 456 espécies invasoras ou ruderais (três


variedades, 458 /axa, 279 gêneros e 84 famílias - incluindo fanerógamas e
pteridófitas), que ocorrem espontaneamente no Cerrado.

Neste Anexo também foram incluídas espécies já referidas nos


Anexos 1 e 2 (167 espécies assinaladas com asterisco), desde que citadas
como invasoras na literatura (Lorenzi, 1991; Filgueiras & Pereira, 1994). Se
estas 167 espécies fossem desconsideradas, a flora invasora /ruderal do
Cerrado contaria com 289 espécies. À inclusão daquelas espécies no côm-
puto da flora nativa (Anexos 1 e 2) deve-se à constatação de que são plan-
tas autóctones da região, nativas no bioma. Um exemplo típico é Bixa orellana
L., citada como exótica por Filgueiras & Pereira (1994), mas que ocorre
naturalmente em algumas Matas de Galeria na região Norte de Goiás, em
áreas sem vestígios recentes de ação antrópica.

As plantas invasoras /ruderais (considerando apenas as 289 espéci-


es) representam menos de 5% do total de espécies autóctones do Cerrado.
Embora esse número seja baixo, são significativas a frequência e densidade
com que muitas espécies podem ocorrer, dominando grandes trechos de
vegetação. Sua ocorrência resulta de alterações antrópicas do ambiente ori-
ginal, provocando mudanças na composição da flora.

Riqueza florística do bioma Cerrado

Foram compilados no total 6671 taxa nativos, distribuídos em 170


famílias e 1144 gêneros (Tabela 2). Há 6429 espécies, que incluem 451
variedades e/ou subespécies (Anexos 1 e 2). Dessas espécies, 267 são
pteridófitas (19 famílias, 51 gêneros, 26 variedades, 282 taxa), duas
gimnospermas (uma família - Podocarpaceae; um gênero - Podocarpus; 2
taxa) e 6060 angiospermas (150 famílias, 1092 gêneros, 425 variedades,
6387 taxa) (Tabela 2).
298 Roberta Cunha de Mendonça ez aí.

TABELA 2. Número de famílias, gêneros, espécies, variedades /subespécies e


taxa que compõem a flora nativa do bioma Cerrado.

Grupo Famílias Gêneros Espécies Varied./Subesp. Nº Taxa

Pteridófitas 19 Sl 267 26 282


Gimnospermas 1 1 E 0 2
Angiospermas 150 1092 6060 425 6387

Total 170 1144 6429 451 6671

O número de zaxa por formação existente no bioma Cerrado


corresponde a 2055 nos campos, 2540 nas florestas e 2880 nas savanas
(Tabela 3). Existem inúmeros Zaxa comuns entre essas formações, assim
como há aqueles exclusivos de cada uma. Esses resultados confirmam as
conclusões de Felfili (1993, 1995) e Felfili ez a/. (1994, 1997) sobre a grande
riqueza florística das formações do bioma, especialmente das Matas de
Galeria. A contribuição das Matas para a biodiversidade do Cerrado é ele-
vada, principalmente considerando que estas ocupam área pequena em re-
lação às formações savânicas e campestres.
TABELA 3. Número de taxa de fanerógamas por formação vegetal e por hábito
(forma de vida) no bioma Cerrado.

Formação Número de taxa Hábito Número de taxa

Campestre 2055 Erva 2150


Savânica 2880 Subarbusto 835
Florestal 2540 Arbusto 1291
Sem informação 865 Árvore 1065
Trepadeira 428
Sem informação 620

A proporção de hábito arbustivo-herbáceo para o arbóreo foi de


4,5:1 (Tabela 3), sendo que parte dessas informações foi obtida nos regis-
Flora vascular do Cerrado 299

tros de etiquetas de herbário. Por esta razão elas não devem ser tomadas
como conclusivas, embora reflitam a tendência geral para o bioma. Uma
indicação de maior precisão dessa tendência foi apresentada pelo projeto
Biogeografia do Bioma Cerrado (Felfili ez a/., 1994, 1997), onde se encon-
trou a proporção de aproximadamente 3:1. Neste caso as descrições foram
feitas pelas mesmas equipes e são, portanto, bastante consistentes.

Se as plantas invasoras (Anexo 3) forem consideradas, existem 6960


taxa e 6718 espécies ocorrendo espontaneamente no bioma Cerrado.

Para o bioma, a riqueza florística apresentada ultrapassou bastante


as compilações preexistentes, ficando próxima das estimativas de Castro ef
al. (1992, 1995) para espécies e famílias apenas do Cerrado /ato sensu, embo-
ra muito superior para gêneros. Constata-se, assim, que os valores apresen-
tados ainda são modestos devido ao reduzido trabalho de coleta e
amostragens em várias fitofisionomias e regiões do bioma. Tomando como
exemplo a Chapada dos Veadeiros, durante as excursões de coleta botânica
do projeto Biogeografia foram obtidos exemplares que representaram onze
taxa novos, sendo dois gêneros de Gramineae e nove espécies novas de
cinco famílias diferentes. Várias novas citações para a Chapada dos
Veadeiros, ou para o estado de Goiás foram encontradas, entre as quais
cita-se a presença de Podocarpus brasiliensis e Paspalum longiaristatum, além de
outras (Felfili et a/., 1997).

Esforços intensivos de coleta, amostragens padronizadas nas dife-


rentes regiões do bioma e revisões taxonômicas são imprescindíveis para
que possa ser feita a avaliação global da sua composição florística. Tais
esforços são prementes, uma vez que existem, ainda, extensas áreas cober-
tas por vegetação nativa, porém sob forte pressão. À escalada
desenvolvimentista que se intensificou nas últimas décadas, no Brasil Cen-
tral, torna essa avaliação urgente pois, certamente, algumas espécies po-
dem estar em risco de extinção antes mesmo de serem conhecidas pela
ciência.
300 Roberta Cunha de Mendonça ez a/.

O amplo conhecimento da flora do Cerrado é importante para


delinear estratégias governamentais para a preservação de áreas represen-
tativas do bioma, além de ressaltar sua importância em escala nacional e
mundial que deve ser priorizada para conservação e manejo racional. O
Cerrado tem mostrado muito mais rico do que se previa e muitas das suas
tipologias são endêmicas da América do Sul, e do Brasil. Com isso, a im-
portância intrínseca do seu patrimônio genético merece maior reconheci-
mento.

Agradecimentos

Aos especialistas À. C. Allem (Maniho?), H. C. Lima (Leguminosae),


P. Delprete (Rubiaceae), R. Kiesling (Cactaceae), R. Marquete
(Flacourtiaceae), e T. B. Cavalcanti (Lythraceae) por conferirem parte das
listas. Em especial agradecemos a José Felipe Ribeiro pelo estímulo à ela-
boração deste capítulo; a Benedito Alísio S. Pereira, Raquel de Fátima
Novelino e Luciano Bianchetti pelas valiosas sugestões. Às nossas institui-
ções IBGE, Universidade de Brasília e Embrapa Recursos Genéticos e
Biotecnologia. Às instituições PNMA-SEPLAN-PR, FNMA, CNPq, FAP-
DF, Cia. Níquel Tocantins e FURNAS que vêm apoiando projetos de le-
vantamentos florísticos e fitossociológicos no Cerrado e em especial o de-
senvolvimento do Projeto Biogeografia do Bioma Cerrado. Aos membros
da equipe, especialmente Marina de Lourdes Fonseca, Maria do Socorro
de A. Corrêa e Zequiel Azevedo Bastos, técnicos do Herbário IBGE. Aos
técnicos do IBGE Francisco das Chagas À. Oliveira e Diacis Alvarenga; do
Departamento de Engenharia Florestal da UnB Edson Cardoso, Newton
Rodrigues de Oliveira e Marco Aurélio Silva; e da Embrapa Recursos Ge-
néticos e Biotecnologia,
João Benedito Pereira e Aécio Amaral Santos, pelo
apoio nas excursões de campo. Aos estudantes Nilton Silva Júnior e Ale-
xandre Bonesso Sampaio pelo apoio no preparo das listas.
Flora vascular do Cerrado 301

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Flora vascular do Cerrado 305

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Flora vascular do Cerrado 307

ANEXO 1. Pteridófitas do bioma Cerrado

Família / espécie Fitofisionomia / habitat

ASPLENIACEAE
Asplenium auritum Swq. mata de galeria, campo úmido
Asplenium auritum Sw. var. rigidum
(Swartz) Hook. mata de galeria
Asplenium auritum Sw. vat. serrata
(Aubl) BK. mata de galeria
Asplenium formosum Wild. mata de galeria
Asplenium praemorsum Swraxtz mata de galeria
Asplenium serra Langsd. ex Fisch mata de galeria
Asplenium serra Langsd. ex Fisch var.
geraense C. Chr. mata de galeria
Asplenium serratum L. mata de galeria
Cyelodium meniscioides (Willd.) Prest. mata de galeria inundável

BLECHNACEAE
Blechnum asplenioides Sw. mata, cerrado, campo rupestre
Blechnum blechnoides f. minor cerrado
Bhechnum brasthense Desv. mata de galeria, brejo
Blechnum confluens Schlecht. & Cham. mata de galeria, cerrado
Blechnum distans Pr. mata, betra de córrego
Blechnum glandulosum L. cerrado, cerradão, mata paludosa
Blechnum gracile Kaulf. cerrado
Blechnum imperiale (Fée & Glaz.) C. Chr. mata de galeria
Blechnum lanceola Sw. mata de galeria, cerrado, campo
úmido, brejo
Blechnum minutulum Christ cerrado
Blechnum obtusifolium Ettingsh campo úmido, mata de galeria
Blechnum oceidentale 1. mata, cerrado
Blechnum polypodioides Raddi mata de galeria
Blechnum pteropus Kuntze mata de galeria
Blechnum regnellianum (Kuntze) C. Chr. mata de galeria, mata seca,
campo rupestre
Blechnum schomburgkii (K1.) C. Chr. cerrado, brejo
Blechnum serrulatum Rich. mata de galeria, brejo, cerrado
308 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 1.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

Blechnum unilaterale Sw. cerrado, mata de galeria


Blechnum volubile Kaulf. mata de galeria
Salpichlaena volubilis (Kaulf) ). Smith mata de galeria, mata seca

CYATHEACEAE
Alsophilla christiana Schnem mata de galeria
Alsophilla cipoensis Schnem cerrado, mata de galeria
Alsophilla compta Mart. mata de galeria
Alsophilla paleolata Mart. mata de galeria
Cyathea delgadii Sternb. arbusto brejo, mata de galeria, campo
rupestre
Cyathea phalerata Mart. arbusto mata de galeria
Cyathea schanschin Mart. arbusto mata de galeria
Cyathea vestita Mart. arbusto mata de galeria
Cyathea villosa Willd. arbusto mata de galeria
Trichipteris corcovadensis (Raddi) Tryon arbusto
Trichipteris procera (Willd.) Tryon arbusto cerradão
Trichipteris villosa (Willd.) Tryon arbusto cerrado, área antrópica

DAVALLIACEAE
Nephrolepis occidentalis Kuntze mata de galeria, cerrado
Nephrolepis pendula (Raddi) ). Smith mata de galeria

DENNSTAEDTIACEAE
Tribo Dennstaeditieae
Histiopteris incisa (Thunb.) J. Sm. mata de galeria
Preridium aquilinum (L.) Kunh. mata de galeria, cerrado, área
antrópica
Preridium aquilinum (L.) Kunh var.
arachnoideum (Kaulf) Brade erva mata de galeria, cerrado, campo
úmido, área antrópica
Tribo Lindsaeae
Lindsaea divaricata Kl. erva mata de galeria
Lindsaea guianensis (Aubl.) Dryand. erva mata de galeria
Lindsaea guianensis ssp lanceastrum Kramer erva mata de galeria, cerrado
Flora vascular do Cerrado 309

Continuação Anexo 1.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Lindsaea lancea (L.) Bedd.
(=Adiantum lancea L.) mata de galeria inundável,
cerrado
Lindsaca pallida Kl. mata de galeria
Lindsaea quadrangularis Raddi mata de galeria, campo
Luindsaea rigidiuscula Lindm. mata de galeria
Lindsaea stricta (Sw) Dryand var. stricta mata de galeria, campo rupestre,
cerrado, brejo

DRYOPTERIDACEAE
Tribo Bolbitideae
Elaphoglossum spathulatum (Kl)) Moore campo, mata de galeria, cerrado
Elaphoglossum aubertit (Desv.) Moore cerrado, mata de galeria
Elaphoglossum balansae C. Chr. campo rupestre, mata seca
Elaphoglossum blanchetii (Mett.) C. Chr. mata de galeria, cerrado
Elaphoglossum burchelhi (Bak.) C. Chr mata de galeria, cerrado
Elaphoglossum coimbra-buenoi Brade cerrado, campo
Elaphoglossum heringeri Brade
Elaphoglossum langsdorffii (Hook &
Grév) Moore mata
Elaphoglossum latifolium (Sw) J. Smith campo
Elaphoglossum lisboa Rosenst. mata de galeria
Elaphoglossum lingua (Raddi) Brack mata de galeria, cerrado
Elaphoglossum luridum (Fée) Chmist
(=E. schomburgks (Fée) Moore) mata de galeria
Elaphoglossum macabense (Fée) Rosenst.
Elaphoglossum macrophyllum (Mett.)
Cache: mata de galeria
Elaphoglossum pachydermum (Fée) Moore cerrado, mata de galeria
Elaphoglossum scalpellum (Mart.) Moore cerrado, mata de galeria
Elaphoglossum scbwackeanum Brade mata de galeria, campo, cerrado
Elaphoglossum scolopendrifolium (Raddi)
J.Smith mata de galeria, cerrado
Elaphoglossum sellowianum (K1.) Moore mata de galeria, cerrado
Elaphoglossum spathulatum (Bory) Moore| erva mata de galeria
310 Roberta Cunha de Mendonça et a/.

Continuação Anexo 1.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

Tribo Dryopterideae
Acrostichum macrophyllum (Mett.) Chr. cerrado
Crenitis submarginalis (Langsd & Fisch.)
Ching mata de galeria
Dryopteris (Meniscium) chrysodioides
Dryopteris (Lastrea) concinna (Willd.)
O. Ktze
Dryopteris (Meniscium) dentata
Dryopteris (Meniscium) desvausxir
Maxon & Moston mata de galeria
Dryopteris filicina
Dryopteris fruticulosa Tayl. mata de galeria
Dryopteris (Meniscium) hostamannit
Dryopteris (Meniscinm) longifolia
Dryopteris (Lastrea) opposita (Vahl) Urb.
Dryopteris (Lastrea) opposita (Vahl)
Urb. var. roviçaroi (Raddi) C. Chr. cerrado
Dryopteris oppositica var. rivulosum
(Raddi) C. Chr.
Dryopteris (Lastrea) oppositifolia
(Vahl) Urb. mata de galeria
Dryopteris (Cyclosorus) patens var. disstmilis
Dryopteris (Lastrea) ptarmica (Ktze)
Oltze: mata de galeria
Dryopteris (Goniopteris) riograndensis
(Lindm.) C. Chr. mata de galeria
Dryopteris (Lastrea) riopardensis
Dryopteris (Lastrea) rivularioides
Dryopteris (Meniscium) salsmannit
Dryopteris (Lastrea) settigera (Bl.)
O. Ktze. mata seca, cerrado
Dryopteris (Meniscium) varians (Fée)
(Ve: mata de galeria
Lastreopsis efjusa (Sw.) Trindale mata de galeria
Polystichum aculeatum (Fée) Moore mata de galeria
Flora vascular do Cerrado 311

Continuação Anexo 1.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Rumobra adiantiformis (Forst.) Ching mata de galeria
Sugmatopteris meniscioides (Willd.) Kuntzel - mata de galeria
Siigmatopteris meniscioides (Willd.)
Kuntze var. conferta (Kaulf.) Morton mata de galeria

EQUISETACEAE
Equisetum giganteum L. subarbusto | mata, brejo, campo limpo,
área antrópica

GLEICHENIACEAE
Dicranopteris flexnosa (Schrad.) Underw,. erva mata de galeria, brejo
Dicranopteris hinearis (Burm. £) Underw. erva campo rupestre
Gleichenia bifida (Wild.) Spreng. subarbusto | mata
Gleichenia flexnosa (Schrad.) Mett. subarbusto | mata de galeria, cerrado
Gleichenia furcata (L.) Spreng. subarbusto mata de galeria, cerrado, campo
úmido
Gleichenia gracilis (Mart.) Moore subarbusto | cerrado
Gleichenia linearis (Burm.) Clark. subarbusto | cerrado
Gleichenia nervosa (Kaulf.) Spreng. subarbusto | cerrado
Gleichenia pectinata (Willd.) Pr. subarbusto | mata de galeria, cerrado, área
antrópica
Gleichenia pennigera (Mart.) T. Moore subarbusto | mata
Gleichenia rigida Sw. subarbusto | mata

HYMENOPHYLLACEAE
Hymenophyllum polyanthos (Sw.) Sw.
Trichomanes crispum L. mata de galeria
Trichomanes cristatum Kaulf. mata, brejo, cerrado
Trichomanes krausst Hook. & Grev. mata de galeria
Trichomanes pilosum Raddi mata de galeria, campo úmido
Trichomanes pinnatum Hedw. mata de galeria úmida, brejo
Trichomanes plumosum Raddi
Trichomanes rigidum Swv. mata de galeria
Trichomanes sellowtanum Presl. mata de galeria, campo úmido
312 Roberta Cunha de Mendonça ef aí.

Continuação Anexo 1.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat

LYCOPODIACEAE
Lycopodiella alopecuroides (L.) Cranfill brejo, cerrado
Lycopodiella camporum B. Ollg. &
PG.Wind. cerrado, campo úmido, cerrado,
mata de galeria
Lycopodiella cernela (L..) Pchi-Sumolli arbusto brejo
Lycopodium carolinianum L. erva brejo, campo úmido
Lycopodium cernuum L. erva brejo, mata de galeria
Lycopodium commutatum Spreng. ex K1. erva
Lycopodium pendulinum erva
Lycopodium polymorphum erva
Lycopodium venustum erva

METAXYACEAE
Metaxia rostrata (Humb. & Bonpl. ex
Willd.) Presl. cerradão, mata de galeria

OPHIOGLOSSACEAE
Opbhioglossum crotalophiroides Walt. brejo
Opbioglossum elhpticum Hook. & Grev. brejo
Opbioglossum reticulatum L. mata de galeria

OSMUNDACEAE
Osmunda cinnamomea L. campo rupestre, brejo
Osmunda palustris Schrader mata de galeria inundável >

campo, brejo

POLYPODIACEAE
Tribo Grammitideae
Grammitis apiculata (Kuntze. ex Kl.)
Seymour
Grammitis serrulata (Sw.) Sw.
Tribo Polypodieae
Campyloneurum phylitidis (L.) C. Presl. mata de galeria
Christella sp. mata de galeria inundável
Flora vascular do Cerrado 313

Continuação Anexo 1.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Microgramma lindebergii Mett. mata de galeria
Microgramma tycopodsoides (L.) Copel.
Microgramma squamulosa (Kaulf.)
de la Sota
Pkopeltis macrocarpa (Bory ex. Willd.)
Kaulf. mata
Polypodium angustifolium Sw. cerrado, mata de galeria
Pobypodium angustifolium Sw. var.
platypbylla Brade
Pohpodium aureum L. (=Polpodium
areolatum H. B. & K.) mata de galeria, cerrado
Pohypodium catharinae Langsd & Fisch cerrado, mata de galeria
Pohypodium crassifolium L. cerrado, mata de galeria
Polypodium felicula Kaulf. cerrado, mata
Polypodium fraxinifolium Jacq. mata de galeria
Polypodium glandulosissimum Brade campo, cerrado
Polypodium hirsutissimum Raddi mata de galeria
Polypodium intermedium Fée cerrado, mata de galeria
Pobpodium lactum Raddi cerrado, mata de galeria, brejo
Polypodium lapathifolium Poiret cerradão
Polypodium latipes Langsd & Fisch. mata de galeria, campo, cerrado,
campo rupestre
Pohpodium lepdopteris (Langsd. &
Fisch) Kunze mata
Pobpodium lindbergir
Pobpodium lindigii Mett. mata seca
Polypodium meniscifolium Langsd. & Fisch] erva campo, brejo, cerrado
Polypodium minarum Weath.
Pobpodium paradisease Langsd. cerrado, mata de galeria
Polypodium pectinatiforme Lindl. mata de galeria
Polypodium persicanifolium Schrad. mata de galeria
Pobpodium phyllitidis L.. mata de galeria
Pobpodium polypodivides (L.) Watt. var.
burchelht Bak. Weathrbw. mata de galeria, cerrado
Polypodium robustum Fée mata de galeria úmida, cerrado
Polypodium triseriale Sw. mata, cerrado
314 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 1.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat

PTERIDACEAE
Tribo Adianteae
Adiantum caudatum L. erva

Adiantum caudatum L. var. rhizophytum


Schrad. erva

Adiantum cayennense Wild. ex Klotz


(=Adrantum serrato-dentatum Nilld.) erva mata de galeria
Adiantum cuneatum Langsd. & Fisch. erva

Adiantum cuneatum Langsd. & Fisch.


var. majus Baker erva

Adrantum curvatum Kaulf erva mata de galeria


Adiantum deflectens Mart. erva mata seca semi-decídua, cerrado
Adiantum glareosum Lindm. erva mata, cerrado
Adiantum glancinum Kunth. ex Ettingsh erva mata ciliar
Adiantum gracile Fée erva mata de galeria
Adiantum birtum Splitgb erva mata
Adiantum latifolium Lam. (= Adiantum
fovearum Raddi) erva mata de galeria, mata seca
Adiantum lorentzii Hieron erva cerrado, mata seca
Adiantum lunulatum Burm. erva

Adiantum lunulatum Burm. var.


delicatulum Mart. erva

Adiantum plaryphyllum Ss. erva mata de galeria, cerrado


Adiantum platyphyllum Swy. var. Ranlfussit erva

Adiantum pulverulentum L. erva mata

Adrantum serratodentatum Willd erva

Adiantum sinnosum Gard. erva mata


Adiantum subcordatum Sw. erva

Adiantum terminatum Kuntze erva mata de galeria


Adiantum tetraphyllum Humb. & Bonpl.
ex Willd. (= Adiantum fructosum Spring) erva mata de galeria
Adiantum triquetrum Presl. erva cerrado
Tribo Cheilantheae
Adiantopsis chlorophylla (Sw) Fée erva

Adiantopsis perfasciculata Sennem erva


Flora vascular do Cerrado SHIS

Continuação Anexo 1.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Adiantopsis radiata (L.) Fée
Doryopteris apparicioi Brade mata seca
Doryopteris collina (Raddi) ).Sm. cerrado, mata de galeria
Doryopteris lomariacea (Ktze.) Kl. cerrado, mata de galeria, área
antrópica
Doryopteris ornithopus (Mett. ex Hook.
& Baker) J. Sm. cerrado, campo rupestre
Doryopteris ormithopus (Mett. ex Hook.
& Baker) J. Sm. var. bygmaca
Doryopteris trilobata).Prado campo rupestre
Hemionitis tomentosa (Lam.) Und mata de galeria
Notholaena pobliana Ktze. cerrado
Notbholaena venusta Brade mata de galeria
Pellaca crenata Tryon
Pellaea pinnata (Kaulf.) Prantl. brejo, campo, cerrado, mata de
galeria
Tribo Pterideae
Gymnopteris tomentosa (Lam.) Und. var.
psendoruja
Preris quadriamita Retz.
Pteris vittata L.
Tribo Taenitideae
Enosurus myriophyllus (Sw) Copel. campo rupestre, mata seca

Enosurus sellowianus (Kuhn.) Copel.


Pityrogramma calomelanos (L.) Link var.
calomelanos mata de galeria, cerradão,
campo, cerrado
Pityrogramma ebenea (L..) Proctor vereda, mata
Pityrogramma trifoliata (L.) Tryon
(=Trismeria tnifoliata L.) cerrado, mata de galeria

SCHIZAEACEAE
Anemia anthriscifolia Sw. cerrado
Anemia buniifolia (Gard) Moore mata seca, cerradão, cerrado,
campo rupestre, brejo
316 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 1.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

Anemia chata Presl. mata de galeria, mata seca,


cerrado, campo
Anemia cipoensis Sennem
Anemia elegans (Gard.) Pr. mata de galeria, cerrado, campo
Anemia eximia Taub. cerrado
Anemia ferruginea H. B. & K. campo, cerrado
Anemia ferruginea FI. B. & K. var.
abenobarba (Crist.) Mickel cerrado, mata seca decídua
Anemia fihformis (Sav.) Sw. campo, cerrado, mata de galeria
Anemia flexnosa (Sav.) Sw. cerrado, mata de galeria
Anemia fulva Swy. (=Anemia ferruginea
H.B. &K. var. ferruginea) campo, cerrado, mata de galeria,
mata seca
Anemia glareosa Gard. cerrado, campo
Anemia hirsuta (L.) Sw. mata seca, cerrado, campo
Anema humilis Sw. brejo, campo, cerrado, mata de
galeria, mata seca
Anemia imbricata Sturm.
Anemia lanuginosa Bong ex Sturm.
Anemia marginata
Anemia millefolium Gard. ex C. Presl. brejo, campo, cerrado, mata
seca, mata de galeria
Anemia nervosa Pohl cerrado, mata de galeria
Anemia oblongifolia (Cav.) Sw. mata seca, mata de galeria,
cerrado, campo, brejo
Anemia pastinacaria Montz ex Prantl. mata de galeria, campo úmido,
cerrado, brejo
Anemia pellida Gardn. mata de galeria inundada,
campo
Anemia phylhtidis (L.) Sw. mata de galeria, mata seca,
cerrado, campo, brejo
Anemia prestiana Prantl. mata, cerrado, campo, área
antrópica
Anemia pulcbra Prantl mata seca
Anemia rígida Schnem (= Anemia
ferruginea H. B. & K. var. ferruginea) mata de galeria, cerrado
Flora vascular do Cerrado 317

Continuação Anexo 1.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
“Anemia rutifolia Mart. cerrado, mata de galeria, campo
sujo
Anemia tenella Sw. mata de galeria, cerrado,
cerradão
“Anemia trichorbiza Gardn. cerrado, campo
“Anemia tomentosa (Savigny.) Swartz
var. anthriscifolia (Schr.) Mickel. área antrópica, mata seca
Anemia villosa Humb. & Bonpl.
ex Willd. cerrado, campo rupestre, brejo,
mata
Lygodium venustum Swrartz (=ILygodium
potymorphum (Cav.) H. B. & K.) mata seca, mata de galeria,
campo, cerrado
Schizaea elegans (Vohl) Sw. mata, campo
Schizaca pennula Sw. mata de galeria
Schizaea poeppigiana ). W. Strum. mata de galeria

SELAGINELLACEAE
Selaginella convoluta Spring. mata de galeria
Selaginella erythropus (Maxt.) Spring. mata de galeria
Selaginella flagellata Spring cerrado
Selaginella flexnosa Spring cerrado, mata de galeria
Selaginella jungermannioides (Gaudich.)
Spring cerrado, campo rupestre
Selaginella kochii Hieron cerrado
Selaginella marginata (Humb. & Bonpl.)
Spring mata de galeria, campo rupestre
Selaginella muscosa Spring mata de galeria
Selaginella porelloides (Lamrk) Spring mata de galeria
Selaginella sulcata (Poir.) Spring cerrado
Selaginella tenuinima Fée cerrado

THELYPTERIDACEAE
Thebpteris angustifolinm (Nilld) Proctor mata de galeria, cerrado
Thehypteris cheilanthoides (Kuntze.)
Proctor brejo
318 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 1.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Thehypteris chrysodivides var. goyazensis
Maxon & Morton erva mata de galeria
Thebypteris conspersa (Schrad.) A. R.
Smith erva mata de galeria, mata seca
Thebypteris dentata (Forsk) E.St. John erva mata calcárea
Thebypteris desvauxii Maxon & Morton erva mata de galeria
Thebypteris hostmannii (Klotzch) Morton erva mata de galeria
Thelypteris leprieurii (FHlooker) Tryon erva mata de galeria
Thebpteris longifolia (Desv.) Tryon erva mata de galeria inundável
Thebypteris opposita (Vahl) Ching erva mata de galeria, mata seca,
cerrado
Thehypteris patens (Sw) Small var.
dissimilis (Schrader) A. R. Smith erva | mata de galeria, mata calcárea
Thehypteris patens (Sw) Small var.
scabrinscula (Presl.) A. R. Smith erva mata de galeria
Thehypteris patens (Swartz) Small var. erva mata de galeria, mata seca
patens decídua
Thelypteris quadrangularis (Fée) Schelpl erva mata de galeria, cerrado
Thelypteris rivulanioides (Fée) Abbiatti erva cerrado, campo limpo, mata de
galeria
Thehypteris salzmanii (Fée) Morton erva mata
Thehypteris spidola (Dcne.) Reed. erva mata
Thebypteris torrestana (Gaud.) Alston erva mata de galeria

VITTARIACEAE

Vittana lineata (L.) Sm. var. graminifolia


Ros. erva mata de galeria
Vittania scabrida Klg. erva mata de galeria
Flora vascular do Cerrado
Si)

ANEXO 2. Fanerógamas do bioma Cerrado.


14 f .

Família / espécie Fitofistonomia / habitat

ACANTHACEAE
“Anisacanthus trilobus Lindau erva mata seca
Beloperone mollis Nees subarbusto cerrado
Dichptera mucronifoha Nees erva campo
Dichiptera sericea Nees arbusto campo, mata
Eurychanes verbaciformis (Nees) Lindau arbusto campo sujo
Geissomeria cthata Rizzini subarbusto mata
Geissomeria dawsonti Leonard subarbusto mata de galeria
Geissomeria longiflora Salzm. ex Nees
(=Geissomeria macrophylla Nees) arbusto mata
Gesssomerta schottiana Nees erva campo
Hlygrophila costata Sinning. erva brejo
Jacobinia (Sericographis) macedoana Rizzini erva cerrado, campo
Jacobinia (Sericographis) macedoana Rizzini var.
elegans Rizzini erva cerrado, campo
Justicia angustifoha Nees erva campo
Justicia burchelhii Hiern. erva campo, mata
Justicia chrysotrichoma (Ness) Pohl arbusto cerrado, campo
Justicia cynea Leonard erva cerrado, campo
Justicia genistiformis Nees erva cerrado
Justicia invinii D. C. Wasshausen erva mata
Justicia lanstyakii Razzim arbusto campo úmido, cerrado
Justicia nodicaulis (Nees) Pohl subarbusto mata de galeria, cerrado,
campo
Justicia pycnoplylla Lindau subarbusto mata de galeria, cerrado
Justicia riparia Kameyama subarbusto mata ciliar
Justicia sarithroides Lindau subarbusto cerrado
Justicia serrana Kameyama arbusto mata ciliar
Justicia (Chaetothylax) tocantinius Nees var.
longispicus Razzini erva mata seca semidecídua
Justicia umbrosa (Nees) Lindl. subarbusto mata de galeria
Justicia warmingii Hhern. erva campo
Lepidagathis alopecuroides R. Br. ex Griseb. arbusto mata
Lepidagathis floribunda (Pohl) Kameyama erva cerradão
Lophostachys cyanea Leonard erva cerrado, campo
320 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

Lopbhostachys falcata Nees erva campo, cerrado


' Lophostachys floribunda Pohl arbusto mata de galeria
Lophostachys laxiflora Nees erva mata
Lophostachys montana Mart. ex Nees erva cerrado ralo, cerrado
Lophostachys sessiliflora Pohl erva cerradão
Lophostachys villosa Pohl subarbusto campo sujo
Mendoncia molhks Lindau trepadeira mata de galeria
Mendoncia puberula Nees arbusto mata
Mendoncia velloziana Nees arbusto mata
Pozkilacanthus oncodes Lindau subarbusto cerrado
Ruellia acutangula Nees ex Mart. arbusto mata
Ruelha amoena Nees arbusto mata
Ruellia angushifolia Sw. arbusto mata
Ruella angustior (Nees) Lindau subarbusto mata de galeria, campo
limpo
Ruella asperula Benth. & Hook. f.
Ruelha brevicaulis Baker subarbusto campo
Ruellia capitata D. Don. subarbusto cerrado
Ruellia (Scorodoxylum) costata (Nees) Hiern. erva mata de galeria
Ruelha (Scorodoxylum) costata (Nees) Hiern. var.
latifolinm Nees erva mata de galeria
Ruellia (Scorodoxylum) costata (Nees) Hiern. var.
salicifolium Nees erva mata de galeria
Ruela densa Hiern. arbusto mata
Ruellia difjusa Royle ex Nees subarbusto mata
Ruellia dissitifolia (Nees) Hiern. erva mata de galeria, cerrado
Ruellia eriocalyx Glaziou ex Wasshausen subarbusto cerrado
Ruellia eurycodon Lindau subarbusto mata de galeria
Ruellia flava H. B. & K. erva cerrado
Ruellia formosa Andr. arbusto mata
Ruellia geminiflora H. B. & K. erva cerrado, cerrado ralo
Ruellia glanduloso-punctata (Nees) Lindau erva cerrado
Ruellia hapalotricha Lindau erva campo, cerrado
Ruela helanthemum Nees erva cerrado, campo
Ruelha humilis Pohl ex Nees subarbusto campo
Flora vascular do Cerrado
22

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Ruellia bypericoides (Nees) Lindau erva cerrado, campo
Ruellia incomta (Nees) Lindau subarbusto cerrado, campo
Ruellia macrantha (Mat. ex Nees) Lindau arbusto mata de galeria
Ruellia menthoides Hiern. arbusto mata
Ruellia neesiana (Mart.) Lindau subarbusto cerradão
Ruellia (Dipteracanthus) nitens (Nees) Wassh. subarbusto cerrado, campo
Ruellia (Dipteracanthus) poblii Nees subarbusto campo limpo
Ruellia puri (Nees) Mart. ex Nees arbusto mata de galeria
Ruellia rasa Hiern. arbusto mata
Ruela rufipila Razzini erva campo
Ruellia stenandrium Pohl ex Nees erva cerrado
Ruellia tomentosa Wall. erva campo
Ruellia tracbypbylla Lindau erva cerrado
Ruellia trivialis Blanch. ex Nees
Ruellia (Eurychanes) verbaciformis Nees arbusto campo limpo, cerrado
ralo
Rueliia villosa (Pohl ex Ness) Lind. subarbusto mata
Ruellia vindex (Nees) Lind. subarbusto mata
Staurogyne elegans (Nees.) O. Kuntze
Staurogyne hirsuta (Nees.) O. Kuntze subarbusto mata seca, mata ciliar
Staurogyne minarum (Nees.) O. Kuntze arbusto mata de galeria
Stenandrium hirsutum Nees erva cerrado
Stenandrium pobhi Nees erva cerrado
Thunbergia alata Bojer trepadeira área antrópica
Thunbergia laurifolia Lindl. trepadeira área antrópica

ALISMATACEAE
Echinodorus bolivianus (Rusby) Holm-Nielsen cerrado
Echinodorus grandiflorus (Cham. & Schlecht.)
Micheli ssp. grandiflorus (=Echinodorus pubescens
Seub. ex Warm.) brejo
Echinodorus grandiflorus (Cham. & Schlecht.)
Micheli ssp. aureus (Fasset.) Haynes &
Holm-Nielsen
Echinodorus grisebachit Small brejo
522 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Echinodorus guyanensis Griseb. (=Sagittaria
guyanensis Kunth.)
Echinodorus longipetalus Micheht vereda
Echinodorus macrophyllus (Kunth.) Micheli ssp.
scaber (Ratay.) Hayne & Holm-Nielsen brejo
Echinodorus martii Micheli brejo
Echinodorus paniculatus Michel brejo
Echinodorus subalatus (Mart.) Griseb. ssp.
subalatus brejo
Echinodorus subalatus (Mart.) Griseb. ssp.
andrieuxit (Hook. & Arn.) Hayne &
Holm-Nielsen brejo
Echinodorus tenellus (Mart.) Buchen. (=Alisma
tenellum Mart.) brejo
Echinodorus tunicatus Small mata, brejo
Ostelia brasthensis (Planch.) Walpers brejo
Sagittaria guayanensis Kunth. ssp. guayanensis brejo
Sagittaria lagoensis Seub. & Warm. brejo
Sagittaria plamitiana Agostini brejo
Sagittaria rhombifoha Cham. campo úmido

ALSTROEMERIACEAE (LILIACEAE)
Alstroemeria brasthensis Spreng. cerrado
Alstroemeria burchelii Bakx. cerrado
Alstroemeria caryophyllacea Jacg.
Alstroemeria cunea Vell. cerrado, campo
Alstroemeria foliosa Mart. cerrado
Alstroemeria gardneri Bak. campo limpo
Alstroemeria plantaginea Mart. cerrado,brejo, mata
Alstroemeria psittacina Lehm. cerrado, campo, mata
Alstroemeria pulchella L.f.
Alstroemeria scarlatina Rav. cerrado
Alstroemeria stenocephala Schenk cerrado
Alstroemeria viridiflora Waxm.
Alstroemeria xamivides Bak. cerrado, campo
Flora vascular do Cerrado 323

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
AMARANTHACEAE
Alternanthera brasiliana (L.) O. Kuntze campo rupestre, cerrado
perturbado
Alternanthera brasiliana (L.) O. Kuntze var.
moquinit (Webb. ex Moq.) Uline mata, cerrado perturbado
Alternanthera brasiliana (L.) O. Kuntze var.
villosa (Moq.) O. Kuntze erva cerrado perturbado
Alternanthera martii (Mog.) R. E. Fries subarbusto campo rupestre, cerrado
Alternanthera tenella Collad. erva brejo, mata, área
antrópica
“Amaranthus flavus L. -
“Amaranthus paniculatus Walf. (=Amaranthus
caudatus L.) erva -
Chamissoa acurminata Mazt. arbusto mata
Chamissoa altissima H. B. & K. trepadeira mata
Chamissoa maximiliani Mart. ex Moq. trepadeira | mata
Froelichiella grisea (Lopr.) R. E. Fres erva campo limpo
Gompbhrena agrestis Mart. subarbusto | cerrado, campo rupestre
Gomphrena aphylla Pohl ex Moq. (=Gomphrena subarbusto campo úmido, cerrado,
equisetiformis R. E. Fries) campo
Gomphrena celosioides Mart. subarbusto cerrado, campo
Gomphrena claussenii Mog. subarbusto cerrado denso
Gomphrena decipiens Seub. erva cerrado, campo
Gompbrena desertorum Mart. subarbusto campo, cerrado, mata
Gompbrena glabrata Mog (=Pfafjia glabrata Mart.) subarbusto mata
Gomphrena globosa L.
Gomphrena graminea Moq. subarbusto cerrado, campo limpo
Gomphrena bermogenestiJ.C. de Siqueira subarbusto brejo
Gomphrena lanigera Pohl ex Mog. (=Gomphrena
scapigera Mart. var. lanigera (Pohl ex Moq.) subarbusto campo rupestre, cerrado
Stuchlik) ralo
Gomphrena macrorhisa Mart. subarbusto
Gomphrena matogrossensts Suesseng. subarbusto brejo, cerrado
Gomphrena moquini Seub. subarbusto campo
Gomphrena officinalis Mart. (=G. arborescens L. £.,
G. macrocephala St. Hil.) subarbusto | cerrado, campo rupestre
324 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

Gomphrena pobki Moq. subarbusto campo rupestre, cerrado


Gomphrena prostrata Mart. subarbusto campo rupestre, cerrado
Gomphrena rudis Moq. subarbusto cerrado
Gomphrena scapigera Mart. erva campo, cerrado
Gomphrena vaga Mart. subarbusto mata, cerradão
Gompbhrena velutina Mog. subarbusto campo
Gomphrena virgata Mart. subarbusto cerrado, campo rupestre
Pfafjia cinera (Moq.) O. Kuntze
Pfaffia denutata (Moq.) O. Kuntze arbusto cerrado, campo rupestre
Pfafjia glomerata (Spreng.) Pedersen
(=Gomphrena stenophylla Spreng.) arbusto cerrado, mata, brejo
Pfafjia gnaphaloides (L. £) Mart. erva campo
Pfafjia belichrysoides (Moqg.) O. Kuntze erva cerrado, campo limpo
Pfaffia jubata Mart. (=Gomphrena jubata Moq.) subarbusto cerrado, campo rupestre
Pfafjia paniculata (Mart.) O. Kuntze trepadeira mata
Pfafjia sericantha (Mart.) T. M. Pedersen erva campo
Pfaffia sericea (Spreng.) Mart. erva campo
Pfaffia stenopbylla (Spreng.) Stuchl. erva cerrado
Pfaffia townsendii Pedersen erva cerrado, campo rupestre
Pjaffia tuberosa (Spreng.) Hick. erva cerradão,mata de galeria,
cerrado
Pfaffia velutina Mart. erva campo rupestre, cerrado
Xerosiphon aphylla (Pohl ex Moq.) Pedersen erva campo úmido

AMARYLLIDACEAE (LILIACEAE)
“Amarylhs heringerii Rav. erva mata
Crinum virgineum Masxt. erva campo úmido
Gniffinia hiboriana Lem. erva mata de galeria, área
antrópica
Habranthus robustus Herbert erva cerrado
Hippeastrum aulicum (KerGawl.) Herbert erva campo sujo, campo
rupestre
Hippeastrum calyptratum Herb. (=Amaryllis
unguiculata Mart.) erva mata
Hippeastrum gayanum Kuntz. erva campo
Flora vascular do Cerrado 325

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Hippeastrum goianum Rav. (=Amaryllis goiana
Rav.) cerrado, cerradão
Hippeastrum psittacinum Herbert (=Amaryllks
psittacina Ker-Gawl.) brejo, mata
Hippeastrum puniceum (Lam.) Kuntze cerrado, área antrópica
Hippeastrum solandriferum Herbert mata de galeria
Zephyrantbes franciscana Herbert ex Baker campo limpo

ANACARDIACEAE
Anacardium corymbosum B. Rod. subarbusto campo, cerrado
Anacardium bumile St. Fl. arbusto cerrado, campo rupestre
Anacardium nanum St. Hil. subarbusto | campo sujo
Anacardium occidentale L. (=Anacardinm
curatelhfolium St. Hil.) arvore cerrado
Anacardium othontanum Rizzini árvore campo sujo, cerradão
Astronium fraxinifolium Schott. árvore cerrado
Astronium gracile Engl. árvore mata
Astronium graveolens Jacq. árvore mata de galeria
Astronium nelson-rosae D. A. Santin árvore mata de galeria
Astronium ulei Mattic. árvore cerrado lato sensu
Lithrea molleoides (Vell.) Engl. árvore mata seca, mata de
E galeria
Myracrodruon urundenva Fr. Allem. (=Astronium
urundenva (Fr. Allem.) Engl.) árvore mata seca, cerradão
Schinopsis brasihensis Engl. árvore cerradão, mata seca
Sobimus terebintbifolius Radai i árvore cerradão, mata
Schinus terebinthifolius Raddi var. poblanus Engl. | arbusto | cerrado
Spondias mosmbin I |árvore mata seca
Spondias purpurea 1. |arvoie cerrado (ato sensu
Tapirira gnianensis Awbl | árvote mata de galeria, cerrado
Tapirira marchandai Engl. | árvore mata ciliar
Tapirira obinsa (Benth.) ]. D. Mitch. árvore mata de galeria, cerrado

ANNONACEAE
Annona cacans Warm. árvore cerrado
Annona campestris R. E. Fries arbusto cerrado
326 Roberta Cunha de Mendonça et a/.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Hábito Fitofisionomia / habitat

Annona coriacea Mart. arbusto cerradão, cerrado


“Annona cornifolia St. Hil. arbusto cerradão, cerrado
“Annona crassiflora Mart. árvore mata de galeria, cerrado
Aunona crotonfolia Mart. arbusto cerradão, cerrado
Annona dioica St. Hil. arbusto cerradão, cerrado
Annona malmeana R. E. Fries arbusto cerrado
“Annona montana Macfad. subarbusto cerrado
“Annona monticola Mart. arbusto campo, cerrado ralo
Annona muricata L. arbusto cerrado
Aunona pygmaea Bartr. arbusto cerrado ralo
Annona reticulata L. arbusto cerrado
Aunona tomentosa R. E. Fnes arbusto mata, cerrado ,
Bocageopsis mattogrosensis (R. E. Fres) R. E. Fnes arbusto mata de galeria, cerrado
Cardiopetalum calophyllum Schlecht. árvore mata de galeria, cerrado
Duguetia echinophora R. E. Fries arbusto cerrado
Duguetia furfuracea (St. Hil) Benth. & Hook. arbusto cerrado
Duguetia lanceolata St. Hil. arbusto cerrado, mata de galeria
Duguetia marcgraviana Mart. arbusto cerrado, campo sujo
Epbhedranthus parviflorus S. Moore arbusto cerrado
Gualteria ferruginea St. Hil. árvore mata de galeria
Guatteria mgrescens Mart. árvore cerrado
Guatteria parvifolia R. E. Fnes -
Guatteria pobliana Schlecht. ex Mart. árvore mata ciliar, mata seca
Guatteria rupestris Mello-Silva & Pirani arbusto mata ciliar
Guatteria sellowiana Schlecht. árvore mata de galeria, campo
Guatteria silvatica R. E. Fries árvore mata
Guatteria villosissima St. Hil. árvore mata ciliar, mata seca
Oxandra reticulata P. J. M. Maas arbusto cerrado
Rollinia emarginata Schlecht. árvore mata de galeria, brejo
Rollinia dolabripetala (Raddi) R. E. Fes árvore mata ciliar, mata seca
Rollinia laurifolia Schlecht. árvore cerrado
Rolknia mucosa Baill
Rollinia sericea R. E. Fries. árvore mata de galeria
Rolkinia sylvatica (A. St. Hil) Mart. arbusto cerrado
Unonopsis guatterioides (DC.) R. E. Fnes árvore mata
Flora vascular do Cerrado ST

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Unonopsis lindmanii R. E. Fries arbusto cerrado, mata de galeria
Uvaria macrocarpa Warm. árvore cerrado
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. árvore cerrado
Xylapia brasiliensis Spreng. árvore mata, cerrado
Xylopia emarginata Mart. árvore mata de galeria inundável,
brejo
Xylopia frutescens Aubl. árvore cerrado
Xylopia grandiflora A. St. Hil. árvore cerrado
Xylopia sericea A. St. Hil. árvore mata de galeria

APOCYNACEAE
Allamanda angustifolia Pohl subarbusto | campo sujo, cerrado
Allamanda puberula DC. var. glabrata M. Arg. arbusto cerrado
Aspidosperma argenteum M. Arg. árvore cerrado
Aspidosperma australe M. Arg. árvore mata de galeria
Aspidosperma chodatii Hassl. - cerrado
Aspidosperma cuspa (Kunth) Blake árvore cerrado, cerradão
Aspidosperma cylindrocarpon M. Arg. átvote cerrado
Aspidosperma dasycarpon A. DC. árvore cerrado, cerradão
Aspidosperma discolor A. DC. árvore mata
Aspidosperma eburneum Fx. Allem. ex Saldanha árvore mata
Aspidosperma gardneri M. Arg. = cerrado
Aspidosperma lagoense M. Arg. árvore cerrado
Aspidosperma lencomelanum M. Arg. árvore cerrado
Aspidosperma macrocarpon Mart. árvore cerrado
Aspidosperma melanocalyx M. Arg. árvore -
Aspidosperma multiflorum A. DC. árvore cerrado
Aspidosperma nitidum Benth. árvore mata de galeria
Aspidosperma nobile M. Arg. árvore cerrado
Aspidosperma olivaceum M. Arg árvore mata de galeria
Aspidosperma pallidiflorum M. Arg. árvore cerrado
Aspidosperma parvifoliunm A. DC. árvore cerrado, mata seca
Aspidosperma peroba Saldanha da Gama árvore mata de galeria
Aspidosperma polynenron M. Arg. árvore cerrado /ato sensu
Aspidosperma populifolium A. DC. árvore cerrado, cerradão
328 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

Aspidosperma pruinosum Markgraf árvore mata de galera, cerrado


Aspidosperma pyricollum M. Atg. árvore mata de galeria
Aspidosperma pyrifolium Mart. árvore mata
Aspidosperma refractum Maxt. cerrado
Aspidosperma spruceanum Benth. ex M. Arg. árvore mata de galeria
Aspidosperma subincanum Mart. árvore mata de galeria
Aspidosperma tomentosum Mart. árvore cerrado, cerradão
Aspidosperma vargasii A. DC. árvore cerrado
Aspidosperma verbascifolium M. Arg. árvore cerrado
Bonafousia jurnana (K. Schum.) Mgf. trepadeira mata ciliar
Condylocarpon isthbmicum (Nell) A. DC. trepadeira mata de galeria, cerrado
Condylocarpon rauwolfiae M. Arg. arbusto mata de galeria
Forsteronia pubescens A. DC árvore mata seca
Forsteronia refracta M. Arg. trepadeira cerradão, mata ciliar
Hancornia speciosa Gomez var. spectosa árvore cerrado, cerradão
Hancornia speciosa Gomez var. pubescens (Nees
& Mart.) M. Arg. árvore cerrado
Himatanthus articulatus (Vahl) R. E. Woodson arbusto cerrado, mata ciliar
Himatanthus drasticus (Mart.) Plumel arvore cerradão, cerrado, campo
Himatanthus falax (M. Arg.) Plumel arbusto campo sujo, cerrado,
mata
Himatanthus obovatus (M. Arg.) R. E. Woodson
var. obovatus árvore cerrado
Himatanthus obovatus (M. Arg.) R. E. Woodson
var. puberulus (M. Arg.) Woods. árvore cerrado
Himatanthus obovatus (M. Arg.) R. E. Woodson
var. velutinus (M. Arg) Plumel árvore cerrado
Himatanthus phagedaenicus (Mart.) R. E.
Woodson arbusto mata, cerrado
Himatanthus sucunba (Spruce) R. E. Woodson árvore mata de galeria
Macros:phonia longeflora (Dest) M. Arg. subarbusto cerrado
Macrosiphonia martii M. Arg. trepadeira mata de galeria
Macrosiphonia velame (St. Hil) M. Arg. subarbusto cerrado
Mandevilla coccinea (Hook & Arn.) R. E.
Woodson cerradão
Flora vascular do Cerrado 329

Continuação Anexo 2. /
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Mandevilla erecta (Vell.) R. E. Woodson arbusto cerrado (ato sensu
Mandevilla gentianoides (Mill.) R. E. Woodson arbusto cerrado Jato sensu
Mandevilla hirsuta (R.& S.) K. Schum erva mata
Mandevilla illustris (Vell.) R. E. Woodson erva cerrado
Mandevilla illustris (Nell) R. E. Woodson var.
glabra (M. Arg.) R. E. Woodson subarbusto cerrado, campo rupestre
Mandevilla martiana (Stadelm.) R. E. Woodson trepadeira mata ciliar
Mandevilla moricandiana (A. DC.) R. E.
Woodson trepadeira | cerrado
Mandevilla moricandiana (A. DC.) R. E.
Woodson var. babiensis R. E. Woodson trepadeira cerrado, campo rupestre
Mandevilla myriopbyllum (Taub.) R. E. Woodson erva mata de galeria
Mandevilla novacapilalis Marckgraf erva cerrado
Mandevilla pycnantha (Steud.) R. E. Woodson
Mandevilla rugosa (Benth.) R. E. Woodson subarbusto | cerrado
Mandevilla scabra K. Schum. trepadeira cerrado
Mandevilla tenuifolia (J. C. Mikan) R. E.
Woodson subarbusto | campo sujo
Mandevilla velutina (Maxt.) R. E. Woodson subarbusto | cerrado
Mandevilla velutina (Maxt.) R. E. Woodson var.
glabra (M. Arg.) R. E. Woodson etva cerrado, campo
Mesechites mansoana (DC.) R. E. Woodson trepadeira | mata ciliar
Metastelma longicanle Fourn. -
Odontadenia bhypoglanca (Stand.) M. Arg. trepadeira | mata de galeria
Odontadenia Iutea (Nell) Marckgraf arbusto cerrado
Odontadenia puncticulosa (A. Rich.) Pulle - mata
Odontadenia quccariniana (Stand.) K. Schum. trepadeira | cerrado
Pelhastes peltatus (Vell.) R. E. Woodson trepadeira | mata de galeria
Plumeria drastica Mart. - cerrado
Plumeria rubra L. erva mata de galeria
Prestonia acutifolia (Benth. ex M. Arg.) K. Schum.trepadeira | mata de galeria
Prestonia coalita (Vell.) Ri E. Woodson trepadeira | mata de galeria
Prestonia lindmanii (Malme) Hoechre trepadeira | cerrado
Prestonia riedelhi (M. Arg.) Markgraf erva mata de galeria
Prestonia tomentosa R. Br. trepadeira | cerrado
330 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat

Rauwolfa termfolia Kunth. arbusto cerrado (ato sensu


Rhodocalyx rotundifolius M. Arg. subarbusto cerrado
Secondatia densiflora A. DC. trepadeira cerrado
Secondatia floribunda A. DC. trepadeira cerrado
Supecoma peltigera (Stadelm.) M. Arg. erva cerradão, cerrado, campo
rupestre
Tabernaemontana (Peschiera) affinis (M. Arg.)
Miers. arbusto cerrado (ato sensu
Tabernaemontana (Peschiera) affinis (M. Arg.)
Miers. var. campestris L. Allorge arbusto cerrado (ato sensu
Tabernaemontana (Peschiera) hystrix (Steud.) DC. arbusto cerrado (ato sensu
Tabernaemontana (Peschiera) laeta M. Arg. árvore mata de galeria
Tabernaemontana (Peschiera) salzmannii (DC)
Miers. arbusto cerrado
Tabernaemontana solanifolia A. DC. cerrado
Temnadenia violacea (Nell) Miers.
Thevetia peruviana K. Schum. arbusto mata ciliar, área antrópica

AQUIFOLIACEAE
Ikx affinis Gard. arvore mata de galeria, campo
rupestre
Ilex amara (Nell) Loes. arbusto mata seca
Ilex asperula Mart. ex Reiss. árvore cerrado (ato sensu
Ilex brasiliensis (Spreng.) Loes. árvore mata
Ilex cerasifolia Reiss. árvore mata de galeria
Ilkex congesta Reiss. árvore mata
Ilkx conocarpa Reiss. árvore mata de galeria
Ikx integrifoha Hort. ex Gard. (=Ikx integra
Thunb.) árvore mata de galeria
Ilex lundii Warm. atvore mata de galeria
Ilex nummularia Resiss.
Ikx paraguariensis St. Hil. árvore mata de galeria, campo
rupestre
Ilex pseudotheezans Loes. átvote mata de galeria
Ikx pseudovaccinum Reiss. var. diminuta (Resiss.
ex Maxim) Loes. arvore cerrado
Flora vascular do Cerrado
331

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Ilex salicifolia Jacg. árvore mata de galeria
Ilex theezans Mart. ex Reiss. var. theegans árvore mata de galeria, campo
limpo
Tx velutina Mart. arbusto cerrado, campo rupestre,
campo
ARACEAE
Antburium affine Schott. erva rupícola mata seca decídua
Anthurium croatii Madison erva terrestre mata de galeria
Anthurium clavigerum Poepp. erva hemiepífita| mata de galeria
Antburium lindmanianum Engl. erva terr./aquat.| mata de galeria, brejo,
campo úmido
Anthurium pentaphyllum (Aubl) G. Don erva esc. /hemie. mata de galeria
Anthurium plowmanii Croat. erva rupícola mata seca decídua
Apyllarum tuberosum S. Moore erva higófila campo úmido
Asterostigma cryptostylum Bogner (inéd.) erva terrestre mata seca, mata de
galeria
Asterostigma luschnatianum Schott. erva terrestre | mata de galeria
Caladium bicolor (Atrt.) Vent. erva terrestre mata de galeria
Dieffenbachia sp. erva mata de galeria
Dracontium bongneri Zhu erva terrestre | mata seca, cerradão
Dracontium margaretae Bong. erva aquática campo úmido, brejo
(lagoa)
Dracontium ulei Krause erva terrestre mata seca, cerradão
Gearum brasthense N. E. Brown erva higrófila mata de galeria, campo
úmido
Phzlodendron acutatum Schott. erva terr. /hemie. campo rupestre, mata
ciliar
Phelodendron bipinnatifidum Schott. ex Endl. erva terr./hemie. mata de galeria, mata
seca decídua
Philodendron brevispathum Schott. erva escandente mata de galeria
Philodendron dardanianum Mayo erva aquática campo úmido
Philodendron flumineum E. G. Gonçalves
(inéd.) erva mata de galeria
Philodendron guaraense E. G. Gonçalves erva esc. /hemie. mata de galeria
Philodendron imbe Schott. ex Endl. erva escandente mata de galeria
332 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família/espécie Fitofisionomia / habitat
Philodendron mayoi E. G. Gonçalves (inéd.) erva terr /hemie. mata de galeria
Philodendron megalophyllum Schott. erva hemiepífita mata de galeria
Philodendron ochrostemon Schott. erva escandente mata de galeria
Philodendron roiundatum Engl. erva escandente mata de galeria
Philodendron uliginosum S. ]. Mayo erva aquática campo úmido
Philodendrou venustsfokatum E. G. Gonçalves
(inéd.) ervaterr /esc. mata de galeria
Pistia straiiotes L. erva aquática brejo (lagoa)
Rhodospatha latifoka Poepp. erva escandente mata de galeria
Scaphispatha gracilis Brong. ex Schott. erva higrófila | campo úmido
Spathicarpa hastifolia Hook. erva terrestre |mata seca decídua
Spathipbyllum gardneri Schott. erva | mata de galeria
Taccarum warmingi Engl. erva terrestre mata seca decídua,
cerradão
Taccarum weddelanum Brong ex Schott. erva terrestre mata seca decídua, mata
seca
Urospatha loefgreniana Engl. erva aquática campo úmido, brejo
(lagoa)
Urospatha sagitrifolia (Rudge) Schott. erva aquática campo úmido, brejo
lagoa)
Xanthosoma hellebonifolium (Jacq.) Schott. erva terrestre mata seca
Xanthosoma pentapbyllum (Nell) Engl. erva terrestre mata de galeria, mata
seca decídua
Xanthosoma riparium E. G. Gonçalves (néd.) erva mata de galeria
Xanthosoma striatipes (Kunth.) Madison erva higrófila brejo, campo úmido

ARALIACEAE
Dendropanax afjinis March. (=Gilibertia
afjinis March.) árvore mata de galeria
Dendropanax cuneatum (DC) Decne &
Planch. (=Gilibertia cuneata March.) mata de galeria inundável
Jeidymopanax angustissimum March.
Didymopanax distractiflorum Harms cerrado lato sensu
Didymopanax glaziovit Taub. | mata de galena, cerrado
Didymopanax longiperiolatum March. |mata ciliar
Flora vascular do Cerrado 333

Continuação Anexo 2. /
Família / espécie Fitofisionomia/ habitat
mata ciliar
cerradão
opta vinosum (Cham. & Schlecht.)
cerrado rupestre, cerrado
ed vinosum (Cham. & Schlecht.)
March. var. burchellii March. arvore cerrado
Oreopanax sp. subarbusto cerrado
Pentapanax warmingianum (March.) Harms arvore mata
Sciadodendron excelsum Gnseb. cerrado lato sensu, mata
seca
Schefilera calva (Cham. & Schlecht.) March. mata
Schefilera clausseniana Decne & Planch. mata de galeria
Schefilera (Didymopanax) macrocarpa (Seem.)
D.C. Frodin cerrado, mata de galeria
Schejilera (Didymopanax) morototonii (Aubl.)
B. Maguire, Steyerm & D.C. Frodin mata de galeria

ARISTOLOCHIACEAE
Aristolochia arcuata Mast. cerradão
Anstolochia barbata Jacq. mata, cerrado
Aristolochia claussenii Duch. cerrado ralo
Aristolochia elegans Mart. cerrado
Anistolochia esperanzae O. Kuntze cerrado, campo sujo
Aristolochia filipendulina Planch.
Anistolochia galeata Mart. & Zucc. mata, cerrado
Aristolochia bians Willd. mata de galeria
Anristolochia melastoma Manso mata
Anistolochia smilacina Duch. cerrado, campo rupestre

ASCLEPIADACEAE
Asclepias aequicomu E. Foum. erva cerrado
Asclepias candida Vel]. erva cerrado, campo
Asclepias curassavica L. subarbusto mata, brejo
Asclepias grazielae Fontella & N. Marquete
Asclepias marginata Decne erva cerrado
334 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

Asclepias mellodora St. Hil. var. mellodora campo sujo


Astephanus carassensis Malme campo rupestre
Astephanus furlanii Fontella campo rupestre
Astephanus grazielae Fontella & N. Marquete campo rupestre
Astephanus luteus (E. Fourn.) Malme campo rupestre
Astephanus piranii Fontella campo rupestre
Astephanus semirit Fontella campo rupestre
Barjonia chloraefolia Dcne. campo rupestre
Barjonia cymosa E. Fourn. arbusto cerrado
Barjonia erecta (Vell.) K. Schum. subarbusto cerrado
Barjonia glazioui N. Marquete erva cerrado
Barjonia grazielae Fontella & N. Marquete campo rupestre
Barjonta harleyi Fontella & Marquete campo rupestre
Barjonia triangularis K. Schum ex Glaziou
Bhpharodon bicolor Decne trepadeira cerrado
Blpharodon bicuspidatum E. Fourn. trepadeira campo úmido
Blepharodon hirsutum Goyder trepadeira cerrado
Blepharodon lineare (Decne) Decne subarbusto mata de galeria, cerrado
Blepharodon nitidum (Vell) Macbr. trepadeira cerrado, mata
Blepharodon polygaloides (A. Silv.) Fontella campo rupestre
Cynanchum contrapetalum E. Lundell trepadeira mata de galeria
Cynanchum morrenioides Goyder trepadeira cerrado
Ditassa aequicimosa E. Fourn. campo rupestre
Ditassa acerosa Mart. erva cerrado
Ditassa capillaris E. Fourn. campo rupestre
Ditassa cordata (Turcz.) Fontella var. abortiva
(E. Fourn.) Fontella campo rupestre
Ditassa cordata (Tutcz.) Fontella var. cordata campo úmido, campo
rupestre, cerrado
Ditassa cordata (Turcz.) Fontella var. virgata
(E. Fourn.) Fontella campo, campo rupestre
Ditassa cordeiroana Fontella campo rupestre
Ditassa diamantinensis Fontella campo rupestre
Ditassa ditassoides (Silv.) Fontella
Ditassa decussata Mart.
Flora vascular do Cerrado 595

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Ditassa eximia Decne campo rupestre
Ditassa fasciculata E. Fourn. campo rupestre
Ditassa glagiovii E. Fourn. campo rupestre
Ditassa hemipogonoides E. Fourn. campo rupestre
Ditassa hoehnei Malme cerrado
Ditassa laevis Mart. campo rupestre
Ditassa longisepala (Hua) Fontella & Schw. campo rupestre
Ditassa lourteigii Fontella campo rupestre
Ditassa micromeria Decne cerrado, campo rupestre
Ditassa montana Decne
Ditassa mucronata Mart. =
Ditassa niruni Decne. campo rupestre
Ditassa obcordata Mart. mata de galeria, cerrado,
cerradão
Ditassa parva (Silv.) Fontella
Ditassa pobliana E. Fourn. campo rupestre
Ditassa polygaloides Silv.
Ditassa refractifolha K. Schum. campo rupestre
Ditassa retusa Mart. trepadeira cerrado, campo rupestre,
mata de galeria
Ditassa tomentosa (Decne.) Fontella var. cipoensis
Fontella trepadeira | campo rupestre
Ditassa tomentosa (Decne.) Fontella var.
tomentosa trepadeira mata de galeria
Ditassa virgata Fourn. subarbusto | cerrado
Funastrum clausum (Vog.) Schlch. trepadeira | mata
Gonioanthela hilariana (Fourn.) Malme trepadeira | mata ciliar
Hemipogon abietoides E. Fourn. erva cerrado
Hemipogon acerosa Decne. erva cerrado
Hemipogon cetaceus Decne. arbusto cerrado cerrado (ato sensu
Hempogon invinii Fontella & Paixão erva cerrado, campo rupestre
Lagoa calcarata (Decne.) Baill. trepadeira mata
Macroditassa adnata (Fourn.) Malme trepadeira mata, campo rupestre
Marsdenia alhissima (Jacq.) Dugand. (=Marsdenia
molissima E. Fourn.) trepadeira cerrado
336 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

Marsdenia hilariana E.. Fourn. trepadeira mata de galeria


Marsdenia loniceroides (Hook.) E. Fourn. campo rupestre
Marsdenia macrcahyx (E. Fourn.) Rothe campo rupestre
Marsdenia neo-manarae Mor. trepadeira
Marsdenia sessilifoha (E. Fourn.) Fontella campo rupestre
Marsdenia gebntneri Fontella arbusto mata
Matelea mediocris R. E. Woodson trepadeira cerrado
Matelea oxypetaloides (E. Fourn.) Monillo var.
graztelae Fontella trepadeira cerrado
Matelea pedalis (E. Fourn.) Fontella & E. A.
Schwarz var. hadinit Fontella & E. A. Schw. trepadeira cerrado
Metastelma acerosum (A. Silv.) Fontella & Schw. campo rupestre
Metastelma giuliettianum Fontella campo rupestre
Metastelma harleyi Fontella campo rupestre
Metastelma hatschbachii Fontella & N. Marquete
Metastelma longicaule Fourn. trepadeira mata
Metastelma myrhfolium Decne. campo rupestre
Nepbhradenia acerosa Decne. campo rupestre
Nephradenia asparagoides (Decne.) E. Fourn. trepadeira cerrado, campo rupestre
Oxypetalum aequalflorum E. Fourn. campo rupestre
Oxypetalum appendiculatum Mart. trepadeira mata ciliar
Oxypetalum banksit Roem & Schult. trepadeira cerradão
Oxypetalum capitatum Mart. ssp. capitatum erva cerrado, brejo
Oxypetalum erectum Mart. arbusto cerrado, campo limpo,
brejo
Oxypetalum eranthum Decne. trepadeira mata de galeria
Oxypetalum foliosum Mart. campo rupestre
Oxypetalum lineare Decne. campo rupestre
Oxypetalum minarum Mart. campo rupestre
Oxypetalum mole Hook. & Arn. trepadeira mata, cerradão
Oxypetalum montanum Mart. trepadeira mata ciliar
Oxypetalum pachyglossum Decne. campo rupestre
Oxypetalum pachygynum Decne. trepadeira cerrado
Oxypetalum pilosum Decne. campo rupestre
Oxypetalum stenophyllum Malme campo rupestre
Flora vascular do Cerrado
337

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Osxypetalum strictum Mart. ssp. polyanthum trepadeira campo, cerrado, mata de
Hoehne galeria
Oxypetalum strictum Mart. ssp. strictum trepadeira campo
Oxypetalum sublanatum Malme campo rupestre
Oxypetalum warmingii (E. Fourn.) Fontella &
N. Marquete
Schubertia grandiflora Mart. trepadeira mata, cerrado, cerradão
Tassadia burchelhi E. Fourn. trepadeira mata de galeria
Tassadia geniculata Fontella trepadeira cerradão
Tassadia propinqua Decne. trepadeira mata de galeria
Tassadia subulata (Vell.) Fontella & Schw. var.
subulata trepadeira mata ciliar
Telminostelma foeridum (Cav.) Fontella & Sandw. trepadeira mata

Telminostelma parviflorum (Decne.) Fontella &


Sandw. trepadeira

BALANOPHORACEAE
Helosta brasthensis Schott. & Endl. mata de galeria
Langsdorffia bypogea Mart. mata de galeria

BEGONIACEAE
Begonia cucullata Ruiz. ex A. IDC: mata de galeria, mata
seca
decídua
Begonia fischeri Otto & Dietr. mata de galeria
Begonia leptophylla Taub. campo sujo, campo
rupestre
Begonia lobata Schott.

BIGNONIACEAE
Adenocalygma sp.
Amphilophium paniculatum (L.) H. B. & K. trepadeira mata
Anemopaegma acutifolium DC. subarbusto cerrado ralo, cerrado
Anemopaegma arvense (Vell) Stellf. ex de Souza subarbusto cerrado, campo
Anemopacgma arvense (Vel) Stellf. ex de Souza
var. g/anca cerrado
338 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat

Anemopaegma chamberlaynii (Sims.) Bur. & K.


Schum. trepadeira mata de galeria, cerradão,
mata seca
Anemopaegma glaucum Mart. ex DC. arbusto cerrado
Anemopaegma lencopogon (Cham.) Sandw. trepadeira mata, cerrado
Anemopaegma longipetolatum Sprague trepadeira mata, cerrado
Anemopaegma mirandum DC. cerrado
Anemopaegma scabrinsculum Mart. ex DC. arbusto cerrado
Arrabidaea brachypoda (DC.) Bur. arbusto campo rupestre, cerrado,
cerradão
Arrabidaea craterophora (DC.) Bur. (=Bzgnonia
craterophora DC.) trepadeira mata seca
Arrabidaea inaequalis Baill. arbusto cerrado cerrado /ato sensu
Arrabidaea cinammomea (DC.) Sandw. trepadeira cerrado
Arrabidaea corallina (Jacq.) Sandw. trepadeira mata seca
Arrabidaea florida DC. trepadeira cerrado, cerradão, mata
de galeria
Arrabidaea sceptrum (Cham.) Sandw. arbusto campo rupestre, cerrado,
campo sujo
Arrabidaea platyphylla Bureau & K. Schum. arbusto cerrado
Arrabidaea poeppigii (DC.) Sandw. trepadeira mata de galeria
Arrabidaea pulchella (Cham.) Bureau trepadeira campo rupestre, mata de
galeria
Arrabidaea pulcbra (Cham.) Sandw. trepadeira mata de galeria, cerrado
Arrabidaea triplinervia (DC.) Baill. ex Bur. trepadeira mata de galeria
Arrabidaea ulei Bur. & K. Schum. arbusto cerrado
Cremastus sceptrum Bureau & K. Schum. arbusto cerrado /ato sensu
Crescentia cujete L. arbusto cerrado (ato sensu
Cuspidaria floribunda (DC.) A. Gentry trepadeira mata
Cuspidaria lateriflora (Mart.) DC. trepadeira mata de galeria
Cuspidaria puberula Herb. ex DC. trepadeira campo rupestre, cerrado
Cybistax antisiphilitica (Mart.) Mart. árvore mata, cerradão, cerrado
Distictella elongata (Vahl)) Urban trepadeira mata ciliar, cerradão,
campo sujo
Distictella mansoana (A. DC.) Urban arbusto cerrado cerrado /ato sensu
Flora vascular do Cerrado
So)

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Frredericia speciosa Mart. trepadeira mata ciliar
Jacaranda acutifolia Humb. & Bonpl. árvore mata de galeria
Jacaranda brasiliana (Lam.) Pers. árvore mata de galeria, cerrado,
mata seca decídua
Jacaranda caroba (Nell) A. DC. árvore mata de galeria, cerrado
Jacaranda copaia (Aubl) D. Don árvore mata de galeria
Jacaranda cuspidifoha Mart. ex A. DC. árvore mata seca, cerrado
Jacaranda decurrens Cham. subarbusto | cerrado
Jacaranda intricata A. Gentry & W. Morawetz arbusto campo rupestre
Jacaranda jasmimoides (Thunb.) Sandw. arbusto cerrado cerrado /ato sensu
Jacaranda mori A. Gentry arbusto cerrado
Jacaranda mutabilis Hassler arbusto cerrado
Jacaranda oxyphylla Cham. arbusto cerrado, mata de galeria,
campo limpo
Jacaranda pancifololata Mart. ex A. DC. arbusto cerrado, campo limpo,
campo sujo
Jacaranda praetermissa Sandw. arvore cerrado
Jacaranda puberula Cham. árvore mata de galeria, cerrado
Jacaranda pulcherrima W. Motawetz árvore cerrado, campo
Jacaranda racemosa Cham. subarbusto | campo rupestre
Jacaranda rufa Manso arbusto cerrado, cerradão, campo
sujo
Jacaranda simplicifoha K. Schum. arbusto cerrado
Jacaranda tomentosa R. Br. arbusto mata de galeria, cerrado,
campo
Jacaranda ulei Bureau & K.Schum. subarbusto | cerrado ralo, mata,
cerrado, cerrado
Lundia gardneri Sandw. trepadeira cerrado
Lundia helicocalyx A. Gentry trepadeira área antrópica
Lundia nitidula DC. var. virginalis (DC.) A.
Gentry trepadeira mata
Lundia virginalis (DC.) A. Gentry var. nitidula
(DC.) A. Gentry trepadeira mata ciliar
Maifadyena unguis-cati (L.) A. Gentry trepadeira mata de galeria, mata
seca
340 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat

Mansoa hirsuta DC. trepadeira cerrado


Mansoa hirta DC. trepadeira cerrado
Mansoa schwakeii Bureau & K. Schum. trepadeira cerrado
Melloa quadrivalvis (Jacq.) A. Gentry trepadeira mata seca
Memora axillaris Bureau & K. Schum. arbusto cerradão, cerrado
Memora cuspidata Hassler arbusto cerrado cerrado /ato sensu
Memora flacida (DC.) Bur. ex K. Schum. trepadeira cerrado
Memora glaberrima K. Schum. arbusto cerrado
Memora nodosa (Manso) Miers arbusto cerradão, cerrado
Memora pedunculata (Vell.) Miers subarbusto cerrado, campo
Memora peregrina (Miers) Sandw. arbusto cerrado cerrado lato sensu
Memora pubescens (Spreng) K. Schum. arbusto mata
Paragonia pyramidata (L. Rich.) Bureau trepadeira mata de galeria, mata
seca decídua
Phryganocydia corymbosa (Vent.) Bureau ex
K. Schum. trepadeira mata de galeria, cerradão
Piriadacus erubescens (DC.) Pichon trepadeira cerrado
Pithecoctenium crucigerum (L.) A. Gentry trepadeira cerrado
Pyrostegia venusta Miers trepadeira cerrado, mata ciliar
Stizopyllum perforatum (Cham.) Miets trepadeira mata de galeria, cerradão
Tabebuia alba (Cham.) Sandw. árvore cerrado, cerradão, mata
seca

Tabebuia aurea (Manso) Benth. & Hook.f. ex


S. Moore (=Tabebuia caraiba Bureau) árvore mata de galeria, cerrado
Tabebuia avellanedae Lorentz ex Griseb. arvore mata de galeria
Tabebuia capitata (Bur. & K. Schum.) Sandw,. arbusto cerrado
Tabebuia catarinense A. Gentry arbusto cerrado
Tabebuia chrysantha (Jacq.) Nicholson árvore cerrado cerrado (ato sensu
Tabebuia chrysotricha (Mart. ex DC.) Standl. árvore mata de galeria
Tabebuia impetiginosa (Mart. ex DC.) Standl. árvore mata ciliar, mata seca
Tabebuia insignis (Miq.) Sandw. var. insignis árvore cerrado
Tabebuia longiflora Greenm. árvore mata de galeria
Tabebuia obtusifolia (Cham.) Bureau árvore -
Tabebuia ochracea (Cham.) Standl. árvore cerrado, campo sujo,
mata de galeria inundável
Flora vascular do Cerrado 341

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Hábito Fitofisionomia / habitat
Tabebuia rosea (Bert.) A. DC. árvore cerrado
Tabebuia roseo-alba (Ridley) Sandw. árvore mata seca, mata ciliar
Tabebuia serratifolia (Vahl.) Nicholson árvore cerrado, mata ciliar
Tabebuia umbellata (Sond.) Sandw. árvore mata de galeria, brejo,
mata de galeria inundável
Tabebuia vellosoi Toledo árvore mata seca, mata ciliar
Tecoma stans (L.) A. Juss. ex H. B. & K. arbusto cerrado perturbado
Zeyheria digitalis (Vell.) Hoehne (=Zeyheria
montana Mart.) arbusto cerrado ralo, cerrado
Zeybheria tuberculosa (Vell.) Bur. ex Verlot árvore cerrado

BIXACEAE
Bixa orellana L. árvore mata de galeria, área
antrópica

BOMBACACEAE
Bombax cyathophorum K. Schum. árvore cerrado
Cavanillesia arborea K. Schum. árvore mata seca semidecídua
Ceiba insignis (Kunth.) P. E. Gibbs & J. Semir | árvore mata
Chorisia pubiflora (St. Hil.) Dawson árvore mata
Chorisia speciosa St. Hil. árvore mata seca
Ernotheca candolkana (K. Schum.) A. Robyns árvore mata de galeria
Errotheca globosa (Aubl) A. Robyns árvore cerrado
Eniotheca gracilipes (K. Schum.) A. Robyns árvore cerrado, mata de galeria

Eriotheca pubescens (Mart. & Zucc.) Schott. &


Endl. ssp. pubescens árvore cerrado, mata, cerrado
Eniotheca pubescens (Mart. & Zucc.) Schott. &
Endl. ssp. zomentosa (St. Hil., Juss. & Camb.)
A. Robyns árvore cerrado
Pseudobombax longiflorum (Mart. & Zucc.) A.
Robyns. árvore cerradão
Pseudobombax marginatum (St. Hil., Juss. &
Camb.) A. Robyns árvore cerrado ralo
Psendobombax martinianum (Mart. & Zucc.) A.
Robyns árvore mata de galeria
342 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

Pseudobombax tomentosum (Mart. & Zucc.) A.


Robyns árvore cerrado, cerradão, mata
de galeria
Quararibea floribunda (St. Hil. & Naud.) K.
Schum árvore mata seca

Quararibea turbinata Poir. árvore mata seca

BORAGINACEAE
Cordia alhiodora Cham. árvore mata seca
Cordia axilaris 1. M. Johnston
Cordia bicolor A. DC. ex DC arbusto cerrado /ato sensu
Cordia calocephala Cham. subarbusto cerrado
Cordia campestris Warm. subarbusto cerradão
Cordia corymbosa (L.) G. Don arbusto mata
Cordia curassavica D. C. arbusto mata ciliar
Cordia discolor Cham. arbusto mata de galeria
Cordia ecalyculata Vell. árvore mata de galeria
Cordia fihforme Lenmo subarbusto área antrópica
Cordia glabrata (Mart) A. DC. árvore cerrado, mata, mata
Cordia gerascanthus Sw. ex Griseb. árvore mata seca
Cordia instgnis Cham. arbusto cerrado /ato sensu
Cordia intonsa 1. M. Johnston subarbusto cerrado
Cordia lencornalla Taub. arbusto cerrado
Cordia monosperma (Jacq.) Roem & Schult. arbusto mata de galeria
Cordia mucronata Fresen erva cerrado
Cordia multispicata Cham. subarbusto cerrado
Cordia nodosa Lam. arbusto cerrado /ato sensu
Cordia polycephala (Lam.) I. M. Johnston subarbusto mata de galeria
Cordia rufescens A. DC. árvore mata de galeria, cerrado
Cordia sellowiana Cham. árvore cerradão, mata de galeria
Cordia sessilfolia Cham. subarbusto cerrado, mata ciliar
Cordia superba Cham. árvore cerrado /ato sensu
Cordia trichotoma (Nell) Arrab. ex Steud. árvore mata de galeria, cerrado
Cordia truncata Fresen. arbusto cerrado, campo
Cordia verbenacea DC. arbusto
Flora vascular do Cerrado 343

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Hehotropium elongatum Nilld. ex Cham. brejo, área antrópica
Hehotropium elongatum Willd. ex Cham. var.
burchelhii 1. M. Johnston brejo, área antrópica
Heliotropium filiforme Lehmo. área antrópica
Hekotropium indicum L.
Heliotropium lagoense (Warm.) Guerke brejo
Hekiotropium parmflorum (Mart.) Guerke área antrópica
Heliotropium procumbens St. Hil. campo perturbado
Heliotropium salicoides Cham. cerrado, cerradão!,
campo sujo
Tournefortia breviflora DC. trepadeira mata de galeria
Tournefortia paniculata Cham. arbusto mata de galeria, cerrado,
mata
Tournefortia syringaefolia Vahl. trepadeira cerrado

BROMELIACEAE
Aechmea bromelifoha (Rudge) Baker mata de galeria
Aechmea lamarchei Mez
Aechmea maculata L. B. Smith mata de galeria, cerrado
Ananas ananassoides (Baker) L. B. Smith mata de galeria, cerradão,
cerrado
Ananas nanus (L. B. Smith) L. B. Smith -
Bilbergia amoena (Lod.) Lindl. var. amoena mata ciliar, mata seca
Bilbergia elegans Mart. ex Schult. mata de galeria
Bilbergia porteana Beer mata de galeria
Bilbergia vittata Brongn. ex Morel mata ciliar
Bromeha balansae Mez cerrado
Bromelia glaziovii Mez cerrado
Bromelia interior L. B. Smith cerrado
Bromeha invinii L. B. Smith cerrado
Bromelia villosa Mez
Dyckia aurea L. B. Smith cerrado
Dyckia brasiliana L. B. Smith mata de galeria
Dyckia biflora Mez
Dyckia burchelli Baker
344 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat

Dyckia dissitifoa Schult. f. erva mata de galeria


Dyckia eminens Mez erva cerrado
Dyckia heloisae L. B. Smith erva -
Dyckia hilaireana Mez erva -
Dyckia macedoi L. B. Sruth erva -
Dyckia marnier-lapostellei L.. B. Sruth erva mata de galeria
Dyckia mello-barretoi L. B. Sruth erva -
Dyckia monticola Smith & Reitz erva -
Dyckia oligantha L. B. Smith erva -
Dyckia pauciflora L. B. Smith & R. W. Read erva campo sujo, mata, brejo
Dyckia pedicellata Mez erva -
Dyckia rariflora Schult. f. erva -
Dyckia saxatilis Mez erva campo sujo
Dyckia sordida Baker erva -
Dyckia ursina L. B. Smith. erva -
Eucholirium subsecundum (Baker) Mez erva -
Neoregelia babiana (Ule) L. B. Smith var. babiana | erva -
Ortopbytum mello-barretoi L. B. Smith erva -
Pitcairnia ensifoha Mez erva cerrado ralo
Pitcairnia lanuginosa Ruiz & Pavon erva mata de galeria
Tillandsia duratii Vis. erva cerrado
Tillandsia geminiflora Brongn. erva mata de galeria
Tillandsia recurvata (L.) L. erva mata, cerradão
Tillandsia streptocarpa Baker erva cerrado
Tillandsta stricta Soland. var. stricta erva mata de galeria
Tillandsia tenuifolia L. var.surinamensis (Mez)
L. B. Smith erva mata de galeria
Tillandsia usneoides L. erva mata ciliar, mata seca
Vriesea atropurpurea Alv. Silv. erva -
Vriesea bituminosa Wawrta erva mata seca
Vriesea crassa Mez erva -
Vriesea friburgensis Mez erva mata de galeria, cerrado
Vriesea oligantha (Baker) Mez erva cerrado
Vresea pardalina Mez erva -
Vriesea sebwackeana Mez erva -
Flora vascular do Cerrado 345

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Vresea stricta L. B. Smith

BUDDLEJACEAE
Buddleja brachiata Cham. & Schl. arbusto mata perturbada
Buddlja brasiliensis Jacq. f. ex Spreng. arbusto mata ciliar, cerrado,
campo

BURMANNIACEAE
Apteria apbylla (Nutt.) Barnh. ex Small.
(=Apteria gentinioides Jonker) brejo, campo rupestre,
mata de galeria
Apteria aphylla (Nutt.) Barnh. ex Small. var.
hymenanthera (Miq.) Jonker brejo
Burmannia alba Mart. campo úmido
Burmannia bicolor Mart. campo úmido
Burmannia capitata (Wat. ex Gmel.) Mart. brejo
Burmannia damazii Beawv. campo úmido
Burmannia flava Mart. campo úmido
Burmannia jonkeri J. Van Benthem &
P.J. M. Maas campo

Dictyostega orobanchoides (Hook.) Miers. ssp.


orobanchoides mata ciliar

BURSERACEAE
Commiphora leptophloeos (Maxt.) J. B. Gillett.
(=Bursera leptophloeus Mart.) árvore mata seca semidecídua
Protium almecega March. árvore cerrado
Protium araconchini (Aubl) March. arbusto cerrado (ato sensu
Protium elegans Engl. arbusto cerrado /ato sensu
Protium heptaphyllum (Aubl)) March. ssp. árvore mata de galeria, cerrado,
bepraphylum cerradão
Protium ovatum Engl. arbusto campo rupestre, campo,
cerrado
Protium pilosissimum Engl. Arvore cerrado ralo
Protium spruceanum (Benth.) Engl. árvore mata de galeria, cerrado
(=Protium brasiliense Engl.) ralo
346 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Tetragastris altissima (Aubl.) Swart. árvore cerrado, mata
Tetragastris balsamifera (Swartz) O. Kuntze árvore mata de galeria
Tetragastris grossa Daly árvore mata seca semiídecídua
Tetragastris unifokolata (Engl.) Cuatrec.
(=Protium umifoliolatum Engl.) árvore mata de galeria, mata
seca

CACTACEAE
Basiliopuntia brasiliensis (Willd.) A. Berger arbusto área antrópica
Cephalocereus aurisetus (Werderm.) Werderm.
ex Borg
Cereus calcirupicola (Ratt.) Rizzini arbusto cerrado rupestre
Cereus jamacaru Hort. Vindob. ex Salm-Dyck. erva cerrado rupestre
Epipbyllum phyllanthus (L.) Haworth. var.
phyllanthus erva cerrado, mata de galeria
Melocactus paucipinus Heimen & R. Paul. erva cerrado
Pilosocereus pachycladus F. Ritter ssp. pachycladus arbusto cerrado
Rhipsahs cereuscula Haworth erva mata de galeria, mata
ciliar
Rhspsalis floccosa Salm-Dyck ex Pfeiffer erva mata ciliar, mata seca

CAMPANULACEAE
Centropogon cornutus (L.) Druce arbusto mata de galeria, cerrado ,

cerradão, brejo
Lobelia camporum Pohl erva campo limpo, cerrado,
brejo, mata de galeria
Lobelia fistulosa Vell. erva brejo, cerrado, mata
Lobelia organensis Gard. ssp. brasiliensis
A. O. S. Vieira subarbusto campo limpo
Lobelia organensis Gard. ssp. organensis erva mata
Lobelia thapsoidea Schott.. subarbusto brejo, mata de galeria,
cerrado
Siphocampylus corymbiferus Pohl subarbusto mata, cerrado, campo
Siphocampylus imbricatus (Cham.) G. Don. subarbusto campo rupestre
Siphocampylus macropodus (Bilb.) G. Don. subarbusto mata de galeria, mata
ciliar
Flora vascular do Cerrado 347

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Siphocampylus nitidus Pohl var. nitidissimus E.
Wimm. ex Char. subarbusto mata de galeria
Siphocampylus nitidus Pohl var. nitidus arbusto mata de galeria
Siphocampylus nitidus Pohl var. pleiotrichus E.
Wimm. subarbusto campo rupestre, campo
limpo, mata ciliar
Siphocampylus sulpbureus E. Wimm. brejo, mata ciliar
Siphocampylus westinianus (Billb.) Pohl var.
chamissonianus (Presl.) E. Wimm. subarbusto | campo rupestre
Siphocampylus westinianus (Billb.) Pohl var.
kanitzii E. Wimm. subarbusto | campo rupestre
Siphocampylus westinianus (Billb.) Pohl var.
sparcifolius E. Wimm. subarbusto | campo rupestre
Wahblenbergia brasiliensis Cham. erva campo rupestre, campo
úmido, área antrópica
Wablenbergia lnarioides (Lam.) DC. campo limpo

CARICACEAE
Carica glandulosa Pav. ex DC. arbusto mata seca
Carica quercifoha Benth. & Hook. F. ex Hieron árvore mata
Jacaratia dodecaphylla A. DC. arvore mata

CARYOCARACEAE
Caryocar brasiliense Camb. ssp. brastlense arvore cerrado
Caryocar coriaceum Wittm. árvore cerrado
Caryocar cuneatum Wittm. árvore cerrado

CARYOPHYLLACEAE

Drymaria cordata (L..) Willd. ex Roem & Schult. brejo


Paranochya sp.
Polyarpaea corymbosa (L.) Lam. cerrado, campo

CECROPIACEAE
Cecropia cineria Mig. árvore mata de galeria, cerrado
Cecropia concolor Rilld. arvore mata, cerrado
348 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

Cecropia hyratiloba Mig. (=Cecropia adenopus


Mart.) átvote mata de galeria, cerrado
Cecropia obtusa Tréc. arvote mata, cerrado
Cecropia pachystachia Tréc. átvote mata ciliar, mata seca,
cerrado

CELASTRACEAE
Austroplenckia populnea (Reiss.) Lund
(=Pknckia populnea Reiss.) árvore cerrado, mata de galeria
Maytenus alaternoides Reiss. árvore mata seca
Maytenus chapadensis Car.-Okano arbusto mata
Maytenus communis Reiss. átvote mata ciliar, mata seca
Maytenus distichothylla Mart. árvore cerrado
Maytenus evonimoides Reiss. árvore cerrado (ato sensu
Maytenus floribunda Resss. árvore mata de galeria
Maytenus glazioviana Loes árvore mata de galeria
Maytenus obtusifolia Mart. árvore cerrado (ato sensu
Maytenus opaca Resss. arbusto cerrado
Maytenus rigida Mart. árvore cerrado (ato sensu
Maytenus robusta Reiss. árvore mata de galeria
Maytenus salicifolia Reiss. árvore mata de galeria
Tontelea brachypoda Miers. arbusto cerrado
Tontelea micrantha (Mart.) A. C. Smith arbusto cerrado

CHENOPODIACEAE
Chenopodium ambrosioides L. área antrópica

CHLORANTHACEAE
Hedyosmum brasiliense Mart. ex Mig. árvote mata de galeria, brejo

CHRYSOBALANACEAE
Couepia grandiflora (Mart. & Zucc.) Benth. &
Hook. f. árvore mata de galeria, campo
rupestre, cerrado
Couepia paraensis (Mart. & Zucc.) Benth. ssp.
cerradoana Prance árvore mata, cerrado
Flora vascular do Cerrado 349

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Couepia uiti (Mart. & Zucc.) Benth. ex Hook. f. árvore cerrado, mata
Exellodendron cordatum (Hook. £) Prance árvore cerrado
Exellodendron gardneri (Hook. £.) Prance arbusto cerrado
Hrtella americana Aubl. = cerrado
Hirtella burchelhi Britton árvore mata de galeria, cerrado
Hirtella cihata Mart. & Zucc. árvore cerrado, mata
Hirtella glandulosa Spreng. árvore cerradão, mata de galeria,
cerrado
Hirtella gracilipes (Hook. £) Prance árvore mata de galeria, cerradão
Hirtella hispidula Mig. árvore mata de galeria
Hirtella hoebnei Pilger arvore mata, brejo
Hirtella martiana Hook. f. árvore mata de galeria, cerrado,
brejo
Hirtella racemosa Lam. árvore cerradão
Hirtella racemosa Lam. var. hexandra (Willd. ex
Roem. & Schult.) Prance árvore mata, cerrado
Licania apetala (E. Meyer) Fritsch. var. apetala árvore mata de galeria
Licania araneosa Taub. árvore mata de galeria, cerrado
Licania blackii Prance árvote mata de galeria, cerradão
Licania dealbata Hook. f. árvore certado
Licania egleri Prance árvore cerradão, mata de galeria,
mata
Licania gardneri (Hook. £) Fnitsch. árvore mata de galeria, cerrado
Liucania hoebnei Pilger árvore mata de galeria
Licania hbumilis Cham. ex Schlecht. árvore cerrado, cerradão, campo
rupestre
Licania kunthiana Hook. f. árvore mata de galeria
Licania micrantha Mig. arvore mata seca
Licanta minuscula Cuatrec. átvote mata
Licania nitida Hook. £. árvore cerrado, mata de galeria
Licania octandra (Hoff. ex Roem. & Schult.)
Kuntze ssp. octandra árvore mata de galeria
Licania rígida Benth. arbusto cerrado, mata ciliar
Licania selerophylla (Mart. ex Hook. £) Fritsch. árvore cerrado, mata de galeria
Parinari campestris Aubl. arbusto cerrado (ato sensu
350 Roberta Cunha de Mendonça ez a/.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Parinari obtusifolia Hook. f. arbusto cerrado, campo rupestre

CLETHRACEAE
Clethra brasihensts Cham. & Schldl. árvore cerrado, mata
Clethra scabra Pets. árvore mata de galeria, mata
seca

COCHLOSPERMACEAE
Cochlospermum regium (Mart. ex Schrank.) Pilger subarbusto cerrado
Cochlospermum vinifolinm (Wild) Spreng. arbusto cerrado, cerrado, mata

COMBRETACEAE
Buchenavia capitata (Nahl.) Eschl. árvore cerrado, cerradão
Buchenavia grandis Ducke árvore cerrado
Bachenavia tomentosa Eschl. árvore cerradão, mata de galeria
Combretum duarteanum Camb. árvore cerrado, cerradão, mata
de galeria
Combretum discolor Taub. arbusto cerrado, cerradão
Combretum elhpticum Kuhlm. arbusto cerrado (ato sensu
Combretum fruticosum (Loefl.) Stuntz. trepadeira mata de galeria, brejo
Combretum hilaranum D. Dietr. arbusto cerrado, mata de galeria
Combretum lanceolatum Pohl ex Eíchl. arbusto campo sujo, mata de
galeria
Combretum laxum Jacq. árvore mata, campo sujo
Combretum leprosum Mart. arbusto mata de galeria
Combretum melhfluum Each. var. mmellifluum árvore campo sujo, cerrado,
mata, campo limpo
Combretum vernicosum Rusby arbusto mata de galeria, cerrado
Terminalia actinophylla Mart. árvore cerrado, cerradão, campo
rupestre, mata
Terminalia argentea Mart. & Zucc. árvore cerradão, mata ciliar,
cerrado, campo
Terminalia brasihenstis Raddi árvore cerrado
Terminalia fagifolia Mart. & Zucc. árvore cerrado
Terminalia glabrescens Mart. árvore brejo, cerrado, mata seca,
mata ciliar
Flora vascular do Cerrado
351

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Terminalia januariensis DC. árvore cerrado
Terminahia lucida Hoffm. ex Mart. árvore cerrado
Terminalia phacocarpa Eichl. árvore mata seca, mata ciliar
Terminalia subsericea Eichl. árvore cerradão
Terminalia triflora Lillo. árvore mata de galeria
Thiloa glaucocarpa (Mart.) Eichl. arbusto cerrado (ato sensu

COMMELINACEAE
Commelina erecta L. cerrado, mata de galeria
Commelina nudiflora L. mata de galeria
Commelina obliqua Vahl. (=Compmelina robusta
Kunth.) mata de galeria, cerrado
Commelina ovata Mart. mata
Commelina virginica.Forst. f. (=Compmelina
nudiflora L.) mata
Dichorisandra hexandra Standley mata de galeria
Dichorisandra ovata Mart. mata ciliar
Dichorisandra villosula Mart. mata de galeria, brejo
Floscopa glabrata (Kunth.) Hassk. mata de galeria, brejo
Tradescantia fluminensis Vel). mata de galeria

COMPOSITAE (ASTERACEAE)
Acanthospermum australe (Loelf.) O. Kuntze cerrado, mata de galeria
Achritopappus longifolius (Gard.) King & H. Rob.
Achyrocline alata DC. cerrado, campo úmido
Achyrocline albicans Griseb. campo
Achyrocline satureioides (Lam.) DC. campo rupestre, mata de
galeria, campo limpo
Actinoseris angushifolia (Gard.) Cabrera
Actinoseris hatschbachit Zardini
Avctinoseris polymorpha (Less.) Cabrera campo limpo, campo
sujo
Avctinoseris polyphylla (Baker) Cabrera
Actinoseris radiata (Nell) Cabrera
Avctinoseris revoluta Leitão Filho campo rupestre
352 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Avctinoseris stenophylla Cabrera
Adenostemma goyazensis King. & H. Rob. erva mata de galeria inundável
Adenostemma sufjruticosa (Gard.) King & H.
Rob. subarbusto mata de galeria inundável
Ageratum conyzoides L. erva campo
Ageratum fastigiatum (Gard.) King & H. Rob. subarbusto campo úmido
Alomia fastigiata Benth.
Alomia pohplylla Baker
Alcantara petroana Glaz. ex G. M. Barroso
Ambrosia artemisiaefolium Lam. cerrado
Apopyros warmingit (Baker) Nesom erva campo limpo
Aspilia attenuata (Gard.) Baker erva cerrado, campo limpo
Aspilia elhptica Baker
Aspilia diniz-crusaenae ). U. Santos arbusto cerrado
Aspilia erosa J. U. Santos subarbusto | cerrado
Aspilia floribunda (Gard.) Baker subarbusto cerrado
Aspilia fohacea (Spreng.) Baker erva campo sujo, campo
limpo, cerrado
Aspilia heringeriana H. Rob. subarbusto cerrado
Aspilia jolyana G. M. Barroso
Aspilia laevissima Baker
Aspilia leucoglossa Malme erva cerradão
Aspilia ovalifoia (DC.) Baker subarbusto cerrado, campo limpo
Aspilhia phyllostachya Baker subarbusto mata de galeria inundável
Aspilia platyphylla Blake (= Viguiera platypbylla
Baker)
Aspilia pseudoyedzea H. Rob. subarbusto | campo sujo
Aspilia procumbens Baker
Aspilia reflexa Baker subarbusto campo sujo, cerrado
Aspilia riedelii Baker subarbusto campo limpo
Aspilia (Anemostephium) serpenticola Pruski arbusto campo
Aspilia setosa Griseb. erva cerrado, campo limpo
Aspilia squarrosa Baker subarbusto cerrado
Aster camporum Gard. etva brejo, cerrado
Aster squamatus (Spreng.) Hieron subarbusto brejo
Flora vascular do Cerrado 353

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Aster warmingii Baker brejo, campo
Austroenpatorium albescens (Gard.) King &
H. Rob. mata de galeria
Austroeupatorium apensis (Chod.) King. &
H. Rob. erva mata de galeria
Austroenpatorium inulaefolium (H. B. & K.) King
& H. Rob. subarbusto | cerrado, mata
Ayapana amygdalina (Lam.) King & H. Rob. | subarbusto campo sujo, cerrado,
vereda
Baccharis aphylla (Vell) A. DC. subarbusto | cerrado, campo rupestre
Baccharis camporum DC. subarbusto | cerrado, campo
Baccharis cinerea DC. arbusto cerrado
Baccharis concinna G. M. Barroso arbusto mata seca
Baccharis dentata (Vell.) G. M. Barroso arbusto mata
Baccharis discolor Baker arbusto campo rupestre
Baccharis dracunculifolia DC. arbusto mata de galeria
Baccharis erigeroides DC. subarbusto cerrado
Baccharis gracilis DC. erva campo limpo
Baccharis humilis Sch. Bip. ex Baker erva campo, cerrado
Baccharis intermixta Gard. arbusto cerrado
Baccharis leptophala DC. subarbusto | cerrado
Baccharis ligustrina DC. arbusto mata de galeria
Baccharis lundiana DC. é E
Baccharis tymanii G. M. Barroso arbusto campo rupestre
Baccharis ychnophora Gard.
Baccharis minutiflora Maxt.
Baccharis multisulcata Baker subarbusto mata de galeria, campo
limpo, cerrado
Baccharis myriosephala DC.
Baccharis platypoda DC. arbusto campo rupestre, mata
ciliar
Baccharis pseudotenuifolia Teodoro cerrado Jato sensu
Baccharis punctulata DC. subarbusto cerrado
Baccharis ramosissima Gard. arbusto mata de galeria
Baccharis reticulata Pets. arbusto cerrado
354 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat

Baccharis retusa DC. arbusto campo rupestre


Baccharis salgmannii DC. arbusto cerrado
Baccharis schultzii Baker arbusto campo rupestre
Baccharis semisserata DC. arbusto cerrado /ato sensu
Baccharis serrula Sch. Bip. arbusto campo rupestre
Baccharis subcapitata Gard.
Baccharts subdentata DC. erva campo, campo rupestre
Baccharis tenuifolia DC. cerrado
Baccharis tridentata Gaudich. arbusto cerrado
Baccharis trimera DC. arbusto campo rupestre, cerrado
denso
Baccharis trinervis (Lam.) Pers. arbusto mata de galeria
Baccharis verbenioides DC.
Baccharis virians Gard. arbusto cerrado
Baccharis xyphopbylla Baker
Baccharidastrum triplinerveum (Less.) Cabrera
Babianthus viscosus (Spreng.) King. & H. Rob. arbusto cerrado, campo rupestre
Barnadesia caryophylla (Vell.) Blake arbusto cerrado
Bidens gardnerii Baker erva campo sujo
Bidens graveolens Mart. arbusto campo sujo, campo
limpo
Bidens rubifolia H. B. & K. arbusto cerradão, mata de galeria
Bidens segetum Mart. ex Collad. trepadeira mata de galeria
Brasilia sickii G. M. Barroso subarbusto cerrado, campo
Brickelha difjusa A. Gray
Brickelha pinifolia A. Gray arbusto cerrado
Cala cuneifolia DC.
Calea estenii H. Rob.
Cala elongata (Gard.) Baker erva campo, brejo
Cala fruticosa Benth. & Hook. f. arbusto cerrado
Calea gardneriana Baker erva brejo
Calea harleyi H. Rob. subarbusto cerrado
Cala heringerii H. Rob. erva campo, cerrado
Calea hispida Baker
Calea hymenolepsis Baker cerrado
Flora vascular do Cerrado
355

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Cala invinii G. M. Barroso subarbusto campo rupestre
Calea lantanoides Gard. subarbusto cerrado
Calea mulhplinervia Lessing subarbusto cerrado
Calea pilosa Baker subarbusto cerrado
Calea platylepsis Sch. Bip. erva cerrado
Calea quadrifoha Pruska & Urban subarbusto cerrado, campo rupestre
Calea rotundifolia (Less.) Baker
Calea reticulata Gard. subarbusto cerrado
Calea tencrisfoha (Gard.) Baker arbusto cerrado
Calea tridactila Sch. Bip. ex Kraschen
Calea villosa Sch. Bip. subarbusto campo, cerrado
Campovassouria cruciata (Nell) King & H. Rob. subarbusto mata de galeria
Campuloclinium hirsutum Gard. erva mata
Campuloclinium macrocephalum (Less.) DC. subarbusto brejo
Campuloclininm megacephalum (Mart. ex Baker)
King & H. Rob. subarbusto mata de galeria
Centratherum punctatum Cass. subarbusto cerrado
Chaptalia cordifolia (Baker) Cabrera subarbusto mata
Chaptalia integerrima (Nell) Burkart erva cerrado, mata de galeria
Chaptalia martii (Baker) Zardini
Chresta angushfolia Gard. erva mata de galeria, cerrado
ralo, vereda
Chresta corumbensis (Philip.) H. Rob. erva mata de galeria
Chresta exsucca DC. subarbusto campo
Chresta plantaginfolia (Less.) Gard. erva cerrado
Chresta scapigera (DC.) Gard. subarbusto cerrado, campo
Chresta sousae H. Rob. erva campo úmido
Chresta speciosa Gard. subarbusto campo rupestre, cerrado
Chevrentia stolonfera Cass.
Chromolaena asperrima (Sch. Bip. ex Baker)
King & H. Rob. subarbusto campo sujo
Chromolaena chaseae (B. L. Rob.) King &
H. Rob. subarbusto cerrado
Chromolaena cryptantha (Sch. Bip. ex Baker)
King & H. Rob. erva cerrado
356 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Chromolaena epaleacea Gard. erva cerrado
Chromolaena laevigata (Lam.) King & H. Rob. | arbusto mata de galeria
Chromolaena leucocephala Gard. arbusto cerrado
Chromolaena maximiliani (Schrad.) King &
H. Rob. subarbusto | mata
Chromolaena miryadenia King & H. Rob. erva campo rupestre
Chromolaena odorata (L.) King & H. Rob. arbusto mata de galeria, cerrado
Chromolaena pedunculosa (Hook. & Arn.) King
& H. Rob. arbusto cerrado
Chromolaena ramosissima Gard. arbusto cerrado
Chromolaena squalida (DC.) King & H. Rob. subarbusto | cerrado
Chromolaena stachyophylla (Spreng.) King &
H. Rob. cerrado
Chromolaena vindex (DC.) King & H. Rob. cerrado
Chrysanthellum procumbens Rich. cerrado
Clibadium armanii Sch. Bip. ex Baker arbusto mata de galeria
Clibadium rotundifolium DC. arbusto cerrado /ato sensu
Clibadium sylvestre (Aubl.) Baill. arbusto cerrado
Dasyphyllum brasiliense (Spreng.) Cabrera trepadeira | mata de galeria
Dasyphyllum candoleanum (Gard.) Cabrera arbusto cerrado
Dasyphyllum crycephalum (Baker) Cabrera - -
Dasyphyllum donianum (Gard.) Cabrera subarbusto | campo sujo
Dasyphyllum infundibulare (Baker) Cabrera arbusto cerrado
Dasyphyllum latifohum (Grard.) Cabrera - -
Dasyphyllum orthacantum (DC.) Cabrera arbusto cerrado
Dasyphyllum reticulatum (DC.) Cabrera - -
Dasyphylum synacanthum (Baker) Cabrera trepadeira mata
Dasyphyllum sprengelianum (Gard.) Cabrera arbusto cerrado
Dasyphyllum sprengelianum (Gard.) Cabrera var.
inerme (Gard.) Cabrera arbusto cerrado
Dasyphyllum velutinum (Baker) Cabrera subarbusto | cerradão
Dimerostemma asperatum Blake erva campo
Dimerostemma brasiliense (Spreng.) Cabrera trepadeira mata de galeria
Dimerostemma brastlianum Cass. arbusto cerrado
Dimerostemma laevigata Mart. erva cerrado
Flora vascular do Cerrado
Seg

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Dimerostemma hppioides (Baker) Blake erva cerrado
Dimerostemma rotundifolia (Baker) Blake subarbusto | campo
Dimerostemma vestita (Baker) Blake subarbusto | cerrado, campo
Disynaphia halimifolia (DC.) King & H. Rob. subarbusto | cerrado, campo
Echinocoryne holosericea (Mart. ex DC.) H. Rob. arbusto cerrado
Echinocoryne pungens (Gard.) H. Rob. erva cerrado
Echpta alba Hassk. subarbusto mata ciliar, área antrópica
Echpta prostrada (L.) L. trepadeira vereda
Elephantopus biflorus (Less.) Sch. Bip. subarbusto cerrado
Elkephantopus elongatus Gard. arbusto campo limpo
Elkephantopus micropabpus Less. erva cerrado
Elephantopus mollis H. B. & K. erva mata de galeria
Elkephantopus riparius Gard. erva mata de galeria
Emilia valerianaefolia (Wot.) DC. erva mata
Erechutes hieracifoha (L.) Raf. ex DC. erva brejo, campo rupestre
Eremanthus angushfolius Baker erva mata de galeria
Eremanthus argenteus MacLeish & K. Schum. arbusto campo rupestre, cerrado
Eremanthus capitatus (Spreng.) MacLeish árvore cerrado
Eremanthus elacagnus (Mart. ex DC.) Sch. Bip.
Eremanthus eriopus Baker
Eremanthus glomerulatus Less. arbusto cerrado, campo rupestre
Eremanthus goyazensis (Gard.) Sch. Bip. arbusto cerrado
Eremanthus graciellae MacLeish & K. Schum. arbusto cerrado
Eremanthus incanus (Less.) Less. árvore cerrado
Eremanthus matogrossensis O. Kuntze arbusto campo
Eremanthus mollis Sch. Bip. arbusto cerrado
Eremanthus pannosus Baker subarbusto | cerrado
Eremanthus plantaginifolius Baker
Eremanthus pobhi (Baker) MacLesish. arbusto cerrado
Erementhus scapigerus Baker
Eremanthus sphaerocephalus Baker (=Chresta
sphaerocephala DC.) arbusto cerrado, cerradão
Eremanthus uniflorus MacLeish & K. Schum. arbusto cerrado
Eremanthus veadeiroensts H. Rob. arbusto cerrado
Eremanthus tweediei Hook & Arn. erva campo úmido
358 Roberta Cunha de Mendonça et aí

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

Errgeron catarinensis Cabrera


Engeron maximus (D. Don.) DC. cerrado ralo
Enrgeron tweediei Hooh. & Arn.
Eupatorium amygdalinum Lam. erva cerrado ralo
Eupatorium amygdalinum Lam. var. g/andulosum
Baker subarbusto | cerrado
Eupatorium aphidictyum Baker
Eupatorium ascendens DC.
Eupatorium barbacense Hheron. arbusto cerrado /ato sensu
Eupatorium blanchetii Sch. Bip. cerrado
Eupatorium bripleunifolium var. hmifolinm (DC.)
Baker arbusto campo úmido
Eupatorium burchelh Baker erva campo sujo
Eupatorium chaeseae Rob. arbusto cerrado ralo
Eupatorium clematidium Less. erva campo sujo
Eupatorium crenulatum Gard. arbusto campo sujo
Eupatorium coriaceum Vahl. arbusto campo limpo
Eupatorium decumbens (CGrard.) Baker
Eupatorium horminoides Baker erva cerrado
Eupatorium kleinioides H. B. & K. erva campo rupestre
Eupatorium laevigatum Lam. subarbusto | mata
Eupatorium maximiliani Schrad. ex DC. arbusto cerrado /ato sensu
Eupatorium megacephalum Mart. ex Baker erva cerrado
Eupatorium mollissimum Baker erva campo rupestre

Eupatorium pedale Sch. Bip. subarbusto | campo sujo


Eupatorium sagitnferum H. Rob.
Eupatorium spathbulatum Hook. erva campo rupestre

Eupatorium squalidum DC. subarbusto | mata ciliar, cerrado,


campo rupestre
Eupatorium squarrulosum Hook. & Arn.
Eupatorium stachyophyllum Spreng. subarbusto | campo, cerrado
Eupatorium subbastatum H. Rob.
Eupatorium thysanolepis Hook. & Arn. arbusto mata ciliar
Eupatorium trixivides Mart. ex Baker arbusto cerrado (ato sensu
Eupatorium vauthierianum DC. arbusto mata ciliar
Flora vascular do Cerrado
599

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Eupatorinm velutinum Gard. subarbusto campo rupestre
Flischmannia laxa (Gard.) King & H. Rob. erva mata de galeria
Glaziovianthus purpureus G. M. Barroso erva cerrado
Gnaphalium cheirantifolinm Lam. cerrado
Gochnatia barrosii Cabrera árvore cerrado
Gochnatia blanchetiana (DC.) Cabrera arbusto cerrado
Gochnatia densicephala Cabrera arbusto cerrado
Gochnatia discoidea (Less.) Cabrera subarbusto campo rupestre
Gochnatia floribunda Cabrera arbusto cerrado, mata
Gochnatia hatshbachii Cabrera arbusto mata cilítar, mata seca
Gochnatia paniculata (Less.) Cabrera arbusto cerrado
Gochnatia polymorpha Herb. Berol ex DC. ssp.
polymorpha átvote mata ciliar, cerrado
Gochnatia pulchella Cabrera arbusto cerrado, mata de galeria
Gochnatia pulcbra Cabrera arbusto mata de galeria
Gochnaiia sordida (Less.) Cabrera
Gochnatia velutina (Bong.) Cabrera arbusto cerrado /ato sensu
Goyazianthus tetrastichus (B. L. Robyns) King
& H. Rob. subarbusto campo úmido
Graziela bishopit King & H. Rob. subarbusto brejo
Graziela intermedia (DC.) King & H. Rob. subarbusto mata
Heterocondylus alatus (Vell.) King & H. Rob. subarbusto mata de galeria
Heterocondylus grandis (Sch. Bip. ex Baker) King
& H. Rob. arbusto mata de galeria
Hoebnephytum trixoides (Gard.) Cabrera erva cerrado
Hoebnephytum imbricatum (Gard.) Cabrera arbusto cerrado, campo rupestre
Hypochoeris gardneri Baker erva
Icthyothere connata Blake subarbusto cerrado
Icthyothere cunabi Mart. subarbusto cerradão
Icthyothere hirsuta Gard. subarbusto cerrado
Icthyothere integrifolia (DC.) Baker erva cerrado, campo
Icthyothere latifolia Baker subarbusto cerrado, campo
Icthyothere linearis (Benth.) Baker erva cerrado
Icthyothere sessilis (Spreng.) Blake subarbusto cerrado
Icthyothere terminalis (Spreng.) Malme. erva cerrado ralo
360 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat

Inulopsis camporum (Gard.) Nesom campo limpo


Inulopsis phoenix Nesom área antrópica
Inulopsis scaposa (Baker) Hoffm.
Isostigma peucedanifolium Less. erva campo limpo
Jungia floribunda Spruce ex Benth. & Hook. f. | subarbusto | mata de galeria
Kanimia poblii Gard. erva campo rupestre
Kanimia purpurascens Baker arbusto cerrado
Koanophyllon adamantium (Gatd.) King &
H. Rob. arbusto cerrado, campo rupestre
Koanophyllon andersonii King & H. Rob. subarbusto | mata de galeria
Lepidaploa aurea (Mart. ex DC.) H. Rob. subarbusto | cerrado
Lepidaploa remotiflora (L. C. Rich.) H. Rob. erva cerrado
Lepidaploa salmanii (DC) H. Rob. subarbusto | mata de galeria
Leptoclinium trichotomum Benth. ex Baker arbusto cerrado
Lessingianthus amnophilus (Gard.) H. Rob. arbusto campo sujo
Lessingianthus argyrophylla (Less.) H. Rob. subarbusto | cerrado
Lessingianthus desertorum (Mart. ex DC.) H. Rob.| subarbusto | campo úmido
Lessingianthus durus (Mart. ex DC.) H. Rob. erva cerrado
Lessingianthus elegans (Gard.) H. Rob. subarbusto | cerrado
Lessingianthus erythropbyllus (DC) H. Rob. subarbusto | cerrado
Lessingianthus lgulaefolins (Mart.) H. Rob. subarbusto | cerrado
Lessingianthus monocephalus (Gard.) H. Rob. subarbusto | cerrado
Lessingianthus mysinites H. Rob. subarbusto | campo sujo
Lessingianthus pseudopiptocarpha (H. Rob.)
H. Rob. arbusto cerradão
Lessingianthus secundus (Sch. Bip. ex Baker)
H. Rob. erva cerrado
Lessingianthus simplex (Less.) H. Rob. erva campo limpo
Lessingianthus venosissimus (Sch. Bip.) H. Rob. subarbusto cerrado
Lessingianthus virgulata (Mart. ex DC.) H. Rob. erva mata de galeria
Lessingianthus xanthopbylla (Mart.) H. Rob. arbusto cerrado
Lucilia lycopodioides (Less.) S. E. Freire etva cerrado
Lychnophora babiensis Mattf. subarbusto cerrado, campo rupestre
Lychnophora ericoides Mart. arbusto cerrado
Lychnophora salicifoha Mart. arbusto cerrado, campo úmido,
campo rupestre
Flora vascular do Cerrado
361

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Mikania acuminata DC. trepadeira mata de galeria
Mikania bishopii King. & H. Rob. trepadeira cerrado
Mikania candolleana Gardn. erva mata ciliar
Mikania cipoensis G. M. Barroso
Mikania conferta Gardn trepadeira mata ciliar
Mikania cordifohia (L.f.) Willd. trepadeira mata de galeria
Mikania cynanchifolia Hook. & Arn. ex Baker trepadeira cerrado
Mikania filgueirasii King & H. Rob. trepadeira mata de galeria
Mikania glauca Mart. ex Baker trepadeira mata de galeria
Mikania glomerata Spreng. trepadeira mata de galeria
Mikania hirsutissima DC. trepadeira mata de galeria
Mikania lastandrae DC. trepadeira mata de galeria
Mikania Inetzelburghii Mattf.
Mikania macrocephala DC. trepadeira mata

Mikania macrodonta DC. trepadeira campo limpo


Mikania malacolepis H. Rob.
Mikania micrantha H. B. & K. trepadeira mata de galeria, cerrado
Mikania microcephala DC. trepadeira mata de galeria, cerrado
Mikania nummulania DC. trepadeira mata de galeria
Mikania oblongifolia DC.
Mikania officinalis Mart. erva cerrado, campo
Mikania pachylepis Sch. Bip. ex Baker trepadeira mata
Mikania parvifolia Baker
Mikania phacociadus Mart. erva mata ciliar
Mikania pobliana Sch.Bip. ex Baker arbusto mata de galeria
Mikania pohlii (Baker) King & H. Rob. subarbusto cerrado
Mikania polystachya DC. trepadeira brejo, mata de galeria
Mikania populifolia Gard. trepadeira mata de galeria
Mikania premnifolia Gard.
Mikania psilostachya DC. trepadeira mata de galeria, cerrado
Mikania purpurascens (Baker) King & H. Rob. subarbusto cerrado
Mikania ramosissima Gard. trepadeira mata de galeria
Mikania reticulata Gard. subarbusto cerrado, campo rupestre
Mikania rothit G. M. Barroso
Mikania salviaefolia Gard. trepadeira cerrado
362 Roberta Cunha de Mendonça ez aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Mikania schenkii Hiern. erva mata ciliar, mata seca
Mikania sessifolia DC. arbusto mata de galeria
Mikania subverticillata Sch. Bip. - -
Mikania smilacina DC. trepadeira mata de galeria
Mikania triangularis Baker trepadeira | mata de galeria
Moguinia racemosa (Spreng) DC. arbusto cerrado, campo rupestre,
mata seca
Moebnephytum trixoides (Gard.) Cabrera erva cerrado
Mutisia campanulata Less. arbusto mata de galeria
Opbryosporus freyreissii (Thumb. & Dallm.) Baker | erva cerrado
Paralychnophora bicolor (Mart. ex DC.) MacLeish| árvore cerrado, campo rupestre
Pectis brevipedunculata (Gard.) Sch. Brp. erva cerradão, cerrado, campo
Pectis burchellii Baker erva -
Pectis elongata H. B. & K. erva campo, cerrado
Pectis gardneri Baker erva campo
Pectis ohgocephala (Gard.) Sch. Bip. var. okgocephala |erva campo, cerrado
Pectis stella Malme erva campo, cerrado
Pectis uniaristata DC. var. jangadensis (S. Moore) | erva mata de galeria, cerrado,
Keil. brejo
Piptocarpha lucida Bennett - -
Piptocarpha macropoda (DC.) Baker árvore mata de galeria
Piptocarpha oblonga Baker trepadeira | mata de galeria
Piptocarpha obscurum (Spreng.) DC. erva cerrado
Piptocarpha opaca Baker trepadeira | mata de galeria
Piptocarpha rotundifolia (Less.) Baker árvore cerrado
Piptocarpha salvisfoha Taub. arbusto cerrado
Piptolepis buxoides Sch. Bip. - -
Planaltoa lycbnophoroides G. M. Barroso subarbusto | cerrado
Poropbyllum angustissimum Gard. arbusto campo
Porophyllum lineare DC. subarbusto | cerrado
Porophyllum obscurum (Spreng.) DC. arbusto cerrado
Porophyllum riedelli Baker erva cerrado
Praxelis capillaris (DC.) Sch. Bip. (=Expatorium
capillare Baker) cerrado, cerrado ralo
Praxelis clkematidea (Griseb.) King & H. Rob. cerrado
Flora vascular do Cerrado
363

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Praxelis kleinioides Sch. Bip. campo
Proteopsis argentea Mart. & Zucc. ex DC.
Psendelephantopus spiralis (Less.) Crong. campo limpo
Psendobrickellia angustissimas (Spreng. ex Baker) |
King & H. Rob. arbusto cerrado
Pseudobrickelhia brasiliensis (Spreng.) King &
H. Rob. atbusto cerrado
Pseudobrickellia piniflora A. Gray erva cerrado
Psendogynoxys poblit (Sch. Bip.) Leitão Filho
Prerocaulon interruptum DC. subarbusto mata
Prerocaulon lanatum Kuntze
Prerocaulon rugosum (Nahl)) Malme erva campo sujo
Pterocaulon virgatum (L.) DC. arbusto brejo
Raulnoreitzia crenulata (Spreng.) King & H. Rob. atbusto mata de galeria
Raulinoreitzia leptophlebia (B. L. Robyns) King
& H. Rob. arbusto mata de galeria
Rienconrtia oblongifolia Gard. subarbusto cerrado
Rrencourtia tenuifoha Gard. erva campo limpo, campo
rupestre
Senecio adamantinus Bong. erva brejo
Senecio brasiliensis Less. subarbusto cerrado
Senecto destderabilis Vell.
Senecio macrotis Baker
Senecio poblii Sch. Bip. ex Baker cerrado
Senecio stigophlebius Baker
Senecio trixoides Gardn. cerrado
Sipolisia lanuginosa Glaz. campo rupestre, cerrado
rupestre
Soaresia velutina Sch. Bip. campo
Solidago microglossa DC. cerrado
Sphaerenpatorium sphaerocephalum (Sch. Bip. ex
Bak.) King & H. Rob. campo
Spilanthes caespitosa DC. cerrado ralo
Spilanthes nervosa Chod. cerrado
Spilanthes urens Jacg. cerrado, brejo
364 Roberta Cunha de Mendonça ef a/.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Stenocephalum apiculatum (Mart. ex DC.) Sch. Bip. subarbusto cerrado
Stenocephalum megapotamicum (Spreng.) H. Rob. | subarbusto campo limpo
Stenocline chionaea DC. -
Stevia claussenti Sch. Bip. E
Stevia collina Gard. subarbusto cerrado
Stevia crenulata Baker =
Stevia gardneriana Baker subarbusto campo rupestre, campo

sujo
Stevia heptachaeta DC. erva campo sujo, cerrado ralo
Stevia lundiana DC. arbusto campo
Stevia mentaefolia Phul. :
Stevia myriadenia Sch. Bip. a
Stevia ophryophylla H. Rob. subarbusto campo
Stevia pavifolia Hassl. erva cerrado
Stevia pobliana Baker E cerrado
Stevia urticaefolia Thumb. erva campo limpo
Stevia veronicae DC. subarbusto campo sujo
Stevia verticillata Schl. -
Sufftia parviflora D. Don -
Srilpnopappus ferrugineus Baker subarbusto campo
Srilpnopappus spectosus Baker arbusto campo
Stilpnopappus trichospiroides Mart. ex DC. erva cerrado
Stomatanthes dictyophyllus (DC.) H. Rob. subarbusto campo
Stomatanthes trigonus (Gard.) H. Rob. arbusto cerrado, campo sujo
Stylotrichium rotundifolium Matt. - cerrado
Symphyopabpus compressus (Gard.) B. L. Robyns arbusto mata de galeria, cerrado
Symphyopappus cuneatus Sch. Bip arbusto cerrado /ato sensu
Symphyopappus polystachyus Baker arbusto cerrado /ato sensu
Symphyopappus reticulatus Baker
Symphyopappus viscosus Baker cerrado
Trichogonia apparicioi G. M. Barroso
Trichogonia attenuata G. M. Barroso arbusto cerrado (ato sensu
Trichogonia campestris Gard. subarbusto cerrado (ato sensu
Trichogonia dubia (B. L. Robyns) King &
H. Rob. cerrado, campo limpo
Flora vascular do Cerrado
365

Continuação Anexo 2. E
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Trichogonia grazselae King & H. Rob. arbusto cerrado
Trichogonia prancei G. M. Barroso erva cerrado
Trichogonia salviaefolia Gard. erva mata de galeria
Trichogonia villosa (Spreng.) Sch. Bip.
Trixis antimenorrhoea (Schrank.) Mart. ex Baker erva mata de galeria
Trixis glutinosa D. Don. erva mata de galeria
Trixis ophiorhiza Gard. subarbusto cerrado
Trixis vauthieri DC. arbusto cerrado
Trixis verbasciformis Less. subarbusto cerrado, mata de galeria
Vanillosmopsts brasthensis Sch. Brp. arvore cerrado
Vanillosmopsts capitata Sch. Bip. cerrado
Vanillosmopsts erythropappa Sch. Bip. arbusto mata ciliar
Vanillosmopsis pobhi Baker arbusto cerrado
Vanillosmopsis polycephala (DC.) Sch. Bip. arbusto mata seca
Verbesina sodescens DC. subarbusto cerrado
Vernonanthura almeidae (H. Rob.) H. Rob. arbusto cerrado
Vernonanthura ferruginea (Less.) H. Rob. arbusto mata de galeria
Vernonanthura membranacea (Gard.) H. Rob. arbusto cerrado, mata de galeria
Vernonia adamantinm Gard.
Vernonia alpestris Baker
Vernonia ammophyla Gard. subarbusto campo sujo
Vernonia apiculata Mart. ex DC. erva campo, cerrado
Vernonia argyropilla Less. subarbusto campo
Vernonia aurea Mart. arbusto cerrado ralo
Vernonia barbata Less. subarbusto campo
Vernonia bardanoides Less. arbusto cerrado
Vernonia brasiliana (L.) Druce arbusto campo sujo
Vernonta brasiliensis Less. arbusto cerrado, mata
Vernonia brevipetiolata Sch. Bip. ex Baker arbusto cerrado
Vernonia buddleiaefolia Mart. arbusto cerrado
Vernonia chamissonis Less. arbusto cerrado (ato sensu
Vernonia cognata Less. arbusto cerrado, campo
Vernonia compactiflora Mart. ex Baker arbusto cerrado
Vernonia cortacea Less. arbusto campo
Vernonia cotoneaster (Willd. ex Spreng.) Less. arbusto cerrado
366 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Vernonia crotonoides Sch. Bip.
Vernonia damazoi (Beauv.) Leitão Filho &
Semir
Vernonia desertorum Mart. erva cerrado
Vernonia difjusa Less. subarbusto cerrado, campo
Vernonia dura Mart. ex DC. subarbusto cerrado
Vernonia echinocephala H. Rob. subarbusto mata de galeria
Vernonia echifolia Mart. subarbusto campo
Vernonia elegans Gard. subarbusto cerrado
Vernonia eremophyla Mart. ex DC. subarbusto cerrado
Vernonia erythrophila DC. subarbusto cerrado
Vernonia farinosa Baker arbusto cerrado
Vernonia ferruginea Less. arbusto cerrado, cerradão
Vernonia firmula Mart.
Vernonia fruticosa Sw. subarbusto cerrado
Vernonia fruticulosa Mart. ex DC. arbusto cerrado
Vernonia glabrata Less. arbusto cerrado
Vernonia grandiflora Less. erva cerrado
Vernonia glomerata Sch. Bip. erva cerrado
Vernonia glanduloso-dentata Hiern.
Vernonia goyasensis S. B. Jones arbusto cerradão
Vernonia grearii H. Rob. subarbusto cerrado
Vernonia herbacea (Nell) Rusby erva cerrado
Vernonia bangei H. Rob. arbusto cerrado, campo rupestre
Vernonia holosericea Mart. arbusto cerrado, campo úmido
Vernonia hoveaefolia Gard.
Vernonia laevigata Mart. subarbusto campo úmido
Vernonia laxa Gard. arbusto cerrado
Vernonia ligulaefolia Mart. ex DC. erva campo sujo, cerrado
Vernonia lilacina Mart. ex DC. arbusto cerrado
Vernonia lineanifoha Less.
Vernonia linearis Spreng. erva campo úmido
Vernonia mariana Mart. ex Baker subarbusto mata seca, brejo
Vernonia megapotamica Spreng. arbusto cerrado
Vernonia micrantha H. B. & K. trepadeira cerradão
Flora vascular do Cerrado
367

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Vernonia mierstana Gard. subarbusto mata
Vernonia misstones Gard. arbusto cerrado /ato sensu
Vernonia monocephala Gard. subarbusto cerrado
Vernonia mucronulata Less. arbusto cerrado (ato sensu
Vernonia myrsinites (H. Rob.) D. J. N. Hind arbusto cerrado
Vernonia nitens Gard. subarbusto cerrado, campo rupestre
Vernonia obscura Less. subarbusto cerrado, campo
Vernonia obtusa Blake subarbusto campo, cerrado
Vernonia obtusata Less. arbusto cerrado, cerrado ralo
Vernonia oligolepis Sch. Bip. ex Baker subarbusto cerrado /ato sensu
Vernonia onopordioides Baker subarbusto cerrado
Vernonia pannosus (Baker) MacLeich arbusto cerrado (ato sensu
Vernonia pedunculata DC. arbusto mata seca
Vernonia phosphorea (Nell) Monteiro arbusto campo perturbado
Vernonia platensis (Spreng.) Less. arbusto cerrado
Vernonia polyanthes Less. arbusto cerrado, mata ciliar
Vernonia psilophylla DC. subarbusto campo sujo
Vernonia psilostachya DC.
Vernonia rosea Mart.
Vernonia rubriramea Mart. ex DC. arbusto cerrado /ato sensu
Vernonia ruficoma Schlecht. ex Mart. arbusto mata de galeria
Vernonia salggmani DC. subarbusto cerrado, cerrado ralo
Vernonia schwenkiaefolia Mart. ex DC. erva cerrado
Vernonia scorpioides (Lam.) Pers. arbusto campo perturbado, mata
ciliar, mata seca
Vernonia sessilifolia Less.
Vernonia simplex Less. erva campo rupestre, cerrado
Vernonia soderstromit H. Rob. subarbusto campo
Vernonia souzae H. Rob. subarbusto cerrado
Vernonia spixiana Mart.
Vernonia stricta Gard. arbusto cerrado
Vernonia stoechas Mart.
Vernonia subverticillata Sch. Bip. arbusto cerrado
Vernonia tomentella Mart. ex DC.
Vernonia tragiaefolia DC. cerrado
368 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Vernonia vauthieriana DC.
Vernonia velutina Hiern.
Vernonia venosissima Sch. Bip. ex Baker arbusto cerrado
Vernonia vepretorum Mart.
Vernonia virgulata Mart. ex DC. subarbusto cerrado
Vernonia warmingiana Baker
Vernonia quccariniana Mart. ex DC. subarbusto cerrado, mata
Viguiera aspiloides Baker erva campo
Viguiera bracteata Gard. subarbusto campo
Vaguiera filifoha Sch. Bip. erva campo limpo
Viguiera gardnerii Baker arbusto cerrado
Viguiera grandiflora Gard. subarbusto cerrado, campo
Viguiera hispida Baker arbusto cerrado
Viguiera kunthiana Gard. erva mata de galeria
Viguiera lineanfolia Chod. & Hassl. subarbusto campo, cerrado
Veguiera nervosa Gard. subarbusto campo limpo
Viguiera radula Baker arbusto cerrado
Viguiera robusta Gard. arbusto cerrado
Viguiera squalida S. Moore erva mata, cerrado
Xerxes edmaniana (Phihp.) J. Grant arbusto campo rupestre, cerrado
Wedelia bishopii H. Rob. erva cerrado
Wedelia kirkbridei H. Rob. erva cerrado
Wedelia lundii DC. erva campo limpo
Wedelia macrodonta DC. erva cerradão
Wedelia paludosa DC. erva cerrado
Wedelia trilobata (L.) Hitche. erva mata
Wedelia vathieri DC. erva campo sujo, cerrado
Wulfia baccata (L. £) O. Kuntze arbusto cerrado, mata de galeria
Wulifia maculata (Ker.) DC. arbusto cerradão, mata de galeria
Wunderkchia crulstana Taub. árvore campo rupestre, cerrado
Waunderhchia mirabilis Riedel & Baker arbusto campo rupestre, cerrado

CONNARACEAE
Connarus perrottetti (DC.) Planch. arbusto cerrado /ato sensu
Connarus perrottetti (DC.) Planch. var.
angustifolius Radlk. arbusto cerrado (ato sensu
Flora vascular do Cerrado
369

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Conna;us punctatus Planch. árvore mata
Connarus regnelki Schelemb. arbusto cerrado /ato sensu
Connarus suberosus Planch. var. fulvus (Planch.)
Forero arvore cerrado
Connarus suberosus Planch. var. suberosus arbusto cerrado
Rourea gardneriana Planch. arbusto
Rourea induta Planch. var. induta árvore cerrado, campo sujo
Rourea induta Planch. var. reticulata (Planch.)
Baker arbusto cerrado
Rourea psamopbhila Forero arbusto cerrado

CONVOLVULACEAE
Aniseta nitens Choisy trepadeira mata
Evolvulus cardiophyllus Schlecht. subarbusto campo
Evolvulus elegans Moric. subarbusto cerrado
Evolvulus ericaefolius Schrank. erva campo limpo
Evolvulus fihpes Mart. erva área antrópica
Evolvulus frankeniotdes Moric. erva campo limpo, cerrado
Evolvulus glomeratus Nees & Mart. ssp. g/omeratus| subarbusto cerrado
Evolvulus gnaphalioides Mori. cerrado
Evolvulus lagopodioides Meissn. campo, cerrado, brejo
Evolvulus hitrospermoides Mart.
Evolvulus macroblepharis Mart.
Evolvulus martii Meissn.
Evolvulus nívens Mart. erva cerrado
Evolvulus nummularins Nutt. erva cerrado, mata
Evolvulus pterocanlon Moric. subarbusto cerradão, cerrado
Evolvulus raniflorus (Meissn.) v. Ooststr. erva campo
Evolvulus saxifragus Mart. erva cerrado ralo
Evolvulus tenuis Mart. ex Choisy erva mata seca decídua
Ipomoea acuminata Roem & Schl. trepadeira campo perturbado
Ipomoea albiflora Moric. erva cerrado
Ipomoea argentea Meissn. erva campo sujo
Ipomaea aristolochiaefoha G. Don.
Ipomoea aurifolia Dammer ex Char. cerrado
370 Roberta Cunha de Mendonça ez a/.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat

Ipomoea campestris Meissn.


Ipomoea coccinea L. (=Quamockt coccinea (L.)
Moench.) mata de galeria
Ipomoea fistulosa Mart. ex Choisy
Ipomoea graminiformis Meissn. cerrado
Ipomoea granulosa Chodat & Hassl.
Ipomoea hederifolia L. trepadeira cerrado perturbado
Ipomoea hederacea Jacq. (=Ipomoea ni! (L.) Roth.) | trepadeira mata de galeria
Ipomoea hirssutissima Gard. erva campo
Ipomoea longicuspis Meissn. trepadeira campo perturbado
Ipomoea martii Meissn. trepadeira mata
Ipomoea minutiflora (Mart. & Gall) House trepadeira mata
Ipomoea paludosa O"Donell erva cerrado
Ipomoea pinifoha Meissn. subarbusto brejo
Ipomoea procumbens Mart. & Choisy trepadeira cerrado
Ipomoea procurrens Meissn. erva cerrado
Ipomoea purpurea Lam. trepadeira campo perturbado
Ipomoea quamocht L. trepadeira campo perturbado
Ipomoea ramosissima (Poir.) Choisy trepadeira mata
Ipomoea repens Austin & Staples erva mata ciltar, mata seca
Ipomoea reticulata O'Donell trepadeira mata de galeria
Ipomoea squamisepala O'Donell subarbusto mata de galeria
Ipomoea serpens Meissn. -
Ipomoea tubata Nees trepadeira mata
Ipomoea villosa Meissn. <
Jacquemontia agrestis (Mart. ex Choisy) Meissn. | trepadeira cerradão
Jacquemontia cephalantha (Dammer) H. Hallier | erva campo
Jacquemontia densiflora (Meissn.) Hallier f. trepadeira cerrado
Jacquemontia fusca (Meissn.) Halher f. erva campo, cerrado
Jacquemontia guyanensis (Aubl) Meissn. trepadeira mata
Jacquemontia montana (Monic.) Meissn. subarbusto cerrado
Jacquemontia prostrata Choisy -
Jacquemontia rufa (Choisy) Cogn. trepadeira mata ciliar, mata seca
Jacquemontia sphaerostigma (Cav.) Rusby erva cerrado
Merremia aegyptia (L.) Urban. trepadeira cerrado
Flora vascular do Cerrado 371

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Merremia aturensis Halher f. trepadeira cerrado lato sensu
Merremia cissoides Halher f. (=1Ipomoea cissoides
Griseb.)
Merremia contorquens (Choisy) Hallher f. campo
Merremia digitata (Spreng.) Hallier f. var. digitata| trepadeira campo sujo, cerrado
Merremia digitata (Spreng.) Hallier f. var. elongata
Austin trepadeira cerrado
Merremia flagellaris (Choisy) O'Donnell erva campo, cerrado
Merremia macrocalyx (Ruiz & Pav) O'Donnell | trepadeira | cerrado
Merremia saopaulista O'Donnell trepadeira mata ciliar, mata seca
Merremia tomentosa (Choisy.) Hallier f. arbusto cerrado ralo
Odonellia eriocephala (Moric.) K. R. Robertson | - -
Operculina hamiltonii (G. Don.) Austin & Staples | trepadeira | mata de galeria
Turbina abutiloides (H. B. & K.) O'Donnell trepadeira mata

CUCURBITACEAE
Cayaponia tayuya (Vell) Cogn. trepadeira cerrado, mata de galeria
Cayaponia ternata (Vell) Cogn. trepadeira mata ciliar
Cayaponia weddelli Cogn. trepadeira | campo sujo
Gurania spinulosa (Poepp. & Endl.) Cogn. trepadeira mata de galeria
Lufja cylindrica M. Roem (=Lufja acgyptica Mill.) |trepadeira mata de galeria, área
antrópica
Melancium campestris Naud. trepadeira | |cerrado, campo rupestre,
brejo
Melothria fluminensis Gard. trepadeira mata de galeria
Melothrianthus smilacifolius (Cogn.) Mart. &
Crov. trepadeira mata de galeria
Perianthopodus espelina Silva Manso (=Cayaponia
espelina Cogn.) trepadeira cerrado
Psiguria ternata (M. Roem.) C. Jeffrey trepadeira mata de galeria
Szolmatra brasiliensis (Cogn.) Baill. trepadeira mata seca
Wilbrandia hibiscoides Manso trepadeira | mata de galeria, cerrado

CUNNONIACEAE
Lamanonia brasiliensis C. S. Zickel árvore mata de galeria
Lamanonia grandishpularis (Taub.) Taub. arbusto campo rupestre, mata
seca
372 Roberta Cunha de Mendonça et a/.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Hábito Fitofisionomia / habitat
Lamanonia ternata Nell. (=Belangera glabra
Camb., Belangera tomentosa Camb., Lamanonia
ulei (Engl.) L. B. Smith., Lamanonia speciosa árvote mata de galeria, mata
(Camb.) L. B. Smith) seca

Weinmania descolor Gard.

CUSCUTACEAE
Cuscuta glomerata Choisy erva cerrado, cerrado ralo,
cerradão
Cuscuta racemosa Mart. erva

CYPERACEAE
Ascolepis brasiliensis (Kunth.) Benth. &
C. B. Clark. erva brejo
Bulbostylis capillaris (L.) C. B. Clark erva cerrado, área antrópica
Bulbostylis comfera (Kunth.) C. B. Clark erva área antrópica
Bulbostylis emmerichiae 'T. Koyama erva

Bulbostylis junciformis C. B. Clark. ex S. Moore erva cerrado, campo


Bulbostylis junciformis C. B. Clark. ex S. Moore
var. conostachya (Bôeckel) Lindm. erva cerrado
Bulbostylis paradoxa (Spreng.) Lindm. erva campo, cerrado, cerradão
Bulbostylis scabra (Presl.) Lindm. erva cerrado, cerradão
Cabyptrocarya glomerulata (Brongn.) Urban erva mata de galeria
Carex pseudo-cyperus L. erva brejo
Cryptanguim uliginosum Schrad. erva campo rupestre
Cyperus cayannensis Link. (=Cyperus haspan L.) erva campo úmido
Cyperus densicaespitosus Mattf. & Kukenth erva área antrópica
Cyperus difjusus Vahl. erva brejo
Cyperus difjusus Vahl. ssp. chalarnathbus Kukenth erva brejo
Cyperus ferax Benth (=Cyperus subulatus R. Br.,
Cyperus haematodes Endl.) erva
Cyperus giganteus (Mich.) L. erva brejo
Cyperus incomtus Kunth. erva brejo
Cyperws laetusJ.& C. Presl. erva brejo
Cyperus prolixus H. B. & K. erva vereda
Flora vascular do Cerrado SS)

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Cyperus pumílio Steud. brejo
Cperus sesquiflorus (Torr.) Mattf. & Kukenth brejo
Eleocharis almensis D. A. Simpson brejo, cerrado
Eleocharis capillacea Kunth. brejo, cerrado
Eleocharis filiculmis Kunth. mata, brejo
Eleocharis jelskiana Bóeckel mata
Eleocharis nodulosa (Roth.) Schult. brejo
Elkeocharis retroflexa (Poir.) Urb.
Elkeocharis sellowiana Kunth. brejo
Fimbristylis autumnalis (L.) Roem. & Schult. campo úmido, vereda
Fimbristylis capillaris A. Gray brejo
Fimbristylis dichotoma (L.) Vahl. área antrópica
Fimbristylis littoralis Gaudich. (=Fimbristylis
miliacea (L..) Vahl) mata de galeria
Fiurena incompta Nees mata ciliar
Fiurena umbellata Rottb. brejo
Kullinga pumila Mich. brejo
Lagenocarpus albo-niger (St. Hil) C. B. Clarke
Lagenocarpus humilis (Nees) Kuntze
Lagenocarpus minarum O. Kuntze campo

Lagenocarpus rigidus (Kunth.) Nees campo

Lagenocarpus velutinus Nees


Lagenocarpus verticilatus (Spreng.) T. Koyama
& Maguire cerrado
Rhynchospora albiceps Kunth. campo limpo, campo
rupestre
Rhynchospora armerivides J. Presl. & K. Presl. brejo
Rhynchospora barbata (Vahl.) Kunth. campo úmido, cerrado
ralo
Rbynchospora castanea T. Koyama campo
Rhynchospora campanulata Kunth.
Rhynchospora consanguinea (Kunth.) Bôeckel mata de galeria, campo
limpo
Rhynchospora corfolia Mart. ex Benth. cerradão
Rbynchospora corymbosa (L.) Britton
(=Rhynchospora aurea Vahl) cerrado, campo limpo
374 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

Rhynchospora crassipes Bóeckel campo úmido


Rbynchospora diamantina (C. B. Clarke) Kukenth campo úmido
Rhynchospora elatior Kunth. campo úmido
Rhynchospora exaltata Kunth. mata seca, mata de
galeria, cerrado
Rbynchospora globosa (Kunth.) Roem. & Schult. campo úmido, campo
rupestre, cerrado
Rhynchospora graminea Vatt. campo
Rhynchospora hirta (Nees) Bôeckel campo úmido
Rbynchospora lapensis C. B. Clarke
Rhynchospora nardifolia Kunth. Boeckel. campo limpo
Rhynchospora nervosa (Vahl.) Boeckel ssp. nervosa campo, vereda
Rbynchospora pallida (Nees) Steud. campo
Rhynchospora patulgluma C. B. Clarke ex Lindm. cerrado
Rhynchospora pilosa (Kunth.) Bóeckel campo limpo
Rhynchospora podosperma Bôeckel campo
Rhynchospora recurvata (Nees) Steud. -
Rhynchospora rigida (Kunth.) Bóeckel campo limpo
Rhynchospora rostrata Lindm. mata
Rhynchospora rugosa (Vahl) Gale campo úmido, campo
limpo, campo rupestre
Rhynchospora setacea (Rottb.) Bóeckel campo úmido
Rhynchospora sentellata Gniseb. mata ciliar
Rhynchospora spectosa (Kunth.) Bôeckel campo limpo
Rhynchospora tenuis Link. cerrado, campo úmido
Rhynchospora terminalis (Nees) Steud. cerradão
Rhynchospora triflora M. A. Curt. mata
Rhynchospora velloziformis T. Koyama vereda
Rhynchospora velutina (Vahl)) Bôeckel brejo
Rhynchospora wmarmingii Boeckel -
Secleria arundinacea O. Kuntze mata de galeria
Soleria atroglumis D. A. Simpson cerrado, campo
Seleria bracteata Cav. cerrado denso
Seleria cerradicola T. Koyama cerrado
Seleria comosa (Nees) Steud. cerrado
Flora vascular do Cerrado 375

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Scleria hirtella Sw. vereda, campo úmido
Soleria lanfolia Sw. mata de galeria
Soleria leptostachya Kunth. brejo
Suleria mitis Berg. mata
Scleria panicoides Kunth. brejo
Scleria pterota Presl. mata
Seleria scabra Willd. campo
Scleria secans (L.) Urban mata

DICHAPETALACEAE
Tapura amazonica Poepp. & Endl. var. amazonica árvore mata de galeria

DILLENIACEAE
Curatella americana L. árvore cerrado, cerradão, área
antrópica
Davilla angustifolia St. Fl. arbusto mata ciliar
Davilla cearensis Huber arbusto cerrado ralo, cerrado
Davilla elhprica St. Hal. arbusto cerrado ralo, cerrado
Davilla grandhiflora St. Hil. & "Tul. arbusto campo rupestre, cerrado,
mata ciliar
Davilla nitida (Vahl)) Kubitzki trepadeira | mata de galeria
Davilla rugosa Porr. trepadeira cerrado, campo rupestre
Doliocarpus brevipedicellatus Garcke trepadeira mata
Doliocarpus dentatus (Aubl.) Standl. ssp. dentatus trepadeira mata de galeria, cerradão
Doliocarpus elegans Eachl. trepadeira mata de galeria
Doliocarpus glomeratus Fachl. trepadeira mata

DIOSCOREACEAE
Dioscorea adenocarpa Mart. ex Griseb. trepadeira mata
Dioscorea alata L. trepadeira mata seca
Dioscorea amaranthoides (Mart.) Presl. trepadeira mata de galeria, campo
limpo
Dioscorea anomala (Kunth.) Griseb. trepadeira -
Dioscorea argyrogyna Uline ex Kunth. trepadeira cerrado
Dioscorea bulbifera L. trepadeira cerrado perturbado
376 Roberta Cunha de Mendonça ef aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

Dioscorea campestris Gniseb. trepadeira mata ciliar, mata


Drioscorea cinnamomifolia Hook. trepadeira cerrado, mata, cerradão
Dioscorea claussentt Uline trepadeira cerrado, mata
Dbioscorea debilis Uline ex R. Knuth. trepadeira | mata de galeria, mata
ciliar
Dioscorea dodecaneura Vell. trepadeira mata ciliar, mata de
galeria
Dioscorea glandulosa Klotz. ex R. Knuth.
(=Dioscorea piperifolha Humb. & Bonpl. ex
Willd. var. glandulosa) trepadeira cerrado, mata
Dyoscorea grandiflora Mart. ex Gniseb. trepadeira mata de galeria
Deoscorea hassleriana Chodat trepadeira mata ciliar
Dioscorea hastata Vell. trepadeira | cerrado
Dioscorea laxiflora Uline ex Griseb. trepadeira área antrópica, campo
rupestre
Dioscorea lindmantt Uline ex R. Knuth. trepadeira -
Dioscorea maianthemoides Uline ex R. Knuth. trepadeira campo rupestre, cerrado,
mata de galeria
Dioscorea marginata Gniseb. trepadeira mata de galeria, área
antrópica
Dioscorea microbotrya Griseb. trepadeira mata de galeria inundável
Dioscorea monandra Hauman trepadeira campo, cerrado, mata
Dioscorea multiflora Mart. ex Griseb. trepadeira mata de galeria
Dioscorea orthogeneura Uline ex Hochreutiner trepadeira | cerradão
Dioscorea ovata Vell. trepadeira mata de galeria, cerrado
Dioscorea pipenfolia Humb. & Bonpl. ex Willd. trepadeira mata de galeria
Dioscorea poblit Griseb. trepadeira área antrópica
Dioscorea platystemon Hauman trepadeira cerrado, mata
Dioscorea scabra Humb. & Bonpl. ex Willd. trepadeira mata de galeria, cerrado
Drioscorea sincorensts R. Knuth. trepadeira cerrado, mata de galeria
Dioscorea sinuata Vell. var. bonartensis (Ten.)
Hauman trepadeira mata, cerrado
Dioscorea sinuata Vell. var. sinuata trepadeira mata, cerrado
Dioscorea stenophylla Uline trepadeira campo limpo, brejo,
cerrado
Flora vascular do Cerrado SUA

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Dioscorea ternata Griseb. trepadeira área antrópica
Dioscorea trachyandra Griseb. trepadeira cerrado
Dioscórea trifoliata H. B. & K. trepadeira mata de galeria
Dioscorea trisecta Griseb. trepadeira cerrado
Hyperocarpa filiformis (Griseb.) Barroso,
Guimarães & Sucre trepadeira campo úmido

DROSERACEAE
Drosera chrysolepis Taub.
Drosera communis A. St. Hil. brejo
Drosera graomogolensis T. Silva campo rupestre, campo
Drosera montana A. St. Hil. var. hirtella (St. Hil.)
Diels. campo úmido, brejo
Drosera montana A. St. Hil. var. tomentosa
(St. Hil.) Diels. brejo, campo úmido
Drosera sessilifolia A. St. Hil. campo úmido, brejo

EBENACEAE
Diospyros brasiliensis Mart. ex Mig. árvore cerrado (ato sensu
Drospyros burchellii DC. árvore cerrado
Diospyros coccolobifolia Mart. árvore cerrado
Diospyrus guianensis (Aubl) Gurke átvore brejo
Diospyros hispida A. DC. var. camporum Warm. arvore cerrado, campo sujo
Diospyros hispida A. DC. var. hispida árvore mata de galeria, cerrado,
cerradão, campo sujo
Diospyrus inconstans (Jacq.) Griseb.
(=Maba inconstans Gnseb.) árvore cerrado, mata
Diospyros sericea A. DC. árvore mata de galeria, cerrado,
cerradão
Diospyrus praetemissa Sandw. árvore mata de galeria

ELAEOCARPACEAE
Muntigia calabura 1.
Shanea eichleri K. Schum. árvore mata de galeria
Shanea monosperma Nell. árvore mata de galeria
378 Roberta Cunha de Mendonça es aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

Shanea robusta Uittien árvore mata de galeria


Shanea sericea DC. árvore mata de galeria
Sloanea guianensis (Aubl.) Benth. árvore mata de galeria
Shanea sinemariensis Aubl. árvore mata de galeria

ERICACEAE
Agarista angustissima Taub. arbusto cerrado
Agarista chapadensis (Kinoshita-Gouvêa) Judd. árvore cerrado, campo rupestre
Agarista chlorantha (Cham.) G. Don. subarbusto campo úmido, mata de
galeria
Agarista coritfolia (Thunb.) Hook. ex Nied var.
bradei (Sleumer) Judd. arbusto cerrado, campo
Agarista encalyptoides (Cham. & Schlecht.)
G. Don árvore cerrado, mata ciliar
Agarista glaberrima (Sleumer) Judd. árvore cerrado
Agarista olesfola (Cham.) G. Don árvore mata de galeria, mata
ciliar
Agarista poblit G. Don árvore mata ciliar
Agarista virgata Judd. arbusto
Gaylussacia brasiliensis (Spreng.) Meissn. árvore mata de galeria, brejo
Gaylussacia brasiliensis (Spreng.) Meissn. var.
pubescens (Cham. & Schlecht.) Meissn. arbusto mata de galeria
Gaylussacia centunculifolia Sleumer
Gaylussacia cilosa Meissn.
Gaylussacia cinerea Taub.
Gaylussacia decipiens Cham.
Gaylussacia gardneri Meissn.
Gaylussacia montana (Pohl) Sleumer
Gaylussacia oleifolia Dunal
Gaylussacia pallida Cham.
Gaylussacia pinifolia Cham. & Schlecht.
Gaylussacia pseudociliosa Sleumer
Gaylussacia psendogaulteria Cham. & Schlecht. arbusto cerrado, mata
Gaylussacia reticulata Mart. ex Meissn. var.
reticulata
Flora vascular do Cerrado 379

Continuação Anexo 2. |,
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Gaylussacia riedelii Meissn.
Gaylussacia salicifolia Cham. & Schlecht.
Gaylussacia vitis-idaea Mart. ex Meissn.
Gaylussacia virgata Mart. ex Meissn. var. virgata
Leucothoe angustissima (Taub.) Sleumer
Leucothoe chapadense Kinoshita-Gouvêa átvore cerrado
Leucothoe chlorantha (Cham.) DC. subarbusto | brejo, mata de galeria
Lencothoe duartei Sleumer
Lencothoe encalyptoides (Cham. & Schlecht.) DC.
var. eucalyptoides
Lencothoe excalyptoides (Cham. & Schlecht.) DC.
var. g/aberrima Sleum.
Lencothoe hispidula (DC.) Meissn.
Lencothoe oleifolia (Cham.) DC. var. hispidula
(Meissn.) Sleumer
Leucothoe oleifolia (Cham.) DC. var. olesfolia
Leucothoe pobhi (CG. Don) Sleumer arvore cerrado
Leucothoe serrulata DC. árvore cerrado
Leucothoe sleumerii Kinoshita-Gouvêa arbusto mata de galeria
Lencothoe subrotunda (Pohl) DC. var. subrotunda

ERIOCAULACEAE
Blastocanlon scirpeum (Mart.) Giultetti
Eriocanlon aquatile Koern. mata ciliar
Eriocaulon cipoense Silv.
Eriocanlon crassiscapum Bong.
Eniocaulon dictyophyllum Koern. mata, campo
Eniocanlon elichrysoides Kunth. brejo
Eniocanlon melanocephalum Kwnth.
Eniocanlon melanolepis Silv.
Enocaulon modestum Kunth.
Eriocanlon sellowianum Kunth. campo úmido
Eriocanlon spruceanum Koern. brejo
Leiothrix arrecta Ruhl.
Leiothrix: cipoensis Giulietti
380 Roberta Cunha de Mendonça ez aí

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat

Leiothrix crassifolia (Bong.) Ruhl.


Leiothrix curvifolia (Bong.) Ruhl.
Lezothrix flagelaris (Guill) Ruhl.
Leiothrix flavescens (Bong.) Ruhl. brejo
Leiothrix flexnosa (Bong.) Ruhl. brejo, cerrado
Leiothrix fluitans (Mart.) Ruhl.
Lesothrix linearis Silv.
Leiothrix longipes Silv. mata ciliar
Leiothrix plantago (Mart.) Giultetti
Leiothrix propincua (Koern.) Ruhl.
Lesothrix selerophylla Silv.
Lesothrix sinuosa Grulietti
Leiothrix spiralis (Bong.) Ruhl.
Leiothbrix subulata Silv.
Leiotbrix vivipara (Bong.) Ruhl. mata ciliar
Paepalanthus acanthopbyllus Ruhl. campo úmido, campo

Paepalanthus aculeatus Silv. erva


Paepalanthus amoens (Bong.) Koern. erva
Paepalanthus applanatus Ruhl. erva
Paepalanthus argenteus (Bong.) Koern. erva
Paepalanthus ater Silv. erva
Paepalanthus augustus Silv. erva
Paepalanthus barbiger Silv. erva
Paepalanthus barbulatus Herzog. erva cerrado
Paspalanthus bifidus (Schrad.) Kunth. erva
Paepalanthus bromelioides Silv. erva
Paepalanthus canescens Koern. erva campo úmido
Paepalanthus capilatus Silv. erva
Paepalanthus castaneus Silv. erva
Paepalanthus chlorocephalus Silv. erva
Paepalanthus claussenianus Koern. arbusto cerrado, vereda
Paepalanthus cordatus Ruhl. erva mata de galeria
Paepalanthus dasinema Ruhl. erva
Paepalanthus denudatus Mart. erva
Flora vascular do Cerrado 381

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Paepalanthus dichromolepis Silv.
Paepalanthus difjusus Silv.
Paepalanthus aculeatus Silv.
Paepalanthus elongatus Mart. ex Mold. campo úmido, cerrado,
campo limpo
Paepalanthus elongatus Mart. ex Mold. var. niger
Mold. campo
Paepalanthus elongatus Mart. ex Mold. var.
glabrescens Mold. campo úmido
Paepalanthus extremensis Alv. Silv. cerrado
Paepalanthus flacidus (Bong) Kunth. campo úmido, cerrado,
campo limpo

Paepalanthus glasiovii Ruhl. brejo


Paepalanthus bilairei Koern. cerrado, campo limpo,
brejo
Paepalanthus phacocephalus (Bong.) Kunth. erva campo úmido
Paepalanthus ramosus (Wikstr.) Kunth. subarbusto mata de galeria, campo
sujo
Paepalanthus scandens Ruhl. campo limpo, brejo, mata
de galeria, cerrado
Paepalanthus speciosus (Bong.) Koern. subarbusto | cerrado, campo rupestre,
brejo
Paepalanthus speciosus (Bong.) Koern. var.
attenuatus Mold. cerrado
Paepalanthus speciosus (Bong.) Koern. var. g/aber
Ruhl. campo, cerrado
Paepalanthus speciosus (Bong.) Koern. var.
goyazensis Mold. subarbusto | cerrado, campo rupestre
Paepalanthus sphaerocephalus Ruhl. erva campo úmido
Paepalanthus subulatus Klotz. erva brejo
Paepalanthus urbanianus Ruhl. erva campo limpo
Paepalanthus vaginatus Koern. erva brejo
Syngonanthus anthemidiflorus (Bong.) Ruhl. var.
anthemidiflorus campo rupestre
382 Roberta Cunha de Mendonça et a/.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

Syngonanthus anthemidiflorus (Bong.) Ruhl. var.


similis (Ruhl.) L. R. Parra erva campo rupestre

Syngonanthus arenarius (Gard.) Ruhl. var.


heteropbylla (Koern.) Ruhl. erva campo rupestre
Syngonanthus appressus (Koern.) Ruhl. erva mata de galeria
Syngonanthus bisulcatus (Koern.) Ruhl. erva campo rupestre
Syngonanthus caulescens (Poir.) Ruhl. erva mata de galeria, vereda
Syngonanthus caulescens (Poir.) Ruhl. var.
procurens (Klotz.) Mold. erva brejo
Syngonanthus centauroides (Bong.) Ruhl. erva campo rupestre
Syngonanthus cipoensis Ruhl. erva campo rupestre
Syngonanthus circinnatus (Bong.) Ruhl. erva campo rupestre
Syngonanthus crysolepis Silveira erva campo rupestre
Syngonanthus densiflorus (Koern.) Ruhl. erva brejo
Syngonanthus densifolius Silveira var. densifolins erva campo rupestre
Syngonanthus densus (Koern.) Ruhl. erva campo limpo, campo
rupestre
Syngonanthus elegans (Bong.) Ruhl. var. elegans erva campo rupestre
Syngonanthus elegans (Bong.) Ruhl. var. elenata
Ruhl. . erva campo rupestre
Syngonanthus fishcheranus (Bong.) Ruhl. erva brejo
Syngonanthus fuscescens Ruhl. erva campo rupestre
Syngonanthus glandulosus Gleason erva brejo
Syngonanthus gracilis (Bong.) Ruhl. erva campo limpo, campo
úmido
Syngonanthus gracilis (Bong.) Ruhl. var. aureus
Ruhl. erva brejo
Syngonanthus gracilis (Bong.) Ruhl. var. hirtelus
(Steud.) Ruhl. erva brejo
Syngonanthus helminthorrhizus (Mart.) Ruhl. erva brejo
Syngonanthus belminthorrhizus (Mart.) Ruhl. var.
glandulosa Mold. erva brejo
Syngonanthus hygrotrichus Ruhl. erva campo rupestre
Syngonanthus longipes Gleason erva brejo
Syngonanthus macrolepis Silveira erva campo rupestre
Flora vascular do Cerrado 383

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Syngonanthus nitidus (Bong.) Ruhl. campo rupestre
Syngonanthus mtens (Bong.) Ruhl. brejo, cerrado, campo
sujo
Syngonanthus nitens (Bong.) Ruhl. var. hirtellus
(Steud.) Ruhl. brejo
Syngonanthus pauper Ruhl. campo rupestre
Syngonanthus pulcher Ruhl. mata de galeria
Syngonanthus reclinatus (Korn) Ruhl. cerrado
Syngonanthus umbellatus (Lam.) Ruhl. brejo
Syngonanthus vernonioides (Kunth.) Ruhl. var.
vernonioides campo rupestre

Syngonanthus vernonioides (Kunth.) Ruhl. var.


melanolepis Silveira campo rupestre

Syngonanthus verticillatus (Bong.) Ruhl. campo rupestre


Syngonanthus xeranthemoides (Bong.) Ruhl. brejo, campo sujo

ERYTHROXYLACEAE
Erythroxylum ambiguum St. Hil. árvore mata de galeria
Erythroxylum amplfolkium Enitsh. & Mey. ex
E. Schulz. árvore mata de galeria
Erythroxylum betulaceum Mart. erva cerrado
Erythroxylum bicolor O. E. Schulz. arbusto mata ciliar, mata seca
Erythroxylum campestre St. Hil. subarbusto | cerrado, campo limpo,
campo sujo
Erythroxylum citrifohum A. St. Hil. arbusto cerrado (ato sensu
Erythroxylum cuneifolium (Mart.) Schult. arbusto mata de galeria
Erythroxylum daphnites Mart. árvore cerrado, mata de galeria,
cerradão, campo sujo
Erythroxylum deciduum St. Hil. subarbusto | cerrado, mata de galeria
Erythroxylum enghri O. E. Schulz. arbusto mata de galeria, cerrado
Erythrosylum flexuosum Schulz. arbusto cerrado /ato sensu
Erythroxylum gonocladum (Maxt.) Schulz. arbusto mata seca, mata ciliar
Erythroxylum loefgrenii C. Diogo subarbusto cerrado
Erythroxylum nummularia Peyer. cerrado
Erythrosxylum orinocense H. B. & K. arbusto cerrado (ato sensu
384 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat

Erythroxylum paradoxum O. E. Schulz. cerrado


Erythroxylum pelleterianum St. Hil. arbusto mata seca
Erythroxylum squamatum Sw. árvore mata de galeria
Erythroxylum suberosum St. Hil. arbusto cerrado, brejo, campo
sujo, campo rupestre
Erythroxylum subracemosum Turcz. árvore campo rupestre
Erythroxylum subrotundum A. St. Hil. arbusto mata de galeria
Erythroxylum strobilaceum Peyr. arbusto cerrado (ato sensu
Erythroxylum tortuosum Mart. árvore cerrado, campo sujo
Erythroxylum vaccinifolium Mart. arbusto brejo, mata de galeria,
mata ciliar, mata seca

EUPHORBIACEAE
Acahypha claussenit (Turcq.) M. Arg. erva campo

Acalypha communis M. Arg. arbusto mata de galeria


Acalypha communis M. Arg. var. tomentosa
M. Arg. subarbusto mata

Acalypha diversifoha Jacg. arbusto mata

Actinostemon communis Pax árvore mata de galeria


Actinostemon conceptionis (Chodat & Hassler)
Pax arbusto mata
Alchornea cordata (Juss) M. Arg. árvore mata de galeria
Alhornea discolor Endl. & Poepp. árvore mata de galeria
Alchornea glandulosa Poepp. & Endl. árvore mata de galeria
Alchornea irucurana Casar. árvore mata de galeria
Alchornea schonburgkii Klotz árvore mata de galeria
Alchornea sidifolia M. Arg. árvore cerrado (ato sensu
Alchornea triplinervia (Spreng.) M. Arg. árvore mata de galeria, mata
ciliar
Bernardia crassifolha M. Arg.
Flora vascular do Cerrado
385

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat

Bernardia hirsutissima (Baill.) M. Arg. subarbusto campo limpo, campo


sujo
Bernardia similis Pax & Hoff. subarbusto cerrado, campo sujo
Caperonia castaneifoha (L.) St. Hil. erva área antrópica
Chaetocarpus echinocarpus (Baill)) Ducke arbusto cerrado (ato sensu
Chamaesyce coecorum (Mart. ex Boiss.) Croizat. erva cerrado ralo, campo
limpo, campo sujo
Chamaesyce hirta (L.) Millsp. campo
Chamaesyce potenttilloides Boiss. cerrado
Chamaesyce sessihfoha Klotzsch ex Boss. campo limpo, campo
sujo
Chamaesyce thymifolia (L.) Millsp. erva campo
Chamaesyce viscoides (Boiss.) Simmons erva cerrado
Cnidosculus irhfolius Pohl subarbusto mata seca
Cnidosculus urens (L.) Arthur arbusto mata de galeria
Cnidoscolus vinifolius (Miller) Pohl subarbusto mata de galeria, cerrado
Codiaeum variegatum Blume
Croton abaitensis Baill. erva cerrado, cerradão
Croton adenodontus (M. Arg) M. Arg. subarbusto cerrado, campo limpo
Croton agoensis Baill. erva cerrado
Croton agrarius Baill. subarbusto cerrado
Croton antisyphiliticus Mart. subarbusto cerrado, campo limpo,
campo sujo
Croton campestris St. Hil. arbusto campo sujo, cerrado,
mata ciliar, cerrado ralo
Croton campestris St. Hil. var. angustifolius M. Arg. arbusto campo sujo
Croton carinatus M. Arg. erva cerrado
Croton celtidifolins Baull. árvore mata de galeria
Croton chaetocalyx M. Arg. erva campo sujo, cerrado ralo
Croton comosus M. Atg.
386 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

Croton conduplicatus H. B. & K. subarbusto mata


Croton desertorum M. Arg. subarbusto cerrado
Croton didrichsenti Webster subarbusto cerrado ralo
Croton eriocladoides M. Arg. erva cerrado ralo
Croton floribundus Spreng. árvore mata de galeria
Croton glandulosus L. subarbusto cerrado
Croton ghyptospermus M. Arg. subarbusto mata de galeria
Croton goyazensis M. Arg. subarbusto cerrado
Croton gracilescens M. Arg. subarbusto cerrado
Croton gracihpes H. B. & K. arbusto mata

Croton grandivelum Baill. erva campo


Croton borridulus (Baill) M. Arg. arbusto cerrado
Croton intercedens M. Arg. ex Char. erva cerrado,campo
Croton julopsidium Baill. arbusto mata ciliar
Croton lagoensis M. Arg. arbusto mata ciliar
Croton limandroides (Didr.) M. Arg. arbusto mata ciliar
Croton lobatus L. subarbusto mata de galeria
Croton luetxelburgis Pax & K. Hoffm. arbusto cerrado, campo rupestre
Croton lundianus M. Arg. subarbusto
Croton megalocalyx M. Arg. erva campo
Croton mucronifolius M. Arg. subarbusto cerrado
Croton parafjinis M. Arg. ex Char. subarbusto cerrado
Croton paulinus (Didr.) M. Arg. arbusto mata de galeria
Croton pedicellatus M. Arg. erva cerrado
Croton poblianus M. Arg. arbusto cerrado
Croton radlkoferi Pax & K. Hoffm. subarbusto cerrado, campo rupestre
Croton salutaris Casar cerrado (ato sensu
Croton sanguinalis M. Arg. árvore mata ciliar
Croton schultesii M. Arg. arbusto cerrado
Croton sclerocalyx (Didr.) M. Arg. erva cerrado, mata
Flora vascular do Cerrado
387

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Croton siderophyllus Baill. cerrado
Croton subacutus M. Arg.
Croton timandroides M. Arg. subarbusto mata, campo úmido
Croton urucurana Baill. árvore mata de galeria, mata
ciliar
Croton zebntneri Pax ex Hoffm. cerrado
Dalechampia caperonivides Baill. campo sujo
Dalechampia caperonioides Baill. var. obovata
M. Arg. cerrado
Dalechampia caperonioides Baill. var. rhomboidalis
M. Arg. erva campo
Dalechampia bumilis M. Arg. erva cerrado, campo limpo
Dalkechampia linearis Baull. erva cerrado, campo
Discocarpus essequeboensis Klotzsch árvore mata ciliar
Euphorbia comosa Vell. erva cerrado
Euphorbia erythrorrhiza Boiss. árvore brejo
Euphorbia polyarpa Benth. erva campo
Eunphorbia sanguinea Hochst. & Steud. ex Boss.
Euphorbia selloi (Klotz. & Garck.) Boiss.
Euphorbia sessilifolia Klotz. ex Boss. erva campo sujo
Hyeronima alchorneoides Fr. Allem. árvore mata de galeria inundável
Hyeronima ferrnginea Tul. árvore mata de galeria
Jatropha curcas L. arbusto mata seca
Jatropha elhptica (Pohl) M. Arg. erva cerrado
Jatropha gossypifolia L. arbusto cerrado
Jatropha phyllacantha M. Arg,
Julocroton humilis Didr. subarbusto campo
Julocroton triqueter (Lam.) Didr. arbusto cerrado
Julocroton vilosissimus Chodat & Hassler
Mabea fistulifera Benth. árvore cerrado
Mabea piriri Aubl. átvore cerrado, mata
Mabea pobliana (Benth) M. Arg. arbusto mata de galeria, cerrado
Manibot alutacea Rogers & Appan arbusto cerrado, campo
388 Roberta Cunha de Mendonça ez a/.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

Manihot anomala Pohl arbusto mata


Manihot attenuata M. Arg. subarbusto cerrado
Manihot babzensis Ule cerrado
Manihot caerulescens Pohl arbusto campo sujo, cerrado
Manihot crotalariaeformis Pohl
Manibhot esculenta Crantz. ssp. flabellifoha (Pohl) arbusto mata, cerradão, área
Ciferni antrópica
Manibhot fruticulosa (Pax) Rogers & Appan subarbusto cerrado, campo
Manihot gabrielensis Allem subarbusto cerrado, campo
Manihot gracilis Pohl subarbusto cerrado, campo úmido
Manihot heptaplylla Ule cerrado
Manihot bilariana Baill. cerrado, campo sujo,
campo rupestre
Manihot invinii Rogers & Appan arbusto cerrado ralo, campo sujo,
campo rupestre
Manihot jacobinensis M. Arg. arbusto campo rupestre, cerrado
Manihot longepetiolata Pohl subarbusto cerrado, campo rupestre
Manihot mossamedensis Taubert arbusto cerrado, mata
Manibot nana M. Arg. erva cerrado ralo
Manihot nogueirae Allem erva cerrado, campo sujo
Manihot oligantha Pax & Hoff. subarbusto cerrado ralo, campo
Manihot orbicularis Pohl arbusto cerrado
Manihot paviaefolia Pohl subarbusto cerrado, campo sujo,
campo rupestre
Manibot peltata Pohl subarbusto cerrado, campo sujo
Manibot pentaphylla Pohl subarbusto cerrado, campo sujo,
campo rupestre
Manibot pentaphylla Pohl ssp. tenuifolia (Pohl)
Rogers & Appan subarbusto cerrado
Manihot pilosa Pohl arbusto mata
Manihot procumbens M. Arg. erva campo
Manihot pruinosa Pohl subarbusto campo sujo, cerrado,
vereda
Manibhot pseudopruinosa Pax & Hoff. subarbusto campo rupestre, cerrado,
campo sujo
Flora vascular do Cerrado 389

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Manihot purpureo-costata Pohl subarbusto cerrado
Manihot quinqueloba Pohl subarbusto campo sujo, campo
rupestre, cerrado
Manihot sagittato-partita Pohl subarbusto cerrado
Manibot salicifolia Pohl subarbusto cerrado, campo rupestre
Manihot sparsifolia Pohl subarbusto cerrado, campo
Manihot stipularis Pax erva cerrado rupestre
Manithot stricta Baiíll. subarbusto cerrado
Manihot tenerrima Pohl subarbusto cerrado
Manihot tomentosa Pohl arbusto cerrado
Manibot tripartita (Spr.) M. Arg. arbusto cerrado
Manibot triphylla Pohl subarbusto cerrado, campo
Manibot violacea Pohl var. cecropufolia (Pohl) arbusto cerrado, campo sujo,
M. Arg. cerrado perturbado
Manibot violacea Pohl var. divergens (Pohl)
M. Arg. arbusto cerrado, campo
Manihot violacea Pohl var. volacea arbusto cerrado, campo úmido
Maprounea guianensis (Aubl) M. Arg. arbusto mata de galeria, cerradão,
(=Maprounea brasiliensis St. Hhl.) cerrado
Margaritaria nobilis L. £. árvore mata de galeria
Pera bicolor Klotz. M. Arg. arbusto cerrado (ato sensu
Pera ferruginea (Schott.) M. Arg. arbusto cerrado (ato sensu
Pera glabrata (Schott.) Baill. atbusto mata de galeria, cerrado
Pera obovata Baill. árvore mata de galeria
Phyllanthus acuminatus Vahl. arbusto mata seca decídua
Phyllanthus angustissimus M. Arg.
Phyllanthus arenicola Casar arbusto mata ciliar
Phyllanthus carolintensis Walt. erva cerrado
Phylianthus choretroides M. Arg. arbusto mata de galeria
Phyllanthus dawsonit Steyerm. erva campo limpo
Phyllanthus flagelhformis M. Arg. cerrado
Phyllanthus hyssopifolins M. Arg. erva campo úmido
Pyllanthus klotschianus M. Arg. arbusto cerrado
Phyllanthus minutulus M. Arg. erva cerrado ralo
Phyllanthus niruriPhumb. erva campo, cerrado
390 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

Phyllanthus orbiculatus L. C. Rich. subarbusto cerrado, cerradão


Phyllanthus perpusillus Baill.
Phyllanthus rosellus M. Arg. erva vereda
Phyllanthus websterianus Steyerm. arbusto mata
Piranhea securinega Radecl. & Ratter árvore mata seca
Richeria australis M. Arg. árvore mata de galeria
Richeria gardneriana Baill. ex M. Arg. árvore mata de galeria
Richeria grandis Vahl. árvore brejo, mata de galeria
inundável, cerrado
Richeria grandis Vahl. var. obovata M. Arg. árvore campo, mata de galeria
Sapium biglandulosum M. Arg. arbusto cerrado (lato sensu
Sapium claussenianum (M. Arg) Huber árvore mata de galeria
Sapium glandulatum (Nell) Pax arbusto cerrado, mata de galeria,
campo limpo
Sapium baematospermum M. Arg. árvore cerrado
Sapium klotzchianum Huber arbusto mata de galeria
Sapium marginatum M. Atg. subarbusto campo
Sapium marginatum M. Arg. var. lanceolatum
M. Arg. arbusto campo rupestre
Sapium marginatum M. Arg. var. stenophyllum
M. Arg. subarbusto | campo
Sapium obovatum Klotz. ex M. Arg. árvore campo, mata de galeria,
cerrado
Sapium petiolare (M. Arg.) Huber árvore mata de galeria
Sapium sellowianum (M. Arg.) Klotzzsch. cerrado
Savia dictyocarpa M. Arg. arbusto cerrado (ato sensu
Sebastiania anisodonta M. Arg. erva cerrado
Sebastiania bidentata (Mart.) Pax subarbusto cerrado ralo
Sebastiania brasiliensis Spreng. arbusto mata seca semidecídua
Sebastiania brasiliensis Spreng. var. microphylla
(M. Arg.) M. Arg. subarbusto | campo sujo
Sebastianta brasiliensis Spreng. var. robusta
(M. Arg) M. Arg. arbusto campo sujo
Sebastiania corniculata (Vahl) M. Arg. subarbusto cerrado
Sebastiania ditassoides (Didr.) M. Arg. var.
ditassoides cerrado, campo
Flora vascular do Cerrado a]

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Sebastiania ditassoides (Didr.) M. Arg. var.
glabrata (M. Arg.) M. Arg. cerrado, campo
Sebastiania ditassoides (Didr.) M. Arg. var.
ledifolia (M. Arg.) M. Arg. erva campo

Sebastiania edwalhana Pax & Hoffm. árvore mata de galeria


Sebastiania glandulosa (Maxt.) Pax
Sebastiania hispida (Mart.) Pax arbusto mata de galeria, cerrado,
campo rupestre
Sebastiania membranifolia M. Arg. árvore mata ciliar
Sebastiania myrtilloides (Mart.) Pax subarbusto cerrado
Sebastiana revoluta Ule subarbusto campo sujo
Sebastiania sahcifoha (Mart.) Pax arbusto cerrado
Sebastiania serrulata M. Arg. arbusto cerrado

FLACOURTIACEAE
Banara guianensis Aubl. arbusto mata de galeria, mata
seca
Casearia altiplanensis Sleumer arbusto campo rupestre, cerrado
Casearia arborea (L. C. Rich.) Urban arbusto cerrado
Casearia commersoniana Camb. arbusto cerrado, mata
Casearia decandra Jacg. árvore mata de galeria
Casearia gossiprsperma Brig. arbusto cerrado ralo, cerrado
Casearia grandiflora Camb. árvore cerrado ralo, cerrado
Casearia guianensis (Aubl.) Urban árvore cerrado ralo, cerrado
Casearia lastophylla Eschl. árvore mata de galeria
Casearia mestrensts Sleumer árvore cerrado
Casearia obliqua Spreng. árvore mata de galeria
Casearia rupestris Eschl. árvore mata seca semidecídua,
cerradão
Casearia sylvestris Sw. var. lingua (Camb.) Eschl. arbusto cerrado
Casearia sylvestris Sw. var. sylvestris arbusto mata de galeria, cerrado
Laetia procera (Poepp.) Eichl. arbusto cerrado
Lindackeria lanfolia Benth. arbusto cerrado
Byania mansoana Eschl. arbusto cerrado
Xylosma benthami Griseb. árvore mata de galeria
592 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

Xylosma cilianfolium Eachl. árvore mata de galeria


Xylosma myrianthum (Cham.) Spreng. subarbusto mata
Xylosma pratense (Bur. & K. Schum ex K.
Schum.) Sprague. trepadeira mata de galeria, mata
seca
Xylosma pseudosalzmannit Sleumer arbusto mata

GENTIANACEAE
Calolistanthus acutangulus (Mart.) Gilg. subarbusto cerrado, campo
Chelonanthus alatus Gilg. subarbusto mata, brejo
Curtia difjusa (Mart) Cham.
Curtia pactula (Maxt.) Knobl. campo úmido
Curhia tenwfolia (Aubl.) Knobl. ssp. Zenella
(Mart.) Grothe & Maas cerrado
Curtia tenwfolia (Aubl) Knobl. ssp. zenufolia campo úmido, campo
rupestre
Curtia verticillaris (Spreng.) Knobl. erva brejo, campo rupestre
Deianira chiquitana Herzog subarbusto cerrado ralo, mata de
galeria, campo
Deianira cordifolia (Lhotzky ex. Prog.) Malme campo, cerrado
Deianira cyathifoha Barb. Rodr. cerrado
Deianira ernbescens Cham. & Schlecht. campo, cerrado, mata de
galeria
Desanira nervosa Cham. & Schlecht. erva campo limpo, cerrado
Deianira pallescens Cham. & Schlecht. erva cerrado, campo
Inlbachia alata (Aubl) Maas subarbusto brejo
Inlbachia alata (Aubl) Maas ssp. zzatogossensis
Person & Maas subarbusto brejo
Inlbachia caerulescens (Aubl.) Griseb. erva campo, vereda, campo
rupestre
Inlbachia elegans Mart. campo úmido
Irlbachia oblongifolia (Mart) Maas brejo, cerrado
Inlbachia pedunculata (Cham. & Schlecht.) Maas
Inlbachia purpurascens (Aubl) Maas brejo, cerrado, campo
rupestre
Flora vascular do Cerrado
395

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Irlbachia speciosa (Cham. & Schl.) Maas
(=Calolisianthus speciosus (C. & S.) Gilg) subarbusto | cerrado
Inlbachia suborbiculata Lourt. erva campo
Lostanthins sp. erva brejo
Macrocarpaea obtusifolia (Griseb.) Gilg. erva mata ciliar
Schultesia angushifoha Griseb.
Schultesta brachyptera Cham. brejo
Schultesia crenuliflora Mart. campo rupestre, cerrado
Schultesia gracilis Mart. campo úmido
Schulhesia guianensis (Aubl.) Malme campo úmido
Senaea caerulea Taub.
Zygostigma sp. brejo

GESNERIACEAE
Achimenes ichthyostoma (Gard.) Hanst. erva campo rupestre

Gloxinia hirsuta Lindl. erva campo, cerrado


Gloxinia ichthyostoma Gard. subarbusto cerrado
Nematanthus dichrus (Spreng.) Wiehler
Nematanthus lanceolatus (Poir.) Chautems mata ciliar
Nematanthus sericeus (Hanst.) Chautems mata seca
Nematanthus strigillosus (Mart.) H. E. Moore
Paliavana lasiantha Wiehler
Rechsteneria spicata Kunth. ex Hanst. erva campo

Rechsteineria stricta (Hook. & Arn.) O. Kuntze trepadeira cerrado


Sinningia allagophylla (Mart.) Wiehler erva cerrado
Sinningia elatior (Kunth.) Chautems subarbusto cerrado, vereda
Sinningia incarnata (Aubl.) D. L. Denham subarbusto | mata
Sinningia magnifica (Otto & Dietr.) Wiehler

GRAMINEAE (POACEAE)
Acroceras fluminensis (Hack.) Zuloaga &
Morrone erva cerrado
Avroceras sixanioides (H. B. & K.) Dandy erva cerrado, mata de galeria
Actinocladum verticillatum (Nees) McClure &
Soderstrom subarbusto | cerradão, mata de galeria
394 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Agenium goyasense (Hlackel) Clayton cerrado
Agenium leptocladum (Hackel) Clayton campo úmido
Agenium villosum (Nees) Pilger cerrado
Andropogon angustatus (). S. Presl) Steud. cerrado
Andropogon bicornis L. brejo,cerrado
“Andropogon carinatus Nees cerrado
“Andropogon crispifolius Guala & Filgueiras campo
“Andropogon fastigiatus Sw. (= Diectiomis fastigiata
H.B. &K.) cerrado, campo
Andropogon hypogynus Hack. brejo
Andropogon lateralis Nees campo limpo, brejo
Andropogon lencostachyus (Hack.) Hack. cerrado, campo úmido
Andropogon macrothrix Tem. cerrado
“Andropogon poblianus Hack. cerrado
Andropogon sanlorenszanus Killeen campo rupestre
“Andropogon selloanus (Hack.) Hack. vereda
“Andropogon sincoranus Renvoize vereda
Andropogon ternatus (Spreng.) Nees brejo
Andropogon virgatus Desv. (=Hypogynium
virgatum (Desv.) Dandy) campo úmido
Anthaenanhopsis fiebrigii L. Parodi brejo
Anthaenantiopsis perforata (Nees) L. Parodi var.
perforata cerradão
Anthaenantiopsis trachystachya (Nees) Mex ex
Pilger campo
Apoclada arenicola McClure cerrado, campo sujo,
campo limpo
Apoclada cannavieira (Alv. da Silveira) McClure cerrado
Aristida capillacea Lam. brejo
Aristida eckmaniana Herter cerrado
Anistida elliptica (Nees) Kunth. cerrado
Anistida gibbosa (Nees) Kunth. cerrado, campo limpo
Aristida glaziovii (Nees) Kunth. cerrado, campo limpo
Anistida jubata (Arech.) Herter cerrado
Anristida longifolia Trim. cerradão, cerrado, campo
Flora vascular do Cerrado 395

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Anstida megapotamica Spreng. cerrado
Aristida oligospira (Hack.) Henr. campo
Aristida pendula Longhi-Wagner cerrado, campo limpo,
campo rupestre
Aristida recurvata Kunth. campo limpo, campo
sujo
Aristida niparia Tan. cerrado
Aristida sanctae-luciae Trin. cerrado, campo úmido
Aristida setifolia H. B. & K. cerrado, cerradão, átea
antrópica
Anristida tincta Ton. campo
Aristida torta (Nees) Kunth. campo úmido, campo
úmido
Arthropogon fikfolius Filgueiras brejo
Arthropogon villosus Nees campo limpo, mata de
galeria, campo sujo
Arundinella berteroniana (Schult.) A. S. Hitche.
& Chase cerrado
Arundinella hispida (Wild) Ktze (=Arundinella
confinis (Schult.) Hitchc., Arthropogon hispidus
Humb. & Bonpl. ex Willd.) erva campo úmido
Arundinaria cannavieira À. Silveira arbusto cerrado
Aulonemia aristulata (Doell) McClure arbusto mata de galeria, mata
seca
Axonopus argentinus Parodi campo
Axonopus aureus Beauv. (=Axonopus canescens
(Nees) Pilger, Axonopus exasperatus (Nees)
Kuhlm., Axonopus chrysites (Steud.) Kuhlm.) cerrado
Axonopus barbigerus (Kunth.) Hitche. cerrado, campo sujo,
campo limpo
Axonopus brasiliensis (Spreng.) Kuhlm. campo úmido
Axonopus camargoanus G. A. Black. vereda, brejo
Axonopus capillaris (Lam.) Chase cerrado
Axonopus chrysoblepharis (Lag.) Chase campo sujo
Axonopus comans (Trin. ex Doell) Kuhlm. brejo
396 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Axonopus compressus (Sw.) P. Beauv. cerrado
Axonopus conduplicatus G. A . Black E
Axonopus equitans Hitchc. & Chase cerrado
Axonopus excavatus (Nees ex Trin.) Henrd. cerrado
Axonopus externatus Kuhlm. mata de galeria
Axonopus fastigiatus (Nees) Kuhlm. brejo, campo limpo,
campo rupestre
Axonopus marginatus (Trin.) Chase cerrado, cerrado ralo
Axonopus pelhtus (Nees ex Trin.) Hitchc. &
Chase cerrado
Axonopus polydactylus (Steud.) Dedecca cerrado
Axonopus pressus (Nees ex Steud.) Parodi
(=Axonopus derbyanus Black) cerrado
Axonopus siccus (Nees) Kuhlm. cerrado
Axonopus suffultus (Mikan ex Trin.) Parodi cerrado
Axonopus triglochinoides (Mez) Dedecca campo úmido, campo
rupestre
Bothriochloa exaristata (Nash) Henr. cerrado
Calamagrostis viridiflavescens (Potr.) Steud. cerrado
Cenchrus brownii Roem. & Schult. cerrado
Cenchrus myosuroides H. B. & K.
Chusquea nutans L. G. Clark mata ciliar, mata seca
Coix lacryma-jobi L.
Ctenium brachystachinm (Nees) Kunth. brejo
Ctenium brevispicatum ). E. Smith. brejo
Ctenium chapadense (Trin.) Doell. campo limpo, campo
sujo
Ctenium cirrbosum (Nees) Kunth. campo limpo
Danthonia secundiflora Presl. campo rupestre
Digitaria corynotricha (Hack.) Henr. (=Ditassa
mattogrossensis (Pilger) Henr.) cerrado
Digitaria divica Killeen & Rúgolo campo limpo, cerrado,
brejo
Digitaria gardneri Henr. campo
Digitaria insularis (L.) Mez ex Ekman área antrópica
Flora vascular do Cerrado
59%

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Digitaria neestana Henrard cerrado
Digitaria violascens Link campo úmido
Echinochloa crus-pavonis (Kunth.) Schult brejo
Echinolaena gracilis Swrallen campo úmido
Echinolaena inflexa (Poir.) Chase campo limpo, cerrado,
campo rupestre
Echinolaena oplismenoides (Munro ex Doell)
Stieber cerrado
Elionurus latiflorus Nees ex Steud. cerrado
Edkonurus muticus Kuntz. (=Ehonurus adustus
(Trin.) Ekman) brejo, cerrado, campo
limpo
Elionurus tripsacoides Willd. cerrado
Eragrostis amabilis (L.) Wight & Arnott área antrópica
Eragrostis articulata (Schrank) Nees campo limpo, campo
úmido
Eragrostis ciliaris (L.) R. Br. área antrópica
Eragrostis glomerata (Walt.) L. H. Dewey cerrado
Eragrostis inconstans Nees campo úmido
Eragrostis maypuriensis (H. B. & K.) Steud. cerrado, campo limpo,
campo úmido
Eragrostis neesii Tum.
Eragrostis pilosa (L..) Beauv. campo
Eragrostis polytricha Nees campo limpo
Eragrostis rufescens Schrader. ex Schult. cerrado
Eragrostis secundiflora ). S. Presl campo limpo, campo
sujo
Eragrostis solida Nees cerrado
Erochloa distachya H. B. & K. cerrado
Enochrysis cayanensts Beauv. cerrado, vereda, brejo
Eriochrysis filiformis (Hack.) Filgueiras brejo
Eriochrysis hokoides (Nees) Hack. campo úmido, brejo,
vereda
Eniochrysis laxa Swallen brejo
Ertochrysis warmingiana (Hack.) Kuhlm. brejo
398 Roberta Cunha de Mendonça ef a/

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Guadua capitata (Trin.) Munro ex G. Gamus árvore mata de galeria,
Guadua paniculata Muntro árvore mata seca, mata de
galeria
Gymnopogon burchelhi (Munro ex Doell) Ekman | erva cerrado
Gymnopogon doellii Boechat & Valls erva cerrado
Gymnopogon foliosus (Willd.) Nees erva campo úmido, cerrado
Gymnopogon spicatus (Spreng.) Kuntz. erva campo sujo, campo
limpo
Gynerium sagittatum (Aubl.) P. Beauv. árvore mata de galeria
inundável, mata ciliar
Homolepis aturensis (Kunth.) Chase mata de galeria
Homolepis glutinosa (Sw.) Zuloaga & Soderstrom mata de galeria
Homolepis isocalycia (Doell) Chase campo
Homolepis longispicula (Doell) Chase brejo
Hymenachne amplexicaulis (Rudge) Nees brejo
Hyparrhenia bracteata Stapf. campo úmido
Hyparrhenia rufa (Nees) Stapf. cerrado, mata de galeria,
área antrópica
Ichnanthus bambusiflorus (Trin.) Doell mata de galeria
Ichnanthus calvescens (Nees) Doell mata de galeria, cerradão
Ichnanthus calvescens (Nees) Doell var. scabrior
Nees mata de galeria
Ichnanthus camporum Swrallen cerrado, campo
Ichnanthus dasycoleos Tutin mata de galeria
Ichnanthus ephemeroblepharis (Black & Froes)
Black & Pires mata de galeria
Ichnanthus inconstans (Trin. ex Nees) Doell campo limpo
Ichnanthus leiocarpus (Spreng.) Kunth. mata
Ichnanthus mollis Ekman mata de galeria
Ichnanthus nemoralis (Schard. ex Schult.) Hitche. mata
Ichnanthus nemorosus (Sw) Doell mata de galeria
Ichnanthus pallens (Swrartz) Munto ex Benth. mata de galeria
Ichnanthus procurrens (Nees ex Trin.) Swallen campo úmido, mata de
galeria, cerrado
Ichnanthus rechvis Sw. campo
Flora vascular do Cerrado 399

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Ichnanthus ruprechtii Doell (=Ichnanthus
gotasensts Swallen) mata de galeria, cerradão
Ichnanthus tenuis (Presl.) Hitchc. & Chase mata de galeria, cerrado
Imperata brasiliensis Tin. mata, brejo, cerrado
Imperata cylindrica (L.) Beauv. campo
Isachne arundinacea (Sw) Griseb. mata de galeria
Isachne goyasensis Renv.(=Isachne glazionvii Hack.) mata de galeria, cerrado
Isachne polygonoides (Lam.) Doell campo
Lastacis divaricata (L..) Hitche. mata de galeria
Lasiacis ligulata Hitche. & Chase mata de galeria
Lasiacts sorghoidea (Desv.) Hitchc. & Chase mata de galeria
Leersia hexandra Sw. brejo
Leprochoa filiformis (Lam.) Beauv. campo úmido
Leprocha virgata (L.) Beauv. cerrado, campo, área
antrópica
Leprocoryphium lanatum (H. B. & Ko) Nees campo limpo, campo
sujo, campo rupestre
Loudetia flammida (Trin.) C. E. Hubbard campo úmido
Loudetiopsis chrysotrix (Nees) Conert. campo limpo úmido,
(=Tristachya chrysotrix Nees) campo rupestre, cerrado
Merostachys fileueirasti Sendulsky mata
Merostachys multiramea Hackel
Mesosetum agropyroides Mer. cerrado
Mesosetum alatum Filgueiras campo
Mesosetum arenarium Sxwallen campo rupestre
Mesosetum bifarium (Hack.) Chase brejo
Mesosetum cayenensis Steud. campo sujo
Mesosetum elytrochaetum (Hlack.) Swallen campo, campo úmido
Mesosetum ferrugineum (Trin.) Chase campo limpo, cerrado
ralo
Mesosetum lohiforme (Hochst.) Chase erva cerrado, campo sujo
Mesosetum longiaristatum Filgueiras erva campo sujo
Mesosetum pennicilatum Mez erva vereda
Microchloa indica Hackel erva campo limpo
Obyra cilianfolia Raddi arbusto mata de galeria
400 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

Obyra humilis Nees erva mata de galeria


Obyra latifolia L. arbusto mata seca, mata de
galeria
Obyra micrantha Hhunth erva cerrado, mata ciliar
Obyra taquara Swrallen arbusto mata de galeria
Ophiochloa hydrolithica Filgueiras, Davidse &
Zuloaga cerrado
Oplismenus hirtellus (L..) P. Beauv. mata de galeria
Otachyrium grandiflorum Sendulsky &
Soderstrom campo limpo, cerrado
ralo, brejo
Otachyrium piligerum Sendulsky & Soderstrom cerrado
Otachyrium seminudum Hackel ex Sendulsky &
Soderstrom mata de galeria, brejo
Otachyrium succisum (Swallen) Sendulsky &
Soderstrom cerrado ralo
Ozachyrium versicolor (Doell.) Henr. campo, cerrado
Panicum aquaticum Potret mata de galeria
Panicum caaguaguense Herard. brejo
Panicum campestre Nees ex Trin. cerrado
Panicum cayennense Lam. cerrado
Panicum cervicatum Chase cerrado
Panicum chapadense Swallen campo rupestre, campo
limpo
Panicum cyanescens Nees mata de galeria, cerrado,
campo rupestre
Panicum decipiens Nees ex Trin. campo úmido, campo
rupestre
Panicum dichotomiflorum Michx. brejo
Panicum ephemerum Zuloaga campo úmido
Panicum exiguum Mez cerrado
Panicum belodes Hauman cerrado, mata
Panicum hbians Spr. ex Griseb. campo
Panicum Iylaecicum Mez campo úmido
Panicum laxum Sw. cerrado
Flora vascular do Cerrado 401

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Panicum ligulare Nees ex Trin. campo
Panicum loreum Trin. campo rupestre
Panicum machristanum Swallen campo úmido
Panicum mertensii Roth. mata de galeria
Panicum millegrana Poiret. mata de galeria, cerradão
Panicum mystasipum Zuloaga & Morrone campo
Panicum olyroides H. B. & K. var. hirsutum Henr. campo,cerrado
Panicum olyroides H. B. & K. var. olyroides cerrado
Panicum ovuliferum Tin. mata de galeria
Panicum parvifolium Lam. mata de galeria
Panicum peladoense Henr. cerrado
Panicum penicillatum Nees ex Trin. mata de galeria
Panicum piauiense Swallen cerrado
Panicum pilosum Sw. mata de galeria, cerradão
Panicum prionites Nees mata
Panicum procurrens Nees campo, cerrado
Panicum pseudisachne Mez campo rupestre, campo
limpo
Panicum quadriglume (Doell) Hitchc. cerrado
Panicum rhisogonum Hack. mata de galeria
Panicum rude Nees mata de galeria inundável
Panicum rudgei Roem. & Schult. cerrado
Panicum schwackeanum Mez brejo, campo úmido
Panicum sciurotoides Zuloaga & Morrone campo rupestre
Panicum sellowit Nees mata de galeria, cerradão
Panicum senduiskyt Zuloaga & Morrone campo rupestre
Panicum stenodes Griseb. cerrado
Panicum stenophyllum Hack cerrado
Panicum stipiflorum Renv. cerrado
Panicum stoloniferum Poir mata de galeria
Panicum subulatum Spreng. cerrado
Panicum subtiramulosum Renvoize & Zuloaga brejo
Panicum surrectum Chase, Zuloaga & Morrone mata de galeria inundável
Panicum trichanthum Nees mata de galeria, campo
Panicum trichoides Sw. mata inundável
402 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Panicum tricholaenoides Endl. campo, cerrado
Panicum wettsteinit Hack. cerrado
Paratheria prostrata Gniseb. brejo, área antrópica
Paspalum acuminatum Raddi brejo
Paspalum acutifolium Leon cerrado
Paspalum ammodes Trin. brejo, campo
Paspalum aproximatum Doell brejo, vereda
Paspalum arenarium Schrad ex Schult.
Paspalum atratum Swallen cerrado
Paspalum barbinode Hack. campo limpo
Paspalum bertonii Hack. campo limpo
Paspalum biaristatum Filgueiras & Davidse cerrado
Paspalum bicilium Mez mata de galeria
Paspalum burchellii Munro ex Oliver campo limpo
Paspalum carinatum Humb. & Bonpl. ex Flueg. cerrado, campo
Paspalum ceresta (Kuntze) Chase mata de galeria
Paspalum clavuliferum Waght área antrópica
Paspalum ciliatus Presl. cerradão
Paspalum cinerascens (Doell) Burman & Bastos cerrado
Paspalum conjugatum Berg. mata de galeria
Paspalum conspermum Schrad. cerrado
Paspalum convexum Humb. & Bonpl. ex Flueg. área antrópica
Paspalum corcovadense Raddi mata de galeria
Paspalum cordatum Hack. cerrado
Paspalum coryphaeum Tan. mata de galeria
Paspalum crispulum Swallen cerrado, campo
Paspalum cultratum (Nees) A. G. Burman mata de galeria
Paspalum decumbens Sw. mata de galeria
Paspalum dedeccae Quarín brejo
Paspalum densum Por. brejo, área antrópica
Paspalum elhpticum Doell cerrado
Paspalum erianthum Nees cerrado
Paspalum eucomum Nees ex Trin. (=Paspalum
splendens Hack.) campo limpo, cerrado. +

campo rupestre
Flora vascular do Cerrado 403

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Paspalum falcatum Nees ex Steud. brejo, mata
Paspalum fasciculatum (Willd.) Flueg cerrado
Paspalum flaccidum Nees
Paspalum fimbriatum Kunth. mata seca, cerrado
Paspalum gardnerianum Nees cerrado
Paspalum gemniiniflorum Steud. mata de galeria
Paspalum glancescens Hack. campo rupestre, campo
Paspalum guttatum Tan. cerrado, campo
Paspalum byalinum Nees ex Trin. campo úmido, brejo
Paspalum imbricatum Filgueiras campo, brejo, campo
rupestre
Paspalum inaequivalve Raddi mata de galeria
Paspalum intermedium Munto ex Morong vereda
Paspalum lanciflorum Tin. cerrado
Paspalum lineare Tan. campo limpo, campo
úmido
Paspalum logiaristatum Davidse & Filgueiras campo
Paspalum maculosum Trin. cerrado
Paspalum malacophyllum Tem. campo
Paspalum mandiocanum Trin. cerrado
Paspalum morichalense Davidse, Zuloaga &
Filgueiras brejo
Paspalum morulum Swvallen área antrópica
Paspalum melanospermum Desv. ex Poir. cerrado
Paspalum multicanle Posr. cerrado,mata de galeria
Paspalum multinervinm Burman cerrado
Paspalum oligostachyum Salzm. ex Steud. campo úmido
Paspalum niquelandiae Filgueiras campo
Paspalum notatum Fluegge
Paspalum paniculatum L. cerrado, mata
Paspalum parviflorum Rhodé ex Flueg. brejo
Paspalum pectinatum Nees campo limpo, cerrado
ralo
Paspalum pictum Ekman campo rupestre
Paspalum pilosum Lam. cerrado
404 Roberta Cunha de Mendonça ez aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat

Paspalum plicatulum Mich. cerrado


Paspalum polyplyllum Nees campo úmido, cerrado
Paspalum proximum Mez brejo
Paspalum rectum Nees cerrado
Paspalum reduncum Nees ex Steud. brejo, cerrado, campo
Paspalum sanguineolentum Tan. campo sujo
Paspalum scalare Tin. campo úmido
Paspalum stellatum Flueg. cerrado
Paspalum subsesquiglume Doell cerrado
Paspalum subciliatum Chase vereda
Paspalum suppultum Mikan cerrado
Paspalum trachytomum Hack. campo sujo
Paspalum trachycoleon Steud. mata de galeria, campo
úmido, cerrado
Paspalum trichostomum Hack. mata de galeria; cerrado
Paspalum urvillei Steud. cerrado
Paspalum vescum Swallen brejo
Paspalum virgatum L. campo úmido, cerrado
Pennisetum pedicellatum Trim. cerrado perturbado
Pennisetum polystachyum (L..) Schult. área antrópica
Pharus lappulacens Awubl. mata de galeria
Psendechinolaena polystachya (Kunth.) Stapf. mata de galeria
Raddiella esenbecksi (Steud.) Calderón &
Soderstrom erva mata de galeria
Reimarochloa brasiliensis (Spr.) Schl. erva vereda
Rhspidocladum panciflorum (Trin.) McClure subarbusto mata de galeria
Saccharum asperum (Nees) Steud. erva brejo
Saccharum trinii (Hack.) Renvoize erva brejo
Sacciolepis angusta Stapf. erva campo úmido
Sacciolepis angustissima (Steud.) Kuhlm. erva brejo, mata
Sacciolepis mynros (Lam.) Chase erva brejo
Sacciolepis vilvoides (Trin.) Chase erva cerrado
Schizachyrium acuminatum Nash erva campo
Schizachyrium brevifolium (Sw) Nees ex Buse erva brejo
Schizachyrium condensatum (H. B. K.) Nees
Flora vascular do Cerrado
405

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
(=Andropogon condensatus H. B. K) erva cerrado, brejo
Schizachyrium imberbe (Hackel) Camus erva cerrado
Schizachyrium lactiflorum (Hackel) Herter erva campo úmido
Schizachyrium microstachyum (Desv.) Roseng. erva cerrado, campo limpo,
Arr. & Isag. campo sujo
Schizachyrium plumigerum (Ekman) Parodi erva campo
Schizachyrium sanguineum (Retz.) Alston erva cerrado, cerrado ralo,
(=Schizachyrium birtiflorum Nees) mata de galerja
Schizachyrium scoparium (Michx.) Nash brejo
Schizachyrium scoparium (Michx.) Nash ssp.
divergens (Hack.) Gandhi brejo
Schizachyrinm tenerum Nees (=Schizachyrium
fihforme Nees) campo sujo, cerradão
Setaria adhaerens (Forskal) Chiov. cerrado
Setaria macrostachya Zuloaga campo rupestre
Setaria parwflora (Poir.) Kerguelen (=Setaria cerrado, mata de galeria,
geniculata P. Beauv.) campo
Setaria paucifolia (Morong.) Lind. brejo
Setaria poiretiana (Schult.) Kunth. cerrado, mata de galeria
Setaria scabrifoha Zuloaga brejo
Setaria scandens Schrad. ex Schult. campo
Setaria tenacissima (Schrad.) Schult. cerrado
Setaria vulpiseta (Lamb.) Hitchc. & Chase mata de galeria
Sorgastrum minarum (Nees) Kunth. cerrado
Sorgastrura nutans (L.) A. Gray campo, cerrado
Sorgastrum setosum (Griseb.) Hitchc. vereda
Sporobolus aeneus (Trin.) Kunth. cerrado, campo limpo
Sporobolus apiculatus Boechat & Longhi-Wagner cerrado
Sporobolus ciliatus Presl. campo
Sporobolus enbensis Hitche. cerrado
Sporobolus eximins (Nees) Ekman cerrado
Sporobolus indicus (L.) R. Brown mata, área antrópica
Sporobolus monandrus Ros cerrado
Sporobolus pancifolins Boechat & Longhi- Wagner brejo
Sporobolus pseudarioides Parodi cerrado
406 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat

Sporobolus recurvatus Boechat & Longhi-Wagner cerrado


Sporobolus reflexus Boechat & Longhi-Wagner campo limpo, brejo
Streptochaeta spicata Schrad. ex Nees mata, campo
Streptostachys asperifolia Desv. cerrado
Streptostachys macrantha (Trin.) Zuloaga &
Soderstrom cerrado
Streptostachys ramosa Zuloaga & Soderstrom campo, campo sujo,
cerrado
Tatianyx arnacites (Trin.) Zuloaga & Soderstrom campo
Trachypogon macroglossus Tin. campo, cerrado, campo
limpo
Trachypogon spicatus (L. £) Kuntze cerrado
Trachypogon vestitus Anderss. cerrado
Thrasya glazionvii A. G. Burman cerrado
Thrasya paspaloides (Trin.) Chase cerrado, campo
Thrasya petrosa (Trin.) Chase cerrado
Thrasya thrasyoides (Trin.) Chase cerrado
Tridens brasiliensis Nees ex Steud. cerrado
Tridens flaccidus (Doell) Parodi cerrado, área antrópica
Tristachya leiostachya Nees cerrado, campo
Urochloa acuminata (Renv.) Morrone & Zuloaga campo rupestre
Urochloa decidua Morrone & Zuloaga campo rupestre

GUTTIFERAE (CLUSIACEAE)
Calophyllum brasiliense Camb. árvore mata de galeria, mata
ciliar
Caraipa sp.
Clusia burchellit Engl. árvore mata seca, cerrado
Clusta cruiva Camb. ssp. cruiva (=Clusia
cambessedei Planch. & Triana) árvore mata de galeria, mata ciliar
Clusta fluminensis Planch. & Triana árvore mata
Clusta microtemom Planch. & Triana árvore mata de galeria
Clusta nemorosa G. Mey árvore mata de galeria
Clusia sellowiana Schlecht. árvore mata
Kielmeyera abdita Saddi arbusto campo rupestre, cerrado
Flora vascular do Cerrado
407

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Kielmeyera coriacea (Spreng.) Mart. var. coriacea árvore cerrado, mata de galeria
Kielmeyera coriacea (Spreng.) Mart. var. tomentosa árvore mata de galeria, campo
(Camb.) N. Saddi sujo
Kielmeyera corymbosa (Spreng.) Mart. árvore cerrado
Kielmeyera grandiflora (Wawa) Saddi árvore cerrado
Kielmeyera lathrophyton Saddi árvore cerrado, mata de galeria,
cerrado ralo
Kielmeyera nerisfolia Camb. arbusto cerrado
Kielmeyera petiolaris Mart. arbusto cerrado, campo rupestre,
mata ciliar
Kielmeyera pulcberrima Mart. árvore campo rupestre
Kielmeyera pumila Pohl var. pumila árvore campo limpo, cerrado
Kielmeyera regalis Saddi
Kielmeyera rosea Mart. arbusto campo, cerrado
Kielmeyera rubriflora Camb. arbusto cerrado
Kselmeyera speciosa St. Hil. árvore cerrado
Kielmeyera variabilis Mart. subarbusto campo
Maburea exstipulata Benth. arbusto cerrado
Platonia insignis Mart. arbusto cerrado
Rhcedia brasiliense Planch. árvore mata de galeria
Rheedia gardneriana Planch. & Triana árvore mata de galeria
Rheedia macrophylla Planch. & Triana arvore mata de galeria
Symphonia globulfera L. £. arvore mata de galeria
Tovomitopsis saldanhae Engl. árvore mata de galeria
Vismia amazonica Exvan arvore mata de galeria
Vismia brasiliense Choisy árvore mata de galeria, mata

ciltar, mata seca


Vismia cayennensis (Jacq.) Pers. árvore mata de galeria
Vismia decipiens Cham. & Schlecht. árvore mata de galeria
Vismia glaziowi Ruhl. árvore mata de galeria
Vismia guianensis (Aubl)) Choisy arbusto mata de galeria
Vismia magnoliaefolia Cham. & Schlecht. arbusto mata de galeria
Vismia martiana Reich. arvore mata de galeria

HALORAGACEAE
Loaurenbergia tetranda (Schott.) Kamitz. campo rupestre
Myriophyllum brasiliense Camb. brejo
408 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

HELICONIACEAE (MUSACEAE)
Hebiconia hirsuta L. f. mata de galeria
Heliconia marginata (Gnges.) Pitt. mata

HIPPOCRATEACEAE
Cheilocknium cognatum (Miers.) A. C. Smith árvore mata de galeria, mata
ciliar, cerrado
Hippocratea volubilis Sw. brejo
Leonia giyoycarpa R. & P. var. racemosa (Mart.)
Smith. & Fernandes árvore cerradão
Peritassa campestris (Camb.) A. C. Smith arbusto cerrado
Peritassa laevigata (Hoffmge) A. C. Smith trepadeira mata de galeria
Salacia amygdalina Peyr. árvore mata
Salacia campestris Walp. arbusto campo, cerrado
Salacia crassifolia (Mart.) G. Don. árvore cerrado, mata de galeria
Salacia elliptica (Mart.) G. Don. árvore mata de galeria
Salacia glomerata (Mart) G. Don. arbusto cerrado
Salacia lacunosa Peyr.
Salacia laxiflora Peyr.
Salacia micrantha (Mart.) Peyr. arbusto cerrado /ato sensu
Salacia serrata Camb.
Tontelea micrantha (Mart.) L. C. Smith

HUMIRIACEAE
Humiria balsamifera (Aubl.) St. Hil. var. coriacea
Cuatrec. árvore cerrado (ato sensu
Humiria balsamifera (Aubl.) St. Hil. var. minarun
Cuatrec. árvore cerrado
Humiria cognatum (Miets.) À. C. Sm. arbusto mata ciliar
Humiria nitens (Benth.) Jaume. árvore cerrado (ato sensu
Humiriastrum glaziowii (Urban) Cuatrec. arbusto mata de galeria, mata
ciltar
Sacoglottis guianensis Benth. arbusto mata de galeria
Sacoglottis mattogrossensis Malme árvore mata de galeria, mata
ciliar
Flora vascular do Cerrado
409

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Vantanea obovata (Nees & Mart.) Benth.

HYDROPHYLLACEAE
Hydrolea sp. subarbusto campo limpo

HYPOXIDACEAE
Curculigo scorzonenfolia (Lam.) Baker campo
Hypoxis decumbens L.

ICACINACEAE
Citronella paniculata (Mart.) Howard árvore mata seca
Emmotum mitens (Benth.) Miers. árvore mata de galeria, cerrado,
cerradão, campo sujo
Villaresia sp. árvore mata de galeria inundável

IRIDACEAE
Cipura fava Rav. cerradão
Cipura formosa Rav. campo úmido
Cipura paludosa Awubl. campo limpo
Cipura paradistaca Rav. campo úmido
Cipura xanthomelas Mart. Ex Klatt. cerrado
Gelasine gigantea Rav. cerrado
Neomarica coernlea (Ker.) Sprague
Psendotrimesia cipoana Rav.
Sisyrinchinm alatum Hook. cerrado
Sisyrinchium commntatum Klatt. campo
Sisyrinchium incurvatum Gard. campo
Sisyrinchium lusula Klotz. Ex Klatt. brejo
Sisyrinchium marchio (Vell.) Steud. brejo
Sisyrinchium midulare (Hand. Mazz.) Johnston
Sisyrinchium restiotdes Spreng. cerrado
Sisyrinchium vaginatum Spreng. vereda, campo rupestre
Sisyrinchium virgatum Spreng. cerradão
Sisyrinchium weirit Back. cerrado, campo, mata
Trimezia juncifolia (Klatt.) Benth. & Hook. f. campo limpo
410 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie
Trimezia Iutea (Klatt.) R. C. Foster
Trimezia truncata Rav.
Trimezia violacea (Klatt.) Rav.

JUNCACEAE
Juncus densiflorus H. B. & K. (=Juncus pobliz
Steudel) brejo, mata
Juncus micranthus Schrad. Ex E. Meyer campo rupestre
Juncus microcephalus H. B. & K. campo
Juncus sellowianus Kunth brejo

KRAMERIACEAE
Krameria argentea Mart. ex Spreng. erva cerrado, campo úmido
Krameria tomentosa St. Hil. arbusto cerrado, campo rupestre

LABIATAE (LAMIACEAE)
Eriope angustifolia Epling.
Erniope arenaria R. Harley
Eriope complicata Mart. ex Benth. subarbusto cerrado
Errope crassipes Benth. erva cerrado
Eriope hypenioides Mart. ex Benth. arbusto cerrado
Eriope bypolenca (Benth.) R. Harley
Erope latifoha (Mart. ex Benth.) Harley arbusto cerrado
Enope luetzelburgii Harley arbusto cerrado, campo rupestre
Eriope macrostachya Mart. ex Benth.
Eriope montana Harley arbusto cerrado, campo rupestre
Eriope parmfolia Mart. ex Benth. arbusto cerrado
Eriope tumidicaulis Harley arbusto cerrado
Eriope velutina Epling. subarbusto cerrado
Hpenia aristulata (Epling.) Harley arbusto cerrado
Hypenia brachystachys (Pohl ex Benth.) Harley subarbusto campo rupestre
Hypenia calycina (Pohl ex Benth.) Harley erva cerrado, mata de galeria
Hypenia densiflora (Pohl ex Benth.) Harley subarbusto cerradão, mata de galeria
Hypenia irregularis (Benth.) Harley subarbusto cerrado
Hypenia macrantha (St. Hil. ex Benth.) Harley subarbusto cerrado, mata de galeria
Flora vascular do Cerrado
411

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Hypenia niquelandiensis R. Atkinson arbusto cerrado
Hpenia reticulata (Mart. ex Benth.) Harley subarbusto cerradão
Hptidendron amethystoides (Benth.) Harley arbusto cerrado
Hlyptidendron asperrimum (Spreng.) Harley arbusto mata ciliar, mata seca
Hyptis ampelophylla Epling. erva cerrado
Hyptis angulosa Schott. ex Benth. arbusto cerrado
Hyptis asperrima (Spreng.) Epling.
Hyptis brachystachys Pohl ex Benth
Hypiis calycina (Pohl ex Benth.) ex Char. erva cerrado, mata de galeria
Hyptis camporum Benth. erva campo, cerrado
Hyptis cana Pohl ex Benth. árvore cerrado
Hyptis cardiophylla Pohl ex Benth. erva cerrado
Hyptis carpinifolia Benth. arbusto mata de galeria
Hyptis caudata Epling & Jativa subarbusto cerrado
Hyptis complicata St. Hil. ex Benth. subarbusto campo
Hyptis conferta Pohl ex Benth. erva cerrado, campo
Hyptis crassifoha Mart. ex Benth. subarbusto cerrado, campo
Hyptis crenata Pohl ex Benth. subarbusto campo sujo, campo
úmido
Hyptis crinita Benth. arbusto cerrado
Hyptis cruciformis Epling. arbusto brejo, campo limpo
Hyptis cuneata Pohl ex Benth. erva campo, cerrado
Hyptis deltifolia Epling. & Jat.
Hyptis densiflora Pohl ex Benth. arbusto campo sujo, cerrado,
mata de galeria
Hyptis desertorum Pohl ex Benth. arbusto mata de galeria
Hyptis ditassoides Mart. ex Benth.
Hyptis fokosa St. Hil ex Benth.
Hypiis glomerata Mart. ex Schunk. arbusto cerrado
Hyptis goyanensis St. Hil. ex Benth. erva vereda, cerrado
Hyptis hilarii Benth. subarbusto campo, cerrado
Hyptis homotophylla Pohl arbusto campo rupestre
Hyptis imbricata Pohl erva cerrado
Hyptis interrupta Pohl ex Benth. erva cerrado
Hyptis lanceolata Pohl arbusto campo úmido
412 Roberta Cunha de Mendonça et aí

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat

Hyptis lavandulacea Pohl ex Benth. subarbusto campo rupestre


Hyptis linarioides Pohl ex Benth. subarbusto cerrado
Hyptis lophanta Mart. ex Benth. arbusto campo
Hyptis lutescens Pohl ex Benth. arbusto cerrado
Hyptis lythroides Pohl ex Benth. subarbusto cerrado
Hyptis macrantha (St. Hil. ex Benth.) Harley arbusto mata de galeria, cerrado,
cerradão
Hyptis microphylla Pohl ex Benth. erva cerrado
Hyptis molissima Benth. subarbusto cerrado
Hyptis multiflora Pohl ex Benth. subarbusto cerrado
Hyptis multiseta Benth. subarbusto cerrado, mata
Hyptis mutabilis (Rach.) Bnq. subarbusto mata
Hyptis nudicaulis Benth. erva cerrado
Hyptis orbiculata Pohl ex Benth. subarbusto cerrado, mata
Hyptis oriophylla Pohl ex Benth. arbusto cerrado /ato sensu
Hyptis ovata Pohl ex Benth. erva campo
Hyptis pachypbylla Epling. arbusto cerrado, campo rupestre
Hyptis paradisi Harley erva campo sujo
Hyptis passarina Mart. ex Benth.
Hyptis pauliana Epling. arbusto cerrado (ato sensu
Hyptis pectinata Port. arbusto cerrado
Hyptis penaeoides Taub. ex Ule árvore brejo
Hypiis plectranthoides Benth. erva cerrado
Hyptis proteoides St. Hil. ex Benth.
Hyptis recurvata Poit. erva brejo
Hyptis reticulata (Mat. ex Benth.) Harley subarbusto cerrado
Hypiis rubiginosa Mart. subarbusto campo sujo, cerrado
Hyptis rugosa Benth. arbusto campo, cerrado
Hyptis selaginifoha Mart. ex Benth. erva cerrado
Hyptis saxatilis A. St. Hil. ex Benth. arbusto cerrado
Hyptis suaveolens (L.) Post. erva cerrado, área antrópica
Hyptis subrosea Harley subarbusto cerrado
Hyptis tagetifoha Harley arbusto cerrado ralo
Hyptis tenuifoa Epling. subarbusto cerrado
Hyptis tetragona Pohl ex Benth subarbusto cerrado denso
Flora vascular do Cerrado 413

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Hyptis vepretorium Mart. ex Benth.
Hyptis villosa Pohl ex Benth. erva cerrado
Hyptis violacea Pohl ex Benth. subarbusto | campo limpo
Hyptis virgata Benth.
Hyptis vitifoha Pohl ex Benth.
Kesthia nitida Benth. erva cerrado
Leonotis nepetijolia (L.) R. Br. subarbusto | cerrado, área antrópica
Marsipianthes foliolosa Benth. subarbusto cerrado
Marsipianthes montana Benth. arbusto campo limpo
Ocimum micranthum Wild. cerrado
Peltodon pusillas Pohl cerrado ralo
Peltodon tomentosus Pohl brejo
Rhabdocaulon denudatum (Benth.) Epling. cerrado
Salvia brevipes Benth. cerrado
Salvia cerradicola dos Santos cerradão, mata de galeria
Salvia scabrida Pohl brejo
Salvia tomentella Pohl cerrado

LACISTEMACEAE
Lacistema aggregatum (Berg.) Rusby arbusto mata de galeria
Lacistema hassleranum Chodat arbusto mata de galeria, campo
limpo
Lacistema serrulatum Mart. arbusto mata de galeria

LAURACEAE
Asonea macedoana Vattimo árvore mata
Aionea pianhyensis (Meissn.) Mez árvore mata de galeria
Atouea trinervea Meissn. arvore mata
Aniba desertorum (Nees) Mez árvore mata de galeria
Aniba heringerit Vatt. árvore mata de galeria
Aniba pulcherrima Kubitziki ex Heringer
Cassytha americana Nees erva cerrado
Cassytha fihiformis L. erva campo úmido
Cinnamomum hanaknechtit Mez subarbusto | cerrado
Cinnamomum tomentosum Kosterm. arbusto cerrado
414 Roberta Cunha de Mendonça et aí

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Cryptocaria aschersoniana Mez árvore mata de galeria
Cryptocaria guianensis Meissn. | árvore mata
Cryptocaria moschata Nees árvore mata
Endlicheria paniculata (Spreng.) Macbr. árvore mata ciliar
Licaria armeniaca (Nees) Kosterm. árvore mata de galeria
Mezilaurus crassiramea (Meissn.) Taub. árvore mata de galeria
Mezilaurus lindaviana Sch. & Mez árvore mata
Nectandra cissiflora Nees árvore mata de galeria
Nectandra cuspidata Nees árvore mata
Nectandra gardneri Meissn. árvore mata de galeria
Nectandra hibua (Ruiz & Pav.) Rohwer arvore mata
Nectandra lanceolata Nees & Mart. ex Nees árvore mata de galeria
Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez
Nectandra membranacea Griseb. var. cuspidata
(Meissn.) Taub. árvore mata de galeria
Nectandra nitidula Nees & Mart. ex Nees árvore cerrado
Nectandra reticulata (Ruiz & Pav.) Mez
(=Nectandra molhs Nees) árvore mata de galeria, mata
ciliar, cerrado
Nectandra rigida Ness árvore mata de galeria
Nectandra warmingii Meissn. árvore mata
Ocotea aciphylla (Nees) Mez árvore mata de galeria
Ocotea acutifolia (Nees) Mez árvore cerrado
Ocotea aegiphylla (Meissn.) Mez árvore mata de galeria
Ocotea brasthense Coe árvore mata de galeria
Ocotea bracteosa (Meissn.) Mez arbusto cerrado
Ocotea catharinensis Mez árvore mata de galeria
Ocotea corymbosa (Miers.) Mez árvore mata de galeria, mata
ciliar
Ocotea diospyrifolia (Meissn.) Mez árvore mata de galeria
Ocotea glaziovii Mez árvore mata de galeria
Ocotea lanceolata (Ness) Mez árvore mata
Ocotea lancifolia (Schott) Mez árvore cerrado, campo rupestre,
mata ciliar
Ocotea langsdorfjii (Meissn.) Mez
Flora vascular do Cerrado 415

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Ocotea minarum (Nees) Mez árvore mata de galeria
Ocotea odorifera (Nell) Rohwer árvore mata de galeria
Ocotea oppositifolia S. Yasuda árvore mata
Ocotea percoriacea Kosterm árvore mata ciliar
Ocotea pomaderroides (Meissn.) Mez árvore mata de galeria, mata
ciliar, cerrado
Ocotea pretiosa (Nees & Mart. Ex Nees) Benth. árvore cerrado, mata de galeria,
& Hook. mata ciliar
Ocotea puchella Mart. árvore cerrado, mata de galeria
Ocotea spixiana (Nees) Mez árvore mata de galeria, cerradão
Ocotea suaveolens (Meissn.) Hassler árvore mata de galeria, cerradão
Ocotea tristis (Nees) Mez árvore mata ciliar
Ocotea variabilis (Nees) Mez árvore mata ciliar
Ocotea velloziana (Meissn.) Mez (=Ocotea
macropoda (H. B. & K.) Mez) árvore mata de galeria, mata
ciliar, cerradão
Ocotea xanthoxalyx (Nees) Mez árvore mata
Persea aurata Mig. árvore mata ciliar
Persea caerulea (Ruiz & Pav.) Mez árvore mata de galeria, cerradão
Persea fusca Mez átvote mata de galeria, cerradão
Persea major Kopp árvore mata de galeria
Persea pyrifolia Nees & Mart. ex Nees árvore mata de galeria
Persea rufotomentosa Nees & Mart. ex Nees arbusto mata ciliar
Persea splendens Meissn. árvore mata ciliar
Persea venosa Nees & Mart. ex Nees. árvore mata
Phoebe erythropus (Nees & Mart.) Mez

LECYTHIDACEAE
Cariniana domestica (Mart.) Miers. árvore mata de galeria, mata
ciliar
Cariniana estrellensis (Raddi) Kuntze árvore mata de galeria
Cariniana rubra Gardner ex Miers. árvore mata de galeria
Eschweilera miersit (Kunth.) A. C. Smith árvore cerrado
Eschweilera nana (Berg.) Miers. árvore cerrado, cerrado denso
Eschweilera ovata (Cambess.) Miers árvore mata de galeria, mata
ciliar
416 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

Lecythis brancoensis (R. Knuth.) Mori árvore cerrado


Lecythis lanceolata Posrett árvore mata
Lecythis schwackei (R. Knuth.) Mon árvore cerrado, mata decídua
Lecythis schomburgkii Berg. árvore cerrado
Lecythis pisonis Cambess. árvore mata

LEGUMINOSAE
Abarema cochiocarpos (Gomez) Barneby &
Grimes (= Pithecellobium cochhocarpum (Gomez)
Macbr.) árvore mata, campo
Acacia adhaerens Benth. árvore cerrado /ato sensu
Acacia babiensis Benth. árvore mata de galeria
Acacia farnesiana (L.) Willd. árvore cerrado
Acacia glomerosa Benth. árvore mata de galeria
Acacia langsdorffii Benth. trepadeira | mata, cerrado
Acacia laurifolia Benth. - cerrado
Acacia martinsiana (Steud.) Burkart trepadeira | mata de galeria
Acacia paniculata Wild. trepadeira mata seca
Acacia polyphylla DC. árvore cerrado, cerradão
Acacia plumosa Lowe trepadeira mata
Acacia recurva Benth. trepadeira mata
Acosmium brachystachyum (Benth.) Yakovl. cerrado /ato sensu
Acosmium dasycarpum (Vog.) Yakovl. ssp.
dasycarpum árvore cerrado, cerradão, mata
de galeria
Acosminm dasycarpum (Vog.) Yakovl. ssp.
glabratum (Benth.) Yakovl. árvore cerrado, mata de galeria
Acosmium lentiscifolium Schott. árvore cerrado
Acosmium glaziovianum (Harms.) Yakovl. arbusto campo limpo
Acosmium subelegans (Mohlenb.) Yakovl. árvore cerrado
Aeschynomene americana L. subarbusto cerrado
Aeschynomene brasiliana (Poir.) DC. erva mata
Aeschynomene brevipes Benth. subarbusto | cerrado, campo rupestre. >

campo

Aeschynomene carvalhoi G. P, Lewis subarbusto | campo rupestre


Flora vascular do Cerrado
417

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Aeschynomene evenia Wright cerrado
Aeschynomene falcata (Poir.) DC. vereda
Aeschynomene filosa Mart. ex. Benth. cerrado
Aeschynomene genistoides (Taub.) Rudd campo limpo
Aeschynomene graminoides G. P. Lewis campo rupestre

Aeschynomene histrix Poir. var. densiflora (Benth.)


Rudd cerrado
Aeschynomene histrix Poir. var. histrix mata, cerrado
Aeschynomene histrix Potr. var. incana (Vog.)
Benth. cerrado
Aeschynomene invinii Rudd cerrado
Aeschynomene marginata Benth. cerrado
Aeschynomene nana (Glaz.) Rudd campo rupestre
Aeschynomene oroboides Benth. cerrado (ato sensu
Aeschynomene paniculata Willd. ex Vog. subarbusto | cerrado
Aeschynomene paucifoha Vog. erva cerrado, campo
Aeschynomene selloi Vog. subarbusto | cerrado
Aeschynomene sensitiva Sw. subarbusto | mata
Aeschynomene simplicifolia G. P. Lewis erva campo limpo
Aeschynomene vogelii Rudd subarbusto | cerrado, campo rupestre,
campo
Albizia niopoides (Spruce ex Benth.) Burkart.
var. niopoides árvore mata seca decídua, mata
de galeria
Amburana cearensis (Fr. Allem.) A. C. Smith.
(=Torresea cearensts Fr. All.) arvore mata seca decídua
Anadenanthera colubrina (Nell) Brenan var. cebi/
(Griseb.) Altschul arvore mata de galeria
Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan var.
colubrina (= Anadenanthera macrocarpa (Benth.)
Brenan, Piptadenia macrocarpa Benth. var.
colubrina) Arvore mata de galeria, cerradão
Anadenanthera falzata (Benth.) Speg. arvore mata
Anadenanthera peregrina (L..) Speg. arvore mata
Andira anthelmia (Nell) Macbr. arvore mata de galeria
418 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

Andira cordata Arroyo ex R. T. Penn. & H.L.


Lima (inéd.) árvore mata, cerrado
Andira cuiabensis Benth. árvore cerrado
Andira fraximfolia Benth. (= Andira anthelmia
(Vell) Macbr. var. gracilis N. Mattos, Andira
pisonis Mart. ex Benth.) árvore mata ciliar
Andira humilis Mart. ex Benth. (=Andira
laurifolia Benth. var. launfolia) arbusto campo, cerrado
Andira inermis (Sw) Kunth. árvore mata de galeria
Andira legalis (Vell.) Toledo (=Andira frondosa
Mart.) árvore mata, cerrado
Andira paniculata Benth. árvore cerrado
Andira pisonis Mart. - cerrado lato sensu
Andira riverina Arroyo (inéd.) árvore cerrado
Andira surinamensis (Bonddt) Splitz. ex Pulle arbusto mata seca
Andira vermifuga Mart. ex Benth. árvore cerradão, cerrado
Andira zebntneri Harms. - cerrado
Apuleia leiocarpa (Vog.)) Macbr. árvore mata de galeria
Apuleia leiocarpa (Vog.) Macbr. var. molaris
(Mart.) Spreng. árvore mata de galeria
Arachis archeri Krapov. & W. C. Gregory erva perene | cerradão
Arachis benthamii Handro erva perene | cerrado denso
Arachis brewpetiolata Krapov. & W. C. Gregory | erva ereta cerradão
“Arachis burchelii Krapov. & W. C. Gregory erva ereta cerrado, campo
Arachis cryptopotamica Krapov. & W. C. Gregory | erva ereta cerrado
Arachis decora Krapov., W. C. Gregory & Valls | erva anual | cerrado ralo
Arachis douradiana Krapov. & W. C. Gregory | | erva ereta campo limpo
Arachis glabrata Benth erva rizomat.| cerrado ralo
Arachis gracilis Krapov. & W. C. Gregory erva perene | cerrado ralo
Arachis guaranitica Chodat & Hassl. erva ereta cerrado ralo
Arachis hatschbachii Krapov. & W. C. Gregory | erva ereta cerrado denso
Arachis hermannii Krapov. & W. C. Gregory erva perene | cerrado ralo
Arachis Intescens Krapov. & W. C. Gregory erva prostrada |cerrado ralo
Arachis macedoi Krapov. & W. C. Gregory erva perene | cerrado ralo
Arachis major Krapov. & W. C. Gregory erva perene | cerrado ralo
Flora vascular do Cerrado
419

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Arachis marginata Gardner erva ereta cerrado ralo
Arachis martii Handro erva decumb. cerrado denso
Arachis matiensis Krapov., W. C. Gregory &
C. E. Simpson erva perene cerrado ralo
Arachis oteroi Krapov. & W. C. Gregory erva perene cerradão
Arachis palustris Krapov., W. C. Gregory &
Valls erva anual mata
Arachis paraguariensis Chodat & Hassl ssp.
capibarensis Krapov. & W. C. Gregory erva ereta cerrado ralo
Arachis paraguariensis Chodat & Hassl ssp.
paraguariensis erva ereta cerrado ralo
Arachis pretrarelli Krapov. & W. C. Gregory erva perene cerrado ralo
Arachis pintoi Krapov. & W. C. Gregory erva perene cerrado, campo
Arachis precox Krapov., W. C. Gregory & Valls erva anual cerrado ralo
Arachis prostrata Benth. erva prostrada cerrado ralo
“Arachis repens Handro erva perene cerrado ralo
“Arachis retusa Krapov., W. C. Gregory & Valls erva prostrada cerrado ralo
Arachis simpsonii Krapov. & W. C. Gregory erva perene cerrado ralo
Arachis setinervosa Krapov. & W. C. Gregory erva prostrada cerrado ralo
Arachis stenophylla Krapov. & W. C. Gregory erva perene cerradão
Arachis stenosperma Krapov. & W. C. Gregory erva perene cerrado ralo
Arachis sylvestris (A. Chev.) A. Chev. erva ereta cerrado (ato sensu
Arachis tuberosa Bong. ex Benth erva ereta cerrado denso
Barbieria pinnata (Pers.) Baill. (=Clitoria pinnata
(Pets.) R.H. Smith & G. P. Lewis) trepadeira cerradão
Bauhinia acuruana Morte. var. acuruana arbusto cerrado
Bauhinia acurnana Moric. var. nítida Benth. arbusto cerrado
Bauhinia angulicanhs Harms. arbusto cerrado
Bauhinia brevipes Vog. (=Bauhinia bongardit arbusto cerrado, mata de galeria,
Steud.) cerradão
Bauhinia burchelhi Benth. subarbusto cerrado
Bauhinia bombaciflora Ducke arbusto cerrado
Bauhinia campestris Malme subarbusto cerrado
Bauhinia cocovia Nunderlin cerrado
Bauhinia cnpulata Benth. Arvore cerrado, mata seca
420 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat

Bauhinia curvula Benth. arbusto cerrado


Bauhinia dubia G. Don. arbusto cerrado, cerradão
Bauhinia dumosa Benth. var. dumosa subarbusto | cerrado, campo limpo
Bauhinia dumosa Benth. var. viscidula (Harms.)
Vaz & R. Marquete (=Bauhinia viscidula Harms.) subarbusto | cerrado ralo
Bauhinia glabra Jacg. trepadeira mata de galeria
Bauhinia harleyi Nunderlin cerrado
Bauhinia hirsutiflora Vaz. (=Baubinia hirsuta
(Bong.) Vogel) arbusto Cerrado
Bauhinia holophylla (Bong.) Steud. arbusto Cerrado, cerradão
Bauhinia lampropbylla Harms. arbusto Cerrado
Bauhinia longicuspis Spruce cerrado
Bauhinia longifolia (Bong.) Steud. arbusto mata seca, mata de
galeria, cerradão
Bauhinia malacotricha Harms. arbusto mata de galeria, campo
sujo, cerrado ralo
Bauhinia marginata (Bong.) Steud. arbusto cerrado
Bauhinia malacotrichoides Cowan subarbusto | cerrado
Bauhinia mollis D. Dietr. arbusto cerradão
Bauhinia outimouta Aubl. (=Bauhina guianensis
Aubl) trepadeira mata de galeria
Bauhinia platypetala Benth. arbusto cerrado, mata
Bauhinia platyphylla Benth. arbusto campo rupestre, cerrado

Bauhinia pulchella Benth. (=Bauhinia goyazensis arbusto cerrado, campo, campo


Harms.) rupestre
Bauhinia rufa (Bong.) Steud. arbusto cerrado, mata de galeria,
mata ciliar
Bauhinia tenella Benth. subarbusto | cerrado, campo sujo,
campo úmido
Bauhinia ungulata L. (=Baubhinia macrostachya
Benth.) árvore mata seca, mata de galeria
Bocoa mollis (Benth.) Cowan arbusto cerrado
Bowdichia virgiloides H. B. & K. (=Bowdichia árvore campo sujo, cerrado,
major (Maxt.) Benth., Bowdichia mitidula Spruce cerradão, mata seca,
ex Benth.) mata de galeria
Flora vascular do Cerrado
421

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Caesalpinia calycina Benth. cerrado
Caesalpinia microphylla Mart. cerrado
Caesalpinia paraensis Ducke cerrado
Calhandra abbreviata Benth. arbusto
Calhandra angusta Renv: arbusto cerrado
Calhandra asplenioides (Nees) Renv. arbusto campo rupestre
Calhandra axtllaris Benth. arbusto cerrado
Calhandra babiana Renv. cerrado
Calliandra bracteosa Benth. arbusto cerrado
Calhandra dasycantha Benth. cerrado
Calhandra depauperata Benth. cerrado
Calhandra dysantha Benth. var. dysantha arbusto cerrado
Calhandra elegans Renv. arbusto campo rupestre
Calhandra erubescens Renv. arbusto cerrado, campo rupestre
Calliandra fasciculata Benth. arbusto cerrado, campo rupestre
Calliandra feioanum Renv. arbusto cerrado, campo rupestre
Calliandra foliosa Benth. arbusto cerrado
Calhandra Juscipila Harms. arbusto campo rupestre, cerrado
Calhandra gracilis Renv. arbusto campo rupestre
Calhandra hirsuticautis Harms. erva campo rupestre, cerrado
Calliandra jacobiana Renv. arbusto campo rupestre
Calliandra lanata Benth. (=Calliandra sericea
Renv.) arbusto cerrado, campo
Calliandra lkeptopoda Benth. cerrado, campo
Calhandra longipes Benth. erva cerrado
Calhiandra lnetzelburgii Hlarms. arbusto campo rupestre, mata
Calliandra macrocalyx Harms. arbusto cerrado, campo
Calliandra macrocephala Benth. arbusto área antrópica
Calhiandra microcalyx Harms. arbusto campo rupestre
Calliandra microphylla Benth. arbusto mata
Calliandra mucugeana Renv. arbusto campo rupestre
Calhiandra parviflora Benth. arbusto cerrado, cerradão
Calliandra parvifolia (Hook. & Arn.) Speg. arbusto mata ciliar, cerrado
Calliandra peckoltii Benth. arbusto mata ciliar
Calhandra pubens Renv. arbusto cerrado
AD Roberta Cunha de Mendonça ef aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat

Calhandra robusta Renv. arbusto cerrado


Calliandra selloi (Spreng.) Macbr. (=Calliandra
brempes Benth.) arbusto campo, cerrado
Calhandra stlvicola Harms. arbusto mata de galeria
Calhandra virgata Benth. subarbusto campo, cerrado
Calhandra viscidula Benth. arbusto campo rupestre
Calopogonium coeruleum (Benth.) Hemsl. trepadeira mata
Calopogonium galactioides (H. B. & K.) Hemsl. trepadeira mata
Calopogonium mucunoides Desv. trepadeira mata de galeria
Calopogonium velutinum (Benth.) Amsh. trepadeira mata, cerrado
Campisiandra comosa Benth. árvore mata de galeria
Camptosema coccineum (Benth.) Benth. arbusto cerrado, campo
Camptosema coriaceum (Nees & Mart.) Benth. arbusto cerrado, campo rupestre
Camprosema elhpticum (Desv.) Burkart trepadeira cerrado
Camptosema goiasana Cowan cerrado /ato sensu
Camprosema pedicellatum Benth. arbusto cerrado, mata
Camptosema scarlatinum (Mart. ex Benth.) Burk trepadeira cerrado, mata de galeria,
(=Galactia scarlatina (Benth) Taub.) mata ciliar
Camptosema spectabile (Tul.) Burkart trepadeira cerrado
Camptosema ulei Harms. cerrado
Camptosema vetulum Mart. ex Benth. trepadeira mata seca
Canavália picta Mart. ex Benth. trepadeira mata
Cassia arrojadiana Harms. cerrado
Cassia blanchetii Benth. cerrado
Cassia ciltata Benth. cerrado
Cassia curvifoha Vog. cerrado
Cassia ferruginea (Schrad.) Schrad. ex DC. árvore cerrado
Cassia hypolenca Mart. ex. Benth. cerrado
Cassia langsdorfii Kunth. cerrado
Cassia moschata Kunth. arbusto mata seca
Cassia uniflora Spreng. cerrado
Cenostigma gardnerianum "ul. arbusto cerradão
Cenostigma macrophyllum "Dul. árvore cerrado, mata
Centrolobium scleropbyllum Lima cerrado
Centrolobium tomentosurm Guill. ex Benth. árvore mata seca, mata ciliar
Flora vascular do Cerrado 423

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Centrosema angushifolium (H. B. & K.) Benth. trepadeira cerrado
Centrosema arenarinm Benth. trepadeira cerrado
Centrosema basifolia (Vog.) 1. & B. subarbusto cerrado, campo
Centrosema bifidum Benth. trepadeira mata
Centrosema bracteosum Benth. trepadeira mata de galeria
Centrosema brasilianum (L.) Benth. trepadeira mata, campo rupestre
Centrosema cortaceum Benth. subarbusto cerrado, mata, campo
rupestre
Centrosema macrocarpum Benth. trepadeira mata
Centrosema pascnorum Mart. cerrado (ato sensu
Centrosema platycarpum Benth. trepadeira mata de galeria
Centrosema plumieri (Vurp. ex Pers.) Benth. trepadeira mata
Centrosema polycarpum Benth. trepadeira mata
Centrosema pubescens Benth. trepadeira cerrado
Centrosema sagittatum (H. B. & K.) Brandeg subarbusto mata seca
Centrosema teresae Brandão & Costa trepadeira cerrado
Centrosema velutinum Mart. ex Benth. trepadeira mata
Centrosema venosum Mart. ex Benth. trepadeira cerrado, campo
Centrosema virginanum (L.) Benth. cerrado
Chaetocalyx bracteosa Rudd cerrado
Chaetocalyx brasthensis Benth. trepadeira cerrado
Chaetocalyx ebercarpa Benth. cerrado /ato sensu
Chaetocalyx longiflora A. Gray trepadeira mata, cerrado
Chaetocalyx scandens Vog. var. pubescens (DC.)
Rudd trepadeira área antrópica
Chamaecrista acosmifolia (Mart. ex Benth.)
I &B. var. acosmifola arbusto cerrado
Chamaecrista adenophora (Harms.) I. & B. cerrado (ato sensu
Chamaecrista adenophylla (Taub.) 1. & B. cerrado (ato sensu
Chamaecrista altoana (1. & B.) 1. & B. subarbusto mata de galeria
Chamaecrista amambaya (1. & B.) 1. & B. cerrado /ato sensu
Chamaecrista amictella 1. & B. erva cerrado
Chamaecrista andromedea (Benth.) I. & B. arbusto campo rupestre
Chamaecrista astrochiton (1. & B.) 1. & B. cerrado (ato sensu
Chamaecrista auris-zerdae (1. & B.) I. & B. cerrado (ato sensu
424 Roberta Cunha de Mendonça ef aí

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

Chamaecrista aurivilla (Benth.) 1. & B. cerrado (ato sensu


Chamaecrista axilhflora 1. & B. arbusto cerrado
Chamaecrista basifolia (Vog.) I. & B. erva campo sujo, cerrado
Chamaecrista benthamiana (Harms.) 1. & B. etva campo limpo
Chamaecrista bifohola (Harms.) 1. & B. arbusto cerrado ralo
Chamaecrista brachyrachis (Harms) I. & B.
(=Cassia brachyrachis Harms.) subarbusto cerrado, campo
Chamaecrista bracteolata (Vog.) I. & B. cerrado /ato sensu
Chamaecrista brevicalyx (Benth.) I. & B. var.
brevicalyx arbusto cerrado
Chamaecrista burchelli (Benth.) 1. & B. subarbusto cerrado
Chamaecrista caespitosa (Benth.) I. & B. cerrado (ato sensu
Chamaecrista calycioides (Coll) Greene cerrado (ato sensu
Chamaecrista campicula (Harms) I. & B. arbusto cerrado
Chamaecrista cariophylla (Vog) I. & B.
Chamaecrista cathartica (Mart.) 1. & B. arbusto cerrado
Chamáecrista cavalcantina (1. & B.) I. & B. arbusto cerrado
Chamaecrista celiae (1. & B.) I. & B. cerrado /ato sensu
Chamaecrista chaetostegia (1. & B.) 1. & B. cerrado (ato sensu
Chamaecrista chapadae (1. & B.) I. & B. arbusto campo rupestre
Chamaecrista chrysosepala (I. & B.) I. & B. arbusto mata de galeria
Chamaecrista cipoana (1. & B.) I. & B. arbusto cerrado, campo rupestre
Chamaecrista claussenii (Benth.) I. & B. var.
claussenii arbusto cerrado, campo
Chamaecrista claussenii (Benth.) I. & B. var.
cycloplylla I. & B. arbusto cerrado
Chamaecrista conferta (Benth.) 1. & B. subarbusto cerrado
Chamaecrista conferta (Benth.) I. & B.var. arbusto campo rupestre, campo
simulans I. & B. limpo
Chamaecrista conferta (Benth.) I. & B.var. virgata
18 subarbusto cerrado
Chamaecrista continifoha (G. Don.) I. & B. subarbusto cerrado
Chamaecrista cristalinae (1. & B.) 1. & B. cerrado /ato sensu
Chamaecrista cromnyotricha (Harms) I. & B. subarbusto cerrado
Chamaecrista cytisoides (Collad.) I. & B. arbusto cerrado
Flora vascular do Cerrado 425

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Chamaecrista cytisoides (Collad.) I. & B. var.
conferniformis (1. & B.) 1. & B. arbusto campo rupestre
Chamaecrista cytisoides (Collad.) I. & B. var.
micrantha (1. & B.) I. & B. arbusto campo rupestre
Chamaecrista dalbergiifoha (Benth.) I. & B. arbusto cerrado, cerrado, mata
Chamaecrista debilis (Vog.) I. & B. subarbusto cerrado
Chamaecrista decrescens (Benth.) I. & B. subarbusto | cerrado
Chamaecrista decumbens (Benth.) I. & B. subarbusto | campo
Chamaecrista densifolia (Benth.) I. & B. etva cerrado
Chamaecrista dentata (Vog.) I. & B. árvore cerrado, mata de galeria
Chamaecrista desvauxii (Collad.) Kilhp. var.
desvauxii (=Cassia tetraphylla Desv.) arbusto cerrado, cerradão, campo
Chamaecrista desvauxii (Collad.) Killip. var.
glanca 1. & B. subarbusto | mata
Chamaecrista desvauxii (Coliad.) Killip. var.
graminea I. & B. subarbusto | campo rupestre
Chamaecrista desvauxit (Collad.) Killip. var.
langsdorfii (Benth.) I. & B. subarbusto | campo sujo, cerrado
Chamaecrista desvauxii (Collad.) Killip. var.
latishipula (Benth) G.P. Lewis subarbusto | cerrado
Chamaecrista desvanscii (Collad.) Killip. var.
linearis (Iowin) 1. & B. subarbusto | campo rupestre
Chamaecrista desvauxii (Collad.) Killp. var.
malacophylla (Vog.) 1. & B. arbusto cerrado
Chamaecrista desvauxii (Collad.) Killip. var.
modesta 1. & B. subarbusto | cerrado
Chamaecrista desvauxit (Collad.) Killip. var.
molissima (Benth.) I. & B. subarbusto | campo sujo
Chamaecrista diphylla (L..) Greene. erva cerrado
Chamaecrista ensiformis (Nell. 1. & B.
(=Chamaecrista aponcouita (Aubl.) I. & B.) subarbusto | cerrado
Chamaecrista fagonioides (Vog.) I. & B. arbusto cerrado
Chamaecrista fagonioides (Vog;) 1. & B. var.
macrocahyx 1. & B. subarbusto | cerrado
Chamaecrista filicifolia (Benth.) 1. & B. subarbusto | cerrado, campo
426 Roberta Cunha de Mendonça ez aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Chamaecrista flexuosa (L.) Greene (=Cassia
Jlexnosa L.) subarbusto cerrado
Chamaecrista foederalis (1. & B.) I. & B. cerrado
Chamaecrista fulgida Barneby árvore cerrado ralo
Chamaecrista geminata (Benth.) 1. & B. erva cerrado
Chamaecrista glancofilix (1. & B.) I. & B. arbusto campo rupestre
Chamaecrista glischrodes 1. & B. arbusto cerrado
Chamaecrista hunti (1. & B.) 1. & B. arbusto cerrado
Chamaecrista hbuntii (1. & B.) 1. & B. var.
correntina (1. & B.) I. & B. arbusto cerrado
Chamaecrista imbricans (1. & B.) I. & B. arbusto cerrado, campo
Chamaecrista isidorea (Benth.) I. & B. arbusto cerradão
Chamaecrista jacobinea (Benth.) 1. & B. subarbusto cerrado, campo rupestre
Chamaecrista jurnensis (Hoehne) I. & B. arbusto cerrado
Chamaecrista kunthiana (Schlecht. & Cham.)
I & B. erva cerrado, campo, mata
Chamaecrista lavradiflora (Harms.) I. & B. subarbusto cerrado ralo
Chamaecrista longicuspis (Benth.) I. & B. subarbusto mata ciliar
Chamaecrista lundii (Benth.) I. & B. erva cerrado
Chamaecrista machaenifoha (Benth.) I. & B. arbusto mata
Chamaecrista mucronata (Spreng) I. & B. subarbusto campo rupestre, campo
Chamaecrista multinervea (Benth. I. & B. subarbusto campo rupestre, campo
Chamaecrista multiseta (Benth. I. & B. arbusto cerrado
Chamaecrista nanodes 1. & B. arbusto campo sujo
Chamaecrista neestana (Benth.) 1. & B. subarbusto cerrado
Chamaecrista neesiana (Benth.) I. & B. var.
Irixiracemosa (Harms.) I. & B. subarbusto campo
Chamaecrista nictitans (L.) Moench. erva cerrado, campo
Chamaecrista nictitans (L.) Moench. var.
brachypoda (Benth.)
I &pB. subarbusto cerrado
Chamaecrista nictitans (L.) Moench. var.
patellaria (Collad.) I. & B. (=Cassia patellaria
DC., Chamaecrista patellaria Greene) cerrado
Chamaecrista nictitans (L.) Moench. var. ramosa
(Vog) 1. & B. cerrado
Flora vascular do Cerrado
427

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Chamaecrista nummulanifolia (Benth.) I. & B. subarbusto cerrado, campo rupestre
Chamaecrista ochnacea (Vog.) I. & B. subarbusto cerrado
Chamaecrista oligosperma (Benth.) I. & B. arbusto cerrado
Chamaecrista olisiphylla (Vog.) I. & B. subarbusto campo rupestre
Chamaecrista orbiculata (Benth.) I. & B. var.
orbiculata árvore cerrado, campo
Chamaecrista paniculata (Benth.) 1. & B. árvore cerrado
Chamaecrista parvistipula (Benth.) I. & B. erva cerrado
Chamaecrista pascnorum (Benth.) I. & B. erva cerrado, campo
Chamaecrista philippi (1. & B.) 1. & B. cerrado
Chamaecrista planaltona (Harms.) I. & B. cerrado, campo
Chamaecrista pobliana (Benth.) 1. & B. cerrado
Chamaecrista psoraleopsis (1. & B.) I. & B.
(=Cassia psoraleopsis 1. & B.) subarbusto campo
Chamaecrista ramosa (Vog.) 1. & B. var. curvifolia
(Vog.) G.P. Lewis subarbusto cerrado, campo
Chamaecrista ramosa (Vog.) I. & B. var.
erythrocalyx (Benth.) 1. & B. arbusto campo limpo
Chamaecrista ramosa (Vog) I. & B. var. molissima
(Benth.) I. & B. arbusto cerrado
Chamaecrista ramosa (Vog.) 1. & B. var. parvifolia
(Irwin) I. & B. arbusto cerrado
Chamaecrista ramosa (Vog.) 1. & B. var. ramosa | arbusto cerrado, campo limpo,
cerradão
Chamaecrista repens (Nog) I. & B. subarbusto cerrado
Chamaecrista repens (Vog,) 1. & B. var. multijuga
(Benth.) I. & B. subarbusto cerrado
Chamaecrista roraimae (Benth.) Gleason - cerrado (ato sensu
Chamaecrista rotundata (Vog.) 1. & B. subarbusto cerrado
Chamaecrista rotundifolia (Pers.) Greene var.
grandiflora (Benth.) I. & B. subarbusto campo rupestre
Chamaecrista rotundifolia (Pers.) Greene var.
rotudifolia subarbusto cerrado
Chamaecrista rupestrium 1. & B. subarbusto campo rupestre
Chamaecrista scabra (Benth.) I. & B. subarbusto cerrado ralo
428 Roberta Cunha de Mendonça et a/.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

Chamaecrista semaphora (L.& B.) I. & B. subarbusto campo rupestre


Chamaecrista seticrenata (1. & B.) 1. & B. subarbusto mata de galeria, cerrado
Chamaecrista setosa (Vog.) 1. & B. arbusto cerrado
Chamaecrista setosa (Vog.) 1. & B. var. detonsa
(Benth.) I. & B. arbusto campo sujo
Chamaecrista sincorana (Harms.) I. & B. arbusto mata de galeria, campo
rupestre
Chamaecrista spinulosa 1. & B. árvore cerrado
Chamaecrista supplex (Mart. ex Benth.) Britton
& Rose ex Britton & Killp erva campo, cerrado ralo, área
antrópica
Chamaecrista tenuisepala (Benth.) I. & B. subarbusto campo rupestre
Chamaecrista trichopoda (Benth.) I. & B. erva cerrado, mata
Chamaecrista urophyllidia (1. & B.) 1. & B. arbusto campo rupestre, cerrado
Chamaecrista venatoria (Benth.) 1. & B. subarbusto cerrado |
Chamaecrista venulosa (Benth.) I. & B. erva campo rupestre
Chamaecrista viscosa (H. B. & K) 1. & B. var.
major (Benth.) I. & B. arbusto cerrado
Chamaecrista zygophyloides (Taub.) I. & B. var.
colligans (1. & B.) 1. & B. arbusto cerrado
Chlorolencon dumosum (Benth.) G. P. Lewis
(=Pithecolobinm dumosum Benth.) árvore mata de galeria
Chlorolencon foliolosum (Benth.) G. P. Lewis
(=Pithecolobium foliolosum Benth.) arvore mata de galeria
Chloroleucon mangense (Jacq.) Britton & Rose
var. mathewsii (Benth.) Barneby & Grim. arbusto cerrado, mata seca
Chlorolencon tenuiflorum (Benth.) Barneby &
Grimes (= Pithecellobium anajulae Rázzint) árvore mata seca decídua
Chlorolencon tortum (Maxt.) Pittier
(=Pithecellobium tortum Mart.) árvore mata seca decídua
Cleobuha multiflora Mart. trepadeira mata
Chitoria arborea Hoffm. ex Benth. árvore mata de galeria
Chitoria densiflora (Benth.) Benth. cerrado (ato sensu
Clitoria falcata Lam. var. falcata campo, cerrado
Clitoria flavicoma Benth. cerrado
Flora vascular do Cerrado 429

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Clitoria guianensis (Aubl) Benth. var. guianensis subarbusto cerrado, campo
Cltoria glycenioides Benth. etva campo limpo
Collaea argentina Griseb. arbusto área antrópica
Collaea aschersoniana (Taub.) Burkart erva cerrado
Collaea grewiacfolia (Benth.) Taub. arbusto cerrado, campo
Collaea speciosa (Loosel.) DC. árvore mata de galeria, cerrado,
cerradão
Copaifera bulbotricha Rizzini & Heringer árvore cerrado
Copaifera coriacea Mart. (=Copaifera cordifolia
Hayne) arbusto mata, cerradão, cerrado
Copaifera duckei Dwyer arbusto cerrado
Copaifera elliptica Mart. arbusto cerrado
Copaifera langsdorfii Dest. árvore mata de galeria, mata
ciliar, cerrado
Copaifera Inetxelburgii Harms. atbusto cerrado, cerradão, cerrado
Copaifera malmei Harms. arbusto cerrado, vereda
Copaifera marginata Benth. arbusto cerrado
Copaifera martii Hayne (=Copaifera martii Hayne
var. rígida (Benth.) Ducke) arbusto cerrado, cerradão
Copaifera nana Rizzini arbusto cerrado
Copaifera oblongifolia Mart. ex Hayne arbusto cerrado
Copaifera trapezifolia Hayne arbusto cerrado, mata
Coursetia arborea Griseb. arbusto cerrado (ato sensu
Coursetia rostrata Benth. arbusto cerrado
Cratylia argentea Kuntze (=Cratylia floribunda
Benth.) arbusto cerrado, cerradão, mata
de galeria
Crotalaria babiensis Windler & Skinner subarbusto cerrado
Crotalaria brachycarpa Benth. arbusto mata seca, mata ciliar
Crotalaria brachystachya Benth. subarbusto cerrado
Crotalaria breviflora DC. subarbusto cerrado
Crotalaria Jlavicoma Benth. subarbusto cerrado, mata ciliar
Crotalaria foliosa Benth. subarbusto campo limpo
Crotalaria goiasensis Windler & Skinner subarbusto campo, mata de galeria
Crotalaria grandiflora Benth. (=Crotalaria
acutiflora Benth.) subarbusto mata, cerrado, campo
430 Roberta Cunha de Mendonça ef a/.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

Crotalaria harleyi Windler & Skinner erva cerrado, campo


Crotalaria lanceolata E. Mey. subarbusto cerrado, campo
Crotalaria maypurensis H. B. & K. arbusto cerrado, mata ciliar
Crotalaria micans Link. (=Crotalaria anagyroides subarbusto mata de galeria, campo
H.B. &K. rupestre, cerrado
Crotalaria nitens Kunth. cerrado
Crotalaria otoptera Benth. subarbusto cerrado
Crotalaria palhda Dryand. (=Crotalaria mucronata subarbusto cerrado, campo, área
Desv.) antrópica
Crotalaria paulina Schrank. subarbusto cerrado ralo
Crotalaria pilosa Miller subarbusto cerrado, brejo, mata
Crotalaria spectabilis Roth (=Crotalaria sericea
Burm. f.) erva área antrópica
Crotalaria stipularia Desv. subarbusto campo, cerrado
Crotalaria striata Schum. & Thonn (=Crotalaria
falcata Schum. & Thonn.) subarbusto cerrado
Crotalaria unifoliolata Benth. subarbusto campo
Crotalaria velutina Benth. subarbusto campo
Crotalaria vespertilio Benth. subarbusto mata
Crotalaria vitelhna Ker-Gawler var. Jaeta (Mart.
ex Benth.) Windler & Skinner subarbusto cerrado
Crotalaria vitellina Ker-Gawler var. mtellina subarbusto mata, cerrado, área
antrópica
Cyclolobium clausseni Benth. árvore mata de galeria
Dalbergia acuta Benth. árvore cerrado
Dalbergia densiflora Benth. árvore mata seca
Dalbergia elegans A. M. Carvalho árvore mata seca
Dalbergia foliolosa Benth. árvore mata
Dalbergia frutescens (Vel) Bnitt. (= Dalbergia
variabilis Vog.) trepadeira mata

Dalbergia miscolobings Benth. (=Dalbergia violacea


(Vog)) Malme) árvore cerrado
Desmanthus virgatus (L.) Willd. cerrado
Desmodium adscendens (Sw) DC. subarbusto área antrópica
Desmodium barbatum (L.) Benth. subarbusto cerrado, campo
Flora vascular do Cerrado 431

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Desmodium cajamfolinm (H. B. & K) DC. subarbusto mata de galeria
Desmodium cuneatum Hook. & Arn. subarbusto campo sujo, campo úmido
Desmodinm discolor Vog. erva cerradão
Desmodium distortum (Awbl) Macbr. arbusto cerrado, campo, área
antrópica
Desmodium glabrum (Mall) DC. cerrado
Desmodium incanum (Sw) DC. (=Desmodium subarbusto | cerrado, campo, área
canum ((Gmel.) Schins. & Thellung.) antrópica
Desmodium leiocarpum (Spreng.) G.Don. arbusto mata de galeria, cerrado
Desmodium pachyrhizum Vog. erva cerrado
Desmodium platycarpum Benth. erva cerrado, campo limpo
Desmodium procumbens (Mall) Hitche. erva cerrado, área antrópica
Desmodium tortnosum (Swartz) DC. (=Desymodium
purpureum (Mill) Fawc. & Rendl.) erva cerrado, campo
Desmodinm uncinatum DC. trepadeira cerrado, área antrópica
Dimorphandra biretusa Dul. árvore cerrado (ato sensu
Dimorphandra gardneriana Tul. árvore cerrado
Dimorphandra mollis Benth. árvore cerrado
Dimorphandra wilsoniz Rizzini árvore cerrado
Diocka bicolor Benth. trepadeira cerrado (ato sensu
Diocha cortacea Benth. trepadeira mata de galeria, cerrado
Dioclea glabra Benth. trepadeira mata, cerrado
Dioclea grandiflora Mart. ex Benth. trepadeira mata seca
Diocka huberii Ducke trepadeira cerrado (ato sensu
Dioclkea lanfolia Benth. trepadeira mata, cerrado
Diocka paraguayensis Benth. cerrado (ato sensu
Diocka reflexa Hook. f. trepadeira mata
Diocka virgata (L. C. Rich.) Amsh. trepadeira mata de galeria
Duptychandra aurantiaca Tul. ssp. aurantiaca arbusto cerrado /ato sensu
Diptychandra aurantiaca Tul. ssp. epunctata (Tul.)
Lima, Carvalho & Costa arbusto cerrado /ato sensu
Dipteryx alata Vog. árvore campo, cerrado, mata de
galeria
Enterolobium contortistliquum (Nell) Morong. árvore mata de galeria
Enterolobium gummiferum (Mart.) Macb.
(=Enterolobium elhpticum Benth.) árvore cerrado, cerrado ralo
432 Roberta Cunha de Mendonça ez a/.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Enterolobium schomburgkii Benth. árvore cerrado
Eriosema benthamianum Mart. ex Benth. subarbusto cerrado
Eniosema brachyrhachis Harms. cerrado /ato sensu
Eniosema breves Gtrear arbusto campo
Eniosema congestum Benth. subarbusto cerrado
Eniosema crinatum (H. B. & K.) G. Don. subarbusto cerrado
Enosema crinatum (H. B. & K.) G. Don. var.
Jusiformis (Rusby) Grear subarbusto campo sujo
Enisema cupreum Harms. erva campo rupestre
Eniosema defohatum Benth. subarbusto cerrado
Erniosema dominguezii Urb. & Ekman
Erniosema floribundum Benth. cerrado (ato sensu
Enisema glabrum Mart. ex Benth. subarbusto campo, cerrado ralo
Ernisema glaziovii Harms. erva cerrado
Enosema grewiaefoha (Benth.) Taub. erva cerrado
Eriosema heterophyllum Benth. cerrado (ato sensu
Enosema invinii Grear cerrado
Enosema longifolium Benth. cerrado
Eniosema prorepens Benth. cerrado (ato sensu
Eniosema pycnanthum Benth. cerrado (ato sensu
Enosema rigidum Benth.
Eniosema rufum H. B. & K. cerrado, campo rupestre
Enosema rufum H. B. & K. var. macrostachyum
G. Don erva cerrado
Eniosema simplicifolium (H. B. & K.) G. Don. arbusto campo limpo
Enosema stipulare Benth. - cerrado, cerradão
Ernosema venulosum Benth. arbusto cerrado
Erythrina crista-galli L. árvore cerrado, área antrópica
Erythrina dominguezit Hassler árvore mata
Erythrina fakata Benth. árvore cerrado, área antrópica
Erythrina speciosa Andrews árvore mata perturbada
Erythrina ulei Harms. árvore mata seca
Erythrina velutina Willd. árvore cerrado, mata
Erythrina verna Vell. (=Erythrina mulungu Mart.
ex Benth.) árvore mata, cerrado, mata
perturbada
Flora vascular do Cerrado
433

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Galactia braviata (Vell.) Burkart erva cerrado
Galachia decumbens (Benth.) Chod. & Hassl. erva cerrado ralo
Galactia douradensts Taub. arbusto cerrado
Galactia dubia DC. trepadeira mata de galeria
Galactia ertosematoides Harms. subarbusto campo
Galactia glaucescens Kunth. erva cerrado
Galactia (Collaea) heringeri Burkart erva cerrado
Galactia jussiacana Kunth. var. g/abrescens Benth. |subarbusto cerrado
Galactia martii DC. erva cerrado, campo rupestre,
campo
Galactia neesti DC. var. macropoda (Cowan)
Burkart subarbusto campo, cerrado
Galactia neesit DC. var. neesti (Cowan) Burkart | subarbusto campo, cerrado
Galactia peduncularis (Benth.) Taub. erva cerrado
Galactia remansoana Harms. erva cerrado, campo
Galactia stereophylla Harms. erva cerradão
Galactia striata (Jacq.) Urban trepadeira mata
Harpalyce brasiliana Benth. var. brasiliana arbusto cerrado
Harpalyce hilariana Benth. var. hilariana arbusto cerrado
Harpalyce hilariana Benth. var. speciosa (Harms)
Arroyo subarbusto campo úmido
Harpalyce lepidota Taub. arbusto cerrado
Harpalyce macedoi Cowan arbusto cerrado
Harpalyce minor Benth. arbusto cerrado
Harpalyce parmfohia Inn & Arroyo arbusto cerrado
Harpalyce robusta Irwin & Arroyo subarbusto campo rupestre
Holocahyx balansae Micheli árvore mata de galeria
Hydrochorea marginata (Benth.) Barneby &
Grimes (=Pithecolobium marginatum Spruce ex
Benth.) árvore mata de galeria
Hymenaea courbaril L. var. courbaril árvore mata de galeria
Hymenaea courbaril L. var. stilbocarpa (Hayne)
Lee & Lang. árvore mata de galeria
Hymenaea eriogyne Benth. árvore cerrado
Hymenaca maranhensis Lee & Lang. árvore cerrado
434 Roberta Cunha de Mendonça ez a/.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat

Hymenaca martiana Hayne árvore mata de galeria


Hymenaca stigonocarpa Mart. ex Hayne árvore cerrado, mata ciliar
Hymenaea stigonocarpa Mart. ex Hayne var.
pubescens Benth. árvore campo sujo, cerrado
Hymenaca velutina Ducke árvore cerrado, cerradão
Hymenolobium heringerianum Rázzini árvore mata
Indigofera gracilis Bong. - cerrado /ato sensu
Indigofera hirsuta L. erva cerrado, área antrópica
Indigofera lespedezioides H. B. & K. subarbusto | cerrado, mata
Indigofera sufjruticosa Mal. arbusto mata de galeria
Inga alba (Sw.) Willd. (=Inga aggregata G. Don.) | árvore mata de galeria
Inga cylindrica (Vell) Mart. árvore mata de galeria, mata seca
Inga edulis Mart. (=Inga scabrinscula Benth.) árvore mata de galeria, área
antrópica
Inga heteropbylla Willd. árvore mata de galeria
Inga ingoides (Rich.) Willd. árvore mata ciliar, mata de
galeria
Inga lateriflora Mig. árvore mata, cerrado /ato sensu
Inga laurina (Sw) Willd. árvore mata de galeria
Inga marginata Willd. árvore mata de galeria
Inga nobilis Willd. ssp. nobilis árvore mata
Inga pilosula (Rach.) J. F. Macbr. árvore mata
Inga sessilis Mart. árvore mata de galeria, mata ciliar
Inga thibaudiana DC. ssp. russotomentella
(Malme) T. D. Penn. árvore mata de galeria
Inga thibaudiana DC. ssp. thibaudiana árvore mata de galeria
Inga vera Whlld. árvore mata de galeria
Inga vera Willd. ssp. affinis (DC) T.D. Penn.
(=Inga affinis (DC.) T. D. Penn.; Inga uraguensis
Hook. & Arnot) árvore mata de galeria
Inga vulpina Mart. ex Benth. árvore mata ciliar
Lewcochloron foederale Barneby & Grimes árvore mata
Lencochloron incuriale (Nell) Barneby & Grimes
(=Pithecolobium incuriale Benth.; Albizia incuriale árvore mata seca decídua, mata
Benth.) de galeria
Flora vascular do Cerrado
435

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Lonchocarpus araripensis Benth. árvore mata

Lonchocarpus cultratus (Nell) Tozzi & H. C. Lima árvore mata de galeria


Lonchocarpus montanus Tozzi árvore mata seca semidecídua
Lonchocarpus obtusus Benth. arbusto mata seca
Lonchocarpus sericeus H. B. & K. árvore mata seca decídua
Luetzelburgia auriculata (Fr. Allem.) Ducke árvore cerrado
Luetzelburgia palhidiflora (Rizzini) H. C. Lima árvore mata seca decídua
Luetzelburgia praecox (Harms.) Harms. árvore mata

Lupinus compitus Benth. subarbusto campo limpo


Lupinus coriaceus Benth. subarbusto campo rupestre
Lupinus crotalarioides Mart. ex. Benth. erva cerrado, campo rupestre
Lupinus instgnis Glaz. ex C. P. Smith subarbusto campo rupestre

Lupinus laevigatus Benth. subarbusto campo rupestre

Lupinus luetxelbugianus C. P. Smith subarbusto campo rupestre


Lupinus subsessilis Benth. subarbusto cerrado
Lupinus vaginans Benth. subarbusto cerrado
Lupinus velutinus Benth. subarbusto cerrado, campo rupestre

Machaerium acutifolium Vog. árvore mata seca

Machaerium acunifolium Vog. var. muticum Benth. árvore mata

Machaerium amplum Benth. trepadeira área antrópica


Machaerium condensatum Kuhlm. & Hoehne árvore mata de galeria
Machaerium erithroloma (Maxt. ex Benth.) Urban árvore mata
Machaerium finvovenosum KH. C. Lima arbusto mata seca decídua
Machaerium hirtum (Nell.) Stellf. (=Machaerium árvore mata de galeria, cerrado,
angushfoliunm Vog.) mata seca decídua
Machaerium incorruptibile (Vell) Benth. cerrado
Machaerium lanatum Tul. árvore mata

Machaerium lanceolatum (Nell) Macbr. árvore mata de galeria


Machaerium nigrum Vog. árvore mata
Machaerium nyctitans (Nell) Benth. árvore mata de galeria
Machaerium oblongifolium Vog. árvore mata de galeria
Machaerium opacum Vog. árvore cerradão, cerrado
Machaerium pilosum Benth. árvore cerrado
Muachaerinm seleroxylon Pul, árvore cerradão, mata seca
Machaerium shipitatum (DC.) Vog. árvore mata
436 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

Machaerium villosum Vog. árvore mata de galeria


Macrolobium bifolium (Awubl.) Pers. árvore mata
Macroptilium atropurpureum Urban trepadeira cerrado
Macroptilium bracteatum (Nees & Mart.)
Maréchal & Boudet trepadeira brejo, cerrado
Macroptilium erythroloma (Mart. ex Benth.) Urb. trepadeira cerrado, campo
Macroptilium gracile (Poepp. ex Benth.) Urb. erva campo, cerrado
Macroptilium lathyroides (L.) Urb. erva campo, cerrado
Macroprilium monophyllum (Benth.) Maréchal &
Boudet cerrado, campo
Macroptilium prostratum (Benth.) Urb. cerrado, campo
Macroptilium sabaraense (Hoehne) V. P. área antrópica, campo,
Barbosa-Fevereiro cerrado
Matiodendron mediterraneum (Mart. ex. Benth.)
Koeppen. árvore cerrado, mata
Melanoxylon brauna Schott. cerrado
Mimosa accedens Barneby arbusto cerrado, campo
Mimosa acutishipula Benth. arbusto cerrado
Mimosa adenocarpa Benth. arbusto cerradão
Mimosa adenotricha Benth. árvore cerrado
Mimosa albolanata Taub. var. brasiliana Barneby arbusto cerrado
Mimosa annis-nigri Barneby arbusto cerrado
Mimosa artemisiana Heringer & Paula árvore mata de galeria
Mimosa aurivillus Mart. var. sordescens Benth. arbusto campo rupestre, campo
Mimosa barreto: Hoehne arbusto mata ciliar, mata seca
Mimosa bimucronata (DC) O. Kuntze árvore mata de galeria
Mimosa blanchetti Benth. arbusto cerrado, campo rupestre
Mimosa burchelhi Benth. erva cerrado
Mimosa caesalpinifolia Benth. arbusto cerrado
Mimosa campicola Harms. var. planites Barneby subarbusto cerrado
Mimosa claussenti Benth. var. claussentt arbusto cerrado, campo
Mimosa claussenii Benth. var. prorsiseta Barneby arbusto cerrado
Mimosa coruscocaesta Barneby arbusto cerrado
Mimosa cryptothamnos Barneby subarbusto cerrado ralo
Mimosa cyclophylla Taub. subarbusto cerrado
Flora vascular do Cerrado 437

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Mimosa debilis Humb. & Bonpl. ex Willd. var.
debilis subarbusto mata
Mimosa demissa Barneby subarbusto campo limpo
Mimosa densa Benth. var. densa arbusto cerrado, campo rupestre
Mimosa desnodioides Benth. erva cerrado
Mimosa dichroa Barneby cerrado
Meimosa dimidiata Benth. subarbusto | cerrado, campo
Mimosa distans Benth. cerrado
Mimosa dollens Vell. subarbusto cerrado, campo
Mimosa dominarum Barneby subarbusto campo
Mimosa echinocarpa Benth. arbusto campo
Mimosa extensa Benth. arbusto campo
Mimosa fakipina Benth. subarbusto cerrado
Mimosa fihpes Mart. erva cerrado, campo sujo,
campo rupestre

Mimosa foholosa Benth. arvore cerrado


Mimosa foliolosa Benth. var. brevibracteata
Barneby arbusto cerrado
Mimosa foliolosa Benth. var. foederalis Barneby arbusto cerrado
Mimosa foliolosa Benth. var. mulnpinna (Benth.)
Barneby (=Mimosa mulnpinna Benth.) arbusto cerrado
Mimosa foliolosa Benth. var. peregrina Barneby arbusto cerrado, campo rupestre
Mimosa foliolosa Benth. var. pubescens Benth. arbusto cerrado
Mimosa gemmulata Barneby var. adamantina
Barneby arbusto cerrado, campo
Mimosa glaucescens Posr. arbusto cerrado, campo rupestre
Mimosa gracilis Benth. var. brevissima Barneby erva campo, cerrado
Mimosa gracilis Benth. var. capilhpes (Benth.)
Barneby cerrado
Mimosa gracilis Benth. var. fihformis (Benth.)
Barneby erva cerrado, campo

Mimosa gracilis Benth. var. gracilis erva cerrado


Mimosa guaranitica Chodat & Hassler erva cerrado
Mimosa heterotricha Burkart. subarbusto cerrado
Mimosa hirsutissima Mart. (=Mimosa nervosa
Bong. ex Benth.) arbusto cerrado, campo
438 Roberta Cunha de Mendonça et a/.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat

Mimosa hirsutissima Mart. var. grossa Barneby arbusto mata de galeria, cerrado
Mimosa honesta Mart. subarbusto campo rupestre
Mimosa bypoglauca Mart. var. hallostegia Barneby arbusto cerrado
Mimosa bypoglanca Mart. var. hypoglauca arbusto campo rupestre, cerrado
Mimosa imbricata Benth. arbusto cerrado, cerradão
Mimosa interrupta Benth. árvore cerrado
Mimosa invisa Mart. subarbusto campo
Mimosa irrigua Barneby arbusto cerrado
Mimosa invinii Barneby subarbusto campo limpo
Mimosa lanuginosa (Glaz.) Burkart subarbusto cerrado
Mimosa lasiophylla Benth. arbusto cerrado
Mimosa laticifera Rizzini & Mattos árvore mata de galeria, cerradão
Mimosa lewisit Barneby arbusto cerrado, campo rupestre
Mimosa longipedunculata Taub. arbusto campo, cerrado
Mimosa macedoana Burk. arbusto campo rupestre
Mimosa manidea Barneby árvore campo, cerrado
Mimosa melanocarpa Benth. arbusto cerrado
Mimosa millefoliata Scheele arbusto cerrado /ato sensu
Mimosa nitens Benth. arbusto campo limpo
Mimosa nuda Benth. var. ramosa (Benth.)
Barneby arbusto cerrado
Mimosa obovata Benth. arbusto cerrado
Mimosa oedoclata Barneby árvore cerrado
Mimosa oligophylla Micheli arbusto cerrado
Mimosa palmetorum Barneby subarbusto campo rupestre
Mimosa paludosa Benth. árvore cerrado, cerradão, campo
rupestre
Mimosa pellita Humb. & Bonpl. ex Willd. arbusto cerrado perturbado
Mimosa petiolaris Benth. subarbusto cerrado
Mimosa piptoptera Barneby erva cerrado
Mimosa pitbecolobioides Benth. arbusto cerrado, campo rupestre
Mimosa platyphylla Benth. erva cerrado
Mimosa polycephala Benth. cerrado
Mimosa pomnians H. B. & K. erva campo
Mimosa procurrens Benth. subarbusto cerrado
Flora vascular do Cerrado 439

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Mimosa psendoradula Glaz. ex Barneby var.
psendoradula arbusto campo, cerrado
Mimosa pteridifolia Benth. arbusto cerrado
Mimosa pumílio Barneby erva vereda
Mimosa pyrenea Taub. erva campo, cerrado
Mimosa quadrivalvis L. erva cerrado
Mimosa radula Benth. arbusto campo limpo, cerrado
Mimosa radula Benth. var. calycina (Benth.)
Barneby (=Mimosa calycina Benth.) arbusto cerrado
Mimosa radula Benth. var. imbricata (Benth.
Barneby subarbusto cerrado, mata de galeria
Mimosa regina Barneby árvore cerrado
Mimosa rhodostegia Barneby arbusto cerrado
Mimosa rigida Benth. arbusto cerrado
Mimosa rixosa Mart. erva cerrado
Mimosa rufipila Benth. arbusto cerrado
Mimosa sensitiva Lodd. erva cerrado
Mimosa sericantha Benth. arbusto cerrado
Mimosa setosa Benth. var. setosa arbusto campo limpo, cerrado
Mumosa setostssima Taub. arbusto campo
Mimosa soderstromii Barneby arbusto cerrado
Mimosa somnians H. & B. ex Willd. var.
lastocarpa (Benth.) Barneby arbusto cerrado
Mimosa somnians H. & B. ex Willd. var.
leptocaulis (Benth.) Barneby subarbusto cerrado
Mimosa somnians H. & B. ex Willd. var. /ongipes
Barneby subarbusto cerrado
Mimosa somnians H. & B. ex Willd. var. /upulina
(Benth.) Barneby arbusto cerrado
Mimosa somnians H. & B. ex Willd. var. somntans arbusto cerrado
Mimosa somnians H. & B. ex Willd. var.
velascoensts (Harms.) Barneby arbusto cerrado
Mimosa somnians H. & B. ex Willd. var. viscida
(Willd.) Barneby subarbusto cerrado
Mimosa speciosissima Taub. (=Mimosa brachycantis
Harms ex Glaziou) subarbusto campo limpo, cerrado
440 Roberta Cunha de Mendonça et a/.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat

Mimosa subnervis Benth. cerrado


Mimosa supravisa Barneby
Mimosa teniuflora (Willd.) Poir. cerrado
Mimosa ulbrichiana Harms. arbusto cerrado
Mimosa nlet Taub. var. ules arbusto campo rupestre
Mimosa ursina Mart. cerrado
Mimosa velloxiana Mart. subarbusto cerrado
Mimosa venatorum Barneby subarbusto cerradão
Mimosa verrucosa Benth. arbusto cerrado
Mimosa xanthocentra Mart. var. mansii (Mart.)
Barneby subarbusto cerrado
Mimosa xanthocentra Mart. var. subsericea (Benth.)
Barneby (=M. subsericea Benth.) arbusto cerrado, campo
Mucuna pruriens (L.) DC. trepadeira cerrado perturbado, mata
seca

Myroxylon peruiferum L. £. (=Myroxylon balsamum


(L. £) Harms.) árvore mata
Neptunia plena (L.) Benth. cerrado
Ormosia arborea (Nell) Harms. arvore mata
Ormosia fastigiata ul. arvore mata de galeria
Ormosia nobilis Tul. arvore mata de galeria
Ormosia stipularis Ducke árvore mata de galeria
Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan árvore mata de galeria
Parkia platycephala Benth. árvore cerrado, cerradão
Peltogyne confertiflora (Hayne) Benth. arvore cerrado
Peltogyne maranhensis Ducke cerrado (ato sensu
Peltogyne paniculata Benth. ssp. pubescens
(Benth.) M. F. Silva árvore cerrado
Periandra acutifoha Benth. cerrado (ato sensu
Periandra coccinea (Schrad.) Benth. trepadeira cerrado ralo, mata de
galeria
Periandra densiflora Benth. trepadeira cerradão
Periandra dukiis Benth. cerrado
Periandra gracilis Irwin & Arroyo subarbusto cerrado
Periandra heteropbylla Benth. arbusto cerrado
Flora vascular do Cerrado 441

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Periandra mediterranea (Vell) Taub. var. arbusto cerrado denso, campo
mediterranea (=P. dulcis Mart. ex Benth.) rupestre
Phaseolus uleanus Harms. cerrado
Piptadenia adiantoides (Spreng.) Macbr. árvore mata ciliar
Piptadenia gonoacantha (Mart.) Macbr.
(=Piptadenia communis Benth.) árvore mata de galeria
Piptadenia moniliformes Benth. árvore mata
Piptadenia viridiflora (Kunth.) Benth. cerrado
Pithecellobium multiflorum (H. B. & K) Benth. cerrado
Plathymenia foliolosa Benth. árvore mata de galeria
Plathymenia reticulata Benth. árvore cerradão, cerrado
Platycyamus regnelhii Benth. arvore mata de galeria
Platymiscinm Jloribundum Vog. árvore mata de galeria
Platymiscinm floribundum Vog. var. nitens (Vog.)
Klitgaard árvore mata
Platymiscinm pubescens Micheli cerrado
Platymiscium trinitalis Benth. árvore mata de galeria
Platymiscinm zebntneri Harms. cerrado
Platypodium elegans Vog. (=Platypodium viride
Vog.) árvore mata de galeria, mata seca
Poecilanthe subcordata Benth. árvore cerrado
Poeppigia procera Presl. arbusto cerrado
Poiretia angustifolia Vog. subarbusto cerrado
Pozretia babiana C. Muller subarbusto campo rupestre
Poiretia elegans C. Muller subarbusto cerrado, mata seca
Poiretia latifolia Vog. erva cerrado
Poiretia lanfolia Vog. var. coniifolia (Vog) Benth. subarbusto cerrado
Poiretia marginata C. Muller subarbusto cerrado, campo
Poiretia matogrossensis C. Múller subarbusto cerrado ralo, cerradão
Poiretia pubescens Vog. trepadeira mata de galeria
Poiretia punctata (Willd.) Desv. trepadeira mata
Porretia scandens Vent. trepadeira cerrado
Poiretia unifoliolata Barreto ex Martin &
Pedersoli arbusto mata ciliar
Pterocarpus robri Vahl. árvore mata de galeria, mata
seca, cerrado
442 Roberta Cunha de Mendonça ef aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

Pterodon abruptus (Moric.) Benth. arvore cerrado


Pterodon emarginatus Vog. (=Pterodon polygaliflorus
(Benth.) Benth.) árvore cerrado, cerradão
Prerodon pubescens (Benth.) Benth. árvore mata, cerradão, cerrado
Pterogyne nitens Tul. árvore cerrado
Pueraria phaseoloides (Roxb.) Benth. trepadeira mata seca
Rhynchosia classeni Benth. cerrado /ato sensu
Rhynchosia edulis Griseb. trepadeira mata
Rhynchosia melanocarpaJ.W. Grear trepadeira mata de galeria
Rhynchosia minima (L.) DC. cerrado
Rhynchosia phaseoloides (Sw) DC. trepadeira mata
Rhynchosia pyramidalis (Lam.) Urban trepadeira mata
Rhynchosia reticulata DC. trepadeira mata de galeria
Samanea tubulosa (Benth.) Barneby & Grimes árvore área antrópica
Schrankia leptocarpa DC. erva cerrado
Selerolobium aureum (Tul.) Benth. árvore cerrado
Solerolobium hypolencum Benth. arvote cerrado
Selerolobinm paniculatum Vog. var. paniculatum árvore cerradão, cerrado
Selerolobium paniculatum Nog. var. rubiginosum
(Tul.) Benth. árvore mata

Selerolobium paniculatum Vog. vat. subvelutinum


Benth. árvote cerrado
Sclerolobium rugosum Mart. ex Benth. árvore mata de galeria, cerrado
Senna acurnensis (Benth.) 1. & B. arbusto cerrado
Senna alata (L.) Roxb. subarbusto cerrado
Senna bicapsularis (L.) Roxb. arbusto cerrado, mata ciliar
Senna campicola (Harms) I. & B. arbusto cerrado
Senna cana (Nees & Mart.) I. & B. var. cana arbusto cerrado
Senna cana (Nees & Mart.) I. & B. var. hypolenca
(Benth.) I. & B. (=Cassia hypolenca Mart. ex
Benth.) arbusto cerrado, campo rupestre
Senna cernua (Balbis) I. & B. arbusto mata
Senna corifolia (Benth.) I. & B. var. caesta
(Hatms) I. & B. árvore mata de galeria, mata ciliar
Senna corifola (Benth.) I. & B. var. confolia arbusto cerrado, campo rupestre
Flora vascular do Cerrado 443

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Senna georgica 1. & B. var. georgica árvore mata de galeria
Senna hirsuta (L.) 1. & B. (=Cassia hirsuta L.) arbusto mata de galeria
Senna laevigata Willd. árvore mata de galeria
Senna latifolia (Meyer) I. & B. arbusto cerrado
Senna machaenifolia (Benth.) I. & B. erva cerrado
Senna macranthera (Collad.) I. & B. árvore mata ciliar
Senna macranthera (Collad.) I. & B. var. micans
(Nees) I. & B. (=Cassia micans Nees, Cassia árvore cerrado, campo, mata
spectosa Schrad.) ciliar
Senna macranthera (Collad.) I. & B. var. nervosa
(Vog.) I. & B. árvore mata
Senna mollicaulis (Harms) I. & B. subarbusto cerrado
Senna multijuga (L. C. Rich.) I. & B. árvore mata de galeria
Senna multijuga (L. C. Rich.) I. & B. var.
lindleyana (Gard.) I. & B. árvore mata de galeria inundável
Senna obtusifoha (L.) 1. & B. (=Cassia obtusifolia
L., Cassia tora L.) arbusto cerrado perturbado
Senna occidentalis (L..) Link erva área antrópica
Senna pendula (Humb. & Bonpl. ex Willd.) I. & B. arbusto cerrado, mata ciliar
Senna pendula (Humb. & Bonpl.ex Willd.)
I. & B. var. glabrata (Vog.) 1. & B. arbusto mata de galeria
Senna pentagonia (P. Mill.) I. & B. cerrado
Senna pilifera (Vog.) var. subglabrata (S. Moore)
I &B. subarbusto mata

Senna reniformis (G. Don.) I. & B. árvore mata ciliar, mata seca
Senna rugosa (G. Don.) I. & B. (=Cassia rugosa
G. Don.) arbusto cerrado, mata de galeria
Senna stamea (Lam.) 1. & B. árvore área antrópica
Senna silvestris (Vell.) 1. & B. (=Cassia sylvestris
Vell.) árvore cerrado
Senna silvestris (Vell.) 1. & B. var. bifaria 1. & B. árvore cerrado, mata
Senna silvestris (Vell.) 1. & B. var. guaranitica
(Ch. & H.) I. & B. árvore cerradão
Senna spectabilis (DC.) 1. & B. var. excelsa
(Schrad.) I. & B. arbusto cerrado
444 Roberta Cunha de Mendonça et a/.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat

Senna splendida (Vog.) I. & B. (=Cassia splendida


Vog.) arbusto cerrado
Senna trachypus (Benth.) I. & B. arbusto cerrado
Senna velutina (Vog) 1. & B. árvore cerrado
Sesbania emerus (Aubl) Urb. cerrado
Sesbania exasperata H. B. & K. arbusto vereda
Sesbania marginata Benth. arbusto mata
Sesbania sesban (L.) Merr. arbusto mata de galeria
Stryphnodendron adstringens (Mart.) Cov.
(=S. barbadetiman (Nell) Mart.) árvore cerrado
Stryphnodendron confertum Heringer & Rizzini árvore cerrado
Stryphnodendron coriaceum Benth. árvore cerrado
Stryphnodendron goyazensis Taub. árvore cerrado
Stryphnodendron gracile Heringer & Rizzini arbusto campo, campo limpo
Stryphnodendron heringeri Martins arbusto campo
Stryphnodendron cristalinae Heringer arbusto campo rupestre
Stryphnodendron obovatum Benth. arbusto cerrado
Strypbnodendron platyspicum Razzini & Heringer arbusto campo rupestre
Sirypbnodendron polyphyllum Maxt. var. villosum
Benth. arbusto cerrado
Stryphnodendron rotundifolium Mart. ex Benth. átvote mata de galeria, cerrado,
campo rupestre
Stylosanthes acuminata M. B. Ferr. & S. Costa erva campo cerrado, cerrado
Stylosanthes angustifolia Vog. erva cerradão, cerrado
Stylosanthes bracteata Vog. erva cerrado
Stylosanthes capitata Vog. subarbusto cerrado
Stylosanthes grandifolia M. B. Ferr. & S. Costa erva cerrado
Stylosanthes guianensis (Aubl.) Sw. var. gracilis
(Kunth.) Vog. (=S. gracilis Kunth.) subarbusto cerrado, campo
Stylosanthes guianensis (Aubl) Sw. var. guianensis subarbusto cerrado, brejo
Stylosanthes guianensts (Aubl) Sw. var.
microcephala M. B. Ferr. & S. Costa cerrado
Stylosanthes guianensis (Aubl.) Sw. var. pauciflora
M. B. Ferr. & S. Costa cerrado
Stylosanthes guianensis (Aubl.) Sw. var. vulgaris
M. B. Ferr. & S. Costa subarbusto cerrado
Flora vascular do Cerrado
445

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Stylosanthes macrocephala M. B. Ferr. & S. Costa | erva cerrado
Stylosanthes nunoi Brandão subarbusto | cerrado
Stylosanthes ruelhoídes Mart. subarbusto | cerrado
Stylosanthes scabra Vog. subarbusto | cerrado, campo rupestre
Stylosanthes viscosa Sw. subarbusto | cerrado, campo rupestre
Swartzia acutifolia Vog. árvore mata seca
Swartzia apetala A. DC. árvore mata seca
Swartzia flaemingii Raddi var. flaemingis árvore mata seca
Swartzia flaemingit Raddi var. psilonema (Harms)
Cowan árvore mata
Swartzia grazielana Razzini arbusto cerrado
Swartzia latifolia Benth. árvore mata de galeria
Swartzia macrostachya Benth. var. macrostachya | | árvore , cerrado
Swartzia macrostachya Benth. var. riedelii Cowan | árvore cerrado, mata
Swartzia mulhjnga Vog. árvore mata
Swartzia pilulifera Benth. árvore campo rupestre, cerrado
Sweetia dasycarpa Benth. - cerrado
Sweetia fruticosa Spreng. - cerrado
Tephrosia adunca Benth. erva cerrado
Tephrosta candida DC. arbusto cerrado perturbado
Tephrosia cinerea Pers. erva campo
Tephrosia purpurea Pers. ssp. leptostachya (DC.)
Brummitt (=T. leptostachya DC.) erva cerrado
Tephrosta rufescens Benth. erva campo
Teramnus uncinatus (L.) Sw. trepadeira cerrado
Vatairea macrocarpa (Benth.) Ducke árvore certadão
Vigna candida (Nell) Maréchal, Mascherpa & trepadeira mata de galeria, campo
Stainier (=Phaseolus appendiculatus Benth.) rupestre

Vigna dolichoides (Vell.) Fev. & Barb. (inéd.) trepadeira mata


Vigna firmula (Benth.) Maréchal, Mascherpa arbusto mata seca, cerradão,
& Stainier (=Phaseolus firmulus Mart.) campo rupest e

Vigna linearis (H. B. & K.) Maréchal, Mascherpa


& Stainier (=Phaseolus linearis H. B. & K.) trepadeira cerrado, campo
Vigna peduncularis (H. B. & K.) Fawc. & Rendl. erva campo rupestre, cerrado
var. peduncularis perturbado
446 Roberta Cunha de Mendonça et aí

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Vigna speciosa (H. B. & K.) Verde. trepadeira cerrado perturbado
Vigna umbellata (Thunb.) Owhi & Okashi
(=Dolichos umbellatus Thunb.)
Zollernia ilicifoha (Brongm.) Vog. (=Zollernia
securidacifolia Benth.) árvore mata de galeria, cerrado
Zornia curvata Mohlenbr. var. curvata erva brejo
Zornia flemmingioides Moric. campo rupestre
Zornia gemellaa (Willd.) Vog.
Zornia glavinesit Brandão & S. Costa árvore cerrado, cerrado ralo
Zornia glaziovit Harms. erva cerrado
Zornia tatifoha Sm. erva campo sujo, cerrado
Zornia marajoara Huber cerrado
Zornia mitxiana S. Costa cerrado
Zornia reticulata Sm. campo rupestre, cerrado
Zornia sericea Moric. cerrado
Zornia vestita Mohlenbr. erva cerrado
Zornia virgata Mon. erva cerrado
Zygia ampla (Benth.) Pittier árvore mata
Zygia cataractae (H. B. & K.) L. Rico árvore mata de galeria, mata ciliar
Zygia latifolia (L.) Fawcett & Rendle var. g/abrata
(Mart.) Barneby árvore mata de galeria

LENTIBULARIACEAE
(UTRICULARIACEAE)
Genhsea aurea St. Hil. erva brejo, campo úmido,
mata de galeria
Genlisea filiformis St. Hil. erva cerrado, campo úmido,
mata de galeria, brejo
Genlisea pygmaea St. Hil. erva cerrado ralo, campo
úmido, mata de galeria
Genlisea uncinata P. Taylor & Fromm-Trinta erva campo úmido
Genthisea violacea St. Hil. erva cerrado, brejo, campo
Ulricularia amethystina Salzm. ex St. Hil. &
Girard erva campo úmido, brejo
Utricularia hirtella St. Hil. erva
Utricularia laciniata St. Hil. & Girard erva campo úmido, campo
rupestre
Flora vascular do Cerrado
447

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Ulricularia longifolia Gard. campo úmido, campo
rupestre
Uzricularia nana St. Hil. & Girard brejo, campo rupestre
Utricularia neottioides St. Hil. & Girard mata de galeria, campo
rupestre
Ulricularia nervosa Bery campo rupestre, brejo,
cerrado, mata de galeria
Utricularia praelonga St. Hil & Girard brejo, campo
Ultricularia purpareo-caerulea St. Hil. campo úmido
Utricularia pusilla Nah] campo úmido, mata
Utricularia simulans Pilg. campo úmido
Utricularia subulata L. campo úmido
Utricularia tricolor St. Hil. campo rupestre, brejo
Utricularia tridentata Sylvén campo rupestre, brejo
Utricularia triloba Benj. campo úmido, campo
rupestre, brejo

LILIACEAE
Bomarea brauniana Schenk. erva cerrado
Bomarea martiana Schenk. arbusto mata seca semidecídua
Herreria interrupta Gniseb. trepadeira mata de galeria, mata
ciliar
Herreria flexuosa Camb. trepadeira mata de galeria
Herrenia salsaparrilha Mart. trepadeira cerradão, mata de galeria

LINACEAE
Vantanea compacta (Sclnizl.) Cuatrec. árvore mata de galeria

LOGANIACEAE
Antonia ovata Pohl arbusto cerrado, cerradão
Spigelia acesfolia Woods.
Spugelia blanchetiana A. DC. cerrado ralo, cerrado
Spigelia cipoensis D.C. Zappi
Spigelia linarioides A. DC.
Spigelia pulchella Mart. subarbusto cerrado, campo rupestre
448 Roberta Cunha de Mendonça et a/.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

Spigelia scabra Cham. & Schlechrt. mata de galeria


Spigelia sellowiana Cham. & Schlecht.
Strychnos bicolor Progel
Strychnos brasiliensis (Spreng) Mart. trepadeira mata de galeria
Strychnos gardnenii A. DC. trepadeira mata de galeria
Strychnos martii Progel arbusto cerrado /ato sensu
Strycbnos parvifolia DC. arbusto cerrado
Strychnos pseudoquina St. Hil. árvore cerrado ralo, cerrado,
cerradão
Strycbnos trinervis (Vell)) Mart. trepadeira mata

LORANTHACEAE
Dendrophthora elkptica (CGard.) Krug. & Urban subarbusto | mata de galeria, mata
var. elhptica seca, campo
Dendrophihora tepuiana (Steyerm.) Kuiyt erva cerrado
Phoradendron afjine (Pohl) Nutt. subarbusto | mata de galeria
Phoradendron bathyoryctum Eachl. erva mata de galeria, cerrado
Phoradendron crassifolium (DC.) Eichl. subarbusto | mata de galeria, cerrado,
mata ciliar
Phoradendron dipterum Eschl. (=Phoradendron subarbusto cerrado ralo, cerrado,
amplexicaule Bichl., P. crulsii Urban) mata de galeria
Phoradendron emarginatum Mart ex Eschl. erva mata seca

Phoradendron falcifrons (Hook. & Arn.) Eichl. subarbusto | mata, cerrado ralo
Phoradendron fragile Urban subarbusto | mata de galeria
Phoradendron hexastichum (DC.) Griseb. erva mata de galeria, cerrado
Phoradendron martianum Trelease subarbusto | mata de galeria
Phoradendron micropbyllum (Pohl) Trelease subarbusto cerrado
Phoradendron mucronatum (DC.) Krug. & Urban subarbusto | mata de galeria
Phoradendron mucronatum (DC.) Krug. & Urban
var. emarginatum (Naud.) Rizzini subarbusto | mata de galeria, cerrado
Phoradendron mucronatum (DC.) Krug. & Urban
var. minor Bichl. subarbusto | mata, cerrado
Phoradendron perrotteti (DC.) Eichl. erva mata ciliar, mata de galeria
Phoradendron piauhyanum Trelease erva mata, cerrado
Phoradendron piperoides (H. B. & K.) Nutt. erva mata de galeria
Flora vascular do Cerrado 449

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Phoradendron pteroneuron Eichl. erva mata, cerrado
Phoradendron rubrum (L.) Griseb. erva mata de galeria, cerrado
Phoradendron semivenosum Rázz. erva mata ciliar
Phoradendron strongylocladus Eschl. erva mata, cerrado
Phoradendron tunaeforme (DC.) Eichl. erva mata de galeria, cerrado
ralo
Phoradendron undulatum (Pohl) Eichl. subarbusto | mata de galeria, cerrado
Phrygilanthus acunfolius (Ruiz & Pav.) Eschl.
(=Tripodanthus acutifolins (Ruiz & Pav.) Van subarbusto | mata de galeria, cerradão,
Tiegh.) cerrado
Phihirusa ovata (Pohl) Erchl. subarbusto cerrado
Phthirusa stelis (1.) Kuiyt subarbusto cerrado, campo limpo,
mata de galeria
Psittacanthus biternatus (Hoffms.) Bl. subarbusto | cerrado
Psittacanthus cinctus Erchl. subarbusto | cerrado
Psittacanthus cordatus (Hoffms.) Blume subarbusto | mata de galeria
Psittacanthus plagiophyllus Eschl. subarbusto | cerrado
Psittacanthus robustus Mart. subarbusto | cerrado, mata de galeria,
campo rupestre
Psittacanthus warmingii Eschl. subarbusto cerrado
Struthanthas concinnus Mart. erva mata

Struthanthus confertus (Mart.) Mart. subarbusto | cerrado


Struthanthus confertus Mart. var. pernodosus
Rizzini subarbusto cerrado
Struthanthes cuspidatus Mart. subarbusto
Struthanthus dichotrianthus Each. subarbusto mata

Struthanthus flexicanlis Mart. subarbusto | cerrado, campo rupestre,


mata ciltar
Struthanthus marginatus (Desr.) Blume subarbusto cerrado, mata de galeria
Struthanthus maricensts Rizzini erva mata
Struthanthus planaltinae Rizzini erva mata de galeria
Struthanthus polyanthus Mart. subarbusto cerrado
Struthanthus pobrhizus Mart. var. oblongifolins
Rizzini subarbusto | mata ciliar
Struthanthus polyrhizus Mart. var. polyrhisus subarbusto mata
450 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

Struthanthus pusilhfolius Rizzini erva mata de galeria


Struthanthus salicifolius (Mart) Mart. erva cerrado
Struthanthus syringifolius Mart. subarbusto cerrado

LYTHRACEAE
Cupbhea acicularis Koehne erva campo rupestre
Cuphea acinos St. Hil. subarbusto campo rupestre, mata
ciltar
Cuphea adenophylla T. Cavalcanti subarbusto campo rupestre
Cuphea anagalloidea St. Hil. erva vereda
Cuphea antisyphilitica H. B. & K. subarbusto campo, mata de galeria
Cuphea brachypoda "T. Cavalcanti subarbusto campo rupestre
Cuphea calophylla Cham. & Schlecht. ssp.
calophylla subarbusto mata ciliar
Cuphea calophylla Cham. & Schlecht. ssp.
mesostemon (Koehne) Lourt. subarbusto mata ciliar
Cuphea carthagenensis (Jacq.) Macbr. subarbusto mata de galeria, cerrado
Cupbhea cipoensis T. Cavalcanti subarbusto campo
Cuphea crulsiana Koehne subarbusto cerrado
Cuphea cunninghamisfolia T. Cavalcanti subarbusto cerrado
Cuphea diosmifolia St. Hil. erva brejo
Cuphea ericoides Cham. & Schlecht. var. ericordes subarbusto cerrado, campo rupestre
Cupbhea ericoides Cham. & Schlecht. var. paralarix
Lourt. subarbusto campo rupestre
Cupbhea ferruginea Pohl ex Koehne subarbusto campo rupestre
Cupbhea fuchsiaefolia St. Hil. subarbusto campo rupestre
Cupbhea glareosa 'T. Cavalcanti subarbusto campo
Cupbhea gracilis H. B. & K. subarbusto campo rupestre, cerrado
Cupbhea grandiflora Koehne subarbusto cerrado
Cuphea ingrata Cham. & Schlecht. subarbusto cerrado, mata ciliar, mata
seca
Cupbhea laricoides Koehne subarbusto cerrado
Cupbhea linarioides Cham. & Schlecht. erva campo rupestre
Cupbhea longiflora Koehne erva brejo
Cuphea Iutescens Koehne subarbusto cerrado, mata de galeria
Flora vascular do Cerrado 451

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Cupbea melvilla Lindley erva mata
Cuphea micrantha H. B. & K. erva cerrado
Cupbea poblii Lourt. subarbusto | brejo
Cuphea polymorpha St. Hil. arbusto cerrado
Cuphea pseudovaccinium St. Hil. subarbusto campo rupestre
Cupbhea remotifolia St. Hil. subarbusto cerrado
Cupbhea repens Koehne erva brejo
Cupbea retrorsicapilla Koehne erva cerradão
Cuphea rubrovirens T. Cavalcanti subarbusto | cerrado, campo sujo
Cupbea sessihfolia Mart. var. babiensis Lourt. subarbusto campo rupestre
Cupbhea sessihfolia Mart. var. sessilfolia subarbusto cerrado, vereda, campo
rupestre, mata seca

Cupbhea sincorana T. Cavalcanti subarbusto | campo rupestre


Cupbhea sperguloides St. Hal subarbusto | campo rupestre
Cupbhea spermacoce St. Hil. erva cerrado
Cupbhea teleandra Lourt. subarbusto | cerrado, campo sujo
Cupbhea tenuissima Koehne subarbusto campo rupestre
Cuphea thymoides Cham. & Schlecht. erva campo rupestre

Cuphea xanthopetala S. Graham & T. Cavalcanti subarbusto | campo


Diplusodon aggregatifolius T. Cavalcanti subarbusto | campo rupestre, campo
sujo
Diplusodon alatus T. Cavalcanti subarbusto | campo rupestre, campo
sujo
Diplusodon appendiculosus Lourt. subarbusto | campo rupestre
Diplusodon argenteus Lourt. subarbusto | campo rupestre, campo
Diplusodon argyrophyllus T. Cavalcanti subarbusto cerrado
Diplusodon astictus Lourt. subarbusto campo limpo, campo sujo
Diplusodon bolivianusT.Cavalcanti & S. Graham subarbusto | cerrado
Diplusodon bradei Pilger subarbusto cerrado
Diplusodon burchelhi Koehne subarbusto | cerrado
Diplusodon busxifolius (Cham. & Schlecht.) DC. arbusto campo rupestre

Diplusodon candollei Mart. ex DC. subarbusto | campo rupestre


Diplusodon cilianiflorus T. Cavalcanti subarbusto cerrado denso
Diplusodon ciliiflorus Koehne subarbusto | campo rupestre, campo
limpo
452 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Diplusodon cordifolins Lourt. subarbusto cerrado, campo rupestre
Diplusodon divaricatus Pohl subarbusto cerrado, campo sujo
Diplusodon epilobioides DC. subarbusto cerrado, campo rupestre
Diplusodon ericoides Lourt. subarbusto cerrado
Diplusodon floribundus Pohl subarbusto cerrado, campo sujo
Diplusodon glancescens DC. subarbusto campo rupestre, campo
sujo, campo limpo
Diplusodon gracilis Koehne subarbusto cerrado
Diplusodon hatschbachii Lourt. subarbusto brejo
Diplusodon helianthemifolius DC. var.
helianthemifolins subarbusto cerrado, campo rupestre
Diplusodon helianthemifolius DC. var. pemphoides
(DC) Koehne arbusto campo rupestre, cerrado
Diplusodon heringeri Lourt. subarbusto campo rupestre
Diplusodon hexander DC. subarbusto campo rupestre, campo
sujo
Diplusodon hirsutus (Cham. & Schlecht.) DC. subarbusto campo rupestre
Diplusodon kielmeyeroides St. Hil. arbusto cerrado
Diplusodon imbricatus Pohl subarbusto cerrado
Diplusodon incanus Gard. subarbusto campo rupestre, cerrado
ralo
Diplusodon lanceolatus Pohl subarbusto cerrado (/ato sensu
Diplusodon lencocalycinus Lourt. subarbusto campo sujo, cerrado
rupestre
Diplusodon longipes Koehne arbusto cerrado
Diplusodon macrodon Koehne subarbusto campo rupestre
Diplusodon matogrossensis T. Cavalcanti subarbusto cerrado
Diplusodon marginatus Pohl subarbusto campo sujo, cerrado
Diplusodon minasensis Lourt. subarbusto campo rupestre
Diplusodon myrsinites DC. subarbusto campo rupestre
Diplusodon nigricans Koehne subarbusto campo rupestre, cerrado
Diplusodon nitidus DC. subarbusto campo rupestre, cerrado
rupestre
Diplusodon oblongus Pohl subarbusto cerrado ralo, campo sujo >

campo rupestre
Flora vascular do Cerrado 453

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Diplusodon. orbicularis Koehne subarbusto campo rupestre
Diplusodon ovatus Pohl subarbusto cerrado
Diplusodon panniculatus Koehne subarbusto campo rupestre

Diplusodon paraisoensis Lourt. subarbusto | cerrado, campo sujo


Diplusodon parvifolius DC. arbusto cerrado, campo sujo,
campo rupestre
Diplusodon plumbeus T. Cavalcanti subarbusto cerrado, campo rupestre
Diplusodon puberulus Koehne subarbusto | campo sujo, cerrado
Diplusodon punctatus Pohl subarbusto cerrado
Diplusodon quintuplinervis (Nees) Koehne subarbusto | campo rupestre, campo
sujo
Diplusodon ramosissimus Pohl subarbusto cerrado ralo
Diplusodon rosmarinifolius St. Hil. subarbusto campo limpo, cerrado
Diplusodon rotundifolius DC. subarbusto campo rupestre

Diplusodon saxatilis Lourt. subarbusto | campo


Diplusodon sesstliflorus Koehne subarbusto | cerrado
Diplusodon sigillatus Lourt. subarbusto | campo rupestre, campo
úmido
Diplusodon sordidus Koehne subarbusto | campo rupestre, cerrado
ralo
Diplusodon speciosus (H. B. & K) DC. subarbusto | cerrado, campo sujo
Diplusodon strigosus Pohl subarbusto | campo sujo, brejo
Diplusodon thymifolius DC. subarbusto cerrado, campo
Diplusodon trigintus T. Cavalcanti subarbusto cerrado
Diplusodon ulei Koehne ssp. cihatus T. Cavalcanti subarbusto campo rupestre

Diplusodon ulei Koehne ssp. ulei subarbusto | campo rupestre


Dsplusodon uninervius Koehne subarbusto | cerrado, campo rupestre
Diplusodon villosissimus Pohl subarbusto | cerrado
Diplusodon villosus Pohl subarbusto | campo úmido, cerrado
rupestre, mata de galeria
Diplusodon virgatus Pohl arbusto cerrado, cerradão, mata
de galeria
Heimia myrtifolia Cham. & Schlecht. subarbusto | cerrado
Lafoensia densiflora Pohl árvore mata de galeria
Lafoensia nummulanifolia St. Hil. arbusto cerrado
454 Roberta Cunha de Mendonça ef aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Lafoensia pacari St. Hil. árvore cerrado, mata ciliar, mata
seca
Lafoensia pacari St. Hil. ssp. cuneifolia Koehne árvore cerrado
Lafoensta replicata Pohl arbusto cerrado
Lafoensia uniciufoha DC. arbusto cerrado
Lafoensta vandelliana Cham. & Schlecht. árvore mata seca
Lafoensia vandelliana Cham. & Schlecht. ssp.
replicata (Pohl) Lourt. arbusto mata
Physocalymma scaberrimum Pohl árvore cerrado
Pleurophora anomala St. Hil. subarbusto | cerrado

MAGNOLIACEAE
Talauma ovata St. Hil. árvore mata de galeria inundável

MALPIGHIACEAE
Aspicarpa pulchella (Griseb.) O. Dorr. & Lourt. |subarbusto | campo sujo
Banisteriopsis acerosa (Nied.) B. Gates arbusto cerrado
Banisteriopsis adamantium A. Juss. arbusto mata de galeria, cerrado
Banisteriopsis adenopoda (A. Juss.) B. Gates trepadeira mata de galeria, cerrado
Banisteriopsis andersonti B. Gates - -
Banisteriopsis anisandra (A. Juss.) B. Gates trepadeira cerrado, mata ciliar
Banisteriopsis angustifolia (A. Juss.) B. Gates arbusto cerrado
Banisteriopsis argyrophylla (A. Juss.) B. Gates subarbusto | campo
Banisteriopsis campestris (A. Juss.) Little trepadeira cerrado
Banisteriopsis cipoensis B. Gates = -
Banisteriopsis clausseniana (A. Juss.) W.
Anderson & B. Gates trepadeira campo limpo
Banssteriopsis gardneriana (A. Juss.) W. Anderson
& Sattl. arbusto cerrado
Banisteriopsis goiana B. Gates árvore cerrado
Banisteriopsis hirsuta B. Gates subarbusto | campo, cerrado
Banisteriopsts hypericifolia (A. Juss.) W.
Anderson & B. Gates - x
Banisteriopsis invinii B. Gates subarbusto | cerrado
Banisteriopsis laevifolia (A. Juss.) B. Gates árvore cerrado
Flora vascular do Cerrado 455

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Banisteriopsis latifolia (A. Juss.) B. Gates arbusto cerrado
Banisteriopsis lutea (Griseb.) Cuatrec. trepadeira mata
Banisteriopsis malifolia (Nees & Mart.) B. Gates
var. abpressa B. Gates arbusto cerrado
Banisteriopsis malifolha (Nees & Mart.) B. Gates
var. malfolia arbusto cerrado, mata ciliar
Banisteriopsis megaphylla (A. Juss.) B. Gates trepadeira cerrado, mata
Banisteriopsis muricata (Cav.) Cuatrec. arbusto mata

Banisteriopsis nummfera (A. Juss.) B. Gates arbusto mata ciliar, cerrado


Banisteriopsts oxyclada (A. Juss.) B. Gates trepadeira mata de galeria, campo,
cerrado
Banisteriopsis pubipetala (A. Juss.) Cuatrec. trepadeira cerrado, mata ciliar
Banisteriopsis schizoptera (A. Juss.) B. Gates arbusto cerrado
Banisteriopsis stellaris (Griseb.) B. Gates arbusto cerrado, campo rupestre
Banisteriopsis variabilis B. Gates arbusto cerrado
Banisteriopsis vernoniifoa (A. Juss.) B. Gates arbusto cerrado
Byrsonima affinis W. Anderson árvore cerrado
Byrsonima arctostaphylloides N1ed. arbusto campo rupestre
Byrsonima basiloba A. Juss. arbusto cerrado, cerrado ralo
Byrsonima blanchetiana Mig. arbusto cerrado (ato sensu
Byrsonima cipoensis Mam. subarbusto | campo rupestre
Byrsonima coccolobifolia H. B. & K. árvore cerrado ralo, cerrado,
cerradão, campo sujo
Byrsonima coriacea DC. árvore mata de galeria
Byrsonima correifolia A. Juss. arbusto cerradão, cerrado, campo
rupestre
Byrsonima crassa Nied. átvore cerrado
Byrsonima crassifoka (L.) H. B. & K. árvore cerrado
Byrsonima cydoniacfolia A. Juss. arbusto campo úmido, campo
Byrsonima dealbata Griseb. subarbusto cerrado, campo rupestre
Byrsonima fagifolia Nied. arbusto cerrado
Byrsonima galtherioides Griseb. arbusto cerrado
Byrsonima guilleminiana A. Juss. subarbusto campo, cerrado
Byrsonima indorum S. Moore arbusto cerrado (ato sensu
Byrsonima intermedia A. Juss. árvore mata de galeria, cerrado,
campo rupestre
456 Roberta Cunha de Mendonça ef aí.

Continuação Anexo 2,
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Byrsonima lancifolia A. Juss. átvote mata de galeria, cerrado
Byrsonima laxiflora Griseb. erva campo úmido
Byrsonima ligustrifolia A. Juss. árvore mata de galeria
Byrsonima linearifola A. Juss. arbusto cerrado
Byrsonima linguifera Cuatrec. arbusto cerrado /ato sensu
Byrsonima nervosa DC. arbusto campo rupestre
Byrsonima orbignyana A. Juss. arbusto cerrado (ato sensu
Byrsonima oxyphylla A. Juss. subarbusto campo rupestre
Byrsonima pachyphylla Griseb. subarbusto campo limpo, vereda
Byrsonima rigida A. Juss. subarbusto cerrado
Byrsonima sericea DC. árvore cerrado, campo rupestre,
mata ciliar
Byrsonima schomburgkiana Benth. arbusto cerrado /ato sensu
Byrsonima stipulacea A. Juss. arbusto cerrado Jato sensu
Byrsonima subcordata Nied. subarbusto cerrado ralo
Byrsonima subterranea Brade & Marckg. arbusto cerrado
Byrsonima tnopterifoha A, Juss: árvore brejo, mata de galeria,
cerrado
Byrsonima umbellata A. Juss. árvore campo sujo, mata de
galeria
Byrsonima vaceinifolia A. Juss. arbusto cerrado (ato sensu
Byrsonima variabilis A. Juss. arbusto mata de galeria, cerrado,
mata ciliar
Byrsonima verbascifoha (L..) Rich. ex A. L. Juss. atvote cerrado
Byrsonima verbascifolia (L.) Rich. ex A. L. Juss.
ssp. discolor Griseb. arvore cerrado
Byrsonima viminfolia A. Juss. erva cerrado
Camarea afjinis St. Hil. erva cerrado ralo, campo
Camarea axillaris St. Hil. (=Camarea triphylla À.
Juss.) subarbusto campo
Camarea ericoides St. Hil. subarbusto cerrado
Camarea hirsuta St. Hil. erva cerrado
Dicella macroptera (Mart.) A. Juss. trepadeira mata de galeria
Galphimia brasiliensis (L.) A. Juss. arbusto cerrado /ato sensu
Heteropterys acutifoha A. Juss. arbusto mata de galeria, mata
ciliar
Flora vascular do Cerrado
457

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Heteropterys anoptera A. Juss. trepadeira cerrado, mata ciliar
Heteropterys byrsonimifoka A. Juss. árvore campo sujo, cerrado
Heteropterys campestris A. Juss. árvore cerrado
Heteropterys coriacea A. Juss. trepadeira mata de galeria
Heteropterys eglandulosa A. Juss. trepadeira mata de galeria
Heteropterys escalonisfolia A. Juss. arbusto mata de galeria, mata
ciliar
Heteropterys nervosa A. Juss. trepadeira mata de galeria
Heteropterys mitida (Lam.) H. B. & K. trepadeira mata de galeria, campo
rupestre
Heteropterys pannosa Griseb. arbusto cerrado, mata de galeria
Heteropterys procoriacea N1ed. arbusto cerrado
Heteropterys pteropetala A. Juss. trepadeira mata de galeria
Heteropterys sericea (Cav.) A. Juss. trepadeira mata de galeria inundável
Heteropterys tomentosa Hook. & Arn. trepadeira mata
Heteropterys umbellata A. Juss. arbusto cerrado /ato sensu
Heteropterys xantopbylla A. Juss. arbusto cerrado
Hiraca cutabensis Griseb. trepadeira cerrado ralo
Janusia christianeae W. Anderson trepadeira cerrado, mata de galeria,
cerradão
Janusia mediterranea (Vell) W. Anderson arbusto cerrado
Mascagnia clorocarpa (A. Juss.) Griseb. trepadeira mata de galeria
Mascagnia cordifohia (A. Juss.) Griseb. subarbusto campo,cerrado
Mascagnia lasiandra (A. Juss.) Nied. trepadeira mata de galeria, cerradão
Mascagnia rigida (A. Juss.) Griseb. arbusto cerrado ralo
Peixotoa cordistipula A. Juss. arbusto campo úmido, cerrado
Peixotoa goiana W. Anderson arbusto cerrado ralo
Peixotoa hirta Mart. ex A. Juss. arbusto cerrado ralo
Peixotoa leptoclada A. Juss. trepadeira mata de galeria
Peixotoa magnifica C. Anderson subarbusto cerrado
Peixotoa parniflora A. Juss. arbusto cerrado
Peixotoa reticulata Griseb. arbusto cerrado
Peixotoa tomentosa À. Juss. subarbusto cerrado ralo
Pterandra pyroidea A. Juss. arbusto cerrado
Srigmaphyllon macedoanum C. Anderson trepadeira mata ciliar
458 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

Srigmaphyllon paraense C. Anderson trepadeira cerrado


Srigmapbyllon parahas A. Juss. arbusto cerrado
Sugmaphyllon sagittatum A. Juss. erva cerrado, campo rupestre
Sugmapbyllon tomentosum A. Juss. trepadeira cerrado, mata
Suigmaphyllon uremfolium A. Juss. trepadeira mata de galeria
Tetrapterys ambigua (A. Juss.) Nied. arbusto mata
Tetrapterys campestris A. Juss. arbusto mata
Tetrapterys chalcophylla A. Juss. subarbusto campo limpo, cerrado
Tetrapterys chamaecerasifolia A. Juss. arbusto campo limpo, cerrado
Tetrapterys crebrifolia A. Juss. subarbusto mata ciliar
Tetrapterys bumilis A. Juss. erva cerrado, campo sujo
Tetrapterys jusstenana N1ed. subarbusto mata ciliar
Tetrapterys microphylla (A. Juss.) Nied. trepadeira mata
Tetrapterys multiglandulosa A. Juss. trepadeira mata ciliar
Tetrapterys phlomoides (Spreng.) Nied. arbusto mata seca
Tetrapterys racemulosa A. Juss. arbusto cerrado /aio sensu
Tetrapterys ramiflora A. Juss. arbusto cerrado /ato sensu
Tetrapterys sericea (A. Juss.) À. Juss. ex Char. trepadeira mata
Thryalhs latifolia Mart.
Verrucularia glaucophylla A. Juss. arbusto cerrado

MALVACEAE
Abutilon inaequilaterum St. Hil. arbusto mata ciliar
Abutilon rufinerve A. St. Hil. arbusto mata
Althaea heringeni Krapov. erva cerrado, campo
Cienfuegosia affinis (H. B. & K.) Hochr. arbusto cerrado
Cienfuegosta glauca Brandão & Laca-Buendia arbusto cerrado
Cienfuegosia ituintabensis Brandão & Laca-Buendia subarbusto cerrado
Cienfuegosta uberabensis Brandão & Laca-Buendia subarbusto cerrado
Cienfuegosia rodrigoana Brandão & Laca-Buendia subarbusto cerrado
Gaya bordasii Krapov.
Gaya guerkeana K. Schum.
Hibiscus cucurbitaceus St. Hil. subarbusto cerrado
Hibiscus furcelatus Desv. arbusto cerrado
Hibiscus laxaflorus St. Hal. arbusto cerrado
Flora vascular do Cerrado
459

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Hibiscus poblii Guerke subarbusto cerrado
Hibiscus wilsonii Fryxell. subarbusto cerrado
Krapovickasta macrodon (DC.) Fryxell. erva cerrado
Malvastrum coramandelianum Garcke
(=Malvastrum tricuspidatum A. Gray)
Pavonia cancellata (1..) Cav. erva cerrado
Pavonia guerkeana R. E. Fries subarbusto cerrado, mata
Pavonia grandiflora St. Hil. atbusto cerrado
Pavonia malacophylla (Link. & Otto) Garcke
(=Lopimia malacophylla Nees & Mart.) arbusto mata de galeria, cerrado
Pavonia malvaviscoides A. Juss arbusto mata ciliar, mata seca
Pavonia montana Garcke arbusto mata ciliar
Pavonia pernviana Guerke erva mata de galeria
Pavonia pobhi Guerke
Pavonia rosa-campestris A. St. Hil. subarbusto cerrado
Pavonia sagittata A. St. Hil. subarbusto cerrado, mata
Pavonia spinifex Cav.
Peltaca acunifoha (Guerke) Krapov. & Crist. arbusto cerrado
Peltaea castantha Krapov. erva certado
Peltaea heringerii Krapov. & Crist. subarbusto campo sujo
Peltaca edonardii Krapov. & Crist. erva cerrado
Peltaca lastantha Krapov. & Crist. erva cerrado
Peltaea macedoi Krapov. & Crist. subarbusto campo
Peltaea parviflora (Turcz.) Fryxell & Krapov:. arbusto mata
Peltaea polymorpha (St. Hil) Krapov. & Crist.
Peltaea speciosa (H. B. & K.) Krapov. & Crist. subarbusto cerrado
Peltaea trinervis (Presl.) Krapov. & Crist. subarbusto cerrado
Phragmocarpidinm heringeri Krapov. subarbusto cerrado, mata, cerrado
Psendoabutilon spicatum (H. B. & K.) R. E. Fres erva mata de galeria
Sida cordifolia Forsk. arbusto cerrado
Sida glagiovit K. Schum. erva cerrado
Sida linifolia Cav.
Sida martiana St. Hil.
Sida rhombifoha L.
Sida tuberculata R.E. Fries. cerrado
460 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat

Sida urens L.
Wissidula ampissima (L.) R. E. Fries

MARANTACEAE
Calathea gardneri Baker
Calathea sellowiii Koern. -
Ischnosiphon ovatus Koern. mata de galeria, cerrado
Koernickanthe orbiculata (Koern.) L. Anderson
Maranta incrassata L. Anderson. cerrado
Maranta parvifolia A. Dietr. mata
Myrosma cannaefolium L. £. mata de galeria
Thalia geniculata L. brejo

MARCGRAVIACEAE
Norantea adamantinm Camb. árvore campo, cerrado, campo
rupestre
Norantea brastlensis Choisy árvore mata, campo rupestre
Norantea goyazensis Camb. trepadeira mata de galeria, mata
seca, campo rupestre
Norantea guianensis Aubl. árvore campo

MAYACACEAE
Mayaca fluviarilis Aubl.
Mayaca sellowiana Kunth. vereda

MELASTOMATACEAE
Acisanthera alsinaefolia (Mart. & Schr. ex DC.)
Triana campo úmido
Avcisanthera fluitans Cogn. campo úmido, brejo
Acisanthera genliseoides (Hoehne) Wurdack brejo
Cambessedesta adamantinum DC.
Cambessedesia atropurpurea À. B. Martins subarbusto | cerrado
Cambessedesia corymbosa Mart. & Schr. ex DC. = a
Cambessedesia espora DC. subarbusto | campo sujo, cerrado,
mata de galeria
Flora vascular do Cerrado 461

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Cambessedesia glazsovii Cogn. ex A. B. Martins subarbusto vereda, campo sujo,
campo úmido
Cambessedesia hermogenesii A. B. Martins subarbusto campo rupestre, campo
Cambessedesia hilariana (Kunth.) DC. erva cerrado
Cambessedesia membranacea Gardn. ssp. baiana
A. B. Martins subarbusto | campo
Cambessedesta membranacea Gardn. ssp.
membranacea subarbusto | campo
Cambessedesta semidecandra St. Hil. ex A. B.
Martins erva cerrado
Chaetostoma lnetzelburgii Markg. subarbusto | campo limpo, cerrado,
campo rupestre

Chaetostoma inerme Naud. subarbusto | campo


Chaetostoma pungens DC. subarbusto | campo
Clidemia bullosa Cogn. = '
Clidemia capitellata (Bonpl.) D. Don. arbusto vereda, mata seca, cerradão
Clidemia hirta (L.) D. Don. arbusto mata de galeria
Clidemia octona (Bonpl.) L. O. Williams árvore mata de galeria
Clidemia rubra (Aubl) Mart. arbusto cerrado /ato sensu
Comolia lanceaeflora Triana subarbusto cerrado, vereda
Comolia sertularia (Schr. & Mart. ex DC) Triana
Comoha stenodon (Naud.) Triana
Desmocelis villosa (Aubl.) Naud. subarbusto | cerrado, vereda
Fritaschia erecta Cham. & Schlecht.
Lavoisiera alba Mart. & Schr. ex DC.
Lavoisiera bergii Cogn. arbusto mata de galeria, vereda
Lavoisiera campos-portoana Mell. Barr.
Lavoisiera caryophylla Naud.
Lavoistera confertiflora Naud.
Lavoisiera cordata Cogn
Lavoistera crassifolia Mart. & Schr. ex DC.
Lavoistera firmula Mart. & Schr. ex DC.
Lavoiseiera glandulifera Naud.
Lavoistera grandiflora Naud. arbusto mata de galeria, vereda
Lavoistera imbricata DC.
462 Roberta Cunha de Mendonça ez a/.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie

Lavoistera macrocarpa Naud.


Lavoistera mello-barretoi Matckg.
Lavosstera ordinata Wurdack subarbusto | cerrado
Lavoistera pectinata Cogn. - -
Lavoisiera pulcherrima Mart. & Schr. ex DC. - -
Lavoisiera quinquinerms Cogn. ex Glaz. subarbusto | brejo
Lavoistera riedeliana Cogn.
Lavoistera sampaioana Mell. Barr.
Lavoistera senaei Schwac.
Lavoistera subulata Triana
Leandra adenothrix Cogn. arbusto mata ciliar
Leandra aurea (Cham.) Cogn. árvore mata de galeria, mata seca
Leandra deflexa (Triana) Cogn. arbusto campo úmido
Leandra fluminensis Cogn. - -
Leandra glazioviana Cogn. - -
Leandra lacunosa Cogn. arbusto mata de galeria, cerrado,
mata ciliar, vereda
Leandra lancifolia Cogn. arbusto cerrado /ato sensu
Leandra melastomoides Raddi (=Leandra arbusto mata de galeria, cerrado,
involucrata DC.) mata ciliar
Leandra polystachia (Naud.) Cogn. arbusto cerrado ralo, campo
úmido
Leandra purpuracens (DC.) Cogn. arbusto cerrado /ato sensu
Leandra salicina (DC.) Cogn. arbusto campo úmido, mata de
galeria
Leandra scabra DC. - -
Leandra xanthocoma (Naud.) Cogn. arbusto mata seca
Leandra xanthropogon Cogn. subarbusto | mata
Leandra warmingiana Cogn. - -
Macairea adenostemon DC. árvore cerrado
Macairea macedoi Brade arbusto brejo
Macairea radula (Bonpl.) DC. arbusto vereda, campo limpo,
cerrado
Marcetia canescens Naud. campo rupestre
Marcetia ericoides (Spreng.) Berg. ex Cogn. campo rupestre, cerrado
Flora vascular do Cerrado 463

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Marcetia formosa Wurdack arbusto campo rupestre
Marcetia harleyi Wurdack subarbusto campo, cerrado, campo
rupestre
Marcetia oxycoccoides Wurdack & A. B. Martins subarbusto campo rupestre

Marcetia semiriana A. B. Martins subarbusto campo rupestre

Marcetia taxifolia (St. Hil. ex Bonpl.) DC.


(=Marcetia fastigiata Cogn.) arbusto campo rupestre, campo
úmido, cerrado
Miconia adenostemon Cogn. arbusto cerrado (ato sensu
Miconia affinis DC. (=Miconia pusilliflora Triana) arbusto mata de galeria
Miconia albicans (Sw.) Triana (=Miconia
holosericea DC.) arbusto cerrado, mata de galeria
Miconia alborufescens Naud. arbusto cerrado dato sensu
Miconia ampla Triana árvore mata de galeria
Miconia argentea DC. arbusto cerrado (ato sensu
Miconia argyrophylla DC. árvore mata de galeria
Miconia brempes Benth. arbusto mata ciliar, mata seca
Miconia burchelh: Triana árvore cerrado, cerradão
Miconia calvescens DC. árvore mata de galeria, cerradão
Miconia chamessois Naud. arbusto mata de galeria inundável,
vereda
Miconta chartacea Triana árvore mata de galeria
Miconia chartacea Triana var. migueliana Cogn. | árvore mata de galeria, mata ciliar
Miconia ciliata (L. C. Rich.) DC. arbusto campo rupestre
Miconia cinnamomifolia (DC.) Naud. árvore mata de galeria
Miconia cinerascens Mig. arbusto brejo
Miconia collatata Wurdack arbusto mata
Miconia corallina Spring. arbusto mata seca
Miconia cubatanensis Hoehne arbusto campo
Miconia cuspidata Naud. árvore mata de galeria, mata
seca, cerradão
Miconia cyathanthera Triana arbusto mata de galeria, mata ciliar
Miconia dodecandra (Desv.) Cogn. arbusto mata de galeria
Mkiconia edmundoi Brade arbusto cerrado
Miconia elegans Cogn. arvore cerrado, mata de galeria,
mata ciliar
464 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat

Miconia fallax DC. árvore campo rupestre, cerrado,


cerradão, campo sujo
Miconia ferruginata DC. árvore cerrado, cerradão
Miconia ferruginea DC. var. latifolia DC. árvore cerrado
Miconia guianensis (Aubl.) Cogn. arbusto cerrado /ato sensu
Miconia heliotropoides Triana arbusto cerrado
Miconia herpetica DC. arbusto cerrado
Miconia hirtella Cogn. árvore mata de galeria
Miconia hirtella Cogn. var. ovata Cogn. árvore mata de galeria
Miconia ibaguensis (Bonpl.) Triana árvore mata de galeria, cerradão,
cerrado
Miconia langsdorffii Cogn. arbusto cerrado (ato sensu
Miconia leucocarpa DC. arbusto cerrado
Miconia lgustroides (DC.) Naud. arbusto mata, brejo, campo
Miconia macrophylla Benth. árvore mata de galeria
Miconia macrothyrsa Benth. arbusto mata seca, cerradão
Miconia minutiflora (Bonpl) DC. árvore mata de galeria, cerrado
Miconta molhs Triana árvore cerrado
Miconia nervosa Triana árvore mata de galeria
Miconia pepericarpa DC. árvore mata de galeria, mata
ciliar, cerrado
Miconia paulensis Naud. arbusto cerrado (ato sensu
Miconia pobliana Cogn. árvore mata de galeria, cerrado,
cerradão
Miconia prasina Triana árvore mata de galeria
Miconia psendo-nervosa Cogn. arbusto mata de galeria
Miconia punctata D. Don. árvore mata de galeria
Miconia pusa Gard. árvore mata de galeria
Miconia nigidiuscula Cogn. árvore mata de galeria
Miconia rubiginosa (Bonpl.) DC. arbusto cerrado ralo, cerradão
Miconta rufescens (Aubl) DC. arbusto cerrado (ato sensu
Miconia sellowiana Naud. árvore mata de galeria, cerradão
Miconia sellowiana Naud. var. pubescens Cogn. árvore mata de galeria
Miconia stelegira Cogn. árvore mata
Miconia stenostachya DC. arbusto cerradão, campo sujo
Flora vascular do Cerrado
465

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Miconia theaezans Cogn. árvore mata de galeria, mata
ciliar, campo rupestre
Miconia tiliaefolia Naud. arbusto cerrado /ato sensu
Miconia velutina Triana árvore mata de galeria
Microlicia albida Pilger arbusto campo, campo limpo
Microlicia avicularis Mart. ex Naud.
Microlicia clavillosa Wurdack arbusto campo
Microlicia confertiflora Naud.
Microlicia crebropunctata Pilger subarbusto cerrado
Microlicia cryptandra Naud. subarbusto cerrado ralo
Microlicia cupressina D. Don. subarbusto campo úmido
Microkcia damazioi Brade
Microlcia difjusa Cogn.
Microlicia enphorbioides Mart. arbusto campo rupestre
Microlicia enphorbicoides Mart. var. setosa Cogn. subarbusto mata de galeria, cerrado
Microlicia fasciculata Maxt. ex Naud. subarbusto cerrado talo
Microlicia fastigiata Mart. subarbusto campo rupestre
Microlicia fulva (Spreng.) Cham. subarbusto mata, campo rupestre
Microlicia helvola (Spreng.) Triana arbusto campo úmido
Microlicia hilariana Naud.
Microlicia hirsutissima Naud. arbusto mata
Microlicia instgnis Cham. subarbusto cerrado
Microlicia jungermannioides Mart. & Schr. ex DC.
Microlicia juniperina St. Hil.
Microlicia linifolia Cham.
Microlicia loricata Naud. subarbusto campo rupestre, campo
úmido
Microlicia macedo! L. B. Smith & Wurdack arbusto campo rupestre
Microlicia martiana Triana erva campo
Microlicia oligantha Naud.
Microlicia polystemma Naud.
Microlicia psammophilla Nurdack campo limpo, cerrado ralo
Microlicia pseudoscoparia Cogn.
Microlicia ramosa Pilger arbusto campo rupestre

Microlicia riedeliana Cogn.


466 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

Microlicia scoparia DC.


Microlicia sinocorensis (DC.) Mart. subarbusto cerrado, campo
Microlicia selaginela Naud. erva campo limpo
Microlicia serrulata Cham.
Microlicia tetrasticha Cogn.
Microlicia tomentela Naud.
Microlcia vestita DC. erva brejo
Microlicia vestita DC. var. densiflora Cogn. subarbusto mata de galeria
Microlicia viminalis (DC.) Triana erva brejo
Microlicia virgata Cogn. subarbusto campo limpo, brejo
Mouriri acutiflora Naud. arbusto cerrado /ato sensu
Mouriri elhptica Mart. árvore cerrado
Mouriri glazioviana Cogn. árvore mata de galeria
Mouriri graveolens Spruce & Triana árvore mata de galeria
Mouriri guianensis Aubl. arbusto cerrado (ato sensu
Mouriri pusa Gard. árvore cerrado /ato sensu
Ossaea congestiflora (Naud.) Cogn. arbusto cerrado
Ossaea warmingiana Cogn. arbusto mata de galeria, cerrado
Prerolepis alpestris Triana
Prerolepis filiformis Triana erva campo úmido
Prerolepis glaziovii Pilger subarbusto cerrado
Prerolepis glomerata (Rottb.) Mig. subarbusto campo úmido
Prerolepis pauciflora Triana erva campo úmido
Prerolepis perpusifolia (Naud.) Cogn. erva campo úmido, mata de
galeria
Prerolepis repanda (DC.) Triana subarbusto cerrado
Pterolepis trichotoma (Rottb.) Cogn. erva campo úmido
Rhynchanthera dichotoma DC. subarbusto mata de galeria, campo
úmido
Rhynchanthera gardneri Naud. subarbusto vereda
Rhynchanthera grandiflora (Aubl) DC. subarbusto brejo
Rhynchanthera berbacea Cogn. erva brejo
Rhynchanthera rostrata DC. arbusto mata de galeria
Rhynchanthera serrulata (Rich.) DC. subarbusto brejo
Siphanthera cordata Pohl erva brejo
Flora vascular do Cerrado
467

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Siphanthera dawsonit Wurdack campo limpo, campo
úmido
Siphanthera discolor Cogn.
Szphanthera foliosa (Naud.) Wurdack erva cerrado
Siphanthera gracillima (Naud.) Wurdack erva campo úmido
Stenodon suberosus Naud. arbusto campo úmido
Tibouchina adnostemum (Schrank ex DC.) Cogn. arbusto cerrado (ato sensu
Tibouchina aegopogon (Naud.) Cogn. arbusto cerrado
Tibouchina arenaria Cogn. subarbusto cerrado
Tibouchina aspera Aubl. arbusto cerrado /ato sensu
Tibouchina barbigera (Naud.) Baill. arbusto mata, cerrado
Tibouchina campo-portoi Brade arbusto campo rupestre
Tibouchina candolleana (DC.) Cogn. árvore cerrado, mata ciliar, mata
seca
Tibouchina cardinalis (Bonpl.) Cogn.
Tibonchina cerastifolia (Schr. & Mart. ex DC.)
Cogn.
Tibouchina clidenivides (Berg. ex Triana) Cogn. arbusto cerrado (ato sensu
Tibonchina dendroides (Naud.) Cogn. -
Tibouchina edmundoi Brade arbusto cerrado
Tibouchina estrellensis (Raddi) Cogn. árvore mata de galeria
Tibouchina exasperata Cogn. subarbusto campo sujo
Tibouchina frigidula (DC.) Cogn. arbusto campo rupestre
Tibouchina gracilis (Bonpl.) Cogn. arbusto mata de galeria, cerrado
Tibouchina grandiflora Cogn. arbusto mata ciliar
Tibouchina herbacea (DC.) Cogn. erva campo úmido
Tibonchina laevicaulis Cogn. ex Glaz. arbusto mata
Tibouchina martinstana (DC.) Cogn. arbusto campo rupestre
Tibonchina mello-barretoi: Brade
Tibonchina moricandiana Baill. arbusto campo rupestre
Tibonchina mulhiflora (Gard.) Cogn. arbusto campo rupestre
Tibonuchina nodosa Wurdack arbusto cerrado
Tibonchina papyrifera Cogn. arbusto cerrado
Tibonchina parviflora Cogn. arbusto mata
Tibouchina pogonanthera (Naud.) Cogn. arbusto cerrado (ato sensu
468 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

Tibouchina semidecandra (Schr. & Mart. ex DC.)


Cogn. árvore mata ciliar, mata seca
Tibouchina stenocarpa (DC.) Cogn. árvore mata de galeria
Tibouchina valtberi Cogn árvore mata ciliar
Tococa formicaria Mart. var. didymophysca (Naud.) |arbusto mata de galeria, mata
Cogn. ciliar, campo sujo
Tococa formicaria Mart. var. gardneri Cogn. arbusto mata de galeria
Tococa neopyrenaica Naud. arbusto cerrado
Tococa mtens (Benth.) Triana arbusto vereda
Tococa subglabrata Cogn. arbusto cerrado
Trembleya laniflora (Don.) Cogn.
Trembleya parviflora (D. Don.) Cogn. arbusto cerrado, mata ciliar
Trembleya parviflora (D. Don.) Cogn. ssp. inflora
(DC.) Cogn. arbusto cerrado
Trembleya pentagona Naud.
Trembleya phlogiformis Mart. & Schr. ex DC. arbusto cerrado, mata ciliar

MELIACEAE
Cabralea canjerana (Vell.) Mart. ssp. canjerana árvore mata ciliar, mata seca,
cerrado
Cabralea canjerana (Vell.) Mart. ssp. polytricha
(Adr. Juss.) Pennington arbusto mata, cerrado
Cabralea multijuga C. DC. árvore mata de galeria
Cedrela angustifolia Vell. árvore mata de galeria
Cedrela fissilis Vell. árvore mata seca
Cedrela odorata L. árvore mata de galeria, mata ciliar
Guarea guidonia (L..) Sleumer árvore mata de galeria
Guarea kunthiana Adr. Juss. árvore mata de galeria
Guarea macrophylla Vahl. árvore mata de galeria inundável
Guarea macrophylla Vahl. ssp. tuberculata (Vell.)
Pennington (=G. tuberculata Vell.) árvore mata de galeria inundável,
mata ciliar, mata seca
Guarea pobhii DC. árvore mata de galeria
Trichiha casaretti C. DC. árvore mata de galeria
Trichilia catigua Adr. Juss. árvore mata seca, mata de galeria
Flora vascular do Cerrado 469

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Trichilia claussenit C. DC. árvore mata ciliar
Trichilia elegans Adr. Juss. ssp. elegans árvore mata de galeria, mata seca
Trichilia emarginata (Turc.) C. DC. árvore mata
Trichilia hirta L. árvore mata

Trichilia lagoensis C. DC. árvore mata de galeria


Trichilia pallens C. DC. árvore mata
Trichilia palhida Sw. árvore mata de galeria, cerradão
Trhilia rubra C. DC. árvore mata de galeria, mata seca
Trichika stellato-tomentosa O. Kuntze árvore mata de galeria, mata seca
Trichilia weddelh: C. DC. árvore mata de galeria

MENISPERMACEAE
Abuta grandifolia (Mart.) Sandw:. arbusto cerrado
Abuta selloana (Benth.) Eschl. arbusto cerrado
Cissampelos glaberrima St. Hal. trepadeira mata de galeria
Cissampelos obtusifolia DC. erva campo
Cissampelos ovahfolia DC. subarbusto cerrado ralo
Cissampelos pareira L. trepadeira mata de galeria, mata ciliar
Cissampelos trofaeohfolia DC. trepadeira mata ciliar

MENYANTHACEAE
Nymphoides indica (L.) O. Kuntze campo úmido

MONIMIACEAE
Macropeplus ligustrinus (Tul.) Perk. arbusto mata de galeria
Mollinedia argyrogyna Petk. árvore mata ciliar, mata seca

Mollinedia cinerea Tul. àrvore mata de galeria


Mollinedia oligantha Perk. árvore mata de galeria
Mollinedia triflora (Spreng.) Tul. arbusto mata de galeria
Mollinedia undulata Pexk. subarbusto | mata de galeria
Mollinedia midgrenit A. DC. árvore mata de galeria
Siparuna arianeae NV. Pereira arbusto mata ciliar
Siparuna camporum A. DC. arvore mata de galeria
Siparuna cnjabana (Mart.) A. DC. arbusto mata de galeria, campo
sujo, campo limpo
470 Roberta Cunha de Mendonça ef aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Hábito Fitofisionomia / habitat
Siparuna guianensts Aubl. arbusto mata de galeria, campo
sujo, vereda
Siparuna graminica (Spreng.) Legr. arbusto mata ciliar, mata seca

MORACEAE
Brosimum gaudichandii Tréc. arbusto cerrado, campo sujo
Brosimum guianensis (Aubl)) Huber arbusto mata
Brostmum rubescens Taub. árvore mata seca
Coussapoa microcarpa (Schott.) Rizzini árvore mata de galeria
Dorstenia asaroides Gard. erva mata de galeria
Dorstenia brasihensis Lam. erva cerrado
Dorstenia cayapia Vell. ssp. asaroides (Hook.)
CC Der erva cerrado
Dorstenia cayapia Vell. ssp. vinifolia (Gard.) Berg. | erva mata de galeria
Dorstenia heringerii Carauta & Val. erva cerrado
Dorstenia tenuis Bonpl. ex Bur. erva cerrado
Ficus adhatodaefolia Schott. ex Spreng. árvore mata de galeria
Ficus calyptroceras (Miq.) Mig. árvore mata seca decídua
Ficus citrifolia P. Miller árvore mata seca decídua
Ficus dohara Mart. árvore mata de galeria
Ficus enormis (Mart. ex Mig.) Mig. árvore mata ciliar, mata de galeria
Ficus eximia Schott. árvore mata
Ficus gardneriana (Miq.) Mig. - -
Ficus gomelleira Kunth. & Bouché ex Kunth. árvore mata
Ficus guyanensis Desv. ex Ham. árvore mata
Ficus insipida Willd. árvore mata de galeria
Ficus luschnathiana Mig. árvore mata de galeria
Ficus maxima Miller árvore mata ciliar, mata de galeria
Ficus mexiae Standl. árvore mata de galeria
Ficus obtusifolia Roxb. arbusto mata
Ficus obtisinsenta (Mig) Mig. árvore mata
Ficus padifolia H. B. & K. árvore mata de galeria
Ficus pertusa L. f. árvore mata ciliar
Ficus trigona L. f. árvore mata de galeria
Maciura tinctoria (L.) Don. ex Steud. ssp.
tinctoria (=Chlorophora tinctoria Gaud.) árvore mata seca
Flora vascular do Cerrado 471

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Pseudolmedia guaranitica Hassl. árvore mata de galeria
Pseudolmedia laevigata Tréc. árvore mata ciliar
Sorocea bonplandii (Baill.) Burg. Lanj. & Boer. árvore mata de galeria
Sorocea guilleminiana Gaud. árvore mata ciliar, mata seca
Sorocea hilarii Gard. árvore mata de galeria
Sorocea ilicifolia Mig. árvore mata de galeria
Sorocea sprucei (Baill.) Macbride var. saxicola
(Hassler) Berg. árvore mata de galeria

MYRISTICACEAE
Virola malmei A. C. Smith. árvore mata
Virola sebifera Aubl. árvore mata de galeria
Virola sessilis (Benth.) Warb. arbusto cerrado
Virola subsessilis (Benth.) Warb. arbusto cerrado, cerradão
Virola surinamensts (Rolander) Warb. árvore mata de galeria inundável
Virola urbaniana Warb. (=V'irola lieniana Warb.) árvore mata de galeria inundável

MYRSINACEAE
Cybianthus boissteri A .DC.
Cybianthus cunesfolius Mart. arbusto mata de galeria
Cybianthus detergens Mart. arvore cerrado, mata de galeria
Cybianthus fuscus Maxt. árvore mata de galeria
Cybianthus gardneri A. DC. árvore mata de galeria
Cybianthus glaber A. DC. arbusto cerrado, mata ciliar, mata
de galeria
Cybianthus goyazensts Mez arbusto mata de galeria
Cybianthus lagoensis Mez arbusto mata de galeria
Cybianthus spathbulfolius Agostini árvore
Cybianthus subspicatus Benth. ex Spreng. arbusto mata
Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. ex Roem.
(=Rapanea coriacea (Sw.) Mez) árvore mata de galeria, cerrado
Myrsine ferruginea (Sw) R. Br. ex Roem. &
Schult. (=Rapanea ferruginea (Ruiz & Pav.) Mez) árvore mata, cerradão
Myrsine gardneriana A. DC. árvore mata de galeria
Myrsine guianensis (Aubl.) Kuntz. árvore cerrado, mata de galeria,
(=Rapanea guianensis Aubl.) mata seca, mata ciliar
472 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

Myrsine guineensis Kuntze árvore cerrado, cerradão


Myrsine intermedia Pipoli árvore mata de galeria
Myrsine umbellata Mart. (=Rapanea umbellata árvore mata de galeria, mata
(Mart.) Mez) seca, mata ciliar
Rapanea lancifoha (Mart.) Mez árvore mata de galeria
Rapanea lenconenra (Mart.) Mez
Rapanea parvifoha (DC.) Mez
Stylogyne ambigua (Mart.) Mez árvore mata de galeria
Weigeltia densiflora (Miq.) Mez subarbusto campo, cerrado

MYRTACEAE
Blepharocalyx salicifolius (H. B. & K.) Berg
(=Blepharocalyx acuminatus (H. B. & K.)
Berg, Bkpharocalyx suaveolens (Camb.) Bur.,
Eugenia gamaeana Glaz.) árvore cerrado, cerradão
Calycorectes acutatus (Miq.) Toledo árvore mata de galeria
Calyorectes psidisflorus Berg (=Calycorectes
nedelianus Berg) árvore mata de galeria
Caiyptrantbes brasiliensis Spreng. árvore cerrado
Calyptranthes clusiaefolia (Miq.) Berg árvore mata de galeria
Calyptranthes lucida Mart. ex DC. árvore mata de galeria
Cahptranthes ovalfolia Camb. árvore cerrado
Campomanesta adamantium Camb.
(=Campomanesia caerulea Berg) arbusto cerrado, campo
Campomanesta exgeniotdes Blume var. exgenioides árvore campo limpo, cerrado
Campomanesta guaviroba (DC.) Kiaersk. árvore mata de galeria
Campomanesta guazumaefolia Blume árvore cerrado
Campomanesta lineatifolia Ruiz & Pavon arbusto cerrado (ato sensu
Campomanesta pubescens (DC.) Berg
(=Campomanesia bracteolata Kiaersk., arbusto cerrado, mata de galeria,
Campomanesia corymbosa Blume.) campo
Campomanesia rufa (Berg) Nied. arbusto cerrado (ato sensu
Campomanesta sessiliflora (Berg) Mattos arbusto cerrado
Campomanesia velutina (Camb.) Berg árvore mata de galeria
Campomanesta xanthocarpa Berg
(=Campomanesia aromatica Griseb.) árvore cerrado
Flora vascular do Cerrado
473

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Eugenia albo-tomentosa Cambess. arbusto cerrado
Eugenia angustana Kiaersk. subarbusto cerrado
Eugenia angushissima Berg subarbusto campo úmido, cerrado
Eugenia aurata Berg árvore cerrado, campo sujo
Eugenia biflora DC. arbusto cerradão, campo
Eugenia bimarginata DC. (= Eugenia warmingiana
Kiaersk.) arbusto cerrado, campo
Eugenia bracteata Vell. arbusto cerrado, mata
Eugenia calycina Camb. arbusto cerrado
Eugenia candolkana Berg arbusto cerrado
Eugenia cerasiflora Kurz arbusto cerrado
Eugenia chrysantha Berg arbusto cerrado
Eugenia complicata Berg arbusto cerrado
Eugenia cristaensis Berg subarbusto cerrado
Eugenia dysenterica DC. árvore cerrado, cerradão, campo
Eugenia egensis DC. árvore mata de galeria
Emgenia flavescens DC. arbusto cerrado
Eugenia florida DC. (= Eugenia gardneriana Berg) | arbusto mata de galeria, mata
ciliar, cerrado
Eugenia geminiflora Berg árvore cerrado, cerradão
Eugenia glandulosa Blanco arbusto cerrado
Eugenia glasioviana Kiaersk. arbusto cerrado
Eugenia heringeriana Mattos árvore mata
Eugenia hiemalis Camb. arbusto mata de galeria, mata ciliar
Eugenia involucrata DC. arbusto mata ciliar
Eugenia klotsschiana Berg arbusto cerrado, campo
Eugenia livida Berg. subarbusto cerrado /ato sensu
Eugenia lutescens Camb. subarbusto cerrado
Eugenia mansonii Berg arbusto cerrado /ato sensu
Eugenia moraviana Berg árvore mata
Eugenia mugiensis Berg arbusto campo
Eugenia myrcianthes Nied. (=Hexachlamys humilis
Berg) subarbusto campo, cerrado
Eugenia myrtifolia Camb. árvore mata de galeria
Eungenia obversa Berg arbusto campo
474 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat

Eugenia patristi Nah] arbusto mata de galeria


Eugenia pianhiensis Berg arbusto campo sujo
Eugenia piloesis Camb. arbusto cerrado, mata de galeria
Eugenia pinifoha Camb. arbusto cerrado
Eugenia pluriflora Mart. arbusto cerrado (ato sensu
Eugenia punicifola (H. B. & K) DC. (= Eugenia
fruticulosa DC., E. glareosa Berg, E. kunthiana
DC., E. poypbhylla Berg, E. rhombocarpa Berg, arbusto cerrado, campo sujo,
E. romana Berg) campo rupestre
Eugenia racemulosa Berg arbusto mata ciliar, mata seca
Eugenia rotundifolia Casar árvore cerrado
Eugenia sphathulata Berg arbusto cerrado ato sensu
Eugenia sphenophylla Hook & Arn. arbusto cerrado
Eugenia stictopetala DC. arbusto cerrado
Eugenia stictosepala Kiaersk. arbusto mata seca
Eugenia stricta Pranch. ex Brong. & Griseb. erva cerrado
Eugenia sulcata Spring. ex Mart. árvore mata de galeria
Eugenia tenella DC. arbusto campo
Eugenia triphylla Berg arbusto cerrado (ato sensu
Eugenia uniflora L. árvore mata de galeria
Eugenia uruguayenstis Camb. árvore mata
Gomidesia affinis (Camb.) Legr. árvore mata de galeria
Gomidesia eriocalyx (DC.) Legr. arbusto mata de galeria
Gomidesia fensliana Berg subarbusto | mata de galeria
Gomidesia gandichandiana Berg arbusto cerrado rupestre
Gomidesia lindeniana Berg. (=Gomidesta brunea
(Camb.) Berg) arbusto mata de galeria
Gomidesia pubescens (DC.) Legr. árvore mata de galeria.
Gomidesia schaueriana Berg árvore mata seca
Gomidesia widgreniana Berg árvore mata de galeria
Marlierea bipennis (Berg) McVaugh árvore mata de galeria
Marlierea clausseniana (Berg) Kiaersk. árvore cerrado, mata ciliar, mata
seca
Marlierea lituatinervia (Berg) McVaugh árvore mata de galeria
Marlierea pilodes (Kiaersk.) Kawasaki árvore mata ciliar
Flora vascular do Cerrado
475

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Marlierea schottiana Berg arbusto mata seca
Markerea tomentosa Camb. árvore mata de galeria
Marlierea warmingiana Kiaersk. arbusto mata ciliar
Myrcengenia alpigena (A. DC.) L. R. Landrum arbusto cerrado, campo limpo,
mata de galeria
Myrcia albotomentosa DC. árvore cerradão, cerrado
Myreia alloiota Kiaersk. arbusto campo
Myrcia amethystina Kiaersk. subarbusto cerrado
Myrcia andromedoides Camb. arbusto campo
Myreia angustana Berg atbusto cerrado, campo
Myrcia bella Camb. arbusto cerrado (ato sensu
Myrcia breviramis (Berg.) Legrand. árvore mata de galeria
Myrcia camapuanensis N. F. E. Silveira arbusto
Myreia canescens Berg árvore cerrado
Myrcia capitata Berg subarbusto mata
Myreia caracana Glaziou arbusto cerrado rupestre
Myrcia castrensis (Berg) Legr. arbusto mata de galeria
Myreia ciadeandra DC. arbusto cerrado
Myrcia cordifoha Berg arbusto cerrado, campo
Myreia corumbensis Glaziou subarbusto cerradão
Myreia crassifolia Kiaersk. arbusto cerrado, mata de galeria,
mata ciliar
Myreia cuprea (Berg) Kiaersk. arbusto cerrado /ato sensu
Myreia cuspidata Berg subarbusto cerrado
Myreia daphnoides DC. arbusto cerrado (ato sensu
Myreia dasyblasta Berg arbusto cerrado
Myreia dealbata DC. arbusto mata
Myrcia decrescens Berg erva cerrado, mata de galeria
Myrcia decnssatum DC. erva cerrado
Myrcia deflexa DC. árvore cerrado
Myrcia detergens Mig. arbusto campo
Myreia elacodendra DC. arbusto cerrado
Myreia eriopus DC. árvore mata ciliar
Myreia fallax (Rách.) DC. árvore cerrado
Myreia floribunda Mig. arbusto cerrado (ato sensu
476 Roberta Cunha de Mendonça et a/.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat

Myreia formostana DC. arbusto cerrado, mata de galeria


Myreia gardneriana Berg arbusto cerrado
Myrcia gomidesoides K1earsk. arbusto campo
Myrcia goyazensis Camb. arbusto cerrado
Myrcia guaiavifoha Berg arbusto mata ciliar, mata seca
Myreia guianensts DC. arbusto cerrado, mata ciliar, mata
seca

Myrcia hayneana Berg arbusto cerrado (ato sensu


Myreia hepatica K1earsk. arbusto campo
Myrcia hiemalis Camb. subarbusto | cerrado
Myreia intermedia Kiaersk. arbusto campo, mata ciliar
Myrcia laevigata Berg arbusto cerrado (ato sensu
Myrcia lanuginosa DC. arbusto cerrado
Myrcia lasiantha DC. arbusto campo
Myreia lasiopus Berg arbusto cerrado
Myreia laroutteana Camb. arbusto cerradão, mata ciliar,
mata seca

Myrcia lenheirensis Kiaersk. arbusto cerrado


Myreia leptoclada DC. árvore mata de galeria
Myreia linearifolia Camb. subarbusto | cerrado, cerradão
Myrcia lingua Berg arbusto cerrado /ato sensu
Myrcia longipes (Berg) Kiaersk. arbusto cerrado (ato sensu
Myreia magnoliaefolia DC. árvore mata ciliar, cerradão,
cerrado
Myrcia meiapontensis Glaziou arbusto cerrado
Myreia miscopbylla Kiaersk. arbusto mata ciliar
Myreia multiflora (Lam.) DC. árvore mata de galeria
Myrcia mutabilis Berg arbusto mata de galeria
Myreia nigropunctata (Berg.) N. ). E. Silveira arbusto cerrado
Myrcia nitens Berg arbusto campo
Myrcia nivea Cambess. arbusto cerrado
Myrcia nobilis Berg arbusto mata seca
Myrcia obiusa Schauer arbusto =
Myrcia ochroides Berg arbusto cerrado
Myrcia pallens DC. arbusto cerrado, cerradão
Flora vascular do Cerrado
477

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Myrcia piauhiensis Berg arbusto cerrado
Myrcia pinifolia Camb. erva cerrado
Myrcia pubipetala Mig. árvore cerrado
Myrcia ramulosa DC. arbusto cerrado
Myreia regeliana Berg subarbusto campo úmido
Myrcia rhbodosepala Kiaersk. subarbusto campo sujo
Myrcia rimosa Cambess. arbusto cerrado
Myrcia rorida (Berg) Kiaersk. arbusto
Myreia rostrata DC. (=Myrcia velutina Berg) arbusto mata ciltar, mata seca
Myrcia rufa (Berg) N. J. E. Silveira árvore mata de galeria
Myreia rufipes DC. arbusto cerrado, mata ciliar
Myrcia schottiana Berg erva campo úmido
Myrcia scutulifera Mart. ex DC. arbusto cerrado
Myrcia sellowiana Berg árvote mata de galeria
Myreia sostas Legr. árvore mata de galeria
Myrcia splendens DC. arbusto cerrado
Myreia stricta Kiaersk. subarbusto cerrado, campo sujo
Myreia subcordata DC. árvore cerrado
Myrcia sufjruticosa Berg subarbusto cerrado
Myreia superba Berg arbusto cerrado
Myreia termfolia Berg árvore cerrado
Myreia thyrsoidea Berg arbusto cerrado
Myreia tomentosa (Aubl) DC. árvore mata ciliar, mata seca
Myrita torta DC. (=Myreia dictyophylla (Berg) arbusto mata de galeria, campo,
Mattos & Regr.) cerrado
Myreia uberavensis Berg arbusto
Myrcia variabilis Mart. ex DC. arbusto cerrado, cerradão, campo
Myrcia venulosa DC. arbusto mata ciliar, cerrado
Myreia vestita DC. arbusto campo
Myrcianthes pungens (Berg.) Legr. árvore mata de galeria
Myreiaria ciliata (Camb.) Berg árvore cerrado (ato sensu
Myrciaria floribunda Berg arvore cerrado (ato sensu
Myreiaria glanduliflora (Kiaersk.) Mattos & Legr. arbusto mata ciliar
Myrciaria minensis Bexg (=Engenia minensts
Kiaersk) arbusto campo
478 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Myrciaria tenella (DC.) Berg árvore cerrado, mata de galeria
Pimenta pseudocaryophillus (Gomes) L. R.
Landrum arbusto cerrado
Psidium acutangulum DC. arbusto cerrado Jato sensu
Psidium aerugineum Berg arbusto cerrado, campo
Psidium australe Camb. arbusto
Psidium basanthum Berg arbusto campo
Psidium bergianum (N1ed.) Burret. (=Psidium
warmingianum Kiaetsk.) atbusto campo
Psidium cattleyanum Sabine árvore mata de galeria
Psidium cinereum Mart. ex DC. (=Psidium
grandiflorum Ruiz & Pavon) arbusto campo
Psidium cinereum Mart. ex DC. var. scandente
(Mart.) Legr. arbusto campo
Psidium cupreum Berg subarbusto cerrado
Psidium eugenii Kiaersk. arbusto campo
Psidium firmum Berg arbusto mata de galeria, vereda,
campo
Psidium grandiflorum Mart. ex DC. arbusto campo
Psidium guianense Sw. árvore mata inundável, mata
seca decídua
Psidium incanescens Mart. ex DC. arbusto cerrado
Psidium incanum (Berg.) Burret arbusto cerrado
Psidium lagoense Kiaersk. arbusto cerrado
Psidium longipetiolatum Legr. árvore mata de galeria
Psidium lourteigii Legr. arbusto mata de galeria
Psidium luridum (Spreng.) Bur. subarbusto campo sujo
Psidium myrsinites DC. árvore cerrado
Psidium myrsinoides Berg (=Psidium gardnerianum
Berg) arbusto cerrado, campo sujo
Psidium poblianum Berg (=Myrtus blanchetiana
Berg) árvore cerrado, campo
Psidium riedelianum Berg. arbusto campo
Psidium rufum Mart. ex DC. arbusto campo
Psidium sartorianum (Berg.) Nied. árvore mata seca
Flora vascular do Cerrado 479

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Psidium sorocabense Berg. atbusto campo
Psidium submetrale Mevaugh. arbusto cerrado /ato sensu
Psidium suffruticosum Berg arbusto campo
Psidium warmingianum Kiaersk. arbusto mata de galeria, campo
Psidium widgrenianum Berg. arbusto cerrado, cerradão
Siphoneugena chnoosepala (Kiaersk.) Kausel arbusto mata ciliar
S7phonengena densiflora Berg árvore mata de galeria
Siphoneugena dussi (Krug & Urban) C. Proença | arbusto cerrado
S7phonengena midgreniana Berg arbusto mata ciliar

NYCTAGINACEAE
Guapira areolata (Heimerl.) Lund árvore campo rupestre
Guapira cacerensis (Hoehne) Lund árvore cerradão, mata
Guapira campestris (Netto) Lund arbusto cerrado
Guapira graciliflora (Mart. ex Schimidt) Lund árvore cerrado
Guapira gracihiflora (Mart. ex Schimidt) Lund
var. subferruginosa árvore mata de galeria
Guapira noxia (Netto) Lund árvore cerrado
Guapira opposita (Vell.) Reitz árvore mata de galeria, mata
seca, mata ciliar, cerrado
Guapira paraguayensis (Heimerl.) Lund árvore mata de galeria
Guapira parvifolia (Standley) Lund árvore cerrado
Guapira psammophila (Mart. ex Schmidt.) Angely | árvore cerrado
Guapira subferruginea Maxt. árvore mata de galeria, cerrado
Guapira tomentosa (Casar) Lund árvore mata de galeria, cerrado
Neea hermaphrodita Sp. Moore árvore mata de galeria
Neea macrophylla Britton árvore mata de galeria
Neea mollis Spruce arbusto mata
Neca spruceana Heimetl. árvore mata de galeria
Neea theifera Oerst. árvote cerrado
Pisonia ambigua Heimerl. árvore cerrado, mata
Pisonia subferruginosa Mart. ex Schimidt árvore cerrado

OCHNACEAE
Cespedesia spathulata (Ruiz. & Pav.) Planch. arbusto mata de galeria
Luxemburgia angustifolia Planch. E E
480 Roberta Cunha de Mendonça et a/.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

Luxemburgia ciliatibracteata Sastre


Luxemburgia ciliosa (Mart. & Zucc.) Planch.
Luxemburgia damasioana Beauv.
Luxemburgia flexnosa Sastre
Luxemburgia polyandra St. Hil.
Luxemburgia schwackeana Taub.
Ouratea acuminata (DC.) Engl. arbusto cerrado
Ouratea castaneaefolia (DC.) Engl. arbusto cerrado
Ouratea conferhiflora (Pohl) Engl. árvore mata de galeria, cerrado
Ouratea crassifolia (Pohl) Engl. arbusto cerrado
Ouratea cuspidata (St. Hil.) Engl. árvore cerrado
Ouratea ferruginea Engl. arbusto cerrado
Ouratea floribunda (St. Hil.) Engl. arbusto brejo, cerrado, mata ciliar
Ouratea fieldgiana (Gard.) Engl. arbusto cerrado, mata de galeria,
campo
Ouratea hexasperma (St. Hil.) Baill. arbusto cerrado, mata de galeria,
campo
Ouratea hilaireana Van Thieghem árvore cerrado
Ouratea nana (St. Hil.) Engl. arbusto cerrado, mata de galeria,
campo
Ouratea nitida Engl. arbusto campo rupestre
Ouratea parviflora (DC.) Baill. árvore cerrado, campo
Ouratea parmfolia (St. Hil.) Engl. arbusto mata
Ouratea polygyna Engl. árvore cerrado
Ouratea schomburgkii (Planch.) Engl. arbusto cerrado, mata de galeria,
campo
Ouratea semiserrata (Mart. ex Nees.) Engl. arbusto mata ciliar
Ouratea spectabilis (Mart.) Engl. árvore cerrado
Sauvagesia erecta L. var. erecta

Sauvagesia glandulosa (St. Hil.) Sastre


Sauvagesia linearifolia A. St. Hil. atbusto cerrado
Sauvagesia racemosa A. St. Hil. subarbusto brejo

OLACACEAE
Heisteria citrifolia Engl. átvotre cerrado
Heisteria densiflora Engl. árvore cerrado
Flora vascular do Cerrado 481

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Heisteria ovata Benth. árvore cerrado
Schoepfia brasiliensis A. DC. arbusto mata de galeria
Ximenta americana L. árvore cerrado
Ximenia coriacea Engl. arbusto cerrado

OLEACEAE
Chionanthus arboreus (Eschl.) P. S. Green arbusto mata de galeria
Lsnoctera arborea Eschl. árvore mata
Luinociera glomerata Pohl árvore mata
Luenociera hassleriana Hassler árvore cerrado (ato sensu

ONAGRACEAE
Fuschia regia (Vell) Munz. trepadeira mata seca

Ludwigia affinis (DC.) Hara subarbusto campo


Ludwigia albiflora Ramamoorthy erva campo úmido, brejo
Ludwigia brachyphylla (Micheli) Hara arbusto campo limpo
Ludwigia decurrens Walt. erva campo

Ludwigia densiflora (Michel) Hara subarbusto mata ciliar


Ludwigia elegans (Camb.) Hara arbusto mata de galeria
Ludwigia erecta (L.) Hara subarbusto | mata
Ludwigia fihformis (Micheli) Ramamoorthy subarbusto | campo úmido
Ludwigia goiazensis Ramamoorthy subarbusto | mata, campo sujo, campo
úmido
Ludwigia grandiflora (Michaux) Greuter & Burdet. subarbusto campo úmido
Ludwigia hypsopifolia (G. Don) Exell erva mata de galeria
Ludwigia inclinata (L. £)) Gomez erva brejo
Ludwigia invinii Ramamoorthy erva campo úmido
Ludwigia laroutteana (Camb.) Hara arbusto brejo
Ludwigia leptocarpa (Nutt.) Hara subarbusto brejo
Ludwigia longifolia (DC.) Hara erva brejo
Ludwigia martii (Michel) Ramamoorthy subarbusto | brejo
Ludwigia myrtifolia (Camb.) Hara
Ludwigia nervosa (Poir.) Hara arbusto campo, brejo
Ludwigia octovalvis (Jacq.) Raven arbusto campo úmido
Ludwigia peruviana (L..) Hara arbusto campo úmido
482 Roberta Cunha de Mendonça ez a/.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

Ludwigia rigida (Mig.) Sandwith subarbusto brejo


Ludwigia sedoides (Humb. & Bonpl.) Hara erva brejo
Ludwigia tomentosa (Camb.) Hara arbusto brejo

OPILIACEAE
Agonandra brasiliensis Benth. & Hook. f. árvore cerrado, mata seca

ORCHIDACEAE
Ablostoma armeniacum (Lindl.) Brieger ex
Pabst*** erva epífita mata ciliar
Anacheilium calamarium (Lindl.) Pabst, Mout.
& Pinto *** erva epífita
Anacheilium vespa (Nell) Pabst, Mout. &
Pinto*** (=Encycha vespa (Vell.) Dressler) erva epífita
Aspasia variegata Lindl. erva epífita mata de galeria
Bifrenaria aureo-fulva (Hook.) Linai. *** erva epífita
Bifrenaria magnicalcarata (Hoehne) Pabst * erva terrestre campo rupestre
Bletia catenulata Ruiz & Pav. erva terrestre campo úmido, campo
inundável
Brachystele ulaei (Cogn.) Schltr. *%* erva terrestre
Brassavola cebolleta Rchb. f. erva epífita mata de galeria, mata seca
Brassavola tuberculata Hook. *** erva epífita
Bulbopbyllum adiamantinum Brade* erva
Bulbophyllum atropurpureum Barb. Rodr. * erva epífita
Bulbophyllum barbatum Barb. Rodr. * erva epífita
Bulbopbyllum bidentatum (Barb. Rodr.) Cogn. * erva rupícola
Bulbophyllum chloroglossum Rchb. f. 8& Warm. * erva epífita
Bulbophyllum chloropterum Rchb. £. ** erva epífita
Bulbophyllum clausenii Rchb. £. * erva
Bulbophyllum epipbytum (Barb. Rodr.) Cogn. * erva epífita
Bulbophyllum geraense Rchb. f. * erva rupícola
Bulbopbyllum gladiatum Lindl. * erva epífita
Bulbophyllum glutinosum (Barb. Rodr.) Cogn. * erva epífita
Bulbophyllum granulosum Barb. Rodr. * erva epífita
Bulbophyllum insectiferum Barb. Rodr. erva epífita mata de galeria, mata seca
Flora vascular do Cerrado 483

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Bulbopbyllum laciniatum (Barb. Rodr.) Cogn. * erva epífita
Bulbophyllum longipetalum Pabst * erva

Bulbophyllum lundianum Rchb. f. & Warm. * erva epífita


Bulbophyllum mentosum Barb. Rodr. * erva epífita
Bulbophyllum micranthum Barb. Rodr. * erva epífita
Bulbophyllum micropetalforme ). E. Leite*** erva

Bulbophyllum mucronifolium Rchb. f. & Warm. * erva epífita


Bulbophyllum napelli Lindl. ++ erva epífita | mata ciliar
Bulbopbyllum nemorosum (Barb. Rodr.) Cogn. * erva epífita
Bulbophyllum ochraceum (Barb. Rodr.) Cogn. * erva epífita
Bulbophyllum pabstit Garay erva epífita | mata de galeria, mata seca
Bulbophyllum plumosum (Barb. Rodr.) Cogn. * erva rupícola
Bulbophyllum punctatura Barb. Rodr. * erva epífita
Bulbophyllum quadricolor (Barb. Rodr.) Cogn. * erva epífita
Bulbophyllum regnellii Rchb. f. * erva epífita
Bulbophyllum rupicolum Barb. Rodr. erva rupícola| cerrado, campo rupestre
Bulbophyllum warmingianum Rchb. f. * erva epífita
Bulbophyllum weddelhii (Lindl.) Cogn. * erva rupícola| campo rupestre
Campbylocentrum aciculatum (Rchb. f. & Warm.)
Cogn. * erva epífita
Campylocentrum intermedium (Rchb. f. & Warm.)
Cogn. * erva epífita |-
Campylocentrum lansbergit (Rchb. £.) Schltr. ** erva epífita
Campylocentrum linearifolium Schltr. ex Mansf. * erva epífita
Campylocentrum micranthum (Lindl.) Rolfe erva epífita | mata de galeria
Campylocentrum neglectum (Rchb. f. & Warm.)
Cogn. erva epífita | mata de galeria
Campylocentrum robustum Cogn. * erva epífita
Capanemia ensata Pabst * erva epífita
Capanemia gebrtii Hoehne*** erva epífita
Catasetum atratum Lindl. ** erva epífita
Catasetum barbatum Lind. erva epífita | mata de galeria, cerradão
Catasetum cernuum (Landl.) Rchb. f. ** erva epífita
Catasetum fimbriatum (Morren.) Lindl. erva epífita | mata de galeria, cerradão
Catasetum regnellii Barb. Rodr. * erva epífita
484 Roberta Cunha de Mendonça et aí

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Hábito Fitofistonomia / habitat

Catasetum spitsit Hoehne erva epífita mata de galeria, mata seca


Cattleya araguaiensis Pabst erva epífita mata

Cattleya bicolor Lindl. erva epífita mata de galeria inundável


Cattleya nobilior Rchb.f. erva epífita mata seca

Cattleya walkeriana Gard. erva epífita mata seca

Centroglossa macroceras Barb. Rodr. *** erva epífita


Cleistes aphylla (Barb. Rodr.) Hoehne erva terrestre campo úmido
Clesstes bella Rehb.f. & Warm. erva terrestre campo, campo sujo,
cerrado
Cletstes calantha Schltr. * erva terrestre

Cleistes caloptera Rchb.f. & Warm erva terrestre campo úmido, campo
inundável
Clesstes castanotdes Hoehne erva terrestre campo úmido
Cleistes cipoana Hoehne * erva terrestre

Cleistes extlts Hoehne erva terrestre campo úmido


Cleistes fragrans Schltr. * erva terrestre

Cleistes gracilis (Barb. Rodr.) Schltr. * erva terrestre

Clesstes itatratae Pabst *+* erva terrestre

Cleistes lepida (Rchb.f.) Schltr. * erva terrestre

Cleistes mantiqueirae Rchb.f. & Warm. * erva terrestre

Cleistes metallina (Barb. Rodr.) Schltr. * erva terrestre

Cleistes paranaensis (Barb. Rodr.) Schltr. erva terrestre campo, campo sujo,
cerrado
Cleistes pluriflora (Barb. Rodr.) Schltr. * erva terrestre campo úmido
Cleistes quadricalosa (Barb. Rodr.) Schltr. * erva terrestre
Cleistes rosea Lindl. erva terrestre campo úmido
Cleistes spectosa Gard. * erva terrestre
Cleistes strangit Pabst * erva terresire
Cleistes uliginosa Pabst erva terrestre campo úmido
Cleistes unguiculata (Rchb.f.) Schltr. * erva terrestre
Comparettia coccinea Lindl. erva epífita mata de galeria
Constantia cipoensis Porto & Brade * erva epífita
Cranichis candida (Barb. Rodr.) Cogn. erva terrestre mata de galeria
Cranichis glabricaulis Hoehne erva terrestre mata de galeria
Cranichis nudilabia Pabst erva terrestre mata de galeria
Flora vascular do Cerrado
485

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Cranichis seripta Krzl. * erva terrestre
Cyanacorchis arundinae (Rchb.f)) Barb. Rodr. erva terrestre campo úmido
Cyanacorchis minor Schltr. erva terrestre campo úmido
Cycnoches pentadactylum Lindl. erva epífita mata de galeria
Cyplopogon aphyllus Schltr. erva terrestre campo, campo rupestre
Cyplopogon apricus (Lindl.) Schltr. * erva terrestre

Cyplapogon bicolor (Ker.) Schltr. * erva terrestre

Cyplopogon chlorolencus Barb. Rodr. erva terrestre mata de galeria inundável


Cyplopogon cuspidatus (Lindl.) Schltr. * erva terrestre

Cyplopogon eugenit (Rchb.f.) Schltr. * erva terrestre

Cyplopogon goyazensis (Cogn.) Schltr. * erva terrestre


Cyplopogon graciliscapus Schltr. erva terrestre

Cyplopogon lineatus (Lindl.) Pabst ** erva terrestre

Cyplopogon truncatus (Lindl.) Schltr. * erva terrestre

Cyplopogon warmingii (Rchb.f.) Schltr. * erva terrestre


Cyrtopodium andersonii R. Br. erva rupícola mata seca
Cyrtopodium blanchetii Rchb. f. erva terrestre campo, campo sujo,
cerrado
Cyrtopodium braemii L.C. Menezes erva terrestre campo
Cyrtopodium brandonianum Barb. Rodr. erva terrestre campo, campo sujo,
cerrado
Cyrtopodium cristatum Lind. erva terrestre campo, campo sujo
Cyrtopodium dusenti Schltr. erva terrestre campo, campo sujo,
cerrado
Cyrtopodium eugenit Reichb. f. erva terrestre campo, campo sujo,
cerrado
Cyrtopodium fowliei L.C. Menezes erva terrestre campo úmido
Cyrtopodium hatschbachii Pabst erva terrestre campo úmido
Cyrtopodium lissochiloides Hoehne & Schltr. erva terrestre campo úmido
Cyrtopodium pallidum Rchb. £. & Warm. erva terrestre campo, campo sujo,
cerrado
Cyrtopodium palmifrons Rchb.f. & Warm. * erva epífita
Cyrtopodium paludicolum Hoehne erva terrestre campo inundável, campo
úmido
Cyrtopodium parviflorum Landl.
(=Cyrtopodinm falcilobum Hoehne & Schltr.) erva terrestre campo úmido
486 Roberta Cunha de Mendonça et aí

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

Cyrtopodium poecilum Rchb. f. & Warm. erva terrestre] campo, campo sujo,
cerrado
Cyrtopodium saint-legerianum Rchb. f. erva epífita | cerrado, mata
Cyrtopodium triste Rchb. f. & Warm. erva terrestre campo, campo sujo

Cyrtopodinm vernum Rchb. f. & Warm. erva terrestre| campo, campo sujo
Cyrtopodium virescens Rchb. f. & Warm. erva terrestre cerrado, campo sujo
Dichaea bryophyla Rchb. f. ** erva epífita
Eltroplectris cogniauxiana (Schltr.) Pabst * erva terrestre
Eltroplectris longicorna (Cogn.) Pabst * erva terrestre
Eltroplectris macrophylla (Schltr.) Pabst * erva terrestre
Eltroplectris roseo-alba (Rchb.f.) Garay & Sweet d erva terrestre
Encycha allemanii (Barb. Rodr.) Pabst * erva epífita
Encycha amicta (Lindl. & Rchb.f) Schltr. * erva epífita
Encyclia argentinensis (Speg.) Hoehne * erva epífita
Encycla caetensis (Bicalho) Pabst * erva epífita
Emcyclia cardinii Pabst & Mello * erva epífita
Encycha duveemii Pabst * erva epífita
Encycla ensiformis (Ruiz & Pav.) Mansf. * erva epífita
Encycla enosma (Rchb. f.) Porto & Brade erva epífita
Encyca farestana (Bicalho) Pabst * erva epífita
Emcyclia gallopavina (Rchb. £.) Porto & Brade* erva epífita
Encycha ghillemyi Pabst * erva epífita
Encycha lineanfohoides (Krzl.) Hoehne erva epífita
Encycka longifolia (Barb. Rodr.) Rchb. f. * erva epífita
Encycka moojenii (Pabst) Pabst * erva epífita
Encyclia odoratissima Schltr. * erva epífita
Encyclia osmantha (Barb. Rodr.) Schltr. * erva epífita
Encyclia pauciflora (Barb. Rodr.) Porto & Brade erva epífita
Encycla pípio (Rchb.f) Pabst * erva epífita
Encyclia regnelhana (Hoehne & Schltr.) Pabst * erva epífita
Encycka seidelir Pabst * erva epífita
Encyclia sessilifolia (Edwall) Pabst * erva epífita
Encycha tripartita (Vell)) Hoehne * erva epífita
Encycha xerophytica Pabst * erva epífita
Encycha widgrenii Lindl. * erva epífita
Flora vascular do Cerrado 487

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Epidendrum amblostomoides Hoehne erva epífita mata de galeria, mata seca
Epidendrum betimianum Barb. Rodr. * erva epífita
Epidendrum campestre Lindl. * erva terrestre

Epidendrum chlorinum Barb. Rodr. *** erva epífita | mata ciliar


Epidendrum cryproglossum Pabst erva epífita | mata de galeria
Epidendrum dendrobivides Thumb. erva terrestre] campo inundável, campo
úmido
Epidendrum denticulatum Barb. Rodr. * erva terrestre
Epidendrum densiflorum Lind. (=Epidendrum
paniculatum Ruiz & Pav.) erva epífita | mata de galeria, mata seca
Epidendrum difjorme Jacq. erva epífita | mata de galeria
Epidendrum elongatum Jacq. (=Epidendrum erva terrestre] mata de galeria, campo
crassifolmum Lindl., sensu Garay & Sweet) úmido
Epidendrum imatoplyllum Lindl. * erva terrestre
Epidendrum lindbergii Rchb.f. * erva epífita
Epidendrum magalhaensit Schltr. * erva

Epidendrum martianum Lindl, *** erva terrestre

Epidendrum minarum Hoehne & Schltr. * erva epífita


Epidendrum nocturnum Jacq. erva epífita |mata de galeria
Epidendrum polyanthum Lindl. ** erva epífita
Epidendrum rigidum Jacq. erva epífita | mata de galeria
Epidendrum saxarile Landl. *** erva epífita |campo rupestre
Epidendrum secundum Jacq. (=Epidendrum anceps
Jacg., sensu Garay & Sweet) erva epífita | mata de galeria, mata seca
Epidendrum setiferum Lindl. * erva terrestre

Epidendrum strobiliferum Rchb.f. erva epífita | mata de galeria


Epidendrum subpurum Rchb. f. * erva

Epidendrum tenne Lindl. * erva epífita


Epidendrum warasit Pabst * erva rupícola campo rupestre

Epidendrum welsii-windischit Pabst * erva

Epistephium laxiflorum Barb. Rodr. erva terrestre) campo úmido


Epistephium Incidum Cogn. erva terrestre| mata de galeria, campo
úmido
Epistephinm mattogrossensts Hoehne* erva terrestre

Epistephium parviflorum Landl. * erva terrestre


488 Roberta Cunha de Mendonça ez a/.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Epistephium sclerophyllum Lindl. (= Epestephium erva terrestre campo, campo sujo,
praestans Hoehne *) cerrado
Epistephium speciosum Barb. Rodr. * erva terrestre

Erythrodes artetina (Rchb. f. & Warm.) Ames erva terrestre mata de galeria inundável
Erythrodes commelinoides (Barb. Rodr.) Ames * erva terrestre

Erythrodes debilis (Lindl) Ames erva terrestre mata de galeria inundável


Erythrodes jurnensis (FHloehne) Ames erva terrestre mata de galeria inundável
Erythrodes kucsyinskii (Porsch) Garay erva terrestre campo úmido
Erythrodes metallescens (Barb. Rodr.) Ames * erva terrestre

Erythrodes paranaensis (Krzl)) Pabst erva terrestre campo úmido


Erythrodes rosea (Lindl) Ames * erva terrestre

Eulophia alta Fawcett & Rendle erva terrestre campo, campo sujo,
cerrado
Eurystyles actinosophila (Barb. Rodr.) Schltr. erva epífita mata de galeria
Gakandra beyrichit Rchb. f£. erva terrestre mata de galeria, mata seca
Galeandra graminoides Barb. Rodr. * erva terrestre
Galeandra junceoides Barb. Rodr. erva terrestre campo, campo úmido
Galeandra lacustris Barb. Rodr. erva epífita mata de galeria
Galeandra montana Barb. Rodr. (=Galeandra
lagoensts Rchb. f. & Warm.) erva terrestre campo, campo sujo,
cerrado
Galeandra mulnfoliata Zimm. * erva epífita
Galeandra paraguayensis Cogn. erva terrestre campo, campo úmido
Galeandra styllomisantha (Nell) Hoehne erva terrestre campo, campo úmido
Galeandra xerophila Hoehne * erva terrestre
Govenia utriculata (Sw) Lindl. erva terrestre mata de galeria inundável
Habenaria achalensis Krzl. erva terrestre campo, campo inundável
Habenaria alpestris Cogn. erva terrestre campo, campo úmido
Habenaria anisitsa Krzl. erva terrestre campo úmido, campo
inundável
Habenaria aphylla Barb. Rodr. erva terrestre campo, campo úmido
Habenaria aricaensts Hoehne erva terrestre campo úmido, campo
inundável
Habenaria armata Rchb. f. erva terrestre campo, campo sujo,
cerrado
Flora vascular do Cerrado
489

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Habenaria ayangannensis Renz erva terrestre campo úmido
Habenaria balansaei Cogn. erva terrestre campo inundável
Habenaria bractescens Lindl. erva terrestre campo
Habenaria brevidens Lindl. erva terrestre campo, campo sujo,
cerrado
Habenaria caldensis Krzl. erva terrestre campo inundável
Habenaria candolleana Cogn. erva terrestre campo úmido, campo
inundável
Habenaria eryptophylla Barb. Rodr. erva terrestre mata de galeria, mata
seca
Habenaria culicina Rchb. f. & Warm. erva terrestre campo, campo sujo,
cerrado
Habenaria cultelhfohha Barb. Rodr. *** erva terrestre

Habenaria curvilabria Barb. Rodr. erva terrestre mata de galeria, mata


seca
Habenaria depressifolia Hoehne erva terrestre campo, campo sujo
Habenaria distans Griseb. erva terrestre mata seca
Habenaria dusenit Schltr. * erva terrestre

Habenaria edwalhi Cogn. erva terrestre campo úmido


Habenaria ekmaniana Kxzl. erva terrestre campo úmido
Habenaria elegantula Hoehne *** erva terrestre

Habenaria fastor Warm. ex Hoehne erva terrestre campo inundável


Habenaria fluminensis Hoehne erva terrestre campo rupestre
Habenaria glaucophylla Barb. Rodr. erva terrestre mata de galeria
Habenaria glaucophylla Barb. Rodr. var. brevifolia
Cogn. erva terrestre mata de galeria inundável
Habenaria glazioviana Krzl. erva terrestre campo úmido
Habenaria gonriicana Gill. ex Lindl. erva terrestre campo úmido, campo
inundável
Habenaria goyazensis Cogn. erva terrestre campo úmido
Habenaria graciliscapa Barb. Rodr. erva terrestre campo úmido
Habenaria guillemimii Rehb. f. erva terrestre campo úmido
Habenaria hamata Barb. Rodr. erva terrestre campo, campo sujo,
cerrado
Habenaria hatschbachit Pabst * erva terrestre
490 Roberta Cunha de Mendonça et aí

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat

Habenaria heptadactyla Rchb. f. erva terrestre campo, campo úmido


Habenaria heringeri Pabst erva terrestre campo, campo úmido
Habenaria hexaptera Lindl. erva terrestre campo, campo sujo,
cerrado
Habenaria humilis Cogn. erva terrestre campo úmido
Habenaria hydrophila Barb. Rodr. erva terrestre campo, campo sujo,
cerrado
Habenaria inconspicua Cogn. erva terrestre campo inundável
Habenaria jaguariabyvae Kzl. erva terrestre campo
Habenaria juruenensis Hoehne erva terrestre campo úmido, campo,
campo sujo, cerrado
Habenaria lavrensts Hoehne erva terrestre campo, campo rupestre
Habenaria leprienrit Rchb.f. (=Habenaria
culmiformis Schltr.) erva terrestre campo úmido
Habenaria lencosantha Barb. Rodr. erva terrestre campo inundável
Habenaria lindmantana Krzl. * erva terrestre

Habenaria longapedicellata Hoehne erva terrestre campo, campo sujo,


cerrado
Habenaria macilenta Lindl. (= Habenaria
staminodiata Schltr.) erva terrestre campo úmido
Habenaria magniscutata Catling. (=Habenaria erva terrestre campo, campo úmido,
rostrata Pabst) campo rupestre
Habenaria mello-barretoi Brade & Pabst *** erva terrestre

Habenaria mitomorpha Kxzl. (= Habenaria


rudo!fi-schlechteri Hoehne) erva terrestre campo úmido
Habenaria montis-wilhelminae Renz erva terrestre campo, campo sujo,
cerrado
Habenaria mystacina Lindl. erva terrestre campo úmido, campo
inundável
Habenaria nasuta Rchb. f. & Warm. erva terrestre campo, campo sujo,
cerrado, campo úmido
Habenaria nuda Lindl. erva terrestre campo inundável
Habenaria obtusa Lindl. (= Habenaria ornithoides erva terrestre campo, campo sujo,
Batb. Rodr.) cerrado, campo úmido
Habenaria orchiocakar Hoehne (=Habenaria
lancipetala Pabst) erva terrestre campo úmido
Flora vascular do Cerrado 491

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Habenaria parviflora Lindl. erva terrestre campo inundável
Habenaria petalodes Lindl. erva terrestre| mata de galeria
Habenaria polyarpa Hoehne * erva terrestre| mata seca

Habenaria pratensis (Lindl) Rchb.f. var. parviflora


Cogn. erva terrestre| campo úmido
Habenaria pseudocaldensis Kxzl. erva terrestre] campo, campo úmido,
campo sujo, cerrado
Habenaria pungens Cogn. erva terrestre| campo úmido
Habenaria regnellii Cogn. erva terrestre| campo inundável
Habenaria repens Nutt. erva terrestre] mata de galeria
Habenaria rodeiensis Barb. Rodr. erva terrestre] campo úmido
Habenaria rupicola Barb. Rodr. (=Habenaria erva terrestre| campo, campo sujo,
coxipoensis Hoehne) cerrado
Habenaria secundiflora Barb. Rodr. erva terrestre campo, campo rupestre

Habenaria setacea Tindl. erva terrestre] campo, campo úmido,


campo sujo, cerrado
Habenaria schwackei Barb. Rodr. (=Habenaria
platydactyla Krzl., H. amazonica Schltr.) terrestre] campo úmido
Habenaria sprucei Cogn. (=Habenaria leaoana
Schltr.) erva terrestre] campo úmido
Habenaria trifida H. B. K. erva terrestre campo, campo sujo,

cerrado, campo úmido


Habenaria trimeropetala Schltr. * erva terrestre] -
Habenaria urbantana Cogn. erva terrestre campo

Habenaria vaupelii Rchb. f. & Warm. erva terrestre| campo inundável


Habenaria warmingit Rehb.f. * erva terrestre

Hexadesmia sesstlts Rehb. f. erva epífita | mata seca, mata de galena


Houllenia jurnensis Hoehne erva terrestre| mata de galeria inundável
Jonopsis utricularioides (Swy.) Lindl. erva epífita | mata de galeria
Isochilus linearis (Jacq.) R. Br. erva epífita | mata de galeria, mata seca
Koellensteinia eburnea (Barb. Rodr.) Schltr. * erva terrestre

Koellensteinia tricolor (Lindl.)) Rchb. f. erva terrestre campo


Laclia angereri Pabst * erva rupícola
Laelia bradei Pabst * erva rupícola
Laelia briegeri Blum. * erva rupícola
492 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat

Laelia caulescens Lindl. * erva rupícola


Laeha cinnabarina Batem. * erva rupícola
Laela connamomea Rchb.f. * erva rupícola
Laelia crispata (Thumb.) Garay * erva rupícola
Laelia endsfeldzii Pabst * erva rupícola
Laciia esalgueana Blum. * erva rupícola
Laelia dayana Rchb.f. * erva epífita
Laelia flava Lindl. * erva rupícola
Laelia ghillany Pabst * erva rupícola
Laeka itambana Pabst * erva rupícola
Laelia jongheana Rchb.f. * erva epífita
Laelia liliputiana Pabst * erva rupícola
Laelia longipes Rchb.f. * erva rupícola
Lacha lucastana Rolfe * erva rupícola
Laelia lundii Rchb. f. erva epífita
Laelia mantiqueirae Pabst * erva rupícola
Lacha millker Blum. * erva rupícola
Laelia milletii St. Leger. * erva rupícola
Laclia pfisteri Pabst & Senghas * erva rupícola
Laelia praestans Rchb. f. * erva epífita
Laelia pumila (Hook.) Rehb.f. * erva epífita mata ciliar
Laelia reginae Pabst * erva rupícola
Lanium avicula (Lindl) Benth. erva epífita mata de galeria
Lanium berkeleyi Rolfe * erva epífita
Lankesterella epipbyta (Barb. Rodr.) Mansf. * erva epífita | -
Lankesterella gnomus (Krzl)) Hoehne * erva epífita | -
Leptotes bicolor Lindl. ** erva epífita | -
Leucobyle brasilienses (Cogn.) Schltr. erva epífita | mata de galeria
Loparis bifolia Cogn. erva terrestre] campo úmido
Luparis nervosa (Thumb.) Lindl. erva terrestre| mata de galeria, mata
seca
Loparis vexillifera (La Llave & Lex.) Cogn. erva terrestre| campo úmido
Lockbhartia goyasensis Rchb. f. erva epífita | mata de galeria, mata
seca
Lyroglossa bradei Schltr. erva terrestre] campo, campo sujo,
cerrado
Flora vascular do Cerrado
493

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Lyroglossa grisebachii (Cogn.) Schltr. erva terrestre campo úmido
Macradenia mulkiflora (Ktz1.) Cogn. erva epífita mata de galeria
Macradenia regnelhi Barb. Rodr. * erva epífita
Malaxis excavata (Lindl) Ktze. erva terrestre mata de galeria, mata seca
Malaxis parthonii C. Morr. ** erva terrestre
Malaxis sertulifera (Barb. Rodr.) Ktze. * erva terrestre
Malaxis warmingii (Rchb. f) Ktze. * erva terrestre
Masdevallia infracta Lindl. *4* erva epífita
Maxcillaria camaradit Rchb. f. erva epífita mata de galeria, mata seca
Maxillaria koehleri Schltr. erva epífita mata de galeria
Maxcillaria madida Lindl. *** erva epífita
Maxillaria notylioglossa Rchb. f. erva epífita mata de galeria
Maxcillaria ocbrolenca Lodd. *** erva epífita
Maxcillaria osmantha Batrb. Rodr. * erva epífita
Maxillaria valengnelana (A. Rich.) Nash.
(=Maxillaria. iridifoha Rehb. £.) ** erva epífita
Mendoncella ciliata (Morel) Garay erva epífita mata de galeria inundável
Mesadenella esmeraldae (Linden & Rchb. £)
Pabst & Garay erva terrestre mata de galeria, mata seca
Mesadenus rhombiglossus (Pabst) Garay *** erva terrestre
Mormodes sinuata Rchb.f. & Warm. erva epífita mata de galeria
Notylia inversa Barb. Rodr. * erva epífita
Notylia lyrata Sp. Moore erva epífita mata de galeria
Notylia odontonotos Rchb.f. & Warm. * erva epífita
Notyliá stenantha Rchb. f. ** erva epífita
Notylia wullschlaegeliana Focke erva epífita mata de galeria
Octomeria edmundoi Brade * erva epífita
Octomeria rubriflora Barb. Rodr. * erva epífita
Octomeria warmingii Rchb. £. ** erva epífita
Oeoceoclades maculata (Lindl.) Lindl
(=Eulophidium maculatum (Lindl) Pfitz.) erva terrestre
Oncidium barbaceniae Lindl. *** erva epífita
Oncidium barbatum Lindl. ** erva epífita
Oncidinm batemanianum Parm. * erva epífita
Oncidium bifolium Sims. erva epífita mata de galeria
494 Roberta Cunha de Mendonça ef aí

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

Oncidium cebolleta Sw. erva epífita mata seca, mata de


galeria
Oncidium ciliatum Lindl, ** erva epífita
Oncidium crispum Lodd. ** erva epífita mata seca
Oncidum flexnosum Sims *** erva epífita
Oncidium fuscopetalum (Hoehne) Garay erva epífita mata de galeria, mata
seca
Oncidium gracile Lindl. * erva rupícola
Oncidium bydropbillum Barb. Rodr. erva terrestre campo inundável
Oncidinm isopterum Lindl. * erva
Oncidium jonestanum Rchb.f. erva epífita mata seca
Oncidium macropetalum Lindl. erva epífita mata de galeria, mata
seca
Oncidinm maculosum Lindl. * erva epífita
Oncidium orthostates Ridl. * erva
Oncidium praetextum Rchb. f. ** erva epífita mata
Oncidium pumilum Lindl. erva epífita mata de galeria, mata
seca
Oncidium spilopterum Lindl. * erva epífita
Oncidinm varicosum Lindl. * erva epífita
Orkeanesia sp. erva epífita mata seca
Ornithidium parviflorum (P. & E.) Rchb. f. erva epífita mata de galeria
Ornithocephalus myrticola Lindl. * erva epífita
Pelexia aphylla (Nell) Schltr. * erva terrestre
Pelexia bonariensis (Lindl.) Schltr. ** erva terrestre
Pelexia cnculligera (Rchb. f. & Warm.) Schltr. erva terrestre campo, campo sujo,
cerrado
Pelexia ekmanii (Krzl.) Schltr. * erva terrestre
Pelexia hilariana (Cogn.) Schltr. * erva terrestre
Pelexia hypnophila (Barb. Rodr.) Schltr. erva terrestre mata de galeria inundável
Pelexia hysterantha (Barb. Rodr.) Schltr. * erva terrestre
Pelexia laminata Schltr. * erva terrestre
Pelexia minarum (Kxzl.) Schltr. erva terrestre campo, campo sujo
Pelexia neottiorhiza (Krzl.) Pabst * erva terrestre
Pelexia oestrifera (Rchb.f. & Warm.) Schltr. * erva terrestre
Flora vascular do Cerrado
495

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Pelexia orobanchoides (Ktzl.) Schltr. * erva terrestre
Pelexia orthosepala (Rchb. f. & Warm.) Schltr. erva terrestre campo, campo sujo,
cerrado
Pelexia parva (Cogn.) Schltr. * erva terrestre
Pelexia pterygantha (Rchb. £. & Warm.) Schltr. erva terrestre mata de galeria inundável
Pelexia stenantha (Cogn.) Schltr. * erva terrestre
Pelexia tamanduensis (Kxzl.) Schltr. * erva terrestre
Pelexia trachyglossa (Ktzl.) Pabst * erva terrestre
Pelexia viridis (Cogn.) Schltr. * erva terrestre
Pelexia waeirit (Rchb.f.) Schltr. * erva terrestre
Phragmipedium vittatum (Nell.) Rolfe erva terrestre campo inundável
Plectrophora edwallii Cogn. erva epífita mata seca, mata de galeria
Plurothalhs adiamantinensis Brade * erva
Pleurothalks barbulata Lindl. erva epífita mata de galeria
Pleurothallis fasciculata Cogn. * erva epífita
Pleurothallis gracilis Barb. Rodr. * erva epífita
Pleurothallis grobyi Lindl. * erva epífita
Pheurothalhs hamosa Barb. Rodr. erva terrestre mata de galeria
Pleurothallis hastulata Rchb. f. & Warm. ** erva epífita
Pleurothallis limbata Cogn. erva epífita mata de galeria
Phurothallis modestissima Rchb.f. & Warm. * erva terrestre
Pleurothallis porphyrantha Kxzl. * erva
Pleurothallis pristeoglossa Rchb. f£. & Warm. erva epífita mata de galeria
Plurothalhs ramosa Barb. Rodr. erva epífita mata de galeria
Phurothalhs teres Lindl. * erva rupícola
Pleurothalhs vittata Lindl. ** erva epífita
Pleurothallis warmingii Rchb. f. erva epífita mata de galeria
Pleurobotryum atropurpureum Barb. Rodr. * erva
Pogomiopsis nidus-avis Rchb.f. & Warm. * erva terrestre
Polystachya concreta (Jacq.) Garay & Sweet erva epífita mata de galeria, mata seca
Polystachya estrellensis Rchb. £. erva epífita mata de galeria
Polystachya foliosa (Lindl) Rchb. f. * erva epífita
Polystachya geraensis Barb. Rodr. * erva epífita
Polystachya hoebneana Kxzl. * erva epífita
Ponthieva montana Lindl. erva terrestre mata de galeria, mata seca
496 Roberta Cunha de Mendonça ez aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Hábito Fitofisionomia / habitat

Ponthieva phaenolenca (Barb. Rodr.) Cogn. * erva terrestre


Prescottia microrhyza Barb. Rodr. erva terrestre mata de galeria, mata seca
Prescottia montana Barb. Rodr. *** erva terrestre
Prescottia oligantha (Sw) Lindl. erva terrestre campo
Prescottia phleoides Lindl. * erva terrestre
Prescottia plantaginea Lindl. * erva terrestre
Prescothia pubescens Barb. Rodr. * erva terrestre
Prescottia stachyoides Lindl. erva terrestre
Prescottia stricta Schltr. * erva terrestre
Pseudolaelia cipoensis Pabst* erva
Pseudolaeha geraensts Pabst* erva
Pseudolaelia inviniana Pabst* erva
Preroglossa macrantha (Rchb. f.) Schltr. erva terrestre campo, campo úmido,
mata seca
Preroglossaspis eustachya Rchb. f. erva terrestre campo, campo sujo,
cerrado, campo úmido
Rodriguesia brachystachys Rchb. f. & Warm. * erva epífita
Rodriguesia decora (Lem.) Rchb. f. erva epífita mata de galeria inundável
Sanderella discolor (Barb. Rodr.) Cogn. erva epífita mata de galeria
Sarcoglottis biflora (Vell.) Schltr. erva terrestre campo, campo sujo,
cerrado
Sarcoglottis cogniauxtana (Barb. Rodr.) Schltr. * erva terrestre

Sarcoglottis fasciculata (Vell.) Schltr. erva terrestre mata seca, mata de


galeria
Sarcoglottis glagioviana (Cogn.) Schltr. erva terrestre campo úmido
Sarcoglottis hasskeri (Cogn.) Schltr. erva terrestre campo úmido
Sarcoglottis beringeri Pabst erva terrestre campo, campo sujo,
cerrado
Sarcoglottis bomalogastra (Rchb. f. & Warm.) Schltr. erva terrestre campo, campo sujo
Sarcoglotris misera (Ktzl.) Pabst* erva terrestre

Sarcoglottis rupestris Barb. Rodr. erva terrestre campo, campo sujo,


cerrado
Sarcoglottis sagittata (Rchb.f. & Warm.) Schltr. erva terrestre campo, campo sujo
Sarcoglottis sancta (Rchb.f. & Warm.) Schltr. * erva terrestre
Sarcoglottis schwackei (Cogn.) Schltr. * erva terrestre
Flora vascular do Cerrado 497

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Sarcoglottis simplex (Griseb.) Schltr. erva terrestre] campo úmido, campo
(=S. neuroptera (Rchb. f. & Warm.) Schltr.) inundável
Sarcoglottis uliginosa Barb. Rodr. erva terrestre| campo inundável
Saundersta mirabilis Rchb. £. ** erva epífita
Sauroglossum nitidum (Nell) Schltr. erva terrestre] mata de galeria inundável
Scaphyglottis cuneata Schltr. erva epífita | mata de galeria, mata
seca, cerradão
Scaphyglottis mattogrossensis Brade* erva epífita
Schomburgkia gloriosa Lindl. (=Schomburgkia
crispa Lindl.) erva epífita | mata de galeria, mata seca
Secuticaria inviniana Pabst* erva epífita
Seuticaria itirapinensis Pabst* erva epífita
Sobralia rondonii Hoehne* erva terrestre

Sophronitella violacea (Lindl.) Schltr. erva epífita | mata de galeria, mata


seca, cerradão
Sophronitis brevipedunculata (Cogn.) Fowl. * erva epífita
Sophronitis cernua Lindl. erva epífita | mata de galeria
Specklinia rubens (Lindl) F. Barros *** erva epífita
Specklinia rupestris(Lindl.) F. Barros *** erva epífita
Specklinia saundersiana (Rchb. £.) F. Barros*** erva epífita
Stenorrhynchus acianthiformis (Rchb. f. & Warm.) erva terrestre] campo, campo sujo,
Cogn. cerrado
Stenorrhynchus arechavaletantt Barb. Rodr. * erva terrestre
Stenorrhynchus balanophorostachyus (Rchb.f. &
Warm.) Cogn.* erva terrestre

Stenorrbynchus congestiflorum Cogn. *** erva terrestre

Stenorrbynchus giganteus Cogn. erva terrestre campo, campo sujo,

cerrado
Stenorrhynchus lanceolatus (Aubl.) L. C. Rich. erva terrestre] campo, campo sujo,
cerrado, campo úmido
Stenorrhynchus lanceolatus (Aubl.) L. C. Rich. var.
luteo-albus Rchb.f. erva terrestre campo

Stenorrhynchus latipetalus Cogn. * erva terrestre

Stenorrbynchas lutzii Pabst* erva terrestre


Stenorrhynchus paraguayensis (Rchb.£) Cogn. * erva terrestre
498 Roberta Cunha de Mendonça et a/.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Stenorrhynchus paranabybae (Krzl.) Pabst* erva terrestre

Stenorrbynchus pedicellatus Cogn. erva terrestre campo, campo sujo


Tricocentrum albo-coccinenm Lindl. erva epífita mata de galeria
Tricocentrum fuscum Lindl. ** erva epífita mata de galeria
Trigonidium acuminatum Batem. ex Lindl. erva epífita mata de galeria, mata seca
Triphora heringeri Pabst erva terrestre campo úmido
Triphora pusilla (Rchb.f.) Schltr. erva terrestre campo
Vanilla chamissonis Krzl. erva mata de galeria, mata
escandente seca
Vanilla dubia Hoehne* erva
escandente
Vanilla edwalhi Hoehne etva mata de galeria inundável
escandente
Vanilla eggersii Rolfe* erva
escandente
Vanilla ensifolia Rolfe* erva
escandente
Vanilla lindmaniana Krzl. * erva
escandente
Vanilla palmarum Lindl. * erva
escandente
Vanilla pompona Schiede* erva
escandente
Vanilla schwackeana Hoehne* erva
escandente
Xylobium foveatum (Lindl.) Nichols (=Maxcllaria
foveata Lindl.) ** erva epífita
Zysopetalum mackayi Hook. *4* erva terrestre campo rupestre
Zysopetalum microplytum Barb. Rodr. * erva terrestre
Zysopetalum sellowii Rchb.f. * erva terrestre
Zysgopetalum triste Barb. Rodr. *** erva terrestre
Warmingia engenii Rehb. f. ** erva epífita
Wullschlaegelia aphylla Rehb. f. erva terrestre mata de galeria

OXALIDACEAE
Oxalis alstonii Lourt. ssp. /utzii Lourt. campo, cerrado, mata
Oxalis areolata Taub.
Flora vascular do Cerrado
499

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Oxalis barretteri L. erva campo, cerrado
Oxalis caesariata Lourt. erva

Oxalis calthaefolia Pohl ex Prog. erva campo


Oxalis cerradoana Lourt. arbusto campo rupestre
Oxalis ciliata Spreng. subarbusto mata de galeria, cerrado,
campo
Oxalis condensata Mart. & Zucc. erva campo,cerrado
Oxatls cordata A. St. Hil. subarbusto campo, cerrado
Oxalis cratenstis Oliver var. cratensts erva

Oxalis cytisoides Mart. & Zucc. subarbusto mata


Oxalis densifoha Mart. ex Zucc. subarbusto cerrado, campo rupestre
Oxalis diamantinae Knuth erva campo, cerrado
Oxalis divaricata Mart. ex Zucc. erva cerrado
Oxalis gardneriana Progel erva cerrado
Oxalis goyasensis Turcz. arbusto cerrado
Oxalis grisea St. Hil & Naud. var. grisea subarbusto vereda, cerrado
Oxalis grisea St. Hil & Naud. var. matogrossensis
(Fredr.) Lourt. arbusto cerrado, campo
Oxalis hirsutissima Mart. ex Zucc. subarbusto cerrado
Oxalis nigrescens St. Hil. subarbusto cerrado, campo
Oxalis pilulifera Prog. subarbusto cerrado
Oxalis physocalyx Zucc. ex Progel erva mata de galeria
Oxalis pubernla Nees & Mart. subarbusto mata de galeria
Oxalis pyrenea Taub. subatrbusto campo
Oxalis pyrenea Taub. var. macrochaeta Lourt. erva mata de galeria, cerrado
Oxalis pyrenea Taub. var. pubens Lourt. subarbusto campo rupestre
Oxalis renifolia Kruth subarbusto
Oxalis sellowit Spreng. var. rosea (Chodat) Lourt. erva campo
Oxals sellowii Spreng. var. sellowii erva

Oxalis suborbiculata Lourt. forma glabra Lourt. subarbusto campo, cerrado, mata de
galeria
Oxalis suborbiculata Lourt. forma suborbiculata subarbusto campo, cerrado
Oxalis veadeirosensis Lourt. erva cerrado
Oxalis umbraticola St. Hhl. erva mata
500 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie GE A
PALMAE (ARECACEAE)
Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart. árvore mata
Acrocomia hassler: (B. Rodr.) W. J. Hahn. arbusto cerrado
Allagoptera campestris (Drude) O. Kuntze arbusto cerrado
Allagoptera lencocalyx (Mart.) O. Kuntze arbusto cerrado ralo
Astrocaryum campestre Maxt. arbusto cerrado
Astrocaryum vulgare Mart. árvore cerrado (ato sensu
Attalea exigua Drude arbusto cerrado (ato sensu
Attalea geraensis B. Rodr. arbusto cerrado
Attalea humilis Mart. arbusto cerrado (ato sensu
Attalea maripa (Aubl) Mart. árvore cerrado, área antrópica
Attalea phalerata Mart. ex Spreng. (=Scheelea arbusto mata de galeria, área
phalerata (Mart. ex Spreng.) Burret.) antrópica
Attalea speciosa Mart. ex Spreng. (=Orbignya
phalerata Mart.) árvore cerrado
Bactris sp. árvore mata de galeria
Butia archeri (Glassman) Glassman arbusto cerrado
Butia capitata (Mart.) Beccari árvore cerrado
Butia paraguayensts (B. Rodr.) Bailey árvore campo
Butia purpurascens Glassman árvore cerrado
Euterpe edulis Mart. árvore mata de galeria inundável
Geonoma brevispatha B. Rodr. (=Geonoma
schottiana Mart.) arbusto mata de galeria
Geonoma pobliana Mart. arbusto mata de galeria
Maunttia flexnosa L.f. (=Maunitia vimfera Mart.) árvore vereda, brejo
Mauritiella armata (Mart.) Burret. (=Mauritia árvore mata de galeria inundável,
armata Mart.) vereda
Oenocarpus distichus Mart. árvore mata de galeria, cerrado
Syagrus coccoides Mart. árvore cerrado
Syagrus comosa (Mart.) Becc. arbusto cerrado ralo
Syagrus duartei Glassman árvore =
Syagrus flexuosa L. £. (=Syagrus campestris (Maxt.)
Endl) arbusto cerradão, cerrado, campo
Syagrus glancescens Glaz. ex Becc. árvore campo rupestre
Syagrus graminifoha (Drude) Becc. arbusto cerrado
Flora vascular do Cerrado
501

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Syagrus harleyi Glassman arbusto campo rupestre
Syagrus leptospatha Burret. arbusto cerrado, campo
Syagrus microphylla Burret. arbusto cerrado ralo
Syagrus oleracea (Mart.) Becc. árvore cerrado, mata
Syagrus petraca (Mart.) Becc. arbusto cerrado
Syagrus pleioclada Burret. árvore campo rupestre
Syagrus romanszoffiana (Cham.) Glassman árvore mata de galeria
Syagrus werdermannii Burret. árvore cerrado ralo

PASSIFLORACEAE
Passiflora aematostigma (Mart) Mast. trepadeira mata ciliar
Passiflora alata Dryander trepadeira mata de galeria
Passiflora amethystina Mikan trepadeira mata
Passiflora capsularis L. trepadeira cerrado
Passiflora cerradensis J. Sacco trepadeira mata de galeria
Passiflora clatharata Mast. trepadeira campo sujo, cerrado ralo
Passiflora edulis Sims. trepadeira cerrado
Passiflora foetida L. var. foetida trepadeira mata
Passiflora galbana Mast. trepadeira mata
Passiflora gardneri Mast. trepadeira mata ciliar
Passiflora haematostigma Mart. ex Mast. trepadeira mata ciliar
Passiflora kermestana Link & Otto trepadeira cerrado
Passiflora mansii (Mart.) Mast. trepadeira
Passiflora mucronata Lam. trepadeira cerrado
Passiflora nitida H. B. & K. trepadeira mata
Passiflora pentagona Mast. trepadeira mata de galeria
Passiflora poblii Mast. trepadeira mata
Passiflora serrato-digitata L. trepadeira mata de galeria
Passiflora speciosa Gard. trepadeira mata seca
Passiflora suberosa L. trepadeira mata
Passiflora tricuspis Mast. trepadeira mata seca
Passiflora violacea Vell. trepadeira mata de galeria

PHYTOLACCACEAE
Galesia integrifolia (Spreng.) Harms. átvore
Microtea paniculata Mog.
502 Roberta Cunha de Mendonça ez aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

Phytolacca decandra L.
Phytolacca thyrsiflora Frenz. ex Schm.

PIPERACEAE
Ottonia leptostachya Kunth. subarbusto
Peperomia circinnata Link. arbusto cerradão, mata
Peperomia crimicaulis C. DC. erva mata ciliar, mata seca
Peperomia dichotoma Regel erva mata de galeria
Peperomia galioides Kunth subarbusto área antrópica
Peperomia muscosa Link. erva mata de galeria
Peperomia oseophila Hensch. erva mata de galeria
Peperomia subrubrispica C. DC.
Peperomia tenella (Sw.) A. Dietr.
Peperomia tetraphylla (Forst.) Hook & Arn. cerrado ralo, mata ciliar,
mata seca
Piper aduncum L. erva cerrado
Piper arboreum Aubl. var. arboreum árvore mata de galeria
Piper bobwiei Yunck.
Piper caldense C. DC. arbusto mata de galeria
Piper caracolanum C. DC arbusto mata de galeria
Piper cerrnuum Vell. var. glabricaule Yunck. arbusto mata ciliar, mata seca
Piper corintoanum Yunck. & Derck arbusto mata, campo sujo, campo
úmido
Piper crassinervium H. B. & K. arbusto mata de galeria
Piper cuyabanum C. DC. arbusto mata de galeria
Piper dilatatum L. C. Rich. arbusto mata de galeria
Piper fuligineum Kunth. arbusto mata
Piper fulvescens DC. erva mata de galeria
Piper flavicans C. DC. árvore mata de galeria
Piper gaudichaudianum (Kunth.) Kunth. ex DC. arbusto mata de galeria
Piper hispidum Mart. & Gal. arbusto mata de galeria
Piper hostmannianum (Mig) C. DC. arbusto mata de galeria
Piper jaborand: Vell. arbusto mata
Piper longipes C. DC. arbusto mata de galeria
Piper loscensis H. B. & K. árvore mata de galeria
Flora vascular do Cerrado
503

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Piper lhotzkianum Kunth.
Piper macedoi Yunck. erva mata de galeria
Piper malacophyllum (Presl) C. DC. arbusto mata seca
Piper multinodum C. DC. arbusto mata de galeria
Piper obumbrata Mart. árvore mata de galeria
Piper regnedhii (Miq.) C. DC. arbusto mata de galeria
Piper tectonifolium Kunth. atbusto mata de galeria inundável
Piper tuberculatum Jacq. var. tuberculatum arbusto mata
Pothomorphe umbellata (L.) Mig. arbusto mata

PODOCARPACEAE
Podocarpus brasiliensis Laubenfel. árvore mata de galeria
Podocarpus sellowii Klotz. ex Endl. árvore mata de galeria, mata seca

POLYGALACEAE
Bredemeyera altíssima A. W. Benn. arbusto cerrado
Bredemeyera barbeyana Chodat arbusto campo
Bredemeyera brewjolia (Benth.) Benn. arbusto cerrado
Bredemeyera Jloribunda Willd. arbusto mata ciliar
Bredemeyera launfolia Benn. arbusto mata de galeria
Bredemeyera velutina Benn. arbusto mata de galeria, cerrado
Monnina escarlata Benn. erva cerrado
Monnina exaltata Benn. erva campo limpo
Monnina martiana Kl. ex Benth. árvore campo rupestre
Monnina stenophylla St. Hil. & Mog. erva campo limpo, brejo
Monnina tristaniana St. Hil,
Moutabea excoriata Mart. ex Mig. trepadeira mata de galeria
Moutabea guianensis Aubl. trepadeira mata de galeria
Polygala adenophora DC. erva vereda, campo úmido
Polygala angulata DC. var. angulata subarbusto cerradão, cerrado ralo,
campo rupestre
Polygala apparicioi Brade. campo
Polygala asperuloides H. B. & K. campo
Poygala atropurpurea A. St. Hil. var. atropurpurea cerrado, campo
Polygala bracteata Benn.
504 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat

Polygala bryoides St. Hil. var. mayor Chodat subarbusto campo rupestre
Polygala carphoides Chodat erva cerrado, campo
Polygala celostoides Mart. ex Benth. (=Polygala
psendocoelosivides Chodat) campo úmido
Polygala celostoides Mart. ex Benth. var.
bracteoglandulosa (Grond.) Marg.
Polygala coriacea St. Hil. subarbusto campo
Polygala cuspidata DC. var. cuspidata erva cerrado ralo, campo
rupestre
Polygala cuspidata DC. var. comata (Benn.) Marg. cerrado, campo, mata de
(=Polygala comata Mart. ex Benn.) galeria
Polygala densifolia St. Hil. var. densifolia subarbusto campo úmido
Polygala densifolia St. Hil. var. exasperata
(Chodat) Marq. subarbusto campo rupestre
Polygala equisetoides A. St. Hil. erva brejo
Polygala exigua Benn. erva campo
Polygala exigua Benn. var. fendkr (Chodat) Marq. erva campo
Polygala francheti Chodat subarbusto brejo, campo
Polygala galioides Poir. erva mata de galeria, cerrado
Polygala glaziovii Chodat erva campo rupestre
Polygala glochidiata H. B. & K. var. glochidiata erva campo, cerrado
Polygala glochidiata H. B. & K. var. spergulifolia
(St. Hil.) Chodat erva cerrado
Polygala grazielae Marg. subarbusto cerrado
Polygala hebeclada Benn. erva campo limpo
Polygala herbiola C. St. Hil. var. herbiola erva campo úmido
Polygala hirsuta C. St. Hil
Polygala hygrophila H. B. & K. vereda, cerrado, campo
Polygala ilheotica Waxta mata de galeria
Polygala lagoana Benn.
Polygala leptocaulis Torr. & Gray brejo, cerrado
Polygala longicaulis H. B. & K. mata de galeria inundável,
vereda
Polygala longicaulis H. B. & K. var. maior Chodat campo úmido, mata de
galeria, vereda
Flora vascular do Cerrado 505

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Polygala minima Pohl ex Benn. var. minima campo, cerrado
Polygala monticola H. B. & K.
Pohygala nudicalis Benn. campo
Polygala oleifoha St. Hil. var. oleifolia
Pobgala olesfolia St. Hil. var.nitida (Chodat) Marg.
Polygala opima Wutdack cerrado ralo
Polygala oxyphylla DC.
Polygala paniculata L. (=Poblygala brasiliensis L.) erva campo

Polygala pseudocoriacea Chodat subarbusto


Polygala psendoerica St. Hil. var. junuperoides
(Chodat) Marg. subarbusto | cerrado
Polygala psendovariabilis Chodat erva
Polygala regnallii Chodat subarbusto cerrado
Polygala remansoensis Chodat erva cerrado, campo rupestre
Polygala remota Benn. erva cerrado ralo, brejo,
campo
Polygala rigida St. Hil. subarbusto campo
Polygala salicina Chodat arbusto mata ciliar
Polygala sedoides Benn. (Polygala microspora Blake) erva campo úmido
Polygala stenocaulon Grondona erva mata de galeria
Polgala subtilis H. B. & K. erva campo limpo, campo
úmido
Polygala tamariscca Mart. ex Benn. erva mata, brejo
Pohygala tenuis DC. erva cerrado, campo úmido
Polygala timontou Aubl. erva campo úmido
Polygala timontoides Chodat erva cerrado
Polygala urbanii Chodat arbusto mata ciliar
Pobgala ustulata Chodat (=Polygala bryoides St.
Hil. & Mog.) campo
Polygala variabilis H. B. & K. campo úmido, campo
rupestre
Polygala violacea Aubl. erva cerrado, campo
Polygala violoides St. Hil. & Moq. erva mata de galeria
Securidaca diversifolia (L.) Blak. trepadeira mata
Securidaca retusa Benth. arbusto mata de galeria, brejo
Securidaca rivinacfolia St. Hil. & Moqg. trepadeira cerrado, mata de galeria
506 Roberta Cunha de Mendonça ez aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat

POLYGONACEAE
Coccoloba acrostichotdes Cham. trepadeira mata
Coccoloba arborescens (Nell) Howard trepadeira mata
Coccoloba brasiliensis Mart. & Nees arbusto cerrado
Coccoloba cerifera Schw. - -
Coccoloba glaziovii Lindau = mata seca
Coccoloba grandiflora Jacg. trepadeira | mata de galeria
Coccoloba marginata Benth. arbusto cerrado
Coccoloba molhs Casar arbusto cerrado
Coccoloba ochreolata Wedd. trepadeira cerradão, cerrado
Coccoloba salicifolha Wedd. arbusto mata de galeria
Coccoloba scandens Poepp. ex Meissn. trepadeira mata de galeria
Polygonum acuminatum H. B. & K. arbusto mata
Polygonum meissnerianum Cham. & Schlecht. erva cerrado
Polygonum punctatum El. arbusto mata de galeria
Triplaris americana L. árvore brejo
Triplaris gardneriana Wedd. (=Triplaris pachau árvore cerradão, mata ciliar,
Mart.) mata seca

PONTEDERIACEAE
Pontederia cordata L. var. lancifoha (Muhl.) Torr. brejo
Pontederia cordata L. var. ovalis (Mart. & schult.)
Solms.
Pontedria ovata Hook. & Arn.
Reussia rotundifolia (L. £.) Castell brejo, mata de galeria
inundável

PORTULACACEAE
Portulaca hirsutissima Camb. cerrado, campo rupestre
Portulaca mucronata Link.
Talinum patens (Jacq.) Willd. mata seca decídua

PRIMULACEAE
Anagallis arvensis L.
Anagallis pumila Sw. campo limpo
Flora vascular do Cerrado
507

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
PROTEACEAE
Euplassa cantareirae Sleumer árvore mata de galeria
Euplassa inaequalis (Pohl) Engl. árvore mata de galeria, cerrado
Euplassa incana (Kl.) Johnst. árvore mata ciliar, mata seca
Euplassa legalis (Vell) Johnst. árvore mata seca
Euplassa rufa (Loes.) Sleumer
Roupala brasihensis Klotz. árvore cerrado, mata de galeria,
cerradão
Roupala heterophylla Pohl árvore cerrado, cerrado ralo
Roupala montana Aubl. árvore cerrado, mata de galeria
Roupala montana Aubl. var. tomentosa (Pohl)
Sleumer arbusto cerrado
Roupala rombifolia Mart. árvore mata seca

QUIINACEAE
Lacunaria decastyla (Radlk.) Ducke árvore mata de galeria

RAFFLESIACEAE
Pilostyles goyasensis Ule campo

Pilostyles ingae (Karst.) Hooh.f.


Pilostyles ulei Solms. & Laub. cerrado

RANUNCULACEAE
Clematis dioica L. trepadeira mata de galeria
Clemattis dioica L. var. brasiliana (DC.) Eichl. erva mata de galeria

RAPATEACEAE
Cephalostemon riedelanus Koern. vereda, mata

RHAMNACEAE
Colubrina glandulosa Perk. subarbusto mata de galeria
=

Crumenaria chorethroides Mart. ex Reiss. erva campo limpo, cerrado


Crumenaria erecta Reiss. erva cerrado
Crumenaria glaziovii Urban. erva campo limpo
Crumenaria polygaloides Reiss. erva cerrado
508 Roberta Cunha de Mendonça et aí

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Gouania flexuosa Camb. trepadeira mata de galeria
Gonanta molhs Reiss. trepadeira | cerradão
Gouania polygama (Jacq.) Urb. erva mata de galeria
Gouania urticacfolia Reiss. trepadeira mata
Gouanta velutina Reiss. trepadeira mata, cerrado
Rhamnidium elacocarpum Resiss. árvore cerrado, cerradão, mata
de galeria
Rhamnus sphaerosperma Sw. árvore mata de galeria
Rhamnus sphaerosperma Sw. var. pubescens (Reiss.)
Johnston arbusto cerrado Jato sensu

ROSACEAE
Pranus chamissoana Koehne árvore mata de galeria
Prunus brasiliensis Schott. ex Spreng. árvore mata de galeria
Prunus myriifolia (L.) Urban árvore mata de galeria
Prunus sellowii Koehne árvore mata de galeria
Rabus brasthensis Mart. subarbusto | mata de galeria
Rubus rosifolins Sw. subarbusto | mata de galeria
Rubus urticaefolius Potr. arbusto mata de galeria

RUBIACEAE
Alibertia amplexicanlis S. Moore arbusto cerrado
Alibertia concolor (Cham.) K. Schum. arbusto cerrado, mata de galeria,
campo rupestre
Alibertia edulis (L. C. Rich.) À. Rich. ex DC. árvore cerradão, mata de galeria,
cerrado ralo
Alibertia ellptica (Cham.) K. Schum. arbusto campo sujo, cerrado
Alibertia lanfolia (Benth.) K. Schum. arbusto cerrado
Alibertia macrophylla K. Schum. árvore mata de galeria, cerradão,
cerrado
Alibertia myreisfola K. Schum.
Alibertia obtusa K. Schum. arbusto cerrado
Alibertia rigida K. Schum. arbusto cerrado
Alibertia rotunda K. Schum. -| arbusto cerrado, mata de galeria
Alibertia sessilis (Vell) K. Schum. árvore mata de galeria
Flora vascular do Cerrado
509

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Alibertia vaccinioides K. Schum. árvore mata de galeria, cerradão
Alibertia verrucosa S. Moore árvore cerrado (ato sensu
Amaiona corymbosa H. B. & K. subarbusto | cerrado
Amaiona guianensis Aubl. árvore mata de galeria
Amaiona intermedia Mart. árvore mata
Amaiona intermedia Mart. var. brasthana
(A. Rich. ex DC.) Steyerm. árvore mata de galeria
Augusta longifolia (Spreng.) Rehder var. longifolia arbusto cerrado ralo, mata de
galeria
Bathysa australis Hook. atbusto mata de galeria
Bathysa nicholsoni K. Schum. árvore mata ciliar
Borreria angustifoha Cham. & Schlecht. subarbusto cerrado, área antrópica
Borreria brachystemonoides Cham. & Schlecht. subarbusto cerrado
Borreria capitata (Ruiz & Pav) DC. erva cerrado ralo
Borreria dimorpha Kirkbride erva campo
Borreria hispida K. Schum. erva campo
Borreria eryngioides Cham.& Schlecht. erva campo, cerrado
Borreria fhxnosa E. L. Cabral
Borreria gracillima DC. campo limpo
Borreria irviniana E. L. Cabral
Borreria laevis Griseb. erva campo rupestre
Borreria latifolia (Aubl.) K. Schum. erva cerrado
Borreria linifoha (Aubl.) K. Schum. erva campo rupestre
Borreria lutescens (Pohl) DC. erva campo, cerrado
Borreria nervosa Pohl ex DC. erva campo rupestre
Borreria ocimoides (Burm.) DC. erva cerrado, mata de galeria
Borreria pernviana (Pers.) Sm. & Downs. erva campo rupestre
Borreria poaya (St. Hil) DC. erva cerrado
Borreria simplicaulis K. Schum. subarbusto | cerrado
Borreria reflexa Kirkbride atbusto cerrado
Borreria suaveolens GS. F. W. Meyer subarbusto | cerrado
Borreria tenella Cham. & Schlecht. subarbusto campo rupestre, área
antrópica
Borreria tennis DC. campo sujo
Borreria verbenotdes Cham. & Schlecht. var.
enpatorioides (C. & S.) Sm. & Downs arbusto cerrado
510 Roberta Cunha de Mendonça ef aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Borreria verbenoides Cham. & Schlecht. var.
verbenoides subarbusto cerrado ralo, cerrado
Borreria vulpina Standl. erva cerrado
Borreria warmingii K. Schum. erva cerrado
Borreria wunschmannia K. Schum. erva cerrado
Cablycophyllum multiflorum Griseb. arbusto cerrado /ato sensu
Calycophyllum spruceanum Benth. & Hook. f. árvore cerrado
Chiococca alba (L..) Hitche. arbusto mata de galeria, campo
rupestre
Chiococca densifolia Mart. arbusto cerrado, mata de galeria
Chiococca nitida Benth. arbusto cerrado, mata
Chomelia anisomeris Muell. Arg. arbusto cerrado (ato sensu
Chomelia brasthana A .Hitch. arbusto cerrado
Chomelia martiana Berg átvote cerrado
Chomela obtusa Cham. & Schlecht. arbusto cerrado
Chomelia occidentalis Muell. Arg. arbusto mata seca decídua
Chomelia oliganthus Muell. Arg. árvore cerrado
Chomelia parviflora Muell. Arg. arbusto cerrado, mata de galeria
Z
Chomelia pobliana Muell. Arg. arvore campo úmido, mata de
galeria inundável
Chomeha ribestoides Benth. ex A. Gray arbusto cerrado
Chomelia sericea Muell. Arg. árvore mata de galeria
Chomelia sessilks Muell. Arg. árvore mata de galeria
Coccocypselum aureum (Spreng.) Cham. & Schlecht. erva mata de galeria
Coccocypselum canescens Wild. erva cerrado
Coccocypselum dichroplasium Mart. erva mata de galeria
Coccocypselum erythrocephalum Cham. & Schlechrt. erva mata de galeria
Coccocypselum guianense (Awubl.) Schum. erva mata de galeria inundável,
cerrado
Coccocypselum hirsutum Bartl. erva cerrado
Coccocypselum lanceolatum (Ruiz & Pav.) Pers. erva mata de galeria
Coccocypselum lyman-smithii Standl. erva brejo
Coccocypselum pedunculare Cham. & Schum. erva cerrado, campo rupestre
Coussarea congestiflora Muell. Arg. arbusto mata ciliar
Coussarea contracta (Walp.) Benth. & Hook. ex
Muell. Arg. átvore mata de galeria
Flora vascular do Cerrado
st

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Coussarea cornifolia (Benth.) Benth. & Hook. £
ex Muell. Arg. árvore mata de galeria
Coussarea hydrangeaefolia Benth. & Hook. f. árvore cerrado, cerradão, mata
seca decídua
Coussarea nodosa Muell. Arg. arbusto cerrado
Coussarea platyphylla Muell. Arg. arbusto mata de galeria
Coutarea hexandra (Jacq.) K. Schum. árvore mata
Declienxia aspalathoides Muell. Arg. arbusto cerrado
Dechenxia cacuminis Muell. Arg. var. cacuminis arbusto cerrado
Decheuxia cacuminis Muell. Arg. var. decurrens
Kirkbride subarbusto cerrado
Dechenxia chiococcoides Muell. Arg. subarbusto campo sujo
Decheuxia cordigera Mart. & Zucc. ex Schult. &
Schult. subarbusto cerradão
Dechenxia dasyphylla K. Schum ex. Glaziou. erva campo rupestre
Dechewxia deltoidea Muell. Arg. var. de/toidea subarbusto cerrado
Decheuxia diamantinae Kirkbride erva cerrado
Dechenxia diantheroides Standl. arbusto campo limpo, mata de
galeria
Decheuxia fruticosa (Willd. ex Ruiz. & Pavon.)
O. Kuntze subarbusto cerrado ralo, cerrado,
vereda, campo rupestre
Dechenxia gracilis Kixkb. Jr E cerrado
Dechenxia irvinii Karkb. Jr. erva campo rupestre
Dechenxia juperina St. Hal. subarbusto mata de galeria
Dechenuxia lancifolha Karkb. Jr. erva cerrado, mata de galeria
Dechenxia lysimachioides Zuce. arbusto campo
Dechenxia oenanthoides Mart. & Zucc. ex J. À.
& Schult. campo limpo, brejo,
campo úmido
Decliensxia passerina Mart. & Zucc. ex Schult.
& Schult.
Decleuxia pruinosa Pohl ex DC. campo rupestre

Declienxia satureoides Mart. & Zucc. ex Schult.


& Schult. subarbusto cerrado
512 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Dechenxia spergulifolia Mart. & Zucc. ex Schult.
& Schult. subarbusto cerrado
Diodia apiculata (Willd. ex Roem. & Schult.) subarbusto | cerrado, campo, mata
K. Schum. perturbada
Diodia brasthensis Spreng. arbusto cerrado
Diodia eximifolia Willd ex Roem. & Schult. cerrado
Diodia gymnocephala (DC.) K. Schum. subarbusto | mata de galeria
Diodia macrophylla K. Schum. erva cerrado, mata de galeria
Dioidia multiflora DC. erva cerrado
Diodia radula Cham. & Schlecht. arbusto cerrado
Diodia rosmarinifoha Pohl ex DC. erva cerrado
Diodia saponarifolia (Cham. & Schlecht.)
Schlecht erva mata de galeria
Diodia schumannii Standl. ex V. M. Bacig. erva campo sujo, cerrado
Diodia teres Walt. subarbusto cerrado
Emmeorrhiza umbellata (Spreng.) K. Schum. erva mata de galeria
Faramea bracteata Benth. ex Char. erva
Faramea crassifolia Benth. arbusto cerrado (ato sensu
Faramea cyanea Muell. Arg. árvore campo úmido, mata de
galeria, cerrado
Faramea multiflora A. Rich. var. salicifolia (Presl.)
Steyerm. arbusto mata de galeria
Faramea nitida Benth. arbusto campo úmido
Faramea occidentalis (L.) A. Rich. arbusto mata
Faramea xanthina Muell. Arg. árvore cerrado
Faramea warmingiana (Muell. Arg) Huber arvore mata de galeria
Ferdinandusa elhptica Pohl árvore cerrado; campo rupestre
Ferdinandusa ovalis Pohl árvore mata de galeria
Ferdinandusa speciosa Pohl árvore mata de galeria, campo
sujo, campo rupestre
Galianthe corymbosa (Ruiz & Pav.) Cabral campo limpo
Galianthe enpatorioides (Cham. & Schlecht.)
Cabral erva campo sujo
Galianthe grandiflora Cabral subarbusto | brejo
Galianthe valerianoides (Cham. & Schlecht.) erva campo sujo, campo
Cabral úmido
Flora vascular do Cerrado
o o)

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Galium buxafolinm (K. Steyerm.) brejo, mata de galeria
Galium hbypocarpinm (L.) campo sujo, campo
Galium noxium (St. Hil.) Dempster var. noxium mata de galeria inundável,
campo úmido
Genipa americana L. árvore cerradão
Genipa americana L. var. riobranquensis Ketw. árvore cerrado
Geophila sp. erva mata de galeria
Guettarda angelica Mart. ex Muell. Arg. arbusto cerrado /ato sensu
Guettarda platypoda DC. arbusto cerrado /ato sensu
Guettarda pobliana Muell. Arg. árvore mata de galeria
Guettarda spruceana Muell. Arg. árvore cerrado
Guettarda viburnotdes Cham. & Schlecht. árvore cerrado, cerradão
Hillia longiflora Sw. subarbusto campo
Hillia parasitica Jaca. arbusto mata ciliar
Ixora gardneriana Benth. árvore mata de galeria
Ixora glaziovii Muell. Arg. árvore mata ciliar
Ixora syringaeflora Muell. Arg. árvore mata seca
Ixora warmingii Muell. Arg. árvore mata de galeria
Ladenbergia chapadensis S. Moore árvore cerrado /ato sensu
Ladenbergia graciliflora K. Schum. árvore cerrado
Ladenbergia cujabensis Klott. ex Char. árvore cerrado
Machaonia acuminata Humb. & Bompl. arbusto mata de galeria
Manettia concolor Mart. trepadeira mata ciliar
Manettia cordifolia Mart. trepadeira mata
Manettia ignita K. Schum. trepadeira cerradão
Manettia Inteo-rubra (Nell) Benth. trepadeira mata
Manettia thesisfolia (St. Hil) K. Schum.
Mitracarpus hirtus (L.) DC. cerrado, campo
Mitracarpus frigidus (Willd. ex Roem. & Schult.)
K. Schum. erva campo, cerrado
Mitracarpus megapotamicus (Spreng.) Standl erva campo
Mitracarpus parvulus K. Schum. erva cerrado
Mitracarpus pusillus Steyerm. var. robusta Steyerm. erva cerrado
Mitracarpus villosus (Sw.) Cham. & Schlecht. erva cerrado
Pagamea plicata Spruce ex Benth. var. plicata arbusto cerrado
514 Roberta Cunha de Mendonça ef aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat

Pagamea guianensis Aubl. var. guianensts arbusto cerrado


Paliconrea coriavea (Cham.) K. Schum. arbusto cerrado
Paliconrea gardneriana Standl. arbusto cerrado
Paliconrea hoehnei Krause subarbusto campo sujo
Paliconrea marcgravit St. Fl. arbusto mata, cerrado, campo
rupestre
Paliconrea macrobotrys (Ruiz. & Pavon) DC. arbusto cerrado
Paliconrea nicoteaneafoha Cham. & Schlecht. arbusto mata de galeria
Palicourea nitidella (Muell. Arg.) Standl. arbusto cerradão
Paliconrea officinalis Mart. subarbusto cerrado ralo, campo
Paliconrea rigida Kunth arbusto cerrado
Palicourea rígida H. B. & K. var. genuina Muell.
Arg. arbusto cerrado
Palicourea squarrosa (Muell. Arg.) Standl. arbusto cerrado, cerradão
Palicourea tetraphylla Cham. & Schlecht. arbusto cerrado
Paliconrea xanthophylla Muell. Arg. atbusto cerrado (ato sensu
Perama hirsuta Aubl. erva cerrado
Perama hirsutissima Awbl. erva cerrado
Perama holosericea (Naud.) Wurd. & Steyerm.
Perama sparsifolia Standl. ex. Steyerm. &
Kirkbride
Posoqueria latifolia (Rudge) Roem. & Schult. árvore mata, cerrado ralo,
cerrado
Posoqueria macropus Mart. árvore mata ciliar, cerrado
Psychotria amplectens Benth. subarbusto mata seca
Psychotria anceps H. B. & K. arbusto mata de galeria
Psychotria barbiflora DC. subarbusto mata, cerrado ralo
Psychotria capitata Ruiz & Pavon árvore mata de galeria
Psychotria carthagenensis Jacg. átvotre mata de galeria
Psychotria colorata (Willd. ex Roem. & Schult.)
Steyerm subatbusto mata
Psychotria hofjmanseggiana (Willd. ex Roem. &
Schult) Muell. Arg. subarbusto mata
Psychotria involucrata Sw. arbusto cerrado (ato sensu
Psychotria mapourioides DC. árvore mata de galeria
Flora vascular do Cerrado

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Psychotria melaneoides Wernhm arbusto cerradão
Psychotria microcarpa Muell. Arg. arbusto mata de galeria
Psychotria myriantha Muell. Arg. subarbusto mata de galeria
Psychotria nemorosa Gard. subarbusto mata de galeria
Psychotria nitidula Cham. & Schlecht. arbusto mata de galeria
Psychotria nonatiloides Cham. & Schlecht. arbusto mata

Psychotria paracatuensts Standley arbusto campo úmido


Psychotria phyllocephalus K. Schum. subarbusto mata

Psychotria poeppigiana Muell. Arg. ssp. poepigiana subarbusto mata de galeria


Psychotria prunifoha (H. B. & K.) Steyerm. subarbusto cerradão
Psychotria racemosa Willd. subarbusto mata
Psychotria regnellii Muell. Arg. arbusto cerrado
Psychotria rigida Wild. - cerrado
Psychotria rosea Muell. Arg. cerrado
Psychotria rupestris Muell. Arg. arbusto mata de galeria
Psychotria schbwackei K. Schum. subarbusto campo rupestre
Psychotria sciaphila S. Moore erva mata de galeria
Psychotria sessilis (Vell) Muell. Arg. árvore mata de galeria, campo
sujo
Psychotria sphaerocephala Muell. Arg. arbusto cerrado
Psychotria stachyoides Benth. arbusto cerrado
Psychotria stipulosa Muell. Arg. arbusto cerradão
Psychotria subtriflora Muell. Arg. arbusto cerrado
Psychotria tristicula Standl. arbusto cerrado
Psycbotria velloziana Benth. arbusto mata ciliar, mata seca
Psychotria warmingii Muell. Arg. arbusto mata de galeria
Psyllocarpus asparagoides Mart. & Zucc. subarbusto cerrado, campo rupestre

Psyllocarpus gorasensts Kitkbride erva cerrado


Psyllocarpus laricoides Mart. ex. Mart. ex. Zucc.
Psyllocarpus phyllocephalus K. Schum. campo sujo
Psyllocarpus schwackei K. Schum.
Randia armata (Sw.) DC. arbusto mata seca decídua
Randia spinosa (Jacg.) K. Schum. arbusto mata de galeria
Remigia amazonica K. Schum. arbusto cerrado (ato sensu
Remigia ferruginea (St. Hil) DC. arbusto cerrado (ato sensu
516 Roberta Cunha de Mendonça et aí

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat

Retiniphyllum truncatum M. Arg. árvore mata de galeria


Richardia brasiliensis Gomez erva cerrado
Richardia grandiflora (Cham. & Schlecht.) Steud.| erva cerrado, mata
Richardia rosea Schult. f. erva cerrado, campo sujo
Richardia scabra L. erva cerrado
Rudgea amazonica Muell. Arg. arbusto cerrado /ato sensu
Rudgea erioloba Benth. arbusto cerrado, mata de galeria
Rudgea jacobinensis Muell. Arg. arbusto cerrado, campo rupestre
Rudgea obtusa Standl. arbusto cerrado
Rudgea parviflora (Cham.) Muell. Arg. erva cerrado
Rudgea subsessilis Benth. arbusto mata ciliar
Rudgea viburnoides (Cham.) Benth. árvore cerradão, campo sujo
Rudgea villosa Benth. ex Glaz. arbusto cerrado /ato sensu
Rustia formosa (Cham. & Schlecht.) Klotzsch | árvore mata de galeria, cerrado
Sabicea brasiliensis Wernhm arbusto cerrado
Sabicea burchellii Wernhm - cerrado
Sabicea cana Hook. f. arbusto cerrado ato sensu
Sumira viridiflora (Allem & Saldanha) Steyerm. | árvore mata
Sipania hispida Benth. ex Wernhm. erva cerrado, cerradão
Sipania pratensis Aubl. subarbusto cerrado
Spermacoce verticillata L. (=Borreria verticillata (L.)
G. Mey) erva cerrado, campo rupestre
Stacha aurea Willd ex R. erva cerrado
Staelia capitata K. Schum. subarbusto cerrado
Staelia chynoides Cham. & Schlecht. erva cerrado
Staelia thymoides Cham. & Schlecht. erva campo, cerrado
Staelia virgata (Willd. ex Roem. & Schult.) K.
Schum. erva cerrado
Thieleodoxa lanceolata Cham. arbusto cerrado (ato sensu
Tocoyena brasiliensis Mart. arbusto cerrado
Tocoyena bullata (Nell) Mart. árvore cerrado
Tocoyena formosa (Cham. & Schlecht.) K. Schum| árvore cerrado
Tocoyena formosa (Cham. & Schlecht.) K.
Schum. ssp. zomentosa (Mart.) Prado árvore cerrado (ato sensu
Tocoyena neglecta Brown árvore cerrado (ato sensu
Flora vascular do Cerrado
517

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Tocoyena viscidula Mart. árvore cerrado
Uncaria guianensis (Aubl)) Gmel. trepadeira cerrado

RUTACEAE
Dictyoloma vandellianum A. Juss. arbusto mata ciliar
Esenbeckia febrifuga (St. Hil.) A. Juss. ex Mart. arbusto cerrado /ato sensu
Esenbeckia grandiflora Mart. ssp. grandiflora arbusto mata ciliar
Esenbeckia oligantha R. C. Kaastra arbusto cerrado
Esenbeckia pumila Pohl arbusto campo, cerrado
Erythrochiton brasiliensis Nees & Mart. arbusto cerrado (ato sensu
Fagara chiloperone Engl. ex Chodat & Hassler arbusto cerrado (ato sensu
Galipea jasminiflora (St. Hil) Engl. árvore mata de galeria ”
Galipea mulhiflora Schult. arbusto campo rupestre
Hortia brasiliana Vand. arbusto cerrado
Metrodorea pubescens A. St. Hil. & Tul.
(=Metrodorea stipularis Mart.) árvore mata de galeria
Pilocarpus trachylophus Holmes arbusto cerrado, mata seca
Spiranthera odoratissima A. St. Hil. subarbusto | cerrado, cerradão, campo
Zanthoxylum cinerium Engl. (=Fagara cinerea
Engl.) árvore cerradão, mata
Zanthoxylum rieldelianum Engl. árvore cerrado /ato sensu
Zanthoxylum rhoifolium Lam. (=Fagara rhoifolia
(Lam.) Engl.) árvore mata de galeria, cerradão

SANTALACEAE
Thestum aphyllum Maxt. campo
Thesium brasihense A. DC. campo limpo

SAPINDACEAE
Allophylus petiolulatus Radlk. arbusto mata de galeria
Allophylus puberulus (Cambess.) Radlk. arbusto mata de galeria, mata ciliar
Allophylus quercifolius (Mart.) Radlk. árvore mata seca decídua
Allophylus sericens Radlk. arbusto mata
Allophylus strictus Radlk. arbusto mata
Cardiospermum grandiflorum Sw. trepadeira mata
518 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Cupania castaneaefolia Mart. arbusto cerrado
Cupania Jurfuracea Radlk. arbusto cerrado
Cupania paniculata Camb. arbusto cerrado, campo rupestre
Cupania platicarpa Radlk. árvore mata seca
Cupania racemosa (Vell.) Radlk. arbusto cerrado (ato sensu
Cupania revoluta Radlk. arbusto cerrado Jato sensu
Cupania tenuivalvis Radlk. árvore mata seca decídua
Cupania vernalis Camb. árvore mata de galeria
Diatenopteryx sorbifolia Radlk. arbusto cerrado
Dilodendron bipinnatum Radlk. árvore mata seca
Magonia pubescens St. Hil. (=Magonia glabrata árvore cerrado, cerradão, mata
A. St. Hil.) seca
Matayba arborecens (Aubl) Radlk. árvore mata de galeria
Matayba elacagnoides Radlk. árvore mata de galeria
Matayba guianensis Aubl. árvore cerrado, cerradão
Matayba heterophylla (Mart.) Radlk. arbusto cerrado
Matayba juglandifolia (Camb.) Radlk. trepadeira cerrado
Matayba mollis Radlk. árvore mata ciliar, mata seca
Paulinia carpopodea Camb. trepadeira mata de galeria
Paullinia elegans Camb. trepadeira mata de galeria
Paullinia meliaefolia A. Juss
Paullinia pinnata L. trepadeira mata, cerrado
Paullinia spicata Benth. trepadeira mata de galeria
Paullinia stellata Radlk. trepadeira mata
Sapindus saponaria L. árvore mata de galeria, mata
ciliar, área antrópica
Serjania acoma Radlk.
Serjania acutidentata Radlk. trepadeira cerrado
Serjania adenophylla Ferrucci
Serjania caracasana (Jacq.) Willd. trepadeira mata de galeria, cerrado
Serjania chaetocarpha Radlk.
Serjania cissoides Radlk.
Serjania comata Radlk. trepadeira campo sujo
Serjania conferniflora Radlk. trepadeira mata seca
Serjania crassifolia Radlk.
Serjania elegans Camb.
Flora vascular do Cerrado
549,

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Serjania erecta Radlk. trepadeira cerrado
Serjania fuscifoha Radlk.
Serjania glabrata H. B. & K.
Serjania glutinosa Radlk. trepadeira mata
Serjania gracilis Radlk. trepadeira cerradão
Serjania hebecarpa Benth.
Serjania laroutteana D. Dietr. trepadeira mata de galeria
Serjania laxiflora Radlk.
Serjania lethalis A. St. Hil. trepadeira mata de galeria, cerrado
Serjania mansiana Mart. trepadeira cerrado
Serjania marginata Casar trepadeira mata de galeria
Serjania meridionalis Camb.
Serjania multiflora Camb. trepadeira mata de galeria
Serjania obtusidentata Radlk. trepadeira mata de galeria
Serjania orbicularis Radlk.
Serjania ovahifolia Radlk. trepadeira mata de galeria
Serjania palludosa Camb. trepadeira mata seca, área antrópica
Serjania paradoxa Radlk. trepadeira cerrado, mata de galeria
Serjania perulacea Radlk.
Serjania pinnatifolia Radlk.
Serjania platycarpa Benth. trepadeira mata seca semidecídua
Serjania purpurascens Radlk. trepadeira mata ciliar, mata seca
Serjania reticulata Camb. trepadeira cerrado
Serjania salgmanniana Schlecht. trepadeira mata
Serjania tristis Radlk.
Serjania velutina Camb. trepadeira cerrado, mata de galeria
Talisia esculenta (A. St. Hil.) Radlk. árvore cerradão
Talista subalbens Radlk. subarbusto cerrado, cerradão
Toulicia crassifolia Radlk. arbusto cerrado
Toulicia tomentosa Radlk. subarbusto cerrado
Urvilha paucidentata Ferrucci
Urvila ulmacea Kunth. trepadeira mata ciliar

SAPOTACEAE
Chrysophyllun gonocarpum (Mart. & Eichl.) Engl. árvore mata de galeria
Chrysophyllum sobolferum Rázzina árvore cerrado, mata
520 Roberta Cunha de Mendonça ef aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Chrysophyllum marginatum (Hook. & Arn.)
Radlk. var. marginatum árvore cerrado
Chrysophyllum marginatum (Hook. & Arn.)
Radlk. var. zomentosum (Mig.) Cong. árvore cerrado, mata
Ecclinusa ramiflora Mart. árvore cerrado, mata de galeria
Elacoluma glabrescens (Mart. & Eichl. ex Mig.)
Pierre árvore mata de galeria
Manilkara amazonica (Huber) Standley árvore mata
Manilkara triflora (Allem.) Monach. árvore cerrado
Micropholis gnaphalociados (Mart.) Pierre arbusto cerrado, mata seca
Micropbholis rigida Pierre (=Micropholis rivularis
Bach.) árvore mata de galeria
Micropholis sebwackei Prerre árvore mata
Micropholis venulosa (Mart. & Eichl.) Pierre árvore mata de galeria
Pouteria andarabiensis T. D. Pennington arbusto cerrado
Pouteria gardnerii (Mart. & Miq.) Baehni. árvore -
Pouteria lateriflora (Benth. ex Mig.) Radlk. árvore cerrado
Pouteria ramiflora (Mart.) Radlk. árvore cerrado, vereda, mata de
galeria
Pouteria rivicoa (Gartn. £.) Ducke árvore mata
Pouteria torta (Mart.) Radlk. árvore cerrado
Pouteria venosa (Mart.) Baehni árvore mata de galeria
Sideroxylon venulosum Mart. & Eschl. ex Mig. árvore mata de galeria

SAXIFRAGACEAE
Escalonia bifida Link. & Otto arbusto mata de galeria

SCROPHULARIACEAE
Agalinis hispidula (Mart.) D'Arcg. vereda, cerrado
Angelonia altermfolia V. C. Souza cerrado
Angelonia arguta Benth. cerrado
Angelonia crassifolia Benth. cerrado
Angelonia eriostachys Benth.
Angelonia tomentosa Moric ex Benth cerrado
Bacopa monnierioides (Cham.) Robyns vereda
Flora vascular do Cerrado ERA

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Buchnera juncea Cham. & Schlecht. subarbusto campo úmido
Buchnera lavandulacea Cham. & Schlecht. erva campo, cerrado
Buchnera longiflora H. B. & K. subarbusto campo rupestre
Buchnera palustris (Aubl.) Spreng.
Buchnera rosea Kunth. erva campo
Buchnera ternifolia H. B. & K. erva cerrado
Buchnera virgata H. B. & K. erva campo rupestre
Escobedia curialis (Nell) Pennell. subarbusto brejo
Escobedia grandiflora (L. £) Kuntze erva cerrado, mata ciliar
Esterhasya splendida Mikan arbusto cerrado
Esterhasya splendida Mikan var. latifolia Schmidt. arbusto cerrado
Gerardia angustifolia Maxt.
Gerardia brachyphylla Cham. & Schlecht.
Physocahyx aurantiacus Pohl
Physocalyx major Mart.
Physocalyx scaberrimus D. Philcox arbusto cerrado, campo rupestre
Stemodia pratensis (Aubl) C. C. Cowan erva cerrado, mata de galeria

SIMAROUBACEAE
Dyctioloma incanescens DC. árvore cerrado, campo
Picramnia campestris Rizzint & Occhiont subarbusto cerrado, campo rupestre
Picramnia cihata Mart. árvore mata de galeria
Picramnia elprica Kuhlmann árvore mata de galeria, mata ciliar
Picramnia glazsoviana Engl. ssp. glazioviana árvore mata de galeria
Picramnia latifolia "Tul. árvore mata de galeria, mata ciliar
Picramnia parvifolia Engl. arbusto mata seca
Picramnia oreadica Pirani ssp. oreadica arbusto cerrado
Picramnia oreadica Pirani ssp. penduliflora Prrani arbusto cerrado ralo
Picramnia sellowii Planch. árvore mata de galeria, mata seca
Simaba sulfruticosa Engl. ex Char. erva cerrado
Simaba trichilioides Engl. arbusto cerrado /ato sensu
Simaba warmingiana Engl. arbusto cerrado /ato sensu
Simarouba amara Aubl. árvore mata de galeria
Simarouba ovalfolia St. Hal. erva cerrado, campo limpo
Simarouba versicolor St. Hil, árvore mata de galeria, cerrado
SYLDA Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
SMILACACEAE
Smilax brasihensis Spreng. var. brasiliensis trepadeira cerrado, campo sujo
Smilax campestris Griseb. trepadeira cerrado, campo rupestre
Syuilax cognata Kunth. trepadeira cerrado, mata
Smilax conifoha A. DC. trepadeira cerrado
Smilax elastica Griseb. trepadeira mata de galeria
Syilax hilarana DC. trepadeira mata ciliar
Smilax fluminensis Steud. (=Smilax syringoides trepadeira mata de galeria inundável,
Griseb.) campo úmido
Smilax goyazana A. DC subarbusto cerrado
Smilax irrorata Benth. ex A. DC. subarbusto
Syilax Iutescens Vell. trepadeira campo
Smilax minarum DC.
Smilax nitida Griseb. trepadeira mata de galeria
Syilax phyllobola Griseb. trepadeira mata de galeria
Smilax polyantha Griseb. trepadeira mata de galeria, cerrado
Smilax quinquenervia Vell. trepadeira mata de galeria, cerrado
Smilax salicifoha Griseb. trepadeira mata
Syulax staminea Griseb.
Smilax syringoides Griseb. trepadeira mata, cerrado
Smilax nijucensis A. DC. trepadeira mata

SOLANACEAE
Acnistus arborescens (L.) Schl. arbusto mata de galeria
Athenaca picta (Mart.) Sendt. arbusto mata de galeria
Athenaea pereirae Barbosa & A. T. Hunz. arbusto mata seca
Aurehana velutina Sendt. arbusto mata de galeria
Brunfelsia brasthensis (Spreng.) Smith & Downs arbusto mata de galeria
Brunfelsia obovata Benth. arbusto mata de galeria
Capsicum baccatum L. var. pratermissum (Heiser
& Smith.) Hunziker arbusto mata de galeria
Cestrum atroxanthum Kuntz. arbusto mata
Cestrum calycinum H. B. & K. arbusto mata de galeria inundável
Cestrum corymbosum Schlecht. arbusto cerrado (ato sensu
Cestrum gardneri Sendt. arbusto cerrado
Flora vascular do Cerrado
2)

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Cestrum laevigatum Schlecht. arbusto
Cestrum intermedium Sendt. subarbusto | cerradão
Cestrum megalophyllum Dunal (=Cestrum baenitzii
Lingls, Cestrum coriaceum Miets.) arbusto mata de galeria
Cestrum obovatum Sendt. arbusto campo sujo
Cestrum pedicellatum Sendt. arbusto mata
Cestrum sendtneriarum Mart. ex Sendt. arbusto cerrado (ato sensu
Cestrum schlechtendahii G. Don arbusto cerrado /ato sensu
Cestrum strigillatum Ruiz 8& Pavon arbusto mata de galeria
Cyphomandra sp. arbusto mata de galeria
Physalis angulata Walt. arbusto cerrado
Schwenckia americana D. Royen ex L. erva campo
Solanum americanum Mill. erva cerrado
Solanum argenteum Dunal árvore -
Solanum aspero-lanatum Ruiz & Pavon arbusto mata
Solanum baturitense Huber arbusto cerrado (ato sensu
Solanum biceps Dunal subarbusto | cerrado
Solanum cladotrichum Vand. arbusto mata ciliar
Solanum cordiforme Dunal arbusto cerrado (ato sensu
Solanum crinitum Lam. arbusto cerrado, mata de galeria
Solanum curviflora Benth
Solanum foederale M. Nee cerrado
Solanum gemellum Maxt. ex Sendt. (=Solanum
didymum Dunal) árvore mata de galeria
Solanum grandiflorum Ruiz & Pavon arbusto mata de galeria
Solanum guianense Dunal arbusto mata
Solanum horridum Dunal arbusto cerrado (ato sensu
Solanum incarceratum Ruiz & Pavon subarbusto | campo, área antrópica
Solanum jamaicense Mall. arbusto cerrado (ato sensu
Solanum jasminoides Paxt. trepadeira mata
Solanum lanigerum Dunal etva cerrado
Solanum hycocarpum St. Hal. arbusto cerrado
Solanum macranthum Dunal arbusto cerrado (ato sensu
Solanum oocarpum Sendt. arbusto mata
Solanum paniculatum L. arbusto cerrado, cerradão, mata
524 Roberta Cunha de Mendonça ez aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat

Solanum schlechtendalianum Walp. arbusto mata


Solanum sisymbrisfolium Lam. subarbusto mata
Solanum stenandrum Sendt. arbusto campo úmido, cerrado
Solanum stipulaceum Roem. & Schult. arbusto cerrado
Solanum subuymbellatum Roem. & Schult. subarbusto cerrado
Solanum swatrsianum Vell. arbusto mata ciliar
Solanum viarum Dunal arbusto mata de galeria, área
antrópica

STERCULIACEAE (BYTTNERIACEAE)
Ayenia angustifolia St. Hil. & Naud. subarbusto cerrado, campo úmido
Ayenia blanchetiana K. Schum. subarbusto cerrado
Byttneria elhptica Pohl subarbusto cerrado, mata de galeria,
campo
Byttneria jaculifoha Pohl subarbusto cerrado
Byttneria melastomacfolia St. Hil. subarbusto cerrado
Byttneria oblonga Pohl subarbusto campo sujo
Byttneria sagitufolia St. Hil. erva campo sujo
Byttneria scabra L. subarbusto campo, campo rupestre,
brejo
Byttneria scapellata Pohl subarbusto cerrado, campo rupestre ,

campo
Byttneria subsessilis Cristóbal ex Char. erva cerradão
Dombeya sp.
Guazuma ulmifolia Lam. árvore mata de galeria, cerrado,
cerradão
Helicteres brevispira St. Hil. arbusto mata de galeria, cerrado,
campo rupestre
Helicteres guazumaefoha H. B. & K. arbusto mata de galeria, cerrado
Heliteres lhotzkyana (Schott. & Endl) K. Schum. arbusto cerrado
Helicteres macropetala St. Hil. arbusto cerrado
Helicteres melastomaefolia St. Hil. subarbusto cerrado
Hetcteres ovata Lam. arbusto mata
Helicteres sacarolha St. Hil., Adr. Juss. & Camb. subarbusto cerrado, campo sujo,
mata de galeria
Flora vascular do Cerrado 525

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Melochia hirsuta Cav. arbusto cerrado
Melochia pilosa (Mill) Fawc. & Rendl. erva área antrópica
Melochia pyramidata L.
Melochia simplex St. Hil. subarbusto | mata
Melochia spicata (L.) Fryxell subarbusto cerrado, campo limpo
Melochia villosa (Mill.) Fawc. & Rendl. var. villosa subarbusto | mata, cerrado
Melochia wendermannii Goldgerg
Sterculia striata St. Hil. & Naud. árvore mata seca
Waltheria ackermanniana K. Schum. arbusto cerrado, campo rupestre
Waltheria communis A. St. Hil. erva cerrado, campo limpo
Waltheria ferruginea St. Hil. arbusto mata
Waltheria indica L. subarbusto mata de galeria, campo,
cerrado
Waltheria machristana L. B. Smith subarbusto | mata de galeria
Waltheria polyanthos Schum. arbusto cerrado
Waltheria viscosissima A. St. Hil. arbusto cerrado

STYRACACEAE
Pamphilia aurea Mart.
Pamphilia pedicellata Pexk.
Styrax camporum Pohl árvore mata de galeria, mata seca
Styrax ferrngineus Nees & Mart. árvore cerrado
Snyrax ferrugineus Nees & Mart. var. grandifolius
Perk. árvore cerrado
Suyrax guianensis A. DC “árvore mata de galeria
Styrax latifolius Pohl árvote mata de galeria, cerrado
Styrax martii Seub.
Styrax poblii A. DC. arbusto mata de galeria

SYMPLOCACEAE
Symplocos celastrinea Mart. ex Mig. árvore mata seca
Symplocos fallax Brand. árvore mata de galeria
Symplocos frondosa Brand.
Symplocos itatiaiae Wawra
Symplocos lanceolata (Mart) A. DC. árvore mata de galeria, cerrado,
cerradão
526 Roberta Cunha de Mendonça ez aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat

Symplocos mosenii Brand. árvore cerrado, cerradão


Symplocos mtens (Pohl) Benth. var. ntens árvore mata de galeria
Symplocos platyphylla (Pohl) Benth. árvore mata de galeria
Symplocos pubescens Kl. ex Benth. árvore mata de galeria
Symplocos revoluta A. DC. árvore cerrado, mata de galeria
Symplocos rhamnifolia A. DC. árvore mata de galeria
Symplocos tenuifolia Brand árvore mata
Symplocos tetrandra Mart. ex Mig. árvore mata
Symplocos uniflora (Pohl) Benth. árvore mata
Symplocos variabilis Mart. ex Mig. árvore mata

THEACEAE (TERNSTROEMIACEAE)
Laplacea (Gordonia) fruticosa (Schrader) Kobuski| árvore mata de galeria, campo
sujo
Ternstroemia brasthensis Camb.
Ternstroemia carnosa Camb.
Ternstroemia oleaefolia Wawrta var. lanifolia Wawyra

THEOPHRASTACEAE
Clavija integrifoha Mart. & Mig. subarbusto | mata de galeria

THYMELAEACEAE
Daphnopsis fasciculata (Meissn.) Nevl. árvore mata de galeria
Daphnopsis martii Meissn. árvore mata de galeria
Dapbnopsis racemosa Griseb. árvore mata de galeria

TILIACEAE
Apeiba tibourbou Aubl. árvore mata de galeria
Corchorus hirtus 1. erva campo, cerrado
Luehea candicans Mart. árvore cerrado, cerradão,
campo, mata de galeria
Luehea crispa Krap. erva campo, cerrado
Iuehea divaricata Mart. & Zucc. árvore mata seca decídua
Luehea grandiflora Mart. & Zucc. árvore mata de galeria
Luehea paniculata Mart. & Zucc. árvore cerradão
Flora vascular do Cerrado
22]

Continuação Anexo 2. ;
Família / espécie Fitofistionomia / habitat
Triumfetta semitriloba Jacg. arbusto mata de galeria, área
antrópica

TRIGONIACEAE
Trigonia cipoensis From-Trinta & Em. Santos | subarbusto campo rupestre, mata
ciltar
Trigonia nivea Camb. arbusto mata de galeria, mata
seca, campo rupestre

TURNERACEAE
Piriqueta araguaiana Arbo erva cerrado
Piriqueta asperifolia Arbo arbusto cerrado, campo
Piriqueta aurea (Camb.) Urban arbusto cerrado, campo
Piriqueta breviseminata Arbo subarbusto cerrado
Piriqueta carapoensts Arbo erva cerrado, campo
Piriqueta carnea Urban arbusto cerrado
Piriqueta cistoides (L.) Griseb. ssp. caroliniana
(Walter) Arbo erva campo, campo
Piriqueta constellata Axbo arbusto cerrado
Piriqueta cristobaliae Arbo subarbusto cerrado
Piriqueta densiflora Urban var. densiflora subarbusto cerrado
Piriqueta densiflora Urban var. gorasensts Arbo subarbusto cerrado, campo
Piriqueta dentata Arbo arbusto cerradão, campo
Piriqueta donradinha Arbo arbusto cerrado, campo rupestre
Piriqueta duarteana Urban var. duarteana subarbusto campo, cerrado
Piriqueta flammea (Suessenguth) Arbo arbusto campo rupestre
Piriqueta hapala Arbo subarbusto cerrado
Piriqueta lourteigiae Arbo erva cerrado
Piriqueta nanuzae Arbo erva campo rupestre
Piriqueta nitida Arbo erva cerrado, campo
Piriqueta rosea (St. Hil., Juss. & Camb.) Urban erva cerrado, campo
Piriqueta sidifoha Urban var. sidifolia subarbusto cerrado, campo rupestre
Piriqueta sidifoha Urban var. multiflora Urban subarbusto cerrado, campo sujo,
campo rupest e
Piriqueta suljurea Urban & Rolfe subarbusto cerrado
528 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Piriqueta tamberlikii Urban ssp. rotundifolia
(St. Hil., Juss. & Camb.) Arbo (=Piriqueta
duarteana (St. Hil., Juss. & Camb.) Urban var.
chrysotricha Urban) erva cerrado, campo rupestre
Piriqueta tamberlikii Urban ssp. tamberlikii subarbusto cerrado, campo
Turnera arcuata Urban subarbusto campo, cerrado
Turnera brasihensts Urban subarbusto mata ciliar
Turnera caerulea DC. var. surinamensts Atbo &
Fernandez erva brejo
Turnera hilaireana Urban arbusto cerrado, mata
Turnera incana St. Hil., Juss & Camb. erva campo limpo, cerrado
Turnera lamiifolia Camb. erva brejo
Turnera longiflora Camb. subarbusto cerrado, campo sujo
Turnera melochiotdes Camb. erva campo
Turnera oblongifoha Camb. subarbusto campo sujo, mata de
galeria
Turnera odorata Rich. subarbusto cerrado
Turnera orientalis (Urban) M. Arbo subarbusto cerrado
Turnera pumilea L. erva cerrado
Turnera revoluta Camb.
Turnera saxatilis M. Arbo
Turnera subnuda Urban erva campo sujo
Turnera subulata Sm. subarbusto cerrado
Turnera simulans M. Arbo arbusto cerrado, campo rupestre
Turnera tenuicantis Urban erva campo limpo
Turnera trigona Urban arbusto cerrado, campo
Turnera uleana Urban subarbusto cerrado
Turnera ulmfolia Linn.

TYPHACEAE
Typha dominguensis Pers. brejo

ULMACEAE
Celtis brasthensts Lam. árvore mata de galeria
Celhis iguanaea Sarg. átvote mata de galeria
Flora vascular do Cerrado
529

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Celtis morifoha Planch. árvore mata seca
Celtis pubescens Kunth. árvore mata seca
Trema micrantha (L.) Blume árvore mata de galeria

UMBELIFERAE (APIACEAE)
Apium leptophyllum Muell ex Benth.
Eryngium ebracteatum Lam. mata
Eryngium elegans Cham. & Schlecht. mata de galeria
Eryngium horridum Malme brejo
Eryngium juncifolium (Urban) Math. & Const. cerrado
Eryngium marginatum Pohl campo sujo
Eryngium megapotamicum Malme cerrado ralo
Eryngium pandamfolinm Cham. & Schlecht. brejo
Eryngium paniculatum Cav. & Domb. ex Dellar brejo
Eryngium pristis Cham. & Schlecht. campo rupestre
Eryngium quinqueloba Ruiz & Pavon cerrado, brejo
Eryngium sanguisorba Cham. & Schlecht.
Eryngium serra Cham. & Schlecht. mata
Eryngium subinerme (Wolff) Math. & Const. mata
Hydrocotyte quinqueloba Ruiz & Pavon mata ciliar
Kiotsschia baceifera (L..) Gaudich.
Kiotsschia brasiliensis Cham.
Kiotsschia glagiovii Urban erva campo
Kiotsschia rhizopbylla Urban
Spananthe paniculata Jacg. subarbusto cerrado, campo rupestre

URTICACEAE
Boehmeria caudata Sw árvore mata ciliar
Pilea microphylla (L.) Liebm.
Urera caracasana (Jacq.) Griseb. arbusto mata

VELLOZIACEAE
Aylthonia blackii (L.. B. Smith) Menezes
Aylthonia gentianoides (Goeth. & Henr.) Menezes
Aylthonia gentianoides (Goeth. & Henr)) Menezes
var. magalhaesii (L. B. Smith.) Menez.
530 Roberta Cunha de Mendonça et aí

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Aylthonia graminifolia (L. B. Smith) Menezes
Aylthonia macrantha (Lem.) Menezes
Aylthonia pulverulenta (L. B. Smith & Ayensu)
Menezes
Aylthonia riedeliana (Goeth & Henr.) Menezes
Aylthonia salmonea (L. B. Smith & Ayensu)
Menezes
Barbacenia andersonii L.. B. Smith & Ayensu cerrado
Barbacenia bishopii L. B. Smith
Barbacenia brachycahyx Goeth. & Henr. campo rupestre

Barbacenia conicostigma Goeth. & Henr.


Barbacenia cylindrica L. B. Smith & Ayensu cerrado
Barbacenia ensifolia Mart. ex Schult. f.
Barbacenia flava Mart. ex Schult. f.
Barbacenia flava Mart. ex Schult. f. var. minor
L. B. Smith
Barbacenia glauca Mart. ex Schult. f
Barbacenia glutinosa Goeth. & Henr.
Barbacenia iguanea Mart.
Barbacenia involucrata L. B. Smuth
Barbacenia nanuzae L. B. Smith & Ayensu
Barbacenia scbwackei Goeth. & Henr.
Barbacenia vandellii Pohl ex Seub.
Pleurostima delicatula (L. B. Smith. & Ayensu)
Menezes
Pleurostima hatschbachii (L. B. Smuth. & Ayensu)
Menezes
Pleurostima longiscapa (Goeth. & Henr.) Menezes
Pleurostima plantaginea (L. B. Smith.) Menezes
Plurostima nuda (L. B. Smith. & Ayensu)
Menezes
Vellozia alata L. B. Smith.
Velloxia bicarinata L. B. Smith.
Vellozia bicolor L. B. Smuth.
Vellozia brevifolia Seub.
Flora vascular do Cerrado
So

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Vellozia caruncularis Mart. ex Seub.
Vellozia compacta Mart ex Schult. f.
Vellogia crassicaulis Mart. ex Schult f. erva campo limpo
Vellogia dawsonii L. B. Smith. subarbusto cerrado, campo úmido
Vellozxia dechnans Goeth. & Henr.
Vellozia epidendroides Mart. ex Schult. f.
Vellozia fimbriata Goeth. & Henr.
Vellozia fruticosa (Willd. ex Roem. & Schult.)
O. Kuntze arbusto campo rupestre

Velloxia furcata L. B. Smith. & Ayensu arbusto cerrado, campo rupestre

Vellozia glabra Mikan.


Vellogia glochidea Pohl cerrado ralo
Vellozia gracilis Seub.
Velloxia marcescens L. B. Smith.
Velloxia metszgerae L. B. Smith.
Vellozia modesta L. B. Smith. & Ayensu
Vellozia nanuzae L. B. Smith. & Ayensu
Vellozxia nivea L. B. Smith. & Ayensu
Vellozia patens L. B. Smith. & Ayensu
Vellozia phalocarpa Pohl
Vellozia pirestana L. B. Smith
Vellozxia pumila Goeth. & Henr.
Vellozia pusilla Pohl
Vellogia ramosissima L. B. Smith
Vellozia riedeliana Goeth. & Henr.
Vellogia scabrosa L. B. Smith. & Ayensu
Vellozia sessilis Mello Silva erva cerrado
Vellozia sincorana L. B. Smith. & Ayensu arbusto cerrado
Vellozia squalida Mart. & Schult f.
Vellogia squamata Pohl (= Vellozia flavicans
Mart. ex Schult.) arbusto cerrado
Vellogia stipitata L. B. Smith. & Ayensu
Vellozia subalata L. B. Smith. & Ayensu
Vellogia swallenit L. B. Smith.
Vellozia taxifolia (Mart. ex Schult.) Mart. ex
Seub.
532 Roberta Cunha de Mendonça et aí

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat

Vellogia tubiflora (A. Rich.) Kunth. subarbusto | brejo


Vellozia variabilis Mart. ex Schult. f. arbusto cerrado ralo
Vellogia vestita L. B. Smith
Vellogia viannae L. B. Smith
Vellozia wasshansenii L. B. Smith. & Ayensu
Xerophyta minima (Pohl) Baker
Xeroplyta scoparia (Goeth. & Hern.) Menezes

VERBENACEAE
Aegiphila amaszonica Mold. árvore cerrado /ato sensu
Aegiphila cuspidata Mart. átvore mata de galeria
Aegiphila intermedia Mold. cerrado /ato sensu
Aegiphila lanata Mold.
Aegiphila klotzkiana Cham.
Aegiphila lhotzkiana L. árvore cerrado, área antrópica
Aegiphila obducta Vell. arbusto mata ciliar, mata seca
Aegiphila paraguariensis Briq. árvore cerrado
Aegiphila parviflora Mold. arbusto cerrado /ato sensu
Aegiphila pernambucensis Mold. arbusto cerrado (ato sensu
Aegiphila sellowiana Cham. árvore cerradão, mata ciliar
Aegiphila splendens Schauer arbusto cerrado (ato sensu
Aegiphila tomentosa Cham. árvore mata de galeria
Aegiphila verticillata Nell. árvore cerrado (ato sensu
Aloysia virgata (Ruiz & Pavon) Adr. Juss. árvore cerrado, campo
Amasonia campestris (Aubl) Mold. árvore mata de galeria, mata seca
“Amasonia hirta Benth. erva cerrado
Casseha chamaedryfolia Cham. erva cerrado ralo
Casselia confertiflora (Mold.) Mold. var. laciniata
(Mold.) Mold. campo limpo
Casselia glaziovii (Briq. & Mold.) Mold. cerrado
Congea tomentosa Roxb..
Lantana aristata (Schauer) Brig. erva cerrado
Lantana armata Schauer subarbusto | mata
Lantana camara L. arbusto cerrado
Lantana chamissonis Benth. & Hook. arbusto mata
Lantana fucata Lindl. arbusto cerrado /ato sensu
Flora vascular do Cerrado
SR)

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
Lantana glaziovii Mold. subarbusto | mata
Lantana hassleri Brig. - :
Lantana hbypoleuca Brig. erva cerrado
Lantana lilacina Desf. arbusto mata
Lantana lundiana Schauer arbusto cerradão, mata ciliar
Lantana tiliacfoha Cham. arbusto mata
Lantana trifoha Cham. arbusto cerrado /ato sensu
Lantana tnplinervia Turcz. arbusto mata
Lantana viscosa Pohl ex Schauer arbusto mata
Lippia alba N. E. Brown ex Britton & Wilson | arbusto mata
Leppia corymbosa Cham. arbusto cerrado
Lobpia elegans Cham. erva cerrado
Loppia enpatorum Schauer arbusto mata
Lobpia filifoha Mart. & Schauer - -
Lobpia florida Cham. = É
Lobpia glandulosa Schauer arbusto cerrado
Lobpia glazioviana Loes. arbusto cerrado, mata
Lubpia gracilis Schauer arbusto campo sujo
Lobpia hermanrioides Cham. arbusto mata ciliar
Lippia lacunosa Mart. & Schauer arbusto cerrado
Loppia lastocalycina Cham. arbusto cerrado, cerrado, mata de
galeria
Lobpia lupulina Cham. arbusto mata de galeria
Loppia martiana Schauer arbusto cerrado
Lobpia micrantha Cham. arbusto cerrado ralo
Lobpia microphylla Cham. E
Loppia mori Mold. arbusto campo rupestre, campo
Lobpia nepetacea Schauer E E
Loppia obsenra Brig. subarbusto | cerrado
Loppia origanoides H. B. & K. o E
Luppia oxycnemis Schauer arbusto mata
Lippia pobliana Schauer - -
Lippia primulina S. Moore subarbusto | cerrado, campo
Lippia primulina S. Moore var. goyazensts S. Moore| subarbusto | brejo
Lippia pumilha Cham. - -
Lippia rígida Schauer arbusto cerrado
534 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Lobpia rotundifolha Cham. & Schlecht. erva cerrado
Loppra salviaefolia Cham. arbusto cerrado /ato sensu
Loppia sericea Cham. arbusto cerrado
Lobpia sidoides Cham. subarbusto cerrado, mata ciliar
Lippia stachyordes Cham. subarbusto campo sujo
Lobpra velutina Schauer
Lobpia vernonioides Cham. erva cerrado, campo
Petrea racemosa Nees. & Mart. arbusto cerrado
Petrea subserrata Cham. trepadeira mata
Petrea volubilis Nell. trepadeira cerrado
Stachytarpheta candida Mold. trepadeira cerrado
Stachytarpheta cayennensis Schauer subarbusto cerrado, área antrópica
Stachytarpheta chamissois Walb. erva cerrado
Stachytarpheta claussenit Turcz arbusto cerradão
Stachytarpheta gesnerioides Cham. subarbusto cerrado
Stachytarpheta glabra Cham.
Stachytarpheta goyanensis Lurez subarbusto mata de galeria
Stachytarpheta hispida Nees & Mart. subarbusto cerrado
Stachytarpheta polyura Schauer arbusto campo rupestre
Stachytarpheta procumbens Mold.
Stachytarpheta reticulata Mold.
Stachytarpheta rhomboidalis (Pohl) Walp. arbusto cerrado
Stachytarpheta schawerii Mold. arbusto cerrado
Stachytarpheta sericea Loes. ex Glaz. erva campo
Vitex cymosa Bertero subarbusto campo limpo
Vitex degeneriana Mold. arbusto cerrado (ato sensu
Vitex flavens Kunth. arbusto cerrado (ato sensu
Vitex megapotamica (Spreng) Mold. arbusto cerrado /ato sensu
Vitex polygama Cham. árvore mata, cerrado
Vitex polygama Cham. var. warmingii Mold. árvore mata ciliar, cerrado
Vitex scbomburgkiana Schauer arbusto cerrado (ato sensu
Vitex triflora Vahl. árvore mata de galeria

VIOLACEAE
Hybanthus calceolaria (L.) G. K. Schult. subarbusto cerrado
Hybanthus lanatus (St. Hil) Baill.
Jonidium lanatum St. Hil. erva campo sujo
Flora vascular do Cerrado
599

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofistonomia / habitat
VITACEAE
Cissus araguainensis Lombardi trepadeira mata
Cissus campestris (Baker) Planch. trepadeira campo
Cissus duarteana Camb. trepadeira vereda, campo sujo
Cissus erosa L. C. Rich, trepadeira cerrado, mata
Cissus guaranitica Chodat trepadeira mata
Cissus panosa Planch. (= Vitis pannosa Baker)
Cissus quinquefolia Dest. trepadeira mata seca
Cissus scabricaulis (Baker) Planch. trepadeira mata de galeria
Cissus simstana Roem & Schult. trepadeira mata
Cissus subrhomboidea (Baker) Planch. trepadeira cerrado
Cissus verticillata (L.) Nicolson trepadeira mata

VOCHYSIACEAE
Callisthene fasciculata Mart. árvore mata seca, cerradão,
cerrado:
Callisthene hassleri Brig. árvore cerradão
Calhsthene major Mart. árvore cerrado
Callisthene major Mat. var. pilosa Warm. árvote cerrado (ato sensu
Calhisthene microphylla Warm. átvore mata de galeria, cerrado
Calksthene minor Mart. árvore cerrado
Calksthene molissima Warm. árvore cerrado
Qualea cordata Spreng. árvore cerrado, cerradão
Qualea densiflora Spreng. árvote cerrado, mata de galeria
Qualea dichotoma (Mart) Warm. átvote cerrado, mata de galeria
Qualea dichotoma (Mart.) Watm. var. elongata
(Warm.) Stafleu árvore mata de galeria
Qualea glanca Mart. árvore cerradão
Qualea grandiflora Mart. árvore cerrado
Qualea jundiaby Warm. árvore mata de galeria
Qualea kunthiana Adr. Juss. árvore mata de galeria
Qualea macrophylla Vahl. árvore campo sujo
Qualea multiflora Mart. árvore cerrado
Qualea parviflora Mart. árvore cerrado
Salvertia convallariacodora St. Hil. árvore cerrado
Vochysia acuminata Bong. árvore mata ciliar, mata seca
Vochysia cinnamomea Pohl atvote mata de galeria
536 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Vochysta divergens Pohl atvore cerrado ralo, cerrado
Vochysta elhptica Mart. árvore campo úmido, cerrado
Vochysta elhptica Mart. var. firma Mart. ex Warm. árvore cerrado
Vochysta gardneri Warm. árvore cerrado
Vochysta haenkeana Mart. árvore cerradão, mata seca
Vochysta herbaceae Pohl arbusto cerrado
Vochysia pumila St. Hil. arbusto cerrado
Vochysta petrea Warm. árvore campo limpo, campo
sujo
Vochysia pruinosa Pohl arbusto campo sujo
Vochysta pygmaea Bong.
Vochysta pyramidalis Mart. árvore cerradão, mata de galeria
Vochysia rufa Mart. árvore cerrado, cerradão
Vochysia sessilifolia Warm. arbusto cerrado
Vochysia thyrsoidea Pohl árvore cerrado
Vochysta tucanorum Mart. árvore mata de galeria

WINTERACEAE
Drimys brasihensis Miers var. brasilensis árvore mata de galeria, campo
Drimys winter Porst. árvore mata ciliar

XYRIDACEAE
Abolboda poarchon Seub. erva campo úmido, campo
rupestre
Abolboda puchela Humb. & Bonpl. erva campo úmido, campo
rupestre
Xyris archeri L. B. Smith & Downs erva

Xyris asperula Mart. erva campo rupestre


Xyris aurea L. B. Smith & Downs erva campo úmido, campo
limpo
Xyris bralata Malme erva

Xyris blanchetiana Malme erva vereda


Xyris blepharophylla Mart. erva brejo
Xyris calostachys Poulsen erva

Xyris celiae L. B. Smith & Downs erva

Xyris cipoensis L. B. Smith & Downs erva

Xyris consanguinea Kunth erva


Flora vascular do Cerrado a

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Xyris dardanoi L. B. Smith & Downs
Xyris dawsonii L. B. Smith & Downs campo limpo, campo
rupestre
Xyris diamantinae Malme -
Xyris diaphanobracteata Kral & Wanderley campo
Xyris disticha L. B. Smith & Downs
Xyris fifolia Alb. Nilsson cerrado
Xyris goyazensis Malme campo rupestre, brejo
Xyris graminosa Pohl ex Mart. =
Xyris hilariana Malme -
Xyris hymenachne Mart. campo úmido, campo
rupestre
Xyris hyxtrix Seub. -
Xyris insignis Alb. Nilsson =
Xyris jataine Kral & Wanderley campo rupestre
Xyris jolyi Wanderley & Garati
Xyris jupicai Rich. campo úmido, campo
Xyris lacerata Seub. campo rupestre, cerrado
Xyris lagoinhae Kral & Smith
Xyris lanuginosa Seub. campo úmido
Xyris laxifolia Mart. brejo
Xyris longiscapa Alb. Nilsson
Xyris lutescens Kral & Wanderley campo rupestre
Xyris machrisiana Smith & Downs campo rupestre
Xyris melanopoda L. B. Smith & Downs
Xyris mello-barretoi L. B. Smith & Downs
Xyris metallica Klotzsch. ex Seub. campo úmido, campo
rupestre, cerrado
Xyris minarum Seubert
Xyris nigricans Alb. Nilsson
Xyris nubigena Kunth
Xris obtusinscula Alb. Nilsson
Xris paraensis Poepp. ex Kunth. campo
Xyris paradistaca Wanderley campo rupestre
Xyris pilosa Kunth
Xyris paraensis Peppig ex Kunth
538 Roberta Cunha de Mendonça ez aí.

Continuação Anexo 2.
Família / espécie Fitofisionomia / habitat
Xyris platystachya Alb. Nilsson
Xyris pranceana Kral & Wanderley campo rupestre

Xyris pterygoblephara Steud. campo rupestre

Xyris regnell Alb. Nilsson


Xyris rupicola Kunth
Xyris savanensis Mig. campo úmido, campo
rupestre
Xyris sceptrifera Ktal & Wanderley campo rupestre
Xyris schizachne Mart. campo rupestre
Xyris seubertii Alb. Nilsson campo rupestre
Xyris sororia Kunth. campo limpo
Xyris spectabilis Mart.
Xyris subsetigera Malme
Xyris tenella Kunth. brejo, campo rupestre
Xyris teres Alb. Nilsson campo rupestre
Xyris tortula Mart. campo rupestre
Xyris tortilis Wanderley
Xyris trachyphylla Mart.
Xyris tricophylla Malme
Xyris vernina Malme brejo
Xyris vestita Mart. campo rupestre

ZINGIBERACEAE
Costus spiralis (Jacq.) Roscoe var. spiralis mata de galeria
Costus subcaulis (Nees & Mart.) Maas mata seca decídua
Costus subsessilis (Nees & Mart.) Mart. mata de galeria
Costus warmingii O. G. Pedersen mata
Hedychyum coronariunm Koenig. mata de galeria
Renealmia alpinia (Rottb.) Maas mata de galeria
Renealmia exaltata L. f. mata de galeria
Renealmia dermatopetala K. Sch. mata de galeria
* Pabst & Dungs (1975)
* Warming (1973)
*+* Grulietti ez aí. (1987).
Flora vascular do Cerrado
539

ANEXO 3. Espécies invasoras /ruderais do bioma Cerrado.


Família / espécie Habito

ACANTHACEAE
*Thunbergia alata Bojer | trepadeira perene
Thunbergia grandiflora Roxb. ? trepadeira
*Thunbergia laurifolia Lindl. trepadeira

ALISMATACEAE
*Echinodorus grandiflorus Micheli. >? (= Echinodorus pubescens Seub. ex
Warm.) erva aquática
Sagittaria montevidensis Cham. & Schlecht.! erva aquática

AMARANTHACEAE
*Alternanthera brasiliana (L.) O. Kuntzeb? erva perene

Alternanthera ficoidea (L.) R. Br.b? erva perene

Alternanthera philoxeroides (Mart.) Griseb. | erva perene

Alternanthera tenella Colla? erva

Amaranthus deflexus L.”*? erva anual


*Amaranthus hibridus L. var. paniculatus (L.) Thell. *?
(=Amaranthus paniculatus Walf., Amaranthus candatus L.) erva anual
Amaranthus hibridus L. var. patulus (Betol.) Thell. »? erva anual
Amaranthus hvidus L.»*? erva anual
Amaranthus retroflexus L. ! erva anual
Amaranthus spinosus L.»? erva anual
Amaranthus viridis 1. ? erva anual
*Gomphrena celostoides Mart. ! erva perene

ANACARDIACEAE
Luithraea brasiliensis March. ? árvore

APOCYNACEAE
Allamanda cathartica L. ? arbusto
Nerium oleander L.? arbusto
*Plumeria rubra 1.º? erva
*Thevetia peruviana K. Schum.? arbusto
Tabernaemontana (Peschiera) Juschsiacfolia Miers. * arbusto
540 Roberta Cunha de Mendonça ez aí.

Continuação Anexo 3.
Família / espécie Hábito
ARACEAE
*Pistia stratiotes L.b? erva aquática
*Xanthosoma pentaphyllum (Nell) Engl? erva
Xanthosoma violaceum Schott.? erva

ARISTOLOCHIACEAE
*Aristolochia arcuata Mast.! trepadeira

ASCLEPIADACEAE
*Asclepias curassavica L. »? trepadeira
Calotrópis procera (Ast.) Ast. £.b? subarbusto

AZOLLACEAE
Agolla caroliniana Wild. * erva aquática

BIGNONIACEAE
*Crescentia cnjete L..* arbusto
*Pyrostegia venusta Miers »? trepadeira
Stenolobium stans Seem. ! arbusto
*Tecoma stans (L.) A. Juss. ex H.B. & K.? arbusto

BIXACEAE
*Bixa orellana L.* árvore

BORAGINACEAE
*Cordia corymbosa (L.) G. Don! subarbusto
*Cordia verbenacea DC. ? arbusto
Echium plantagineum L. erva anual
Heliotropium indicum L.»? erva anual
*Tournefortia paniculata Cham. * arbusto

BROMELIACEAE
“Ananas microstachys L. * erva perene

BUDDLEJACEAE
*Buddleja brasiliensis Jacg. f. ex Spreng. á arbusto
Flora vascular do Cerrado 541

Continuação Anexo 3.
Família / espécie Hábito
CAPPARACEAE
Cleome afjinis DC. 1 subarbusto
Cleome spinosa L. »? subarbusto

CAPRIFOLIACEAE
Sambucus nigra L.? arbusto

CARYOPHYLLACEAE
*Drymaria cordata (L..) Willd. ex Roem ex Schult. »? erva anual
Stellaria media (L.) Cynill.! erva anual

CERATOPHYLLACEAE
Ceratophyllum demersum L.' erva aquática

CECROPIACEAE
Cecropia argentea Vistani árvore
Cecropia peltata L. | árvore

CHENOPODIACEAE
Chenopodium album L. l erva anual
*Chenopodinm ambrosioides L. *? erva anual

CHRYSOBALANACEAE
Licania tomentosa Fritsch.? árvore

COMMELINACEAE
Commelina benghalensis L. »? erva perene
*Commelina nudiflora L. * erva perene
Commelina difjusa Burm. £.? erva
*Compmelina obliqua Vahl.? erva

COMPOSITAE (ASTERACEAE)
*Acanthospermum australe (Loelf.) O. Kuntze!? erva anual
Acanthospermum hispidum DC. »? erva anual
*Achyrockine satureioides (Lam.) DC. ! erva perene
542 Roberta Cunha de Mendonça ez aí.

Continuação Anexo 3.
Família / espécie
*Ageratum conyzoides L.»? erva anual
Ambrosia artemistoides (Wild) Meyen & Walp.? subarbusto
Ambrosia elatior L. (=Ambrosia artemistaefoha L.) ! erva anual
Ambrosia polystachya DC. (=Ambrosia maritma Nell.) * subarbusto
Arctium minor (Hill) Bernh. ! subarbusto
Artemisia verlotorum Lamotte »? erva perene
*Aster squamatus (Spreng.) Hieron ! erva perene
Baccharis coridifolia DC. ! erva perene
*Baccharis dracunculfolia DC. ' erva perene
*Baccharis trimera (Less.) DC. ! subarbusto
Bidens pilosa L. »? erva anual
Blainvillea rhomboidea Cass. erva anual
*Centratherum punciatum Cass. »? subarbusto
*Chaptalia integerrima (Nell) Burkart ! erva perene
Chaptalia nutans (L.) Polak ! erva perene
Conyza sumatrensis Walker erva perene
Cosmus caudatus H. B. & K. b? erva anual
Crepis japonica (L.) Benth.! erva anual
Eclipta alba Hassk. b? erva anual
*Elephantopus mollis H. B. & K.! erva perene
Emilia sagitatta (Vahl) DC. »? erva anual
Emilia sonchifolia DC. »? erva anual
Erechiites hieracifolia (L.) Rain. * erva anual
Erechtites valerianaefolia DC. * erva anual
Ergeron bonariensis L. * erva anual
*Eupatorium laevigatum Lam. »? subarbusto
*Eupatorium maximiliani Schrad. ex DC. b2 arbusto
Eupatorium parviflorum Sw? arbusto
Eupatorium pauciflorum H. B. & K.! arbusto
*Eupatorium squalidum DC. ' subarbusto
Galinsoga ciliata (Raf.) Blake! erva anual
Galinsoga parviflora Cav. * erva anual
Gnaphalium pensylvanicum Wild. * erva anual
Gnaphalium purpureum L. * erva anual
Hypochoeris brasiliensis Griseb. | erva anual
Flora vascular do Cerrado
543

Continuação Anexo 3.
Família / espécie
*Mikania cordifola (L.£.) Willd. ! trepadeira
Orthopappus angustifolius (Sw.) Gleason ! erva perene
Parthenium bysterophorus L. erva anual
Porophyllum ruderale (Jacq.) Cass. »? erva anual
Prerocaulon alopecuroides (Lam.) DC. ! erva perene
Prerocaulon lanatum O. Kuntze ! erva anual
Schkuhria pinnata (Lam.) O. Kuntze ! erva anual
Senecio brasiliensis Less. ! erva perene
Siegesbeckia orientalis L. * erva anual
Solidago chinensis Meyen | erva perene
Sonchus oleraceus L. | erva anual
Spilanthes acmella L. * erva perene
Synedrellopsis grisebachii Hieron et Kuntze ! erva perene
Tagetes minuta L.' subarbusto
Taraxacum ofjicinale Weber * erva perene
*Vernonia cognata Less. ! subarbusto
*Vernonia ferruginea Less.! arbusto
*Vernonia glabrata Less. ! arbusto
*Vernonia pobyanthes Less. ! arbusto
*Vernonia scorpioides (Lam.) Less.! arbusto
*Vedeha paludosa DC. ' erva perene
*WVulfia stenoglossa DC. ! arbusto
*Xanthium cavanillesit Schouw ! erva anual
*Xanthium spinosum L.* erva anual

CONVOLVULACEAE
*Ipomoea acuminata Roem et Schl. ! trepadeira
*Ipomoea aristolochiaefolia (H. B. & K.) Don. ! trepadeira
Ipomoea caírica (L.) Sweet. ! trepadeira
*Ipomoea coccinea L. (=(Quamoclit coccinea (L.) Moench.) »? trepadeira
Ipomoea fistulosa Mart. ex Choisy - trepadeira
*Ipomoea hederifolia L. ! trepadeira
*Ipomoea hederacea Jacq. (=Ipomoea nil (L.) Roth.) ! trepadeira
*Ipomoea purpurea Lam. ! trepadeira
*Ipomoea quamociit L. (=Quamociit pinnata (Desr.) Boj.) »? trepadeira
544 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 3.
Família / espécie Hábito
*acquemontia densiflora (Meissn.) Halher f. ! trepadeira
*Merremia aegyptia (L.) Urban. ! trepadeira
Merremia cissoides (Lam.) Hallier f.! trepadeira
Merremia dissecta (Jacq.) Hallier f. ! trepadeira
*Merremia macrocalyx (Ruiz & Pav.) O'Donnell ! trepadeira

CRUCIFERAE (BRASSICACEAE)
Brassica rapa L.* erva anual
Lepidium ruderale L.* erva anual
Lepidium virginicum L.' erva anual
Raphanus raphanistrum L.'! erva anual
Rapistrum rugosum (L.) All! erva anual
Sinapsts arvensis L. »? erva anual

CUCURBITACEAE
Cucumis anguria L. »? erva anual
Lagenaria vulgaris Ser. ? trepadeira
*Lufja cylindrica M. Roem (=Lufja acgyptica Mill.) »? trepadeira
Momordica charantia L..»? trepadeira

CUSCUTACEAE
*Cuscuta racemosa Mart. ! erva parasita

CYPERACEAE
*Bulbostylis capillaris (L.) C. B. Clark erva anual
Cyperus brevifolius (Rottb.) Hassk. »? erva perene
Cyperus esculentus L. »? erva perene
Cperus ferax L. C. Rich. | erva perene
Cyperus flavus (Vahl.) Nees ! erva perene
Cyperus iria L. erva perene
Cyperus lanceolatus Poir »? erva perene
Cyperus luzulae (L.) Retz. ! erva perene
Cperus rotundus L. erva perene
*Cyperus sesquiflorus (Torr.) Mattf. & Kukenth!? erva perene
Eleocharis elegans (H. B. & K.) Roem & Schult. ! erva perene
Flora vascular do Cerrado

Continuação Anexo 3.
Família / espécie Habito
*Eleocharis filiculmis Kunth. ! erva perene
*Fimbristylis autumnalis (L.) Roem. & Schult. | erva perene
*Fimbristylis httoralis Gaudich. (=Fzmbristylis miliacea (L.) Vahl) ! erva perene
*Rhynchospora corymbosa (L.) Britton (=Rhynchospora aurea Vahl) * erva perene
*Rbynchospora nervosa (Vahl) Bôeckel! erva perene
*Seleria pterota Presl. erva perene

DENNSTAEDTIACEAE
*Preridinm aquilinum (L.) Kunth. ! erva perene

*Preridinm aquilinum (1..) Kunh var. arachnoideum (Kaulf)) Brade erva perene

DILLENIACEAE
Dillenia indica 1.º árvore

DIOSCOREACEAE
*Dioscorea alata L.* trepadeira

EQUISETACEAE
*Equisetum giganteum L. (= Equisetum pyramidale Goldn.) ! erva perene

EUPHORBIACEAE
Aleurites moluccana Nilld.?
Caperonia palustris (L.) St. Hil. ! subarbusto
*Croton glandulosus L. | subarbusto
*Croton iobatus L.' subarbusto
*Croton lundianus M. Arg. subarbusto
Euphorbia heterophylla L. »? erva anual
Euphorbia hirta L. * erva anual
Eunphorbia hyssopifolia L. ! erva anual
Euphorbia prostrata Aút. ! erva anual
*atropha curcas L..? arbusto
*atropha urens M. Arg.) arbusto
Mabea fistulfolia Mart? árvore
Phyllanthus corcovadensis M. Atg.' erva anual
*Phyllanthus coralinensis Walt. ? erva
546 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 3.
Família / espécie Hábito
*Phyllanthus niruri Thumb. »? erva anual
Phyllanthus tenellus Roxb.? erva
Ricinus communis L. »? arbusto

GRAMINEAE (POACEAE)
*Andropogon bicornis L. * erva perene
Andropogon gayanus Kunth. ? erva perene
*Andropogon lencostachyus (Hack.) Hack. erva perene
Arundo donax L. * erva perene
Bambusa vulgaris Schrad. * erva perene
Brachiaria arrecta (Hack. ex Th. Dur. & Schinz) Stent. »? erva perene
Brachiaria decumbens Stapf. »? erva perene
Brachiaria mutica (Fotsk.) Stapf. »? erva perene
Brachiaria plantaginea (Link) Hitch. »? erva perene
Brachiaria ruziziensis Germain erva perene
Bromus catharticus Vahl ! erva anual
Cenchrus echinathus L. »? erva anual
Chloris pobidactyla (L.) Sw. | erva perene
Chloris radiata (L.) Sw. * erva perene
Cymbopogon citratus Staptf. erva anual
Cymbopogon densiflorus Staptf. erva
Cynodon dactylon (L.) Pers. »? erva perene
Dactyoctenium acgyptium (L.) Wailld. erva perene
Dendrocalamus giganteus Munro ? erva
Digitaria ciharis (Retz.) Koel. h? erva anual
Digitaria horizontalis Willd. ! erva anual
*Digitaria insularis (L.) Mez ex Ekman. ! erva perene
Echinochloa colonum (L.) Link. ! erva anual
Echinochioa crusgalh (L.) Beauv. * erva anual
*Echinochloa crus-pavonis (Kunth.) Schult. ! erva anual
Echinochloa polystachya (H. B. & K.) Hitch. ! erva perene
Eleusine indica (L.) Gaert. ! erva anual
Eragrostis acuminata Doell. * erva anual
*Eragrostis ciliaris (L.) R. Br. * erva anual
*Eragrostis pilosa (L.) Beauv. ! erva anual
Flora vascular do Cerrado

Continuação Anexo 3.
Família / espécie Habito
Eragrostis plana Nees | erva anual
*Hymenachne amplexicaulis (Rudge) Nees! erva perene
*Hyparrhenia rufa (Nees) Stapf. »? erva perene
*Lmperata brasiliensis Trin.* erva perene
Ischaemum rugosum Salisb. ' erva anual
*Leersia hexandra Sw. * erva perene
*Leptocioa filiformis (Lam.) Beauv erva anual
*Leprocloa virgata (L.) Beauv. | erva anual
Melinis minutiflora Beauv. »? erva perene
Oryza sativa L. »? erva anual
Panicum maximum Jacg. »*? erva perene
Panicum repens L. | erva perene
Panicum rivulare Trin. * erva perene
*Paspalum acuminatum Raddi ! erva anual
*Paspalum conjugatum Berg. * erva perene
*Paspalum conspermum Schrad. * erva perene
Paspalum dilatatum Pot. | erva perene
Paspalum distichum L. erva perene
Paspalum maritimum Tin. * erva perene
*Paspalum notatum Fluegge ! erva perene
*Paspalum paniculatum L. * erva anual
*Paspalum plicatulum Mich. * erva perene
Paspalum repens Betg. * erva anual
*Paspalum urvillei Steud. ! erva perene
Pennisetum clandestinum Hotchst. | erva perene
Pennisetum purpureum Schum. ! erva perene
Pennisetum setosum (Swraxtz) L. Rich. ! erva perene
Poa annua L. »? erva anual
Rhynchelytrum repens (Willd.) C. E. Hubb. ! erva anual
Rottboellia exaltata L. £. * erva anual
Setaria geniculata (Lam.) Beauv ! erva anual
*Setaria poiretiana (Schult.) Kunth. ! erva perene
Setaria verticillata (L..) Beauv. ! erva anual
*Setaria vulpiseta (Lamb.) Hitche. & Chase ! erva perene
*Sporobolus indicus (1..) R. Brown ! erva perene
548 Roberta Cunha de Mendonça et a/.

Continuação Anexo 3.
Família / espécie Hábito
Sporobolus poiretii (Roem & Schult.) Hitch. ! erva perene
Sorghum arundinaceum (Willd.) Stapf. ! erva anual
Sorghum bicolor (L.) Moench (=Sorghum vulgare Pers.) * erva perene
Sorghum halepense (L.) Pers. * erva perene
Tripsacum aestivum L. * erva
Tripsacum laxum Nash ? erva
Vetiveria sizanoides Stapf. erva anual

HALORAGACEAE
*Myriophyllum brasiliense Camb. ! erva aquática

HYDROCHARITACEAE
Egeria densa Planch. * erva aquática

HYPOXIDACEAE
*Curenligo scorsonenfolia Baker? erva
Hypoxis decumbens L. erva perene

IRIDACEAE
Gladiolus hibridus C. Mort. ? erva

JUNCACEAE
*uncus densiflorus H. B. & K.*? erva

LABIATAE (LAMIACEAE)
Hyptis brevipes Poit. | erva anual
*Hyptis lophanta Mart. ex Benth. ! erva anual
*Hyptis suaveolens (L.) Poit. »? erva anual
*Leonotis nepetifolia (L.) R. Br.»? subarbusto
Leonurns sibiricus 1. 2 erva bianual
Marsipianthes chamaedrys (Vahl) Kuntz. É erva anual
Ocimum spp.? erva anual
Melissa officinalis L.? erva perene
Mentha piperita Hs? erva anual
Rosmarinus officinalis L.? erva
Salia splendens Ker-Gawl. erva
Flora vascular do Cerrado
549

Continuação Anexo 3.
Família / espécie
LEGUMINOSAE
Abrus precatorins 1.2 trepadeira
Acacia baileyana F. Muell ? árvore
*Acacia plumosa Lowe | árvore
“Adenanthera pavonina L. árvore
*Aeschynomene falzata (Poir.) DC. ! erva anual
*Aeschynomene rudis Benth. ! arbusto
*Aeschynomene selloi Vog. ' subarbusto
Albisgia lebbek Benth? árvore
Arachis hypogaea L.? erva prostrada
Bauhinia candida Ait.? arbusto
*Banhinia forficata Link. * árvore
Brownea macrophylla Linden ? árvore
Caesalpinia pulcherrima Sw. arbusto
Cajanus cajan Druce ? arbusto
Canavalia ensiformis DC.? trepadeira
Cassia alata L. | arbusto
Cassia grandis L.? árvore
Cassia leptocarpa Benth. ! subarbusto
Cassia occidentalis L. * subarbusto
Cassia patellaria DC. | subarbusto
Cassia stamea Lam? arbusto
Centrolobium robustum Maxt. ex Benth.? árvore
*Chamaecrista flexuosa (L.) Greene (=Cassia flexnosa L.) * subarbusto
*Chamaecrista rotundifolia (Pers.) Greene (=Cassia rotundifolia Pers.) ! subarbusto
Clitoria racemosa G. Don ? árvore
Crotalaria anagyroides H. B. & K.! subarbusto
Crotalaria incana L. subarbusto
Crotalaria juncea L.? subarbusto
*Crotalaria lanceolata E. Mey. * subarbusto
*Crotalaria pallida Dryand. (=Crotalaria mucronata Desv.) ! subarbusto
Crotalaria spectabilis Roth. ! subarbusto
*Desmodinm adscendens (Sw) DC. ! subarbusto
*Desmodium barbatum (L.) Benth. »? subarbusto
*Desmodium incanum (Sw.) DC. (=Desmodium canum (CGmel.) Schins.
& Thellung,) »? subarbusto
550 Roberta Cunha de Mendonça ez aí

Continuação Anexo 3.
Família / espécie Hábito
*Desmodium tortuosum (Swrartz) DC. (=Desmodium purpureum (Mall.
Fawc. & Rendl.) ! subarbusto
Dolichus lablab L.? trepadeira
*Erythrina spectosa Tod. ? árvore
*Erythrina velutina Wild. ? árvore
*Indigofera hirsuta L. subarbusto
*Indigofera lespedezioides H. B. & K.? subarbusto
*Indigofera sufjruticosa Mil. »? arbusto
*Indigofera truxillensis H. B. & K.! arbusto
Lathyras sativus L.? subarbusto
Leucaena lemocephala (Lam) de Wet ? árvore
*Mimosa invisa Mart. * subarbusto
Mimosa pudica L.' subarbusto
Pachyrhizus sp.? subarbusto
*Perogyne nitens Tul.? árvore
Pueraria sp.? erva perene
*Senna hirsuta (L.) I. & B. (=Cassia hirsuta L.) ! arbusto
*Senna obtusifolia (L.) 1. & B. (=Cassia obtusifoha L., Cassia tora L.) | arbusto
*Sesbania exasperata H. B. & K.! arbusto
*S pylosanthes guianensis (Aubl.) Sw. ! subarbusto
*Stylosanthes viscosa Sw. * subarbusto
Stygolobium aterremum Piper & Tracy ? erva perene
Trifolium repens L.? erva perene
Vigna sinensis Endl. b? trepadeira
Zornia diphylla Pers. | erva

LEMNACEAE
Spirodela polyrhiza L. erva aquática

LILIACEAE
Nothoscordon fragrans Kunth. ! erva perene

LYTHRACEAE
*Cuphea carthagenensis (Jacq.) Macbr. | subarbusto
Cuphea mesostemon Koehne ! erva perene
Lafoensia ghprocarpa Koehne? átvote
Flora vascular do Cerrado
SoM

Continuação Anexo 3.
Família / espécie Hábito
MALPIGHIACEAE
Bunchosia glandulifera H. B. & K.? arbusto
*Byrsonima intermedia Adr. Juss. árvore
*anusta guaranitica Juss. trepadeira

MALVACEAE
Gaya pilosa K. Schum. | subarbusto
Malva parviflora L. erva bianual
Malvastrum coromandelianum (L.). Gurck. | subarbusto
Pavonia spinifex (L.). Cav. 1 subarbusto
Sida carpinifolia L. f. | subarbusto
*Sida cordifolia Forsk. »? subarbusto
1
Sida glaziovii K. Schum. subarbusto
Sida limifolia Cav. »? erva anual
Sida micrantha St. Hil. 1 subarbusto
Sida paniculata L. * subarbusto
Sida rhombifolia L. »? subarbusto
Sida tuberculata R. E. Fres ? subarbusto
Sida santaremnensis H. Mont. | subarbusto
Sida spinosa L. ! subarbusto
Sida urens L. »? erva bianual
Sida viarum A. St. Hil.? subarbusto
Sídastrum micranthum (St.Hil.) Fryxell ? subarbusto
Urena lobata L. »? subarbusto
Wissadula subpeltata (Kuntze) R. E. Fries ! arbusto

MARANTACEAE
Thalia geniculata L. * erva perene

MENISPERMACEAE
*Cissampelos glaberrima St. Hil. ! trepadeira

MENYANTHACEAE
*Nymphoides indica (L.) O. Kuntze | erva aquática

MOLLUGINACEAE
Mollugo verticillata L.. * erva anual
552 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 3.
Família / espécie
MORACEAE
Brosimum alicastrum Sw 2 arbusto
Ficus carica 1.º árvore
Ficus microcarpa Blume? arbusto

MYRTACEAE
Callistemon lanceolatus Sweet ? arbusto
Caryophyllus aromaticus L.? árvore
*Psidium guajava L.? arbusto

NYCTAGINACEAE
Boerhavia difjusa L. * erva bianual
Miriabilis jalapa L. erva bianual

NYMPHAEACEAE
Nymphaea ampla DC. ! erva aquática

ONAGRACEAE
Ludwigia sericea (Camb.) Hara | subarbusto
Ludwigia sufjruticosa (L.) Hara ! subarbusto

OXALIDACEAE
Oxalis corniculata L. »? erva perene
Oxalis latifolia H. B. & K.* erva perene
Oxalis martiana Zucc. +? erva perene
Oxalis refracta St. Hil. | erva anual

PASSIFLORACEAE
Passiflora edulis Sims.? trepadeira

PAPPAVERACEAE
“Argemone mexicana L. »? erva anual

PEDALIACEAE
Sesamum indicum L.? arbusto
Flora vascular do Cerrado

Continuação Anexo 3.
Família / espécie
PHYTOLACCACEAE
Phytolacca americana L. (=Phytolacca decandra L.) »? erva perene

PLANTAGINACEAE
Plantago major Lam. 1 erva perene
Plantago tomentosa Lam. ! erva perene

POLYGALACEAE
*Polygala paniculata L. (=Polygala brasiliensis L..) 2 erva anual
*Polygala violacea L. * erva anual

POLYGONACEAE
Fagopyrum esculentum Moench. »? erva anual
Polygonum acuminatum H. B. & K.! erva perene
Polygonum hidropiperoides Mich. * erva perene
Polygonum lepthopus erva
Polygonum spectabile Mart. * erva perene
Rumex crispus L. 1 erva perene

PONTEDERIACEAE
Eichornia azurea (Swartz.) Kunth. | erva aquática
Eichornia crassipes (Mart.) Solms. >? erva aquática
Heteranthera limosa Vahl * erva aquática
Heteranthera reniformis Ruiz & Pav. ! erva aquática
*Pontederia cordata L. * erva aquática
Pontederia ovata Hook. & Arn.? erva aquática
*Reussta rotundifolia (L. £)) Castell ? erva

PORTULACACEAE
Portulaca oleracea L. * erva anual
Talinum patens (Jacq.) Willd. º erva anual

PRIMULACEAE
*Anagallis pumila Sw." erva anual

RHAMNACEAE
*Colubrina glandulosa Perk.? subarbusto
554 Roberta Cunha de Mendonça et aí.

Continuação Anexo 3.
Família / espécie
ROSACEAE
Cydonea oblonga Mill.? arbusto
Enobotrya japonica Lindl.? árvore

RUBIACEAE
*Borreria capitata (Ruiz & Pav.) DC. »? erva perene
*Borreria latifolia (Aubl.) K. Schum. ! erva anual
*Borreria suaveolens G. E W. Meyer (=Borreria tenella Cham. & Schlecht.)* | erva perene
*Dzodia teres Walt. * erva anual
*Manettia igmta K. Schum. ! trepadeira
*Mitracarpus hirtus (L.) DC. ! erva anual
Richardia brastlensis Gomez ! erva anual
Richardia scabra L. * erva anual
* Spermacoce verticillata L. (=Borreria verticillata G. F. W. Meyer )! erva perene

RUTACEAE
Esenbeckia leiocarpa Engl. árvore
Ruta suaveolens DC.? subarbusto

SALVINIACEAE
Salvinia auriculata Aubl. * erva aquática
Salvinia rotundifolia Wild. * erva aquática

SAPINDACEAE
Cardiospermum halicacabum L.' trepadeira

SCROPHULARIACEAE
Globifera umbrosa (Walt.) J. F. Gmel. ! erva anual
Scoparia duleis L. »? erva anual

SOLANACEAE
Brunfelsia uniflora D. Don ? arbusto
Datura stramonium L. subarbusto
Nicandra physaloides (L.) Pers. ! erva anual
*Physalis angulata Walt. | erva anual
Flora vascular do Cerrado
Sea,

Continuação Anexo 3.
Família / espécie Hábito
Physalis pubescens L. * erva perene
Solanum aculeatissimum Jacq.' subarbusto
*Solanum americanum Mall. 1 erva anual
Solanum cihatum Lam. ! erva anual
Solanum erianthum D. Don.! arbusto
*Solanum bycocarpum St. Hil. ! arbusto
*Solanum paniculatum L.! arbusto
*Solanum sisymbrisfolium Lam. »? subarbusto
*Solanum varum Dunal! subarbusto

SMILACACEAE
*Smilax brasiliensis Spreng. | trepadeira

STERCULIACEAE (BYTTNERIACEAE)
Dombeya wallich Benth & Hook? arbusto
Melochia pyramidata L. erva perene
Sterculia chicha A. St. Hil.? árvore
*PValtheria indica L. 1 subarbusto

TILIACEAE
*Corchorus hirtus L. 1 erva anual
Triumfetta bartramia L.? subarbusto
*Triumfetta semitriloba Jacq.” subarbusto

TURNERACEAE
Turnera ulmifolia L. ! erva anual

TYPHACEAE
Typha angustifolia L. erva perene

ULMACEAE
Trema micrantha (L.) Blume ! árvore

UMBELIFERAE (APIACEAE)
Apium leprophyllum (Pers.) M. Arg." erva anual
Centella astatica (L.) Urban ! erva perene
556 Roberta Cunha de Mendonça et a/.

Continuação Anexo 3.
Família / espécie Hábito
Eryngium paniculatum Cav. & Domb. ex Dellar. i erva perene

Hydrocotyle umbellata L. erva perene

Parietaria officinalis L. * erva anual

URTICACEAE
Boehmeria nivea Gaud.? arbusto

VERBENACEAE
Callicarpa bodinieri Levl? arbusto
*Lantana camara L.º arbusto
*Lantana lilacina Dest. 1 arbusto
*Szachytarpheta cayennensis Schauer ! subarbusto
Verbena bonartensis L. subarbusto

ZINGIBERACEAE
*Hedychyum coronarium Koenig. »? erva perene

* Plantas também citadas nos Anexos 1 e 2


! Lorenzi (1991)
2 Filgueiras & Pereira (1994).
Apoio para a impressão:

Department for Internatiofal Development (DF


cooperação técnica “Conservação e Manejo da Bi
Embrapa Cerrados em parceria com o Departame
ca - UnB e Instituto Sociedade População e Natur
ste bra,

is e defesa do seu territ


tipos de solo, as

postiiidres testes;
desen volvimento

ISBN 85-20725-008-0

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