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P
ara se obter a recompensa da colheita, o maior esforço é
despendido no combate às plantas daninhas. Para tanto,
há que se conhecer a biologia das espécies, o hábitat e a
distribuição das mesmas, bem como meios eficazes de convi-
vência e controle ambientalmente sustentáveis. Esta publicação
sobre as espécies de plantas daninhas que ocorrem nas pasta-
gens do Paraná apresenta a descrição botânica, o comportamen-
to e a importância das mesmas, e ilustra o texto com centenas
de fotos e dezenas de mapas de distribuição de algumas espé-
cies no Estado. Para realizar este levantamento, o autor dividiu
o Estado em quatro regiões homogêneas e visitou, no período
de um ano, 167 propriedades representativas das áreas ocupa-
das com pastagens nessas quatro regiões. Identificou, descreveu,
agrupou as espécies, conforme os estudos mais recentes de filo-
genia e as listou em ordem de importância relativa, por região
de ocorrência. Esta publicação oferece ao público científico e Plantas Daninhas em
Pastagens do Paraná
universitário, a profissionais da extensão e a pecuaristas um ri-
quíssimo material para identificação de espécies e conhecimen-
to de sua distribuição e importância nas pastagens do Paraná.
ISBN 659962760-9
Diretor-Presidente
Natalino Avance de Souza
Diretora de Pesquisa e Inovação
Vania Moda Cirino
Diretor de Extensão Rural
Diniz Dias Doliveira
Diretor de Integração Institucional
Rafael Fuentes Llanillo
Diretor de Gestão Institucional
Solange Maria da Rosa Coelho
Diretor de Gestão de Negócios
Altair Sebastião Dorigo
Conselho Editorial
Vania Moda Cirino – Coordenadora
Diniz Dias Doliveira
Rafael Fuentes Llanillo
Belmiro Ruiz Marques
Álisson Néri
Autor
Walter Miguel Kranz
Londrina
2022
Produção Editorial
Três Criativos Ltda.
Distribuição
publicacoes@idr.pr.gov.br
(43) 3376-2482
(43) 99184-5992
Tiragem: 20 exemplares
Inclui bibliografia
ISBN 978-65-996276-0-6
CDU 632.3
P
ara se obter a recompensa da colheita, o maior esforço é despendido,
sem sombra de dúvidas, no combate às plantas daninhas. Para tanto,
há que se conhecer a biologia das espécies, o habitat e a distribuição
das mesmas, bem como meios eficazes de convivência e controle que sejam
ambientalmente sustentáveis.
O engenheiro-agrônomo Walter Miguel Kranz, pesquisador aposentado
do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR)*, iniciou sua carreira como
fitotecnista da cultura do feijão. No entanto, seu interesse pela identificação de
espécies vegetais, um hobby, foi descoberto por um colega, Fernando Almeida,
que o convidou para trabalhar na equipe de Herbologia, na qual passou a
contribuir na linha da botânica e taxonomia das espécies de plantas daninhas.
O pesquisador dedicou, apaixonadamente, grande parte de sua vida
profissional ao estudo da Botânica Econ mica de plantas, incluindo o estudo
da flora daninha ocorrente em todo o território do Paraná e parte do Brasil.
Dedicado, teve nesta linha de trabalho profícua produção. Divulgou, entre
tantos outros, uma nova metodologia de avaliação da competitividade e
importância das plantas daninhas; resultados de levantamentos de plantas
daninhas em cafezais, lavouras de soja e feijão; da fenologia e distribuição
da espécie Tecoma stans em pastagens; da ocorrência de Maranta sobolifera
como invasora; e de levantamento de plantas daninhas na região do arenito
paranaense. Em 2009, lançou o livro Ocorrência e Distribuição de Plantas
Daninhas no Paraná, que trata de diversas culturas anuais e algumas perenes,
em diferentes sistemas de preparo de solo, de acordo com a fertilidade do
mesmo, o método de controle aplicado, e conforme as estações do ano.
O autor finaliza sua carreira de pesquisa no IAPAR publicando esta
obra sobre as espécies de plantas daninhas que ocorrem nas pastagens do
Paraná, apresentando a descrição botânica, o comportamento e a importância
das mesmas, e ilustrando o texto com centenas de fotos e dezenas de mapas
*
Atualmente Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – IAPAR-EMATER.
Telma Passini
Engenheira-agrônoma
Dra. em Fitotecnia
Famílias e Espécies............................................................................. 31
Acanthaceae ................................................................................ 33
Amaranthaceae .......................................................................... 35
Anacardiaceae ............................................................................ 40
Annonaceae ................................................................................. 42
Apiaceae........................................................................................ 44
Apocynaceae ............................................................................... 51
Arecaceae ..................................................................................... 57
Asparagaceae .............................................................................. 59
Asteraceae.................................................................................... 61
Berberidaceae...........................................................................160
Bignoniaceae.............................................................................162
Boraginaceae.............................................................................176
Bromeliaceae ............................................................................186
Campanulaceae........................................................................193
Cannabaceae .............................................................................196
Celastraceae ..............................................................................198
Cucurbitaceae ...........................................................................201
Cyperaceae.................................................................................203
Dennstaedtiaceae....................................................................209
Euphorbiaceae..........................................................................213
Fabaceae .....................................................................................231
Lamiaceae...................................................................................286
Liliaceae ......................................................................................296
Lythraceae..................................................................................297
Malpighiaceae...........................................................................300
Malvaceae ...................................................................................302
Moraceae ....................................................................................324
Myrtaceae...................................................................................326
Nyctaginaceae...........................................................................330
Phytolaccaceae.........................................................................333
Piperaceae..................................................................................335
Poaceae........................................................................................337
Polygonaceae ............................................................................374
Rosaceae .....................................................................................380
Rubiaceae ...................................................................................388
Salicaceae ...................................................................................401
Sapindaceae...............................................................................405
Scrophulariaceae.....................................................................408
Smilacaceae ...............................................................................410
Solanaceae..................................................................................412
Trigoniaceae..............................................................................436
Typhaceae ..................................................................................438
Urticaceae...................................................................................440
Verbenaceae ..............................................................................442
Violaceae.....................................................................................458
Zingiberaceae............................................................................460
I ntrodu ç ã o
Nesta publicação, as espécies são relatadas em ordem alfabética
de família. Para agrupar as espécies em famílias botânicas, foram ado-
tados os resultados e as recomendações mais recentes dos estudos em
filogenia, a partir dos quais famílias botânicas foram mantidas, exclu-
ídas ou criadas, e alguns gêneros foram transferidos de uma família
para outra.
Para facilitar a consulta, são citados para cada espécie os princi-
pais sin nimos dos nomes científicos pelos quais as plantas são co-
nhecidas e os principais nomes comuns pelos quais as plantas são po-
pularmente conhecidas, com destaque em negrito para o nome mais
utilizado e que melhor caracteriza a espécie.
A descrição botânica e a descrição do comportamento das espécies
são sucintas, mas suficientes para sua identificação. São apresentadas
fotos para a maioria das espécies e mapas de distribuição para as mais
frequentes e importantes. Nestes, são apresentados os pontos do levan-
tamento; os que estão em negrito indicam onde a espécie foi observada.
Para o levantamento das plantas daninhas das pastagens, o Es-
tado do Paraná foi dividido em quatro regiões homogêneas, tanto
em relação ao comportamento das plantas forrageiras quanto ao das
plantas daninhas:
• Pteridófitas;
• Ciperáceas;
• ramíneas;
• Herbáceas anemocóricas; e,
• Herbáceas zoocóricas.
Importância1
Espécie Nome comum rupo Terceiro Campos Quarta
Estado Arenito
Austroeupatorium inuliifolium
Carqueja Perene arbustiva anemocórica 37539 674
Dasyphyllum tomentosum
rama-touceira ramínea perene 17580 7916 16
Espinho-agulha Perene arbustiva remanescente 16670 28 16603 39
Continua
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20
Chromolaena maximilianii
Alecrim-do-campo Perene arbustiva anemocórica 7980 2 10
Pterocaulon lanatum
Mata-pasto Perene herbácea anemocórica 7111 6007 973 131
Sida rhombifolia
Cambará-falso Perene herbácea anemocórica 4771 1 1
Crotalaria incana
uanxuma Anual herbácea zoocórica 4116 3199 528 345 43
Sida santaremensis
Crotalária-pilosa Anual herbácea zoocórica 3064 3056 2 6 1
Sida acuta
uanxuma-de-santarém Anual herbácea zoocórica 2835 2834
Imperata brasiliensis
Caraguatá-do-banhado Perene hebácea zoocórica 2729 2
Croton urucurana
Capim-barba-de-bode ramínea perene 1699
Amphilophium paniculatum
Urucurana Anual herbácea zoocórica 1290 1289 1
Dahlstedtia muehlbergiana
Cipó-d’água Perene trepadeira remanescente 1200 1200
Vernonanthura westiniana
Feijão-cru Perene arbustiva remanescente 1123 75 1043 4
Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – IAPAR-EMATER
Ocimum campechianum
Assa-peixe-roxo Perene herbácea anemocórica 831 16 1 813 1
Rumex obtusifolius
Alfavaca-do-mato Perene hebácea zoocórica 777 775 1
Palicourea marcgravii
Língua-de-vaca Perene hebácea zoocórica 708 1 707 1
Cafezinho Perene arbustiva remanescente 517 1 516 1
Continua
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Livro 1 - Plantas Daninhas.indb 21
Tabela 1. Continuação.
Importância1
Espécie Nome comum rupo Terceiro Campos Quarta
Estado Arenito
Cenchrus echinatus
Planalto2 Nativos região3
Capim-carrapicho ramínea anual 515 515
Mansoa difficilis
Citrus x limon Limão-cravo Perene arbustiva zoocórica 492 7 480 5
Heimia myrtifolia
Cipó-de-corda Perene trepadeira remanescente 471 469 2
Lobelia exaltata
Erva-da-vida Perene arbustiva zoocórica 437 13 424
Senna occidentalis
Lobélia Anual herbácea zoocórica 428 427 1
Solanum palinacanthum
Fedegoso-preto Anual herbácea zoocórica 416 408 8 1
Solanum guaraniticum
Joá-bagudo Perene hebácea zoocórica 399 161 235 1 2
Vernonanthura tweedieana
Jurubeba-do-sul Perene hebácea zoocórica 396 394 1 1
Machaerium stipitatum
Assa-peixe-de-laguna Perene herbácea anemocórica 386 385
Baccharis articulata
Sapuva Perene arbustiva remanescente 369 363 6 1
Persicaria maculosa
Carquejinha Perene arbustiva anemocórica 304 304
Bauhinia forficata
Erva-de-bicho Anual herbácea zoocórica 303 2 301
Scleria gaertneri
Pata-de-vaca Perene arbustiva anemocórica 285 53 232
Plantas Daninhas em Pastagens do Paraná
Mimosa setosa
Capim-navalha Ciperácea perene 231 1 229
Bromelia balansae
Maricá Perene arbustiva zoocórica 222 11 34 3 175
Senna obtusifolia
Caraguatá-de-cerca Perene hebácea zoocórica 152 27 121 2 2
Indigofera hirsuta
Fedegoso-branco Anual herbácea zoocórica 141 136 5
Aloysia virgata
Anileira-rasteira Anual herbácea zoocórica 139 133 6
Aeschynomene americana
Lixeira Perene arbustiva remanescente 111 110
Machaerium aculeatum
Angiquinho Anual herbácea zoocórica 106 106
21
Centratherum punctatum
Espinho-bico-de-pato Perene arbustiva remanescente 91 12 78
Perpétua-do-mato Perene hebácea zoocórica 88 88
Continua
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22
Cestrum laevigatum
Planalto2 Nativos região3
Typha domingensis
Coerana-branca Perene arbustiva zoocórica 75 1 74
Indigofera suffuticosa
Tabôa Perene herbácea anemocórica 72 2 60 11
Annona silvatica
Anileira-de-vagem-torta Perene arbustiva zoocórica 71 67 3 1
Cestrum strigillatum
Araticum Perene arbustiva remanescente 70 2 58 9
Baccharis serrulata
Coerana-da-flor-verde Perene arbustiva zoocórica 68 68
Sida cordifolia
assoura-medulosa Perene herbácea anemocórica 61 1 61
Cyperus odoratus
uanxuma-coração Anual herbácea zoocórica 60 52 8
Baccharis anomala
Tiriricão Ciperácea perene 55 2 47 6
Solanum sisymbriifolium
Parreirinha Perene herbácea anemocórica 52 25 1 26
Melinis repens
oá-vermelho Anual herbácea zoocórica 45 2 43
Senegalia lowei
Capim-favorito ramínea perene 44 42 1
Mimosa debilis
Arranha-gato-avermelhado Perene arbustiva anemocórica 39 9 27 2
Psychotria fractistipula
Dormideira-folha-larga Perene arbustiva zoocórica 38 36 2
Hedychium coronarium
Cafezinho-de-flor-branca Perene arbustiva remanescente 37 19 15 3
Mimosa invisa
Lírio-do-brejo Perene hebácea zoocórica 33 33
Pterocaulon virgatum
Dormideira Perene arbustiva zoocórica 31 2 29
Randia nitida
Branqueja Anual herbácea anemocórica 24 12 10 1
Solanum viarum
Espinho-de-cruz Perene arbustiva remanescente 23 13 9 1
Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – IAPAR-EMATER
Trigonia nivea
Joá Anual herbácea zoocórica 22 2 19 1 1
Cestrum intermedium
Cipó-prata Perene trepadeira remanescente 20 20
Coerana Perene arbustiva zoocórica 20 2 17 2
Continua
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Livro 1 - Plantas Daninhas.indb 23
Tabela 1. Continuação.
Importância1
Espécie Nome comum rupo Terceiro Campos Quarta
Estado Arenito
Citharexylum myrianthum
Planalto2 Nativos região3
Paspalum urvillei
Tucaneira Perene arbustiva remanescente 20 19 1
Ricinus communis
Capim-das-estradas ramínea perene 20 3 12 5
Aegiphila integrifolia
Mamona Anual herbácea zoocórica 19 5 14
Bromelia antiacantha
Tamanqueiro Perene arbustiva remanescente 19 2 17 1
Leonurus sibiricus
Caraguatá Perene hebácea zoocórica 19 19
Pterocaulon angustifolium
Rubim Anual herbácea zoocórica 19 18 1
Cirsium vulgare
Branqueja-fina Anual herbácea anemocórica 19 19
Ocimum gratissimum
Cardo-negro Anual herbácea anemocórica 17 14 1
Mesosphaerum suaveolens
Alfavacão Perene arbustiva zoocórica 17 10 7
Erigeron canadensis
Cheirosa Anual herbácea zoocórica 16 9 6 1
Paspalum conjugatum
Buva Anual herbácea anemocórica 16 2 13
Seguieria langsdorffii
Capim-marreca ramínea perene 15 1 14 1
Dolichandra unguis-cati
Limãozinho Perene arbustiva remanescente 14 10 3 1
Plantas Daninhas em Pastagens do Paraná
Elephantopus mollis
Unha-de-gato Perene trepadeira remanescente 14 8 2 3
Sebastiania klotzschiana
Erva-grossa Anual herbácea zoocórica 13 8 3 1 2
Maclura tinctoria
Branquilho Perene arbustiva remanescente 13 4 5 5
Synedrella nodiflora
Amoreira-de-espinho Perene arbustiva remanescente 12 2 10 1
Schinus terebinthifolius
Corredeira Perene hebácea zoocórica 12 10 2
Chromolaena squalida
Aroeira-vermelha Perene arbustiva zoocórica 10 3 6
Campomanesia xanthocarpa
Casadinha Perene herbácea anemocórica 9 9 1
23
Mikania cordifolia
uabirobeira Perene arbustiva remanescente 9 1 7 1
Falso-guaco Perene herbácea anemocórica 9 1 3 3 3
Continua
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24
Setaria parviflora
Planalto2 Nativos região3
Rubus rosifolius
Capim-rabo-de-raposa ramínea anual 9 9
Hipoestes phyllostachya
Framboesa-silvestre Perene arbustiva zoocórica 9 9
Buddleja stachyoides
Cara-sardenta Perene hebácea zoocórica 9 8 2
Vassobia breviflora
Calção-de-velho Perene hebácea zoocórica 9 6 3
Acanthospermum australe
Espinho-de-porco Perene arbustiva zoocórica 9 5 4
Carrapicho-rasteiro Anual herbácea zoocórica 9 5 4
Sidastrum paniculatum
Anemopaegma sp. Cipó-de-orelha. Perene trepadeira remanescente 8 8
Sidastrum micranthum
Malva-roxa Anual herbácea zoocórica 8 5 3 1
Praxelis diffusa
Falsa-guanxuma Anual herbácea zoocórica 8 4 4
Zanthoxylon fagara
Botão-azul Anual herbácea anemocórica 8 3 4
Smilax campestris
Mamica-de-porca Perene arbustiva remanescente 8 2 5 1
Pisonia aculeata
Japecanga Perene trepadeira remanescente 8 2 2 3
Casearia silvestris
Espora-de-galo Perene arbustiva remanescente 7 3 4
Urera baccifera
uaçatonga Perene arbustiva remanescente 7 2 4 2
Xylosma ciliatifolia
Urtigão Perene arbustiva zoocórica 7 2 4 1
Espinho-de-judeu Perene arbustiva remanescente 7 2 2 3
Piper aduncum
Serjania sp. Cipó-cruz Perene trepadeira remanescente 7 1 5 1
Pterogyne nitens
Pimenta-de-macaco Perene arbustiva zoocórica 7 6
Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – IAPAR-EMATER
Acrocomia aculeata
Amendoim Perene arbustiva remanescente 6 6
Crotalaria lanceolata
Macaúba Perene arbustiva zoocórica 6 6
Crotalária-de-folha-estreita Anual herbácea zoocórica 6 4 2
Continua
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Livro 1 - Plantas Daninhas.indb 25
Tabela 1. Continuação.
Importância1
Espécie Nome comum rupo Terceiro Campos Quarta
Estado Arenito
Lantana camara
Planalto2 Nativos região3
Lantana fucata
Cambará Perene arbustiva zoocórica 6 2 3 2
Ananas comosus
Cambará-roxo Perene hebácea zoocórica 6 2 1 3
Machaerium dolongifolium
Ananás-selvagem Perene hebácea zoocórica 5 4
Biancaea decapetala
Cateretê Perene arbustiva remanescente 5 2 3 1
Cordia americana
Espinho-de-cêrca Perene arbustiva zoocórica 5 2 3 1
Machaerium scleroxylon
uajuvira Perene arbustiva anemocórica 5 1 3 1
Momordica charantia
Caviúna-vermelha Perene arbustiva remanescente 5 1 2 2
Rubus urticifolius
Melão-de-são-caetano Anual herbácea zoocórica 5 4 1
Chevreulia sarmentosa
Amoreira-preta Perene arbustiva zoocórica 5 3 1
Byrsonima intermedia
Macelinha-rasteira Perene herbácea anemocórica 5 2 1 1
Pyrostegia venusta
Cangiqueira Perene trepadeira remanescente 4 3 1
Agave americana
Cipó-de-são-joão Perene trepadeira remanescente 4 2 2 1
Varronia polycephala
Agave Perene hebácea zoocórica 4 2 2
Plantas Daninhas em Pastagens do Paraná
Asclepias curassavica
Falsa-balieira Anual herbácea zoocórica 4 1 3 1
Muellera campestris
Falsa-erva-de-rato Perene herbácea anemocórica 4 1 3 1
Ruprechtia laxiflora
Rabo-de-bugio Perene arbustiva remanescente 4 1 3
Cordia trichotoma
Marmeleiro Perene arbustiva remanescente 4 1 3
Celtis iguanaea
Louro-pardo Perene arbustiva anemocórica 4 1 2 2
Solanum paniculatum
Esporão-de-galo Perene arbustiva remanescente 4 1 2 1
Mimosa pudica
Jurubeba Perene hebácea zoocórica 4 1 2 1
25
Continua
27/06/2022 09:34:17
26
Amaranthus spinosus
Planalto2 Nativos região3
Setaria sulcata
Caruru-de-espinho Anual herbácea zoocórica 4 3 1
Capim-palmeirinha ramínea perene 4 3 1
Rubus brasiliensis
Cestrum strigilatum var. calycinum Coerana-pilosa Perene arbustiva zoocórica 4 3 1
Waltheria indica
Amoreira-branca Perene arbustiva zoocórica 4 1 3
Hebanthe erianthos
Malva-branca Anual herbácea zoocórica 3 2 1 1
Wissadula hernandioides
Corango-açu Perene trepadeira remanescente 3 2 1 1
Berberis laurina
Malva-estrela Anual herbácea zoocórica 3 1 1 1
Campomanesia guazumifolia
São joão Perene arbustiva remanescente 3 1 2
Arctium minus
Sete-capotes Perene arbustiva remanescente 3 3 1
Solanum atropurpureum
Bardana Anual herbácea zoocórica 3 3
Heliotropium transalpinum
Joá-de-espinho-preto Anual herbácea zoocórica 3 3
Bougainvillea glabra
Borragem-crista-de-galo Perene hebácea zoocórica 3 3
Solidago chilensis
Primavera Perene arbustiva remanescente 3 2 1
Solanum ramulosum
Erva-lanceta Perene herbácea anemocórica 3 2 1
Cordia ecalyculata
Rapa-guela Perene hebácea zoocórica 3 2 1
Myrocarpus frondosus
Porangaba Perene arbustiva remanescente 3 2
Xanthium strumarium
Cabreúva Perene arbustiva remanescente 3 2
Lantana trifolia
Carrapichão Anual herbácea zoocórica 3 1 2
Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – IAPAR-EMATER
Pluchea sagittalis
Cambará-de-três-folhas Perene arbustiva zoocórica 3 1 2
Lessingianthus glabratus
Erva-lucera Anual herbácea anemocórica 2 2 1
Maytenus aquifolium
Assa-peixe-roxo-menor Perene herbácea anemocórica 2 2
Espinheira-santa-maior Perene arbustiva remanescente 2 1 1 1
Continua
27/06/2022 09:34:17
Livro 1 - Plantas Daninhas.indb 27
Tabela 1. Continuação.
Importância1
Espécie Nome comum rupo Terceiro Campos Quarta
Estado Arenito
Dysphania ambrosioides
Planalto2 Nativos região3
Tagetes minuta
Erva-de-santa-maria Anual herbácea zoocórica 2 1 1
Myriopus paniculatus
Cravo-de-defunto Anual herbácea zoocórica 2 1 1
Vachellia farnesiana
Marmelinho Perene arbustiva zoocórica 2 1 1
Lippia alba
Esponjinha Perene arbustiva zoocórica 2 2
Jungia floribunda
Erva-cidreira-brasileira Perene arbustiva zoocórica 2 2
Symphyotrichum subulatum
Erva-de-mula Perene herbácea anemocórica 2 2
Prunus myrtifolia
Falso-mio-mio Anual herbácea anemocórica 2 1
Verbena littoralis
Pessegueiro-bravo Perene arbustiva remanescente 2 1
Ambrosia polystachya
Erva-de-pai-caetano Perene hebácea zoocórica 2 1
Solanum robustum
Cravorana Anual herbácea zoocórica 2 2
Panicum repens
Falsa-jurubeba Anual herbácea zoocórica 2 1
Soliva sessilis
Capim-torpedo ramínea perene 2 2
Alysicarpus vaginalis
Roseta Anual herbácea zoocórica 2 1
Plantas Daninhas em Pastagens do Paraná
Leonotis nepetifolia
Amendoinzinho Anual herbácea zoocórica 1 2
Cardiospermum halicacabum
Cordão-de-frade Anual herbácea zoocórica 1 1 1
Cantinoa americana
Balãozinho Anual herbácea zoocórica 1 1 1
Parthenium histerophorus
Cheirosa-de-espiga Anual herbácea zoocórica 1 1
Senna hirsuta
Losna-branca Anual herbácea zoocórica 1 1
Spermacoce latifolia
Fedegoso-peludo Anual herbácea zoocórica 1 1
Stachytarpheta cayennensis
Erva-quente Anual herbácea zoocórica 1 1
27
Cinagrostis viridiflavescens
ervão-azul Anual herbácea zoocórica 1 1
Capim-campos-novos ramínea perene 1 1
Continua
27/06/2022 09:34:17
28
Cnidoscolus urens
Planalto2 Nativos região3
Pombalia communis
Cansanção Perene arbustiva zoocórica 1 1
Rumex crispus
Bandeira-branca Perene hebácea zoocórica 1 1
Baccharis leucocephala
Língua-de-vaca-crespa Perene hebácea zoocórica 1 1
Lilium longiflorum
assoura-branca Perene herbácea anemocórica 1 1
Chrysolaena cognata
Lírio-branco Perene herbácea anemocórica 1 1
Carduus acanthoides
Cambarazinho-roxo Perene herbácea anemocórica 1 1
Carduus pycnocephalus
Cardo-chileno Anual herbácea anemocórica 1 1
Baccharis coridifolia
Cardo Anual herbácea anemocórica 1 1
Eleusine indica
Mio-mio Perene herbácea anemocórica 1 1
Lantana canescens
Capim-pé-de-galinha ramínea perene 1
Sphagneticola trilobata
Cambará-branco Perene hebácea zoocórica 1
Orthopappus angustifolius
edélia Perene hebácea zoocórica 1
Ageratum conyzoides
Língua-de-vaca-branca Perene herbácea anemocórica 1
Chaptalia integerrima
Mentrasto Anual herbácea anemocórica
Chaptalia nutans
Paraquedas Anual herbácea anemocórica
Conyza primulifolia
Paraquedas-de-folhas-cortadas Anual herbácea anemocórica
Erigeron bonariensis
Buva-do-chile Anual herbácea anemocórica
Erechtites hieracifolia
Buva-de-buenos-aires Anual herbácea anemocórica
Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – IAPAR-EMATER
Erechtites valerianifolius
Capiçoba Anual herbácea anemocórica
Praxelis clematidea
Caruru-amargoso Anual herbácea anemocórica
Botão-azul-lustroso Anual herbácea anemocórica
Continua
27/06/2022 09:34:17
Livro 1 - Plantas Daninhas.indb 29
Tabela 1. Continuação.
Importância1
Espécie Nome comum rupo Terceiro Campos Quarta
Estado Arenito
Gamochaeta purpurea
Planalto2 Nativos região3
Hypochoeris radicata
Macela-fina Anual herbácea anemocórica
Silybum marianum
Almeirão-do-campo Anual herbácea anemocórica
Tridax procumbens
Cardo-mariano Anual herbácea anemocórica
Acalypha gracilis
Erva-de-touro Anual herbácea anemocórica
Ammi majus
Tapa-buraco Anual herbácea zoocórica
Centaurea solstitialis
Amio-maior Anual herbácea zoocórica
Conium maculatum
Cardo-amarelo Anual herbácea zoocórica
Crotalaria micans
Funcho-selvagem Anual herbácea zoocórica
Crotalaria pallida
Crotalária-guirá Anual herbácea zoocórica
Cynoglossum amabile
Crotalária-pálida Anual herbácea zoocórica
Diodella teres
Língua-de-cachorro Anual herbácea zoocórica
Malvastrum coromandelianum
Mata-pasto-do-cerrado Anual herbácea zoocórica
Microstachys corniculata
Malvastro Anual herbácea zoocórica
Plantas Daninhas em Pastagens do Paraná
Sida cerradoensis
uanxuma-de-chifre Anual herbácea zoocórica
Sida glaziovii
uanxuma-do-cerrado Anual herbácea zoocórica
Sida linifolia
unxuma-branca Anual herbácea zoocórica
Sida lonchites
uanxuma-fina Anual herbácea zoocórica
Sida potentilloides
uanxuma-preta Anual herbácea zoocórica
uanxuma-rosa Anual herbácea zoocórica
29
Continua
27/06/2022 09:34:18
30
Sida spinosa
Planalto2 Nativos região3
Sida urens
uanxuma-espinhosa Anual herbácea zoocórica
Sida viarum
uanxuma-rasteira Anual herbácea zoocórica
Triumfetta semitriloba
uanxuma-dos-caminhos Anual herbácea zoocórica
Xanthium spinosum
Juta-nacional Anual herbácea zoocórica
Carrapicho-de-espinho Anual herbácea zoocórica
Adenocalymma peregrinum
Sporobolus indicus var. exilis Capim-moirão ramínea perene
Cestrum corymbosum
Ciganinha Perene arbustiva anemocórica
Heimia salicifolia
Coerana-amarela Perene arbustiva zoocórica
Croton calonervosus
Erva-da-vida-maior Perene arbustiva zoocórica
Croton allemii
elame-nervoso Perene arbustiva zoocórica
Mimosa ramosissima
elame-do-rambo Perene arbustiva zoocórica
Citrus trifoliata
uqueri Perene arbustiva zoocórica
Ananas comosus
Poncirus Perene arbustiva zoocórica
Dichondra microcalyx
Abacaxi-silvestre Perene hebácea zoocórica
Solanum asperolanatum
Rodela-de-cavalo Perene hebácea zoocórica
Chevreulia acuminata
Jurubeba-grande Perene hebácea zoocórica
Vernonanthura oligactoides
Macelinha-rasteira-verde Perene herbácea anemocórica
Adenocalymma marginatum
Cambarazinho-do-campo Perene herbácea anemocórica
Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – IAPAR-EMATER
1
Valores relativos ao de Vernonanthura polyanthes; valores em negrito representam as 10 espécies mais importantes no Estado e em cada Região Pastoril Homogênea.
Cipó-de-vaqueiro Perene trepadeira remanescente
2
Terceiro Planalto: área geográfica do Terceiro Planalto, exceto as áreas do Arenito e dos Campos Nativos.
3
Quarta Região: área geográfica do Primeiro e Segundo Planalto, exceto a área que compreende os Campos Nativos, o Litoral e o Vale do Ribeira.
27/06/2022 09:34:18
Livro 1 - Plantas Daninhas.indb 31 27/06/2022 09:34:18
Livro 1 - Plantas Daninhas.indb 32 27/06/2022 09:34:18
Plantas Daninhas em Pastagens do Paraná
33
Acanthaceae A
Hipoestes phyllostachya Baker B
SINÔNIMO
Eranthemum sanguinolentum Hort. van Houtte
C
NOMES COMUNS
Cara-sardenta, face-sardenta, confete
D
ORIGEM
Espécie originária de Madagascar. Cultivada em muitos países pelas suas folhas orna-
E
mentais.
F
P
lanta herbácea, perene, zoocórica. Sistema radicular pivo- L
tante, vigoroso, profundo; raízes laterais finas e ramificadas
exploram com eficiência os recursos naturais superficiais M
do solo. Caules quadrangulares, ângulos agudos, atingem cerca de
80 cm de altura, ramificados na parte inferior e na parte superior, N
junto da inflorescência. Folhas pecioladas, pecíolos tomentosos,
com cerca de 3 cm de comprimento. Limbos oblongos a ovalados, P
no máximo duas vezes mais longos do que largos, ápice obtuso
a agudo, margens inteiras, às vezes onduladas, de tonalidades R
avermelhadas ou mais claras e o restante do limbo verde ou aver-
melhado, com 4-5 pares de nervuras laterais vermelhas ou aver- S
melhadas, tomentosas em ambas as faces. Inflorescências em paní-
culas eretas, terminais e com poucos ramos, no máximo 20 cm de T
comprimento; brácteas foliosas ovado-lanceoladas, mais curtas do
que o cálice; bractéolas unidas pela metade, hialinas, as bractéo-
las interiores lanceoladas, livres, hialinas. Cálice com 5 lobos, seg-
U
mentos lineares, ciliados; corolas arroxeadas, lado interno branco
com pontuações roxas, tubo delgado de 5-7 mm de comprimento,
V
ereto ou curvado e prolongado em dois lábios. Fruto cápsula, com
até 4 sementes orbiculares e rugosas.
Z
Amaranthaceae A
Amaranthus spinosus L. B
SINÔNIMOS
Amaranthus diacanthus Raf., Amaranthus caracasanus HBK.
C
NOMES COMUNS
Caruru-de-espinho, bredo-de-espinho, caruru-bravo, caruru-de-porco
D
ORIGEM
Espécie originária da América tropical, dispersa por todas as regiões do mundo.
E
F
P
lanta herbácea, anual, zoocórica. Raiz principal pivotante, bem
desenvolvida e profunda, raízes laterais longas e superficiais. L
Caule robusto, fibroso, ramificado, cilíndrico, estriado, glabro,
piloso nos ramos novos; apresenta dois espinhos agudíssimos de até M
2 cm de comprimento junto de cada axila das folhas. Folhas alternas
simples, pecíolo de até 9 cm de comprimento; limbo oblongo a lance- N
olado, ápice agudo, base atenuada, decorrente, cerca de duas vezes e
meia mais longo do que largo; margem levemente ondulada; coloração
verde-escura à avermelhada. As folhas podem apresentar manchas ir-
P
regulares e esbranquiçadas na face superior. Inflorescências em espi-
gas terminais densas, de até 20 cm de comprimento; espigas menores
R
ou glomérulos nas axilas das folhas, nas partes superiores da planta.
Flores sésseis, protegidas por duas brácteas menores do que as tépa- S
las e terminadas por um apículo ou por uma longa arista em forma de
espinho. Possuem cinco tépalas amarelo-esverdeadas, castanhas, rosa- T
das ou esbranquiçadas, com a nervura principal verde e saliente. Fruto
pixídio unilocular e unisseminado. Sementes lenticulares de menos de U
1 mm de diâmetro e 0,5 mm de espessura. As sementes germinam pre-
dominantemente na primavera. As plantas florescem durante o verão e V
o outono. A maturação acontece logo após o florescimento, que ocorre
de forma sequencial. A produção de sementes é altíssima, mas a per-
centagem de germinação e formação de novas plantas é muito baixo.
Z
SINÔNIMOS
Chenopodium obovatum Miq., Chenopodium retusum Juss. ex Moq., Chenopodium
anthelminticum L., Ambrina antihelmintica Spach., Ambrina ambrosioides Spach.,
Atriplex ambrosoides Crautz.
NOMES COMUNS
Erva-de-santa-maria, ambrósia, quenopódio, mastruço, erva-mata-pulga
ORIGEM
Espécie originária do México, dispersa por todas as regiões tropicais e subtropicais do
mundo como planta medicinal e invasora.
P
lanta anual, herbácea, zoocórica. Raiz pivotante vigorosa, rami-
ficada; raízes laterais abundantes, mas pouco desenvolvidas.
Caule cilíndrico, verde ou avermelhado, muito ramificado, ra-
mos inferiores maiores, diminuindo de tamanho da base para o ápice.
SINÔNIMOS
Gomphrena paniculata (Mart.) Moq., Hebanthe paniculata Mart.
NOME COMUM
Corango-açu
ORIGEM
Espécie com ocorrência em toda a América do Sul, em áreas tropicais e subtropicais.
P
lanta perene, remanescente, subarbustiva, liana, zoocórica. Sis-
tema subterrâneo formado por um xilopódio gemífero e raízes
grossas, carnosas, fasciculadas. Do xilopódio partem caules as-
cendentes, muito ramificados, pilosos quando novos e glabros pos-
teriormente, pelos simples. Folhas curto-pecioladas, opostas, limbo
elíptico a ovado-elíptico, de 5-9 cm de comprimento por 3-6 cm de
largura, ápice agudo ou obtuso, base arredondada, pilosa, tricomas
alvos ou ferrugíneos, mais abundantes na parte inferior do limbo. In-
florescência paniculada, terminal ou axilar; pedúnculo piloso com ra-
mos primários verticilados, bráctea primária central ovalada, pilosa e
uninervada, laterais arredondadas. Flores alvacentas ou amareladas;
tépalas ovaladas a oblongas, obtusas, 3-4 mm de comprimento, exter-
nas trinervadas e pilosas, internas uninervadas e com tricomas alon-
gados; anteras ovais; ovário globoso; estigma papiloso. Fruto cápsula
unisseminada, inclusa no interior das tépalas persistentes; semente
lenticular. Plantas trepadeiras ou escandentes, de crescimento muito
vigoroso; ramos que partem do xilopódio ou da base dos ramos cor-
tados crescem sobre as plantas forrageiras ou qualquer outro suporte,
formando grandes moitas exclusivas ou associadas a outras invasoras.
Planta encontradiça no estado, dispersa nos Planaltos, em pas-
tagens de braquiárias, estrela-africana, hemártrias, panicuns, capim-
-jaraguá, grama-mato-grosso e grama-sempre-verde, independente-
mente da intensidade de pastejo e dos sistemas de manejo das plantas
invasoras. Tem preferência por solos com níveis médios ou altos de
Anacardiaceae
Schinus terebinthifolius Raddi
SINÔNIMOS
Schinus aroeira Vell., Schinus rhoifolius Mart., Schinus mucronulata Mart., Schinus
terebinthifolius Raddi var. aroeira (Vell.) March.
NOMES COMUNS
Aroeira-vermelha, aroeira-do-campo, aroeirinha, aroeira-do-brejo, coração-de-bu-
gre, fruta-de-sabiá, aroeira-de-sabiá, aroeira-preta
ORIGEM
Espécie nativa da América do Sul, da Venezuela ao Norte da Argentina e Uruguai. Leva-
da para muitos países para ser cultivada como planta ornamental ou para falsificação
da pimenta-do-reino, pois os frutos da aroeira-vermelha foram muito utilizados nessa
adulteração. Saiu de controle e tornou-se invasora.
Á
rvores de até 15 m de altura e disseminação zoocórica. Sis-
tema radicular pivotante e profundo, eventualmente as raí-
zes superficiais emitem brotações. O caule atinge 20 cm de
diâmetro, ramifica intensamente e rebrota quando cortado. Ramos
novos eretos e flexíveis, pubescentes a glabros. Folhas compostas,
imparipenadas, glabras, glabrescentes até pilosas, 6-20 cm de com-
primento por até 9 cm de largura, com 3-9 pares de folíolos. Folíolos
elípticos a oblongos ou linear-lanceolados, ápice agudo, acuminado
ou obtuso, base cuneada a obtusa, margem inteira, serreada, crena-
da ou denteada, levemente assimétrica na base, 1,5-6,0 vezes mais
compridas do que largas; nervuras bem evidentes, membranáceas a
coriáceas; raque alada; pecíolo de comprimento variável, até 4 cm, e
alado na parte superior. Inflorescências em panículas laxas ou den-
sas, mais desenvolvidas nas plantas masculinas, terminais ou axila-
res nos ramos novos, sempre menores do que as folhas, muitas vezes
pilosas; brácteas permanentes ou caducas na floração, 1,0-1,5 mm
de comprimento; bractéolas menores. Flores pentâmeras, pedicelo
articulado, quase cônico; receptáculo resinoso; sépalas deltoides até
Annonaceae
Annona silvatica Saint-Hil.,
SINÔNIMOS
Rollinia silvatica (Saint-Hil.) Mart., Annona sylvestris Vell.
NOMES COMUNS
Araticum, araticum-do-mato, embira, embira-de-araticum, araticum-do-morro, arati-
cum-grande
ORIGEM
Espécie nativa do Brasil.
Á
rvore ou arbusto muito ramificado e de dispersão zoocórica.
Sistema radicular muito vigoroso e ramificado. Quando uma
árvore é cortada para a formação de pastagens, o toco e as ra-
ízes superficiais emitem brotos que crescem vigorosamente; formam
grande reboleira ao redor da planta original. Parte dos ramos novos
fica revestida com tricomas ferrugíneos; casca do tronco e dos ramos
engrossada, rugosa e de coloração castanho-escuro. Folhas simples,
curto-pecioladas, formato e tamanhos variáveis, 8-20 cm de compri-
mento por 3-11 cm de largura. Flores isoladas, amareladas, herma-
froditas, trímeras. Fruto sincarpo, globoso, carnoso, cerca de 5 cm de
comprimento por 4 cm de espessura com saliências pronunciadas,
evidenciando a presença das sementes pretas.
Planta encontradiça nas regiões do Arenito e dos Planaltos, em
pastagens formadas por braquiárias, panicuns, estrela-africana, he-
mártrias, capim-jaraguá, grama-mato-grosso, grama-sempre-verde
e grama-missioneira, indiferente ao nível de fertilidade do solo, aos
sistemas de manejo das invasoras e à intensidade de lotação de ani-
mais. Espécie de difícil controle, pois possui casca engrossada, na qual
acumula grandes quantidades de reservas nutritivas. Altamente com-
petitiva em pastagens formadas por hemártrias, causa danos de mé-
dia importância nas pastagens, principalmente na região do Terceiro
Apiaceae
Ammi majus L.
NOMES COMUNS
Amio-maior, cicuta-negra, bisnaguinha-do-campo
ORIGEM
Espécie de origem europeia, da região do Mediterrâneo, foi introduzida em várias regi-
ões temperadas. Ocorre na Argentina, Uruguai e nos estados do Sul do Brasil.
P
lanta herbácea, anual, zoocórica. Raiz principal pivotante e vi-
gorosa; raízes laterais curtas, finas e fibrosas. Inicialmente, a
planta forma pequena roseta de folhas basais pinatissectas e
bipinatissectas, pecioladas, com 5-20 cm de comprimento por 5-15
cm de largura; limbo com ramificações ovaladas a lanceoladas. Fo-
lhas caulinares bipinatissectas e limbo com ramificações lineares.
Inflorescências terminais e axilares, em umbelas compostas longo-
-pedunculadas; pedúnculo com 8-15 cm de comprimento; invólucro
com 8-12 brácteas lineares, trifurcadas; raios primários em número
muito variável de 2-8 cm de comprimento, ascendentes; involucelo
com bractéolas lineares de margem escariosa. Os raios se alongam
até a maturação dos frutos. Flores curto-pediceladas, pequenas, al-
vas, pétalas ovais desigualmente bilobadas; ápice largo e inflexo;
carpóforo partido até a base. Fruto cremocarpo formado por dois
carpídios monospérmicos, estreitos, ovalado a elíptico até 2,5 mm
de comprimento por até 1 mm de largura; lado dorsal com cinco
estrias longitudinais lisas e claras.
Foi introduzido recentemente no estado por meio de sementes de
forrageiras de inverno. Suas sementes germinam no final do outono e
durante todo o inverno. Desenvolvem-se juntamente com as plantas
de aveia e azevém. Ao serem consumidas pelo gado bovino, em mistu-
ras com as forrageiras, podem causar reações de fotossensibilidade,
pois possuem vários compostos furocumarínicos. Essas substâncias
tóxicas são encontradas principalmente nas sementes, portanto os
E L
ssa outra apiácea também ocorre na Região Metropolitana de
Curitiba. De aspecto e porte muito semelhante ao amio-maior,
difere principalmente por exalar cheiro de urina de rato quan-
do as folhas são amassadas. Possui ramos e pecíolos lisos, cobertos
M
de serosidade pulverulenta e apresentam pequenas manchas verme-
lho-violáceas. Espécie raramente encontrada em pastagens, porém N
muito perigosa, pois todas as partes da planta possuem substâncias
tóxicas para o homem e os animais, entre elas o alcaloide conina. P
R
S
T
U
V
Z
SINÔNIMOS
Eryngium panniculatum Urban, Eryngium balansae Wolff, Eryngium schwackeanum Urban
NOMES COMUNS
Caraguatá-hórrido, caraguatá, gravatá, eríngio
ORIGEM
Espécie originária dos Campos Nativos da América do Sul.
P
lanta perene, zoocórica, cespitosa. Sistema subterrâneo consti-
tuído por raízes fasciculadas, fibrosas, que partem de grossos
rizomas protegidos por catáfilos. Caule ereto, não ramificado,
emerge do centro da roseta de folhas, protegido por folhas dispostas de
forma helicoidal e que diminuem de tamanho em direção ao ápice da
planta. Em solos férteis ou locais sombreados, atinge até 3 m de altura;
nas condições de campo, onde os solos são mais pobres, raramente ul-
trapassa 1,5 m. Folhas curvas, dispostas de forma helicoidal, formando
uma roseta de até 50 folhas; atingem cerca de 80 cm de comprimento
por 3 cm de largura na base, estreitando gradualmente até terminar
em espinho agudíssimo e rígido; margem protegida por espinhos de
8-15 mm de comprimento, amarelados; limbo verde-escuro, superfí-
cie lisa, glabra e brilhante. Inflorescências, no terço superior do caule,
formadas por capítulos distribuídos em cimas paniculadas. Capítulos
globosos de superfície espinescente, 8-12 mm de diâmetro, protegi-
dos por brácteas involucrais livres de 4 mm de comprimento. Brácte-
as florais semelhantes, espinescentes, maiores que as flores. Sépalas
ovaladas de 1 mm de comprimento e ápice obtuso ou mucronado e
pétalas inflexas, diminutas. Os frutos são carpídios de 2,0-2,5 mm de
comprimento por menos de 1 mm de largura, com um pequeno espi-
nho apical, que é o estigma residual, com várias alas proporcionando
um aspecto bastante bizarro.
Na maturação ocorre a deiscência dos frutos, que são dispersos
pelo vento a poucos metros de distância. As alas permitem que os car-
pídios se enrosquem ao pelo dos animais e sejam transportados a dis-
tâncias maiores. Também são transportados pela lama que adere aos
cascos dos animais. A
Planta encontradiça nas regiões dos Campos Nativos e do Primei-
ro e Segundo Planalto, em pastagens de hemártrias, azevém e pasta- B
gens nativas, em solos de baixa fertilidade e locais com alta lotação de
animais. O caraguatá-hórrido é a sexta espécie mais competitiva, pois C
cada roseta atinge mais de 1 m de diâmetro e a planta, rizomatosa, for-
ma grandes reboleiras. Nenhuma forrageira consegue se desenvolver
sob suas folhas e os animais não pastam junto delas, devido à presen-
D
ça dos agudíssimos espinhos. Seu potencial de competição é altíssimo
nas regiões dos três Planaltos e dos Campos Nativos, em pastagens
E
formadas por hemártrias, braquiárias, estrela-africana, grama-mato-
-grosso, grama-missioneira e nas pastagens nativas. É a oitava espécie
F
mais importante e causa danos de grande importância nas pastagens,
principalmente nas regiões dos Campos Nativos, em pastagens de gra- L
ma-missioneira, sob qualquer intensidade de pastejo, em solos com
nível de fertilidade média a baixo e em propriedades onde o manejo M
das plantas daninhas não é realizado rotineiramente.
N
P
R
S
T
U
V
Z
P
lanta perene, zoocórica, cespitosa. Sistema subterrâneo for-
mado por grossos e curtos rizomas que, no lado inferior emi- E
tem raízes adventícias, fasciculadas, fibrosas; na extremidade
desenvolvem um tufo de folhas; da parte central emerge o caule aé- F
reo ou haste floral, protegida por folhas ou brácteas que diminuem
de tamanho até o início dos ramos da inflorescência. Caule e inflo- L
rescência juntos atingem de 1-3 m de altura. Folhas eretas, limbo
coriáceo, base invaginante, 1,50 m de altura por até 6 cm de largura M
na base, diminuindo gradativamente até terminar no ápice em espi-
nho agudo. Nas margens, exceto na base, apresentam espinhos sim- N
ples, duplos ou triplos em comprimento variável, de 1-20 mm. Co-
loração verde, nas mais velhas há depósito de cera, conferindo uma P
coloração acinzentada. Caule cilíndrico, podendo atingir 4 cm de di-
âmetro na base, rígido, ereto, sem ramificações e com folhas em dis- R
posição helicoidal. Inflorescências amplas; panículas de capítulos
globosos. Capítulos compactos, ovoides, não mostrando as flores, S
de 7-12 mm de comprimento por 4-9 mm de espessura; coloração
variável, de púrpura a branco-esverdeado. Às vezes apresenta odor T
fétido. Apresenta 5-8 brácteas involucrais, ovadas ou acuminadas,
com cerca de 5 mm de comprimento. Brácteas florais semelhantes U
entre si e maiores do que as flores. Sépalas ovadas de cerca de 1 mm
de comprimento e pétalas elípticas. Frutos do tipo carpídio, 2-3 mm
de comprimento por cerca de 0,6 mm de largura; permanecem 2-3
V
pétalas, dependendo da variedade, apresenta várias alas que lhes
conferem uma aparência muito curiosa.
Z
Apocynaceae A
Asclepias curassavica L. B
SINÔNIMOS
Asclepias nivea L. var. curassavica Kuntze, Asclepias bicolor Moench. C
NOMES COMUNS
Falsa-erva-de-rato, oficial-de-sala, paina-de-sapo, erva-leiteira, cega-olho, paininha D
ORIGEM
Espécie originária da América tropical e subtropical, foi levada como planta ornamen- E
tal para vários países, transformando-se em invasora.
F
P L
lanta subarbustiva, perene, anemocórica. Raiz principal pivotan-
te, raízes secundárias bem desenvolvidas, tortuosas e superfi-
ciais. Há casos em que, após o arranquio, as raízes laterais emitem
brotações. Caule ereto, pouco ou não ramificado, fibroso, parte inferior M
lenhosa, cilíndrico, glabro, liso, verde, suberificado com a idade; perma-
necem as cicatrizes das folhas. Folhas simples, opostas, às vezes verti- N
ciladas, pecíolo curto, lanceoladas, ápice e base agudos, atinge 12 cm
de comprimento por 2 cm de largura; em plantas jovens as folhas são P
mais largas. Nervura principal proeminente na face dorsal, glabras e li-
sas. Inflorescências em umbelas terminais, pedúnculos de até 9 cm de
comprimento, de 6-15 flores por umbela, em média 8-9; pedicelo de até
R
2 cm de comprimento. Flores vistosas, completas, actinomorfas, amare-
las e alaranjadas. Cálice verde com 5 sépalas lanceoladas de até 4 mm de
S
comprimento. Corola com 5 pétalas unidas pela base, até 8 mm de com-
primento. Androceu e gineceu de formato muito diferente das flores co- T
muns. Frutos folículos fusiformes de até 9 cm de comprimento e menos
de 2 cm de diâmetro, deiscente por fenda longitudinal na maturação, U
deixando as sementes à mostra. Sementes ovoides, achatadas, 6 mm de
comprimento, 3 mm de largura e até 1,5 mm de espessura, munidas de V
pequena ala marginal de até 1 mm de largura, coloração amarronzada;
no ápice ocorre um tufo de filamentos brancos, sedosos, brilhantes, com
cerca de 2 cm de comprimento, que facilita a disseminação pelo vento.
Z
SINÔNIMO
Peschiera fuchsiaefolia (DC.) Miers
NOMES COMUNS
Leiteiro, leiteira
ORIGEM
Espécie originária possivelmente da América do Sul. No Brasil é mais frequente nas
regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
A
rbustos e arvoretas de até 9 m de altura, zoocóricas. Sistema
subterrâneo formado por raiz principal pivotante e por lon-
gas raízes secundárias, superficiais. Quando o caule prin-
cipal é cortado, a planta reage imediatamente, brotando do toco e
das raízes superficiais, formando uma reboleira. Caule ereto, mui-
to ramificado; os ramos inferiores vão morrendo e a planta forma
uma copa arredondada. Folhas simples, curto-pecioladas, opostas,
às vezes semi-opostas; limbo elíptico-lanceolado a oblongo, base
atenuada, ápice agudo, cerca de 3 vezes mais longa do que largas;
margens inteiras; nervura mediana pouco proeminente na face dor-
sal, superfície lisa e glabra, brilhantes e de coloração verde intenso.
Inflorescências na parte terminal dos ramos em cimeiras corimbi-
formes com numerosas flores brancas. Pedúnculos glabros de 1-2 cm
de comprimento; cálice diminuto de 5 sépalas unidas na base e ápice
agudo, glabras; corola tubulosa na base, com cerca de 1 cm de compri-
mento e terminada com 5 lobos obovados e base excêntrica, dispostos
de forma espiralada num mesmo plano. Os frutos ocorrem aos pares
pela união dos carpelos pela base, esféricos de 1,5-2,0 cm de diâme-
tro ou maiores. Na maturação se abrem, deixando à mostra sementes
revestidas de polpa vermelha. Sementes ovadas de 4-5 mm de com-
primento e 2-5 mm de largura, com base arredondada e ápice afilado.
Décima espécie mais encontradiça nas pastagens do Paraná,
presente em mais de 70% das propriedades. Sua presença aumenta
pelo crescimento das reboleiras, originadas das brotações, a partir
Arecaceae A
Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart. B
SINÔNIMOS
Acrocomia eriocantha Barb. Rodr., Acrocomia sclerocarpa Mart. C
NOMES COMUNS
Macaúba, coco-de-espinho, macuva, macaíba, macajuba D
ORIGEM
Espécie nativa do Brasil, ocorre do Pará ao Noroeste do Paraná e Mato Grosso do Sul. E
F
S
istema radicular fasciculado e profundo, fibroso. O estipe atin-
ge mais de 15 m de altura, dependendo da variedade pode ser
liso ou com a base das bainhas permanecendo aderente por
L
muitos anos, mas sempre apresenta grandes quantidades de espi-
nhos longos e resistentes. Folhas com cerca de 3 m de comprimen-
M
to; folíolos com cerca de 50 cm de comprimento apresenta espi-
nhos em toda a extensão da bainha, na raque e principais nervuras
N
em ambos os lados do limbo. A espata da inflorescência paniculada
é aculeada externamente. As flores masculinas são menores que as P
femininas, clavadas e com tépalas ovoide-lanceoladas. As flores fe-
mininas são ovoide-cônicas; ovário e estigma inclusos na corola; R
sépalas femininas ovoide-agudas e pétalas ovoides. Frutos drupá-
ceos, globosos ou levemente achatados nos pólos, glabros, de 3-4 S
cm de diâmetro, verde acinzentados e amarelos quando maduros.
Esta espécie de palmeira não é muito competitiva com as for- T
rageiras. Seus prejuízos estão diretamente associados a ferimentos
causados na pele dos animais por espinhos dos troncos ou na boca, U
pelos espinhos das folhas. Há muitos relatos de dentes quebrados
e de bovinos que se engasgam com seus frutos, muito apreciados V
pelos animais por conta da polpa adocicada e oleosa.
Espécie encontradiça na Região do Arenito, dispersa em pasta-
gens de panicuns e grama-mato-grosso. Os prejuízos causados no
Z
Asparagaceae A
Agave americana L. B
SINÔNIMOS
Agave altissima Zumag, Agave expansa Jacobi, Agave ramosa Moench.
C
NOMES COMUNS
Agave, abecedária, babosa-brava, candelabro
D
ORIGEM
Espécie originária possivelmente do México, de onde são oriundas todas as outras es-
E
pécies do gênero Agave. Cultivada em todo o mundo como planta ornamental, nunca
foram encontradas populações em estado silvestre. F
L
P
lanta perene, zoocórica. Raízes fasciculadas, profundas, grossas,
carnosas, semelhantes às raízes da salsaparrilha. Caule engros-
sado, reduzido em desenvolvimento vertical. Nele estão inseri-
M
das as folhas e na parte terminal desenvolve-se a haste floral quan-
do a planta atinge a maturidade reprodutiva. Folhas 30-40, dispostas
N
em roseta ao redor do caule, oblongas, esbranquiçadas, atingem até
3 m de comprimento, apresentam nas margens e no ápice espinhos
P
castanhos muito fortes. A haste ou escapo floral emerge do centro da
roseta de folhas; em solos mais férteis atinge 12 m ou mais de altura,
R
na extremidade superior localiza-se uma ampla panícula tirsoide. Flo-
res amarelo-esverdeadas; androceu e gineceu maiores que as tépalas.
S
Fruto cápsula trilocular, trígona ou quase cilíndrica, alargada para o
ápice. Para se adaptar às condições desérticas, local de onde é originá-
T
ria, desenvolve um bulbilho, uma forma de reprodução vegetativa, no
interior do fruto.
U
Invasora problemática em algumas propriedades. Muito compe-
titiva, devido ao grande diâmetro da roseta de folhas, que atinge até
V
mais de 2 m. A presença de espinhos agudíssimos evita que os animais
se aproximem. Causa maiores problemas nas regiões do Arenito e do
Z
Asteraceae A
Acanthospermum australe (Loefl.) Kuntze B
SINÔNIMOS
Melampodium australe Loefl., Acanthospermum brasilium Schrank C
NOMES COMUNS
Carrapicho-rasteiro, carrapicho-de-carneiro, carrapichinho, carrapicho-do-campo, D
mata-pasto, chifre-de-carneiro, chifre-de-veado
ORIGEM E
Espécie originária da América tropical, ocorre em todo o Brasil, infestando pastagens
e lavouras.
F
P
lanta herbácea, anual e zoocórica. Raiz principal pivotante, vi- L
gorosa. Raízes laterais pouco desenvolvidas. Desenvolve-se
prostrada, quando não há competição por luz. Não produz ra- M
ízes adventícias nos nós. Caule ramificado desde a base, subcilíndrico
de até 50 cm de comprimento; possui coloração verde, passando ao N
vermelho amarronzado. Folhas opostas simples, inteiras, pecioladas;
limbo ovalado a romboide, ápice subagudo a obtuso, base atenuada, P
pecíolo alado, margem irregularmente serreada; margens do limbo
onduladas; nervuras salientes; tamanho variável de acordo com a in- R
tensidade de luz e o estado nutricional da planta. Inflorescência em
capítulos solitários de cerca de 5 mm de diâmetro, nas axilas das fo- S
lhas; invólucro verde formado de poucas brácteas, sem filárias. Flores
femininas periféricas de 6-12, corola ligulada, trilobada, amarela ou T
brancacenta. Corola protegida por duas brácteas que crescem e pro-
tegem o aquênio na maturação. Flores masculinas centrais, de 6-8, U
corola tubulosa, amarela ou brancacenta. Os aquênios se apresentam
protegidos por duas brácteas involucrais soldadas, rígidas, recobertas V
de cerdas unguiculadas; os pseudofrutos atingem até 9 mm de com-
primento, 3 mm de diâmetro e 2 mm de espessura.
Z
SINÔNIMO
Ambrosia maritima Vell.
NOMES COMUNS
Cravorana, cravo-do-mato, losna-do-mato, cravo-da-roça, artemísia-brava, losna-
-brava
ORIGEM
Espécie originária da América do Sul, tem maior ocorrência no Sudeste do Brasil.
P
lanta herbácea, anual e zoocórica. A raiz principal só tem função
nas plantas jovens, originárias de sementes. A maioria das plan-
tas é originada das brotações de longos rizomas, formados pela
planta mãe, os quais emitem grande número de raízes adventícias. Cau-
le ereto, pouco ramificado no terço inferior, verde amarelado quando
novo, depois se torna amarronzado. Folhas simples curto-pecioladas,
opostas na parte inferior do caule e alternas da mediana para cima;
limbo deltoide, comprimento igual ao dobro da largura, bipinatifido a
SINÔNIMOS
Lappa minor Hill., Arctium pubens Bab.
NOMES COMUNS
Bardana, carrapichão, pergamasso, cardo-manso, labaça, carrapicho-grande, orelha-
-de-gigante
ORIGEM
Espécie originária das regiões temperadas da Europa e Ásia. Introduzida em vários
continentes, no Brasil encontra-se dispersa por vários estados, predominantemente
na Região Sul.
P
lanta herbácea, anual e zoocórica. Raiz principal pivotante,
engrossada e profunda; raízes laterais pouco desenvolvidas.
Caule ereto, muito ramificado, estriado, com pêlos curtos,
sedosos e glandulares que liberam substâncias oleosas e de odor
característico. Folhas da roseta atingem mais de 50 cm de limbo e
até 40 cm de pecíolo; as caulinares são gradualmente menores de
baixo para cima; pecíolos sulcados, verdes com pêlos glandulares e
ocos; limbo ovalado, margem crenada, verde-claro e mais esbran-
quiçado no lado dorsal; nervuras proeminentes. As folhas caulina-
res são alternas e pegajosas. Inflorescências em capítulos nas axi-
las das folhas superiores e terminais; pedúnculos carnosos, curtos;
brácteas eriçadas. Flores no interior de capítulos globosos ou ova-
lados de cerca de 2 cm de diâmetro, protegidas por grande número
de filárias; parte superior das filárias eriçadas e com gancho rijo
na extremidade. Na maturidade, esses ganchos aderem à crina dos
animais e o capítulo é transportado como um pseudofruto. As flo-
res com corola tubulosa, alargada na parte superior, terminam em
5 lobos de coloração rosada. Os aquênios são longos, obovoides a
oblongos, afilados para a base, levemente cuneados, de 4,0-4,5 mm
de comprimento, 2,0-2,5 mm de largura e 1,5-2,0 m de espessura.
O papilho é formado por cerdas largas e curtas, que se desprendem
na maturação. Os aquênios são dispersos pelos capítulos maduros e
SINÔNIMOS
Eupatorium suaveolens HBK., Eupatorium pallidum Hook. et Arn., Eupatorium paranaense
Hook. et Arn., Eupatorium pallescens DC., Eupatorium entreriense Hieron., Eupatorium
inulaefolium HBK.
NOMES COMUNS
Eupatório-maior, eupatório-branco, cambará
ORIGEM
Espécie originária das regiões tropicais da América. Pelo seu eficiente sistema de dis-
persão das sementes, é encontrada desde o México até a região central da Argentina.
P
lanta arbustiva, perene e anemocórica. Sistema radicular bas-
tante vigoroso, raiz pivotante e laterais bem desenvolvidas,
apresenta engrossamento em forma de xilopódio na parte su-
perior da raiz, junto ao nível do solo, de onde emite os brotos de re-
novação anual da parte aérea; atinge até 3 m de altura. Caule muito
ramificado na parte mediana e superior, com ramos eretos partindo
do caule em ângulos de quase 90 graus de abertura, com intensa pi-
losidade curta e esbranquiçada. Folhas opostas, pecioladas, ovalado-
-lanceoladas, agudas no ápice e atenuadas na base, margens serrea-
das, trinervadas; 7-9 cm de comprimento por 2-4 cm de largura, as
inferiores maiores; pubescentes em ambos os lados, pêlos mais den-
sos e lanuginosos na dorsal. Inflorescências em corimbos compostos,
densos, na extremidade do caule e dos ramos; capítulos numerosos
e curto-pedicelados. Invólucro campanulado de 6 mm de altura por
4-5 mm de diâmetro, com 2-3 séries de filárias oblongo-lanceoladas,
quase obtusas no ápice. De 9-14 flores por capítulo, corola tubulosa,
branca. Aquênios glabros, escuros, pentágonos de 2-3 mm de com-
primento e papilho branco de 4 mm de comprimento.
Esta planta nativa, cujas sementes apresentam elevado potencial de
germinação e são facilmente transportadas pelo vento das áreas naturais,
invade e se adapta muito bem às áreas antrópicas, tornando-se invasora.
Planta encontradiça, dispersa na região do Arenito e nos três Pla-
NOMES COMUNS
Parreirinha, cambará-de-cipó
ORIGEM
Espécie nativa do Sul e Sudeste do Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina.
P
lanta escandente, perene, anemocórica. Planta jovem, ereta,
com raiz principal pivotante; quando adulta, prostrada, com
a extremidade dos ramos ascendente e raízes adventícias nos
pontos em que os ramos tocam o solo. Caule ereto, depois decumbente
e escandente, muito ramificado, subindo nos arbustos e arvoretas até
SINÔNIMOS
Conyza articulata Lam., Molina articulata (Lam.) Less.
NOMES COMUNS
Carquejinha, carqueja, vassourinha, vassoura, carqueja-do-morro, carqueja-miúda
ORIGEM
Espécie originária dos Campos Nativos do Sul do Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai.
P
lanta perene, subarbustiva, anemocórica. Sistema radicular pi-
votante, profundo, ramificado. O caule atinge 1,20 m de altura,
muito ramificado, ereto, cilíndrico; caules e ramos alados; alas
constritas ou interrompidas de espaço em espaço, como se fossem ar-
ticuladas. Folhas reduzidas a escamas ou ausentes. A fotossíntese é re-
SINÔNIMO
Eupatorium montevidense Spreng.
NOMES COMUNS
Mio-mio, vassourinha, alecrim
ORIGEM
Espécie nativa do Uruguai, Argentina e dos Campos Nativos do Rio Grande do Sul,
Santa Catarina, Paraná e São Paulo.
P
lanta arbustiva, perene e anemocórica. A raiz principal tem desen-
volvimento pivotante e as laterais são bem desenvolvidas. No colo
da planta, próximo à superfície do solo, forma uma espécie de xilo-
pódio do qual rebrota após as queimadas. Os ramos que se desenvolvem a
partir da lateral do disco do xilopódio têm crescimento inicial horizontal e
depois vertical. Emite raízes adventícias em sua parte basal. Caule herbá-
ceo quando jovem, depois lenhoso e ramificado na parte inferior; entre-
nós muito curtos; renova-se rapidamente a partir do xilopódio ou da base
dos ramos mais velhos em sua porção subterrânea, após as queimadas,
formando um arbusto entouceirado de no máximo 1,50 m de altura. Fo-
lhas sésseis, lineares, alternas, às vezes parecendo verticiladas; até 5 cm
de comprimento por 5 mm de largura; verde-amareladas nas brotações
novas; ápice agudo até mucronado e margens, às vezes, curto-ciliadas. In-
florescência em racemos, na parte terminal dos ramos de até 25 cm de
comprimento. Flores masculinas e femininas em capítulos separados,
curto-pedunculados a sésseis. Corolas tubulosas, branco-amareladas,
curtas. Capítulos femininos com invólucro campanulado de 4-5 mm de
comprimento por 3 mm de diâmetro, formado por filárias translúcidas,
esverdeadas de ápice obtuso. Apresentam em média 8 flores femininas,
papilho com mais de uma série de filamentos esbranquiçados, de 3-5 mm
de comprimento; capítulos masculinos, semelhantes aos femininos, com
cerca de 15 flores, corola campanulada de margem apical levemente re-
flexa, papilhos com 2 mm de comprimento; aquênios subcilíndricos com
cerca de 2 mm de comprimento.
SINÔNIMOS
Baccharis leptospermoides DC., Baccharis bracteata Hook. & Arn., Baccharis
dracunculifolia forma spectabilis Heering., Baccharis paucidentata Schultz-Bip., Conyza
linearifolia Spreng.
NOMES COMUNS
Alecrim-do-campo, vassoura, vassourinha, alecrim, alecrim-de-vassoura, lageana
ORIGEM
Espécie originária da Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina, no Brasil ocorre nas regi-
ões Sudeste, Centro-Oeste e Sul.
P
lanta arbustiva à arvoreta, perene, anemocórica. Sistema radi-
cular pivotante e muito ramificado. A altura da planta depende
muito da fertilidade do solo, variando de 1,50 m a 8,0 m de al-
tura. Caule de até 12 cm de diâmetro, resistente, lenhoso, ramificado;
verde no início, depois acinzentado; piloso nas partes novas. Folhas
simples, alternas, lanceoladas, base atenuada, ápice agudo, 1,5-3,0 cm
de comprimento por 3-4 mm de largura, coriáceas, sésseis, uninerva-
das, margem pauci-denteadas, glândulas mais ou menos alinhadas na
margem do limbo. Capítulos multifloros, diclinos, axilares nas partes
terminais dos ramos. Capítulos femininos com invólucro campanula-
do de 6 mm de comprimento, formado de 3-4 séries de filárias rígidas,
glabras, internas lanceoladas e externas ovais e menores; corola com
cerca de 2-3 mm de comprimento e de bordo denteado. Capítulos mas-
culinos menores, com flores pentassectas, de 2,5-3,0 mm de compri-
mento. Aquênios elípticos, arqueados, levemente comprimidos, com
cerca de 1,5 mm de comprimento; papilho unisseriado, persistente,
piloso, branco-brilhante, com 4-5 mm de comprimento.
As sementes do alecrim-do-campo emergem na presença de luz
e se comportam como pioneiras. Encontradiça em todas as regiões do
Paraná, independente da espécie de forrageira cultivada, da intensida-
de de lotação de animais, do nível de fertilidade do solo e dos sistemas
de manejo das plantas invasoras. Planta invasora altamente competiti-
NOME COMUM
Vassoura-branca
ORIGEM
Espécie originária do Sul do Brasil.
P
lanta arbustiva, perene, anemocórica. Sistema radicular com as
raízes laterais mais desenvolvidas que a raiz pivotante. Caule ra-
mificado na parte basal e raramente ramificado na parte supe-
rior, dificultando a identificação do caule principal. Ramos muito lon-
gos atingem 3-4 m de comprimento, desenvolvem-se prostrados ou
apoiados sobre outras plantas; forma grandes emaranhados, tomen-
tosos nas partes mais novas. Folhas oblongas a lineares, curto-pecio-
ladas, base atenuada, ápice acuminado, margens revolutas, 0,8-2,0 cm
de largura por 5-15 cm de comprimento. Inflorescência na extremida-
de dos ramos. Não foram observadas plantas floridas.
A
B
C
D
E
F
L
M
N
P
R
S
T
U
V
Z
SINÔNIMOS
Baccharis prenanthoides Baker., Baccharis medullosa A. P. DC.
NOME COMUM
Vassoura-medulosa
P
lanta arbustiva, perene e anemocórica. O sistema subterrâneo
da planta é perene, formado por longos rizomas dos quais par-
tem raízes adventícias, a parte aérea é renovada anualmente,
apresenta caules eretos, glabros, não ramificados, sulcados profun-
damente, medula muito desenvolvida, atinge no máximo 1,50 m de
altura, crescem reunidos formandos pequenos agrupamentos. Folhas
alternas, pecioladas, membranáceas, oblongas a ovadas, trinervadas,
margens serrilhadas, cerca de três vezes mais compridas do que lar-
gas, até 9 cm de comprimento, glabras e glanduloso-pontuadas na
face dorsal. Inflorescência terminal em corimbo de capítulos. Invólu-
cro campanulado, 3-5 mm de altura por 4 mm de diâmetro; filárias
agudas, membranáceas. Muitas flores por capítulo, masculinas e femi-
ninas separadas. Capítulos de flores femininas, com receptáculo he-
misférico e laciniado; corola da flor feminina com aproximadamente
1 mm de comprimento e com papilho unisseriado, formado por fila-
mentos. Capítulos de flores masculinas, com receptáculo plano e sem
lacínias; flor masculina com estilete exserto além da corola, com 3-4
mm de comprimento. Aquênio papiloso com 5 estrias estreitas, de 1,0-
1,5 mm de comprimento.
Espécie esporádica no estado, somente encontrada na região do
Terceiro Planalto, em solos de alta fertilidade e cultivados com estrela-
-africana. Tem desenvolvimento altamente competitivo em pastagens
formadas por grama-sempre-verde. Considerada espécie de média
importância, especialmente na região do Terceiro Planalto, em pasta-
gens de grama-sempre-verde e em locais onde as plantas daninhas são
manejadas esporadicamente.
A
B
C
D
E
F
L
Baccharis trimera (Less.) DC.
M
SINÔNIMOS
Molina trimera Less., Baccharis genistelloides var. trimera (Less.) Baker N
P
NOMES COMUNS
Carqueja, carqueja-verdadeira, carqueija, carquejinha, carqueja-amarga, carqueja-do-
-mato, carqueja-amargosa, carque, vassourinha, vassoura, cacaia
ORIGEM
Espécie originária da Bolívia, Paraguai, Uruguai, Argentina e do Sudeste, Sul e Centro-
R
S
-Oeste do Brasil.
P T
lanta perene, arbustiva, anemocórica. Raiz principal pivo-
tante ramificada; raízes secundárias poucas, longas e bem
desenvolvidas. Caule glabro, cilíndrico, provido de alas equi- U
distantes, normalmente 3 com largura uniforme, variando de 0,5-
1,5 cm. Essas alas, de coloração verde, glabra, interrompida em
distâncias variáveis formando artículos, superfície glabra, lisa,
V
margem inteira, coberta de serosidade, substituem fisiologica-
mente as folhas. Folhas normalmente ausentes, ocasionalmente
Z
A
B
C
D
E
F
L
M
Carduus acanthoides L.
N
NOMES COMUNS P
Cardo-chileno, cardo, cardo-platense, falso-cardo-negro
ORIGEM
Espécie de origem europeia, está dispersa por regiões temperadas de todos os conti-
R
nentes. Na América do Sul, é encontrada no Chile, Argentina, Uruguai e Sul do Brasil.
S
P
lanta herbácea, anual, anemocórica, ereta, pouco ramificada, T
atinge cerca de 1,80 m de altura. Raiz principal pivotante, fibro-
sa. Caule com alas estreitas recortadas e espinescentes, glabro
ou quase glabro; poucas ramificações na parte intermediária e supe-
U
rior. Folhas basais formando pequena roseta, as do caule são alternas,
pinatifidas com lobos lanceoladas muito espinescentes; glabras no
V
lado superior e com alguns pêlos no inferior, concentrados na nervura
principal, esta proeminente e mais clara. Inflorescência na extremida-
Z
de dos ramos, com poucos capítulos, com flores que entram em antese
sequencialmente. Capítulos pequenos, curto-pedunculados, solitários
ou em grupos de 2 ou 3. Filárias involucrais com longo espinho na ex-
tremidade, que diminui de tamanho nas filárias das séries mais inter-
nas. Flores hermafroditas, púrpuras, vistosas, corola com cinco lobos
muito longos. Aquênios claros, fusiformes, curvados, cerca de 3 mm
de comprimento, glabros, com várias estrias longitudinais; coroa no
ápice ligado ao papilho branco, sedoso. O cardo-chileno é planta de
crescimento relativamente rápido. Na fase inicial forma uma roseta de
folhas basilares, depois desenvolve o caule, ramos e inflorescências.
As sementes germinam no inverno e na primavera e o florescimento
ocorre no final da primavera, no verão e no outono.
Carduus acanthoides foi observada em uma propriedade no mu-
nicípio de Clevelândia, em pastagem cultivada de azevém, possi-
velmente introduzida com sementes de espécies forrageiras. Desta
maneira, poderá ser encontrada em outras propriedades, não amos-
tradas, cujos proprietários tenham adquirido sementes do mesmo
lote. No momento, o cardo-chileno é espécie invasora de pequena
importância para o estado. Entretanto, se não forem tomadas medi-
das para conter sua dispersão, poderá tornar-se problema nas regi-
ões Sul e Sudoeste do estado.
Carduus pycnocephalus L.
A
NOME COMUM
Cardo B
ORIGEM
Espécie de origem europeia, encontra-se dispersa por todas as regiões temperadas. Na
América do Sul, é observada no Uruguai, Argentina e Sul do Brasil.
C
D
P
lanta herbácea, anual e anemocórica. Os cardos são facilmente
identificados no campo. Inicialmente a planta forma uma roseta E
de folhas prostradas e depois o caule se alonga para desenvolver
as inflorescências. Os caules, ramos, folhas, pedúnculos e invólucro
dos capítulos são protegidos por agudos espinhos. Muito semelhante
F
ao Carduus acanthoides nos aspectos vegetativos e morfológicos. En-
quanto as plantas da espécie de C. acanthoides caracterizam-se por
L
serem verdes, glabras, ou quase, e apresentam capítulos globosos, as
de C. pycnocephalus são esbranquiçadas ou acinzentadas e apresen- M
tam capítulos de forma ovoide-cilíndrica. Cirsium vulgare é um cardo
facilmente identificável quando em frutificação; possui papilho de pê- N
los plumosos ao passo que as outras espécies de cardo possuem pêlos
simples. Silybum marianum é identificada por possuir as filárias do P
invólucro com espinhos marginais.
Carduus pycnocephalus também forma pequenas rosetas de folhas
basais e o desenvolvimento do caule, ramos e inflorescências é bas-
R
tante rápido. As folhas são pequenas e as plantas esguias, densamen-
te cobertas de pêlos lanuginosos que dão o aspecto esbranquiçado à
S
planta. As sementes germinam durante o inverno e na primavera; o
florescimento ocorre no verão e no outono. A maturação dos aquênios T
é um período muito curto.
Muito rara, foi observada em áreas cultivadas com forrageiras de U
inverno no município da Lapa. Sua introdução provavelmente ocorreu
por meio de sementes de forrageiras vindas dos estados do Sul, onde a V
espécie ocorre com maior frequência. Espécie muito competitiva, pre-
cisa ser erradicada. Atualmente é responsável por muitos prejuízos na
Argentina, no Uruguai e no Rio Grande do Sul.
Z
Centaurea solstitialis L.
NOMES COMUNS
Cardo-amarelo, cardo, diabinho
ORIGEM
Espécie originária da Europa e Norte da África. Introduzida na América do Sul, ocorre
na Argentina, Uruguai e estados do Sul do Brasil.
P
lanta herbácea, anual e zoocórica. Raiz principal pivotante; ra-
ízes secundárias ramificadas, fibrosas. Caule ereto, ramificado
desde a base, alado, rijo, pêlos lanosos acinzentados. Atinge até
1 m de altura. Folhas da roseta pinatilobadas até pinatifidas, 20 cm de
comprimento, sésseis, escabrosa até semilanuginosa. As folhas cauli-
nares são menores, sésseis, linear-lanceoladas, inteiras, ápice agudo,
tomentosas ou lanuginosas. Inflorescências em capítulos isolados,
ovoides ou globosos; várias séries de filárias, as mais externas, apre-
sentam um grande espinho na extremidade, na base do qual ocorrem
outros espinhos menores. A parte superior do invólucro é estreitada,
comprimindo as flores para o centro do capítulo. Flores com corola
tubulosa pentalobada, lobos lineares de coloração amarela intenso,
vistosa. Aquênios dimorfos; os externos com 2-3 mm de comprimen-
P
lanta herbácea, perene e zoocórica. Raiz principal pivotante bem R
desenvolvida. Caules fibrosos, finos, muito ramificados, atingem
no máximo 1 m de comprimento; crescimento inicial ereto, de- S
pois semiprostrado; coloração castanha; quando novos apresentam
pilosidade brancacenta, muitas vezes arroxeada. Folhas simples, al- T
ternas ou quase opostas, limbo oblanceolado com base atenuada em
pseudopecíolo, entre 2-3 vezes mais longas do que largas, no máximo
8 cm de comprimento; margem serreada, verde-claro na face dorsal e
U
mais escura na ventral. Inflorescência em capítulos solitários, longo-
-pedunculados, partindo das axilas das extremidades superiores dos
V
ramos. Na base do capítulo encontramos uma coroa de várias brácteas
foliares. Capítulos globosos de 20-30 mm de diâmetro. Invólucro for-
Z
SINÔNIMOS
Tussilago sarmentosa Pers., Gnaphalium calycinum Poir.
NOMES COMUNS
Macelinha-rasteira, chevreulia
ORIGEM
Espécie originária do Uruguai, Argentina e Campos Nativos do Sul do Brasil.
P
lanta estolonífera perene e anemocórica. A raiz principal se de-
senvolve muito pouco, logo é substituída pelas adventícias que
surgem dos ramos ou estolões decumbentes. Poucos ramos par-
tem do caule principal, o qual apresenta desenvolvimento prostrado e
extremidade ereta com folhas; as partes mais velhas do ramo perdem
as folhas e emitem raízes adventícias; entrenós curtíssimos, raramen-
te ultrapassam 15 cm de comprimento. Folhas muito próximas umas
das outras, esbranquiçadas, alternas, sésseis, espatuladas, 1,5-2,0 cm
de comprimento, ápice obtuso e mucronado, base atenuada, margem
inteira, face superior lanuginosa e inferior com tomento branco e
denso. Inflorescência simples; pedúnculo na axila das folhas, curto na
NOME COMUM
Macelinha-rasteira-verde
O
utra espécie encontradiça na região dos Campos Nativos com
o mesmo hábito, comportamento e importância. Difere da C.
sarmentosa por ser mais agressiva e apresentar folhas maiores
e de coloração verde intenso.
SINÔNIMOS
Eupatorium australe Thunb., Eupatorium psidiaefolium DC., Osmia laevigata (Lam.)
Schultz-Bip., Eupatorium laevigatum Lam.
NOMES COMUNS
Cambará-falso, cambarazinho, mata-pasto, eupatório, erva-formigueira, cambará
ORIGEM
Espécie originária do continente americano.
P
lanta arbustiva, perene, anemocórica. A parte subterrânea for-
ma uma espécie de xilopódio discoide donde partem várias ra-
ízes. Anualmente a parte aérea da planta é renovada a partir
SINÔNIMOS
Eupatorium conyzoides Vahl var. maximilianii Schrad., Eupatorium maximilianii Schrad.
NOMES COMUNS
Mata-pasto, eupatório, cambará
ORIGEM
Espécie nativa da América Tropical.
E
spécie arbustiva, perene, anemocórica. Sistema subterrâneo
composto por raízes e xilopódio globoso de até 5 cm de diâme-
tro; afunilando com a profundidade, forma uma raiz pivotante
SINÔNIMOS
Cirsium lanceolatum (L.) Scop., Cirsium lanceolatum var. hypoleucum DC., Carduus
lanceolatus L., Carduus vulgaris Savi
NOMES COMUNS
Cardo-negro, cardo, cardo-de-costela
ORIGEM
Espécie originária da Eurásia, é encontrada em todas as regiões temperadas e subtro-
picais. No Brasil, pode ser encontrada com frequência nos estados do Sul e Sudeste.
P
lanta herbácea, anual e anemocórica. Planta anual ou bienal.
Apresenta duas etapas de desenvolvimento: na primeira, que A
pode estender-se de poucos meses até um ano, nas regiões
mais frias, desenvolve um grande número de folhas basais junto ao B
solo; na segunda, utilizando-se das reservas acumuladas nas raízes
e folhas basais, passa à fase reprodutiva. Da parte central da roseta
emite um caule ou haste floral com poucas ramificações na parte
C
inferior e muito ramificada na superior, no qual se localizam as in-
florescências. Raiz principal pivotante e carnosa e raízes laterais
D
fibrosas profundas. Caule resistente, fibroso, com alas decorrentes
a partir da base das folhas. Folhas da roseta alongadas, atingindo
E
30 cm ou mais; margens irregularmente lobadas; lobos terminados
em espinhos pontiagudos; margens e face dorsal também espines- F
cente; coloração verde, mais intensa na face ventral. Ao longo do
caule e dos ramos ocorrem folhas mais curtas, menores e mais lar- L
gas, sésseis, alternas, com as mesmas características morfológicas
das basais. Nervura mediana bem desenvolvida, carnosa e de colo- M
ração verde-amarelada. Inflorescências na extremidade dos ramos
e do caule, com um ou poucos capítulos. Flores reunidas em um N
capítulo globoso ou ovoide, de 3-4 cm de comprimento por 2,5-3,0
cm de diâmetro, protegidas por um invólucro de filárias que vão
aumentando de tamanho gradualmente das séries externas para
P
as internas, terminadas por um espinho eriçado. Flores hermafro-
ditas numerosas, inseridas em disco convexo. Cálice formado por
R
papilho filamentoso branco, incluso no invólucro. Corola tubular
branca até a altura do invólucro e depois mais dilatada, terminada S
em 5 segmentos de coloração rosa ou vermelho violáceo. Aquênios
alongados, comprimidos, pouco angulosos com 3-4 mm de compri- T
mento, 1,2-1,8 mm de largura e 0,7-1,2 mm de espessura. Papilho
unisseriado; pêlos plumosos, numerosos, aplanados, brilhantes, U
delicados de até 27 mm de comprimento. Normalmente o papi-
lho se desprende do aquênio quando amadurece. Assim, pequena V
quantidade de aquênios é disseminada pelo vento a pequenas dis-
tâncias. A maioria dos aquênios é liberada com a decomposição do
invólucro, disseminando-se por via zoocórica.
Z
Erigeron canadensis L.
A
SINÔNIMOS
Erigeron canadensis L., Leptilon canadense (L.) Britt. B
NOMES COMUNS
Buva, voadeira, buva-do-canadá
C
ORIGEM
Espécie originária do hemisfério norte, em regiões de clima temperado do Canadá e
dos Estados Unidos. Presente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. D
E
E
spécie herbácea, anual e anemocórica. Raiz principal pivotante,
com muitas ramificações laterais, que dão excelente sustenta-
ção para as plantas. Caule cilíndrico, piloso ou às vezes glabro,
F
coberto de folhas em toda sua extensão; flexível e carnoso quando jo-
vem, lignificado quando adulto. Ramificações só ocorrem na extremi-
L
dade superior na altura das inflorescências; em solos mais férteis atin-
gem mais de 2 m de altura. Folhas de disposição helicoidal, simples, M
sésseis, lineares lanceoladas de margem inteira ou serreada. Algumas
linhagens da espécie produzem substâncias oleosas que tornam as fo- N
lhas pegajosas. Inflorescência em panícula terminal, ereta, muito ra-
mificada; capítulos pedicelados. Flores reunidas em capítulos de 2-4 P
mm de diâmetro, guarnecidas por 2-3 séries de filárias que formam
o invólucro, deixando aparecer somente a parte terminal das flores.
Flores periféricas liguladas, femininas; internas hermafroditas; flores
R
com 9-25 pêlos sedosos, formando o papilho. Aquênios subcilíndricos
com 1,3 mm de comprimento por 0,3 mm de diâmetro, ápice truncado,
S
atenuado para a base; papilho sedoso de até três vezes o comprimento
dos aquênios, coloração amarelada. A grande produção de aquênios T
favorece a dispersão da espécie.
Planta anual de crescimento bastante rápido. A maioria das se- U
mentes germina no inverno e na primavera e as plantas florescem an-
tes do final do ano. As sementes, fotoblásticas positivas, só germinam
se estiverem na superfície do solo. Por isso, ocupam as clareiras deixa-
V
das nas pastagens. Plantas cortadas, em qualquer estádio de desenvol-
vimento, raramente rebrotam.
Z
Erigeron bonariensis L.
A
NOME COMUM
Buva-de-buenos-aires B
C
A
presenta caule principal com crescimento interrompido na
base da inflorescência, suplantado em altura pelos ramos late-
rais que emitem inflorescências secundárias. D
E
F
L
M
N
P
R
S
T
U
V
Z
NOME COMUM
Buva-do-chile
R
ecentemente introduzida no Brasil, encontra-se dispersa por
várias regiões. De menor porte e pequena área foliar se com-
parada às outras espécies do gênero, é menos competitiva. Ini-
cialmente, a planta forma uma roseta de folhas basais, depois ocorre
o alongamento vertical do caule, atingindo 1 m de altura no floresci-
mento. O caule apresenta poucas folhas lineares, paralelas ao mesmo. In-
florescência terminal com poucos capítulos de mais de 1 cm de diâmetro.
SINÔNIMO
Flotovia tomentosa Spreng.
NOMES COMUNS
Espinho-agulha, espinho-de-judeu, açucará, cambará-de-espinho, lavra-mão
ORIGEM
Espécie originária do Sul do Brasil.
P
lanta remanescente, arbustiva, perene, anemocórica, formada a
partir da rebrota do toco e das raízes superficiais da árvore cortada
para a formação da pastagem.
Raramente ocorrem plantas formadas pela germinação dos aqu-
ênios. Essas brotações são muito vigorosas e em poucos anos formam
grandes aglomerações de mais de 20 m de diâmetro, impenetráveis pela
abundância de ramos e longos espinhos. Essas brotações raramente ul-
trapassam os 3 m de altura, mas são muito ramificadas. Ramos velhos e
novos apresentam fascículos de espinhos ou espinhos isolados, rígidos,
retos, finos, glabros, amarelados, de até 5 cm de comprimento e ponta
agudíssima. Folhas subcoriáceas, alternas, pecioladas, elípticas a elíptico-
P F
lanta herbácea, perene e anemocórica. Raiz principal pivotan-
te e robusta, laterais numerosas e finas. Perto da superfície
do solo ocorre um engrossamento pelo acúmulo de reservas
que permite à planta renovar a parte aérea anualmente. Caule ere-
L
to, cilíndrico, atinge 2 m de altura, incluindo a inflorescência e 2 cm
de diâmetro, revestido de pêlos prateados e curtos; raramente ra-
M
mifica; ramos paralelos ao caule principal; muito flexível ao vento.
A planta desenvolve primeiro uma roseta de folhas basais, prostra-
N
da, depois alonga o caule e emite a inflorescência. Apresenta dois
tipos de folhas, as basais e as caulinares. As basais são maiores, sés-
P
seis, limbos lanceolados a ovalados, às vezes apresentam pequeno
lobo basal; ápice obtuso a subagudo, até 30 cm de comprimento
R
por 6 cm de largura; nervura principal proeminente na face dorsal;
coloração verde intensa na face ventral e mais clara a esbranqui-
S
çada na dorsal, coberta de pêlos semi-rígidos, mais intensamente
na face dorsal. As folhas caulinares apresentam uma bainha que
T
diminui de tamanho de baixo para cima. Inflorescência na parte su-
perior do caule, formada de conjuntos espiciformes de glomérulos
U
com 4-7 capítulos sésseis. Invólucro formado por duas séries de
filárias lanceoladas, as externas de 4 mm de comprimento, ciliadas V
nas margens e seríceas no dorso e as internas com 7 mm de com-
primento. Capítulos com 3-4 flores completas, corola tubulosa, 5-6 Z
SINÔNIMOS
Elephantopus tomentosus L., Elephantopus martii Grah., Elephantopus cernuus Vell.
NOMES COMUNS
Erva-grossa, língua-de-vaca, fumo-bravo, pé-de-elefante, sossoia
ORIGEM
Espécie originária do continente americano, ocorre do Sul dos Estados Unidos até o
Uruguai. Dispersa por todas as regiões do Brasil.
P
lanta herbácea, anual e zoocórica. Raiz principal pivotante
engrossada; raízes laterais pouco desenvolvidas. Caule rami-
ficado em quase todos os nós, verde e com pêlos acinzenta-
dos quando novo; com o envelhecimento torna-se lenhoso e de co-
loração marrom. Raramente atinge 1 m de altura; entrenós longos
e retos. Folhas com margens crenadas; limbo enrugado, coriáceo,
áspero, verde mais intenso na face ventral; as basais formam uma
roseta, são oblongo-lanceoladas, menos de duas vezes mais longas
do que largas, ápice agudo; as caulinares alternas, sésseis, base ate-
NOMES COMUNS
Erva-de-mula, assa-peixe-fedido, lobera
ORIGEM
Espécie nativa da América do Sul. Ocorre nos estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste
do Brasil.
P
lanta arbustiva, perene, anemocórica. Sistema subterrâneo
formado por raiz pivotante vigorosa e raízes secundárias bem
desenvolvidas, encimadas por um engrossamento semelhante
a um xilopódio que permite à planta renovar anualmente sua parte
aérea. Caule de crescimento ereto, sem ramificações, atinge 2-3 m de
altura, arredondado, enfolhado até a inflorescência e densamente to-
mentoso-ferrugíneo. Folhas alternas, pecioladas, estipuladas, lobadas;
pecíolo tomentoso de até 18 cm de comprimento; limbo arredondado,
de até 20 cm ou mais de largura, cordado, dividido em 5 ou 7 lobos
amplos, obtusos a agudos, curto-apiculados, irregularmente lobula-
dos, quase crenados na margem; 5 ou 7 nervuras principais salientes
partem da inserção do pecíolo em direção ao ápice dos lobos, nervuras
menores reticuladas; superfície pilosa em ambas as faces, mais den-
samente na inferior. Inflorescências terminais em cimas paniculadas
e axilares nos ramos superiores. Capítulos numerosos, pedúnculos
de 2-8 cm de comprimento, pedicelados, pilosos, 3-9 mm de compri-
mento. Invólucro campanulado, 7 mm de comprimento por 6 mm de
diâmetro, 2 séries de filárias; receptáculo com páleas lanceoladas,
agudas, abraçando as flores, 6-7 mm de comprimento; menos de 20
flores por capítulo, brancas, semelhantes entre si, corola bilabiada de
5-6 mm de comprimento. Aquênios linear-fusiformes, rostrados, com
4 mm de comprimento, papilosos; papilho plumoso, amarelado.
Planta encontradiça, dispersa nas regiões dos três Planaltos em
pastagens de braquiárias, hemártrias, grama-missioneira e grama-
-sempre-verde, com superlotação de animais e sem manejo frequente
SINÔNIMOS
Vernonia ensifolia Mart., Vernonia microdonta Schultz-Bip., Vernonia glabrata Less.
NOMES COMUNS
Assa-peixe-roxo-menor, assa-peixe, cambarazinho
ORIGEM
Espécie nativa do Uruguai, Argentina e Sul do Brasil.
P
lanta subarbustiva, perene, anemocórica. Sistema subterrâneo
formado por um emaranhado de rizomas dos quais partem finas
raízes adventícias. Os caules são renovados anualmente a partir
dos rizomas. Caules eretos, atingem no máximo 1,20 m de altura, sem ra-
mificações, glabros ou levemente pilosos. Folhas coriáceas, ásperas, sés-
seis ou curto-pecioladas, lanceoladas ou oblanceoladas, com ápice agudo,
atenuadas na base, margem inteira ou denticulada, esparso pilosas na
face dorsal, de 8-20 cm de comprimento e 1,2-3,5 cm de largura. Inflo-
rescência terminal, paniculada, formada por numerosos capítulos sésseis
ou curto-pedunculados, dispostos em longos cincínios foliados. Brácteas
grandes foliáceas, dispostas alternadamente com os capítulos. Invólucro
amplamente campanulado, 8-12 mm de comprimento e 12 mm de diâ-
metro; 5-6 séries de filárias, as externas lanceoladas e acuminadas, as in-
ternas avermelhadas, linear a oblongas, obtusas e mucronadas. De 30-40
flores purpúreas ou roxas por capítulo. Aquênios estriados, glabros, 4-5
mm de comprimento, com papilho branco, filamentoso.
Planta esporádica no estado, encontradiça na região do Arenito. De
pequeno porte, raramente forma populações densas e frequentemen-
te tem desenvolvimento estiolado e pouco competitivo. Causa danos de
pequena importância sobre o desenvolvimento das forrageiras, princi-
palmente na região do Arenito, em pastagens formadas por braquiárias
e grama-mato-grosso, em pastagens sem manejo das plantas invasoras.
Espécie de introdução recente, com a melhoria da fertilidade do solo po-
derá transformar-se em planta invasora muito agressiva e competitiva.
P F
lanta com sistema radicular pivotante, prostrada ou trepa-
doura, perene, anemocórica, na planta nova, logo é substi-
tuído por raízes adventícias que surgem dos nós em contato
com o solo. Caule de desenvolvimento prostrado, na ausência de su-
L
portes. De secção hexagonal ou cilíndrica, normalmente com linhas
longitudinais proeminentes, atinge vários metros de comprimento;
M
caules, pecíolos e folhas novos são cobertos de pêlos brancos. Fo-
lhas opostas, simples, pecíolo fino e longo, tão comprido quanto à
N
folha; limbo pode variar de forma, mas normalmente apresenta-
-se ovalado com base cordada e ápice acuminado a agudo; margem
P
irregularmente denteada ou inteira; limbo quase duas vezes mais
longo do que largo; três nervuras principais partem da base do lim-
R
bo; coloração verde pálida em ambas as faces, devido à pilosidade
acinzentada que apresenta, mais intensa na dorsal. Inflorescências
S
axilares na parte terminal dos ramos, em corimbos sustentados por
pedúnculo liso e glabro, com cerca de 9 cm de comprimento. O flo-
T
rescimento é simultâneo e abundante. Invólucro formado por dois
pares de filárias agudas e acuminadas, verde, de 5-9 mm de com-
U
primento, as externas são pilosas e com glândulas na face dorsal e
as internas estriadas e glabras, às vezes com poucos pêlos no ápice. V
Normalmente, cada capítulo apresenta 4 flores de corola tubulosa,
branca, 2-3 mm de comprimento, com 5 lobos estreitos e com pa- Z
Parthenium histerophorus L.
SINÔNIMOS
Parthenium lobatum Buckley, Argyrochaeta bipinnatifida Cav.
NOMES COMUNS
Losna-branca, coentro-do-mato, fazendeiro
ORIGEM
Espécie originária do México, alastrou-se por diversas regiões do mundo. No Brasil, sua
ocorrência está em expansão, sendo observada com maior frequência no Paraná, São
Paulo e Mato Grosso do Sul.
P
lanta herbácea, anual, zoocórica. Raiz principal pivotante; se-
cundárias bem desenvolvidas. O caule se desenvolve após a A
formação de uma pequena roseta de folhas basilares, mui-
to ramificado em toda sua extensão quando livre de competição; B
sob competição, somente ramifica na parte superior. Caule estria-
do-sulcado e com pêlos brancos de até 5 mm de comprimento na C
parte inferior dos ramos, menores na parte superior. Folhas inten-
samente pinatissectas, quase simétricas; nervuras proeminentes; D
limbo de até 15 cm de comprimento, verde, com pêlos hialinos
curtos sobre as nervuras em ambos os lados. Inflorescências em E
racemos terminais, amplas, abertas e com capítulos longo-pedun-
culados. Capítulo de 5-8 mm de diâmetro; invólucro formado por 5 F
filárias lanceoladas de margens sobrepostas, verde-claras; na parte
interna de cada filaria ocorre uma flor feminina com corola ligula- L
da, branca ou amarela; na parte central do capítulo flores masculi-
nas com corola tubiforme branca ou amarela. Aquênios coniformes M
de até 2,1 mm de comprimento e 1,0-1,2 mm de largura; papilho
formado por 3-4 páleas membranosas, amareladas. As sementes da
N
losna-branca germinam em qualquer época do ano, principalmente
no início da primavera. Até os dois meses desenvolvem uma roseta
P
de folhas basais, para só depois emitir o caule e os ramos.
Os pêlos hialinos dos caules encerram uma substância chama-
R
da lactona, responsável por processos alérgicos. O pólen também
é responsável por alergias em pessoas sensíveis. A planta contém
S
ainda parthenina e histerina que têm uso medicinal, mas que de-
pendendo da dose podem ser venenosas. Portanto, é recomendável
T
evitar o uso medicinal dessa espécie.
Rara no estado do Paraná, mas encontradiça em pastagem de
U
capim-jaraguá. Pelo crescimento inicial relativamente lento e in-
trodução recente, sua importância nas pastagens ainda é pequena,
V
porém ocorre em pastagens do Terceiro Planalto, em áreas sem ma-
nejo das plantas invasoras.
Z
SINÔNIMOS
Pluchea quitoc DC., Pluchea suaveolens (Vell.) Kuntze, Conyza sagittalis Lam., Gnaphalium
suaveolens Vell.
NOMES COMUNS
Erva-lucera, quitoco, madrecravo, lucera, tabacarana
ORIGEM
Espécie nativa do Sul da América do Sul, da metade Sul da Argentina, do Uruguai e do
Rio Grande do Sul, encontra-se em expansão por todas as regiões do Brasil.
P
lantas herbáceas, anuais, anemocóricas, eretas, atingem até 1
m de altura. Raiz principal pivotante, bem desenvolvida. Caule
ereto, fibroso, pouco ramificado na base e muito ramificado na
parte superior; com alas membranáceas, prolongamento da base das
folhas, pouco a intensamente piloso-esbranquiçado. Folhas sésseis,
lanceoladas a lanceolado-elípticas, ápice agudo e base atenuada,
até 15 cm de comprimento por 4 cm de largura; margem denteada
e ondulada; nas plantas com pilosidade as folhas apresentam pêlos
glandulares em ambas as faces; limbo decorrente formando as alas
do caule até a folha inferior. Inflorescência terminal em corimbo de
capítulos grandes e vistosos, subglobosos, mais largos do que com-
pridos, atinge 12 mm de diâmetro e 2-3 mm de comprimento, bran-
cos na antese, passam gradualmente a marrom na maturação. As flo-
res são protegidas por 2-3 séries de filárias ovadas com 2-3 mm de
comprimento. Na parte externa do capítulo encontram-se as flores
femininas, formando várias séries concêntricas, corola filiforme de
5 mm de altura, brancacenta. Na parte central, flores hermafroditas
com gineceu estéril, corola tubulosa mais curta do que as femininas,
formando uma espécie de depressão. Na maturação, as corolas se-
cam e ficam com a coloração marrom, as da parte interna mais inten-
samente coloridas. Aquênios oblanceolados de cerca de 1 mm sem o
papilho, 4 ou mais costelas proeminentes; papilho piloso, com mais
ORIGEM
V
Espécie originária dos Campos Nativos e cerrados do Brasil.
Z
P
lanta herbácea, anual, anemocórica. Raiz principal pivotante,
pouco desenvolvidas e laterais curtas. Caule ereto, menos de 1
cm de diâmetro, reto, ramificado, fibroso; atinge no máximo 80
cm de altura; coloração verde e pêlos curtos esbranquiçados. Folhas
simples, pecioladas, opostas; limbo ovalado-deltoide, base cuneada e
ápice agudo, comprimento igual ao dobro da largura; três nervuras
principais saindo da base, apenas visível; superfície glabra a pouco
pubescente, verde. Inflorescência terminal e nos ramos axilares su-
periores; poucos capítulos curto-pedicelados. Capítulos cilíndricos
de mais de 1 cm de comprimento por 3-5 mm de diâmetro; invólu-
cro de 2-3 séries de filárias; as externas mais curtas do que as inter-
nas, deixando aparecer somente a parte superior das flores; corola
tubulosa, 1 cm de comprimento, pentalobada, abre-se com a aparên-
cia de estrela, tubo esverdeado e corola azulada ou violácea; papilho
esbranquiçado do mesmo comprimento; estilete bífido, exposto, de
coloração violácea, vistosa; estames inclusos. Aquênios oblongos, 2,5
mm de comprimento e 0,5-0,7 mm de largura; pericarpo reticulado,
castanho escuro, quase preto, com poucos pêlos translúcidos; papilho
piloso com cerca de 4,5 mm de comprimento. A unidade de dispersão
é constituída pelos aquênios com os papilhos, que são levados pelo
vento a longas distâncias.
O botão-azul é identificado facilmente pelo colorido das flores e
pelo odor agridoce característico, constituído pelos óleos essenciais
aromáticos, exalado de suas folhas e flores. As sementes fotoblásticas
positivas germinam em qualquer época do ano, mais intensamente
nos meses mais quentes. Desenvolve-se a pleno sol, ocupando as cla-
reiras formadas em consequência de um manejo inadequado.
SINÔNIMOS
Eupatorium urticaefolium var. clematideum (Griseb.) Hieron.
NOME COMUM
Botão-azul-lustroso
P
resente no mesmo ambiente de ocorrência da espécie P. diffusa.
Ambas se distinguem pelo número de séries de filárias nos A
capítulos. A primeira apresenta 2-3 e a segunda 4-5 e as folhas
brilhantes. As demais características são bastante semelhantes. B
As duas espécies são encontradiças na região do Arenito Caiuá,
em pastagens de braquiárias, estrela-africana, hemártrias, capins C
jaraguá, panicuns e grama-mato-grosso, em qualquer tipo de ma-
nejo das pastagens, em solo com fertilidade aparente baixa e média, D
em qualquer nível de lotação das pastagens e em áreas não subme-
tidas a controle químico. Por serem espécies anuais de pequeno
porte e ciclo curto, o potencial de competição é baixo. Nos casos
E
de maiores densidades, sua importância, embora pequena, se faz
sentir nas regiões do Arenito e do Terceiro Planalto, em pastagens
F
de braquiárias e grama-mato-grosso, em pastagens pastejadas com
média intensidade, em solo com nível de fertilidade médio, em áre-
L
as com sublotação ou lotação ideal e não submetidas ao manejo
anual das invasoras.
M
Produtores afirmaram que vacas que consomem a planta de
botão-azul produzem leite com odor desagradável. N
P
Pterocaulon angustifolium DC.
R
NOMES COMUNS
Branqueja-fina, branqueja, branqueja-do-campo, barbasco S
ORIGEM
Espécie originária dos Campos Nativos do Sul do Brasil. T
U
P
lanta perene, herbácea, anemocórica. Raiz principal pivotante e
profunda, forma um engrossamento na superfície do solo a par-
tir do qual renova a parte aérea anualmente. Caule herbáceo,
V
lanuginoso, alado em toda sua extensão, atinge 60-90 cm de altura,
ramificado na parte inferior. Folhas alternas, sésseis, inteiras, ápice
Z
NOMES COMUNS
Branqueja-lanuda, branqueja, barbasco
ORIGEM
Espécie oriunda do cerrado brasileiro, está se expandindo para o Sul do país.
E
spécie perene, subarbustiva, anemocórica. Sistema radicular
vigoroso, raiz principal pivotante na planta nova, logo desapa-
rece; na região da superfície do solo forma um engrossamento
P
lanta perene, subarbustiva, anemocórica. Raiz principal pi-
votante, presente enquanto a planta é nova. Quando se torna F
adulta, há um engrossamento na base do colo, semelhante a
um xilopódio, do qual emite 9-20 raízes adventícias fibrosas e resis- L
tentes, com poucas ramificações e que permite a renovação anual
da parte aérea. Caule ereto, herbáceo quando novo, lignifica da base M
para o ápice; raramente ramificado na parte inferior, muito ramifi-
cado na parte superior junto da inflorescência; cilíndrico e pubes- N
cente. Folhas alternas, sésseis, membranáceas, lineares lanceoladas
até elípticas, com ala prolongando-se até o nó inferior, ásperas e P
corrugadas; de coloração verde intenso na face ventral e acinzen-
tada na dorsal, pela presença de uma tênue pilosidade. Inflorescên- R
cias terminais em forma de espigas, capítulos reunidos de 3-5 por
glomérulos. Invólucro campanulado, com 6 mm de comprimento,
igual a dois terços dos papilhos, formados por três séries de filárias.
S
Flores femininas numerosas, corola tubulosa com 2-3 dentes api-
cais; 1-3 flores masculinas, de corola tubular pentadentada, anteras
T
com base sagitada e apêndice apical. Aquênios lineares pouco ar-
queados, com 1,2-1,3 mm de comprimento sem o papilho e 0,4 mm
U
de diâmetro; ápice truncado e base atenuada com carpídio, papilho
piloso persistente, com 8,5 mm de comprimento e cerca de 40 pêlos
V
sedosos brancos. O papilho é essencial para o transporte dos aquê-
nios pelo vento a longas distâncias.
Z
P
lanta anual, subarbustiva, anemocórica. Raiz principal pivotan-
te, vigorosa e profunda, raízes laterais longas e superficiais. O F
caule atinge mais de 2 m de altura; quando há espaço, a rami-
ficação é intensa, conferindo aspecto arredondado à planta. Ramos e L
caule novos têm pigmentação violácea, são glabros e luzidios. Em solos
mais férteis a parte inferior do caule atinge 4 cm de diâmetro, suberi- M
fica e lignifica. Folhas de plantas novas inteiras e bicolores, verdes no
lado superior e arroxeadas no inferior. Folhas com disposição helicoi- N
dal, pinatipartidas, até cinco pares de segmentos opostos e um termi-
nal; mais escuras na face inferior. Nervuras salientes no lado dorsal e P
deprimidas no ventral. Inflorescências terminais e laterais em corim-
bos de capítulos muito amplas. Flores de coloração amarela intensa R
conferem aspecto ornamental; agrupadas em capítulos com invólucro
campanulado, caliculado com 6-7 mm de comprimento por 5-6 mm
S
de diâmetro, formado por 16-20 filárias linear-oblongas, glabras. Cada
capítulo apresenta até 50 flores amarelas. As externas, femininas, com
T
lígulas, possuem até 20 mm; as internas, hermafroditas, possuem co-
rola tubular, alargada na parte superior, pentalobadas. Tanto as flores
U
femininas como as hermafroditas possuem corola caduca guarnecida
por papilhos. Aquênios cilíndricos, até 3 mm de comprimento sem o
V
papilho e menos de 1 mm de diâmetro, curvados ou retos, tegumento
com estrias ou costelas finas intercaladas de pequenos sulcos, base
Z
ORIGEM D
Espécie originária do Cone Sul da América do Sul. No Brasil pode ser encontrada em
todas as regiões, sendo mais frequente no Sul e Sudeste.
E
F
P
lanta herbácea, perene, anemocórica. Sistema subterrâneo for-
mado por raízes adventícias que partem de rizomas róseos ou
violáceos que formam um emaranhado; desses rizomas, na pri- L
mavera, emergem caules aéreos que renovam a parte aérea da planta.
A raiz pivotante, presente apenas na planta nova, definha após surgi- M
rem os rizomas. Os caules aéreos originam-se das gemas e extremi-
dades dos rizomas; apresenta crescimento ereto e sem ramificações, N
cilíndricos, violáceos quando recém emergidos, depois verdes; pilosi-
dade curta. Os caules secam após a maturação e dispersão dos aquê- P
nios. Folhas em toda a extensão do caule, sésseis, próximas umas das
outras, de inserção helicoidal, diminuem de tamanho nas partes mais R
altas do caule. Atingem mais de 9 cm de comprimento por cerca de
2 cm de largura. Limbo lanceolado, margem áspera e inteira ou com
alguns dentes agudos, ápice agudo e base atenuada; nervura princi-
S
pal saliente. Inflorescências na parte terminal do caule, onde surgem
vários ramos, dando o formato de uma panícula coniforme, capítulos
T
e flores de coloração amarelo intenso, vistosa.
Capítulos campanulados, 8 mm de comprimento; invólucro ver-
U
de-claro-amarelado, formado por duas séries de filárias; cerca de 15
flores, femininas, de corola ligulada, externas; muitas hermafroditas
V
de corola multilobada no ápice, internas; corola e lígulas de colora-
ção amarela intensa. Aquênios obcônicos a cilíndricos, pouco com-
Z
SINÔNIMOS
Soliva daucifolia Nutt., Soliva pterosperma (Juss.) Less., Soliva alata (Spreng.) Juss.,
Gymnostyles pterosperma Juss., Gymnostyles alata Spreng.
NOMES COMUNS
Roseta, cuspe-de-tropeiro, espinho-de-cachorro, roseta-rasteira, cuspe-de-caipira
ORIGEM
Espécie originária dos Campos Nativos da América do Sul.
P
lanta herbácea, anual, zoocórica. Sistema radicular tipicamen-
te pivotante. Praticamente acaule. Caule principal curtíssimo,
resumindo-se em pequeno nó de onde partem várias folhas em
forma de roseta basilar. Esse curtíssimo caule está encimado por um
SINÔNIMOS
Wedelia paludosa DC., Wedelia trilobata (L.) Hitchc., Acmella brasiliensis Spreng., Wedelia
brasiliensis Blake, Silphium trilobatum L.
NOMES COMUNS
Vedélia, malmequer-do-brejo, picão-da-praia, margaridão
ORIGEM
Espécie de origem brasileira, ocorre na Costa Atlântica. Cultivada como planta orna-
mental, é utilizada em forrações e na proteção de taludes.
P
lanta herbácea, perene, zoocórica. Raiz pivotante presente apenas
em plantas novas originadas de sementes; as raízes secundárias
são adventícias oriundas dos nós dos ramos em contato com o
solo. Caule de desenvolvimento inicial ereto, depois de atingir cerca de
20 cm de altura torna-se prostrado, atinge 2 m de comprimento, ramifi-
cado na parte basal, emite brotações a partir dos nós em contato com o
solo que enraízam; cilíndrico, liso, glabro ou com poucos pêlos nas par-
tes novas, verdes ou avermelhados e enfolhados na parte terminal. For-
ma grande emaranhado, cobrindo completamente a superfície do solo.
Folhas simples, quase sésseis, opostas, membranáceas, base atenuada
com dois grandes lobos e ápice agudo, margens irregularmente dente-
adas; cerca de duas vezes mais longas do que largas; superfície verde-
-brilhante na face ventral e mais clara na dorsal. Inflorescências em ca-
pítulos isolados na porção terminal dos ramos, pedúnculo fino, reto e
longo de cerca de 9 cm de comprimento, surgem praticamente durante
todo o ano, de forma sequencial. Capítulos globosos de 2-3 cm de diâ-
metro, com invólucro formado por duas séries de filárias lanceoladas da
metade do comprimento das flores, soldadas na base e com pêlos hia-
linos. Na periferia dos capítulos ocorrem cerca de 15 flores femininas
liguladas de até 8 mm de comprimento, espatiformes e com 2-3 dentes
no ápice, de coloração amarelo intenso. No centro do capítulo apresenta
um grande número de flores hermafroditas, com brácteas lanceoladas
de cor amarela claro e corola tubulosa com 5 lobos minúsculos ama-
ORIGEM
P
Espécie originária da América do Sul, é encontrada frequentemente na Bolívia, Para-
guai e Brasil, nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo e R
Minas Gerais.
P T
lanta anual ou perenizada, herbácea, de pequeno porte, rara-
mente atinge 1 m de altura, podendo haver lignificação na parte
inferior do caule, anemocórica. Raiz pivotante bem desenvolvi-
da. Caule ereto com dominância apical marcante, pouco ramificado U
na parte inferior e intensamente ramificado na parte superior. Folhas
simples, sésseis e amplexicaules; as inferiores lanceoladas, base ate- V
nuada e ápice agudo; nervura principal bem desenvolvida, esbranqui-
çada ou avermelhada na face ventral. Ao longo do caule, de baixo para Z
P E
lanta herbácea, perene, zoocórica. Raiz principal pivotante
com pequeno desenvolvimento e presente apenas em plan-
tas novas. De crescimento prostrado, a planta emite raízes F
adventícias fasciculadas a partir dos nós em contato com o solo.
Caule fino, 4 mm de espessura, prostrado, ramifica intensamente, L
crescimento contínuo, glabro e de coloração verde-claro.
Folhas simples, opostas, membranáceas, pecíolo curto, limbo M
ovalado com ápice agudo, em média 2 cm de comprimento por 1,5
cm de largura; margem regularmente denticulada, coloração ver- N
de, mais clara na face dorsal; trinervadas a partir da base e cober-
tas de minúsculos pêlos, principalmente na face dorsal. P
A inflorescência se resume em diminutos capítulos sésseis, so-
litários ou em pequenos grupos, na axila das folhas; invólucro per- R
sistente de 4-5 mm de comprimento, formado por apenas 2 filárias
ovalado-lanceoladas de ápice agudo, pubescentes que protegem as S
4 flores, 2 femininas e 2 hermafroditas, corolas tubulosas, amare-
las e 3-4 dentes apicais. T
Aquênios foscos, pretos e com papilas irregulares e esbran-
quiçadas, são de 3 tipos. Os aquênios originados das flores femi- U
ninas, maiores, convexos na face dorsal, côncavos na ventral, com
2 cerdas apicais, amareladas, e dois tipos provenientes das flores V
hermafroditas que diferem entre si na convexidade das faces, lar-
gura e forma das asas. Z
A
B
C
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Tagetes minuta L.
SINÔNIMOS
Tagetes porophyllum Vell., Tagetes bonariensis Pers., Tagetes glandulifera Schrank,
Tagetes glandulosa Schrank ex Link
NOMES COMUNS
Cravo-de-defunto, rabo-de-foguete, rabo-de-rojão, caovi, cravo-do-mato, erva-fedo-
renta, chinchilho
ORIGEM
Espécie originária da América do Sul. No Brasil, é observada desde o Nordeste até o
Rio Grande do Sul.
P
lanta anual, herbácea, lignificada na parte inferior do caule,
zoocórica. Raiz principal pivotante e raízes laterais pouco
desenvolvidas. Caule ereto, cilíndrico, sulcado, verde-aver-
melhado, liso, apresenta dominância apical, ramifica somente na
parte superior; ramos eretos; atinge até 2,5 m de altura. Folhas
compostas, pinatipartidas com mais de 15 cm de comprimento;
opostas na parte inferior do caule, depois alternas; de 11-17 pares
de folíolos, linear-lanceolados com margens serreadas; coloração
verde intensa e glabra; junto à margem dos folíolos apresenta uma
fileira de glândulas que produzem óleos voláteis de odor desagra-
dável. Inflorescência na porção terminal dos ramos, corimbos de
5-6 capítulos pedunculados de coloração verde-amarelados. Flo-
res em capítulos longos, até 12 mm de comprimento; invólucro
formado por 5 filárias conatas, terminadas em lobo agudo; de 4-5
flores centrais, hermafroditas, corola amarela, tubulosa. As flores
medem entre 9-12 mm de comprimento. Aquênio linear lanceola-
do, comprimido, transversalmente elíptico, com 6-7 mm de com-
primento. Papilho formado por 5 páleas agudas, finamente cilia-
das de até 3 mm de comprimento.
As sementes germinam em quase todas as épocas, mas predo-
minantemente na primavera. As plantas produzem grande quanti-
dade de sementes e morrem no final do outono.
P
lanta subarbustiva, perene, anemocórica. Sistema subterrâneo
formado por grossos rizomas e por raízes muito fibrosas. Caules U
eretos, pouco ramificados, atinge pouco mais de 1 m de altura,
ocráceo-tomentoso e de entrenós curtos. Folhas alternas, as inferiores V
curto-pecioladas e as superiores sésseis, coriáceas, ásperas, obovadas,
arredondadas no ápice, atenuadas para a base; inteiras ou levemente
crenadas; glabras e lustrosas na face ventral e densamente ocráceo-
Z
ORIGEM D
Espécie originária dos Campos Nativos e cerrados do Brasil. Encontra-se dispersa nas
lavouras, pastagens e outras áreas alteradas do Sudoeste, Centro-Oeste e Sul do país.
E
P F
lanta perene, subarbustiva, anemocórica. Sistema subterrâneo
composto de rizomas longos e brancacentos que se desenvol-
vem a poucos centímetros de profundidade e de raízes adven- L
tícias que partem desses rizomas, aprofundando-se no solo. A raiz
adventícia mais próxima de um caule aéreo tem crescimento muito M
vigoroso, dando a falsa impressão de que se trata de uma raiz pivotan-
te. A raiz pivotante só se desenvolve quando a planta é originária de
semente, no primeiro ano de formação da reboleira. Esta, aumenta de
N
tamanho pela emissão de grande quantidade de rizomas para a reno-
vação anual da parte aérea.
P
Caule ereto, lignificado, ramifica-se somente na parte superior,
junto da inflorescência, atinge em média de 2-3 m de altura, secan-
R
do após a maturação dos aquênios; anguloso, com linhas proemi-
nentes que partem da inserção da folha, cobertos de intensa pilo-
S
sidade pardacenta. Folhas alternas, com pecíolo de comprimento
variável, intensamente cobertas de pêlos, ásperas e acinzentadas,
T
limbo lanceolado, atenuadas na base, ápice agudo, margens inteiras
ou levemente serrilhadas, muito variáveis no tamanho, em média
U
três vezes mais longas do que largas, rugosidades e pontuações na
face ventral e verde mais claro na face dorsal. Inflorescência ampla,
V
em forma de panícula, com capítulos sésseis ou pedunculados, flo-
res perfumadas e melíferas, atraem grande quantidade de abelhas.
Z
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SINÔNIMO
Vernonia tweedieana Baker
NOMES COMUNS
Assa-peixe-de-laguna, laguneira, mata-pasto, chimarrita, mata-campo, erva-de-mu-
la, orelha-de-mula
ORIGEM
Espécie nativa do Paraguai, Sul do Brasil e Norte da Argentina.
P
lanta perene, subarbustiva, anemocórica. Sistema subterrâneo
formado por rizomas muito vigorosos e profundos, que permi-
tem a renovação anual da parte aérea e por longas raízes adven-
tícias fibrosas. Os caules surgem na primavera e atingem mais de 3 m
de altura, estriados, ramificados somente na parte superior próximo
às inflorescências e cobertos de pilosidade acinzentada. Folhas alter-
NOMES COMUNS S
Assa-peixe-roxo, assa-peixe, chimarrita, orelha-de-mula, orelha-de-vaca
ORIGEM
Espécie nativa do Sudeste, Centro-Oeste e Sul do Brasil.
T
U
P V
lanta perene, subarbustiva, anemocórica. Sistema subterrâneo
formado por uma raiz pivotante, principalmente nas plantas
novas, que tende a se atrofiar, sendo substituída pelas raízes
secundárias e adventícias profundas, que partem dos curtos rizomas Z
A
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Z
Xanthium strumarium L.
SINÔNIMOS
Xanthium natalense Widder, Xanthium pungens Wallr., Xanthium cavanillesii Schouw.,
Xanthium orientale L.
NOMES COMUNS
Carrapichão, carrapicho-grande, carrapicho-de-carneiro-grande, bardana-maior, car-
rapicho-de-cavalo
ORIGEM
Espécie polimorfa, nativa do continente americano ou europeu, apresenta grande di-
versidade de caracteres nesses dois possíveis centros de origem.
P
lanta anual, herbácea, zoocórica. Raiz pivotante muito vigorosa.
Caules com dominância apical, muito ramificado desde a base;
verdes, ásperos, com estrias ou pontos vermelho-violáceo. Folhas
simples; as inferiores opostas; intermediárias e superiores, alternas;
P
ode ser encontrada infestando áreas de lavouras e de pas-
tagens. É planta herbácea que atinge no máximo 50 cm de
altura, muito ramificada; folhas pequenas, simples ou loba-
das. Possui espinhos triplos, amarelados, longos, finos e rijos, que
partem do nó, junto da axila das folhas. O fruto é um antocarpo
oblongo com dois aquênios na parte externa, com dois espinhos
com a ponta transformada em gancho.
As duas espécies produzem frutos com espinhos na forma de
ganchos. Estes, além de ferir os animais, enovelam a lã dos ovinos e
a crina dos equinos.
Outras Asteraceae
A
s espécies mencionadas a seguir, todas asteráceas, natural-
mente não causam grandes prejuízos nas pastagens. Estão
presentes na maioria das pastagens, em clareiras que sur-
gem durante os diferentes estádios de degradação das mesmas.
Lentamente, forma-se um grande banco de sementes, a partir do
qual, por ocasião da reforma ou renovação das pastagens, as se-
P
lanta herbácea, entre 50 e 90 cm de altura. As sementes germi-
nam em qualquer época do ano. Caule ereto, às vezes decumben- F
te, ramificado, cilíndrico, verde ou avermelhado; folhas simples,
pecioladas, as inferiores opostas e as superiores podem ser alternas; L
inflorescências terminais com 4-20 capítulos com flores arroxeadas.
M
Chaptalia integerrima (Vell.) Burk.
N
NOME COMUM
Paraquedas P
R
Chaptalia nutans (L.) Polack
S
NOME COMUM
Paraquedas-de-folhas-cortadas
T
ORIGEM
Espécies nativas da América, do México até a Argentina. Presentes em todas as regiões
do estado do Paraná. U
V
P
arte aérea anual e subterrânea perene. As plantas desenvolvem
uma roseta de folhas com diâmetro de 20 cm ou mais; folhas
membranáceas, flácidas, oblanceoladas a ovado-lanceoladas,
Z
Chaptalia integerrima
NOME COMUM
Capiçoba
NOMES COMUNS
Macela-fina, escama-de-sapo, meloso
P
lanta herbácea de pequeno porte. As sementes germinam em
qualquer estação, contudo é predominante no inverno. No início
forma uma pequena roseta com as folhas bem estendidas junto
ao solo. Caule lanuginoso, raramente ultrapassa os 30 cm de altura.
Folhas sésseis, alternas no caule, lanuginosas, de coloração verde no
lado superior e brancacenta no inferior. Floresce abundantemente e
frutifica logo em seguida. Forma populações densas, cobrindo todo o
solo em clareiras das pastagens, dificultando, assim, o enraizamento
das espécies forrageiras estoloníferas.
Hypochaeris radicata L.
NOME COMUM
Almeirão-do-campo
ORIGEM
Originária do continente europeu. Ocorre na região Sul do Brasil, em altitudes supe-
riores a 700 m.
M
uito semelhante ao almeirão cultivado, possui folhas em
rosetas, sésseis, espatuladas, limbo fortemente lobado. As
folhas basilares ficam bem juntas ao solo. Do centro da ro-
seta emerge o caule, com poucas ramificações, que atinge 50 cm de
altura. Da extremidade do caule e ramos laterais, surgem capítulos
de flores liguladas de coloração amarelo intenso. Os aquênios cen-
trais possuem rostro longo e papilho insignificante, os laterais são
menores, com papilho maior e formado de pêlos plumosos. Causam
maiores danos nas pastagens cultivadas próximas da Região Metro-
politana de Curitiba.
Tridax procumbens L.
A
NOME COMUM
Erva-de-touro B
ORIGEM
Planta originária da América Central, em processo de expansão no estado do Paraná.
É esporadicamente encontrada em pastagens no Norte, de ciclo anual ou bienal,
C
quando o inverno é mais ameno.
D
E E
rva prostrada, forma reboleiras de mais de 1 m de diâmetro.
Caule cilíndrico, piloso ou não, ramificado e com emissão de
raízes adventícias nos nós em contato com o solo. Folhas sim-
ples opostas, curto-pecioladas, margem denteada, cerca de 6 cm de
F
comprimento por 3 cm de largura, de coloração verde na face superior
e acinzentada na inferior, pilosa. Flores em capítulo sustentado por
L
longo pedúnculo; as externas, de coloração amarelo-claro e com lígu-
la tridente; as internas de coloração amarelo intenso, de corola tubu-
M
lar com cinco dentes no ápice. Os aquênios medem cerca de 2 mm de
comprimento com papilho de cerca de 5 mm de comprimento. N
P
R
S
T
U
V
Z
B erb eridaceae
Berberis laurina Thunb.
SINÔNIMOS
Berberis glaucescens Saint-Hil., Berberis coriacea Saint-Hil., Berberis coriacea Saint-Hil.
var. oblanceifolia Ahrendt, Berberis spinulosa Saint-Hil.
NOMES COMUNS
São-joão, espinho-amarelo
ORIGEM
Espécie nativa do Uruguai, Argentina e Brasil, onde pode ser encontrado de Minas
Gerais até o Rio Grande do Sul.
A
rbusto perene e zoocórico. Sistema radicular predominan-
temente pivotante, profundo. O caule atinge 2-3 m de altura,
2-3 cm de diâmetro; madeira amarela, casca levemente rugosa
marrom escura, ramificado; ramos novos glabros amarelados; espi-
nhos amarelos tripartidos, 1,0-3,5 cm de comprimento, lisos, sulca-
dos no lado dorsal, localizados na base do fascículo de folhas. Folhas
simples, pecioladas; limbo de 1,5-7,0 cm de comprimento, 0,5-3,5 cm
de largura, coriáceo, obovado-oblongo ou oblanceolado, brilhante na
face superior, opaco na inferior, margens inteiras ou denteadas, ápice
mucronado, base cuneada, nervuras salientes na face inferior; duas
estípulas denticulares ou lineares, diminutas, 1,0-1,5 mm de compri-
mento, nas bordas do pecíolo; escama de 1 mm protegendo a base das
folhas. Inflorescência racemosa, 11 cm de comprimento; pedúnculo
flexível, pendente; pedicelo 7-11 mm de comprimento; bráctea floral
linear-lanceolada na base da inflorescência e duas bractéolas oval-lan-
ceoladas. Sépalas externas oval-lanceoladas e internas ovadas; ápice
obtuso ou arredondado. Pétalas orbiculares, ovadas, nervura central
reta e ramificada na extremidade e duas laterais oblongas com glân-
dula na base. Estames carnosos, anteras com valvas laterais. Ovário
unilocular oblongo, 2-5 óvulos, estilete curto, estigma dilatado. Frutos
B ignoniaceae
Adenocalymma marginatum (Cham.) DC.
SINÔNIMO
Bignonia marginata Cham.
NOME COMUM
Cipó-de-vaqueiro
ORIGEM
Espécie originária do Paraguai, Uruguai, Argentina e Brasil, ocorre da Bahia até o Rio
Grande do Sul.
P
lanta perene, trepadeira, anemocórica. Sistema radicular rami-
ficado, vigoroso, raramente emite raízes superficiais. Caules
longos sobem nos suportes com o auxílio de gavinhas; glabros,
não volúveis, brotam da base engrossada do tronco. Folhas trifoliola-
das, às vezes o folíolo terminal se transforma em gavinha simples. Fo-
líolos elípticos, elíptico-oblongos ou ovado-elípticos, acuminado ou
arredondado, ápice emarginado, levemente cordado na base, até 13
cm de comprimento por 2,5-8,0 cm de largura, coriáceos ou papirá-
ceos, margem cartilaginosa engrossada, escamas esparsas; pseudo-
-estípulas foliáceas, elípticas, cerca de 5 mm de comprimento, com
glândulas escuras. Inflorescência em tirso multifloral com ramos
densamente pubescentes, com indumento escamoso de pêlos fulvos;
brácteas elípticas ou lanceoladas de 5-6 mm de comprimento, com
glândulas escuras; bractéolas pequenas, com 1 mm de comprimento.
Flores com cálice campanulado, truncado, denticulado, indumento
fulvo e glândulas escuras; corola de coloração amarelo intenso, cam-
panulada, afunilada acima da base cilíndrica do tubo, 3,0-5,5 cm de
comprimento, escamosa pubescente no lado externo; limbo de 5 cm
de diâmetro; ovário oblongo, sulcado, escamoso, 3 mm de compri-
mento. Fruto cápsula achatada tetrágona, de 30 cm de comprimento
e 2,0-3,5 cm de largura, glabrescente; sementes aladas ou não.
NOME COMUM U
Cipó-d’água
ORIGEM V
Espécie originária da América do Sul, ocorre no Paraguai, Bolívia e da Amazônia até
o Paraná.
Z
P
lanta trepadeira, remanescente, perene, anemocórica. Siste-
ma radicular muito vigoroso, profundo, pouco ramificado;
raízes superficiais produzem brotações formando grandes
reboleiras ao redor da planta-mãe.
Brotam vários caules do toco remanescente da roçada para a for-
mação das pastagens. Caules e ramos novos hexágonos, verdes, gla-
bros, estrias bem visíveis; tornam-se suberificados e de coloração
marrom. De crescimento inicial ereto, depois se curvam e emitem no-
vas brotações, formando grandes emaranhados de ramos e folhas. Fo-
lhas bifolioladas, com ou sem gavinha trífida; pseudo-estípulas peque-
nas, foliáceas. Inflorescência em racemo ou panícula terminal. Cálice
campanulado ou em forma de taça.
Corola de coloração purpúrea ou amarelada de intensidade pá-
lida, aumentando a intensidade de pigmentos até a maturação dos
órgãos reprodutores; tubo curto e limbo bilabiado, lábio superior
grande, inteiro ou bidentado, o inferior com 3 lobos eretos, curtos,
assumindo a forma de um pião. A flor praticamente não abre, deixa
uma pequena abertura por onde penetram os polinizadores. Rara-
mente frutifica. Fruto cápsula lenhosa, achatada, biconvexa, valvas
paralelas ao septo. Sementes transversalmente oblongas, alas mem-
branáceas quase hialinas.
Planta encontradiça na região do Arenito, em pastagens forma-
das por panicuns. Formam grandes aglomerados, exclusivos ou sobre
plantas arbustivas, tão densos que impedem a penetração da luz, eli-
minando as plantas forrageiras.
Por essa razão é planta altamente competitiva na região de ocor-
rência, em pastagens de panicuns, braquiárias e grama-mato-grosso,
em qualquer intensidade de lotação e fertilidade do solo, em proprie-
dades onde somente as práticas mecânicas de manejo são utilizadas.
Causa prejuízos de grande importância, principalmente na região do
Arenito, em pastagens de braquiárias, nos locais onde as práticas de
manejo das plantas daninhas não são frequentes.
A
B
C
D
E
F
L
M
N
P
R
S
T
Anemopaegma sp.
U
NOME COMUM
Cipó-de-orelha
V
ORIGEM
Espécie originária das regiões Sul e Sudeste do Brasil.
Z
P
lanta trepadeira, remanescente, perene. Sistema radicular rami-
ficado, partindo da base do caule que foi cortado e queimado
no processo de formação da pastagem. Os caules e ramos par-
tem desse toco e sobem nas plantas próximas ou se estendem sobre
as forrageiras formando grandes emaranhados. Ramos novos glabros,
subcilíndricos ou angulosos, coloração verde. Folhas bifolioladas com
ou sem gavinhas terminais simples ou trífidas; raramente são obser-
vadas folhas trifolioladas. Pseudo-estípulas foliáceas, verdes, auricu-
ladas, bem evidentes. Inflorescência em racemo terminal, paucifloro.
Cálice campanulado, truncado; corola branca ou amarelo-pálida, cam-
panulado-afunilada, glabra ou glandular escamosa, mais ou menos
pubescente externamente. Fruto cápsula elipsoide, estipitada; valvas
paralelas ao septo, achatadas, lisas. Sementes subcirculares com alas
membranosas opacas ou hialinas.
Espécie encontradiça na região do Arenito, em pastagens de pani-
cuns. Muito competitiva em áreas de solo com baixa fertilidade natural
e baixa intensidade de lotação de animais. Causa danos de pequena
importância, porque as plantas ocorrem em reboleiras esparsas na
Região do Arenito, nas pastagens de panicuns, braquiárias e grama-
-mato-grosso, em solos com fertilidade natural baixa e de difícil erra-
dicação por meios mecânicos.
P
lanta perene, remanescente, trepadeira, anemocórica. Sistema F
radicular pivotante, profundo, pouco ramificado, casca escura;
a raiz principal, localizada a 15-25 cm de profundidade, forma L
uma tuberosidade semelhante a um xilopódio, fibroso na parte exter-
na e carnoso na parte interna. Nessa estrutura, a planta armazena água M
e substâncias nutritivas. Quando ocorrem secas intensas ou incêndios,
a parte aérea morre e a planta rebrota a partir dessa estrutura. Na N
presença de suportes, o caule, no início do seu desenvolvimento, fixa-
-se àqueles por meio de gavinhas trífidas, que depois são substituídas P
por raízes grampiformes. Atinge até 20 cm de diâmetro. Quando na
fase reprodutiva, as ramificações do caule pendem da copa das árvo- R
res em belíssimas cascatas de flores amarelas e de longos frutos. Na
ausência de suporte, a planta torna-se prostrada; seus longos e finos
S
ramos desenvolvem-se junto do solo e de espaço em espaço emitem
raízes a partir dos nós. Essas raízes podem tuberizar e dar origem a
T
novas plantas. Nas pastagens, esses ramos se desenvolvem sobre as
forrageiras, que acabam sendo rejeitadas pelos animais.
U
Ramos novos lenticelados, costados, glabros; entrenós de 5-9 cm
de comprimento. Folhas compostas, opostas, verde-claros. Folíolos
V
laterais elípticos a elíptico-lanceolados, acuminados ou cuspidados
no ápice, atenuados na base, com 5-9 cm de comprimento e 4 cm de
Z
SINÔNIMOS
Bignonia difficilis Cham., Mansoa laevis DC., Cydista praepensa Miers, Adenocalymma
splendens Bureau & K. Schum.
NOMES COMUNS
Cipó-de-corda, cipó-de-sino, cipó-alho, cipó-cambira
ORIGEM
Espécie originária do Brasil, Bolívia, Paraguai e Argentina.
P
lanta remanescente, trepadeira, anemocórica. Os ramos par-
tem do toco, do cipó cortado para a formação das pastagens e
também das raízes superficiais. Crescem aderidos aos suportes
com auxílio das gavinhas, até atingir a copa das árvores. Na ausência
SINÔNIMOS
Bignonia venusta Ker-Gawl., Bignonia ignea Vell., Pyrostegia ignea (Vell.) Presl.
NOMES COMUNS
Cipó-de-são-joão, flor-de-são-joão, cipó-de-fogo, cipó-de-lagarto, marquesa-de-belas
ORIGEM
Espécie nativa do Brasil, Bolívia, Paraguai e Nordeste da Argentina.
P
lanta remanescente, trepadoura, perene, anemocórica. Sistema
radicular pouco ramificado, mas profundo. As raízes possuem
um tecido de reserva muito desenvolvido que, mesmo depois de
vários anos inativo, permite brotação, formando novas plantas. Ramos
costados, delgados, glabros ou pilosos quando novos, glabrescentes
quando adultos. Folhas compostas por dois folíolos laterais e uma ga-
SINÔNIMOS
Bignonia stans L., Stenolobium stans (L.) Seem
NOMES COMUNS
Amarelinho, ipê-mirim, ipezinho, ipê-de-jardim, guarã-guarã, ipê-amarelo-de-jardim,
caroba-amarela, ipezinho-americano
ORIGEM
Espécie originária do México e dos Estados Unidos.
A
rbusto ou arvoreta, perene, anemocórica. Durante o primeiro
ano após a emergência, desenvolve uma raiz pivotante, vigoro-
sa e profunda. Somente a partir do segundo ano surgem as ra-
ízes secundárias laterais, superficiais; a epiderme muito desenvolvida
serve para armazenar água e substâncias de reserva. As raízes super-
ficiais, quando sofrem algum estímulo por corte, esmagamento, feri-
A
B
C
D
E
F
L
M
Adenocalymma peregrinum (Miers) L. . Lohmann
N
SINÔNIMO
P
R
Memora peregrina (Miers) Sandwith
NOME
Ciganinha
S
E T
spécie remanescente da vegetação anterior, presente em algu-
mas regiões do Arenito. de difícil controle por ter a capacida-
de de emitir brotações a partir do sistema subterrâneo, onde
armazena grande quantidade de nutrientes e água. Planta facilmen-
U
te reconhecida pela grande quantidade de flores amarelas, vistosas,
pendentes, semelhantes às dos ipês; folha verde intenso, paripenada,
V
levemente acanaladas, nervuras bem evidentes; caules finos, eretos e
flexíveis, que atingem até 1 m de altura.
Z
B oraginaceae
Heliotropium transalpinum Vell.
SINÔNIMOS
Heliotropium monostachyum Cham., Heliotropium tiaridioides Cham., Heliotripium
monostachyum var. tiaridioides Chodat
NOMES COMUNS
Borragem-crista-de-galo, borragem-rabo-de-macaco, heliotrópio
ORIGEM
Espécie originária da América do Sul, dispersa no Uruguai, Paraguai, Bolívia, Norte da
Argentina e Centro do Brasil.
P
lanta subarbustiva, perene, zoocórica. Sistema radicular pivo-
tante muito vigoroso, profundo, raiz principal pouco ramificada.
Caule ereto, pouco ramificado, pubescente com pêlos malpighi-
áceos. Inserção das folhas muito variável, alternas, opostas ou semi-
-opostas. Folhas simples, atenuadas no ápice e na base, menos de 15
cm de comprimento e até 5 cm de largura; margens inteiras e às vezes
levemente onduladas; superfície com poucos pêlos, mais intensamen-
te coberta e com pêlos maiores na face inferior; pecíolo delgado de 4-9
cm de comprimento. Inflorescências em 2-3 cimas escorpioides, pseu-
do-terminais ou depois laterais pelo crescimento do caule; pubescen-
tes com pedúnculo glabro. Flores sésseis; somente as flores inferiores
desenvolvem um curto pedicelo no desenvolvimento do fruto. Cálice
de 2,5 mm de comprimento, lobos lineares, mais curtos do que o tubo
da corola branca; tubo da corola de 2,0-2,5 mm de comprimento por
1,5 mm de diâmetro, pubescente externamente, lobos eretos, largo-
-elípticos. Fruto carcerulídio, profundamente sulcado, dividido em 2
ou 4 partes iguais, conforme a variedade.
Plantas desta espécie sempre ocorrem de forma isolada ou em
pequenos grupos, tem desenvolvimento e florescimento ao longo de
todo ano, brotando vigorosamente quando roçadas.
NOME COMUM
Porangaba
P
ossui caule ereto e ramificações normalmente verticiladas, ra-
mos dispostos horizontalmente ou levemente curvados para
baixo, glabros, lisos, verdes; folhas opostas, lanceoladas, agudas
ou acuminadas, de 8-12 cm de comprimento, 2-4 cm de largura, subco-
riáceas, inteiras, glabras ou quase, lustrosas a brilhantes na superfície
A T
rbusto de caule ereto com poucos ramos verticilados, ou qua-
se; ramos de desenvolvimento inclinados para cima cerca de
45 graus, pardacentos, rugosos. Folhas opostas a quase alter-
nas, caducas; pecíolo delgado, 1-4 cm de comprimento; limbo ovala-
U
do, elíptico a quase oblongo, inteiro, base aguda, ápice agudo, 9-14
cm de comprimento por 3-8 cm de largura na planta adulta, pois na
V
planta jovem as folhas são um pouco maiores; glabras e brilhantes
ou tomentosas na face superior, tricomas estrelados na face inferior.
Z
SINÔNIMOS
Cordia polycephala (Lam.) I.M. Johnston, Varronia corymbosa Desv., Cordia corymbosa
(Desv.) G. Don, Cordia monosperma (Jacq.) R. & S., Varronia monosperma Jacq.
NOMES COMUNS
Falsa-balieira, balieira, erva-balieira, maria-preta
ORIGEM
Espécie originária da América do Sul, está presente desde a Venezuela até o Uruguai e
Norte da Argentina. No Brasil, ocorre em todos os estados.
P
lanta subarbustiva, bienal, zoocórica. Raiz principal pivotan-
te bem desenvolvida, com algumas ramificações. Subarbusto
muito ramificado de até 2 m de altura; ramos novos, ásperos e
escariosos. Folhas alternas, lanceoladas, ovado-lanceoladas até elípti-
cas, base aguda, ápice agudo, mais de duas vezes mais longas do que
largas; margem lisa até o meio e serreada da metade para o ápice.
Inflorescência corimbosa, laxa até densa, com as flores reunidas se-
melhantemente a um glomérulo; até 7 cm de comprimento, estrigosa
a tomentosa; pedicelo delgado, 1-2 mm de comprimento. Flores com
cálice campanulado de 2-3 mm de comprimento, com lobos triangula-
res; corola campanulada de até 5 mm de comprimento, lobada, colora-
ção branca a amarelada. Fruto globoso, envolto pelo cálice.
NOME COMUM
Língua-de-cachorro
P
lanta boraginácea, anual ou bienal, herbácea, zoocórica, atin-
ge no máximo 1 m de altura; ereta, pouco ramificada; toda a
planta pubescente; raiz pivotante bem desenvolvida. Folhas
da roseta oblongo-lanceoladas a elípticas, 6-12 cm de comprimen-
to por 2,5-3,5 cm de largura, atenuadas para um pecíolo alado de
4-12 cm de comprimento; as do caule são sésseis, com base arre-
dondada, linear-oblonga até lanceolada, menores que as basais. In-
florescências terminais e axilares, paniculadas; cimas escorpioides
de até 9 cm de comprimento, com 6-20 flores; pedúnculos de 4-8
cm de comprimento e pedicelos de até 6 mm de comprimento; cá-
lice com lobos longos; permanece até a maturação do fruto; corola
vistosa de um azul brilhante com até 15 mm de diâmetro, com lo-
bos suborbiculares. Fruto formado por núculas obliquamente liga-
das pela base, ovoides, de 3,5-4,0 mm de comprimento, cobertas de
pêlos gloquidiados.
As sementes germinam no outono e inverno; muitas plantas
florescem na primavera e outras somente no ano seguinte. Por ser
espécie ornamental que saiu de controle, ocorre normalmente pró-
xima de residências ou em locais anteriormente habitados.
As folhas basais são prostradas e competem com forrageiras
de pequeno porte. Espécie observada nos municípios de Pitanga e
Cândido de Abreu, no Centro do estado.
Espécies do gênero Cynoglossum são citadas como plantas tó-
xicas, pois contêm alcaloides pirrolizidínicos de efeitos hepatotó-
xicos em animais. Essas substâncias podem ser transmitidas pelo
leite e causar intoxicações em seres humanos.
A
B
C
D
E
F
L
M
N
P
R
S
T
U
V
Z
B romel iaceae
Ananas comosus (L.) Merril
SINÔNIMOS
Ananas microstachys Lindl., Ananas sativus Schult., Bromelia comosa L.
NOMES COMUNS
Abacaxi-silvestre, abacaxi, gravatá, abacaxi-do-mato, ananás, ananás-selvagem
ORIGEM
Espécie nativa da América do Sul. Linhagens silvestres do abacaxi são plantas invaso-
ras que ocorrem do Paraná até o Norte do Brasil.
P
lanta herbácea, perene, zoocórica. Sistema subterrâneo forma-
do por rizomas longos que de espaço em espaço emergem, for-
mando a parte aérea; raízes muito fibrosas, escuras. Rizomas
protegidos por catafilos, eventualmente podem se desenvolver sobre
o solo como estolões, originam-se na parte inferior da roseta de folhas,
mesmo antes que esta entre em frutificação, sendo que muitas nem
entram em frutificação. As rosetas de folhas atingem mais de 1 m de
altura. Folhas lineares, curvas, verdes, dispostas espiraladamente na
parte inferior do caule e na parte inferior da haste da inflorescência.
Lâmina acanalada, margens providas de fortes acúleos e ápice pontia-
gudo, lisas e glabras. Inflorescência na extremidade de haste floral de
até 80 cm de altura. Flores com sépalas e pétalas arroxeadas que caem,
deixando os ovários livres, os quais se soldam e dão origem à sorose,
fruto típico do gênero Ananas. A diferença das variedades silvestres
de Ananas comosus é que os frutos não se dilatam tanto como nas li-
nhagens cultivadas, são mais fibrosos, ácidos e de sabor desagradável.
Planta relativamente rara nas pastagens do Paraná, mas muito
competitiva na região do Arenito, em pastagens formadas por pani-
cuns e grama-mato-grosso, sob alta intensidade de lotação de animais
e onde as plantas invasoras não são manejadas com herbicidas.
E E
spécie observada em várias propriedades, difere das linha-
gens silvestres do abacaxi por suas folhas serem de coloração
arroxeada ou verde arroxeada e por apresentarem as folhas F
centrais e brácteas da haste floral com coloração intensa, de diferen-
tes tonalidades de vermelho, e os ovários protegidos até o momento
da maturação, por longas brácteas triangulares, também averme-
L
lhadas. O fruto se dilata muito, atingindo a forma de um abacaxi.
M
N
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S
T
U
V
Z
SINÔNIMOS
Bromelia fastuosa Lindl., Bromelia commeliniana De Vriese, Agallostachys antiacantha
(Bertol.) Beer, Bromelia sceptrum Fenzl ex Hugel.
NOMES COMUNS
Caraguatá, gravatá, ananás, banana-do-mato, bromélia
ORIGEM
Espécie nativa do Brasil, ocorre no Litoral, Serra do Mar e regiões limítrofes de cima da
Serra do Mar, do Espírito Santo até o Rio Grande do Sul.
P
lanta herbácea, perene, zoocórica. Caule curtíssimo e grosso,
emite longos e grossos estolões de até 3 cm de diâmetro e 1 m
de comprimento. Esses estolões em contacto com o solo emitem
grande quantidade de raízes fibrosas, engrossam e curvam-se para
cima, emitindo verticalmente um tufo de 90 folhas ou mais. Os esto-
SINÔNIMOS
Bromelia laciniosa sensu Baker, Karatas guianensis Hort. ex Baker, Bromelia argentina
Baker
NOMES COMUNS
Caraguatá-de-cerca, banana-do-mato, gravatá, bromélia-de-cerca
ORIGEM
Espécie originária do Brasil, ocorre desde a Amazônia até o Norte do Rio Grande do Sul.
P
lanta herbácea, perene, estolonífera, zoocórica. Espécie muito
semelhante à Bromelia antiacantha, diferenciando-se princi-
palmente pelas folhas mais curtas, raramente com mais de 1 m
de comprimento, e pela disposição dos espinhos ao longo da margem
das folhas, que podem ser voltados para a base ou para a extremidade
C ampanu l aceae A
Lobelia exaltata Pohl B
SINÔNIMOS
Haynaldia exaltata Kanitz, Rapuntium exaltatum Presl. C
NOMES COMUNS
Lobélia, arrebenta-cavalo, canudeiro D
E
ORIGEM
Espécie originária dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Paraná,
ocupam áreas brejosas e úmidas.
E L
spécie herbácea, anual, zoocórica, anemocórica de pouca
eficiência. Sistema radicular vigoroso, raiz principal pivo-
tante, grossa e carnosa; raízes secundárias superficiais,
algumas bem desenvolvidas. Desenvolve uma roseta basal com
M
grande número de folhas que, com as raízes, armazenam grande
quantidade de reservas. As reservas são utilizadas no desenvol-
N
vimento do caule principal, ramificações, inflorescência e grande
quantidade de sementes.
P
Caule ereto, estriado, glabro, fistuloso, atinge até 3 cm de diâ-
metro e 3 m de altura. Folhas alternas, sésseis, membranosas, lan-
R
ceoladas a lineares, ápice agudo e base atenuada, margem serrea-
da, superfície glabra, até 50 cm de comprimento e 9 cm de largura.
S
Inflorescência racemiforme, multiflora, densa nas extremidades do
caule e dos poucos ramos situados na parte superior do caule, até
T
60 cm de comprimento, com raque pilosa. Flores branco-sujas, es-
verdeadas ou azuladas, abrem sequencialmente de baixo para cima.
U
Dessa forma, quando na base já existem frutos em maturação, a in-
florescência ainda continua em desenvolvimento. Corola zigomorfa
V
de 0,7-1,5 cm de comprimento. Fruto cápsula multisseminada, pe-
riforme de cerca de 1 cm de comprimento.
Z
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C annab aceae
Celtis iguanaea (Jacq.) Sarg.
SINÔNIMOS
Celtis morifolia Planch., Celtis aculeata Sw., Rhamnus iguanaeus Jacq.
NOMES COMUNS
Esporão-de-galo, grão-de-galo, gurupiá, joá-mirim, jameri
ORIGEM
Espécie nativa do Brasil, ocorre desde o Nordeste até o Sul do país.
P
lanta arbustiva, arbórea ou escandente, remanescente, pe-
renifólia, zoocórica. Sistema radicular ramificado, sem pre-
dominância da raiz pivotante. Ramos em contato com o solo
emitem raízes adventícias e, com o tempo, se transformam em uma
nova planta. Os caules podem atingir 10-15 m de comprimento;
crescimento inicial ereto, depois tombam ou crescem, apoiando-se
em outras árvores. Quando crescem isoladas normalmente apresen-
tam vários caules, cada um em ângulo diferente em relação ao solo,
dando um formato disforme à copa. Ramos compridos, flexíveis; ra-
minhos disticamente dispostos, achatados, pubescentes, quase em
ângulo reto em relação ao ramo principal; espinhos estipulares, cur-
tos, agudos, recurvados para a base; casca rugosa, não descaman-
te. Folha alterna, simples, curto-peciolada; pecíolo pubérulo; limbo
ovalado ou ovalado-oblongo, ápice agudo ou curto-acuminado, base
arredondada ou cordiforme e às vezes assimétrica, subcoriáceo,
discolor, margem inteira na base e serreada do meio para o ápice,
4-13 cm de comprimento, 3-7 cm de largura, glabro ou quase glabro,
nervuras salientes no lado dorsal e, apenas visíveis no lado ventral.
Inflorescências em cimeiras curtas ou em fascículos axilares com
muitas flores amarelo-esverdeadas ou brancacentas; estigma linear,
C el astraceae
Maytenus aquifolium Mart.
SINÔNIMO
Maytenus aesvifolius Walp.
NOMES COMUNS
Espinheira-santa-maior, cancorosa
ORIGEM
Espécie nativa do Sul e Sudeste do Brasil.
P
lanta arbustiva, perenifólia, zoocórica. Nas pastagens, originam-
-se de sementes ou de brotações do toco ou das raízes super-
ficiais, muito ramificadas, glabras. Ramos novos acinzenta-
dos, cilíndricos, levemente achatados nos nós. Folhas pecioladas
alternas; pecíolo robusto, 3-4 mm de comprimento; limbo 5,5-9,0
cm de comprimento, 2-3 cm de largura, oblongo-elíptico, margem
espinhoso-dentada, dentes eretos, coriáceo, brilhante, agudo a
acuminado no ápice, base obtusa, emarginado, reticulado, 9-14 pa-
res de nervuras secundárias delgadas. Inflorescência em gloméru-
los na axila das folhas; pedicelos com 6 mm de comprimento; cá-
lice persistente; sépalas pequenas, largo-ovadas, obtusas; pétalas
maiores que o cálice. Fruto cápsula globosa a ovoide, 6-8 mm de
diâmetro, deiscente, bivalva, valvas ovadas, naviculares. Sementes
oblongas, 2-4, envoltas em polpa carnosa.
Planta encontradiça em pastagens do Segundo Planalto, causa
danos de pequena importância. Trata-se de espécie medicinal de
grande procura e de belo efeito ornamental. Por ser pouco compe-
titiva, deve ser poupada nos programas de manejo das pastagens.
C onv ol v u l aceae A
Dichondra microcalyx (Hallier f.) Fabris B
SINÔNIMO
Dichondra repens Forst et Forst var. microcalyx Hallier f.
C
NOMES COMUNS
Rodela-de-cavalo, casco-de-cavalo, corda-de-viola-rasteira, dinheiro-em-penca, corriola
D
ORIGEM
Espécie originária da América do Sul.
E
F
P
lanta herbácea, perene, zoocórica, prostrada. Raiz pivotante,
tem importância somente na planta nova; na planta adulta L
a raiz pivotante degenera e é substituída pelas raízes ad-
ventícias, emitidas a partir dos nós em contato com o solo. Caule M
prostrado, 2-3 mm de diâmetro, muito ramificado, tenro, carnoso,
glabro ou com pilosidade esbranquiçada; de crescimento vigoroso, N
pode crescer vários metros em um ano. Folhas simples, pecioladas,
tamanho do limbo e do pecíolo muito variável, dependendo da lu- P
minosidade e da competitividade no local. O pecíolo está sempre
em posição vertical, atinge 2-20 cm de comprimento. Limbo su- R
borbicular ou reniforme, cordado na base, sinus profundo e lobos
da base arredondados, margem inteira ou crenulada, 1-5 cm de S
diâmetro, superfície lisa, verde intenso no lado superior e mais
clara e com alguns pêlos no lado inferior. Inflorescência diminu- T
ta, partindo da axila das folhas dos caules prostrados; consta de
um curto pedúnculo com 1-3 flores protegidas por duas brácteas U
lanceoladas, carnosas de 2 mm de comprimento. Flores com cálice
campanulado ou rotáceo com 5 lobos; corola com 5 lobos de 1-2 V
mm de comprimento, branco-violácea ou amarelada. Fruto glabro,
2 mm de diâmetro, formado por 2 utrículos que se desprendem, Z
C u cu rb itaceae A
Momordica charantia L. B
SINÔNIMOS
Momordica muricata Willd., Momordica elegans Salisb., Momordica senegalensis Lam.
C
NOMES COMUNS
Melão-de-são-caetano, fruto-de-cobra, erva-de-são-caetano, erva-de-lavadeira, me-
D
lãozinho
ORIGEM E
Espécie originária da Ásia e trazida da África para o Brasil.
F
P L
lanta trepadoura, herbácea, anual, zoocórica. Raiz principal pi-
votante, bem desenvolvida; poucas raízes secundárias, 2-3 raí-
zes longas desenvolvem-se superficialmente. Caule ramificado, M
principalmente na parte inferior; ramos angulosos, longos, com pêlos
hialinos simples, atingem mais de 3 m de comprimento, sobem pe- N
los suportes com o auxílio de gavinhas simples que partem de cada
nó. Folhas simples, alternas, com pecíolo longo e canaliculado; limbo
membranáceo flácido, arredondado, palmatilobado, 5-7 lobos ovais ou
P
oblongos, margens sinuosas irregularmente denteadas; lobo central
sempre maior; coloração verde, mais claro na face dorsal; leve pilosi-
R
dade concentrada nas nervuras. Inflorescências unifloras, monoicas,
às vezes aos pares; pedúnculos muito longos. Flores masculinas às ve-
S
zes pareadas nos nós; pedúnculos do mesmo comprimento que o das
folhas; cálice com sépalas conatas na base, lacínias do mesmo compri-
T
mento que o das sépalas ou menores; corola com pétalas livres, 1,5 cm
de diâmetro, amarelas. Flores femininas longamente pedunculadas,
U
pedicelo com brácteas, ovário fusiforme e muricado. O fruto é um folí-
culo elipsoide, amarelo, de base e ápice atenuados, de 3-4 cm de com-
V
primento e 1,5-2,0 cm de diâmetro no meio; deiscentes na maturação,
deixando visível as sementes com polpa vermelha, um atrativo para os
Z
C yperaceae A
Cyperus odoratus L. B
SINÔNIMOS
Cyperus acicularis Schrad. ex Nees, Cyperus eggersii Boeckl., Cyperus engelmannii Steud.,
C
Cyperus ferax L.C. Rich, Cyperus ferruginescens Boeckl., Cyperus longispicatus Norton,
Cyperus macrocephalus Liebm., Cyperus odoratus var. acicularis (Schrad. ex Nees)
O’Neill, Cyperus speciosus Vahl
D
NOMES COMUNS
Tiriricão, tiririca, três-quinas, junquinho, junça, capim-de-cheiro
E
ORIGEM
Espécie nativa do continente americano.
F
L
P
lanta herbácea, perene, zoocórica. Sistema radicular fascicula-
do. Rizoma curto e grosso, do qual partem as folhas e a haste flo- M
ral. Entrenós curtíssimos. Folhas numerosas com bainha envol-
vente, formando um pseudocaule. Bainhas avermelhadas; lâminas de N
1,5 mm de largura e até 30 cm de comprimento, acanaladas pela linha
mediana, escabrosas nas margens e carena, lisas na porção basal, co-
loração verde intenso. Haste floral no centro do pseudocaule, trígona,
P
5-7 mm de espessura, acanalada, lisa, verde-brilhante, amarelada e en-
grossada na base. Até 16 folhas involucrais, semelhantes às basais, de
R
comprimentos diferentes, as externas mais compridas do que os raios
da inflorescência. Inflorescência formada por até 20 raios de compri- S
mento variados, os maiores de até 9 cm de comprimento, achatados,
verdes, uma ou mais espigas no ápice; espigas com pedicelo de 0,1-4,0 T
cm de comprimento; pequena bráctea foliar na base de cada pedicelo;
espigas cilíndricas, 4 cm de comprimento, 0,8 cm de diâmetro, forma- U
da por grande número de espiguetas aciculares, estendidas sobre o
eixo central, muito próximas umas das outras; espiguetas lineares, 5-7
mm de comprimento, glumas membranáceas, glabras, verdes, estrias
V
esbranquiçadas; 1-3 flores por espigueta. Fruto núcula trígona, oblon-
go-linear, 1,5-2,0 mm de comprimento e 0,5 mm de largura.
Z
SINÔNIMOS
Fimbristylis diphylla (Retz.) Vahl, Fimbristylis laxa Vahl, Fimbristylis communis Kunth,
Scirpus diphyllus Retz.
NOMES COMUNS
Cricri, falso-alecrim-da-praia
E
spécie originária do Sudeste Asiático e dispersa por várias re-
giões da América. No Brasil, é mais frequente no Sul e Sudeste. A
Planta herbácea, perene, zoocórica. Raízes fasciculadas, pre-
tas, fibrosas, profundas. Rizomas curtíssimos, numerosos, renovam B
anualmente a parte aérea. Folhas numerosas; lâminas de 5-20 cm de
comprimento, 2-6 mm de largura, verde intenso ou azuladas, lisas,
brilhantes, nervuras imperceptíveis, planas ou levemente acanaladas,
C
ápice obtuso, curvadas ou torcidas; bainha membranácea, pardo aver-
melhada, menores nas folhas que partem do rizoma e mais longas nas
D
folhas que ficam junto da haste floral; lígulas ciliadas. Haste floral com
15-40 cm de comprimento, 2-3 mm de espessura, trigono-achatada,
E
surge em sequência a partir das gemas do lado de cima do rizoma e
próxima da porção apical. Na base da inflorescência ocorrem 2-5 fo- F
lhas involucrais de tamanho variado, de curtíssimas a quase do mes-
mo comprimento dos raios da inflorescência. Inflorescências simples L
ou compostas por raios de primeira e de segunda ordem, raramente
de terceira ordem; raios de comprimento muito variável, até 9 cm ou M
mais, dependendo da fertilidade do solo; até 5 espiguetas na extremi-
dade dos raios guarnecidas por um prófilo pardo-avermelhado. Espi- N
guetas sésseis ou pediceladas, multifloras, 3-9 mm de comprimento,
dispostas espiraladamente ao redor do eixo; glumas ovadas ou ovala-
das, 2,0-2,5 mm de comprimento, paleáceas. Flores com 1-3 estames;
P
estilete fimbriado, bífido. Fruto núcula ovalado-oblongo, lenticular-
-obovoide ou cordiforme, biconvexo, 1,0-1,2 mm de comprimento, 0,8-
R
1,0 mm de largura ou diâmetro; muitas vezes o estilete bífido perma-
nece ligado ao fruto, facilitando o processo de dispersão por zoocoria. S
As sementes do cricri germinam durante a primavera e o verão,
nos espaços deixados a descoberto pela degradação das pastagens. T
Desenvolve rizomas curtíssimos que se dividem continuamente, for-
mando pequenos tufos de folhas. Desenvolve-se entre as plantas da U
forrageira, de forma que antes de emitir a inflorescência as folhas do
cricri são consumidas pelo gado, junto com as da forrageira. No verão, V
emite a inflorescência, que não é palatável ao gado. Este a rejeita e
também a forrageira, resultando em prejuízo ao produtor, pelo menor
ganho de peso dos animais.
Z
A
B
C
D
E
F
L
M
Scleria gaertneri Raddi N
SINÔNIMOS
Scleria communis Kunth, Scleria pratensis Nees, Scleria ottonis Boeckl., Scleria pittieri Boeckl.,
P
Scleria pterota Presl. ex Clarke
NOMES COMUNS
R
Capim-navalha, capa-cachorro, navalha-de-mico, navalha-de-macaco
ORIGEM S
Espécie originária do continente americano, ocorre desde a América Central até o Sul
do Brasil, Paraguai e Argentina.
T
U
P
lanta perene, herbácea, zoocórica. Raízes fasciculadas, fibrosas.
Rizoma curto, rasteiro, prostrado, ramifica formando touceiras.
Folhas lineares de 30-50 cm de comprimento, 0,5-1,0 cm de lar-
V
gura, planas, glabras, plurinervadas, margem com espinhos antrorsos
rígidos; ápice triangular obtuso; bainha com alas pouco desenvolvidas
Z
D ennstaedtiaceae A
Pteridium arachnoideum (Kaulf.) Maxon B
SINÔNIMOS
Pteris aquilina L., Pteridium aquilinum (L.) Kuhn
C
NOMES COMUNS
Samambaia, avencão, feio, feito, feto, feto-águia, pluma-grande, samambaia-açu,
D
samambaia-comum, samambaia-da-roça, samambaia-das-taperas, samambaia-do-
-campo, samambaia-dura, samambaia-verdadeira, samambaião, sambambaia E
ORIGEM
Ocorrem em todo o mundo, sendo impossível determinar sua região de origem.
F
.
L
P
lanta remanescente da vegetação nativa, primitiva, pteridófita,
perene, esporos dispersos pelo vento. Caule subterrâneo rizo-
matoso com vasos verdadeiros, ramificado, recoberto de in- M
tensa pilosidade marrom, desenvolve raízes filamentosas; de espaço
em espaço, emite sequencialmente frondes ou folhas que emergem N
do solo e alcançam até vários metros de altura, conforme as condi-
ções ambientais; no início, desenvolve um longo e forte pecíolo com P
a ponta enrolada, que aos poucos se desdobra em segmentos, em
forma de uma folha composta com ramos laterais alternos ou sub- R
-opostos. O comprimento do pecíolo varia conforme a intensidade
da luz; internamente possui vários feixes vasculares; lâmina áspera, S
coriácea, pinatissecta, pinatifida; pinas diminutas com nectários na
base; segmentos numerosos, ovados ou lineares, com bordos encur-
vados; soros marginais contínuos. Esporos marrons, ásperos, tetra-
T
édricos, globosos.
A samambaia não é verdadeiramente uma planta invasora de
U
áreas cultivadas. Já se encontrava presente nas áreas nativas quando
a vegetação foi retirada para formação das pastagens. Existem várias
V
crendices no meio agronômico a seu respeito, uma delas diz respei-
to à sua preferência por solos ácidos e pobres. Na realidade ela se
Z
E u phorb iaceae A
Acalypha gracilis Spreng. B
SINÔNIMOS
Acalypha divaricata Baillon, Acalypha gracilis Spreng. var. genuina Muell. Arg., Acalypha
C
gracilis Spreng. var. pubescens Muell. Arg.
NOME COMUM
D
Tapa-buraco
ORIGEM E
Espécie originária do Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina.
F
P L
lanta perene, arbustiva, zoocórica. Sistema radicular ramifi-
cado, sem predominância de uma raiz pivotante. Caule úni-
co, depois de cortado surgem vários ramos, formando uma
touceira. Ramifica do meio para cima, rugoso, marrom, levemente
M
estriado, atinge 3 m de altura. Ramos novos herbáceos, verdes, pu-
bescentes, às vezes glandulosos. Folhas pecioladas, delgadas, 1-7
N
cm de comprimento; limbo lanceolado ou acuminado, 3-5 nervuras
saindo da base, 5-15 cm de comprimento, membranáceas, pubes-
P
centes, inteiras ou com poucos dentes. Inflorescências em longos
racemos, delgados, bissexuais ou unissexuais; inflorescências ou R
partes masculinas laxas secam rapidamente após a antese; brác-
teas femininas unifloras, partidas profundamente em vezes 9-13; S
estiletes lacerados; ovário pubescente-glanduloso. Fruto cápsula
trilocular deiscente, com sementes foveadas. T
Planta nativa, que prefere solos não compactados de encostas e
baixadas, onde é mais úmido. Tolera sombra e desenvolve-se muito U
bem a pleno sol.
Encontradiça no Primeiro e Segundo Planalto, em pastagens de
grama-mato-grosso, forrageira sobre a qual exerce, de forma localiza-
V
da, competição altamente eficiente. Causa prejuízos de pequena im-
portância para o estado, pois raramente forma grandes aglomerações.
Z
SINÔNIMOS
Jatropha urens L., Jatropha adenphila Pax. & Hoffm., Cnidosculus adenophilus (Pax. &
Hoffm.) Pax. & Hoffm.
NOMES COMUNS
Cansanção, cansanção-de-leite, arre-diabo, pinha-queimadeira, urtiga-brava
ORIGEM
Espécie originária das regiões tropicais do continente americano. No Brasil é nativa
dos cerrados e caatingas.
P
lanta perene, subarbustiva, zoocórica. Sistema radicular pi-
votante, com muitas ramificações laterais. Caule cilíndrico, A
com ramificações em ângulos bem abertos, ramos novos de
coloração verde-clara e com máculas alongadas e esbranquiçadas. B
Ramos, folhas, pecíolos, inflorescências e frutos possuem pêlos e
espinhos. Esses pêlos ou tricomas contém substâncias urticantes, C
entre elas a histamina, que em contato com a pele produz intenso
ardor e que, em pessoas mais sensíveis, causa dermatites. Toda
D
a planta exsuda um látex que contém substâncias tóxicas. Folhas
alternas, simples, com pecíolo geralmente tão longo quanto à lar-
E
gura do limbo. Limbo arredondado, membranáceo com 3-5 lobos,
margem irregularmente denteada; superfície verde, lisa, glabra,
F
com espinhos esparsos e tricomas urticantes. Inflorescências ter-
minais e laterais em cimeiras, flores sésseis e unissexuadas. As
L
masculinas com 5 tépalas soldadas pela base, formando um tubo M
de aproximadamente 1 cm de comprimento, a parte livre das tépa-
las é branca e tem cerca de 5 mm de comprimento; até 9 estames N
irregulares. As flores femininas com 5 tépalas livres, brancas, 3-5
mm de comprimento; ovário súpero, trilocular e estigma partido. P
Fruto esquizocarpo cocoide, subgloboso, cerca de 8 mm de com-
primento por 6 mm de diâmetro, tricarpelar, com uma semente R
por coca; de deiscência explosiva, arremessa as sementes a vários
metros de distância. O pericarpo possui longos pêlos e tricomas, S
maiores no ápice. Sementes alongadas, com uma face convexa e
duas planas, até 7 mm de comprimento e coloração pardacenta. T
Planta de introdução recente no estado. Além da competi-
ção direta com as forrageiras, seus pêlos urticantes molestam U
os animais e o homem. Observada em algumas propriedades do
Norte Pioneiro, seus prejuízos ainda são insignificantes. Entre- V
tanto, caso não seja erradicada, sua expansão certamente trará
muitos problemas.
Z
SINÔNIMO
Julocroton ramboi L.B. Smith & R.J. Downs
NOME COMUM
Velame-do-rambo
ORIGEM
Espécie originária dos estados do Sul do Brasil.
P
lanta arbustiva, perene, zoocórica, atinge até 3 m de altura.
Sistema radicular ramificado, predominantemente pivotante,
vigoroso e fibroso. Todas as partes novas da planta são reves-
tidas de indumento estrelado, ferrugíneo. Ramos novos levemente
triangulados, delgados. Folhas com estípulas lanceoladas, laceradas,
7-9 mm de comprimento, decíduas; pecíolo de 1-5 cm de compri-
mento; limbo largo-ovado, base cordada, ápice agudo, margem dis-
persamente denteada, lado superior menos pubescente e mais verde
que o inferior. Inflorescências em racemos fortes, densos, 3-5 cm de
comprimento; flores quase sésseis; flores femininas na parte inferior,
com brácteas pinatifidas, variáveis em tamanho, 5 sépalas, 3 anterio-
res pinatifidas, sendo a central oblonga, 6-7 mm de comprimento,
as duas posteriores reduzidas a pequenos filamentos; sépalas mas-
SINÔNIMOS
Cieca nervosa Kuntze, Julocroton nervosus Baillon
NOME COMUM
Velame-nervoso
ORIGEM
Espécie originária do Sul e Sudeste do Brasil.
P
lanta arbustiva, perene, zoocórica, atinge 2 m de altura. Siste-
ma radicular pivotante, profundo, fibroso, resistente, ramifi-
cado. Partes novas da planta totalmente revestidas de trico-
mas compridos, patentes, cinzentos, avermelhados ou pardacentos
nas extremidades. Caule marrom esbranquiçado, com muitas rami-
ficações simples ou triplas; quando tripla, possui um ramo pouco
acima da ramificação simples, sempre em distância padronizada;
ramos sempre em ângulos bem abertos. Ramos novos triangulados,
com maior quantidade de tricomas nos ângulos. Folhas com estí-
pulas linear-lanceoladas, decíduas, cerca de 7 mm de comprimen-
to. Pecíolo 2-5 mm de comprimento, cilíndrico. Limbo largo-ovado,
base cordada; nas folhas mais próximas das inflorescências, podem
ser mais estreitos que os da parte inferior da planta e de base agu-
da; 7-12 cm de comprimento, densamente tomentosos em ambas
as faces, margem miudamente crenadas; 5 nervuras evidentes par-
tem da base do limbo. Inflorescência em racemos densos de 2-4 cm
de comprimento; flores subsésseis; as femininas na metade infe-
rior, brácteas obovadas e pinatifidas; sépalas masculinas de 2 mm
de comprimento; sépalas das femininas de tamanhos diferentes, 3
sépalas de até 4 mm de comprimento e 2 bem reduzidas. Fruto cáp-
sula deiscente, trilocular. Sementes ásperas.
Espécie recentemente introduzida no Norte do estado, na re-
gião do Baixo Rio Tibagi. Adaptou-se muito bem e apresenta altos
índices de infestações de pastagens. Produz grandes quantidades
P M
lanta herbácea, anual, zoocórica. Raiz principal fibrosa e pivo-
tante, raízes laterais bem desenvolvidas e longas. Caule cilíndri-
co, lenhoso na parte basal; ramificações verticiladas; coloração
verde acinzentado a avermelhado, coberto de pêlos finos, estrelados e
N
prateados. Folhas simples, curto-pecioladas; na parte inferior do caule,
alternas; na intermediária oposta e na superior, verticiladas; ovadas a
P
oblongas, 2-5 cm de comprimento ápice agudo; coloração verde, mais
pálido no lado superior; pubescentes, pêlos mais concentrados junto
R
das nervuras; margens crenuladas a serrilhadas; duas estípulas alon-
gadas. Plantas monoicas; inflorescências na parte terminal dos ramos
S
e nos vértices das ramificações. Flores masculinas e femininas no mes-
mo eixo; as masculinas na parte superior e as femininas em número de
T
1-4 na parte inferior. O cálice das masculinas é formado por 5 sépalas
de 2 mm de comprimento, verdes e pubérulas na parte externa; corola
U
com 5 pétalas pouco maiores do que as sépalas, brancacentas, de base
pubescente e ápice ciliado. As femininas são sésseis, com 5 sépalas
V
lanceoladas e brancacentas; corola ausente e ovário subgloboso. Fruto
esquizocarpo com 3 cocas, ovoide a oblongo, carenado no dorso das
Z
A
B
C
D
E
F
L
M
Croton urucurana Baillon N
NOMES COMUNS P
Urucurana, licurana, tapixingui
ORIGEM
Espécie originária da Bolívia, Paraguai, Argentina e Centro-Sul do Brasil.
R
S
P T
lanta polimorfa, comporta-se como herbácea, chega a florescer
e produzir sementes já no primeiro ano. Em pastagens, atin-
ge cerca de 1 m de altura, ao passo que na natureza apresenta
porte de árvores de até 9 m de altura. Planta de crescimento vigoroso U
na fase inicial; caule de 1 cm de diâmetro, raramente ramifica; caule,
ramos, pecíolos, parte inferior da folha e inflorescência cobertos de V
pêlos estrelados, deprimidos e brancos. Estípula alongada, de mais de
1 cm. Pecíolos tão longos quanto as folhas ou maiores. Folhas alternas, Z
A
B
C
D
E
F
L
M
N
P
R
S
T
U
V
Z
SINÔNIMOS
Tragia corniculata Vahl, Sebastiania corniculata (Vahl) Pax., Microstachys polymorpha
Muell. Arg., Sebastiania corniculata (Vahl) Muell. Arg.
NOMES COMUNS
Guanxuma-de-chifre, falsa-guanxuma, salgueirinho-da-praia
ORIGEM
Espécie originária da América Tropical, das Antilhas até a Argentina, especialmente no
Litoral Leste.
P
lanta herbácea, anual ou bienal, zoocórica. Caule ereto, mui-
to ramificado no terço superior, glabrescente, 1,00-1,50 m
de altura, lenhoso na base. Folha com pecíolo delgado, 1-2
cm de comprimento. Lamina foliar ovado-lanceolada, membraná-
cea, cordada na base, 1-4 cm de comprimento, margem serrilhada;
Ricinus communis L.
NOMES COMUNS
Mamona, mamoneira, carrapateira, palma-de-cristo, rícino
ORIGEM
Existem controvérsias sobre sua origem. Na antiguidade era cultivada na África e na
Ásia. Como ainda não foi encontrado nenhum ascendente selvagem, a dúvida persis-
te. É cultivada para produção de óleo vegetal, utilizado na indústria como lubrificante
e em produtos farmacêuticos.
R
aiz principal pivotante. Raízes secundárias muito desenvolvi-
das e profundas. Caule cilíndrico, engrossado, nós salientes,
oco quando novo e lignificado quando adulto; ramificado em
toda a extensão; glabro, liso, estriado, superfície cerosa, verde ou vio-
láceo. Folhas simples, alternas, pecíolo carnoso; limbo palmado, com
até 40 cm de diâmetro, com 5-9 lobos grandes de ápice agudo e de
margens serreadas; superfície lisa e glabra, de coloração variada
conforme a variedade. Inflorescência em cacho terminal ou nas
axilas das folhas superiores, atinge até 1 m de comprimento. Na
parte inferior encontram-se somente flores masculinas e na supe-
rior, as femininas. As masculinas reunidas em glomérulos de 3-5
flores, pediceladas, protegidas por 3 brácteas esverdeadas, glabras;
cálice com 5 sépalas de 12 mm de comprimento e corola ausente.
As femininas, reunidas em grupos de 3-4, pediceladas e com duas
brácteas esverdeadas, membranosas; cálice com 5 sépalas lanceo-
ladas de até 8 mm de comprimento, glabras e esverdeadas. Ovário
súpero, trilocular, com um óvulo por lóculo. Fruto esquizocarpo,
quase globoso, de superfície glabra e espinescente, com até 2 cm
de diâmetro. Os frutos possuem deiscência explosiva, liberando os
frutos e arremessando-os a vários metros de distância. Sementes
lisas e ovoides, de menos de 2 cm de comprimento.
As sementes germinam nas épocas mais quentes do ano. Muitas
possuem dormência natural e outras são induzidas à dormência quan-
SINÔNIMOS
Sebastiania klotzschiana Muell. Arg., Adenogyne discolor Kl., Adenogyne marginata Kl.,
Gymnanthes discolor Baillon, Stillingia commersoniana Baillon
NOMES COMUNS
Branquilho, branquinho, branquio
ORIGEM
Espécie originária do Uruguai, Argentina, Paraguai e Brasil, nos estados de Minas Ge-
rais e Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul.
P
lanta arbustiva ou arbórea, 2-15 m de altura, zoocórica. Sis-
tema radicular pivotante, ramificado. Plantas originadas de
sementes e brotações do toco. Caule extremamente ramifi-
cado; casca fendida, escura; ramos glabros, às vezes pubescentes
nas partes mais novas; muitos raminhos transformam-se em lon-
gos espinhos. Estípulas lineares, caem precocemente. Pecíolo del-
gado, glabro, 2-9 mm de comprimento. Limbo elíptico-lanceolado
ou oblanceolado, base e ápice obtusos, 1-6 cm de comprimento,
coriáceo, liso, brilhante, verde-intenso, disperso-serrilhado, algu-
mas glândulas na base, papilas na face inferior. Inflorescências em
racemos ou espigas terminais e pequenos ramos, 3-7 cm de com-
primento, eixo delgado; brácteas masculinas trifloras, 3 sépalas
desiguais, ovadas, agudas; sépalas femininas suborbiculares. Fruto
cápsula trilocular, subglobosa, 5 mm de comprimento, deiscente.
O branquilho tem preferência por áreas de baixadas e próximas
a cursos d’água, mas também são encontradas em locais bem drena-
dos. Formam uma copa bastante densa, de até 1,5 m de diâmetro, pelo
emaranhado de ramos, folhas e espinhos, no formato de um cone, im-
penetrável para a luz e para animais.
Espécie encontradiça, dispersa nas regiões dos Planaltos e do
Arenito, em pastagens nativas e formadas por braquiárias, hemártrias,
azevém, grama-mato-grosso, grama-missioneira e grama-sempre-ver-
de, em solos de fertilidade média e alta, sem manejo rotineiro das plan-
tas daninhas. O potencial de competição é maior nas pastagens forma- A
das por grama-mato-grosso. Causa prejuízos de média importância.
B
C
D
E
F
L
M
N
P
R
S
T
U
V
Z
Fabaceae A
Fabaceae – Caesalpinioideae B
Biancaea decapetala (Roth) O.Deg.
C
SINÔNIMOS
Biancaea sepiaria Tod., Biancaea scandens Tod., Caesalpinia japonica Siebold & Zucc., D
Reichardia decapetala Roth., Caesalpinia sepiaria Roxb.
NOMES COMUNS E
Espinho-de-cerca, maricá-de-espinho, nhapindá, agarra-comadre, espinho-de-maricá
ORIGEM F
Espécie originária da Índia, introduzida no Paraná como planta ornamental e para for-
mação de cercas vivas intransponíveis. Saiu de controle, infestando pastagens e per-
manecendo na forma de renques em antigas propriedades que foram anexadas às L
propriedades maiores.
P N
lanta perene, arbustiva, escandente, zoocórica. Sistema radicu-
lar pivotante, profundo; raízes adventícias emitidas pelos ramos
decumbentes, nos locais em que entram em contato com o solo.
Caule lenhoso de desenvolvimento inicial ereto, até 2-3 cm de diâme-
P
tro; quando maiores curvam, tombam em contato com o solo, emitem
grande número de brotações, formando um emaranhado de ramos R
longos e folhosos. Ramos, pecíolos e raques com grande quantidade de
acúleos aguçados, formam uma barreira intransponível, cobrindo to- S
talmente o solo. Esse renque atinge 1,5-2,0 m de altura e 3-4 m de di-
âmetro. Folhas compostas, com pecíolo, raque primária e secundária, T
ostentando espinhos agudos; paripenadas, até 10 pares de pinas com
10-15 pares de folíolos. Folíolos com cerca de 10 mm de comprimento, U
levemente assimétricos na base e pubescentes na face dorsal. Inflo-
rescência terminal ou axilar na parte superior dos ramos, em racemos
multifloros. Flores cor amarelo-limão; de antese sequencial, da base
V
para o ápice, de maneira que, quando na parte inferior há frutos em
desenvolvimento, na superior há ainda botões florais. O fruto é um le-
Z
NOMES COMUNS
Amendoim, amendoim-bravo, pau-amendoim, bálsamo
ORIGEM
Espécie nativa do Brasil, ocorre do Nordeste até o estado de Santa Catarina.
E
spécie perene, arbórea, remanescente ou arbustiva, quando
originadas das brotações do toco ou raízes superficiais. Siste-
ma radicular pivotante; algumas raízes secundárias, localizadas
superficialmente, são induzidas a emitir brotações quando a árvore é
SINÔNIMOS
Cassia hirsuta L., Cassia tomentosa Wallich ex Arn., Ditremexa hirsuta (L.) Britt. & Rose ex
Britt. & Wilson
NOMES COMUNS
Fedegoso-peludo, feijão-bravo-amarelo, paramarioba
ORIGEM
Espécie nativa das regiões tropicais da América, ocorre em praticamente todos os es-
tados do Brasil.
P
lanta anual, herbácea, zoocórica. Sistema radicular muito vi-
goroso, com raiz principal pivotante e laterais ramificadas.
Caule ereto, ramificado, alvo-pubescente, cilíndrico, atinge
até 1,5 m de altura. Folhas alternas estipuladas, longo-pecioladas;
3-6 pares de folíolos ovado-lanceolados, alvo-pubescentes, acumi-
nados ou agudos, último par maior que os anteriores, com 6-7 cm
de comprimento; presença de glândula cilíndrica próxima da base
do pecíolo. Inflorescência terminal e axilar em racemo curto, pau-
ciflora, pilosa. Flores amarelas, desenvolvem-se sequencialmente
da base para o ápice, cálice hirsuto e corola de 5 pétalas amarelas,
glabras. Fruto legume linear, comprimido lateralmente, multisse-
minado, hirsuto-pubescente, 15-22 cm de comprimento. Sementes
escuras, lisas, achatadas, ovoides, de 2-3 mm de comprimento.
Apresenta comportamento vegetativo e reprodutivo seme-
lhante ao da Senna occidentalis. Suas sementes possuem longo pe-
ríodo de dormência.
Esporádica no estado, encontradiça em pastagens de capim-jara-
guá e grama-mato-grosso, em solos de fertilidade alta. Até o momento,
causa danos de pequena importância na região do Terceiro Planalto,
em pastagens sob alta intensidade de pastejo, em solos com fertilida-
de média e em áreas não submetidas ao manejo das invasoras nos dois
últimos anos. A espécie tem sido utilizada em preparados fitoterápicos.
A
B
C
D
E
F
Senna hirsuta var. leptocarpa (Benth.) H.S. Irwin & Barneby L
SINÔNIMOS
M
Cassia leptocarpa var. hirsuta Benth., Ditremexa leptocarpa (Benth.) Britt. & Rose., Cassia
leptocarpa Benth. N
NOMES COMUNS
Fedegoso-de-fruto-comprido, fedegoso, mata-pasto, taperibá P
ORIGEM
Espécie originária da América tropical e dispersa por todo o Brasil. Foi introduzida no
Paraná no final do século XX.
R
S
P
lanta herbácea, anual, zoocórica. Muito semelhante ao fedego-
so-preto (Senna occidentalis), caracteriza-se por ser arbustiva, T
atinge 2 m de altura; caule ereto, pouco ramificado; caules no-
vos sulcados e levemente comprimidos lateralmente; caules, ramos, U
pecíolos, glândulas, raques, margens foliares e frutos de cor vermelho-
-arroxeada intensa; folhas compostas com até 10 pares de folíolos; pe-
cíolo longo, de até 10 cm, que se estende até o primeiro par de folíolos;
V
glândulas nectaríferas subglobosas, junto ao pulvínulo, na base do pe-
cíolo. Inflorescência curto-racemosa na parte terminal do caule e dos
Z
SINÔNIMOS
Cassia obtusifolia L., Cassia tora var. humilis (Colladon) Colladon, Cassia tora var.
obtusifolia (L.) Haines, Senna toroides Roxb.
NOMES COMUNS
Fedegoso-branco, fedegoso-liso, mata-pasto-liso, mata-pasto
ORIGEM
Não há certeza sobre seu local de origem, pois está dispersa por todas as regiões tro-
picais e subtropicais do mundo, entretanto, há evidências de que seja das regiões tro-
picais da América.
P
lanta herbácea, anual, zoocórica. Sistema radicular muito vigo-
roso, com raiz principal pivotante. Caule ereto, cilíndrico, gla-
bro, estriado nas partes novas, muito ramificado, dando aspecto
SINÔNIMOS
Cassia occidentalis L., Cassia planisiliqua L., Cassia caroliniana Walter, Cassia
foetida Pers.
NOMES COMUNS
Fedegoso-preto, fedegoso, mata-pasto, mamangá, fedegoso-verdadeiro
ORIGEM
Espécie originária das regiões tropicais do continente americano, ocorre dos Estados
Unidos até a Argentina. No Brasil, pode ser encontrado em quase todo o território na-
cional.
P
lanta herbácea, anual, zoocórica. Sistema radicular vigoroso; a
raiz pivotante aprofunda-se muito no solo. Caule cilíndrico, le-
nhoso, até 2 m de altura, ramificado desde a base, glabro, verde
A
B
C
D
E
F
Fabaceae – Cercideae
NOMES COMUNS
N
P
Pata-de-vaca, pata-de-boi, casco-de-boi, unha-de-vaca, unha-de-boi, mororó
ORIGEM
Espécie nativa da América do Sul, ocorre ao Leste da Cordilheira dos Andes e ao Sul da
Amazônia. R
S
P
lanta perene, arbusto ou arvoreta remanescente, 5-8 m de al-
tura, originada de sementes, brotações do toco ou de raízes T
superficiais. Sistema radicular pivotante nas plantas origi-
nadas de sementes. Raízes ramificadas; casca escura, quase preta.
Caule curto, tortuoso; casca cinzenta, fissurada. Estípulas sésseis ou
U
transformadas em acúleos fixos ou facilmente destacáveis, rígidos,
escuros, 1-2 cm de comprimento, retos ou curvos. Folhas pecioladas,
V
alternas; pecíolo de 3-5 cm de comprimento com pulvínulo nas ex-
tremidades; lâmina composta de dois folíolos soldados até ao meio,
Z
Fabaceae – Faboideae
A
Aeschynomene americana L.
B
SINÔNIMOS
Aeschynomene americana var. depilla Mill., Aeschynomene glandulosa Poir.,
Aeschynomene mexicana Biroli ex Colla
C
NOMES COMUNS
Angiquinho, paquinha, pinheirinho, maricazinho, esquinomene D
ORIGEM
Espécie originária da América Central e do Caribe, no Brasil está dispersa pelo Sudeste, E
Centro, Norte e Nordeste. Introduzida recentemente no estado com sementes de for-
rageiras contaminadas.
F
L
P
lanta herbácea, anual, zoocórica. Raiz principal pivotante. Cau-
le e ramos de crescimento inicial ereto; tombam na ausência
de suporte; atinge 2 m de comprimento e menos de 0,5 cm de M
diâmetro; subglabro a híspido, podendo apresentar alguns acúleos.
Estípulas peltadas, glabras ou pilosas, de 5-25 mm de comprimento, N
ciliadas, com apêndice basal eroso-truncado. Folhas de 2-7 cm de
comprimento, alternas, pecioladas, compostas, 20-60 folíolos fal- P
cado-lineares, agudos, de 4-15 mm por 1-2 mm, nervura principal
submarginal e 1-3 vênulas divergentes, partindo da base. Inflores-
R
cência de tamanho igual ou maior do que a folha, pilosa; brácteas
flabeladas, cordadas a lanceoladas, glabras, ciliadas; bractéolas li-
S
neares, agudas ou acuminadas; caliça 3-6 mm de comprimento, cá-
lice 3-6 mm de comprimento, glabro ou piloso; estandarte de 5-10
T
mm de comprimento, ciliado no ápice. Fruto de margens espessa-
das por uma vênula proeminente, com 3-9 artículos, glabros ou pu-
U
berulentos, com pêlos glandulares, verrucosos quando maduros, de
3-6 por 2,5-5,0 mm de comprimento.
V
Esporádica, mas encontradiça em pastagens de capim-jaraguá. In-
vasora altamente competitiva em pastagens de braquiárias, em solos
Z
NOME COMUM
Amendoinzinho
C
ORIGEM
Espécie originária da Índia, recentemente introduzida no estado do Paraná.
D
E
P F
lanta herbácea, anual, zoocórica. Sistema radicular pivotan-
te e vigoroso, permite a renovação anual da parte área. Cau-
le e ramos glabros, de crescimento vertical, muito flexíveis,
prostram-se na ausência de suporte, podendo enraizar nos nós,
L
mas sempre com a parte mais jovem voltada para cima. Estípulas
simples brancacentas. Folhas simples, alternas, oblongas, glabras,
M
manchadas de branco na parte central, junto à nervura principal,
base cordada, margem inteira; pecíolo curtíssimo. Inflorescência
N
em racemo terminal, no caule principal e nos ramos; as gemas
abaixo da inflorescência desenvolvem ramos que irão formar no-
P
vas inflorescências e assim sucessivamente. Flores papilionáceas
típicas, pétalas de coloração amarelo-clara, com a parte interna
R
manchada de vermelho amarronzado. Fruto lomento piloso, que
se fragmenta em artículos pilosos.
S
Espécie raríssima nas pastagens do estado do Paraná. Causa
danos na região do Arenito, em pastagens de estrela-africana, in-
T
tensamente pastejadas, em solos de fertilidade baixa e em áreas
não submetidas ao manejo frequente das invasoras.
U
As sementes possuem dormência e são de difícil controle em V
plantações de soja, no sistema de integração lavoura-pecuária.
Z
SINÔNIMO
Crotalaria mossambicensis Kl.
NOMES COMUNS
Crotalária-de-folha-estreita, crotalária, xique-xique, chocalho
ORIGEM
Espécie originária da costa leste da África, no Brasil está dispersa pelo Nordeste, Cen-
tro-Oeste, Sudeste e no estado do Paraná.
P
lanta herbácea, anual, zoocórica. Raiz principal pivotante, vi-
gorosa; raízes laterais pouco desenvolvidas. Caule cilíndrico,
ereto, ramificado na parte inferior, glabro, raramente ultra-
SINÔNIMOS
Crotalaria mucronata Desv., Crotalaria striata DC.
NOMES COMUNS
Crotalária-pálida, guizo-de-cascavel, xique-xique, mata-pasto-branco, maracá, cas-
caveleira
ORIGEM
Espécie originária da África, ocorre em todo o Brasil.
P
lanta herbácea, anual, zoocórica. Raiz principal pivotante, vigo-
rosa; raízes laterais pouco desenvolvidas, esparsas. Caule ereto,
muito ramificado na base, lenhoso nas partes mais grossas; pê-
los finos, curtos e densos. Folhas longo-pecioladas, trifolioladas, sem
estípulas; folíolos quase sésseis, obovados até elípticos, três vezes
mais longos do que largos, o central sempre maior do que os laterais,
Crotalaria incana L.
NOME COMUM
Crotalária-pilosa
N
ativa da América do Sul, ocorre em praticamente todo o Brasil e é
muitas vezes confundida com a crotalária-guirá, diferenciando-se
desta por apresentar a folha trifoliolada com o pecíolo muito lon-
go - normalmente muito mais longo que o folíolo central e a raque - e pe-
ciólulos curtíssimos; flores com cerca de 10 mm de comprimento; frutos
mais curtos e grossos; toda a planta, mas especialmente os frutos, são in-
tensamente cobertos de pêlos. Eventualmente consumida pelos animais,
a crotalária-pilosa não é citada na literatura especializada como tóxica,
mas como muitas espécies do gênero o são, é preciso tomar cuidado.
NOME COMUM
Crotalária-guirá
ORIGEM
Nativa da América do Sul e, embora mais rara, pode ser encontrada em todo o Brasil.
Tem certa predileção pelas margens de rodovias.
F
olhas trifolioladas de coloração verde intenso; folíolos elíp-
ticos na base e agudos no ápice, até 10 cm de comprimento. A
Inflorescência terminal de desenvolvimento contínuo, flores
agrupadas na extremidade, amplas, amarelas; botões guarnecidos B
por brácteas; racemos sedosos, pubescentes, com 5-10 cm de com-
primento. A planta, normalmente, produz poucos frutos, por falta C
de agente polinizador. Esta espécie é mais comum do centro para
o Leste do estado. citada na literatura como tóxica para o gado D
bovino, com efeitos hepatotóxicos. Os casos de intoxicação não são
frequentes, pois não é palatável. E
F
Indigofera hirsuta L.
L
NOMES COMUNS
Anileira-rasteira, anileira, anileira-do-pasto, anileira-verdadeira
M
ORIGEM
Espécie nativa da Região Central e Norte do Brasil. De introdução recente no estado,
sua ocorrência tem aumentando nas pastagens já formadas, por suas sementes serem N
introduzidas como contaminante de lotes de sementes forrageiras.
P R
lanta herbácea, anual, zoocórica. Sistema radicular pivotante,
vigoroso e profundo. Caule lenhoso, fibroso, resistente, estria-
do, com pêlos ferrugíneos, decumbente, ramificado, ramos no-
vos de crescimento ascendente. Folhas alternas pecioladas, compostas
S
imparipenadas, 2-3 pares de folíolos; folíolos semelhantes entre si; fo-
líolo com limbo ovalado, ápice arredondado a agudo, margem intei-
T
ra, pilosidade concentrada nas margens, 2-3 cm de comprimento por
7-10 mm de largura; estípulas lineares; estípulas, pecíolo, raque, peci-
U
ólulos cobertos de pelos ferrugíneos. Inflorescência em racemos axila-
res na parte superior dos ramos; flores somente na parte superior dos V
racemos, sésseis; racemo de crescimento contínuo, atinge até 20 cm,
e de florescimento sequencial. Flores com cálice densamente piloso, Z
ORIGEM
Espécie originária do Centro e Norte do Brasil. É considerada invasora nas regiões Su-
deste, Centro-Oeste e Sul.
D
E
P F
lanta bienal, subarbustiva, zoocórica. Sistema radicular tipi-
camente pivotante. Caule ereto, pouco ramificado no primeiro
terço, ramifica intensamente do meio para cima, atinge 2 m
de altura; estriado, castanho-claro, seríceo-piloso, principalmente L
nas partes mais novas. Folhas alternas, compostas, imparipenadas,
de 8-10 cm de comprimento; 11-15 pares de folíolos opostos, curto- M
-peciolulados; folíolos de 2 cm de comprimento por 1 cm de largura,
ovado-lanceolados, ápice e base obtusos; lado inferior mais claro e N
com pilosidade. Inflorescências em racemos, nas axilas das folhas
superiores. Flores pequenas com cálice piloso, verde-claro e com P
5 dentes agudos; corola típica papilionácea, rosada, cai logo após a
polinização, deixando à mostra o tubo estaminal brancacento. O fru- R
to é um legume falcado ou curvado, de 1,5-2,0 cm de comprimento,
apiculado, seríceo-piloso, castanho-escuro na maturação. Semente S
cilíndrica, truncada.
Espécie encontradiça, dispersa nas pastagens das regiões do
Arenito e dos três Planaltos, formadas por braquiárias, panicuns,
T
estrela-africana, capim-jaraguá e grama-mato-grosso, mais fre-
quente em solos com fertilidade média e baixa e em qualquer inten-
U
sidade de lotação de animais, em locais onde as plantas invasoras
não são manejadas com herbicidas. Considerada de baixo potencial
V
de competição, por apresentar baixo poder de germinação e de es-
tabelecimento das plântulas; produz grande quantidade de semen-
Z
SINÔNIMOS
Indigofera anil var. oligophylla DC., Indigofera tinctoria var. brachycarpa DC., Anila
tinctoria var. brachycarpa DC.
NOMES COMUNS
Anileira-de-vagem-reta, anileira, anil, índigo
ORIGEM
Espécie originária das Regiões Centro e Norte do Brasil. Ocorre como planta invasora
de pastagens nas Regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul.
P
lanta bienal ou perene, arbustiva, zoocórica. Sistema radicular
pivotante e profundo. Caule ereto, 1,5-2,0 m de altura, ramifi- A
cado do meio para cima, castanho-escuro quando maduro e
verde-esbranquiçado quando jovem, estriado, seríceo-piloso. Folhas B
pecioladas, alternas, imparipenadas, compostas por 9-13 folíolos
oblongo-lanceolados, base e ápice agudos, verde escuro e seríceo-pi- C
loso na face ventral e mais claro e maior pilosidade na dorsal, cerca de
1 cm de comprimento. Inflorescência racemiforme, na axila das folhas D
superiores, 7-10 cm de comprimento. Flores papilionáceas, pedicela-
das, isoladas ou aos pares, cálice com 5 lobos agudos, verde-claros e
com pelos curtos; corola rosada, de 2 cm de comprimento; 10 estames
E
com uma glândula no ápice das anteras. Fruto legume multissemina-
do, reto, cilíndrico, glabro, apiculado, marrom-claro e com 2,0-2,3 cm
F
de comprimento. Semente cilíndrica e truncada até subglobosa, de
1,7-2,4 mm de comprimento e 1,7-1,7 mm de espessura, lisa, colora-
L
ção amarela ou amarelo-esverdeada ou castanha.
As plantas da anileira-de-vagem-reta iniciam o florescimento
M
na primavera e permanecem florescendo e frutificando até o início
do inverno seguinte. N
Esporadicamente observada na região do Arenito e no Terceiro
Planalto, onde apresenta alto potencial de competição, forma aden- P
samentos homogêneos, causando prejuízos de grande importância.
necessário evitar a entrada da espécie nas pastagens, pois como R
as sementes possuem dormência, uma vez introduzida é de difícil
eliminação. S
T
U
V
Z
ORIGEM
D
Espécie nativa do Brasil, Paraguai e Argentina.
E
F
P
lanta remanescente, arbórea, perenifólia. Os arbustos encontra-
dos nas pastagens são oriundos de sementes ou de brotações
dos tocos. As árvores podem atingir 8-20 m de altura. Caule L
ereto, longo, ramificado; casca rugosa, descama em pequenas placas,
que deixam manchas mais claras entremeadas de manchas mais es- M
curas. Folhas alternas, compostas, imparipenadas; pecíolo 2-3 cm de
comprimento; raque acanalada, 3-5 cm de comprimento; 7-9 pares de N
folíolos opostos, subcoriáceos, curto-peciolulados, 3-5 cm de compri-
mento, 1,0-1,5 cm de largura, lado superior pubérulo a glabrescente, P
lado inferior glauco-pubescente, nervuras salientes e amareladas. In-
florescência em racemos axilares, 4-10 cm de comprimento. Flores R
brancas, papilionáceas, pequenas. Fruto legume achatado, 3-7 cm de
comprimento, amarelado estriado, pubescente, com 1-3 sementes. Se- S
mentes achatadas, reniformes, amareladas, de 1 cm de comprimento.
Espécie encontradiça, dispersa nas regiões do Arenito e dos três
Planaltos, em pastagens formadas por braquiárias, estrela-africana,
T
hemártrias, capim-jaraguá, grama-mato-grosso, grama-sempre-ver-
de, grama-missioneira e panicuns, sob qualquer intensidade de pas-
U
tejo, fertilidade do solo, lotação de animais e sistema de manejo. Não
é planta muito competitiva, porque quando a pastagem escasseia é
V
consumida pelos animais. Em consequência disso, forma pequenas
moitas pelas repetidas brotações. As moitas reduzem a área destinada
Z
NOMES COMUNS
Feijão-cru, embira-de-sapo, timbó, rabo-de-bugio, farinha-seca
ORIGEM
Espécie nativa do Paraguai, Argentina e Brasil, onde ocorre de Minas Gerais e Mato
Grosso até o Rio Grande do Sul.
P
lanta perene, remanescente, caducifólia, árvore de 15-25 m de al-
tura. Sistema radicular pivotante, ramificado; raízes secundárias
superficiais. Quando o caule principal da planta é cortado, as ra-
ízes secundárias e superficiais emitem brotações de espaço em espa-
ço, formando uma reboleira de arbustos. Essa formação de reboleiras
é muito comum nas pastagens e capoeiras, dando a falsa impressão de
que a espécie é pioneira. Caule ereto, cilíndrico, atinge mais de 60 cm
de diâmetro; copa relativamente pequena e pouco densa; casca rugosa,
pardo-acinzentada. Folhas alternas, compostas, imparipenadas, 3-6 pa-
res de folíolos; folíolos elípticos a oblongos, 6-12 cm de comprimento,
3-5 cm de largura, glabros e brilhantes no lado ventral, pubescentes e
mais claros no dorsal; nervuras bem visíveis, salientes no lado dorsal;
pecíolo glabro, 0,5-1,0 cm de comprimento. Inflorescência em panícu-
las axilares na parte terminal dos ramos, até 30 cm de comprimento.
Flores tipicamente papilionáceas; cálice piloso externamente; corolas
azul-violáceas e raramente brancas, hermafroditas, atingem até 2 cm
de comprimento. Fruto legume elíptico, achatado, pubescente, afunila-
do para as extremidades, marrom avermelhado, 14 cm de comprimento
SINÔNIMOS
Drepanocarpus polyphyllus Benth., Machaerium sericiflorum Vog., Machaerium armatum
Vog., Nissolia aculeata DC.
NOMES COMUNS
Espinho-bico-de-pato, jacarandá-bico-de-pato, jacarandá-de-espinho
ORIGEM
Espécie nativa do Brasil, ocorre do estado de Pernambuco até o Paraná.
P
lanta remanescente, perene, arbórea, atinge 6-12 m de altura.
Sistema radicular pivotante. Caule retilíneo de 30-40 cm de diâ-
metro, apresenta várias canelas longitudinais. Casca levemente
rugosa, com estrias longitudinais escuras, parte elevada mais clara.
Nas pastagens, os tocos brotam intensamente, formando touceiras de
mais de 2 m de diâmetro, formadas de ramos intensamente ramifi-
NOMES COMUNS
Cateretê, jacarandá-branco, pau-de-pomba
ORIGEM
Espécie nativa do Brasil, ocorre de Minas Gerais até o Rio Grande do Sul.
Á
rvore remanescente, atinge cerca de 10 m de altura. Sis-
tema radicular pivotante; raízes secundárias superficiais,
emitem brotações quando o caule principal é cortado. Caule
ereto, irregularmente canelado, de até 40 cm de diâmetro; casca
lisa, amarronzada, descama em placas finas e irregulares. Folhas
pecioladas, alternas, imparipenadas, compostas por 7-15 folíolos
glabros, alternos, elípticos, com cerca de 6 cm de comprimento, 3
cm de largura, apiculados no ápice; peciólulo de 0,5 cm de compri-
P
lanta arbórea, 15-25 m de altura, perenifólia. Nas pastagens
do Paraná são encontrados arbustos e árvores originados de V
brotações do toco e de raízes superficiais. Tronco canelado
de até 90 cm de diâmetro; descama em placas irregulares, deixando Z
ORIGEM
Espécie nativa da América do Sul, no Brasil ocorre dos estados do Rio de Janeiro, Minas
Gerais e Mato Grosso até o Rio Grande do Sul.
D
E
Á F
rvore perenifólia, remanescente. Tronco canelado, casca es-
cura, escama em placas longitudinais, 40-50 cm de diâmetro.
Caule ereto, com dominância apical quando a planta é nova; ra-
mificado e com copa pouco densa, quando a planta é mais velha. Folhas L
opostas, pecioladas, compostas por 9-15 folíolos alternos, membraná-
ceos, glabros, oblongos, margem inteira. Inflorescências terminais e M
axilares, panículas curtas; ramos da panícula partem da base e são do
mesmo tamanho do eixo principal. Flores papilionáceas, corola roxa N
ou brancacenta. Fruto sâmara. Sementes escuras, falciformes, enruga-
das, polimorfas, 1,0-1,5 cm de comprimento, 0,3-0,4 cm de largura. P
Nas pastagens, a sapuva se origina de brotações do toco e das raí-
zes superficiais quando o caule principal é cortado. R
Espécie encontradiça, dispersa na região do Arenito e dos três
Planaltos, em pastagens formadas por qualquer espécie forrageira, S
submetida a qualquer intensidade de pastejo, lotação de animais,
fertilidade do solo e sistema de manejo das plantas daninhas. Não T
é planta competitiva por ter copa muito rala e por ser consumida
pelo gado. Nessas condições, a planta não cresce em altura, mas U
forma pequenas touceiras de ramos curtos, que dificultam a pas-
sagem de equipamentos para a manutenção das pastagens. Causa
prejuízos de média importância na região do Arenito, em pastagens
V
de braquiárias cultivadas em solos de fertilidade média e em pro-
priedades onde não há controle.
Z
SINÔNIMO
Leptolobium punctatum Benth.
NOMES COMUNS
Cabreúva, óleo-pardo, cabreúva-parda, cabreúva-amarela, bálsamo, pau-bálsamo, ca-
briúna
ORIGEM
Espécie originária do Paraguai, Argentina e Brasil, onde ocorre da Bahia até o Rio Gran-
de do Sul.
P
lanta perene, arbórea, remanescente, caducifólia. Nas pasta-
gens, ocorrem arbustos originados de brotações do toco e de
raízes superficiais. As raízes superficiais são induzidas a emi-
tir brotações quando o caule principal é cortado. Tronco retilíneo,
pouco ramificado; casca rugosa, cinza-pardacenta, 2 cm de espessu-
ra, resinosa, balsâmica, não escamante. Madeira aromática. Ramos
novos verdes, lisos, glabros; após a formação de lenticelas, os ramos
escurecem. Folhas pecioladas, alternas, compostas, imparipenadas;
7-9 folíolos glabros, lado superior brilhante, 4-7 cm de comprimento,
3-4 cm de largura, ovalado-acuminados. Plantas adultas apresentam
glândulas oleíferas nos folíolos. Inflorescências em racemos densos,
terminais ou axilares, na extremidade dos ramos do ano anterior. Flo-
res papilionáceas, brancas ou esverdeadas, de 1 cm de comprimento.
Fruto sâmara, elíptico ou oblongo, 10 cm de comprimento, 2 cm de lar-
gura, amarelo claro. Semente rugosa, longa, 3-4 cm de comprimento,
3-5 mm de largura.
Espécie encontradiça na região do Terceiro Planalto, dispersa em
pastagens formadas por estrela-africana, hemártrias, grama-missio-
ORIGEM
Espécie nativa do Uruguai, Argentina e Sul do Brasil. S
T
E
spécie arbustiva perene. Sistema radicular pivotante, ramifi-
cado; raízes adventícias surgem dos ramos em contato com o
solo. Não apresenta um caule dominante. Diversos ramos par-
U
tem da base da planta e se desenvolvem prostrados ou sobre outras
plantas. Formam um emaranhado de caules, impenetrável. Ramos no-
V
vos verde-claros, estriados, com muitos acúleos ganchosos, retrorsos,
dispersos, agudíssimos. Folhas compostas bipinadas, 8-15 pares de
Z
A
B
C
D
E
F
L
M
N
P
R
S
T
U
V
Z
SINÔNIMOS
Mimosa farnesiana L., Mimosa scorpioides Forsk., Acacia leptophylla DC.
NOMES COMUNS
Esponjinha, esponja, espinheiro, aromita, corona-cristi
ORIGEM
Espécie originária dos terrenos calcários e pedregosos do Pantanal mato-grossense,
Bolívia e Paraguai.
P
lanta perene, arbustiva ou arbórea, zoocórica, atinge 5-8 m de
altura. Sistema radicular pivotante e muito ramificado. Caule
curto, tortuoso, casca lisa com lenticelas, 15-35 cm de diâmetro.
Ramos muito divididos, formando uma copa larga e densa. Próximo de
cada axila foliar ocorre um espinho rígido e pontiagudo. Folhas com-
SINÔNIMOS
Acacia scandens Benth., Mimosa fluminensis Vell.
NOMES COMUNS
Arranha-gato-avermelhado, unha-de-gato, acácia-de-espinho, nhapindá, vamos-
-juntos
ORIGEM
Espécie nativa da América do Sul, ocorre na Argentina, Paraguai, Uruguai e no Centro-
-Sul do Brasil.
P
lanta arbustiva, perene. Sistema radicular pivotante ramificado.
Caule lenhoso, ramificado, cilíndrico, com estrias longitudinais
proeminentes, 3-5 m de altura; partes novas pubescentes; ramos
e caules formam um emaranhado impenetrável devido à grande quanti-
dade de acúleos curvados para a base. O toco da planta, depois de roça-
do, produz brotações vigorosas, dificultando o controle mecânico. Folhas
pecioladas, compostas, bipinadas; 12-23 pares de pinas opostas; pecíolo
curto, glanduloso; raque com glândulas interjugais; pinas de 5-8 cm de
comprimento, 1 cm ou mais de largura; 25-50 pares de folíolos opostos
por pinas; pulvínulo na base do pecíolo e das pinas; folíolos lineares, 2-5
mm de comprimento, 0,7-1,5 mm de largura, imbricados, coloração ver- A
de intenso; folhas e ramos novos apresentam pilosidade avermelhada.
Inflorescência em panículas terminais e axilares na parte superior dos B
ramos; panículas de tamanho variável. Flores reunidas em glomérulos
na extremidade de pedúnculos pubescentes, 5-6 por nó. Glomérulos C
ovais antes da antese, e após arredondados. Flores brancas na antese e
após, adquirem coloração amarelada. Cálice e corola diminutos. Estames D
numerosos, longos, plumosos, 0,8-1,0 cm de comprimento. Fruto oblon-
go, reto, achatado, castanho, marginado, cartáceo, bivalvo, 9-15 cm de
comprimento, 2,5-2,8 cm de largura, com apículo de 1,0-1,5 cm de com-
E
primento. Sementes 10-12, 8-10 mm de comprimento, 5-6 mm de largu-
ra, 2 mm de espessura, escuras, ovais, convexas, lisas, glabras.
F
Espécie encontradiça nas regiões do Arenito e do Terceiro Planalto,
dispersa em pastagens de grama-mato-grosso, estrela-africana, panicuns
L
e braquiárias, submetidas a qualquer lotação de animais. Prefere solo de
fertilidade média a alta e é facilmente controlada com herbicidas. Quan-
M
do não é manejada, forma reboleiras e torna-se altamente competitiva,
como observado na região do Arenito e dos três Planaltos, em pastagens N
de braquiárias, panicuns, grama-mato-grosso, grama-missioneira e gra-
ma-sempre-verde, em qualquer lotação de animais e fertilidade do solo. P
Causa prejuízos de média importância no desenvolvimento e na produ-
tividade das forrageiras, com maior frequência no Terceiro Planalto, em R
pastagens de braquiárias e panicuns cultivadas em solos com fertilidade
média e alta e em qualquer lotação de animais. S
T
U
V
Z
NOMES COMUNS
Dormideira-folha-larga, dormideira, sensitiva-de-leite
ORIGEM
Espécie nativa do Centro e Norte do Brasil.
P
lanta anual ou bienal, com a parte nova herbácea e as partes
mais velhas lenhosas. Raiz pivotante, profunda e muito vigo-
rosa. Caule ramificado na parte basal, ramos longos, decum-
bentes, extremidade voltada para cima, atinge 3 m de comprimento
e 1 cm de espessura, com acúleos irregularmente dispostos. Folhas
opostas, pecioladas, 8-12 cm de comprimento, compostas por um
par de pinas reduzidas, com um ou dois pares de folíolos, muitas
vezes assimétricos. Às vezes podem ocorrer plantas com folhas de
3 folíolos e plantas em que as folhas são ainda mais reduzidas, po-
dendo os folíolos estarem unidos; folíolos glabros, sensitivos e mais
P U
lanta subarbustiva, semiprostrada, zoocórica, perene. Sistema
radicular pivotante e vigoroso. Caule muito ramificado na par-
te basal, ramos prostrados de até 2 m de comprimento e, em
média, 5 mm de espessura, levemente angulosos, muitos acúleos dis-
V
postos sobre as linhas elevadas das angulações; leve pilosidade. Na
presença de suporte, os ramos possuem desenvolvimento escanden-
Z
A
B
C
D
E
F
L
M
Mimosa pigra L. N
NOMES COMUNS P
Dormideira-maior, juquiri-grande, unha-de-gato
ORIGEM
Espécie originária das regiões tropicais da América, tem se tornado um problema gra-
R
ve nos diversos países onde foi introduzida.
S
P
lanta perene arbustiva, zoocórica. Raiz pivotante muito desen- T
volvida e ramificada. Caule muito ramificado desde a parte basal,
atinge até 3 m de altura em um ano, lenhoso e resistente nas par- U
tes mais velhas; as partes mais novas são densamente cobertas de pêlos
curtos e finos, dando certa aspereza ao tato. Acúleos rígidos, resisten-
tes, curvos e pontiagudos, de mais de 1 cm de comprimento, ocorrem
V
esparsamente no caule, ramos e raque das folhas. Folhas grandes, com
até 30 cm de comprimento por 15 cm de largura, curto-pecioladas, bi-
Z
Mimosa pudica L.
A
SINÔNIMOS
Mimosa tetrandra Humb. & Bonpl. ex Willd., Mimosa unijuga Duchas. & Walp., Mimosa B
hispidula Kunth
NOMES COMUNS
Dormideira-sensitiva, malícia-de-mulher, sensitiva, vergonha, dorme-dorme
C
ORIGEM
Espécie nativa da América tropical e do México até o Brasil Central. Levada para diver-
D
E
sos países como planta ornamental, e pela curiosa sensitividade de suas folhas, saiu de
controle e hoje é planta invasora em muitas regiões.
F
P
lanta anual, herbácea, zoocórica. Raiz principal pivotante e raí-
zes laterais pouco desenvolvidas. Caules ramificados, lenhosos
na parte basal e herbáceos na parte nova, atingem 2 m de com-
L
primento, formam grandes reboleiras sobre as plantas forrageiras nas
pastagens, na presença de suporte podem ser escandentes; ásperos, pela
M
presença de pêlos curtos e rígidos, apresentam 1-2 acúleos nos entrenós;
quando há somente um, o acúleo é equidistante dos nós. Folhas alternas, N
longo-pecioladas, compostas, 1-3 pares de pinas, normalmente 2; raque
pilosa no lado dorsal; pinas com 20-30 pares de folíolos lineares, 10-13 P
mm de comprimento por 1,5 mm de largura; na base da raque, raquilhas,
folíolos e pecíolo existe pulvínulos que comandam os movimentos das R
folhas. Inflorescência axilar ou terminal, em glomérulos longo-peduncu-
lados; glomérulos globosos, cerca de 1,0-1,5 cm de diâmetro; flores sés- S
seis, de coloração rósea ou lilás, muito vistosas. Flores com cálice e corola
diminutos; 4 estames com longos filamentos, afilados para o ápice, de co- T
loração rosa ou lilás, alguns brancos; um estilete branco, mais longo que
os outros. Fruto craspédios aglomerados, linear-oblongos, comprimidos U
lateralmente, apiculados, sésseis, com bordos espessados e com espinhos
setáceos, de 1,5-2,0 cm de comprimento; na maturação liberam os artí-
culos castanho-claros de 3,5-4,0 mm de comprimento por 1,3-1,5 mm de
V
largura, monospérmicos, indeiscentes. Na liberação dos artículos, per-
manece o replum com as setas laterais, lembrando uma malha. Sementes
Z
ORIGEM
Espécie nativa das regiões tropicais do Brasil. D
E
P
lanta semi-arbustiva, prostrada, anual ou bienal, zoocórica.
Sistema radicular pivotante, bem desenvolvido. Caule de de-
senvolvimento inicial ereto; ramifica muito, perdendo a do-
F
minância vertical, dificultando a identificação do caule principal.
Ramos com superfície glandulosa, pubescente, brilhante, até 3 m
L
de altura, poucos a muitos acúleos dispersos nos entrenós, forma
maciços homogêneos e impenetráveis. Folhas alternas, pecioladas,
M
sensitivas, compostas por 6-11 pares de pinas; pecíolo e raque com
acúleos, principalmente no lado dorsal; grande número de pares de
N
folíolos sésseis, lineares; pulvínulo na base da raque, das raquíolas
e dos folíolos. Inflorescências geralmente em pares de glomérulos
P
na axila das folhas da parte terminal dos ramos; glomérulos longo-
-pedunculados; flores sésseis, ou quase; cálice e corola diminutos;
R
estames com longos filamentos rosa-claros muito vistosos e antera
amarelada. Fruto craspédio articulado. Sementes lenticulares com
S
tegumento liso.
De introdução recente no estado do Paraná, é encontradiça em
T
pastagens de hemártrias. Altamente competitiva nas regiões onde
ocorre, em pastagens nativas e formadas por braquiárias, panicuns
U
e estrela-africana, sob alta lotação de animais e em solos com ferti-
lidade natural baixa e não manejados com herbicidas. Nessas con-
V
dições, causa danos de média importância. Caso não seja erradica-
da das pastagens, poderá causar grandes danos futuramente.
Z
NOME COMUM
Juqueri
ORIGEM
Presente em margens de rodovias e em algumas áreas de pastagem.
R
ecentemente introduzida, caracteriza-se por apresentar altís-
simo número de ramificações e florescer abundantemente, for-
mando um verdadeiro emaranhado de ramos, folhas e flores,
dominando toda a vegetação. Os ramos tornam-se escandentes na
presença de suportes. Caso seja introduzida nas pastagens, suas plan-
tas serão muito competitivas, devendo ser erradicadas logo no início.
A
B
C
D
E
F
L
M
N
Mimosa orthacantha P
NOME COMUM
Mimosa-do-guartelá
R
ORIGEM
Originária do Sul e Sudoeste do Brasil (Paraná e São Paulo) em áreas de pastagens
S
nativas, capoeiras e margens de rodovias.
T
P
lanta arbustiva, perene, zoocórica, atinge 2-3 m de altura. Planta U
arbustiva, cujo caule tem crescimento com dominância apical e
grande número de ramos laterais, com desenvolvimento quase
horizontal. Caules, ramos, folhas e frutos apresentam intensa pilosida-
V
de e são revestidos de espinhos de diferentes tamanhos. Folhas com-
postas, bipinadas, folíolos numerosos e diminutos. Inflorescências
Z
A
B
C
D
E
F
L
M
N
P
R
S
T
U
V
Z
L amiaceae
Aegiphila integrifolia (Jacq.) Moldenke
NOMES COMUNS
Tamanqueiro, pau-de-tamanco, minura, papagaio
ORIGEM
Espécie nativa da Guiana Francesa, Equador, Bolívia, Paraguai e Brasil, onde está pre-
sente em todas as regiões.
P
lanta arbustiva até arbórea, perenifólia, remanescente, dioica,
zoocórica, atinge até 15 m de altura. Sistema radicular pivotante,
profundo, poucas ramificações. Caule ereto, pouco ramificado;
casca grossa, sulcada. Folhas simples, opostas, pecioladas a quase sés-
seis; pecíolo de 0,5-2,0 cm de comprimento; limbo oblongo-ovalado
a oblongo-elíptico, cartáceo, lado ventral glabro a pubescente, lado
dorsal tomentoso, ápice agudo a acuminado, base atenuada, margem
inteira ou com dentes esparsos e sub-revoluta; limbo das plantas fe-
mininas de 7,5-22,0 cm de comprimento, 4-10 cm de largura; limbo
das plantas masculinas com 4,5-30,0 cm de comprimento, 2-13 cm de
largura. Inflorescência axilar, cimeiras de 1,5-5,0 cm de comprimento,
oposto-decussadas, 10-40 flores. Duas bractéolas persistentes, linea-
res, tomentosas. Flor pedicelada; pedicelo de 1,5-3,0 mm de compri-
mento na flor feminina e de 2-4 mm na flor masculina; cálice cam-
panulado, externamente tomentoso e internamente glabro, lacínias 4,
mucronado a denticulado, maior nas flores femininas, corola branca,
infundibuliforme, glabra, com 4 lobos, tubo de 3-4 mm de comprimen-
to, lobos mais longos nas flores masculinas; estames 4, inseridos no
tubo da corola; estigma ramificado; ovário globoso, 1 mm de diâme-
tro; cálice persistente e aumentado no fruto. Fruto drupa elíptica, ver-
melha a alaranjada, 8-10 mm de comprimento por 4 mm de diâmetro
na parte mediana.
Nas pastagens, ocorre na forma de 1-4 brotos vigorosos que surgem
do toco da planta. Quando não são cortados, um deles domina os demais
SINÔNIMOS
Ballota suaveolens L., Bistropogon suaveolens (L.) L’Hér.
NOMES COMUNS
Cheirosa, betônica, mentrasto-de-frade, catirina, hortelã-brava, bamburral
ORIGEM
Espécie nativa das Américas, ocorre desde o México até o Sul do Brasil.
P
lanta herbácea, anual, zoocórica. Raiz principal pivotante e raí-
zes laterais bem desenvolvidas e ramificadas. Caule ereto, qua-
drangular, estriado, sulcado longitudinalmente, piloso, ramifica-
do na parte superior; ramos ascendentes. Atinge 2 m de altura; caule,
ramos e folhas possuem glândulas que produzem óleo essencial, com
odor característico. Folhas opostas, de disposição cruzada, as infe-
riores com pecíolo mais longo que as superiores; limbo com margem
denteada, coloração verde e pilosidade em ambas as faces; nervuras
salientes. Inflorescências axilares, com poucas flores, pedicelo guarne-
cido por uma bráctea. Flores com cálice tubular, com cinco dentes de
dois tamanhos, piloso externamente, persistente até a maturação dos
frutos, quando atinge 3 mm de comprimento; corola tubular pentalo-
bada e de coloração azulada. Fruto artrocarpo com dois carcerulídios.
Leonurus sibiricus L.
A
SINÔNIMOS
Leonurus manshuricus Yabe, Leonurus sibiricus var. grandiflora Benth. B
C
NOMES COMUNS
Rubim, erva-macaé, chá-de-frade, erva-do-santo-filho, lavandeira, lavantina, erva-
-das-lavadeiras
ORIGEM
Espécie originária da China, ensontra-se dispersa pelo mundo. No Brasil está ampla-
D
E
mente distribuída e é mais frequente na Região Sul.
P
lanta herbácea, anual, zoocórica. Raiz principal pivotante; raízes F
laterais superficiais, ramificam intensamente. Caule anguloso
e sulcado longitudinalmente, glabro ou com tênue pilosidade, L
verde; ramificações curtas, ascendentes. Crescimento ereto e de domi-
nância apical, atinge até 2 m de altura. Folhas heteromorfas, com lobos M
arredondados nas plantas jovens e profundamente lobadas, nas mais
velhas; com lobos lanceolados, de ápice agudo nas plantas maiores. N
Na parte inferior das plantas são longo pecioladas, até 15 cm de com-
primento e na superior curto pecioladas, com redução gradativa no
tamanho dos pecíolos. O número de lobos varia de planta para planta
P
e de acordo com o ambiente. Limbo flexível, na face dorsal as nervuras
são salientes e de coloração verde intenso, em ambas as faces cober-
R
tas de pêlos alvos-translúcidos. Inflorescências axilares na parte su-
perior da planta. lomérulos de 8-25 flores. As flores abrem de forma
S
sequencial, de maneira que cada glomérulo sempre apresenta alguma
flor aberta. Flores zigomorfas, cálice turbinado, de 6-8 mm de com-
T
primento e 5 nervuras que terminam em lobos espinescentes, sendo
dois mais desenvolvidos, verdes, com pêlos simples. Corolas de 12-15
U
mm de comprimento, coloração rósea, avermelhada ou lilás; base tu-
bular, com anel oblíquo de pêlos a 2 mm da base; lábio superior oblon- V
go, inteiro e c ncavo; lábio inferior trífido; lábios laterais ovalados e
o central mais desenvolvido. As flores exalam odor que lembra o de Z
Alfavaca-do-mato, alfavaca
C
ORIGEM
Espécie originária do continente americano, presente desde a América Central até o
D
Sul do Brasil e Argentina.
E
E F
spécie anual ou bienal, herbácea, zoocórica. Sistema radicular
pivotante, fibroso, profundo e pouco ramificado. Caule quadran-
gular, esparsamente piloso, às vezes com protuberância, herbá-
ceo na planta jovem, lenhoso na base quando adulta, ereto, muito ra-
L
mificado, coloração verde ou arroxeada quando exposto ao sol. Folhas
simples, pecioladas, verde-intenso, pecíolo canaliculado. Limbo mui-
M
tas vezes assimétrico, levemente apiculado, atenuado na base, mais
claro no lado inferior, margem irregularmente denteada; nervuras vi- N
síveis no lado ventral e salientes no lado dorsal. Inflorescência racemi-
forme na parte terminal dos ramos, curto-pedunculada, com abertura P
sequencial das flores; agrupadas em 2 a 2 ou mais unidades, partindo
do mesmo nó, curto-pedicelada, com cálice curvo, campanulado, ar-
roxeado externamente e com 5 lobos pontiagudos. Corola bilabiada
R
típica, bem aberta, sobressaindo do cálice, coloração lilás à arroxeada.
Frutos cápsulas com 2-4 sementes.
S
Desenvolvem-se a sol pleno, mas preferem locais levemente som-
breados, com bom teor de matéria orgânica no solo e boa disponibilida- T
de de água. Caules e raízes suportam bem o pisoteio, pois são frequen-
tes sob a copa das árvores, onde os animais se abrigam do sol intenso. U
Espécie encontradiça, dispersa na região dos três Planaltos, Cam-
pos Nativos, ale do Ribeira e Litoral, infestando pastagens formadas V
por qualquer espécie forrageira, indiferente à intensidade de pastejo,
da lotação de animais e dos sistemas de manejo das invasoras. Apre-
senta potencial de competição altíssimo nas pastagens de grama-sem-
Z
Ocimum gratissimum L.
SINÔNIMOS
Ocimum viride Willd., Ocimum guineense Schum. & Thonn.
NOMES COMUNS
Alfavacão, alfavaca, alfavaca-cravo, alfavaca-de-moita
ORIGEM
Espécie originária da Ásia e cultivada em vários países, devido à sua utilização medicinal.
P
lanta subarbustiva, perene, zoocórica. Sistema radicular pivo-
tante na planta jovem. Quando adulta, fica entouceirada e emi-
te grande número de raízes a partir da base dos ramos. Caule
e ramos eretos, pouco ramificados, quadrangulares e pubescentes
L il iaceae
Lilium longiflorum Thunb.
NOMES COMUNS
Lírio-branco, lírio, lírio-trombeta, lírio-japonês, lírio-de-finados, copo-de-leite
ORIGEM
Espécie originária da Ásia, China e Japão.
P
lanta herbácea, perene, anemocórica, ornamental. Parte subter-
rânea constituída de raízes fasciculadas, que partem de um bulbo
grande e escamoso. Escamas branco-amareladas, agudo-lanceo-
ladas, separam-se com facilidade. No centro do bulbo se desenvolve
anualmente a parte aérea. As escamas separadas têm a capacidade de
emitir raízes, desenvolver a parte aérea e formar um novo bulbo. Caule
ereto, atinge até 2 m de altura, cilíndrico, com algumas estrias. Folhas
numerosas, próximas umas das outras, linear-lanceoladas, glabras,
sésseis, semi-alternas, ápice agudo, levemente carnosas e curvadas
para baixo. Inflorescência na parte terminal do caule. Flores em núme-
ro variável, de uma até mais de uma dezena, dependendo do vigor da
planta, partem de um único ponto. Flores longo pediceladas, muito aro-
máticas; sépalas e pétalas brancas confundem-se, pois são do mesmo
tamanho e cor, atingem até 20 cm de comprimento; o tubo do cálice e
corola é campanulado, em forma de trombeta ou funil, de até 15 cm
de comprimento, horizontal na antese e depois pendular. Estames com
filetes esverdeados e anteras grandes e amarelas.
Linhagens do lírio foram introduzidas no Brasil há muitos anos e
cultivadas como espécie de planta ornamental nos jardins e quintais.
As mais agressivas, com as sementes levadas pelo vento, saíram de
controle e hoje são observadas em margens de rodovias, pastagens e
lavouras de muitos municípios do estado. Causa pequenos danos na re-
gião do Terceiro Planalto, em propriedades onde as invasoras não são
manejadas com regularidade. importante controlar sua expansão,
por ser altamente competitiva poderá causar problemas futuramente.
L ythraceae A
Heimia myrtifolia Cham. et Schlecht. B
NOMES COMUNS
Erva-da-vida, vassourinha
C
ORIGEM
Espécie nativa do Uruguai, Sul e Sudeste do Brasil, e Missiones, na Argentina.
D
E
P
lanta perene, subarbustiva, zoocórica. Sistema radicular pivo-
tante na planta jovem. A planta com vários anos de idade, ou F
após ser roçada por várias vezes, forma touceiras e emite raízes
adventícias a partir dos ramos que partem da base do caule original. L
Caule principal e ramos oriundos da sua base atingem no máximo 1
m de altura, lenhosos, cilíndricos, ramificados, levemente alados nas
partes novas. Folhas sésseis ou quase, opostas, elípticas a lanceola-
M
das, 15-55 mm de comprimento por 5-8 mm de largura, ápice agudo,
margem inteira e levemente curvadas para o lado dorsal. Inflorescên-
N
cias com flores isoladas ou em pequeno número nas axilas das folhas
superiores. Pedúnculos curtíssimos, bractéolas lineares ou elíptico- P
-espatuladas, maiores do que o cálice, ápice agudo; cálice turbinado
de 3-4 mm de comprimento, 5 lobos agudos com apêndices subulado R
entre as sépalas; pétalas obovadas a arredondadas, amareladas. Fruto
tipo cápsula, multilocular, multisseminado, glabro e envolto pelo cáli-
ce permanente.
S
Encontradiça no estado, dispersa na região dos Campos Nativos
e dos Primeiro e Segundo Planaltos, em pastagens nativas, de braqui- T
árias, hemártrias, capim-jaraguá, grama-mato-grosso, grama-missio-
neira, grama-sempre-verde e nas pastagens cultivadas de azevém, U
onde o solo não foi muito revolvido, em locais com solos de fertilidade
natural média e baixa, em média ou alta lotação de animais e onde V
as plantas invasoras não são manejadas mecanicamente. Apresenta
alto potencial de competição em pastagens de grama-mato-grosso e
capim-jaraguá. Causa danos de média importância, na região do Pri-
Z
NOME COMUM
Erva-da-vida-maior
ORIGEM
Muito rara, porém presente na região do Norte Pioneiro.
D
e hábitos semelhantes aos da H. myrtifolia, difere por ser maior,
atinge até 3 m de altura, e apresentar o cálice campanulado no
fruto, com lobos abertos, bractéolas menores que o cálice e péta-
las grandes, amarelas e vistosas. A H. myrtifolia tem o cálice subgloboso
no fruto, com lobos coniventes, encobrindo a cápsula, bractéolas maio-
res ou iguais ao cálice e pétalas pequenas, de coloração amarelo-pálidas.
A
B
C
D
E
F
L
M
N
P
R
S
T
U
V
Z
M al pighiaceae
Byrsonima intermedia Juss.
NOMES COMUNS
Cangiqueira, baga-de-tucano, murici-do-campo, murici
ORIGEM
Espécie nativa dos cerrados do Centro-Oeste do Brasil
P
lanta remanescente, perenifólia, arbustiva, zoocórica. Sistema
subterrâneo formado por raiz pivotante, raízes secundárias su-
perficiais e rizomas. Caules ramificados, numerosos, originados
de brotações do toco, rizomas e raízes superficiais, atinge 2 m de altu-
ra. Folhas opostas, curto-pecioladas ou sésseis; limbo elíptico, obova-
lado ou lanceolado, 15 cm de comprimento, 7 cm de largura, coriáceo,
glabro ou pubescente, verde-claro. Inflorescência em racemo terminal
e raramente axilar, 15 cm de comprimento. Flores com pedicelo longo,
mais de 1 cm de comprimento; sépalas 5, pequenas, persistentes no
fruto; pétalas 5, intercaladas com as sépalas, livres, unguiculadas, co-
loração amarela e vistosa; uma pétala difere das demais na forma do
limbo. Fruto drupa trilocular com uma semente por lóculo; semente
amarelada e rugosa.
Espécie rara no estado, presente nas regiões do Arenito e do Ter-
ceiro Planalto. Ocorre na forma de grandes reboleiras homogêneas
de até 20 m de diâmetro, cobrindo densamente o solo com seus ra-
mos e folhas. Altamente competitiva nas pastagens de braquiárias,
panicuns e estrela-africana, em áreas com lotação de animais média
e alta, em solos de fertilidade média e baixa. Dificilmente controla-
da por métodos mecânicos. Na região de ocorrência, causa prejuízos
de pequena importância, porque a espécie raramente é encontrada.
Entretanto, causa prejuízos de grande importância nas propriedades
onde ocorre.
M al v aceae
Malvastrum coromandelianum (L.) Garcke
SINÔNIMOS
Malva coromandeliana L., Malva tricuspidata R. Brown ex W.T. Ait., Malvastrum
carpinifolium (L.f.) Gray, Malvastrum tricuspidatum (R. Brown ex W.T. Ait.) Gray
NOMES COMUNS
Malvastro, guanxuma, falsa-guanxuma
ORIGEM
Espécie de origem desconhecida, ocorre em todas as regiões do Brasil.
P
lanta herbácea, anual, zoocórica, pantropical. Malvácea bastan-
te semelhante às guanxumas, possui raiz principal pivotante e
muitas ramificações laterais, muito fibrosas. Atinge 1 m de al-
tura nos solos mais férteis. Caule ereto, raramente ramifica nas áreas
de pastagens. Quando cresce livre de competição, em lavouras ou à
margem de rodovias, o caule é mais vigoroso e ramifica intensamen-
te próximo à base da planta, fibroso, cilíndrico, verde quando novo
e amarronzado quando maduro; caule e ramos com pêlos esbranqui-
çados. Folhas simples, pecioladas, dispostas em espiral ao longo do
caule e ramos; limbo ovalado a lanceolado, até 5 cm de comprimento,
diminui de tamanho conforme a planta vai se desenvolvendo em altu-
ra; nervuras marcantemente profundas; base cuneada e ápice agudo;
pêlos esbranquiçados esparsos e estípulas lanceoladas ou falcadas. In-
florescências axilares, na parte terminal do caule e dos ramos laterais,
com flores isoladas ou em glomérulos de até 6 por axila, curto-pedi-
celadas e guarnecidas por 3 bractéolas. Flores com desenvolvimento
sequencial na mesma inflorescência. Cálice com 5 sépalas romboides,
conatas na metade inferior, com lobos longo acuminados cobertos de
pêlos, bordos ciliados e persistentes na maturação. Corola com 5 péta-
las amarelo-alaranjadas, membranáceas, ovaladas e ápice assimétrico.
NOMES COMUNS
N
Guanxuma-paulista, guanxuma-preta, vassourinha-curraleira
ORIGEM
P
Espécie nativa do Brasil.
R
P
lanta herbácea, anual, zoocórica. Sistema radicular pivotante S
muito fibroso, raízes laterais muito ramificadas. Caule cilíndri-
co, às vezes angulado quando novo, ramificado em toda sua ex- T
tensão quando livre de competição; em populações densas somente
ramifica na parte superior. Ramos e folhas dísticos. Caule e ramos nun-
ca se desenvolvem na vertical, sempre apresentam inclinação ou cur-
U
vatura para um dos lados, permitindo melhor exposição à luz. Caule
e ramos fibrosos e ásperos, de coloração verde quando novos. Folhas
V
simples, alternas, face superior voltada para o lado de maior ilumi-
nação; estípulas dimorfas; limbo elíptico a ovalado-acuminado, base
Z
Sida cordifolia L.
A
SINÔNIMOS
Sida rotundifolia Lam., Sida herbacea Diss., Sida tomentosa Vell., Sida velutina Willd. ex B
Spreng.
NOMES COMUNS
C
Guanxuma-coração, malva-branca, guanxuma-branca, malva-veludo
ORIGEM
D
Espécie originária das regiões tropicais da América, está dispersa até as regiões subtro-
picais do continente. No Brasil encontra-se dispersa da Amazônia até o Paraná. E
F
P
lanta herbácea, anual, zoocórica. Sistema radicular vigoroso, ra-
mificado, profundo, fibroso. Caule ereto, muito ramificado, atin-
ge até 2 m de altura, cilíndrico e inteiramente piloso nas par-
L
tes jovens. Folhas alternas, simples, pecíolos carnosos de até 4 cm de
comprimento, pilosos; limbo largamente ovalado, com base cordifor-
M
me, ápice agudo a obtuso e margem dentado-crenada; superfície den-
samente coberta por pêlos simples e estrelados. Inflorescência axilar, N
quase corimbosa, flores curto-pediceladas com brácteas filiformes de
até 3 mm. Flores com cálice campanuliforme, 5 lobos ovais e agudos P
no ápice, 5-7 mm de comprimento. Corola de 5 pétalas assimétricas,
8-10 mm de comprimento, amarelas ou alaranjadas com parte central R
mais escura; tubo estaminal pubescente, estilete glabro e estigma ca-
pitado. Fruto esquizocarpo subgloboso, de 7,5 mm de diâmetro. 8-12 S
carpídios ou mericarpos, trigono-ovalados de 3,0-3,5 mm de compri-
mento sem as aristas, cobertos de longos pêlos simples alvo-translú- T
cidos e retrorsos; aristas divergentes de 2,5-2,8 mm de comprimento.
Sida cordifolia difere das outras espécies do gênero pelas folhas U
largas cordiformes, nervuras proeminentes nas duas faces, veludosas;
pilosidade veludosa em todas as partes da planta e aristas divergentes V
nos mericarpos que sobressaem do cálice.
Plântulas da espécie são observadas em qualquer época do ano.
Somente no verão, quando os dias começam a encurtar, é que o flores-
Z
Sida rhombifolia L.
A
SINÔNIMOS
Sida alba Cav., non L., Sida retusa L., Malva rhombifolia (L.) Krause, Sida adusta Marais B
NOMES COMUNS
Guanxuma, vassourinha, relógio, guaxima, malva, guaxuma, malva-preta
C
ORIGEM
Espécie nativa do continente americano, ocorre em todos os países. Uma das espécies
D
mais dispersas pelo Brasil, especialmente nos estados sulinos.
E
P
lanta herbácea, anual, zoocórica. Raiz principal pivotante, pode F
atingir mais de 1 m de profundidade; laterais muito ramificadas.
As raízes das guanxumas, especialmente da Sida rhombifolia,
são muito finas, fibrosas e resistentes. Conseguem penetrar no solo
L
compactado através de pequeníssimas fraturas e se desenvolverem,
contribuindo para a descompactação. Caule ereto e ramificado ao lon-
M
go de toda sua extensão; quando se desenvolve com pouca concorrên-
cia, atinge mais de 1 m de altura; cilíndrico; casca fibrosa; coloração
N
verde, passando a marrom com o tempo; pêlos curtos estrelados dão
a sensação de aspereza. Folhas simples, alternas, curto-pecioladas, P
apresentam junto da base duas estípulas filiformes de até 8 mm de
comprimento. Limbo inteiro na metade inferior e serreado na supe- R
rior, pouco piloso; coloração verde intenso quando jovens, amareladas
ou arroxeadas nas folhas mais velhas; limbo de forma romboide na S
parte inferior e obovado na superior, mudando de forma e diminuindo
de tamanho com a idade da planta, especialmente nos ramos florífe- T
ros. Inflorescências unifloras e axilares na parte terminal dos ramos;
pedúnculo filiforme, geniculado na região mediana e duas a três vezes
mais longos do que o pecíolo da folha correspondente. Flores amare-
U
las, que se abrem nas horas mais quentes do dia. Cálice persistente,
cinco sépalas unidas até a metade, cuneadas; corola com cinco péta-
V
las obovadas, assimétricas, com ou sem mancha escura na parte basal.
Androceu com tubo estaminal e filetes separados na parte superior. Z
NOMES COMUNS
Guanxuma-de-santarém, guanxuma, guanxumona, guaxima, vassourinha
ORIGEM
Espécie originária da Amazônia, encontra-se dispersa por quase todos os estados do
Brasil, até o Norte do Paraná.
P
lanta herbácea, anual, zoocórica. Raiz principal pivotante; ra-
ízes laterais muito ramificadas, fibrosas. Caule bem desenvol-
vido, pouco ramificado e com tendência a se desenvolver incli-
nado para um dos lados, em torno de 30 graus em relação a vertical,
para melhor aproveitamento da luz; cilíndrico, levemente achatado na
parte terminal, coloração verde quando novo, podendo passar para
arroxeado. Folhas simples, alternas, com pecíolos de cerca de 1,5 cm
de comprimento; estípulas lineares acuminadas, quase tão compridas
quanto os pecíolos; limbo largo-ovado; margem serreada, exceto na
base, quase glabra na face ventral e com pêlos estrelados na dorsal;
coloração verde, mas nas plantas mais velhas pode aparecer pigmen-
tação arroxeada na face superior. Fruto esquizocarpo, globoso, 8 mm
de comprimento por 6 mm de diâmetro, divide-se em 10 mericarpos
unisseminados. Os mericarpos têm deiscência apical, onde possuem
duas aristas de coloração mais clara, com pêlos alvos translúcidos, fa-
cilmente caducos; semente trigono-globosa.
Comportamento muito semelhante ao da Sida rhombifolia. Quan-
do cortada ou pastada não rebrota como ela, formando uma pequena
copa globosa. As características que a diferencia das demais guanxu-
mas são a margem do limbo serreada, o pecíolo curtíssimo e o fruto
com 10 mericarpos. As unidades de dispersão são os esquizocarpos e
os mericarpos ou as sementes, após a deiscência.
Encontradiça, dispersa especialmente pela região do Arenito, em
pastagens de braquiárias, panicuns, grama-mato-grosso e capim-jara-
Guanxuma-branca Guanxuma-branca
Guanxuma-branca Guanxuma-rasteira
Guanxuma-dos-caminhos Guanxuma-dos-caminhos
A
B
C
D
E
F
L
M
Sidastrum micranthum (Saint-Hil.) Fryxell N
SINÔNIMO P
Sida micrantha Saint-Hil
NOMES COMUNS R
Falsa-guanxuma, malvona, malva-preta, guanxuma
ORIGEM S
Espécie originária da América Central e Caribe, pode ser encontrada em todas as regi-
ões do Brasil.
T
U
P
lanta herbácea, anual, zoocórica. Raiz principal pivotante, pro-
funda e fibrosa. Caule ereto, pouco ramificado, fibroso, resisten-
te, atinge mais de 2 m de altura, áspero e com pêlos estrelados;
V
entrenós curtos. Folhas alternas, simples, curto-pecioladas; limbo cor-
diforme, base cordada, ápice agudo, margem crenado-denteada, até
Z
P
lanta herbácea, anual, zoocórica. Raiz principal pivotante, rami-
ficada e fibrosa. Caule fibroso e lenhoso nas partes mais velhas, F
pouco ramificado na base, piloso, atinge mais de 2 m de altura.
Folhas pecioladas, simples, alternas, pubescentes; pecíolo de cerca de L
um terço do comprimento do limbo; limbo ovalado a lanceolado, cer-
ca de duas vezes mais comprido do que longo, base truncada e ápice M
agudo, margem denteada; duas estípulas de 6-7 mm de comprimento.
Inflorescência na parte superior da planta, panícula aberta com ramos N
muito finos, laxa. Flores com pedúnculo longo e flexível; cálice penta-
lobado, lobos triangulares, alongados, 2-3 mm de comprimento; coro- P
la com 5 pétalas de 3 mm de comprimento, de coloração sanguínea a
púrpura, pubescente, entre 10-20 estames com anteras amareladas.
Fruto esquizocarpo globoso, de 2,2-2,8 mm de comprimento por 3,5
R
mm de diâmetro. Cinco mericarpos, subglobosos, deiscência apical,
unisseminados e com dois cornículos ou aristas apicais.
S
As sementes germinam na primavera e as plantas florescem no
verão. Raramente forma populações densas, possivelmente porque as
T
sementes possuem pequena viabilidade nas condições locais.
Facilmente identificada, pois possui os pedúnculos das flores e
U
dos frutos e os ramos da inflorescência bastante longos e finos, e o
fruto divide-se em 5 mericarpos providos de dois cornículos apicais. V
Espécie encontradiça, dispersa em pastagens formadas por pa-
nicuns, principalmente devido à possibilidade de ser introduzida por Z
SINÔNIMOS
Triumfetta bartramia L., Triumfetta excisa Urban
NOMES COMUNS
Carrapicho-redondo, carrapichão, carrapicheiro, carrapicho-miúdo, juta-nacional
ORIGEM
Espécie de origem não definida. Nas Américas, ocorre desde o México até a Argentina,
sendo frequente no Sudeste e Centro-oeste do Brasil.
P
lanta anual ou bienal, subarbustiva, zoocórica, pantropical. Raiz
principal pivotante e vigorosa, várias laterais desenvolvidas. Cau- A
le cilíndrico, ereto, fibroso, resistente, pouco ramificado; ramos
reflexos, resistentes, inclinados, tomentosos, com pêlos simples ou es- B
trelados. Folhas simples e alternas, na parte superior são curto-pecio-
ladas; limbo ovalado, ápice agudo e margem irregularmente denteada; C
na parte inferior as folhas são longo-pecioladas; limbos grandes de até
20 cm de comprimento, largos, às vezes trilobados, com lobos laterais D
iguais e o central maior. A partir da base das folhas partem nervuras
para o ápice de cada lobo. Superfície das folhas cobertas com pêlos es-
trelados. Inflorescências em glomérulos, partindo do lado oposto ao da
E
inserção da folha, pedúnculo de 2-3 mm de comprimento, de onde par-
tem os 2-3 pedicelos de maneira que as flores ficam muito próximas.
F
Os entrenós diminuem de comprimento para a extremidade dos ramos.
As flores abrem sequencialmente; cálice formado por 5 sépalas mais
L
longas do que as pétalas, de coloração avermelhada e ápice esverdea-
do, pubescentes no lado externo. Após a antese, as sépalas se retraem e
M
expõem a corola com 5 pétalas amarelas de 3-6 mm de comprimento.
Fruto drupoide policárpico, subgloboso, trilocular e epicarpo curto pu- N
bescente com cerdas ou pêlos retrorsos de 2-3 mm de comprimento.
A emergência das sementes ocorre principalmente na primavera, P
entretanto são observadas plantas jovens em qualquer época do ano.
O florescimento e a maturação dos frutos ocorre no verão, outono e R
até no inverno.
O carrapicho-redondo é encontradiço no estado, disperso nas regi- S
ões do Arenito e dos três Planaltos, em pastagens de braquiárias, estrela
africana, capim-jaraguá e panicuns e grama-mato-grosso e grama-mis- T
sioneira; independe da intensidade de pastejo, da fertilidade do solo e
da forma de manejo das plantas invasoras. A espécie é de alto potencial U
de competição com as forrageiras, que é maior nas regiões do Arenito e
dos Primeiro e Segundo Planaltos, em pastagens de grama-mato-grosso V
e estrela-africana, pastejadas intensamente, em solos com fertilidade
média e sem manejo das plantas invasoras. Causa danos de grande im-
portância à pecuária paranaense nas regiões do Arenito e do Primeiro e
Z
A
B
C
D
E
F
L
M
Waltheria indica L. N
SINÔNIMO
P
Waltheria indica L.
NOMES COMUNS
R
Malva-branca, guanxuma-branca, falsa-guanxuma
ORIGEM
S
T
Existem controvérsias quanto à origem desta espécie, que é encontrada na Índia, na
África e na América. No Brasil é observada em quase todos os estados.
U
P
lanta anual ou bienal, zoocórica, subarbustiva de crescimento ere-
to, ramificada desde a base. Sistema radicular pivotante, muito vi- V
goroso. Caule fibroso, resistente, coberto de pêlos sedosos simples
ou estrelados, atinge cerca de 1 m de altura. Folhas simples, pecioladas,
limbo ovalado, oblongo ou lanceolado, com base arredondada e ápice su-
Z
bagudo, margem denteada, cerca de duas vezes mais longo do que largo,
nervura deprimida na face ventral e proeminente na dorsal. Inflorescên-
cias em glomérulos axilares na parte superior do caule e ramos, protegi-
dos por 2-3 brácteas unidas na parte inferior, lanceoladas ou lineares. Flo-
res sésseis, guarnecidas por 3-4 bractéolas; cálice tubuloso com 5 lobos,
acuminado, piloso, semelhante às brácteas e as bractéolas; corola de 5
pétalas espatuladas, pouco maiores do que o cálice, amarela, com o tem-
po torna-se alaranjada. Fruto cápsula loculicida obovoide, estilete perma-
nente, unilocular e unisseminada, 2,0-2,5 mm de comprimento. Semente
periforme ou ovoide, afilada para a base aguda e ápice arredondado.
A emergência das sementes ocorre na primavera e as plantas entram
em estádio reprodutivo no verão, prolongando-se por mais de um ano.
Espécie encontradiça, especialmente na região do Arenito, em pas-
tagens formadas por braquiárias, estrela-africana, panicuns, grama-ma-
to-grosso, capim-jaraguá e nos pastos nativos, em solos com fertilidade
média a baixa e indiferentes à intensidade de pastejo e aos sistemas de
manejo das plantas invasoras. Raramente formam aglomerados de plan-
tas e o sombreamento não é muito denso, por isso causa danos de peque-
na importância na região do Arenito e dos Planaltos, em pastagens de pa-
nicuns, braquiárias e estrela-africana pastejadas intensamente, sob alta
lotação de animais, em solos com fertilidade média a baixa e em locais
não submetidos ao manejo das invasoras com herbicidas.
SINÔNIMO
Abutilon amplissimum (L.) Kuntze var. subpeltata Kuntze
NOMES COMUNS
Malva-estrela, malva-taquari, malva-de-bico, paco-paco
ORIGEM
Espécie nativa da Região Sudeste do Brasil, pode ser encontrada até a região Central
do Paraná.
P
lanta herbácea, anual, zoocórica. Raiz principal pivotante e fi-
brosa; raízes laterais pouco desenvolvidas. Caule ereto, rara- A
mente ramifica, fibroso, pubescente, com mais de 2 m de altura.
Folhas alternas, longo pecioladas; limbo pubescente-lanuginoso em B
ambas as faces, cordiforme, base cordada e ápice agudo ou acumina-
do, quase tão longo quanto comprido, margem inteira, nervura dorsal C
bem visível. Inflorescência terminal paniculada, de desenvolvimento
contínuo, ampla, ramificações e pedúnculos bastante finos. Flores iso- D
ladas, longo pediceladas, cálice pentalobado, lobos cuneados, agudos,
pilosos; corola de 1 cm de diâmetro, 5 pétalas amarelas, obovadas.
Fruto esquizocarpo, obovoide a obc nico, com 6-8 mm de compri-
E
mento por 6,0-6,5 mm de diâmetro, formado por 5 carpídios. Mericar-
pos obovoides a obcônicos, estreitados em direção à base; biloculares,
F
com 2-3 sementes.
W. subpeltata é facilmente confundida com Sidastrum paniculatum.
L
Entretanto, a primeira possui flores amarelas e folhas com margem
inteira, enquanto a segunda tem flores com pétalas sanguíneas ou M
púrpuras e folhas com margem denteada.
As sementes germinam no final do inverno e durante a primavera; N
de desenvolvimento muito vigoroso, permanecem florescendo duran-
te o verão e o outono. O poder germinativo das sementes é relativa- P
mente baixo, apesar da grande quantidade produzida, raramente for-
ma populações densas, portanto seu potencial de competição é baixo. R
Espécie encontradiça, dispersa nas regiões do Arenito e dos três
Planaltos, em pastagens de braquiárias, panicuns, grama-mato-gros- S
so, capim-jaraguá e pastagens cultivadas de azevém. Indiferente à in-
tensidade de pastejo, prefere solos com fertilidade alta e áreas onde T
os herbicidas não são utilizados nas práticas de manejo das invasoras.
Os prejuízos causados no desenvolvimento das pastagens são de pe-
quena importância no estado do Paraná, destacando-se nas regiões do
U
Arenito e dos três Planaltos, em pastagens formadas com panicuns,
grama-mato-grosso e estrela-africana, pastejadas com média ou alta
V
intensidade, em solos com fertilidade média e baixa, em locais onde as
plantas invasoras não foram manejadas nos dois últimos anos.
Z
M oraceae
Maclura tinctoria (L.) D. Don ex G. Don
SINÔNIMO
Chlorophora tinctoria (L.) Gaudich.
NOMES COMUNS
Amoreira-de-espinho, amora-branca, amarelinho, moreira, pau-amarelo, pau-de-
-fogo, tajuva
ORIGEM
Espécie nativa da América Central e América do Sul, ocorre em praticamente todos os
estados do Brasil.
E
spécie remanescente, arbustiva, perenifólia, dioica, zoocóri-
ca, atinge até 30 m de altura. Nas pastagens aparece em forma
de arbustos, normalmente entouceirados e isolados, origina-
dos da brotação dos tocos e raramente de sementes.
Sistema radicular pivotante, ramificado, profundo; com raízes
tubulares. Caule curto, tortuoso, ramificado, até 1 m de diâmetro,
copa ampla, sombra intensa; casca não descamante, quase lisa, cin-
zento-amarelada, lenticelada, exsuda látex amarelo quando ferida.
Ramos, às vezes, com espinhos longos, rígidos e pontiagudos. Folhas
pecioladas, alternas, simples; pecíolo curto, acanalado; limbo elípti-
co a lanceolado, margem serreada, lado inferior mais claro que o su-
perior; base atenuada a cordiforme, ápice agudo a apiculado, 8-15
cm de comprimento, 3-5 cm de largura. Inflorescência das plantas
masculinas em amentilho longo, axilar, 8-12 cm de comprimento,
flores pequenas, nuas. Inflorescência das plantas femininas com flo-
res nuas agrupadas em glomérulos, semelhante ao fruto da amorei-
ra (Morus alba L.) cultivada para a alimentação do bicho-da-seda.
Fruto composto, sincárpico.
M yrtaceae
Psidium guajava L.
SINÔNIMOS
Psidium pyriferum L., Psidium guayava Raddi
NOMES COMUNS
Goiabeira, goiaba, goiaba-branca, goiaba-pera, goiaba-vermelha, goiabeira-branca,
guaiaba, guaiabeira, guaiava, araçá, araçá-guaçu, araçá-guaiaba, araçá-uaçu, araçazei-
ro-laranja
ORIGEM
Espécie originária das regiões tropicais da América, é cultivada em todas as regiões
tropicais e subtropicais do mundo.
E
spécie frutífera, cultivada, perenifólia, arbustiva ou arbórea,
zoocórica, atinge até 6 m de altura. Sistema radicular pivotante,
vigoroso; raízes secundárias bem desenvolvidas. Caule tortuo-
so; casca lisa, descamante por placas irregulares; ramos novos, rela-
tivamente grossos, tetrágonos. Folhas simples, opostas; pecíolo curto,
menos de 1 cm de comprimento; limbo ovalado a oblongo, 8-12 cm
de comprimento, 3-6 cm de largura, base obtusa, ápice obtuso; ner-
vuras numerosas, próximas umas das outras, 12-18 pares, fortemen-
te salientes no lado inferior, impressas no lado superior; numerosas
nervurinhas reticuladas entre as nervuras laterais. Inflorescências
axilares, unifloras, raramente 2-3 flores; pedúnculo pubescente; brac-
téolas subuladas de 2-3 mm, caducas; cálice se rompe na antese em
2-5 lobos irregulares; estiletes 10-12 mm de comprimento; estigma
peltado. Ovário pentalocular com placenta bilamelar, saliente. Fruto
baga carnosa, comestível, apreciado pelos animais. Sementes numero-
sas, reniformes.
As sementes são dispersas pelo homem, pássaros e principal-
mente pelos animais. Quando passam pelo aparelho digestivo dos
ruminantes são escarificadas, facilitando a germinação. Basta existir
A
B
C
D
E
F
L
M
N
P
R
S
T
U
V
Z
N yctaginaceae
Bougainvillea glabra Choisy
SINÔNIMO
Bougainvillea spectabilis Willd. var. glabra (Choisy) Hook.
NOMES COMUNS
Primavera, três-marias, bougainvilea, juvu, primavera-arbórea, ceboleiro-do-mato
ORIGEM
Espécie nativa do Brasil, ocorre na região localizada entre os estados da Bahia, Mato
Grosso e Santa Catarina.
E
spécie arbórea, remanescente, perenifólia, ornamental, pionei-
ra, atinge até 20 m de altura. Sistema radicular pivotante, ra-
mificado. Tronco muito ramificado, canelado, às vezes tortuoso.
Casca castanho-escura, corticosa, finamente fissurada, descamante.
Ramos longos, tortuosos, glabros, com espinhos aduncos nos nós. Fo-
lhas pecioladas, simples; pecíolo pubescente, limbo membranáceo,
lanceolado, ovalado ou elíptico, verde-claro, pubescente nas nervuras,
6 cm de comprimento, 3 cm de largura. Inflorescência em panícula
terminal; flores reunidas em glomérulos de três cada; cada flor está
protegida por uma bráctea foliar com aderência ao pedúnculo, de co-
loração róseo-lilás, de 4 cm de comprimento e 3 cm de largura. Flores
pequenas, tubulosas, amareladas, pentâmeras, glabras. Fruto aquênio
obovoide ou elíptico; a bráctea permanece unida ao fruto como uma
asa, útil para a dispersão anemocórica a curtas distâncias. Nas pas-
tagens, as plantas de primavera ocorrem na forma de arbustos ou de
moitas, originados da brotação de tocos ou sementes.
Encontradiça em pastagens formadas por capim-jaraguá. É de di-
fícil controle por métodos mecânicos, pois apresenta brotação rápida
e vigorosa quando roçada. Depois de roçada, seus ramos permanecem
sobre as forrageiras por muitos meses. É mais competitiva em pasta-
gens formadas por estrela-africana. Causa prejuízos de pequena im-
E M
spécie remanescente, perenifólia, arbusto escandente, atinge 15
m de comprimento ou mais. Sistema radicular pivotante, rami-
ficado, profundo. Caule cilíndrico, longo, com espinhos axilares
fortes, curvos, patentes, polidos, rígidos; os racemos partem do cau-
N
le principal em ângulo reto, semelhante a braços abertos, curtos,
opostos, normalmente terminam em espinho reto, pouco pubes-
P
cente, cedo glabrescente, com fortes espinhos estipulares, curvos.
Folhas opostas, simples, longo-pecioladas; limbo oblongo-ovalado, R
crenulado, coriáceo, base cuneada, glabro ou com pêlos nas nervu-
ras no lado inferior, nervuras salientes, 3-8 cm de comprimento, S
2-5 cm de largura. Inflorescência axilar em forma de cimeira corim-
biforme, pedunculada, menor do que as folhas, ramos secundários T
da inflorescência mais curtos, divergentes, pubescentes, angula-
dos; duas bractéolas setáceas, persistentes na base da flor. Flores U
dioicas, pequenas, esverdeadas; flores masculinas com perianto
infundibuliforme, limbo pentalobado, 5-8 estames exsertos; flores V
femininas com perianto tubuloso-campanulado. Fruto antocarpo
endurecido, clavado, anguloso, estriado, 5 mm de comprimento,
ângulos com acúleos curtos, fortes e glandulosos.
Z
P hytol accaceae A
Seguieria langsdorffii Moq. B
SINÔNIMO
Albertokuntzea langsdorffii Kuntze
C
NOMES COMUNS
Limãozinho, agulheiro, árvore-de-alho, espinho-de-juvu, limão-bravo, limão-do-ma-
D
to, limão-de-espinho, pau-d’alho-falso
ORIGEM E
Espécie nativa do Brasil, ocorre entre os estados de Santa Catarina, Minas Gerais e o
Sul da Bahia.
F
L
R
emanescente, arbustiva ou arbórea ou escandente, anemocó-
rica, atinge 15 m de altura ou mais. Sistema radicular pivotan-
te, profundo, ramificado, vigoroso. O diâmetro do tronco pode
M
atingir 50 cm; casca fissurada não descamante. Caule com muitas ra-
mificações, ramos cilíndricos, com listras longitudinais amareladas, N
glabros; espinhos estipulares duplos, divergentes, amarelados, agu-
díssimos, retos. Folhas simples, opostas, pediceladas, coloração ver- P
de-intenso; pecíolo curto, anguloso, sulcado; limbo lanceolado, coriá-
ceo, glabro, extremidades agudas ou arredondadas no ápice, margem R
inteira, nervuras salientes na face inferior, 8-10 cm de comprimento,
4-5 cm de largura. Inflorescência em panícula axilar em ramos ma- S
duros, do mesmo tamanho das folhas. Flores com 5 tépalas branca-
centas; ovário ovoide, monocarpelar. Fruto sâmara trialada, uma ala T
maior e duas alas laterais pequenas.
O limãozinho tem padrão de desenvolvimento variável. No inte- U
rior das matas, cresce na forma de liana escandente e pouco ramifi-
cada. Nas pastagens, as plantas se originam de sementes e brotações
dos tocos. Anualmente, emite ramos ladrões, longos e vigorosos que
V
se curvam com o peso e emitem, na parte superior, grande número de
ramos curtos, com entrenós muito próximos. No caso de superlotação
Z
P iperaceae A
Piper aduncum L. B
SINÔNIMOS
Artanthe bahiensis Presl., Artanthe elongata Miq., Piper bahiense C. DC., Piper kuntzei C. DC.
C
NOMES COMUNS
Pimenta-de-macaco, aperta-ruão, jaborandi, jaborandi-do-mato, pimenta-de-fruto-
D
-ganchoso
ORIGEM E
Espécie originária do continente americano, ocorre da América Central e Antilhas até o
Norte da Argentina. No Brasil é observada até o estado do Paraná.
F
L
A
rbustiva, perene, zoocórica, atinge 3 m de altura. Sistema sub-
terrâneo formado por raízes ramificadas, fibrosas, fasciculadas
e rizomas curtos e grossos dos quais partem diversos caules,
M
muito próximos uns dos outros, formando uma moita. Caules e ramos
retos, rugosos, articulados e engrossados nos nós; os ramos crescem N
horizontalmente ou inclinados para baixo. Folhas pecioladas, alternas;
pecíolo acanalado, menos de 1 cm de comprimento; limbo oblongo, P
ápice agudo a apiculado, base arredondada a assimétrica, glanduloso-
-pontuado, áspero no lado superior e pubescente no inferior. Inflo- R
rescência em amentilho ou espiga longa e curva, 2-3 mm de grossura,
8-15 cm de comprimento; brácteas arredondadas ou triangulares, ci- S
liadas; flores diminutas, nuas, com 4 estames. Fruto drupa pequena,
obovoide, angulosa, glabra, picante. T
Encontradiça nos três Planaltos, dispersa em pastagens formadas
por braquiárias, panicuns, estrela-africana e grama-sempre-verde,
submetidas à baixa lotação de animais e cultivadas em solos de ferti-
U
lidade média. De difícil controle mecânico e químico, quando roçada,
brota intensa e vigorosamente, formando plantas multicaules. Os cau-
V
les, ramos e rizomas possuem reservas de água e nutrientes, o que tor-
na a planta muito resistente aos herbicidas. Altamente competitiva em
Z
P oaceae A
Andropogon bicornis L. B
SINÔNIMOS
Anatherum bicorne (L.) P. Beauv., Sorghum bicorne (L.) Kunth, Saccharum bicorne (L.)
C
Griseb.
NOMES COMUNS
D
Capim-rabo-de-burro, rabo-de-burro, capim-peba, capim-vassoura, capim-de-be-
zerro, macega E
ORIGEM
Espécie originária da América tropical e subtropical.
F
L
E
spécie herbácea, perene, cespitosa, anemocórica, atinge 1,80
m de altura. Raízes fasciculadas. Rizomas curtíssimos, aglo-
merados, dão origem a uma touceira compacta e ereta. Colmo
M
cilíndrico, ereto, algumas ramificações na parte basal, compacto, re-
sistente, flexível, lignificado, verde quando novo, amarelo-escuro ou
N
avermelhado quando maduro. Entrenós longos, cobertos pela bai-
nha, engrossados nos nós. Folhas com bainha glabra de 15-30 cm
P
de comprimento; lígula curta e truncada; lâmina linear-lanceolada,
20-60 cm de comprimento, glabra, rija, ereta, margem áspera, es-
R
verdeada ou arroxeada, e castanha quando madura. Inflorescência
em panícula terminal, muito ramificada, densa; dos ramos partem
S
vários racemos plumosos de 3-7 cm de comprimento; no ápice dos
ramos ocorrem três espiguetas uma hermafrodita, séssil, 3,0-3,5
T
mm de comprimento, primeira gluma com pêlos claros; uma estéril,
pedicelada, menor que a anterior, primeira gluma com pêlos na me-
U
tade inferior; e uma terceira masculina com 3 estames, pedicelada,
maior que as outras duas, artículo e pedicelo com longa pilosidade.
V
Cariopse linear-lanceolada, de 2,0-2,5 mm de comprimento, 0,4 mm
de largura, lisa, castanho-escura.
Z
A
B
C
D
E
F
L
M
N
P
R
S
T
U
V
Z
SINÔNIMOS
Andropogon lanuginosus HBK., Andropogon domingensis Steud., Andropogon
leucostachyus var. subvillosus Hack, Anatherum virginicum Nees
NOMES COMUNS
Capim-membeca, capim-rabo-de-raposa, falsa-barba-de-bode, capim-cauda-de-zor-
ro, capim-colchão
ORIGEM
Espécie nativa do continente americano, ocorre do México e Antilhas até a Argentina.
No Brasil ocorre em todos os estados.
P
lanta perene, herbácea, cespitosa, anemocórica, atinge 1 m de
altura. Raízes fasciculadas e fibrosas. Colmo ereto, ramificado
ou não, 3-5 entrenós, coloração verde-amarelado passando ao
castanho quando maduro, resistente, flexível, engrossado nos nós.
Folha com bainha cobrindo quase todo o entrenó, 7-17 cm de compri-
mento, glabra, clara; lígula curta, truncada; lâmina linear-lanceolada,
aguda ou acuminada no ápice, 35-60 cm de comprimento, 3-10 mm
de largura, estriada, verde-clara, áspera, margens escabrosas. As fo-
lhas mais longas, curvadas no terço superior, partem do curto rizoma
ou da base do colmo. Inflorescência em panícula terminal, dividida
em 2-5 ramos espiciformes com 2-4 cm de comprimento, espiguetas
brancacentas e pêlos sedosos na maturação; ramos, artículos e pedi-
celos cobertos de pêlos brancos, sedosos e macios com 8-12 mm de
comprimento; duas espiguetas pareadas, uma séssil e hermafrodita
e a outra pedicelada, reduzida e estéril. Cariopse oblonga, ápice ros-
trado, coloração castanha.
Por ser muito agressiva, depois de infestar uma área de pasta-
gem não há manejo que consiga controlá-la, sendo necessária a re-
forma da pastagem.
Encontradiça nas regiões do Arenito e dos Planaltos, dispersa
em pastagens nativas e formadas por capim-jaraguá, grama-sempre-
-verde, estrela-africana e azevém, cultivadas em solos de fertilidade
SINÔNIMOS
Aristida pallens (Cav.) Nutt., Aristida curtiseta Buckley, Chaeteria pallens (Cav.) Nees.,
Aristida longiseta Steud.
NOMES COMUNS
Capim-barba-de-bode, barba-de-bode
ORIGEM
Espécie originária dos Campos Nativos da Região Sul do Brasil, do Uruguai, do Para-
guai e da Argentina.
E
spécie herbácea, perene, cespitosa, anemocórica, atinge 40-70
cm de altura nas fases de florescimento e maturação. Raízes
fasciculadas, fibrosas e numerosas. Rizomas curtíssimos, dos
quais surgem vários colmos, formando uma touceira globosa. Colmos
cilíndricos, finos, resistentes, fibrosos, glabros, estriados, coloração
verde-clara e avermelhado próximo dos nós. Folha com bainha apres-
sa, glabra, margem levemente serrilhada; lígula reduzida a uma linha
de pêlos translúcidos; lâmina linear quase filiforme, rígida, escabrosa
na face ventral, verde-amarelada ou purpurescente. Inflorescência em
panícula semi-ereta, 20-30 cm de comprimento, ramificada; espigueta
solitária com pedicelo longo e cerdoso, uniflora, linear, com 20-30 cm
de comprimento; glumas subiguais, lineares, com arista de 5 mm de
comprimento; gluma inferior com 15-24 mm de comprimento, arista-
da, com 5 nervuras; gluma superior com 28-36 mm de comprimento,
aristada, uninervada; lema com 0,7 mm de espessura, levemente com-
primida lateralmente, dente apical papiráceo, lisa e com 3 longas aris-
tas de até 25 cm de comprimento, filiformes, escabrosas, distendidas
para direções diferentes; pálea truncada com menos de 1 mm de com-
primento. A desarticulação ocorre acima das glumas. Cariopse linear
de 7-9 mm de comprimento, 0,5 mm de espessura, lisa, amarelada. As
cariopses com as aristas são transportadas pelo vento e ficam deposi-
tadas junto de barrancos e depressões do terreno, formando massas
NOMES COMUNS
Capim-campos-novos, capim-penacho, capim-rabo-de-galo, palha-de-prata
S
ORIGEM
Espécie originária dos Campos Nativos e cerrados do Brasil, ocorre em toda a Amé-
T
U
rica do Sul.
V
P
lanta perene, herbácea, cespitosa, anemocórica, atinge até 1 m
de altura. Raízes fasciculadas. Rizomas curtíssimos, relativa-
mente grossos, acumulam reservas para renovar anualmente a Z
parte aérea. Colmo simples, ereto, às vezes com folhas próximas à base.
Folhas geralmente basais com bainhas glabras ou subglabras; lígula
membranosa, ciliada, obtusa, levemente pubescente no lado dorsal,
1,0-1,3 mm de comprimento; lâmina foliar plana, linear lanceolada,
10-30 cm de comprimento, 5-10 mm de largura, escabrosa em ambas
as faces. Inflorescência panícula, estreita, subdensa, curva, mais ou
menos lateral, 15-35 cm de comprimento, coloração verde-amarelada.
Espigueta de 4,0-4,5 mm de comprimento; glumas linear-lanceoladas,
agudas, uninervadas, subiguais; lema com arista de 0,5-3,5 mm de
comprimento. Cariopse fusiforme, 2,5 mm de comprimento.
Espécie encontradiça, dispersa nas regiões dos Campos Na-
tivos e dos Planaltos em pastagens nativas e de braquiárias, he-
mártrias, estrela-africana, capim-jaraguá, grama-mato-grosso,
grama-missioneira e grama-sempre-verde, sob qualquer altura de
pastejo, em solos de fertilidade média e alta, superlotadas de ani-
mais e submetidas a qualquer sistema de manejo das invasoras.
Não é competitiva, pois possui touceiras pequenas, folhas e colmos
eretos e não forma populações homogêneas. Pouco palatável ao
gado, é forrageira de qualidade nutritiva baixa, causa prejuízos de
pequena importância na região do Terceiro Planalto, em pastagens
mal manejadas e sob pastejo contínuo.
Cenchrus echinatus L.
SINÔNIMOS
Cenchrus pungens HBK., Cenchrus brevisetus Fourn.
NOMES COMUNS
Capim-carrapicho, carrapicho, capim-roseta, capim-timbete, capim-amoroso, espinho-
-de-roseta, bosta-de-baiano, arroz-do-diabo, retirante, carrapicho-da-praia, benzinho
ORIGEM
Espécie originária da América tropical e subtropical.
P
lanta herbácea, anual, zoocórica. Raízes fasciculadas. Colmos
de até 1 m de comprimento; prostrados e ramificados na base, A
onde os entrenós são mais curtos e os nós enraízam, curvados
para cima nas extremidades; cilíndricos, às vezes achatados na parte B
prostrada, verdes ou avermelhados, mais escuros nos nós. Folhas com
bainhas lisas ou com alguns pêlos marginais; lígula de 1,5 mm de com- C
primento, pilosa na margem; lâmina plana ou levemente acanalada,
10-35 cm de comprimento, 0,5-1,3 cm de largura, acuminadas, gla- D
bras ou com alguns pêlos na porção basal, lisa no lado dorsal, leve-
mente escabrosa na face ventral, espinhos minúsculos nas margens, E
voltados para o ápice. Inflorescência em racemo espiciforme, 3-15
cm de comprimento; ao longo da raque ocorrem estruturas muito F
modificadas, que formam um invólucro com várias projeções espi-
nescentes e ganchosas que protegem as espiguetas. Cada invólucro L
contém 1-6 espiguetas bifloras. As espiguetas e as cariopses perma-
necem no interior do invólucro pós a maturação. Até 6 cariopses por M
invólucro; cariópses de 2,0-3,5 mm de comprimento, 0,7-1,0 mm de
espessura. Os invólucros prendem-se aos tecidos e ao pêlo dos ani- N
mais, favorecendo a dispersão.
O capim-carrapicho é consumido como planta forrageira pelos P
animais até o início da frutificação. Desse período em diante as proje-
ções espinescentes dos invólucros causam ferimentos, principalmente
R
nas mucosas bucais, e as plantas são rejeitadas.
Espécie encontradiça, dispersa na região do Arenito, em pasta-
S
gens formadas por braquiárias, estrela-africana, panicuns, capim-
-jaraguá e grama-mato-grosso, em qualquer condição de pastejo,
T
lotação, fertilidade do solo e manejo das plantas invasoras. Não é
espécie competitiva, porque antes da fase reprodutiva é consumida
U
pelos animais como planta forrageira. Na região e nas condições
de ocorrência, causa prejuízos de média importância em pastagens
V
formadas por braquiárias, em áreas onde anteriormente eram cul-
tivadas lavouras anuais ou de café.
Z
SINÔNIMOS
Andropogon insularis L., Trichacne insularis (L.) Nees, Panicum lanatum Rottb.,
Tricholaena insularis Griseb., Panicum saccharoides A. Rich.
NOMES COMUNS
Capim-amargoso, capim-açu, capim-flexa, milhete-gigante, capim-pororó
ORIGEM
Espécie originária das regiões tropicais e subtropicais da América.
E
spécie perene, cespitosa, anemocórica, zoocórica, atinge até
2 m de altura. Raízes fasciculadas, fibrosas, longas. Rizomas
curtos, ramificados, aglomerados, até 1 cm de diâmetro, forma
uma touceira compacta com numerosos colmos. Colmo compacto,
cilíndrico, fibroso, glabro, liso, engrossado nos nós castanhos; en-
trenós longos, com estrias longitudinais, coloração amarelo palha.
Anualmente são emitidos novos colmos e os antigos continuam ve-
getando e emitindo ramificações nas gemas. Folha com bainha longa,
NOMES COMUNS C
Capim-pé-de-galinha, pé-de-galinha, grama-de-coradouro, capim-de-pomar, ca-
pim-da-cidade, grama-sapo, capim-criador, pé-de-papagaio
ORIGEM
D
Espécie originária da Ásia, ocorre em todas as regiões tropicais e subtropicais do mundo.
E
P F
lanta herbácea, anual ou bienal, zoocórica. Raízes fasciculadas,
fibrosas, pouco profundas, resistentes. Colmos eretos, pouco ra-
mificados nas populações densas. Nas plantas isoladas, colmos L
prostrados e muito ramificados na parte basal, de crescimento ereto
nas extremidades. Colmo achatado, enraizado nos nós da parte pros- M
trada, coloração verde, avermelhado nos nós; glabros ou com pêlos
longos esparsos. Bainha reduzida nas folhas basais, com até 10 cm
de comprimento nas superiores; lígula membranácea, estreita, trun-
N
cada, margem serreada e às vezes curto-ciliada, 0,5-1,0 mm de com-
primento; lâmina plana, margens paralelas, ápice atenuado, 5-20 cm
P
de comprimento, 5-9 mm de largura, lisa ou pouco escabrosa, nervu-
ra mediana saliente, glabra, coloração verde escuro e às vezes com
R
tonalidades azuladas. Inflorescência formada por 2-12 espigas retas,
dispostas de forma agrupada e digitada no topo do colmo, sempre
S
com uma espiga isolada poucos centímetros abaixo; espigas de 4-12
cm de comprimento. Espigueta ovalado-lanceolada ou lanceolada,
T
5,0-7,5 mm de comprimento com 3-8 flores; glumas membranáce-
as, ásperas, ápice em quilha a primeira com 3 mm de comprimento,
U
uninervada e a segunda com 3-4 mm de comprimento e 1-5 nervu-
ras; lema igual à segunda gluma, comprimida lateralmente, 3-7 ner-
V
vuras; pálea semelhante, mas menor que a lema. A desarticulação é
acima das glumas. O fruto é um aquênio e não uma cariopse, ovalado,
Z
trígono, com 2 lados achatados e o terceiro mais estreito e com uma linha
central deprimida, 1,2-1,6 mm de comprimento, 0,8-1,0 mm de largura.
Nas pastagens, o capim-pé-de-galinha está presente nos locais
de solo mais compactado, próximo a porteiras, corredores, saleiros e
aguadas. Depois que forma populações homogêneas, outras espécies
forrageiras não ocupam mais o local. Por ter colmos e folhas muito
fibrosos, são rejeitados pelos animais.
Encontradiça nas regiões do Arenito, do Primeiro e Segundo pla-
naltos e dos Campos Nativos, dispersa nas pastagens nativas e for-
madas por braquiárias, hemártrias, panicuns e grama-sempre-ver-
de, em solos de fertilidade baixa, em qualquer lotação de animais e
sistema de manejo das plantas invasoras. Não possui alto potencial
de competição nas pastagens, porque ocorre com mais frequência
em locais muito compactados e as plantas novas são consumidas pe-
los animais. Causa prejuízos de pequena importância nas regiões e
condições de ocorrência.
A
B
C
D
E
F
L
M
N
P
R
S
T
U
V
Z
SINÔNIMOS
Saccharum sape Saint-Hil., Imperata sape Anderson, Imperata brasiliensis Trin. var.
mexicana Rupr., Imperata arundinacea var. americana Anderson
NOMES COMUNS
Capim-sapé, sapé, sapé-macho, capim-massapê, capim-estrepe, jucupé, capim-agres-
te, capim-de-bezerro
ORIGEM
Espécie originária do continente americano, ocorre desde o México até a Argentina.
No Brasil pode ser encontrado em todas as regiões.
P
lanta herbácea, perene, anemocórica, atinge mais de 1 m de al-
tura. Raízes fasciculadas partem dos nós dos rizomas e da parte
subterrânea dos colmos. Rizomas com entrenós lisos, protegi-
dos por catáfilos pontiagudos, formam um emaranhado entre 10-20
cm de profundidade. Os colmos brotam das gemas ou do meristema
apical dos rizomas. Colmo ereto com entrenós curtos na base, que é
muito ramificada. Folha com bainha lisa, verde-clara, às vezes com cí-
lios nas margens e na parte superior; lígula membranácea, com cílios
longos, brancos; lâmina tão larga na base quanto a bainha, lanceolada,
aguda, 15-70 cm de comprimento, 5-15 mm de largura, margem com
pêlos rígidos e diminutos, cortante, nervura principal bem desenvolvi-
da, oca, com diâmetro maior que a espessura da lâmina foliar; lâmina
de coloração verde, castanha quando seca. A emissão da haste floral
ocorre eventualmente na natureza. induzida pelo fogo, que consome
a parte aérea; depois de uma queimada, o florescimento é intenso. In-
florescência em panícula racemiforme, cilíndrica, compacta, pilosidade
esbranquiçada, 5-25 cm de comprimento, 2-3 cm de espessura. Cada ra-
cemo possui uma espigueta solitária na parte superior e duas espigue-
tas pareadas na parte inferior, uma séssil e a outra pedicelada, envoltas
em um cone de pêlos longos e sedosos que partem da base engrossada
que as suporta; espiguetas unifloras, lineares, comprimidas, 4-5 mm de
comprimento; flores hermafroditas, com um estame. Cariopse ovalado-
-oblonga, 1,2-1,5 mm de comprimento, castanho-escura, fosca.
SINÔNIMOS
Saccharum repens Willd., Melinis rosea Hack, Tricholaena rosea Nees, Tricholaena
repens (Willd.) Hitchc., Rhynchelytrum roseum (Nees) Hitchc., Panicum roseum Sendtn.,
Rhynchelytrum repens (Willd.) C.E. Hubb.
NOMES COMUNS
Capim-favorito, favorito, capim-molambo, capim-bancarrota, capim-de-lebre, capim-
-gafanhoto, capim-natal, capim-mimoso, adeus-brasil, capim-de-tenerife, capim-ban-
deira, capim-rosado
ORIGEM
Espécie originária da África do Sul, pode atingir 1 m de altura na maturação.
E
spécie anual ou bienal, herbácea, cespitosa, anemocórica. Raí-
zes fasciculadas, finas, resistentes, intensamente ramificadas.
Colmo cilíndrico, fino, ramificado a partir da base da planta,
prostrado, com enraizamento dos nós da parte inferior, ascendente;
entrenó glabro, pálido, às vezes arroxeado; nó pubescente. Folha com
bainha verde-clara ou violácea, glabra ou com pilosidade brancacen-
ta, mais curta que os entrenós; lígula arqueada, formada por cílios de
1,0-1,5 mm de comprimento; lâmina lanceolada, glabra ou levemente
pilosa, verde-clara, às vezes com pigmentação violácea, 6-20 cm de
comprimento, 3-10 mm de largura. Inflorescência panícula plumo-
sa, delicada, 10-15 cm de comprimento, coloração rósea, passando a
branco-prateada na maturação; ramos finos; pedicelos com pêlos fi-
nos, sedosos e compridos. Espigueta ovalada, 2,5-3,0 mm de compri-
mento; gluma inferior obtusa, 0,8-1,0 mm de comprimento, gluma su-
perior navicular, 5 nervuras, gibosa, ciliada, 5-6 mm de comprimento,
ápice apiculado, base tuberculosa; lema da flor masculina semelhante
à gluma superior, apiculada, 3 mm de comprimento; lema da flor her-
mafrodita mútica, semi-aberta, 2,3-3,0 mm de comprimento. Cariopse
alongada, amarelo-clara, 1-2 mm de comprimento.
O capim-favorito é extremamente rústico, desenvolve-se em áreas
degradadas onde poucas espécies conseguem se desenvolver. uma
Panicum repens L.
SINÔNIMOS
Panicum arenarium Brot., Panicum gouinii Fourn.
NOMES COMUNS
Capim-torpedo, grama-castela, grama-de-ponta, grama-portuguesa, grama-da-praia
ORIGEM
Espécie originária da Europa, ocorre em todas regiões do Brasil.
P
lanta herbácea, perene, zoocórica, atinge até 80 cm de altura.
Raízes fasciculadas, fibrosas. Rizomas vigorosos, penetram no
solo até mais de 20 cm de profundidade, brancacentos ou aver-
melhados, grossos, crescem mais de 2 m por ano. A planta também
produz estolões na superfície do solo, flutuantes ou submersos em
córregos e lagoas. Os colmos podem se originar dos rizomas ou dos
estolões. Colmo ereto, simples, glabro, delgado, com base engrossada,
flexível. Folha com bainha lisa, glabra, membranácea; bainha dos nós
inferiores normalmente sem lâmina foliar, tão longa quanto os entre-
nós; lígula membranácea, ciliada, 0,5-5,0 mm de comprimento; lâmina
linear, acuminada, arredondada na base, 10-25 cm de comprimento,
menos de 1 cm de largura, plana ou dobrada, carenada, ereta, mar-
ORIGEM V
Espécie nativa do continente americano, ocorre em todas as regiões tropicais e sub-
tropicais.
Z
E
spécie herbácea, perene, estolonífera, zoocórica. Raízes fascicu-
ladas, finas, fibrosas. Estolões longos, finos; entrenós com-
primidos lateralmente; nós violáceos, enraizados. Colmos
de até 40 cm de altura, glabros, surgem das gemas dos estolões;
nós violáceos; entrenós curtos e concentrados na parte inferior.
Folha com bainha fechada na base, comprimida, carenada, es-
triada, alguns pêlos na região do colar, as inferiores de coloração
arroxeada; lígula membranácea, ciliada, 1,0-1,5 mm de compri-
mento; lâmina lanceolada, acuminada, plana, nervura mediana
distinta, margem ciliada e um tufo de pêlos na base, 5-22 cm de
comprimento, 5-15 mm de largura. Inflorescência terminal, di-
vidida em dois racemos conjugados, opostos, patentes, 4-15 cm
de comprimento; raque estreitamente alada, 0,8 mm de largura,
suavemente ondulada; septo sinuoso entre as espiguetas, verde-
-claro. Espiguetas solitárias, curto-pediceladas, dispostas disti-
camente, 1,4-1,8 mm de comprimento, 1,0-1,2 mm de largura,
amarelo-pálidas; gluma única, ovalada, subaguda até apiculada,
1,8 mm de comprimento, ciliada nas nervuras ou glabra; lema
estéril ovalada, subaguda até apiculada, delicada, nervuras ci-
liadas ou glabras; lema fértil ovalada, aguda, glabra, 1,8 mm de
comprimento. Cariopse elipsoide, 1,0-1,5 mm de comprimento,
0,8 mm de largura, coloração amarelo-pálida a castanho-clara.
Nas pastagens, ocorre normalmente em mistura com outras
forrageiras, em locais com lençol freático quase superficial, pois há
linhagens adaptadas a solos bem drenados. Forrageira pouco pala-
tável e de baixa qualidade.
Encontradiça na região do Terceiro Planalto, em solos férteis,
é altamente competitiva com a estrela-africana, panicuns e grama-
-sempre-verde, em áreas sob lotação média e alta, em solos com
fertilidade baixa e sem manejo das plantas daninhas. Nas regiões
onde ocorre, causa prejuízos de média importância, em pastagens
formadas por estrela-africana, sob pastejo à baixa altura e sem prá-
ticas de manejo das plantas invasoras.
NOMES COMUNS
Grama-mato-grosso, mato-grosso, grama-batatais, grama-cuiabana, grama-do-rio-
C
-grande, grama-forquilha, grama-de-são-sebastião, grama-bahia, grama-pensacola,
capim-pasto, grama-comum, capim-batatais, grama-do-campo, batatais, grama-ferro, D
grama-tiririca
ORIGEM
Espécie originária dos Campos Nativos e cerrados da América do Sul.
E
F
E L
spécie herbácea, perene, prostrada, estolonífera, zoocórica.
Raízes fasciculadas, fibrosas, abundantes, profundas, resis-
tentes. Estolões com entrenós curtíssimos, 3-6 mm de diâ-
metro, desenvolvem-se horizontalmente e bem junto à superfície M
do solo, formando um forte entrelaçamento. Esse emaranhado de
estolões e raízes torna os gramados formados pela grama-mato- N
-grosso altamente resistente ao pisoteio e à erosão, além de pro-
teger os meristemas apicais. Colmo ereto, brota de gemas próxi- P
mas do meristema apical, 10-30 cm de altura ou mais; entrenós
achatados e mais curtos, próximos da base. Folhas concentradas R
principalmente nos estolões; bainha estriada, glabra; lígula curta,
arqueada; arco de pêlos hialinos de cerca de 1 mm de altura, entre a S
lígula e a base da lâmina foliar; lâmina lanceolada, acuminada, 10-
15 cm de comprimento, podendo em algumas condições atingir 30
cm de comprimento ou mais; superfície da lâmina lisa, coloração
T
verde-intensa, glabra, às vezes alguns clones apresentam pêlos hia-
linos densos e longos; sempre ocorrem alguns pêlos nas margens
U
das folhas. Inflorescência na extremidade dos colmos, dividida em
2-3 racemos espiciformes, densos, variando de 3-12 cm de compri-
V
mento; raque de 1 mm de largura, glabra, geralmente flexionada
para cima. Espiguetas solitárias, ovaladas ou obovaladas, 2,5-4,0
Z
Paspalum paniculatum L.
SINÔNIMOS
Paspalum hemisphaericum Poir., Paspalum strictum Pers., Paspalum compressicaule
Raddi, Paspalum polystachyum Salzm., Paspalum multispica Steud., Paspalum
atropurpureum Steud., Panicum paniculatum (L.) Kuntze
NOMES COMUNS
Grama-touceira, gramão, capim-vassoura, capim-de-burro, capim-de-guiné, capim-
-milhã, capim-amargoso
ORIGEM
Espécie nativa do continente americano, ocorre desde o México e Antilhas até a Argentina.
P
lanta herbácea, cespitosa, perene, zoocórica. Raízes fascicu-
ladas, profundas, fibrosas. Rizomas curtos e curvos surgem
na base da planta, aprofundam-se verticalmente no solo e em
seguida horizontalmente, emergindo do solo a cerca de 10-15 cm de
distância da planta mãe. Ramificam próximos à superfície, dando ori-
gem a uma nova touceira. Os colmos brotam da base da planta ou dos
rizomas. Colmo ereto, atinge mais de 1 m de altura; entrenós levemen-
te achatados, 10-20 cm de comprimento, glabros, verde-amarelados
até arroxeados; nós escuros e densamente pilosos. Folha com bainha
carenada, estriada, verde-clara, pilosa, ciliada na base e nas margens;
lígula membranácea, 2-3 mm de altura, protegida por uma cortina de
cílios; lâmina estreito-lanceolada, acuminada, 10-40 cm de compri-
mento, 1,0-2,5 cm de largura, verde-escura, glabra no lado dorsal, com
pêlos hialinos no lado ventral, margens ásperas. Inflorescência paní-
cula aberta, 5-30 cm de comprimento, piramidal; racemos de 7-60, ar-
queados, patentes, alternos ou fasciculados, 4-12 cm de comprimento,
ciliados na base; raque delgada e com pêlos na base; espiguetas parea-
das. Espigueta orbicular a obovada, 1,0-1,4 mm de comprimento 1 mm
de largura, pubescente; gluma membranácea, 1-3 nervuras, mancha
arroxeada, pubescente; lema inferior estéril, semelhante à gluma, ape-
nas mais curta; lema superior fértil, unifloro, ovalado a obtuso, glabro,
NOMES COMUNS
C
Capim-das-estradas, capim-da-roça, capim-de-mula, milhã-grande, paspalão, capim-
-das-colônias, capim-colônia D
ORIGEM
Espécie originária dos Campos Nativos do Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina. Ocorre
como planta infestante em praticamente todos os países do continente Americano.
E
F
P
lanta herbácea, perene, cespitosa, zoocórica, atinge de 1,0-2,5
m de altura. Raízes fasciculadas fibrosas. Rizomas grossos, L
curtíssimos, esbranquiçados e ramificados dão formação a
touceiras compactas. Colmo ereto, longo, ramificado e levemente M
comprimido na base, glabro, 5 mm de diâmetro, verde-amarelado;
nós engrossados, mais escuros do que os entrenós. Folha com bai- N
nha fechada na base, aquilhada, longa, até 30 cm de comprimento,
cobre vários entrenós, púrpura na parte inferior, pilosa, às vezes
glabra, margem ciliada; lígula membranácea, hialina, pontiaguda,
P
3-8 mm de comprimento; colar estreito e com tufo de pêlos; lâmina
ascendente, plana, estreito-lanceolada, ápice agudo, 20-80 cm de
R
comprimento, 1-2 cm de largura, canaliculada na face ventral, mar-
gem crenulada, glabra ou com alguns pêlos no lado dorsal, colo-
S
ração verde-clara, às vezes com manchas púrpuras. Inflorescência
paniculada, terminal, ereta, longa, até 50 cm de comprimento; 6-30
T
racemos alternos, às vezes verticilados, curvados ou pendentes,
até 14 cm de comprimento, inferiores mais longos, tufo de pêlos U
na base; raque estreitamente alada, 1 mm de largura. Espiguetas
curto-pediceladas, dispostas em 4 linhas. Espigueta ovalada, ápice V
acuminado, 2,0-2,7 mm de comprimento, 1,2-1,5 mm de largura,
com pêlos sedosos de 1 mm de comprimento; gluma única, ovalada, Z
NOMES COMUNS
Capim-rabo-de-raposa, capim-rabo-de-gato, capim-rabo-de-cachorro, capim-rabo-
C
-de-quati
ORIGEM
D
E
Espécie originária do continente americano, ocorre desde os Estados Unidos até o Chi-
le e Argentina. No Brasil é encontrado em praticamente todos os estados.
F
E
spécie herbácea, perene, cespitosa, zoocórica, atinge 60 cm de al-
tura. Raízes fasciculadas. Rizomas curtos, nodosos, 3-5 cm de com-
primento, permite a renovação anual da parte aérea. Colmo cilín- L
drico, às vezes achatado na parte basal, 1,0-1,5 mm de espessura; entrenó
glabro, áspero antes da inflorescência; nós engrossados, coloração mais M
escura, os inferiores podem emitir ramificações. Folha com bainha ver-
de-clara, glabra, áspera, pilosa, margens hialinas sobrepostas; colar com N
pilosidade nas margens; lígula formada por uma linha de pêlos branca-
centos, menos de 1 mm de comprimento; lâmina verde-clara, plana, linear P
ou linear-lanceolada, acuminada, áspera na face ventral, pêlos isolados na
parte basal, 5-30 cm de comprimento, 2-12 mm de largura. Inflorescên- R
cia em racemo espiciforme cilíndrico, 3-10 cm de comprimento, 1,0-1,4
cm de diâmetro, compacto, com grande número de cerdas de coloração S
amarelo-esverdeada ou arroxeada; após a queda das espiguetas as cerdas
permanecem. Espigueta protegida por invólucro de 5-8 cerdas, ovoide ou
plano-convexa, 1,5-2,8 mm de comprimento; gluma inferior obtusa, mede
T
um terço do tamanho da espigueta, com 3 nervuras; gluma superior com a
metade do tamanho da espigueta, 5 nervuras; lema estéril igual ou maior
U
do que o fértil, envolve a pálea do mesmo tamanho; lema fértil transversal-
mente rugoso; pálea pontuada-estriada. Cariopse ovalada a elíptica, 1,3-
V
1,8 mm de comprimento, 0,8-1,0 mm de largura, 0,4-0,6 mm de espessura,
plano-convexa, coloração verde-oliva a acinzentada, levemente brilhante.
Z
SINÔNIMO
Agrostis indica L.
NOMES COMUNS
Capim-capeta, capim-moirão, capim-mourão, capim-cortesia, capim-lucas, capim-
-touceirinha, tiririca-de-casa, capim-de-burro, capim-carrapato
ORIGEM
Espécie originária das regiões tropicais e subtropicais do continente americano. No
Brasil ocorre em quase todas as regiões.
P
lanta herbácea, perene, cespitosa, zoocórica. Raízes fasciculadas,
finas, fibrosas e resistentes permitem que se desenvolva em lo- A
cais de solos compactos. Colmos e folhas muito fibrosos resistem
ao pisoteio intenso. Pode atingir mais de 1 m de altura. A brotação nova B
é consumida pelos animais como forragem de baixa qualidade. Rizo-
mas curtíssimos, muito ramificados, formam uma touceira densa de C
até 20 cm de diâmetro na base. Colmo fino, ereto, não ramificado, 2-4
nós glabros, engrossados levemente. Folhas do rizoma com bainhas D
curtas, as da base do colmo com bainhas maiores, 4-18 cm de com-
primento, estriadas, glabras, verde-claras; lígula curtíssima, ciliada;
lâmina linear-lanceolada, longo-acuminada, plana até convoluta, reta,
E
glabra, verde-amarelada, às vezes arroxeada, 10-50 cm de comprimen-
to, 4-15 mm de largura, às vezes com o terço superior curvado. Inflo-
F
rescência em panícula terminal espiciforme, longa, exposta acima das
folhas, corresponde à metade da altura da planta; ramos abertos, me-
L
dindo entre 30-60 graus em relação ao eixo principal; racemos com 2-5
cm de comprimento, compactos, com grande número de espiguetas.
M
Espiguetas curto-pediceladas, numerosas, aglomeradas, desarticulam
acima da gluma, oblongo-lanceoladas, com uma flor completa, 1,5-2,0 N
mm de comprimento; glumas desiguais, menores do que o lema, a su-
perior aguda ou quase, da metade do comprimento da espigueta; lema P
agudo, maior do que a pálea; 3 estames. Espiguetas de coloração verde-
-clara, muitas vezes enegrecidas pela presença de fumagina. O fruto é R
um aquênio, uma excessão na família; ovalado, 1 mm de comprimento,
revestido por uma membrana que se torna gelatinosa-pegajosa quan- S
do molhada pela chuva ou orvalho, favorecendo a dispersão.
Nas pastagens do estado do Paraná é mais encontrada a varieda- T
de Sporobolus indicus (L.) R. Brown var. exilis (Trin.) Ko ama, conhe-
cida popularmente como capim-moirão. Facilmente identificada pelas U
folhas mais curtas e estreitas; touceiras menores, não ultrapassando 5
cm de diâmetro e inflorescência com até 30 cm de comprimento, com V
os ramos apressos junto à raque. As duas variedades apresentam o
mesmo hábito, sendo comum observá-las em locais onde as camadas
superficiais do solo estão compactadas.
Z
A
B
C
D
E
F
L
M
N
P
R
S
T
U
V
Z
P ol ygonaceae
Persicaria maculosa ra
SINÔNIMOS
Polygonum maculatum Raf., Persicaria maculata (Raf.) A. Love
NOMES COMUNS
Erva-de-bicho, persicária-de-pé-vermelho, cataia
ORIGEM
Espécie originária da Europa, disseminada por várias regiões temperadas do mundo.
Introduzida no Brasil há muito tempo, ocorre nos estados do Sul e Sudeste.
P
lanta herbácea, anual, zoocórica. Raiz principal pivotante, pou-
co desenvolvida. De crescimento inicial vertical, o caule logo se
inclina, torna-se prostrado e enraiza nos nós em contato com o
solo. Caule prostrado, parte inferior pouco ramificada e extremidade
ascendente; nós bem desenvolvidos; glabro, liso e de coloração rosa-
da a vermelho-purpúreo, conforme a intensidade de luz que a planta
recebe. crea cilíndrica nos nós, de até 2 cm de comprimento, cilia-
da. Folhas alternas, simples, pecíolo curtíssimo, conato com a ócrea;
limbo-elíptico alongado, quase linear, ápice acuminado, até 16 cm de
comprimento por 4 cm de largura; coloração verde e frequentemente
com manchas arredondadas ou triangulares, avermelhadas ou amar-
ronzadas na parte central. Inflorescências terminais, espiciformes,
compactas, com até 5 cm de comprimento, flores sempre voltadas
para um único lado. Flores de 2-3 mm de comprimento, 5 tépalas ro-
sadas ou brancas, ovaladas, unidas na base; as tépalas não se abrem
completamente. Fruto núcula lenticular ou trígona, indeiscente.
A germinação das sementes e o florescimento ocorrem em qual-
quer época do ano. Adapta-se melhor a solos com alto teor de maté-
ria orgânica e de umidade, ocorrendo próxima de cocheiras, saleiros,
mangueiras e nas depressões do terreno.
ORIGEM S
Espécie de origem europeia. Do gênero, é a mais dispersa pelo mundo, exceto no Bra-
sil, onde a Rumex obtusifolius, ainda é a mais frequente nas regiões Sul e Sudeste.
T
U
P
lanta herbácea, perene, zoocórica. Raiz pivotante, tuberosa,
muito semelhante à da cenoura, muitas raízes laterais frágeis e
pouco desenvolvidas. A raiz principal, quando cortada, tem a ca- V
pacidade de emitir brotações e infestar novamente a área. Caule cur-
tíssimo, com base engrossada, onde está inserida a roseta de folhas. Z
Rumex obtusifolius L.
SINÔNIMOS
Rumex obtusifolius subsp. agrestis (R.E. Fries) Danser, Rumex obtusifolius var. agrestis
R.E. Fries
NOMES COMUNS
Língua-de-vaca, labaça
ORIGEM
Espécie originária da Europa, encontra-se dispersa por todos os continentes. No Brasil,
é a espécie do gênero mais frequente, ocorrendo principalmente nos estados do Sul
e Sudeste.
P
lanta perene, herbácea, zoocórica. Raiz principal pivotante, car-
nosa e grossa, armazena nutrientes; quando cortada tem a ca- A
pacidade de emitir brotações. Muitas raízes secundárias, finas,
algumas mais desenvolvidas. Caule curto, com base engrossada, onde B
se desenvolve a roseta de folhas. Plantas de primeiro ano desenvolvem
caule único; de segundo ano ou mais e originadas de brotações de raiz, C
desenvolvem uma espécie de coroa, de onde partem vários caules,
cada um formando sua própria roseta de folhas, de cujo centro emerge D
uma haste floral única. Essa haste floral apresenta a inflorescência na
extremidade superior; ao longo de sua extensão possui folhas seme- E
lhantes às da roseta, mas que diminuem gradativamente de tamanho
até a inflorescência. Folhas da roseta pecioladas, comprimento do pe- F
cíolo muito variável e com base invaginante; limbo aproximadamente
três vezes mais longo do que largo, atinge até 30 cm de comprimento. L
Limbo ovalado ou lanceolado, de base cordada até truncada, ápice ar-
redondado até agudo, margem irregularmente serrilhada ou inteira,
plano ou levemente ondulado, verde escuro e às vezes com manchas
M
purpúreas, em maior número nas folhas mais velhas. Inflorescência
paniculada, com as flores agrupadas em verticilos espaçados ao lon-
N
go dos ramos. Algumas folhas ou brácteas sésseis podem ocorrer na
base dos ramos ou de alguns verticilos inferiores. Flores hermafrodi-
P
tas com pedicelo de até 9 mm de comprimento; cálice com 3 tépalas
diminutas, corola com 3 tépalas de 3-4 mm de comprimento, lacinia-
R
das na base, com pelo menos uma tuberculada na base. As tépalas são
persistentes até a maturação dos frutos, verdes, secam na maturação
S
e assumem coloração vermelho-amarronzada. Fruto núcula de con-
tornos ovalados e coniforme para um dos ápices. Podem permanecer
T
dormentes no solo por longos períodos.
Encontradiça nos Primeiro e Segundo Planaltos, em pastagens
U
nativas, cultivadas de azevém e em pastagens formadas por grama-
-missioneira. Altamente competitiva, causa danos de média importân- V
cia na região dos Campos Nativos, em pastagens cultivadas de inver-
no, independente do sistema de pastejo e da intensidade de lotação, Z
altamente competitiva nos solos com fertilidade alta e onde não são
realizadas práticas de manejo de plantas daninhas.
As espécies do gênero Rumex são plantas de difícil manejo pela
grande longevidade das sementes no solo e pela grande quantidade de
reservas que armazenam em sua raiz tuberosa, a qual possui a capaci-
dade de emitir brotações quando cortada. muito mais fácil prevenir
sua entrada na propriedade do que erradicá-la.
SINÔNIMOS
Ruprechtia polystachya Griseb., Enneatypus nordenskjoeldii Herzog
NOMES COMUNS
Marmeleiro, viraro, farinha-seca, marmeleiro-bravo, marmeleiro-do-mato
ORIGEM
Espécie originária da Bolívia, Paraguai, Uruguai, Argentina e Brasil, onde ocorre do Nor-
deste até o Rio Grande do Sul.
E
spécie arbórea, dioica, perenifólia ou caducifólia, anemocórica,
atinge mais de 20 m de altura. Tronco ereto, cilíndrico, canela-
do, de até 1 m de diâmetro; casca fina, cinza-escura, fissurada
longitudinalmente, descama em pequenas placas. Copa ampla, dis-
forme, densa. Folhas simples, pecioladas, alternas; limbo lanceolado
a elíptico, glabro, brilhante na face superior, mais claro e opaco na
face inferior, 4-8 cm de comprimento, 1,5-3,0 cm de largura; pecíolo
de 3-6 mm de comprimento. Inflorescência em racemos axilares ou
terminais, 3-8 cm de comprimento. Flores femininas pequenas, tríme-
ras, cor-de-rosa ou amareladas. Flores masculinas brancas ou verdes,
pequenas, trímeras. Fruto aquênio triangular, 5 mm de comprimento,
de coloração creme até vermelha, com as 3 sépalas e o estigma persis-
tentes, alargam-se da antese até a maturação, quando atingem até 2,5
cm de comprimento.
R osaceae
Prunus myrtifolia (L.) Urban
SINÔNIMOS
Celastrus myrtifolia L., Laurocerasus myrtifolia N.L. Britt., Prunus sphaerocarpa Sw.,
Prunus samyroides Griseb.
NOMES COMUNS
Pessegueiro-bravo, pessegueiro-do-mato, pessegueiro-brabo, marmeleiro-do-mato,
coração-de-bugre, alma-da-serra
ORIGEM
Espécie originária da América tropical e subtropical.
P
lanta perene, arbórea, perenifólia, zoocórica, atinge 15 m de al-
tura. Sistema radicular pivotante e ramificado. Tronco reto, ci-
líndrico, de até 20 cm de diâmetro; casca cinzenta, áspera, não
descamante; ramos finos e lenticelados; toda a planta glabra. Folhas
simples, alternas; pecíolo glanduloso, de 6-11 mm de comprimento;
limbo brilhante no lado superior, opaco no lado inferior, coriáceo, 5-10
cm de comprimento, 2-3 cm de largura, oval ou oval-lanceolado ou,
ainda, lanceolado ou obovalado, base atenuada a obtusa, ápice agudo
até atenuado-obtuso, de margem inteira e ondulada, nervuras proemi-
nentes no lado inferior, às vezes com duas glândulas próximas da base.
Estípulas cedo caducas. Inflorescência em racemo axilar, multiflora,
glabra, menor do que as folhas; brácteas diminutas; cálice fimbriado
com 5 lacínias patentes; corola com 5 pétalas orbicular-reflexas, 2-3
mm de diâmetro. Fruto drupa roxo-escuro, globoso, carnoso, glabro,
5-10 mm de diâmetro.
Entre as espécies do gênero Prunus, que ocorrem nas pastagens
do estado, P. myrtifolia é a mais frequente. As plantas de pessegueiro-
-bravo são pouco competitivas e contêm substâncias tóxicas para o
gado. As folhas são ricas em glicosídeo cianogênico amigdalina, res-
ponsável pela morte de muitos animais. Os casos de morte de animais
SINÔNIMOS
Rubus occidentalis Vell., Rubus organensis Gardn., Rubus brasiliensis var. organensis
(Gardn.) Hook., Rubus bogotensis HBK. var. brasiliensis (Mart.) Kuntze
NOMES COMUNS
Amoreira-branca, amora-branca, amoreira-verde, amoreira-do-brasil, amoreira-do-
-mato, silva-branca
ORIGEM
Espécie originária do Brasil extra-amazônico, ocorre em quase todos os estados do país.
P
lanta arbustiva, remanescente, perenifólia, zoocórica. Sistema
subterrâneo formado por raiz pivotante; várias raízes adven-
tícias emitidas da base do caule e dos curtos rizomas. Caule
vigoroso, coberto de pêlos escabrosos de 2-3 mm de comprimento,
lenhoso, ereto, 1-2 cm de diâmetro; ramos secundários apoiantes,
densamente velutino-tomentosos, pêlos glandulosos, acúleos retos ou
ligeiramente curvos ou retrorsos de 2 mm de comprimento. Estípulas
de 3-9 mm de comprimento, 1-2 mm de largura, com pêlos glandulo-
sos. Folhas alternas, trifolioladas; pecíolo de 6-7 mm de comprimento,
com pêlos glandulosos e acúleos pouco curvos; peciólulos velutino-
-tomentosos, aculeados; folíolos subcoriáceos, 6,5-10,0 cm de com-
primento, 4,5-8,0 cm de largura, base cordada, ápice agudo, margem
subcrenada-dentada, face superior tomentosa, face inferior tomen-
tosa-velutina, nervuras salientes e aculeadas. Inflorescência tirsoide,
8-20 cm de comprimento, pauciflora, curto-ramificada; bráctea foliar
de 4-9 cm de comprimento, 2-4 cm de largura; bractéolas de 3-5 mm
de comprimento. Flores curto-pediceladas; sépalas ovalado-oblongas,
agudas, seríceo-velutinas, reflexas; pétalas brancas, 3-4 mm de com-
primento, 2-3 mm de largura, arredondadas, unguiculadas; estames
com filetes e anteras diminutos; ovário diminuto; estilete e estigma
persistentes no fruto. Fruto drupa, composto de numerosas drupéolas
translúcidas, verde-amareladas, suculentas, adocicadas, ovoides; en-
docarpo de superfície foveada.
SINÔNIMOS
Rubus pinnatus Willd., Rubus floribundus HBK., Rubus jamaicensis Blanco, Rubus
paniculatus Clarke
NOMES COMUNS
Framboesa-silvestre, framboeseira-silvestre, framboeseira-brasileira, framboesa,
amoreira-vermelha
ORIGEM
Espécie de origem controversa e distribuição cosmopolita, ocorre nos estados do Su-
deste e Sul do Brasil.
P
lanta arbustiva, perenifólia, zoocórica. Sistema subterrâneo for-
mado por raízes fibrosas, finas, escuras e por rizomas robustos.
Caules múltiplos formam moitas de até 2 m de altura. Ramos
secundários longos, apoiantes ou prostrados, com pêlos glandulosos
e acúleos pontiagudos. Estípulas aderidas à base do pecíolo, estreitas.
Folhas alternas, imparipenadas, com 3-7 folíolos; folíolos de 3-9 cm
de comprimento, 2-4 cm de largura, sendo maior o terminal, oblon-
SINÔNIMOS
Rubus trichomallus Schlecht., Rubus hasslerii Chodat, Rubus urticifolius var. hasslerii
(Chodat) Focke
NOMES COMUNS
Amoreira-preta, amora-preta, amoreira-da-silva, amoreira-silvestre
ORIGEM
Espécie nativa da América Latina.
P
lanta arbustiva, perenifólia, zoocórica, atinge 2,5 m de altura. Siste-
ma subterrâneo formado por uma raiz pivotante, raízes finas e lon-
gas e rizomas curtos. Caules eretos; ramos e raminhos cilíndricos,
estriados, angulosos, densamente cobertos de longas cerdas avermelha-
das; acúleos esparsos, pungentes, retrorsos, aplanados lateralmente; cas-
ca vermelha, de cor mais acentuada nos ramos floríferos; ramos secun-
dários e raminhos apoiantes ou pendentes. Folhas de tamanho e forma
variáveis, as inferiores com 5 folíolos e as superiores trifolioladas; pecí-
olo de 12-15 cm de comprimento, canaliculado, viloso, aculeado; folíolos
membranáceos, base assimétrica arredondada, às vezes cordada, ápice
agudo ou acuminado, 9-15 cm de comprimento, 4-7 cm de largura, mar-
gem denteada-serrilhada, apiculados, glabros na face superior, embaixo
tomentosos ou vilosos e com nervuras salientes. Estípulas pequenas lan-
ceoladas. Inflorescência tirsoide, terminal, multiflora, 10-40 cm de com-
primento; ramos eretos, patentes; brácteas lanceoladas, côncavas, vilosas.
Flores 6-10 mm de diâmetro; sépalas ovalado-lanceoladas, 10-13 mm de
comprimento, 3-5 mm de largura, lado externo tomentoso, lado interno
seríceo-cerdoso; pétalas brancas ou rosadas, 3-5 mm de comprimento,
2,5-4,0 mm de largura, ovaladas, unguiculadas; estames persistentes no
fruto; ovário piloso. Fruto composto, comestível; drupa negra, globosa a
ovoide; composto de drupéolas suculentas, 2-3 mm de comprimento, 1-2
mm de diâmetro; receptáculo compacto; endocarpo subgloboso, casta-
nho-escuro, superfície foveada.
R u b iaceae
Spermacoce latifolia Aubl.
SINÔNIMOS
Spermacoce longifolia Aubl., Borreria scabrida DC., Borreria platyphylla DC., Borreria
tetraptera Miq., Borreria latifolia (Aubl.) K. Schum.
NOMES COMUNS
Erva-quente, erva-de-lagarto, poaia-do-campo, poaia-do-arador, perpétua-do-mato
ORIGEM
Espécie originária dos Campos Nativos e cerrados do Brasil, encontra-se dispersa pelas
lavouras e pastagens do Sudeste, Centro-Oeste e Sul do país.
P
lanta herbácea, anual, zoocórica. Raiz principal pivotante, bem
desenvolvida; raízes laterais poucas e finas. Caule prostrado, ra-
mificado na parte basal, quadrangular, deprimido lateralmente,
glabro ou piloso, verde, às vezes purpúreo. Sob competição, o caule
não ramifica e tem crescimento ereto. Dependendo da fertilidade do
solo, pode atingir 50 cm de altura ou mais. Folhas opostas, cruzadas,
sésseis ou quase; limbo elíptico a ovalado, de base atenuada e ápice
agudo ou quase, de tamanho muito variável, até 7 cm de comprimen-
to por até 4 cm de largura; margens inteiras, nervuras deprimidas no
lado superior, salientes no inferior; glabras ou com pilosidade diminu-
ta. Inflorescência em glomérulos axilares, protegidas por 2-4 brácteas
involucrais. Flores pequenas, tetrâmeras; sépalas persistentes no fru-
to, pubescentes e triangulares; corola branca com as pétalas unidas em
tubo, somente a extremidade superior livre, pontiaguda. Fruto cápsu-
la, septicida, globoso, de 3,0-3,5 mm de comprimento por 2,0-3,2 mm
de largura, castanho, glabro ou com poucos pêlos simples esparsos.
Semente plano-convexa, obovoide-elíptica, de 2,0-2,5 mm de compri-
mento, por 1,0-1,5 mm de largura e cerca de 1 mm de espessura.
As sementes germinam na primavera e o ciclo da planta termina
no final do outono. Os principais danos causados são verificados por
SINÔNIMOS
Palicourea crocea (Sw.) Roem. & Schult., Palicourea noxia Mart.
NOMES COMUNS
Cafezinho, erva-de-rato, erva-de-rato-verdadeira, café-bravo
ORIGEM
Espécie nativa do Brasil tropical, não é encontrada nos estados do Nordeste. No Sul,
tem seu limite de ocorrência no Vale do Ribeira e no Centro do Paraná.
P
lanta arbustiva, perenifólia, zoocórica, atinge até 2 m de altura.
Sistema radicular pivotante com 1-3 ramificações; raízes late-
rais tortuosas, bem desenvolvidas, superficiais. Ramos em con-
tato com o solo emitem raízes adventícias. Caule cilíndrico, flexível,
poucas ramificações, nós engrossados; ramos novos quadrangulares,
NOMES COMUNS
Cafezinho-de-flor-branca, erva-de-rato-branca, café-bravo
ORIGEM
Espécie nativa da América do Sul, ocorre em praticamente todos os estados do Brasil.
P
lanta remanescente, arbustiva, perenifólia, zoocórica, atinge
2 m de altura. Sistema radicular vigoroso, pivotante, ramifica-
do. Folhas e ramos novos glabros. Folhas pecioladas, opostas;
limbo membranáceo, elíptico ou oblongo-lanceolado, 15 cm de com-
primento, 7 cm de largura, base atenuada, decorrente pelo pecíolo,
ápice agudo ou acuminado, nervuras salientes no lado inferior e ape-
nas visíveis no lado superior; 9-11 pares de nervuras secundárias.
Estípulas agudas. Inflorescências terminais ou pseudoterminais em
cimeiras compactas, multifloras; pedúnculo reto, do tamanho da inflo-
rescência; brácteas oval-lanceoladas. Flores brancas; cálice de 2 mm
de comprimento, lobos iguais e margens ciliadas; corola branca, hipo-
crateriforme, 6 mm de comprimento, glabra no lado externo, no lado
interno possui um anel piloso na linha de inserção dos estames. Fruto
baga elíptica, com várias costelas longitudinais, verde escura, quando
imatura, quando amadurecem passam à coloração violácea e depois
amarelada ou alaranjada, globosa, 6 mm de diâmetro e sem costelas
ou linhas deprimidas, polpa aquosa, com 2 sementes. Na base do fru-
to ocorrem 2 cicatrizes circulares. Sementes hemisféricas, 3-4 mm de
comprimento, face ventral plana e rugosa, face dorsal convexa, com
costelas longitudinais, coloração amarelada.
Nas pastagens, as plantas são provenientes da brotação dos tocos
e ocorrem na forma de arbustos multicaules ou moitas densas e arre-
dondadas, pelo superbrotamento quando o gado consome os pontei-
ros. Não existem estudos que comprovem sua toxicidade aos animais,
mas pelo parentesco com a Palicourea marcgravii, a probabilidade de
também conter princípios tóxicos não deve ser desprezada.
SINÔNIMO
Basanacantha spinosa K. Schum. var. longipedunculata Kuntze
NOMES COMUNS
Espinho-de-cruz, roseta, espinho-de-cacho, limoeiro-do-mato, limão-do-mato,
limão-bravo
ORIGEM
Espécie nativa da América do Sul, ocorre em praticamente todas as regiões do Brasil.
P
lanta perene, arbustiva, remanescente, zoocórica, atinge 3-4 m
de altura. Caule muito ramificado; casca acinzentada ou esver-
deada, não descamante; armado de espinhos lenhosos, rígidos,
agudos, no ápice dos ramos; muitas vezes esses espinhos são dividi-
dos em 3-4 pontas, em forma de uma roseta; ramos novos cilíndricos,
com pêlos estrelados. Folhas pecioladas, aglomeradas na ponta dos
ramos, parecendo verticiladas; limbo ovalado, romboide ou oblongo,
base e ápice agudos, 3-5 cm de comprimento, verde-escuro. Estípulas
de 2-8 mm de comprimento. Flores reunidas em fascículos terminais,
paucifloros; flores curto-pediceladas; corola branca, hipocraterifor-
me, tubo de 2,5 cm de comprimento, lobos de 1 cm de comprimento.
Fruto baga globosa, verde, 1,5-2,0 cm de diâmetro, polispérmico, ama-
relo quando maduro.
Nas pastagens, os arbustos são originados de sementes e princi-
palmente da brotação dos tocos. Esses arbustos espinhentos ramifi-
cam muito e formam moitas impenetráveis, que prejudicam as pasta-
gens e os animais, mesmo depois de cortadas.
Espécie encontradiça nas regiões do Arenito e dos três Planal-
tos, dispersa em pastagens de braquiárias, panicuns, estrela-africana,
capim-jaraguá, grama-mato-grosso e azevém, em qualquer lotação de
animais, fertilidade do solo e manejo das plantas daninhas. pouco
competitiva, pois as plantas da espécie ocorrem isoladamente, não
formando populações homogêneas. Causa danos de média importân-
R u taceae
Citrus x limon (L.) Osbeck
NOMES COMUNS
Limão-cravo, limoeiro, limão-rugoso
ORIGEM
Espécie originária do Sudeste asiático. Cultivado em todas as regiões tropicais e sub-
tropicais do mundo.
P
lanta cultivada, frutífera, arbustiva, perenifólia, zoocórica, atin-
ge 3-4 m de altura. Sistema radicular pivotante, ramificado; ra-
ízes secundárias superficiais. Caule intensamente ramificado,
dotado de espinhos agudos de 2-3 cm de comprimento; casca cinza-
-escura, quase lisa; copa densa. Folhas pecioladas, simples, alternas;
pecíolo curto, 1-2 cm de comprimento; limbo ovalado ou oblongo,
nervuras salientes no lado dorsal, superfície lisa e brilhante, margem
inteira, ápice arredondado ou acuminado, glândulas de óleo essencial
presentes. Flores solitárias ou aos pares nas axilas dos ramos, brancas,
perfumadas, pentâmeras, 2 cm de diâmetro. Fruto baga globosa, sucu-
lenta, ácida, multisseminadas, casca rugosa, de coloração alaranjada
ou amarelada.
Nas pastagens, há plantas de limão-cravo que estão na área des-
de a implantação das mesmas e há plantas que se originaram dessas
preexistentes, a partir de sementes disseminadas pelo gado, que con-
sumiu seus frutos. Quando as reservas de forragem diminuem, os ani-
mais consomem os ponteiros, o que força as plantas a brotarem por
repetidas vezes. Assim, formam-se moitas de até 1 m de diâmetro.
Espécie encontradiça nas regiões do Arenito e dos três Planaltos,
dispersa em pastagens formadas por braquiárias, panicuns, estrela-
-africana, hemártrias, capim-jaraguá, grama-mato-grosso, grama-
-missioneira e grama-sempre-verde, em qualquer altura de pastejo,
lotação de animais, fertilidade do solo e sistema de manejo das plan-
tas daninhas. Apresenta alto potencial de competição na região do
Citrus trifoliata L.
SINÔNIMOS
Aegle sepiaria DC., Poncirus trifoliatus (L.) Raf.
NOMES COMUNS
Poncirus, limão-trifoliata, limão-bravo, limão-de-cerca-viva
ORIGEM
Espécie originária da China.
P
lanta arbustiva ou arvoreta, caducifólia, zoocórica, atinge 3-5
m de altura. Sistema radicular pivotante, vigoroso, ramificado.
Caule curto, muito ramificado, canelado; casca fina, quase lisa,
de coloração cinzenta; ramos curtos, tortuosos, com longos espinhos
de até 6 cm de comprimento e extremidade amarelada; copa globosa,
densa, impenetrável. Folha composta, trifoliolada, peciolada; folíolos
verde-intenso, coriáceos, glabros, com glândulas oleíferas translúci-
das, ovalados a oblongos, 1,3-3,0 cm de comprimento. Flores solitárias
ou aos pares, axilares, pentâmeras, brancas, perfumadas, 3 cm de diâ-
metro. Fruto baga globosa, suculenta, amarga e ácida, casca pubescen-
te e amarelada. Sementes claras e numerosas. Espécie utilizada como
porta-enxerto em citricultura e também na formação de cercas-viva. A
forma de infestação das pastagens, hábito e danos são semelhantes aos
do limão-cravo. No estado do Paraná, a ocorrência é esporádica e, por
ser de difícil controle, sua introdução deve ser evitada.
SINÔNIMOS
Schinus fagara L., Zanthoxylum hyemale Saint-Hil.
NOMES COMUNS
Mamica-de-porca, mamica-de-cadela, juvevê, coentrinho, pau-fedorento, arruda-
-amarela, arruda-brava
ORIGEM
Espécie originária do Sul e Sudeste do Brasil.
P
lanta remanescente, perenifólia, zoocórica, de até 18 m de altu-
ra. Sistema radicular pivotante, profundo e ramificado. Tronco A
retilíneo com casca cinzenta e com acúleos retos, coniformes de
base larga e, extremidade pungente, 1-2 cm de comprimento. Folhas B
pecioladas, imparipenadas, pubescentes a glabrescentes, inermes,
exalam odor fétido ao menor toque; pecíolo de 1-4 cm de comprimen- C
to; raque estreito-alada; 7-15 folíolos de 1,5-5,0 cm de comprimento,
0,4-1,5 cm de largura, cartáceos, elípticos a oblanceolados, ápice ob- D
tuso a agudo, base aguda, margem crenada a crenulada, sésseis, em
ambas as faces ocorrem glândulas visíveis. Inflorescências axilares E
ou extra-axilares, em espigas ou racemos. Flores tetrâmeras, creme-
-esverdeadas, subsésseis; sépalas ovais, ciliadas; pétalas oblongas, 2 F
mm de comprimento, glabras; flor masculina com 4 estames exsertos,
anteras oblongas; flor feminina com estaminódios ausentes, ovário L
ovoide e estigma globoso. Fruto folicular, 1-2 folículos subglobosos, 4
mm de diâmetro, com glândulas esparsas. Semente globosa, 3 mm de M
diâmetro, hilo oblongo.
Nas pastagens, as plantas de mamica-de-porca são originadas de N
brotações do toco, raramente de sementes. São facilmente reconheci-
das pelo forte odor característico que exalam das folhas e pela presen- P
ça de fortes acúleos no tronco. Além dessa espécie, ocorrem outras do
mesmo gênero botânico, todas com características semelhantes, mas R
em menor frequência.
Planta encontradiça em todas as regiões do estado, dispersa em S
pastagens formadas por qualquer espécie forrageira, altura de paste-
jo, fertilidade do solo, lotação de animais e manejo das plantas dani-
nhas. De baixo potencial de competição, porque as moitas geralmente
T
crescem verticalmente e ocorrem isoladamente. Os prejuízos causa-
dos pela espécie são de pequena importância nas regiões do Arenito
U
e dos três Planaltos, em pastagens de braquiárias, panicuns, estrela-
-africana e grama-mato-grosso, em qualquer lotação de animais, ferti-
V
lidade do solo e altura de pastejo.
Z
S al icaceae A
Casearia sylvestris Sw. B
SINÔNIMOS
Casearia punctata Spreng., Casearia parviflora Willd., Casearia subsessiliflora Lund,
C
Casearia serrulata Sw., Casearia lingua Camb., Casearia carpinifolia Benth.
NOMES COMUNS
D
Guaçatonga, guaçatunga, chá-de-bugre, cafeeiro-do-mato, pau-de-lagarto, erva-de-
-pontada, varre-forno, cambroé, carvalhinho E
ORIGEM
Espécie nativa da América Tropical e Subtropical, desde o México até a Argentina e
Uruguai. No Brasil ocorre em todas as regiões.
F
L
P
lanta arbustiva ou arbórea, remanescente, perenifólia, atinge
10 m de altura. Sistema radicular pivotante, ramificado. Tron- M
co curto, ereto, até 40 cm de diâmetro; casca cinza-escura até
pardo-avermelhada, fissurada, escamas pequenas; copa arredonda- N
da, muito ramificada; raminhos delgados, glabros ou pubescentes nas
partes mais novas, lenticelados nas partes mais velhas. Folhas opos- P
tas, muito variáveis no tamanho, forma e textura; curvadas para o lado
dorsal, alinhadas com o lado ventral e voltadas para cima e para fora; R
limbo geralmente ovalado-oblongo a elíptico, com muitas glândulas
visíveis por transparência, margem serreada, ápice longo-acuminado S
a subcaudado, base e ápice geralmente assimétricos, membranáceo a
coriáceo, verde escuro, brilhante no lado ventral quando novo, 6-14
cm de comprimento, 3-7 cm de largura, nervuras laterais curvadas, re-
T
ticuladas; pecíolo delgado, menos de 1 cm de comprimento; estípulas
subovaladas, 1,0-1,5 mm de comprimento, caducas. Inflorescências
U
axilares, sésseis, fasciculadas, variáveis na intensidade da pilosidade
e no número de flores por fascículo; brácteas pequenas, formando um
V
tufo; pedicelo delgado, articulado próximo ou abaixo da metade, 2-5
mm de comprimento. Flores com odor intenso e desagradável. Sépalas
Z
ORIGEM
Espécie originária do Brasil, ocorre desde o estado de Pernambuco até o Rio Grande
do Sul. Nas pastagens apresenta forma de arbusto, originado de brotações de tocos e
D
E
de raízes mais grossas.
A
rbusto ou pequena árvore de até 8 m de altura, perenifólia, re- F
manescente. Sistema radicular pivotante, ramificado, algumas
raízes secundárias são superficiais e possuem a capacidade de L
emitir brotações quando a planta principal é cortada. Tronco ramifi-
cado e dotado de longos e vigorosos espinhos ramificados, pungen- M
tes, extremidade amarelada, ferruginoso-pubescente, 10 cm de com-
primento ou maiores. Ramos novos ferrugíneo-veludosos nas pontas,
com espinhos axilares simples, pubescentes, até 5 cm de comprimen-
N
to. Folhas de tamanho e pilosidade variáveis; limbo elíptico, oblongo
ou ovalado-elíptico, ápice acuminado, subagudo ou obtuso, base cune-
P
ada até longamente atenuada, às vezes com 1-2 glândulas na base, car-
táceo a coriáceo, densamente ferruginoso-piloso em ambas as faces,
R
lentamente glabrescente com a idade, margens ciliadas, subserreadas,
6-10 cm de comprimento, 3-5 cm de largura, nervuras reticuladas, sa- S
lientes na face dorsal; pecíolo piloso, 6-8 mm de comprimento. Inflo-
rescência em fascículos axilares, multifloros; pedicelo delgado, articu- T
lado, ferruginoso-pubescente, 3-4 mm de comprimento na antese, até
6 mm no fruto em maturação. Brácteas ovaladas, sub-glabras. Sépalas U
4-5, ovaladas, subagudas, amarelo-esverdeadas, glândula apical, pu-
bescentes, ciliadas nas margens, 1,5-2 mm de comprimento. Pétalas V
ausentes. Flores masculinas com 15-25 estames, filamentos longos.
Flores femininas com ovário globoso, estilete curto, 2-3 estigmas di-
vergentes. Fruto cápsula subglobosa, 5-6 mm de diâmetro, glabro.
Z
S apindaceae A
Cardiospermum halicacabum L. B
SINÔNIMOS
Cardiospermum corindum L., Cardiospermum microcarpum Kunth, Cardiospermum
C
halicacabum var. microcarpum (Kunth) Blume
NOMES COMUNS
D
Balãozinho, balão, saco-de-padre, paratudo, batuquinha, chumbinho, baga-de-
-chumbo, jitirana, cheque-cheque, paúna E
ORIGEM
Espécie de origem não bem definida. Há controvérsias se é das regiões tropicais da
Índia, da África ou da América. No Brasil, ocorre em praticamente todos os estados do
F
Centro, Norte, Nordeste e Sudeste. Introduzida há poucos anos no estado do Paraná,
em lavouras de soja, pelo uso dos resíduos do beneficiamento da soja na alimentação
animal, foi disseminada para as pastagens.
L
M
P
lanta herbácea, trepadoura, anual, zoocórica. Sistema radicu-
lar pivotante e pouco ramificado. As raízes, ao serem expostas, N
exalam um odor desagradável. Caules cilíndricos, fibrosos, lisos,
com ramificações primárias e secundárias próximas da base. Cerca de P
2-3 mm de diâmetro, atinge até 6 m de comprimento; coloração verde,
avermelhada onde a iluminação é mais intensa; escandente com o au- R
xílio de gavinhas que se formam a partir da modificação de pedúncu-
los florais. Internódios com 5-10 cm de comprimento. Folhas alternas; S
pecíolo de até 5 cm de comprimento; compostas com limbo arredon-
dado de até 12 cm de diâmetro; o limbo é formado por três conjuntos T
de folíolos trilobados, os lobos são divididos até a nervura, o termi-
nal é sempre maior, de forma deltoide a ovalada. Inflorescência axilar U
formada por uma longa haste que na parte terminal apresenta duas
brácteas, duas gavinhas e um corimbo com pequenas flores brancas.
Flores masculinas, femininas e completas podem ocorrer na mesma
V
planta ou em plantas separadas. Pedúnculo pequeno, com cerca de 4
mm de comprimento; sépalas 4, 2 externas menores e esverdeadas,
Z
Serjania sp.
A
NOME COMUM
Cipó-cruz B
C
N
as pastagens, frequentemente ocorrem diversas espécies re-
manescentes de lianas ou cipós das sapindáceas, do gênero
Serjania. Facilmente identificadas pelas folhas alternas, pecío-
D
lo longo, compostas por 3 ou mais conjuntos de folíolos biternados. No
conjunto terminal, os folíolos não se individualizam, formam um con- E
junto trilobado. Caules fortemente angulados, tetrágonos e as inflores-
cências com flores brancas e terminadas por 1-2 gavinhas. As lianas F
sapindáceas são brotações remanescentes dos tocos. Formam moitas
exclusivas ou sobre arbustos e árvores, trepadouras com o auxílio das L
gavinhas foliares. De alto potencial de competição, estão localizadas
em áreas onde nunca foi realizada qualquer operação mecanizada de M
preparo do solo.
Essas lianas são encontradiças nas regiões do Arenito e dos três N
Planaltos, em pastagens formadas por qualquer espécie forrageira,
mantidas em qualquer altura de pastejo, manejo das plantas dani- P
nhas e cultivadas em solo de fertilidade média e alta. Causa prejuízos
de pequena importância nas regiões de ocorrência, em pastagens de R
braquiárias, panicuns, estrela-africana e grama-mato-grosso, em lo-
tação média e alta. S
T
U
V
Z
S crophu l ariaceae
Buddleja stachyoides Cham. et Schlecht.
SINÔNIMOS
Buddleja alata Larañaga, Buddleja albotomentosa R.E. Fries, Buddleja australis Vell.,
Buddleja connata Mart., Buddleia brasiliensis Jacq. ex Spreng.
NOMES COMUNS
Calção-de-velho, barbasco, tingui-da-praia, cezarina, verbasco-do-brasil, calça-
-de-velha
ORIGEM
Espécie originária da América do Sul, ocorre das Guianas até a Argentina.
P
lanta subarbustiva, bienal ou perene, zoocórica. Sistema radi-
cular constituído de uma raiz pivotante vigorosa e profunda e
de várias raízes secundárias superficiais, bem desenvolvidas
e longas. Caule alado, aparentemente quadrangular, verde-claro e
tomentoso-aveludado. Na parte mais velha, torna-se lenhoso, sube-
rificado, marron-acastanhado, ramificado principalmente do meio
para cima, atinge 2-3 m de altura e 3 cm de diâmetro na base. Folhas
opostas de disposição cruzada, sésseis, com limbo estreitado na parte
inferior, alargando-se novamente em estípulas que formam um anel
amplexicaule. Limbo ovalado a lanceolado, ápice agudo ou acumina-
do, margens irregularmente serreadas a crenadas, mais de duas vezes
mais longo do que largo, membranáceo, flácido, nervuras proeminen-
tes na face dorsal; superfície coberta de pêlos densos e longos, com
aspecto aveludado. Inflorescência em forma de glomérulos sésseis
nas axilas foliares, nos ramos superiores. Flores sésseis ou com um
pequeno pedicelo, actinomorfas, tetrâmeras, hermafroditas; guar-
necidas por uma bráctea lanceolada e veludosa. Cálice tubular com
lobos lanceolados, verdes e com o lado externo veludoso, 7 mm de
comprimento; corola bem maior, tubulosa, amarela, com lobos subor-
biculares e pilosidade acinzentada. Fruto cápsula ovoide, septifraga,
S mil acaceae
Smilax campestris Griseb.
SINÔNIMOS
Smilax montana Griseb., Smilax scalaris Griseb., Smilax rubiginosa Griseb., Smilax
marginulata Mart. ex Griseb
NOMES COMUNS
Japecanga, salsaparrilha-do-campo, japicanga, japucanga
ORIGEM
Espécie originária da América do Sul, ocorre ao Leste da Cordilheira dos Andes e do Sul
da Amazônia até o Norte da Patagônia.
P
lanta escandente, remanescente, perenifólia, dioica, zoocórica.
Sistema subterrâneo formado por raízes longas e grossas, uma
base semelhante a um xilopódio e curtos rizomas. A base loca-
liza-se a cerca de 30 cm de profundidade, de onde partem os brotos
que de tempo em tempo renovam ou aumentam a parte aérea. Cau-
le longo, cilíndrico ou angulado, sublenhoso, ramificado na parte su-
perior, 0,5-2,0 cm de diâmetro, cerca de 5 m de altura na presença
de suporte para se apoiar, aculeado ou não; acúleos irregularmente
dispostos, 2-20 mm de comprimento, extremidade aguda e colora-
ção escura. Ramos secundários curtos, apoiados sobre outras plantas.
Folhas alternas, pecioladas, lisas, glabras, com 2 gavinhas na base do
pecíolo; pecíolo de 2-8 mm de comprimento, canaliculado; limbo co-
riáceo, 2,5-10,0 cm de comprimento, 0,6-5,0 cm de largura, formato
variável, normalmente oblongo ou ovalado-oblongo, base arredonda-
da ou cordada, ápice arredondado, agudo ou apiculado, três nervuras
longitudinais principais, às vezes ocorrem acúleos nas margens e na
nervura principal na face dorsal. Inflorescência axilar em cimeira um-
beliforme, até 2 cm de diâmetro. Flores suportadas por um pedúnculo
curto, de onde partem 18-30 pedicelos também curtos. Flores mascu-
linas com 6 tépalas lanceoladas, agudas, 1,5-3,0 mm de comprimento,
S ol anaceae
Cestrum laevigatum Schlecht.
SINÔNIMOS
Cestrum axillare Vell., Cestrum foetidissimum Dunal, Cestrum multiflorum Schott
NOMES COMUNS
Coerana-branca, coerana, coerana-café-bravo, dama-da-noita, dominguinha, erva-
-de-gado, esperto, pimenteira
ORIGEM
Espécie nativa do Brasil, ocorre do Nordeste até o estado do Paraná.
P
lanta arbustiva, perenifólia, zoocórica, cultivada como orna-
mental, atinge 4 m de altura. Sistema radicular pivotante, ra-
mificado. Caule ramificado, ramos quebradiços, longos, glabros
ou esparsamente pubescentes. Folhas alternas, eventualmente opos-
tas ou quase verticiladas; pecíolo angulado, 1-2 cm de comprimento;
limbo membranáceo, oblongo-lanceolado, base e ápice agudos, 6-15
cm de comprimento, 2,5-5,0 cm de largura, margem inteira, colora-
ção verde pálida. Ramos pilosos quando novos; glabros e lustrosos,
quando maduros; quando novas, as folhas podem apresentar colora-
ção arroxeada. Inflorescência axilar e pseudoterminal, brácteas pe-
quenas, pedúnculo curto, 3-14 flores aglomeradas na extremidade do
racemo. Flores sésseis ou curto-pediceladas, amarelo-esbranquiçadas
ou esverdeadas; cálice tubuloso, piloso internamente, com 5 dentes
truncados; corola tubulosa, 1,5-2,5 cm de comprimento, com 5 lobos
oblongos ou lanceolados, pilosa internamente; 5 estames desiguais e
inseridos no tubo da corola; ovário bilocular, glabro; estigma capitado.
As flores exalam intenso perfume à noite. Fruto solanídio ovoide, 1,0-
1,2 cm de diâmetro, bilocular, multisseminado, glabro, liso, brilhante,
de coloração escura, quase preta quando maduro.
A coerana-branca é uma das principais plantas tóxicas para o
P
lanta arbustiva, perenifólia, zoocórica, atinge 1-2 m de altura. P
Sistema radicular pivotante, bem desenvolvido; raízes secundá-
rias poucas e amarelas. Na superfície do solo forma um engros- R
samento semelhante a um xilopódio. Caule pouco ramificado na parte
inferior; ramos novos pubescentes. Folhas simples, alternas, curto-
-pecioladas; limbo oblongo-lanceolado a elíptico-lanceolado, ápice
S
agudo ou curto acuminado, 3-10 cm de comprimento, glabro, margem
inteira. Estípulas estreitas, 3-9 mm de comprimento. Inflorescência
T
em corimbo terminal, multiflora, vistosa; brácteas lanceoladas, 3-7
mm de comprimento. Flores sésseis ou curto-pediceladas; cálice sub-
U
campanulado, 2-3 mm de comprimento, lobos subiguais e triangula-
res, 1 mm de comprimento; corola laranja a verde-amarelada, tubo
V
obc nico, 18-22 mm de comprimento; lobos triangulares acuminados,
2-5 mm de comprimento; estames desiguais. Fruto solanídio elipsoi-
Z
SINÔNIMOS
Cestrum intermedium Sendtn. var. virgatum Witasek, Cestrum megalophyllum Witasek
NOMES COMUNS
Coerana, mata-boi, peloteira-preta
ORIGEM
Espécie nativa do Paraguai, Nordeste da Argentina e Brasil, onde ocorre de Minas Ge-
rais até Santa Catarina.
P
lanta arbustiva ou arbórea, perenifólia, remanescente, zoocóri-
ca, atinge até 7 m de altura. Sistema radicular pivotante com 2-3
raízes laterais bem desenvolvidas; casca amarelada ou bran-
cacenta. Caule reto, com poucas ramificações; ramos longos, retos,
glabros; entrenós curtos. Folhas alternas, simples, curto-pecioladas,
glabras; pecíolo de 1 cm de comprimento; limbo estreito-lanceolado,
atenuado na base, ápice acuminado, lustroso no lado superior, colo-
ração verde-intensa, 7-15 cm de comprimento, 1-2 cm de largura. Es-
típulas estreitas, falciformes, variáveis no tamanho, de 2-10 mm de
comprimento. Inflorescência terminal ou axilar, corimbo multifloro,
eixo delgado. Brácteas linear-lanceoladas, 10-15 mm de comprimen-
to. Flores sésseis ou curto-pediceladas; cálice cilíndrico-ovoide, pilo-
so, 3-5 mm de comprimento, com lobos desiguais, triangulares; corola
tubulosa, delgada, até 2 cm de comprimento, amarelo-esverdeada, gla-
bra no lado externo, com lobos ovalados; estames iguais, filamentos
pilosos. Fruto solanídio elipsoide, bilocular, multisseminado, 10-12
SINÔNIMOS
Cestrum unibracteatum Dunal, Cestrum longiflorum Ruiz et Pav., Cestrum lundianum
Dunal, Sessea rugosa Rusby
NOMES COMUNS
Coerana-da-flor-verde, coerana, coerana-branca, dama-da-noite, jasmim-da-mata,
maria-branca, sempre-cheirosa
ORIGEM
Espécie nativa da América do Sul, no Brasil ocorre nas Regiões Sul e Sudeste.
E
spécie arbustiva, perenifólia, zoocórica, atinge 2-3 m de altura.
Sistema radicular pivotante, com várias raízes secundárias bem
desenvolvidas. Caule muito ramificado; ramos eretos, cilíndri-
cos ou achatados, estrelado-tomentosos. Ramos arroxeados. Folhas
simples, curto-pecioladas, alternas, margens arroxeadas; limbo ova-
lado ou ovalado-lanceolado, ápice agudo ou acuminado, base arre-
dondada ou cordada, submembranáceo, cedo glabro no lado superior,
estrelado-tomentoso no lado inferior, 7-14 cm de comprimento, 3-7
cm de largura. Estípulas ausentes. Inflorescências axilares, simples ou
SINÔNIMOS
Cestrum viridiflorum Hook., Cestrum calycinum Willd., Cestrum impressum Rusby
NOME COMUM
Coerana-pilosa
ORIGEM
Espécie nativa do continente americano, ocorre desde a Costa Rica até a Argentina.
E
spécie arbustiva, perenifólia, zoocórica. Sistema radicular pi-
votante; poucas raízes secundárias. Caule ereto, 2-3 cm de di-
âmetro, cilíndrico, liso, 3-4 m de altura; ramos laterais desen-
volvem-se horizontalmente ou pendentes, estrelado-pubescentes.
Folhas simples, curto-pecioladas, alternas; limbo ovalado-elíptico ou
oblongo-elíptico, base arredondada a aguda, ápice agudo ou acumina-
do, 5-15 cm de comprimento, 2-7 cm de largura, cedo glabro no lado
superior, intensamente estrelado-pubescente no lado inferior; estípu-
las ausentes. Inflorescências axilares, racemos simples, menos de 4 cm
de comprimento, 4-7 flores agrupadas no ápice; bractéolas estreitas, 3
mm de comprimento, podem faltar. Flores sésseis; cálice campanula-
do ou tubuloso, com 5 ângulos, 8-10 mm de comprimento, tomentoso,
lobos iguais, de 2 mm de comprimento; corola verde-amarelada, tubo
cilíndrico de 12-18 mm de comprimento, com 5 lobos lanceolados de
5 mm de comprimento; estames iguais. Fruto solanídio, elipsoide, 12
mm de comprimento, quase preto na maturação.
Brota intensamente do toco, quando cortada. tóxica para o gado,
por conter substâncias hepatotóxicas nas folhas.
Espécie encontradiça nos Planaltos, dispersa em pastagens for-
madas por braquiárias, capim-jaraguá, estrela-africana, panicuns,
grama-mato-grosso, grama-missioneira e grama-sempre-verde, sob
qualquer altura de pastejo e lotação de animais, cultivadas em solos de
fertilidade média e alta, em áreas onde não são utilizados herbicidas
no manejo. Apresenta baixo potencial de competição, pois as plantas
NOMES COMUNS
Jurubeba-grande, jurubeba, jupeba
U
ORIGEM
Espécie originária da América tropical, dispersa por várias regiões do Brasil em função
V
do uso medicinal de seus frutos.
Z
P
lanta anual ou bienal, arbustiva, zoocórica. Sistema radicular
pivotante, com raízes laterais superficiais bem desenvolvidas.
Eventualmente, essas raízes, estimuladas por algum agente,
emitem brotações. Caules eretos, muito ramificados, 1 m de altura,
lenhosos nas partes velhas e herbáceos nas novas. Ramos de desen-
volvimento horizontal, curvados ou flexionados para baixo. Ramo
coberto de pubescência curta e ferrugínea, com espinhos esparsos,
semelhantes a acúleos. Folhas alternas com longo pecíolo carnoso.
que se prolonga ao longo do limbo na nervura principal. Limbo ova-
lado, com cerca de 25 cm de comprimento por 20 cm de largura;
margem muito variável, inteira ou com pequenos lobos a intensa-
mente e irregularmente lobadas; superfície coberta por pilosida-
de marrom, áspera em ambas as faces; verde mais intenso no lado
superior. Inflorescências axilares em cimos corimbiformes, densos,
multifloros; as flores se abrem sequencialmente. Cálice persistente,
com 5 lobos pontiagudos; corola com 5 lobos acuminados, branca,
2,5-3,0 cm de diâmetro; anteras amarelas, eretas. Fruto solanídio
típico, globoso, cerca de 1,5 cm de diâmetro, verde passando a ama-
relo-cinza na maturação, liso e brilhante. Pedúnculo de 1,5-2,0 cm
de comprimento.
A dispersão das sementes ocorre pela ação do homem, que cul-
tiva a jurubeba-grande pelos frutos medicinais, pelos morcegos,
pássaros e o gado, que se alimentam dos frutos.
Encontradiça na região do Terceiro Planalto, dispersa em pas-
tagens formadas por panicuns, estrela-africana e capim-jaraguá, em
solos com fertilidade alta e em áreas com baixos níveis de lotação.
Espécie de baixo potencial de competição, pois encontra-se em fase
inicial de expansão nas pastagens e porque as plantas raramente
formam populações densas. Causa danos de pequena importância
na região dos três Planaltos e do Arenito, em pastagens de braquiá-
rias, grama-mato-grosso e estrela-africana, indiferentemente à fer-
tilidade do solo e intensidade de lotação de animais. Está mais pre-
sente em locais onde o manejo das plantas invasoras não é rotineiro.
A
B
C
D
E
F
L
M
N
P
R
S
Solanum atropurpureum Schrank
T
NOME COMUM
U
Joá-de-espinho-preto
ORIGEM
V
Espécie nativa do Norte da Argentina, Paraguai, Uruguai e Sul do Brasil
.
Z
P
lanta herbácea, anual, zoocórica. Raiz principal pivotante,
bem desenvolvida, profunda, com raízes laterais, algumas
mais grossas que as demais. Caule ereto, cilíndrico, ramifi-
cado na parte superior, púrpuro escuro, quase preto, com muitos
espinhos longos e pontiagudos, também púrpuro escuros. Folhas
alternas, pecioladas, mais largas do que longas, margens profunda-
mente lobadas, com longos espinhos ao longo das principais nervu-
ras; coloração verde a atropurpúrea; folhas jovens com pêlos glan-
dulares; folhas velhas glabras. Inflorescências extra-axilares, em
cimos racemiformes, com no máximo 8 flores. Cálice campanulado,
com 5 lobos curtos, às vezes com espinhos. Corola de cerca de 3 cm
de diâmetro com 5 lobos lanceolados, amarelados, esverdeados ou
brancos, glabros ou com poucos pêlos. Fruto solanídio globoso, de
menos de 2 cm de diâmetro, bilocular, multisseminado, liso, glabro,
amarelo acastanhado ou avermelhado na maturação. Semente dis-
coide, alada, cerca de 3 mm de diâmetro.
As sementes germinam em qualquer época do ano, mas predo-
minantemente na primavera. De crescimento vigoroso, atinge mais
de 2 m de altura. Raramente forma populações densas. Ocorre com
maior frequência em áreas novas ou após qualquer revolvimento
do solo. Tolera certo grau de sombreamento.
Planta encontradiça, dispersa na região dos Planaltos, em pas-
tagens formadas por braquiárias, estrela-africana, hemártrias, pa-
nicuns, capim-jaraguá, grama-mato-grosso, grama-sempre-verde e
grama-missioneira, indiferente à altura de pastejo, à intensidade
de lotação de animais e ao sistema de manejo das plantas invaso-
ras; prefere solos com fertilidade média a alta. Causa prejuízos de
pequena importância no desenvolvimento das pastagens, mais no-
tados no Terceiro Planalto, em pastagens formadas por braquiárias
e estrela-africana, pastejadas com média e alta intensidade, em so-
los com fertilidade média e em locais não submetidos ao manejo
das plantas invasoras com herbicidas.
A
B
C
D
E
Solanum guaraniticum Saint-Hil. F
SINÔNIMO L
Solanum fastigiatum Willd.
NOMES COMUNS M
Jurubeba-do-sul, jurubeba, jurubeba-velame, velame
ORIGEM
Espécie nativa no Sul do Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina.
N
P
P R
lanta perene, semi-arbustiva, zoocórica. Sistema radicular pi-
votante e profundo; raízes laterais bem desenvolvidas e de de-
senvolvimento superficial emitem brotações semelhantemente
aos rizomas. Forma grandes reboleiras, uma das características da es- S
pécie. Caules eretos, ramificam somente na parte superior, raramente
ultrapassam 1 cm de diâmetro, verdes quando novos, acinzentados ou T
amarronzados quando velhos; raramente atingem mais de 1 m de al-
tura; coberto de pêlos estrelados, ferrugíneos, variam de inermes a in- U
tensamente cobertos de espinhosos, conforme a procedência. Folhas
simples, alternas, pecioladas, forma do limbo e revestimento variáveis. V
Limbo com até 20 cm de comprimento e 10 cm de largura, lobado ou
inteiro, elíptico, ovalado e até lanceolado. Revestimento áspero, com
escamas ou diferentes tipos de pêlos em ambas as faces, ou glabro.
Z
ORIGEM
Espécie originária dos Campos Nativos e cerrados do Brasil. D
E
P
lanta perene, herbácea, zoocórica. Sistema subterrâneo com-
posto por raiz principal pivotante nas plantas originadas de
semente, raízes secundárias e adventícias, e rizomas. As plan-
F
tas originadas de rizoma não possuem raiz pivotante, apresentam
raízes secundárias bem desenvolvidas. Os rizomas são bem finos e
L
longos, semelhantes às raízes, dos quais brotam novas plantas a in-
tervalos de 30-100 cm. Algumas raízes superficiais eventualmente
M
dão origem a brotações. Toda a planta, com exceção das pétalas e
frutos, possui espinhos de tamanho variável. O caule aéreo se reno- N
va anualmente a partir dos rizomas ou da base do caule do ano an-
terior, que permanece vivo de um ano para outro. Raramente atinge P
1 m de altura, a espessura na base é de 1,0-1,5 cm; pouco ramifi-
cado, cresce inclinado para um dos lados, de maneira que as folhas R
fiquem mais expostas ao sol. Folhas pecioladas, com longos espi-
nhos no pecíolo e nervuras; limbo de base cordada, curvado para o S
lado dorsal, margem sinuosa, lobada e ciliada; verde intenso, mais
claro no lado dorsal, com vários tipos de pêlos na superfície. Inflo- T
rescência em racemo escorpioide, com poucas flores férteis. Flores
com longo pedicelo; cálice persistente, com 5 lobos ovalados; co-
rola com 5 pétalas lineares, roxas; anteras retas, quase tão longas
U
quanto as pétalas. Fruto solanídio globoso de até 5 cm de diâmetro,
bilocular, multisseminado, amarelado na maturação e verde com
V
estrias brancacentas quando imaturo, permanece na planta até sua
completa decomposição e liberação das sementes.
Z
A
B
C
D
E
Solanum paniculatum L.
F
SINÔNIMOS
Solanum jubeba Vell., Solanum manoelli Moricand
L
NOMES COMUNS
Jurubeba, jurubeba-branca, jurubeba-verdadeira, jurubebinha, jopeba, joá-manso
M
ORIGEM
Espécie nativa do Norte e Nordeste do Brasil. Por ser muito utilizada industrialmente e N
como planta medicinal, encontra-se dispersa por todas as regiões do país.
P
P
lanta subarbustiva, perene, zoocórica. Raiz principal pivotante R
bem desenvolvida, somente nas plantas originadas de semen-
te; muitas raízes secundárias e adventícias surgem nos longos S
rizomas. Caule cilíndrico, muito ramificado na parte superior, ramos
quebradiços; atinge até 2 m de altura, partes jovens com intensa pi- T
losidade. Folhas simples, alternas, pecioladas, limbo muito variável.
Folhas inferiores irregularmente lobadas; lobos largos. As folhas da
copa variam conforme o clone, às vezes são elípticas, com base e ápice
U
agudos e margens inteiras, outras vezes são amplas e bem largas, com
lobos bem desenvolvidos nas margens. O limbo atinge cerca de 20 cm
V
de comprimento por 10 cm de largura; nervuras proeminentes, super-
fície aveludada, verde intenso na parte ventral, acinzentada na dorsal,
Z
NOME COMUM
Rapa-guela
ORIGEM
Espécie nativa do Norte e Nordeste do Brasil. Por ser muito utilizada industrialmente e
como planta medicinal, encontra-se dispersa por todas as regiões do país.
P
lanta perene, subarbustiva, zoocórica. Sistema radicular pivo-
tante pouco desenvolvido, algumas raízes laterais mais desen-
volvidas e superficiais. Caule coberto de pêlos estrelados, sés-
seis e estipitados, ramificações somente na parte superior da planta,
inclinadas e muito flexuosas, raramente atingem mais de 2 m de altura.
Folhas opostas, curto-pecioladas, verde-escuras, ovado-lanceoladas a
NOME COMUM
Falsa-jurubeba
ORIGEM
T
Espécie nativa do Sul do Brasil.
U
P V
lanta perene, subarbustiva, zoocórica. Sistema radicular vigo-
roso, com raízes laterais bem desenvolvidas, dando grande re-
sistência e estabilidade à planta. Caule muito ramificado, piloso
e com espinhos aculeiformes. Folhas com pecíolo alado, tomentoso e
Z
SINÔNIMOS
Solanum balbisii Dunal, Solanum consisum Dunal
NOMES COMUNS
Joá-vermelho, joá, joá-bravo, joá-das-queimadas, arrebenta-cavalo, mata-cavalo, juá
ORIGEM
Espécie originária da América Tropical e América do Sul, é muito comum na região
subtropical do Brasil.
P
lanta subarbustiva, perene, zoocórica. Raiz principal pivotante
bem desenvolvida e poucas raízes laterais, mas bem desenvolvi-
das, compridas, superficiais. Eventualmente, as laterais podem
NOMES COMUNS
Joá, joá-bravo, arrebenta-cavalo, mata-cavalo, juá, juá-bravo
ORIGEM
Espécie nativa do Sul do Brasil.
P
lanta anual, herbácea, zoocórica. Sistema radicular com raiz
principal pivotante bem desenvolvida e algumas raízes late-
rais mais grossas, longas e superficiais. Caule muito ramificado
e ramos com desenvolvimento quase horizontal, dando um aspecto
globoso-achatado à planta. Atinge no máximo 80 cm de altura e de
diâmetro da copa. Caules, ramos, folhas, pedúnculos e sépalas apre-
sentam espinhos pontiagudos, longos e rígidos, e intensa pilosidade.
Folhas simples, alternas, pecioladas; limbo lobado, com base semicor-
dada e ápice agudo ou acuminado, levemente mais longo do que largo.
SINÔNIMOS
Acnistus breviflorus Sendtn., Acnistus parviflorus Griseb., Acnistus spinescens Dammer,
Dunalia breviflora Sleumer
NOMES COMUNS
Espinho-de-porco, esporão-de-galo, falsa-coerana, baga-de-jacu, fruta-de-sabiá
ORIGEM
Espécie originária do Paraguai, Bolívia, Argentina e Brasil, onde ocorre desde os esta-
dos do Mato Grosso e São Paulo até o Rio Grande do Sul.
E
spécie arbustiva ou arbórea, perenifólia, zoocórica, atinge 6 m
de altura. Sistema radicular pivotante, ramificado, vigoroso.
Caule ereto, ramificado; casca fissurada, levemente corticosa,
cinza-escura. Ramos pendentes, com espinhos retos, de 2-3 cm de
comprimento, cinzentos ou avermelhados. Folhas simples, alternas,
curto-pecioladas; limbo lanceolado, ápice agudo ou obtuso, base ate-
nuada, decorrente pelo pecíolo, 4-12 cm de comprimento, membraná-
ceo, nervuras salientes no lado inferior e apenas visíveis no superior.
Inflorescência axilar; flores fasciculadas, pediceladas, perfumadas; pe-
T rigoniaceae
Trigonia nivea Camb.
NOMES COMUNS
Cipó-prata, falso-cipó-prata, cipó-de-paina
ORIGEM
Espécie nativa do Sudeste e do Sul do Brasil.
P
lanta trepadoura, perenifólia, remanescente, anemocórica. Siste-
ma radicular pivotante, vigoroso, profundo. No interior da mata, é
planta de caule único. Quando cortado na superfície do solo, para
a formação de pastagem, forma uma estrutura em forma de prato in-
vertido, que funciona como se fosse um xilopódio. Essa estrutura emite
vários brotos, formando uma moita. Caule cilíndrico, subangulado, com-
primido na parte superior dos entrenós, lanuginoso. Folhas simples,
opostas, curto-pecioladas; pecíolo de 5-6 mm de comprimento; limbo
lanceolado ou subelíptico, raramente subovalado, base aguda, ápice
agudo ou apiculado, brancacento e piloso na face interior, floco-lanugi-
noso ou quase glabro na face superior, 5-8 cm de comprimento, 1,5-3,0
cm de largura. Inflorescência em racemos axilares e terminais; brácteas
e cálice tomentosos; brácteas lineares acuminadas; pedúnculo curtíssi-
mo; pedicelo 0,5-1,5 mm de comprimento. Flores com alabastro de 4-5
mm de comprimento; sépalas alongado-ovaladas ou elíptico-oblongas,
agudas, 5 mm de comprimento; pétalas brancas ou verde-amaraladas;
6-8 estames férteis, glabros; ovário ovoide, hirsuto; estigma capitado-
-trígono. Fruto cápsula, 6-7 cm de comprimento, cimbiforme, carenada
no dorso, coberta externamente de pêlos rufos e internamente de pêlos
subseríceos mais compridos, valvas de 1,5 cm de largura. Sementes co-
bertas de pêlos seríceos, rufescentes, compridos.
Nas pastagens, forma moitas de mais de 1 m de diâmetro, arredon-
dadas e densas, impenetráveis à luz e aos animais. Na presença de su-
T yphaceae
Typha domingensis Pers.
SINÔNIMOS
Typha angustifolia L., Typha foveolata Pobed., Typha pontica Kolk.F. & A. Krasnova
NOMES COMUNS
Taboa, tabua, partosana, espadana, capim-de-esteira, paina-de-flexa, paineira-do-
-brejo, landim, pau-de-lagoa
ORIGEM
Espécie originária da América do Sul e do Caribe, ocorre em todas as regiões brasileiras.
P
lanta herbácea, perene, anemocórica. A parte subterrânea é
constituída de rizomas muito vigorosos, 2-4 cm de diâmetro,
brancos, esponjosos. A extremidade do rizoma, e não o caule,
emite a haste floral. A haste floral se lignifica na base, junto do rizoma.
Os rizomas são viáveis por dois anos e têm desenvolvimento contínuo.
O ápice do rizoma, após emitir uma haste floral, bifurca e emite mais
duas hastes e assim por diante. Da parte de baixo do rizoma, partem
as longas raízes que penetram no lodo, fixando a planta. Folhas com
bainha invaginante, sem uma separação nítida da lâmina foliar; lâmi-
na foliar linear, espadiforme, 1-2 m de comprimento por 2-3 cm de
largura, acuminada, coriácea, sem nervuras aparentes, eretas, todas
do mesmo comprimento, possuem estrutura interna que as mantêm
sempre eretas, não ocorrendo acamamento. Hastes florais retas, cilín-
dricas, de 2,5 m de altura, 1,0-1,5 cm de diâmetro e textura interna
esponjosa. As inflorescências espiciformes, cilíndricas, compactas,
surgem na extremidade das hastes. As flores femininas são agrupa-
das na parte inferior e as masculinas na superior. Após a liberação do
pólem, as flores masculinas caem, deixando exposto o eixo da haste
floral. O cilindro formado pelas flores femininas desenvolve-se muito
em diâmetro. As flores não possuem cálice nem corola, as masculinas
U rticaceae
Urera baccifera (L.) Gaudich. ex Wedd.
SINÔNIMOS
Urtica baccifera L., Urtica armigera Presl., Urera armigera Miq., Urera denticulata Miq.
NOMES COMUNS
Urtigão, urtiga-vermelha, urtiga-brava, cansanção, urtiga-fogo, urtiga-grande
ORIGEM
Espécie nativa da América tropical ou subtropical. No Brasil, ocorre da Amazônia até
o Rio Grande do Sul.
P
lanta arbustiva ou arbórea, perenifólia ou caducifólia, rema-
nescente, zoocórica, atinge 3-4 m de altura. Sistema radicular
formado por poucas raízes grossas e superficiais. Caule pouco
ramificado; caules e ramos novos grossos, suculentos, fibrosos, arma-
dos de acúleos c nicos e robustos. Folhas alternas, simples; pecíolo
longo; pecíolo e lado dorsal da folha com limbo e nervuras cobertos
de pêlos urticantes de diferentes tamanhos e formatos; limbo largo-
-ovalado, obovalado ou oblongo-ovalado, aproximadamente 45 cm de
comprimento, 25 cm de largura, irregularmente sinuoso, dentado, tri-
nervado, membranáceo, glabro e áspero no lado ventral. Inflorescên-
cia axilar em cimeiras menores do que os pecíolos. Flores brancas ou
rosadas; cálice com 4-5 dentes. Fruto aquênio brancacento ou rosado,
envolto em cálice suculento, baciforme, envolvente.
Nas pastagens, normalmente ocorre em áreas pedregosas, úmi-
das ou declivosas, em forma de moitas, com vários caules que brotam
da base ampla e achatada. Produz uma sombra intensa que faz defi-
nhar as forrageiras sob a copa. Raramente multiplica-se por sementes.
Folhas e raízes são de uso medicinal.
Espécie encontradiça, dispersa na região dos três Planaltos, em
pastagens formadas por braquiárias, estrela-africana, hemártrias,
capim-jaraguá, panicuns, grama-mato-grosso, grama-sempre-verde e
V erb enaceae
Aloysia virgata (Ruiz et Pav.) Juss.
SINÔNIMOS
Verbena virgata Ruiz et Pav., Aloysia urticoides Cham., Lippia urticoides Steud., Lippia
virgata Steud.
NOMES COMUNS
Lixeira, lixa, cidró, camará, café-do-mato
ORIGEM
Espécie nativa da Região Sul do Brasil, ocorre nos três estados que a compõem.
E
spécie arbustiva a arbórea, remanescente, caducifólia, anemo-
córica, atinge 4-6 m de altura e 25 cm de diâmetro no tronco.
Raiz pivotante, ramificada. Caule ereto, canelado, ramificado;
casca fina, cinza escura, fissurada, desprende-se por escamas longitu-
dinais. Folhas curto-pecioladas, simples, opostas; limbo ovalado, base
atenuada, ápice agudo, margem serreada, superfície glabra e áspera,
8-15 cm de comprimento, 3-8 cm de largura; nervuras salientes na
face dorsal e visíveis no lado ventral. Folhas e flores intensamente per-
fumadas pela presença de óleos essenciais. Inflorescência em racemos
terminais e axilares, 5-10 cm de comprimento. Flores tipicamente ver-
benáceas, brancas, zigomorfas; cálice tubuloso, com 4 lobos, persiste
até a maturação do fruto. As flores são muito procuradas pelas abe-
lhas. Fruto carcerulídio com 2 mericarpos uniloculares que se sepa-
ram na maturação, até 2 vezes mais longos do que largos, dotados de
pêlos longos e sedosos, 2-3 mm de comprimento.
Nas pastagens, ocorre como arbustos originados da brotação dos
tocos e de sementes. Prefere locais declivosos de encostas de morros
e locais pedregosos.
Espécie encontradiça, dispersa na região dos três Planaltos, em
pastagens de braquiárias, panicuns, estrela-africana, capim-jaraguá e
grama-mato-grosso, em qualquer altura de pastejo e lotação de ani-
ORIGEM V
Espécie nativa do Paraguai, Argentina e Brasil, onde ocorre desde a Bahia até o Rio
Grande do Sul.
Z
P
lanta arbórea, remanescente, caducifólia, zoocórica, atin-
ge até 20 m de altura. Sistema radicular pivotante; raízes se-
cundárias superficiais longas, possuem a capacidade de emitir
brotações. Tronco curto, reto, canelado; copa rala, com muitos ramos
pendentes; casca amarronzada, descama em placas irregulares, sol-
tando-se de baixo para cima. Folhas opostas, simples; pecíolo canali-
culado, 1-2 cm de comprimento, 0-2 glândulas no ápice; limbo elíptico
lanceolado, elíptico ou ovalado, 10-20 cm de comprimento, 3-7 cm de
largura, base atenuada ou aguda, ápice obtuso, agudo ou acuminado,
margem inteira, coriáceo ou cartáceo, verde brilhante no lado de cima
e pálido embaixo, nervura principal canaliculada, nervuras visíveis no
lado superior e salientes no inferior. Inflorescência em espigas de até
20 cm de comprimento, axilares e terminais, do tamanho das folhas
ou maiores. Flores subsésseis ou pediceladas, alternas, esparsas, sub-
secundas; cálice urseolado, obc nico, membranáceo; corola hipocra-
teriforme, tubulosa com 5 lobos; 5 estames de tamanhos diferentes;
ovário súpero, mais curto que o cálice. Fruto drupa esférica ou elíptica,
1 cm de diâmetro, vermelha quando madura.
Nas pastagens, ocorrem árvores isoladas ou moitas originadas da
brotação do toco. Na região central do estado, na parte alta da bacia
do Rio Piquiri, ocorre uma linhagem que, quando a árvore é cortada,
as raízes secundárias superficiais emitem grande número de brota-
ções. Formam uma reboleira densa, de mais de 20 m de diâmetro, em
que os brotos atingem vários metros de altura e, sombreando o solo,
eliminam todas as forrageiras em seu interior. Prefere local de encosta
e de baixada, onde o solo é raso, pela presença de rochas e do lençol
freático superficial.
Populações da espécie são esporadicamente encontradas no es-
tado do Paraná. Apresenta alto potencial de competição com as forra-
geiras nos locais de ocorrência do Terceiro Planalto, em pastagens de
braquiárias e estrela-africana, em áreas sem manejo das brotações. Os
prejuízos causados pela espécie na produtividade das pastagens são
de importância média, nos locais e condições e ocorrência.
A
B
C
D
E
F
L
M
N
P
R
S
T
U
V
Z
Lantana camara L.
SINÔNIMOS
Lantana glutinosa Poepp., Lantana montevidensis (Spreng.) Griq., Lantana aculeata L.,
Lantana tiliaefolia Cham.
NOMES COMUNS
Cambará, camará, lantana, chumbinho, cambará-de-espinho, cambará-verdadeiro,
cambará-de-duas-cores, cambará-vermelho
ORIGEM
Espécie originária da América tropical, foi levada com planta ornamental para
diversas regiões do mundo. No Brasil ocorre em todos os estados.
E
spécie arbustiva, perenifólia, zoocórica, atinge 3 m de altura. Sis-
tema radicular pivotante, vigoroso, ramificado. Caule lenhoso, ra-
mificado, quadrangular, sulcado; acúleos de diversos tamanhos,
dispersos nos ramos novos; ramos novos de coloração verde com man-
chas avermelhadas. Folhas simples, pecioladas, opostas, cruzadas; pecí-
olo canaliculado, 1-2 cm de comprimento; limbo oblongo a lanceolado,
ápice arredondado até apiculado, rugoso, áspero, glabro, às vezes piloso,
base obtusa, 3-8 cm de comprimento, nervuras salientes na face dorsal
e visíveis na face ventral. Inflorescência axilar, 20-40 flores aglomeradas
em forma de um capítulo, na extremidade de um pedúnculo de 3-5 cm
de comprimento. Flor protegida por uma bráctea pilosa, maior do que o
cálice e menor do que a corola. Cálice tubuloso, formado pela fusão das 5
sépalas. Corola formada por um fino tubo cilíndrico, alargado para o ápi-
ce, expandido e aplanado no ápice, dividido em 4 lobos, sendo os dois la-
terais iguais e o inferior maior e diferente do superior. A coloração dos lo-
bos muda depois da antese; no primeiro dia é amarela e depois passa por
várias tonalidades, alcançando a cor vermelha, contudo pode apresentar
outras colorações. Algumas linhagens foram selecionadas e cultivadas
como ornamentais. Corola de mais ou menos 1 cm de comprimento. Es-
tames e ovário inclusos no tubo da corola. Fruto drupoide indeiscente,
bilocular, uma semente por lóculo, globoso, roxo escuro quando maduro,
3-5 mm de comprimento. A semente normalmente permanece inclusa no
NOMES COMUNS
Cambará-branco, cambarazinho, cidreirinha
ORIGEM
Espécie originária da América do Sul, especialmente do Brasil Central e dos países
limítrofes. Ocorre nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul e Paraná.
P
lanta herbácea, perene, zoocórica. Possui sistema radicular pivo-
tante, com muitas ramificações. Caule ereto, decumbente, poço
ramificado, áspero, quadrangular, atinge até 1,20 m de compri-
mento. Folhas opostas, pecioladas, oblongas, base obtusa e ápice agu-
do, margens serrilhadas; nervuras bem marcadas, depressa na face
ventral e saliente na dorsal; coloração verde-claro, mais intenso na
dorsal. Inflorescências em espigas axilares, pedúnculo longo e linear,
P
lanta perene, subarbustiva, zoocórica. Sistema radicular pivotante
somente em plantas novas. Com a emissão de raízes adventícias S
dos ramos prostrados, a pivotante degenera. Caule quadrangular,
ereto na planta nova, decumbente na ausência de suporte na planta adul- T
ta, muito ramificado, ramos novos áspero-pilosos. Caules e ramos em con-
tato com o solo emitem raízes nos nós e entrenós, que com o tempo se
separam da planta mãe, formando uma reboleira de até 2 m de diâmetro.
U
Plantas desenvolvidas em áreas a pleno sol são mais compactas e com ra-
mos mais curtos. Folhas ovaladas, opostas, margens denteadas, base ate-
V
nuada pelo curto pecíolo, ápice acuminado; coloração verde-claro no lado
superior e acinzentado no dorsal; nervuras depressas no lado ventral e
Z
Lantana trifolia L.
A
SINÔNIMOS
Lantana maxima Hayek, Lantana trifolia L. var. rigidiuscula Briq. B
C
NOMES COMUNS
Cambará-de-três-folhas, erva-de-grilo, falsa-cidreira, milho-de-grilo, cambará,
camará, uvinha-do-campo
ORIGEM
Espécie originária do Brasil, ocorre nas regiões Sudeste e Sul.
D
E
P
lanta arbustiva, ornamental, perene, zoocórica, atinge até 2 m
de altura. Sistema radicular pivotante, com poucas raízes secun- F
dárias. Caule ereto, com poucas ramificações, lenhoso, áspero,
anguloso-estriado. Folhas simples, pecioladas, verticiladas, em núme- L
ro de 3, raramente 2, por nó; pecíolo curto, glabro, canaliculado, 1-2
cm de comprimento; limbo elíptico-lanceolado, base cuneada, ápice M
agudo, margem crenulado-denteada, lado superior verde-intenso,
lado inferior verde-acinzentado, superfície áspera e rugosa, nervuras N
proeminentes no lado dorsal e deprimidas no lado ventral. Inflores-
cência axilar; pedúnculo linear, 1-2 mm de diâmetro, pubescente; em P
espiga compacta, cujo eixo vai se alongando à medida que as flores,
aglomeradas no ápice, abrem-se. Dessa maneira, é possível observar R
ao mesmo tempo frutos maduros, frutos imaturos, flores e botões flo-
rais na mesma inflorescência. Flores sésseis, protegidas por uma brác-
tea oblonga de até 1 cm de comprimento; cálice pequeno, com 2 lobos
S
pontiagudos; corola tubular, terminada por 4 lobos, com 2-3 mm de
comprimento, coloração lilás; estames 4; ovário súpero, glabro, com
T
estilete simples. Fruto nuculâneo drupoide carnoso, suculento, verde-
-arroxeado, róseo ou lilás na maturação; quando desidratado, globoso,
U
fibroso, 2,5-4,0 mm de comprimento, 2,0-2,5 mm de espessura. Se-
mente inclusa no pirênio.
V
Nas pastagens, ocorre na forma de plantas isoladas monocaules
ou em moitas, com vários caules originados da brotação do toco.
Z
SINÔNIMOS
Lantana alba Mill., Lippia geminata Kunth, Lantana geminata (Kunth) Spreng., Lippia
geminata var. microphylla Griseb.
NOMES COMUNS
Erva-cidreira-brasileira, alecrim-selvagem, cidreira-brava, falsa-melissa, erva-
cidreira, salva-limão, alecrim-do-campo, erva-cidreira-do-campo
ORIGEM
Espécie nativa da América tropical e subtropical. Ocorre em praticamente todos os
estados do Brasil.
P
lanta perene, subarbustiva, medicinal, zoocórica, atinge mais de
2 m de comprimento. Sistema radicular fasciculado, ramificado A
e fibroso. Caules numerosos, longos, quadrangulares, esbran-
quiçados, pubescentes, quebradiços, brotam da base da planta; caules B
eretos quando novos, depois curvam-se até a extremidade entrar em
contato com o solo, enraizar e originar uma nova planta. Folhas opos- C
tas, simples, pecioladas, cruzadas; pecíolo aplanado no lado ventral,
0,5-1,5 mm de comprimento; limbo ovalado a oblongo, margem serre- D
ada, ápice agudo, base cuneada e decorrente, 3-10 cm de comprimen-
to, 2-5 cm de largura, escamoso e áspero no lado ventral, pubescente e E
brancacento no lado dorsal, nervuras salientes no lado dorsal e depri-
midas no ventral. Inflorescências axilares, flores reunidas em racemos F
curtíssimos que se alongam com a antese das flores; brácteas florais
ovaladas, branco-pilosas, imbricadas. Flores sésseis; cálice curtíssimo, L
piloso; corola violácea ou azul-arroxeada, lábio inferior maior que o
superior. Fruto drupa globosa, róseo-arroxeada; semente arredonda- M
da, com cerca de 1 mm de diâmetro.
Nas pastagens, ocorre na forma de moitas densas, nos locais onde
N
havia a sede de propriedades reunidas para a formação de uma fazen-
da maior. Nessas antigas propriedades, era cultivada como planta me-
P
dicinal. Nas condições do estado do Paraná, raramente propaga-se por
sementes. Novas infestações se originam de pedaços de caules, que
R
enraízam facilmente em contato com o solo.
Espécie encontradiça na região do Terceiro planalto, em pasta-
S
gens formadas por braquiárias e hemártrias, pastejadas à baixa altura,
sob alta lotação de animais. Nessas condições é altamente competiti-
T
va. Nos locais de ocorrência, quando não manejada, causa prejuízos de
pequena importância.
U
V
Z
SINÔNIMOS
Verbena cayennensis L.C. Rich., Verbena jamaicensis (L.) Vahl, Verbena jamaicensis
Vell., Stachytarpheta australis Mold., Stachytarpheta dichotoma (Ruiz et Pav.) Vahl,
Stachytarpheta polyura Schauer
NOMES COMUNS
Gervão-azul, gervão, gervão-de-folha-verônica
ORIGEM
Espécie originária da América Latina, ocorre do México até a Argentina. Está presente
em todas as regiões do Brasil.
P
lanta herbácea, anual, zoocórica. Sistema radicular pivotante,
poucas raízes laterais. Caule muito ramificado desde a base, fi-
broso, anguloso, de coloração verde intenso, nunca ultrapassa
1 m de altura. Folhas opostas, ovaladas até elípticas, base atenuada
até o início do pecíolo, margem crenada até serreada, ápice agudo ou
SINÔNIMOS
Verbena brasiliensis Vell., Verbena bonariensis var. conglomerata Briq.
NOMES COMUNS
Erva-de-pai-caetano, fel-da-terra, vassourinha
ORIGEM
Espécie originária das regiões tropicais da América, encontra-se dispersa por muitos
países. É mais frequente na Região Sul do Brasil.
P
lanta perene, herbácea, zoocórica. Raiz principal pivotante, ra-
mifica várias vezes, fibrosa, profunda, fina, de difícil arranquio
manual. Caule ereto, pouco ramificado na parte inferior e muito
na superior, junto da inflorescência; áspero, quadrangular, glabro ou
com poucos pêlos, ramos mais velhos tornam-se arredondados e le-
nhosos; entrenós junto ao solo, curtíssimos, aumentam de tamanho
da base para as partes mais altas da planta, raramente atingem 80 cm.
V iol aceae
Pombalia communis (A.St.-Hil.) Paula-Souza
SINÔNIMO
Ionidium commune Saint-Hil.
NOME COMUM
Bandeira-branca
ORIGEM
Espécie originária do Brasil e países limítrofes, ocorre em praticamente todos os
estados do país.
P
lanta subarbustiva, perene, zoocórica. Sistema radicular pivo-
tante e profundo. Caule ereto, atinge até 1,50 m de altura;
ramos cilíndricos, pubescentes, com tricomas simples; entre-
nós muito variáveis em tamanho. Folhas alternas, pecioladas, lance-
oladas a elípticas, às vezes elípticas, ápice agudo a acuminado, base
atenuada, margem serreada e com poucos pêlos em ambas as faces,
nervuras bem visíveis. Inflorescências com flores solitárias ou em
racemos terminais ou axilares, paucifloros. Pedicelo pubescente e
recurvado, 4-8 mm de comprimento; bractéolas diminutas; sépalas
lineares a lanceoladas, pubescentes e ápice acuminado. Pétala com
um grande lobo branco ou arroxeado, 8-21 mm de comprimento,
com uma unha recurvada, lâmina com 9-16 mm de largura, orbi-
cular, quase arredondada, apiculada; pétalas laterais de 5-6 mm de
comprimento por 2 mm de largura, curvas e com ápice agudo; péta-
las superiores de 3,5-4,0 mm de comprimento por 1 mm de largura,
menos encurvadas e de ápice arredondado. Fruto cápsula elipsoide
de 5-6 mm na parte mais larga e 4-6 mm de espessura.
Espécie encontradiça, dispersa nas regiões do Arenito e do
Terceiro Planalto, em pastagens de braquiárias, estrela-africana,
panicuns, capim-jaraguá e grama-mato-grosso, indiferentemen-
te à intensidade de lotação de animais e aos sistemas de manejo
Z ingib eraceae
Hedychium coronarium J. Koenig
SINÔNIMOS
Hedychium spicatum Lodd., Hedychium flavum Roscoe, Hedychium flavescens Carly,
Hedychium sulphureum Wallich
NOMES COMUNS
Lírio-do-brejo, jasmim-do-brejo, jasmim, cardamomo-do-mato, lágrima-de-moça,
lágrima-de-vênus
ORIGEM
Há dúvidas quanto à sua origem, se do Himalaia ou de Madagascar. Como planta
ornamental foi levada para muitos países do mundo.
P
lanta herbácea, perene, zoocórica. Sistema subterrâneo for-
mado por robustos rizomas, com muitas gemas e abundantes
raízes adventícias. Caules simples, sem ramificações, vigoro-
so, ereto, cilíndrico, avermelhado na base e coberto pelas bainhas
das folhas. Folhas simples, alternas, dísticas; bainhas longas, maio-
res que os entrenós e estriadas. Lígula membranácea, 2-3 cm de
comprimento. Lâminas variando de 30-60 cm de comprimento por
10-15 cm de largura, lanceoladas, ápice agudo, margens inteiras,
unem-se à bainha sem estrangulamento e sem aurículas, nervura
mediana aparente no lado ventral e proeminente no dorsal, lisas,
glabras, brilhantes e de coloração verde intenso. Inflorescência ter-
minal, estrobiliforme, formada por brácteas sobrepostas, ovaladas,
ápice agudo, 2-5 cm de comprimento. Da base de cada bráctea, sur-
gem 2-3 flores de antese sequencial. Cálice tubiforme, membraná-
ceo, de 4 cm de comprimento, liso, glabro, permanece protegido no
interior da bráctea; corola membranácea, branca, tubiforme estrei-
to na parte inferior e três lobos na parte superior. As membranas
brancas que parecem ser as pétalas são na realidade estaminódios
modificados, dois livres elíptico-lanceolados e dois soldados, for-
Í ndice de N omes
Científicos
A
Abutilon amplissimum (L.) Kuntze var. subpeltata Kuntze ................. 322
Acacia bonariensis Gillies ex Hook. & Arn.................................................. 267
Acacia leptophylla DC. ........................................................................................ 270
Acacia scandens Benth. ...................................................................................... 272
Acalypha divaricata Baillon ............................................................................. 213
Acalypha gracilis Spreng. .................................................................................. 213
Acalypha gracilis Spreng. var. genuina Muell. Arg.................................. 213
Acalypha gracilis Spreng. var. pubescens Muell. Arg.............................. 213
Acanthospermum australe (Loefl.) Kuntze...................................................61
Acanthospermum brasilium Schrank ..............................................................61
Acmella brasiliensis Spreng.............................................................................. 134
cnistus breviflorus Sendtn.............................................................................. 434
cnistus parviflorus Griseb............................................................................... 434
Acnistus spinescens Dammer ........................................................................... 434
Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart....................................................57
Acrocomia eriocantha Barb. Rodr.....................................................................57
Acrocomia sclerocarpa Mart...............................................................................57
Adenocalymma marginatum (Cham.) DC................................................... 162
Adenocalymma peregrinum (Miers) L.G. Lohmann ............................... 175
Adenocalymma splendens Bureau & K. Schum......................................... 168
Adenogyne discolor Kl......................................................................................... 228
Adenogyne marginata Kl. .................................................................................. 228
Aegiphila integrifolia (Jacq.) Moldenke ...................................................... 286
Aegle sepiaria DC.................................................................................................. 398
Aeschynomene americana L. ............................................................................ 243
Aeschynomene americana var. depilla Mill................................................. 243
B
Baccharis anomala A. P. DC. ................................................................................68
Baccharis articulata (Lam.) Pers. .....................................................................70
Baccharis asteroides Colla ................................................................................ 135
Baccharis bracteata Hook. & Arn. ....................................................................74
Baccharis coridifolia A. P. DC. .............................................................................72
Baccharis dracunculifolia DC..............................................................................74
Baccharis dracunculifolia forma spectabilis Heering. ..............................74
Baccharis genistelloides var. trimera (Less.) Baker...................................81
Baccharis jordaniana Theodoro........................................................................77
Baccharis leptospermoides DC. ..........................................................................74
Baccharis leucocephala Dusen...........................................................................76
Baccharis medullosa A. P. DC. .............................................................................80
Baccharis oxyodonta DC. ......................................................................................77
Baccharis paucidentata Schultz-Bip................................................................74
Baccharis prenanthoides Baker.........................................................................80
Baccharis serrulata Pers.......................................................................................80
Baccharis trimera (Less.) DC..............................................................................81
Baccharis trinervia DC. .........................................................................................77
Ballota suaveolens L. ........................................................................................... 288
Basanacantha spinosa K. Schum. var. longipedunculata Kuntze ...... 394
Bauhinia aculeata Vell........................................................................................ 241
Bauhinia brasiliensis Vog................................................................................... 241
Bauhinia forficata Link ...................................................................................... 241
Berberis coriacea Saint-Hil............................................................................... 160
Berberis coriacea Saint-Hil. var. oblanceifolia Ahrendt ........................ 160
Berberis glaucescens Saint-Hil. ....................................................................... 160
Berberis laurina Thunb...................................................................................... 160
Berberis spinulosa Saint-Hil. ............................................................................ 160
Biancaea decapetala (Roth) O.Deg. .............................................................. 231
Biancaea scandens Tod. ..................................................................................... 231
Biancaea sepiaria Tod. ....................................................................................... 231
Bignonia difficilis Cham. .................................................................................... 168
C
Cacalia cognata (Less.) Kuntze .........................................................................97
Cacalia cordifolia L. f........................................................................................... 113
Caesalpinia japonica Siebold & Zucc............................................................ 231
Caesalpinia sepiaria Roxb. ................................................................................ 231
Calamagrostis montevidensis Nees ............................................................... 343
Campomanesia guazumifolia (Camb.) Berg. ............................................. 327
Campomanesia xanthocarpa (Mart.) Berg................................................. 328
Cantinoa americana (Aubl.) Harley & J.F.B. Pastore .............................. 287
Cardiospermum corindum L............................................................................. 405
Cardiospermum halicacabum L. ..................................................................... 405
Cardiospermum halicacabum var. microcarpum (Kunth) Blume ..... 405
Cardiospermum microcarpum Kunth........................................................... 405
Carduus acanthoides L...........................................................................................83
Carduus lanceolatus L............................................................................................98
Carduus marianus L............................................................................................. 129
Carduus pycnocephalus L. ....................................................................................85
Carduus vulgaris Savi.............................................................................................98
Casearia carpinifolia Benth.............................................................................. 401
Casearia lingua Camb......................................................................................... 401
Casearia parviflora Willd. ................................................................................. 401
Casearia punctata Spreng................................................................................. 401
Casearia serrulata Sw. ........................................................................................ 401
Casearia subsessiliflora Lund........................................................................... 401
Casearia sylvestris Sw. ........................................................................................ 401
Cassia caroliniana Walter ................................................................................. 238
Cassia foetida Pers. .............................................................................................. 238
Cassia hirsuta L. .................................................................................................... 234
Cassia leptocarpa Benth. ................................................................................... 235
Cassia leptocarpa var. hirsuta Benth. ........................................................... 235
Cassia obtusifolia L. ............................................................................................. 236
Cassia occidentalis L............................................................................................ 238
Cassia planisiliqua L. ........................................................................................... 238
D
Dahlstedtia muehlbergiana (Hassl.) M.J. Silva & A.M.G. Azevedo..... 258
Dasyphyllum tomentosum (Spreng.) Cabrera........................................... 104
eyeuxia viridiflavescens (Poir.) Kunth ....................................................... 343
Dichondra microcalyx (Hallier f.) Fabris..................................................... 199
Dichondra repens Forst et Forst var. microcalyx Hallier f.................... 199
Digitaria insularis Mez ex Ekman.................................................................. 346
Diodella teres (Walt.) Small.............................................................................. 389
Ditremexa hirsuta (L.) Britt. & Rose ex Britt. & Wilson ....................... 234
Ditremexa leptocarpa (Benth.) Britt. & Rose............................................ 235
Dolichandra unguis-cati (L.) L.G. Lohmann............................................... 167
Doxantha unguis-cati (L.) Miers..................................................................... 167
Drepanocarpus polyphyllus Benth................................................................. 260
unalia breviflora Sleumer .............................................................................. 434
E
Elephantopus cernuus Vell................................................................................ 108
Elephantopus martii Grah................................................................................. 108
Elephantopus mollis HBK. ................................................................................. 108
lephantopus nudiflorus Willd........................................................................ 107
Elephantopus tomentosus L.............................................................................. 108
Elephantosis angustifolia DC. .......................................................................... 107
Eleusine gracilis Salisb. ...................................................................................... 349
Eleusine indica (L.) Gaertn. .............................................................................. 349
Eleusine scabra Fourn. ex Hemsl. .................................................................. 349
Enneatypus nordenskjoeldii Herzog ............................................................. 378
Eragrostis plana Nees......................................................................................... 351
Eranthemum sanguinolentum Hort. van Houtte ........................................33
Erechtites hieraciifolius (L.) Raf. ex DC........................................................ 156
Erechtites valerianifolius (Link ex Spreng.) DC........................................ 157
Erigeron bonariensis L........................................................................................ 103
F
Fimbristylis communis Kunth.......................................................................... 204
Fimbristylis dichotoma (L.) Vahl .................................................................... 204
Fimbristylis diphylla (Retz.) Vahl ................................................................... 204
G
Gamochaeta purpurea (L.) Cabrera.............................................................. 158
Gnaphalium calycinum Poir.................................................................................88
Gnaphalium suaveolens Vell............................................................................. 116
Gnaphalium virgatum L. .................................................................................... 123
Gomphrena paniculata (Mart.) Moq................................................................38
Gymnanthes discolor Baillon............................................................................ 228
Gymnostyles alata Spreng................................................................................. 132
Gymnostyles pterosperma Juss........................................................................ 132
H
Haynaldia exaltata Kanitz ................................................................................ 193
Hebanthe erianthos (Poir.) Pedersen ..............................................................38
Hebanthe paniculata Mart...................................................................................38
Hedychium coronarium J. Koenig................................................................... 443
edychium flavescens Carly.............................................................................. 444
edychium flavum Roscoe................................................................................ 444
Hedychium spicatum Lodd. .............................................................................. 444
Hedychium sulphureum Wallich..................................................................... 444
Hedysarum vaginale L. ....................................................................................... 245
Heimia myrtifolia Cham. et Schlecht. ........................................................... 297
Heimia salicifolia (HBK.) Link......................................................................... 298
Heliotripium monostachyum var. tiaridioides Chodat ........................... 176
Heliotropium monostachyum Cham.............................................................. 176
Heliotropium scandens Vell. ............................................................................. 177
Heliotropium tiaridioides Cham. .................................................................... 176
Heliotropium transalpinum Vell. .................................................................... 176
Hemarthria altissima................................................................................................ 13
Hisingera ciliatifolia Clos .................................................................................. 403
Hyparrhenia rufa........................................................................................................ 13
Hypochoeris radicata L. ..................................................................................... 158
Hipoestes phyllostachya Baker...........................................................................33
I
Imperata arundinacea var. americana Anderson ................................... 354
Imperata brasiliensis Trin................................................................................. 354
Imperata brasiliensis Trin. var. mexicana Rupr. ....................................... 354
Imperata sape Anderson................................................................................... 354
Indigofera anil L.................................................................................................... 253
Indigofera anil var. oligophylla DC. ............................................................... 254
Indigofera hirsuta L............................................................................................. 251
Indigofera suffruticosa Mill. ............................................................................. 253
Indigofera tinctoria Mill..................................................................................... 253
Indigofera tinctoria var. brachycarpa DC. .................................................. 254
Indigofera truxillensis HBK............................................................................... 254
Indigofera uncinata G. Don............................................................................... 253
Ionidium commune Saint-Hil. .......................................................................... 442
J
Jatropha adenphila Pax. & Hoffm. ................................................................. 214
Jatropha urens L.................................................................................................... 214
Julocroton nervosus Baillon.............................................................................. 218
Julocroton ramboi L.B. Smith & R.J. Downs ............................................... 216
Jungia floribunda Less........................................................................................ 110
K
Karatas guianensis Hort. ex Baker ................................................................ 190
L
Lantana aculeata L. ............................................................................................. 430
Lantana alba Mill. ................................................................................................ 436
Lantana camara L. ............................................................................................... 430
Lantana canescens Kunth ................................................................................. 432
Lantana czermakii Briq. .................................................................................... 433
Lantana fucata Lindl........................................................................................... 433
Lantana geminata (Kunth) Spreng............................................................... 436
Lantana glutinosa Poepp. ................................................................................. 430
Lantana lilacina Desf.......................................................................................... 433
Lantana maxima Hayek..................................................................................... 435
Lantana montevidensis (Spreng.) Griq........................................................ 430
Lantana salvisefolia Jacq. .................................................................................. 433
Lantana tiliaefolia Cham................................................................................... 430
Lantana trifolia L.................................................................................................. 435
Lantana trifolia L. var. rigidiuscula Briq..................................................... 435
Lappa minor Hill......................................................................................................64
Laurocerasus myrtifolia N.L. Britt. ................................................................ 380
Leonotis kweensis N.E. Br. ................................................................................. 289
Leonotis nepetifolia (L.) R.Br............................................................................ 289
Leonurus manshuricus Yabe............................................................................. 291
Leonurus sibiricus L............................................................................................. 291
Leonurus sibiricus var. grandiflora Benth. ................................................. 291
Leptilon canadense (L.) Britt. .......................................................................... 101
Leptolobium punctatum Benth. ...................................................................... 266
Lessingianthus glabratus (Less.) H. Rob..................................................... 112
Lilium longiflorum Thunb................................................................................. 296
Lippia alba (Mill.) N.E.Br. ex Britton & P. Wilson .................................... 436
Lippia geminata Kunth ...................................................................................... 436
Lippia geminata var. microphylla Griseb. ................................................... 436
Lippia urticoides Steud....................................................................................... 426
Lippia virgata Steud............................................................................................ 426
Lobelia exaltata Pohl........................................................................................... 193
Lolium multiflorum.................................................................................................... 13
Lonchocarpus albiflorus Hassl. ....................................................................... 257
Lonchocarpus microphyllus Glaziou ............................................................. 257
Lonchocarpus mollis Benth. ............................................................................. 257
M
Macfadyena unguis-cati (L.) A.H. Gentry. ................................................... 167
Machaerium aculeatum Raddi........................................................................ 260
Machaerium armatum Vog............................................................................... 260
Machaerium minutiflora Tull. ......................................................................... 265
Machaerium paniculatum Allen. .................................................................... 265
Machaerium dolongifolium Vogel .................................................................. 262
Machaerium scleroxylon Tull........................................................................... 263
Machaerium sericiflorum Vog.......................................................................... 260
Machaerium stipitatum Vogel ......................................................................... 265
Maclura tinctoria (L.) D. Don ex G. Don ...................................................... 324
Malva coromandeliana L. .................................................................................. 302
Malva rhombifolia (L.) Krause ........................................................................ 307
Malva tricuspidata R. Brown ex W.T. Ait..................................................... 302
Malvastrum carpinifolium (L.f.) Gray........................................................... 302
Malvastrum coromandelianum (L.) Garcke ............................................... 302
Malvastrum tricuspidatum (R. Brown ex W.T. Ait.) Gray ..................... 302
Mansoa difficilis (Cham.) Bureau & K. Schum. ......................................... 168
Mansoa laevis DC.................................................................................................. 168
Mariana mariana (L.) Hill................................................................................. 129
Maytenus aesvifolius Walp................................................................................ 198
Maytenus aquifolium Mart................................................................................ 198
Melampodium australe Loefl..............................................................................61
Melinis repens (Willd.) Zizka ........................................................................... 356
Melinis rosea Hack ............................................................................................... 356
Memora peregrina (Miers) Sandwith .......................................................... 175
Mesosphaerum suaveolens (L.) Kuntze........................................................ 288
Microstachys corniculata (Vahl) A.Juss. ex Griseb. ................................. 224
N
Nissolia aculeata DC............................................................................................ 260
Nissolia stipitata DC. ........................................................................................... 265
O
Ocimum campechianum Mill............................................................................ 293
Ocimum gratissimum L. ..................................................................................... 294
Ocimum guineense Schum. & Thonn. ........................................................... 294
Ocimum micrantum Willd................................................................................. 293
Ocimum viride Willd............................................................................................ 294
Ooclinum villosum (Cass.) DC.......................................................................... 117
Orthopappus angustifolius (Sw.) Gleason................................................... 107
Osmia laevigata (Lam.) Schultz-Bip. ...............................................................90
Osmia tomentosa Schultz-Bip.............................................................................95
P
Palicourea crocea (Sw.) Roem. & Schult. .................................................... 390
Palicourea marcgravii Saint-Hil. .................................................................... 390
Palicourea noxia Mart. ....................................................................................... 390
Panicum arenarium Brot................................................................................... 358
Panicum geniculatum Lam. .............................................................................. 369
Panicum gouinii Fourn. ...................................................................................... 358
Panicum gracilis HBK. ........................................................................................ 369
Panicum imberbe Poir......................................................................................... 369
Panicum lanatum Rottb..................................................................................... 346
Panicum maximum .................................................................................................... 13
Panicum paniculatum (L.) Kuntze................................................................. 364
Panicum repens L.................................................................................................. 358
Panicum roseum Sendtn. ................................................................................... 356
Panicum saccharoides A. Rich. ........................................................................ 346
Parthenium histerophorus L............................................................................. 114
Parthenium lobatum Buckley.......................................................................... 114
Paspalum africanum Poir. ................................................................................. 359
Paspalum atropurpureum Steud.................................................................... 364
Paspalum ciliatum Lam...................................................................................... 359
Paspalum compressicaule Raddi .................................................................... 364
R
Randia nitida (Kunth) DC. ................................................................................ 394
Rapuntium exaltatum Presl.............................................................................. 193
Reichardia decapetala Roth ............................................................................. 231
S
Saccharum bicorne (L.) Griseb........................................................................ 337
Saccharum repens Willd. ................................................................................... 356
Saccharum sape Saint-Hil. ................................................................................ 354
Schinus aroeira Vell. ...............................................................................................40
T
Tabernaemontana catharinensis A. DC. .........................................................54
Tagetes bonariensis Pers. .................................................................................. 142
Tagetes glandulifera Schrank .......................................................................... 142
Tagetes glandulosa Schrank ex Link............................................................. 142
Tagetes minuta L................................................................................................... 142
Tagetes porophyllum Vell. ................................................................................. 142
Tecoma stans (L.) Juss. ex Kunth.................................................................... 172
Tournefortia brachiata DC................................................................................ 177
Tournefortia maculata Jacq.............................................................................. 177
Tragia corniculata Vahl ..................................................................................... 224
Trichacne insularis (L.) Nees ........................................................................... 346
Tricholaena insularis Griseb. ........................................................................... 346
Tricholaena repens (Willd.) Hitchc. .............................................................. 356
Tricholaena rosea Nees...................................................................................... 356
Tridax procumbens L........................................................................................... 159
Trigonia nivea Camb. .......................................................................................... 420
Triumfetta bartramia L...................................................................................... 318
Triumfetta excisa Urban .................................................................................... 318
Triumfetta rhomboidea Jacq. ........................................................................... 318
Triumfetta semitriloba Jacq. ............................................................................ 320
Triunfetta rhomboidea.......................................................................................... 320
Tussilago sarmentosa Pers. .................................................................................88
U
Urera armigera Miq............................................................................................. 424
Urera baccifera (L.) Gaudich. ex Wedd........................................................ 424
Urera denticulata Miq. ....................................................................................... 424
Urtica armigera Presl. ........................................................................................ 424
Urtica baccifera L. ................................................................................................ 424
V
Vachellia farnesiana (L.) Wight & Arn............................................... 270, 271
Varronia corymbosa Desv.................................................................................. 182
Varronia monosperma Jacq. ............................................................................. 182
Varronia polycephala Lam................................................................................ 182
Vassobia breviflora (Sendtn.) Hunz. ............................................................. 434
Verbena bonariensis var. conglomerata Briq............................................. 440
Verbena brasiliensis Vell. ................................................................................... 440
Verbena cayennensis L.C. Rich......................................................................... 438
Verbena jamaicensis (L.) Vahl.......................................................................... 438
Verbena jamaicensis Vell.................................................................................... 438
Verbena litoralis Kunth ...................................................................................... 440
Verbena virgata Ruiz et Pav.............................................................................. 426
Verbesina nodiflora L. ......................................................................................... 137
Vernonanthura oligactoides (Less.) H. Rob. .............................................. 143
Vernonanthura polyanthes (Spreng.) Vega & Dematt. .......................... 145
Vernonanthura tweedieana (Baker) H. Rob. ............................................. 148
Vernonanthura westiniana (Less.) H. Rob.................................................. 149
Vernonia cognata Less. .........................................................................................97
Vernonia corcovadensis Gardn. ....................................................................... 145
W
Waltheria indica L................................................................................................ 321
Wedelia brasiliensis Blake................................................................................. 134
Wedelia paludosa DC........................................................................................... 134
Wedelia trilobata (L.) Hitchc. .......................................................................... 134
Wissadula hernandioides (L’Hér.) Garcke................................................... 322
X
Xanthium cavanillesii Schouw. ........................................................................ 152
Xanthium natalense Widder ............................................................................ 152
Xanthium orientale L........................................................................................... 152
Xanthium pungens Wallr.................................................................................... 152
Xanthium spinosum L.......................................................................................... 153
Xanthium strumarium L..................................................................................... 152
Xylosma ciliatifolia (Clos) Eichler.................................................................. 403
Z
Zanthoxylum fagara (L.) Sarg.......................................................................... 398
Zanthoxylum hyemale Saint-Hil...................................................................... 398
Í ndice de N omes
C omu ns
A
Abacaxi ............................................................... 186, 187
Abacaxi-do-mato ............................................ 186
Abacaxi-silvestre ............................................ 30, 186
Abecedária ........................................................ 59
Acácia-de-espinho ......................................... 272
Açucará............................................................... 104, 403
Adeus-brasil ..................................................... 356
Agarra-comadre.............................................. 231
Agave ................................................................... 25, 59
Agrião-do-pasto.............................................. 139
Agriãozinho ...................................................... 18, 19, 139, 140, 362
Agriãozinho-das-pastagens....................... 139
Agulheiro ........................................................... 333, 403
Alecrim ............................................................... 72
Alecrim-de-vassoura .................................... 74
Alecrim-do-campo......................................... 16, 20, 74, 436
Alecrim-selvagem .......................................... 436
Alfavaca .............................................................. 293, 294
Alfavaca-cravo ................................................. 294
Alfavaca-de-moita.......................................... 294
Alfavaca-do-mato ........................................... 293
Alfavacão............................................................ 23, 294
Alma-da-serra.................................................. 380
Almeirão-do-campo ...................................... 29, 158
Amarelinho ....................................................... 16, 19, 172, 173, 174, 324
Ambrósia ........................................................... 27, 36, 62
Araticum-do-morro....................................... 42
Araticum-grande ............................................ 42
Arnica-do-brasil.............................................. 131
Arnica-do-campo ........................................... 131
Arnica-silvestre............................................... 131
Aroeira-de-sabiá............................................. 40
Aroeira-do-brejo............................................. 40
Aroeira-do-campo.......................................... 40
Aroeira-preta ................................................... 40
Aroeira-vermelha........................................... 40, 41
Aroeirinha ......................................................... 40
Aromita............................................................... 270
Arranha-gato.................................................... 16, 19, 267, 272, 281
Arranha-gato-avermelhado....................... 22, 272
Arrebenta-boi .................................................. 425
Arrebenta-cavalo............................................ 193, 425, 430, 432
Arrebentão........................................................ 16, 19, 77, 78
Arre-diabo......................................................... 241
Arroz-do-diabo................................................ 244
Arruda-amarela .............................................. 398
Arruda-brava ................................................... 398
Artemísia-brava.............................................. 62
Árvore-de-alho................................................ 333
Assa-peixe ......................................................... 18, 19, 112, 126, 145, 149
Assa-peixe-branco ......................................... 77, 145
Assa-peixe-de-laguna................................... 21, 148
Assa-peixe-fedido .......................................... 110
Assa-peixe-fino ............................................... 77
Assa-peixe-roxo .............................................. 20, 97, 112, 149, 150
Assa-peixe-roxo-menor............................... 26, 112
Avencão .............................................................. 209
Azeda-crespa.................................................... 375
B
Babosa-brava ................................................... 59
Baga-de-chumbo ............................................ 405
Baga-de-jacu..................................................... 435
Baga-de-tucano............................................... 300, 427
Balão.................................................................... 405
Balãozinho ........................................................ 27, 405, 406
Balieira ............................................................... 182, 183
Bálsamo.............................................................. 232, 266
Bamburral ......................................................... 288
Banana-do-mato............................................. 188, 190
Bandeira-branca............................................. 442
Barba-de-bode ................................................ 340, 342, 343
Barbasco ............................................................ 119, 120, 123, 408
Barbatana.......................................................... 137
Bardana .............................................................. 152
Bardana-maior ................................................ 152
Batata-de-teiú.................................................. 167
Batatais............................................................... 361
Batuquinha ....................................................... 405
Benzinho............................................................ 344
Berneira ............................................................. 125, 127
Betônica ............................................................. 288
Bisnaguinha-do-campo ............................... 44
Borragem-crista-de-galo............................. 26, 176
Borragem-rabo-de-macaco........................ 176
Bosta-de-baiano ............................................. 344
Botão-azul ......................................................... 24, 177, 118, 119
Botão-azul-lustroso....................................... 28, 118
Botão-de-ouro ................................................. 137
Bougainvilea..................................................... 330
Branqueja..................................................................15, 22, 119, 120, 121, 123, 124
Branqueja-do-campo.................................... 119
C
Cabreúva ............................................................ 26, 266, 267
Cabreúva-amarela.......................................... 266
Cabreúva-parda .............................................. 266
Cabriúna............................................................. 266
Cacaia .................................................................. 81
Cacalia................................................................. 97, 113
Café-bravo ......................................................... 390, 392, 412
Café-do-mato ................................................... 426
Cafeeiro-do-mato ........................................... 401
Cafezinho ........................................................... 16, 20, 390, 391, 392
Cafezinho-de-flor-branca ........................... 22, 392
Calção-de-velho .............................................. 24, 123, 408
Calça-de-velha ................................................. 408
Camará................................................................ 426, 430, 435
Cambará.................................................................25, 33, 68, 77, 90, 91, 92, 95,
104, 117, 145, 430, 431, 432, 433, 434, 435
Cambará-açu .................................................... 145
Cambará-branco............................................. 28, 145, 432, 433
Cambará-de-cipó............................................ 68
Cambará-de-duas-cores.............................. 430
Cambará-de-espinho .................................... 104, 430
Cambará-de-três-folhas .............................. 26, 435
Cambará-falso.................................................. 18, 20, 90
Cambará-guaçu ............................................... 145
Cambará-róseo................................................ 433
Cambará-roxo .................................................. 25, 95, 433, 434
Cambará-verdadeiro..................................... 430
Cambará-vermelho........................................ 430
Cambarazinho ................................................. 90, 97, 112, 143, 432
Cambarazinho-do-campo........................... 30, 143
Cambarazinho-roxo....................................... 28, 97
Cambroé............................................................. 401
Cancorosa.......................................................... 198
Candelabro........................................................ 59
Canela-de-perdiz............................................ 15, 20, 219
Cangiqueira....................................................... 25, 300
Cansanção ......................................................... 28, 214, 424
Cansanção-de-leite........................................ 214
Canudeiro .......................................................... 193
Caovi .................................................................... 142
Capa-cachorro ................................................. 207
Capiçoba............................................................. 28, 156
Capim-açu ......................................................... 346
Capim-agreste ................................................. 354
Capim-amargoso ............................................ 18, 19, 346, 347, 364
Capim-amoroso .............................................. 344
Capim-annoni .................................................. 18, 19, 351, 352
Capim-annoni-dois........................................ 351
Capim-bancarrota.......................................... 356
Capim-bandeira .............................................. 356
Capim-barba-de-bode.................................. 18, 20, 342, 343
Capim-batatais ................................................ 361
Capim-campos-novos................................... 27, 343
Chifre-de-veado .............................................. 61
Chimarrita......................................................... 145, 148, 149
Chinchilho ......................................................... 142
Chirca .................................................................. 117
Chocalho ............................................................ 246
Chumbinho ....................................................... 405, 430
Cicuta-negra ..................................................... 44
Cidreira-brava.................................................. 436
Cidreirinha........................................................ 432
Cidró .................................................................... 426
Ciganinha........................................................... 30, 175
Cipó-alho............................................................ 168
Cipó-cabeludo.................................................. 113
Cipó-cambira.................................................... 16, 168
Cipó-catinga...................................................... 113
Cipó-cruz ........................................................... 24, 407
Cipó-d’água....................................................... 16, 20, 163
Cipó-de-corda .................................................. 16, 21, 168, 169
Cipó-de-fogo..................................................... 170
Cipó-de-lagarto ............................................... 170
Cipó-de-orelha................................................. 24, 165
Cipó-de-paina .................................................. 420
Cipó-de-são-joão ............................................ 25, 170
Cipó-de-sino ..................................................... 168
Cipó-de-vaqueiro ........................................... 30, 162
Cipó-mole .......................................................... 331
Cipó-prata ......................................................... 22, 420
Cipó-unha-de-gato......................................... 167
Coco-de-espinho............................................. 57
Coentrinho ........................................................ 398
Coentro-do-mato............................................ 114
Coerana .............................................................. 22, 412, 414, 415, 416
Coerana-amarela............................................ 30, 413
Coerana-branca............................................... 22, 412, 413, 416
Coerana-café-bravo....................................... 412
Coerana-da-flor-verde ................................. 22, 416
Coerana-pilosa ................................................ 26, 418
Confete................................................................ 33
Copo-de-leite.................................................... 296
Coração-de-bugre .......................................... 40, 380
Coração-de-jesus............................................ 113
Corango-açu ..................................................... 26, 38
Corda-de-viola-rasteira ............................... 199
Cordão-de-frade ............................................. 27, 289, 290
Cordão-de-frade-verdadeiro ..................... 289
Cordão-de-são-francisco............................. 289
Corindiba........................................................... 289
Corona-cristi .................................................... 270
Corredeira ......................................................... 23, 137
Corriola............................................................... 199
Cravo-da-roça .................................................. 62
Cravo-de-defunto ........................................... 27, 142, 143
Cravo-do-mato ................................................ 62, 142
Cravorana .......................................................... 27, 62, 63
Cricri.................................................................... 17, 19, 204, 205
Crotalária........................................................... 15, 20, 24, 29, 246, 249
Crotalária-de-folha-estreita....................... 24, 246
Crotalária-guirá .............................................. 29, 250
Crotalária-pálida ............................................ 29, 248
Crotalária-pilosa............................................. 15, 20, 250
Cuspe-de-caipira ............................................ 132
Cuspe-de-tropeiro ......................................... 132
D
Dama-da-noita ................................................ 412
Dama-da-noite................................................. 416
Diabinho............................................................. 86
E
Embira ................................................................ 42
Embira-de-araticum ..................................... 42
Embira-de-sapo .............................................. 257, 258
Eríngio ................................................................ 46
Erva-balieira..................................................... 182
Erva-cidreira .................................................... 436
Erva-cidreira-brasileira............................... 27, 436
Erva-das-lavadeiras ...................................... 291
Erva-da-vida..................................................... 21, 297
Erva-da-vida-maior....................................... 30, 298
Erva-de-bicho .................................................. 21, 177, 374
Erva-de-cobra.................................................. 113
Erva-de-gado.................................................... 412
Erva-de-grilo.................................................... 433, 435
Erva-de-lagarto............................................... 388
Erva-de-lavadeira........................................... 201
Erva-de-mula ................................................... 27, 110, 111, 148
Erva-de-pai-caetano ..................................... 27, 440, 441
Erva-de-pontada............................................. 401
Erva-de-rato ..................................................... 53, 390
Erva-de-rato-branca ..................................... 392
Erva-de-rato-verdadeira............................. 390
Erva-de-santa-maria..................................... 27, 36
Erva-de-são-caetano..................................... 201
Erva-de-são-joão ............................................ 155
Erva-de-são-miguel....................................... 95
Erva-de-sapo.................................................... 113
Erva-de-touro .................................................. 29, 159
Erva-do-santo-filho....................................... 291
Erva-fedorenta ................................................ 142
Erva-formigueira............................................ 90
Erva-grossa....................................................... 23, 107, 108, 109
Erva-lanceta ..................................................... 26, 131
Erva-leiteira...................................................... 51
Erva-lucera........................................................ 26, 116, 117
Erva-macaé....................................................... 291
Erva-mata-pulga............................................. 36
Erva-pelada ...................................................... 135
Erva-quente...................................................... 27, 388, 389
Escama-de-sapo.............................................. 158
Espadana ........................................................... 422
Esperto ............................................................... 412
Espiga-de-ouro................................................ 131
Espinheira-santa-maior .............................. 26, 198
Espinheiro......................................................... 270, 281
Espinho-agulha ............................................... 16, 19, 104
Espinho-amarelo............................................ 160
Espinho-bico-de-pato................................... 21, 260, 261
Espinho-de-agulha ........................................ 403
Espinho-de-cacho .......................................... 394, 132
Espinho-de-cachorro.................................... 132
Espinho-de-cerca ........................................... 25, 231
Espinho-de-cruz ............................................. 22, 394
Espinho-de-judeu .......................................... 24, 403, 104
Espinho-de-juvu ............................................. 333
Espinho-de-maricá........................................ 231
Espinho-de-porco .......................................... 24,434
F
Face-sardenta .................................................. 33
Falsa-balieira.................................................... 25, 29,182, 183
Falsa-barba-de-bode..................................... 340
Falsa-cidreira ................................................... 435
Falsa-coerana................................................... 434
Falsa-erva-de-rato ......................................... 25, 51, 53
Falsa-guanxuma.............................................. 24, 224, 302, 315, 316, 321,
Falsa-jurubeba ................................................ 27, 429
Falsa-melissa.................................................... 436
Falso-alecrim-da-praia ................................ 204
Falso-cambará ................................................. 91, 117
Falso-cardo-negro.......................................... 83
Falso-cipó-prata.............................................. 420
Falso-guaco....................................................... 23, 113
Falso-mio-mio ................................................. 27, 135
Farinha-seca..................................................... 258, 378
Favorito .............................................................. 356
Fazendeiro ........................................................ 114
Fedegoso............................................................ 234, 235, 236, 238, 239
Fedegoso-branco............................................ 21, 236
Fedegoso-de-fruto-comprido ................... 25, 235
Fedegoso-liso................................................... 236
G
Gervão................................................................. 219, 438
Gervão-azul....................................................... 27, 438
Gervão-branco................................................. 219
Gervão-de-folha-verônica........................... 438
Goiaba ................................................................. 326, 327
Goiaba-branca ................................................. 326
Goiaba-pera ...................................................... 326
Goiaba-vermelha............................................ 326
Goiabeira............................................................ 17, 19, 326
Goiabeira-branca............................................ 326
Gravatá-branco................................................ 49
Gravatá-do-campo ......................................... 49
Guabirobeira .................................................... 23, 328
Guaçatonga ....................................................... 24, 401
Guaçatunga ....................................................... 401
Guaco................................................................... 113
Guaiaba............................................................... 326
Guaiabeira ......................................................... 326
Guaiava ............................................................... 326
Guajuvira ........................................................... 25, 179
Guanxuma ......................................................... 15, 20, 224,302, 303, 304, 305,
307, 308, 309, 310, 311, 312, 313, 314, 315, 316, 317, 321
Guanxuma-branca ......................................... 305, 311, 314, 321
Guanxuma-clara.............................................. 29, 313
Guanxuma-coração........................................ 22, 305
Guanxuma-de-chifre ..................................... 29, 224
Guanxuma-de-santarém ............................. 20, 310
Guanxuma-do-cerrado................................. 29, 311
Guanxuma-dos-caminhos........................... 30, 313, 314
Guanxuma-espinhosa................................... 30, 312
uanxuma-fina................................................ 29, 311
Guanxuma-gigante......................................... 29, 313
Guanxuma-paulista ....................................... 20, 303
Guanxuma-preta............................................. 29, 312, 303
Guanxuma-rasteira........................................ 30, 312, 314
Guanxuma-rosa............................................... 29, 312
Guanxumona .................................................... 310
Guarã-guarã...................................................... 172
Guaxima ............................................................. 307, 310
Guaxuma ............................................................ 307
Guizo-de-cascavel .......................................... 248
Gurupiá............................................................... 196
H
Heliotrópio........................................................ 176
Hortelã................................................................ 287, 288
Hortelã-brava................................................... 288
I
Índigo .................................................................. 251, 253, 254
Ipê-amarelo-de-jardim ................................ 172
Ipê-de-jardim................................................... 172
Ipê-mirim .......................................................... 172
Ipezinho ............................................................. 172
Ipezinho-americano...................................... 172
J
Jaborandi ........................................................... 335
Jaborandi-do-mato ........................................ 335
Jacarandá-bico-de-pato............................... 260
Jacarandá-branco........................................... 262
Jacarandá-caviúna ......................................... 263
Jacarandá-de-espinho .................................. 260
Jacarandá-roxo ................................................ 265
Jacareúba ........................................................... 427
Jameri.................................................................. 196
Japecanga........................................................... 24, 410, 411
Japicanga............................................................ 410
Japucanga .......................................................... 410
Jasmim ................................................................ 416, 443, 444
Jasmim-da-mata ............................................. 416
Jasmim-do-brejo............................................. 444
Jitirana ................................................................ 405
Joá ......................................................................... 22, 155, 160, 170, 196, 421,
425, 427, 430, 431, 432
L
Labaça................................................................. 375, 376, 64
Labaça-crespa.................................................. 375
Labaça-selvagem ............................................ 375
Lageana .............................................................. 74
Lágrima-de-moça........................................... 444
Lágrima-de-vênus.......................................... 444
Laguneira........................................................... 148
Lanceta ............................................................... 131
Landim................................................................ 422
Lantana................................................................................25, 26, 28, 430, 432, 433, 435, 436
Lavandeira ........................................................ 291
Lavantina ........................................................... 291
Lavra-mão ......................................................... 104
Leiteira................................................................ 433, 51, 54
Leiteiro ............................................................... 17, 19, 54
Licurana ............................................................. 221
Limão-bravo ..................................................... 333, 394, 398
Limão-cravo...................................................... 17, 21, 396, 398
Limão-de-cerca-viva ..................................... 398
Limão-de-espinho.......................................... 333
Limão-do-mato ............................................... 333, 394
Limão-rugoso................................................... 396
Limão-trifoliata............................................... 398
Limãozinho....................................................... 23, 333, 334
Limoeiro............................................................. 394, 396
Limoeiro-do-mato ......................................... 394
Língua-de-cachorro....................................... 29, 184
Língua-de-vaca................................................ 20, 375, 376, 107, 108
Língua-de-vaca-branca................................ 28, 107
Língua-de-vaca-crespa ................................ 28, 375
Lírio...................................................................... 296, 443, 444
Lírio-branco...................................................... 28, 296
Lírio-de-finados.............................................. 296
Lírio-do-brejo .................................................. 22, 444
Lírio-japonês.................................................... 296
Lírio-trombeta................................................. 296
Lixa....................................................................... 426
M
Macaíba .............................................................. 57
Macajuba............................................................ 57
Macaúba............................................................. 24, 57
Macega................................................................ 337
Macela-fina ....................................................... 29, 158
Macelinha-rasteira......................................... 25, 88, 90
Macelinha-rasteira-verde ........................... 30, 90
Macuva................................................................ 57
Madrecravo....................................................... 116
Malícia................................................................. 275, 279, 281
Malícia-de-mulher ........................................ 275, 279
Malmequer-do-brejo .................................... 134
Malva ................................................................... 302, 305, 307, 315, 317, 321,
322, 219
Malva-branca ................................................... 26, 305, 321
Malva-de-bico .................................................. 322
Malva-estrela ................................................... 26, 322
Malva-preta....................................................... 307, 315
Malva-roxa ........................................................ 24, 317
Malvastro........................................................... 302, 303
Malva-taquari .................................................. 322
Malva-veludo.................................................... 305
Malva-vermelha.............................................. 219
Malvona.............................................................. 315
Mamangá ........................................................... 238
Mamica-de-cadela.......................................... 398
Mamica-de-porca ........................................... 24, 398, 399
Mamona ............................................................. 23, 226
Mamoneira........................................................ 226, 227
Maracá ................................................................ 248, 257
Maracanã ........................................................... 257
Margaridão ....................................................... 134
Maria-branca.................................................... 416
Maria-mole ....................................................... 15, 19, 125, 126, 127
Maria-preta....................................................... 182
Maricá ................................................................. 21, 231, 243, 281
Maricá-de-espinho ........................................ 231
Maricazinho...................................................... 243
Marmeleiro ....................................................... 25, 378, 380
Marmeleiro-bravo.......................................... 378
Marmeleiro-do-mato.................................... 378, 380
Marmelinho ...................................................... 177
Marquesa-de-belas........................................ 170
Mastruço............................................................ 36
Mata-boi............................................................. 414
Mata-campo...................................................... 145, 148
Mata-cavalo ...................................................... 430, 432
Mata-pasto ........................................................ 18, 20, 389, 61, 90, 92, 93, 95,
117, 145, 148, 235, 236, 238, 248
Mata-pasto-branco ........................................ 248
Mata-pasto-do-cerrado ............................... 29, 389
Mata-pasto-liso ............................................... 236
Mato-grosso...................................................... 34, 37, 38, 39, 41, 42, 43, 47,
52, 55, 57, 58, 60, 67, 78, 89, 91, 95, 96, 100, 105, 108, 112, 114, 117,
119, 121, 124, 126, 127, 135, 138, 140, 143, 144, 146, 150, 153, 163,
164, 166, 168, 171, 174, 177, 178, 183, 186, 191, 197, 200, 202, 204,
206, 213, 214, 220, 222, 228, 229, 232, 233, 234, 237, 240, 242, 247,
249, 253, 254, 257, 258, 259, 261, 263, 264, 268, 273, 275, 276, 280,
287, 289, 292, 297, 298, 301, 304, 306, 311, 316, 318, 319, 322, 323,
325 , 327, 328, 332, 334, 336, 338, 341, 344, 345, 347, 348, 355, 357,
361, 362, 363, 368, 379, 383, 387, 393, 394, 396, 397, 399, 402, 404,
407, 409, 411, 415, 418, 419, 420, 422, 424, 425, 426, 431, 434, 436,
439, 442, 444
Melão-de-são-caetano.................................. 25, 201, 202
Melãozinho ....................................................... 201
Meloso................................................................. 158
Mentrastão........................................................ 117
Mentrasto .......................................................... 28, 117, 155, 288
Mentrasto-de-frade....................................... 288
Milhã-grande.................................................... 367
Milhete-gigante............................................... 346
Milho-de-grilo.................................................. 435
Mimosa-do-guartelá ..................................... 20, 283
Minura ................................................................ 286
Mio-mio.............................................................. 28, 72, 73, 135
Moreira............................................................... 324, 382, 384, 386, 387
Mororó................................................................ 241
Murici.................................................................. 300
Murici-do-campo............................................ 300
N
Navalha-de-macaco....................................... 207
Navalha-de-mico ............................................ 207
Nhapindá ........................................................... 231, 267, 272
O
Oficial-de-sala.................................................. 51
Óleo-pardo ........................................................ 266
Orelha-de-gigante .......................................... 64
P
Paciência............................................................ 375
Paco-paco .......................................................... 322
Paina-de-flexa.................................................. 422
Paina-de-sapo.................................................. 51
Paineira-do-brejo........................................... 422
Paininha ............................................................. 51
Palha-de-prata................................................. 343
Palma-de-cristo............................................... 226
Papagaio............................................................. 349, 286
Paquinha............................................................ 243
Paramarioba..................................................... 234
Paraquedas ....................................................... 28, 155
Paraquedas-de-folhas-cortadas............... 28, 155
Paratudo............................................................. 405
Parreirinha........................................................ 22, 68, 69
Partosana........................................................... 422
Paspalão............................................................. 367
Pata-de-boi........................................................ 241
Pata-de-vaca..................................................... 21, 241, 242
Pau-amarelo ..................................................... 324
Pau-amendoim................................................ 232
Pau-bálsamo..................................................... 266
Pau-d’alho-falso.............................................. 333
Pau-de-fogo ...................................................... 324
Pau-de-lagarto................................................. 401
Pau-de-lagoa .................................................... 422
Pau-de-malho .................................................. 265
Q
Quenopódio...................................................... 36
Quitoco ............................................................... 116
R
Rabo-de-bugio................................................. 25, 257, 258
Rabo-de-burro................................................. 337
Rabo-de-foguete ............................................. 142
Rabo-de-macaco............................................. 176, 257
Rabo-de-rojão.................................................. 131, 142
Rapa-guela ........................................................ 26, 428
Relógio................................................................ 307
Retirante ............................................................ 344
Rícino .................................................................. 226
Rodela-de-cavalo............................................ 30, 199, 200
Roseta.................................................................. 27, 44, 46, 47, 59, 64, 83, 84,
85, 86, 99, 104, 107, 108, 115, 129, 130, 132, 155, 156, 157, 158, 184,
186, 193, 194, 208, 344, 375, 376, 377, 394
Roseta-rasteira................................................ 132
Rubim.................................................................. 23, 289, 291, 292
Rubim-de-bola................................................. 289
S
Saco-de-padre.................................................. 405
Salgueirinho-da-praia .................................. 224
Salsaparrilha-do-campo.............................. 410
Salva-limão ....................................................... 436
Samambaia ....................................................... 17, 19, 209, 210, 211
Samambaia-açu............................................... 209
Samambaia-comum ...................................... 209
T
Tabacarana........................................................ 116
Taboa................................................................... 22, 422
Tabua................................................................... 422
Tajuva.................................................................. 324
Tamanqueiro.................................................... 23, 286
Tapa-buraco...................................................... 29, 213
Tapaciriba.......................................................... 331
Taperibá ............................................................. 235
Tapixingui.......................................................... 221
Tarumã-branco ............................................... 427
U
Unha-de-boi...................................................... 23, 241
Unha-de-gato ................................................... 167, 272, 277
Unha-de-morcego .......................................... 167
Unha-de-vaca................................................... 241
Urtiga-brava ..................................................... 214, 424
Urtiga-fogo........................................................ 424
Urtiga-grande .................................................. 424
Urtigão................................................................ 24, 424
Urtiga-vermelha ............................................. 424
Urucurana ......................................................... 15, 20, 221, 222
Uvinha-do-campo .......................................... 435
V
Vamos-juntos ................................................... 272
Varre-forno ....................................................... 401
Vassoura............................................................. 70, 74, 76, 77, 80, 81, 125, 364
Vassoura-branca............................................. 28, 76, 77
Vassoura-medulosa....................................... 22, 80
Vassoura-mole................................................. 125
Vassourinha...................................................... 70, 72, 74, 81, 137, 297, 303,
307, 310, 317, 440
Vassourinha-curraleira................................ 303
Vedélia ................................................................ 28, 134
Velame ................................................................ 216, 218, 219, 423
Velame-do-rambo .......................................... 30, 216
Velame-nervoso .............................................. 30, 218
Vem-cá-meu-bem........................................... 267
Verbasco............................................................. 123, 408
Verbasco-do-brasil ........................................ 408
Vergonha............................................................ 279
Violeta................................................................. 263
Viraro .................................................................. 378
Voadeira ............................................................. 101
X
Xique-xique....................................................... 246, 248
ISBN 659962760-9