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© 2009 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução desde que citada a fonte.
A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é do autor.
1ª edição. Ano 2009
Tiragem: 3.000exemplares
Elaboração, distribuição, informações:
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO
Secretaria de Defesa Agropecuária
Coordenação Geral de Apoio Laboratorial
Esplanada dos Ministérios, Bloco D, Anexo B, 4º andar, sala 430
CEP: 70043-900, Brasília - DF
Tel.: (61) 3225-5098
Fax.: (61) 3218-2697
www.agricultura.gov.br
e-mail: cgal@agricultura.gov.br
Central de Relacionamento: 0800 704 1995
Coordenação Editorial: Assessoria de Comunicação Social
Impresso no Brasil / Printed in Brazil
Tiragem 3000
Catalogação na Fonte
Biblioteca Nacional de Agricultura – BINAGRI
Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Glossário ilustrado de morfologia / Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de
Defesa Agropecuária. – Brasília : Mapa/ACS, 2009.
406 p. : il. color. ; 21 cm.
ISBN 978-85-99851-74-6
1. Morfologia. 2. Taxonomia. I. Secretaria de Defesa
Agropecuária. II. Título.
AGRIS C30
CDU 57.018.2(038)
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO
SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA
Glossário Ilustrado de Morfologia
Brasília – 2009
AGRADECIMENTOS
	 `A Drª Doris, professor titular da UNICAMP, pela dedicação na elaboração deste Glossário Ilustrado de Morfologia
e pelas relevantes informações técnicas cedidas ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
APRESENTAÇÃO
	 A Coordenação Geral de Apoio Laboratorial – CGAL, da Secretaria de Defesa Agropecuária – SDA, do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa é o órgão responsável pela Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários do
Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária e possui dentre suas atribuições estabelecer, uniformizar e oficializar
métodos para a realização de análises.
	 As presentes Regras para Análise de Sementes – RAS tem a finalidade de disponibilizar métodos para análise de
sementes, sendo estes de uso obrigatório nos Laboratórios de Análise de Sementes credenciados no MAPA, objetivando o
cumprimento da Lei nº 10.711, de 5 de agosto de 2003, publicada no Diário Oficial da União de 6 de agosto de 2003 e Decreto
n° 5.153, de 23 de julho de 2004, publicado no Diário Oficial da União de 26 de julho de 2004.
As RAS tiveram sua 1ª edição pelo Ministério da Agricultura, em 1967 e a partir de então foram publicadas outras
atualizações. A presente edição atualiza e substitui a edição de 1992 e é composta de três volumes: Regras para Análise de
Sementes, Manual de Análise Sanitária de Sementes (anexo ao Capítulo 9 – Teste de Sanidade de Sementes) e o Glossário
Ilustrado de Morfologia.
	 Estas regras foram atualizadas de acordo com as regras internacionais prescritas pela International Seed Testing
Association – ISTA e incorpora a experiência e os avanços nacionais em análise de sementes.
	 A CGAL pretende atualizar estas publicações à medida que novos métodos forem validados e de acordo com a exigência
do mercado nacional e internacional.
	 .
	
Abrahão Buchatsky
Coordenador da CGAL
SUMÁRIO
Apresentação......................................................................................................................................... 6
Introdução.............................................................................................................................................. 9
Abreviaturas usadas nas figuras para designar as estruturas morfológicas........................................ 11
A........................................................................................................................................................... 17
B........................................................................................................................................................... 49
C........................................................................................................................................................... 75
D......................................................................................................................................................... 125
E......................................................................................................................................................... 137
F......................................................................................................................................................... 173
G........................................................................................................................................................ 193
H......................................................................................................................................................... 203
I.......................................................................................................................................................... 215
K......................................................................................................................................................... 231
L......................................................................................................................................................... 233
M........................................................................................................................................................ 249
N......................................................................................................................................................... 263
O........................................................................................................................................................ 271
P......................................................................................................................................................... 279
Q........................................................................................................................................................ 313
R......................................................................................................................................................... 315
S......................................................................................................................................................... 333
T..............................................................................................................................................................365
U..............................................................................................................................................................375
V..............................................................................................................................................................381
X..............................................................................................................................................................393
Z..............................................................................................................................................................397
Bibliografia consultada............................................................................................................................401
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
10
O objetivo deste Glossário Ilustrado de Morfologia é suprir o analista de laboratório com informações sobre definições
de termos utilizados na morfologia das espécies botânicas (plantas, frutos, sementes e plântulas).
Trata-se de uma publicação que, anteriormente, fazia parte do Apêndice 3 das Regras para Análise de Sementes,
edição 1992 e que nesta edição foi ampliado e aprofundado tornando-se o Glossário Ilustrado de Morfologia, um dos volumes
integrantes das Regras para Análise de Sementes.
Sob a responsabilidade da Coordenação Geral deApoio Laboratorial (CGAL/SDA/MAPA), este trabalho foi desenvolvido
pela professora titular da UNICAMP, Drª Doris Groth, especialista na área, cujo material permanece sob o controle legal de
propriedade da autora, o que faz com que a sua utilização para quaisquer outras finalidades, seja permitido somente mediante
autorização expressa da mesma.
A preocupação foi, portanto, disponibilizar ao sistema de controle de qualidade de sementes no país, um guia de
consulta referencial, por ocasião das análises de rotina.
As descrições de espécies botânicas permitem o reconhecimento das estruturas morfológicas e assim facilita o
enquadramento nas definições de “Semente Pura”.
Este Glossário contempla situações importantes como, por exemplo:
-	 desenhos e descrições de espécies cultivadas que pertencem ao mesmo gênero, para facilitar a identificação /
separação dessas espécies nos trabalhos da “Análise de Pureza”, como por exemplo, de espécies de Avena,
Brachiaria, Bromus, Elytrigia, Festuca, Lolium, Sorghum, etc.;
-	 desenhos e descrições de algumas espécies invasoras e / ou quarentenárias que pertencem ao mesmo
gênero de uma espécie cultivada, como por exemplo, de espécies de Avena, Bromus, Elytrigia, Lolium,
Sorghum, etc.
	 Foram introduzidas descrições de frutos visando atender a descrição das espécies florestais nativas, que se encontram
em estudo pelo MAPA;
	 Foram introduzidas, também, as descrições dos embriões com os respectivos desenhos. A posição do embrião permite
o posicionamento das espécies em um grupo de famílias ou em uma determinada família botânica e até fazer a separação de
algumas espécies do mesmo gênero.
	 Nas Figuras as estruturas morfológicas estão, na maioria das vezes, apontadas por abreviaturas (letras). Para facilitar
o imediato entendimento dessas abreviaturas organizou-se, por ordem alfabética: a abreviatura e a designação da estrutura
morfológica. Muitas vezes essas abreviaturas encontram-se também no texto. 
Glossario Ilustrado de Morfologia
ABREVIATURAS USADAS NAS
FIGURAS PARA DESIGNAR AS
ESTRUTURAS MORFOLÓGICAS
12
Glossario Ilustrado de Morfologia
ABREVIATURAS USADAS NAS FIGURAS PARA DESIGNAR AS ESTRUTURAS MORFOLÓGICAS
A
ac – acúleo
ae – antécio estéril
af – antécio fértil
an – antípodas
ani – antécio inferior
ans – antécio superir
ant – antera
ap – apêndice
aq – aquênio
ar – artículo
are – aréola
ari – arilo
arl – arilóide
as – arista
asg – arista geniculada
au – aurícula
B
b – bulbo
ba – bacáceo
bai – bainha
br – bráctea
bres – bráctea com
espinhos
bv – broto vegetativo
C
c – catáfilo
ca – carpelo
cal – cálice
cali - calículo
cap – cariopse
car – carpídio
cau – caule
cd – costela dorsal
ce – cerdas
cf – coifa
ch – chalaza
ci – costela intermediária
cl – costela lateral
co – cotilédone(s)
col – coluna seminífera
cop – coleóptilo
cor – coleorriza
cos – costela
C
cp – cápsula
cr – carpóforo
crn – cornículo
cru – carúncula
D
de – disco epígeno
dru – drupa
E
e - escapo
ege – espigueta estéril
eh – estolão hipogeu
eixo – eixo embrionário ou
eixo principal; flor
ej – ejaculador
em – embrião
en – endosperma
end – endocarpo
ent – entalhe
epi – epicótilo
epu – estípula
es – estigma
esc – escutelo
esd – espádice
esp – espata
espi – espinhos
est – estilete
et – estilopódio
etr – estrofíolo
eun – espinhos uncinados
ex – integumento externo
F
f – funículo
fc – folha carpelar
fi – filete
fl – flor
fli – folículo
fo – folha
fol – folíolo
fp – folha primária
fr – fruto
frc – fruto composto
frm – fruto múltiplo
F
fru – frutículos
fse – falso septo
fv – feixes vasculares
G
g – glomérulo
gaf – gametófito feminino
gan – ganchos
ge – gema
gea – gema apical
gi – ginóforo
gin – gineceu
gl – glumas
gle – gluma estéril
gli – gluma inferior
gls – gluma superior
gp – grão de pólen
gpg – grão de pólen germinado
H
hi – hipanto
hip – hipocótilo
hpo – hipógino
hr – eixo hipocótilo-radícula
I
in – integumento interno
is – istmo
L
la – lacínia
lab – lábio
lb – lobos
le – lema estéril ou
estaminada
lf – lema fértil
li – linha de deiscência
lo – lóculo
lod – lodícula
l – limbo
M
m – micrópila
me – mericarpo
mes – mesocarpo
ms – mesocótilo
N
n – nucela
nm - nervura mediana
nm – nervura mediana do
carpelo
no – nó
np – núcleos polares
nse – núcleo seminífero
nu – núcula
nv – nervuras anastomosadas
O
o – oosfera
oc – ócrea
op – opérculo
or – orifícios
ov – óvulo
ova – ovário
P
p – poro
pa – papus
pal – pecíolo alado
pcap – posição da cariopse
pd – pedúcnculo
pe – pecíolo
ped – pedicelo
per – perianto
pes – pálea estéril
pet – pétala
pf – pálea fértil
pin – ponto de inserção dos
cotilédones
pir – pirênio
pis – pistilo
pj – ponto de junção dos
carpelos
pl – plúmula
ple – pleurograma
por – posição da radícula
pr – pericarpo
prg – perigônio
pri – primórdios foliares
pt – pericarpo+tegumento
ABREVIATURAS USADAS NAS FIGURAS PARA DESIGNAR AS ESTRUTURAS MORFOLÓGICAS
13
Q
q – quilha
R
r – raiz
ra – raque
rad – raizes adventícia
rap – raiz primária
ras – raizes adventícias seminais
rc – raiz contrátil
rd – radícula
re – receptáculo
R
rep – replum
rf – rafe
rl – raiz lateral
ro – rostro
rp – raiz principal
rs – raiz secundária
ru – ruptura
S
s – semente
sa – saco embrionário
sc – saco polínico
S
se – septo
seg – segmento da ráquila
sgm – segmento
si – sinérgidas
sm – sâmara
sp – sépalas
spe – sépalas externas
spi – sépalas internas
su – sutura
sul – sulco da comissura
T
t – teca
tb – tubos de óleo
te – tépala
teg – tegumento
tp – tubo polínico
tu – tubérculo
V
va – valva
val – valécula
14
Glossario Ilustrado de Morfologia
A
15
GLOSSÁRIO
ILUSTRADO DE
MORFOLOGIA
18
Glossario Ilustrado de Morfologia
ABAXIAL – se refere a superfície inferior de um órgão ou a superfície que
está mais afastado do eixo sobre o qual se insere; antônimo de adaxial.
ABCISÃO ou ABSCISÃO – um tipo de desarticulação, como a separação
dos antécios das espiguetas; é um caráter importante na distinção das
espécies de Avena e de Sorghum (Poaceae =Gramineae). Ver articulada
e desarticulação [Fig.327].
Abcisão em Avena – segundo MUSIL (1977) pode ser (mais detalhes
na descrição de Avena e de Sorghum):
Abcisão completa – na base (ponto de inserção) do antécio se
forma uma camada engrossada, quando maduro, o antécio se
separa com calo liso e bem desenvolvido, ao redor da cavidade
basal. Este tipo de abcisão é encontrado nas aveias selvagens;
Abcisão parcial – na base do antécio não se forma uma camada
engrossada ao redor de toda a cavidade, assim o calo só se
apresenta engrossado lateralmente. O antécio não se separa
facilmente, pois uma pequena porção na frente e atrás
permanecem unidos. Este tipo de abcisão é encontrado nas
aveias fatuóides heterozigotas;
Ruptura – os pontos de articulação permanecem unidos ao
redor de toda a cavidade basal. O antécio pode se separar
mais ou menos regularmente ao redor da linha onde a
camada de abcisão normalmente deveria se desenvolver,
sem o calo espessado (abcisão completa), ou o segmento da
ráquila pode se romper ou lascar em algum ponto. A cavidade
A
19
basal é frequentemente muito reduzida em tamanho. Este
tipo de abcisão é encontrado nas aveias cultivadas Avena
byzantina K. Koch, Avena sativa L. e Avena strigosa Schreb.
[Fig.30, 31, 32].
Abrus precatorius L. – semente de largo-ovóide a globosa, com ápice e
base arredondada, vermelho-escarlate e com mancha preta oblíqua
no ápice, em torno do hilo e que ocupa cerca de ⅓ a ¼ da superfície
[Fig. 1]. Ver Rhynchosia phaseoloides.
Acanthospermum australe (Loef.) Kuntze – invólucro-de-brácteas elipsóide-
comprimido, com cerdas uncinados que se inserem irregularmente sobre
8-10 costelas longitudinais; ápice e base arredondados e com uma
extremidade voltada para um lado e a outra para o outro [Fig.206A].
A unidade-semente é formada pelo invólucro-de-brácteas.
Acanthospermum hispidum DC. – invólucro-de-brácteas obtriangular-
comprimido, sem costelas e com cerdas inseridas irregularmente
sobre a superfície; base cuneiforme; ápice largo-truncado, levemente
inclinado, com dois rostros divergentes, mais grossos do que as
cerdas, com um reto e outro uncinado [Fig.206B]. A unidade-semente
é formada pelo invólucro-de-brácteas.
ACAULE – desprovido de caule; onde as folhas (fo) se apresentam dispostas
em roseta sobre a superfície do solo e no centro surge o escapo (e)
que sustenta a inflorescência [Fig.2].
ACICULAR – diz-se quando um órgão (folha, fruto ou semente) tem contorno
de agulha, linear e rígida; como as folhas de Pinus [Fig.103L].
FIGURA 2 – Acaule.
FIGURA 1 – Abrus precatorius (A-B) e Rhyncho-
	 sia phaseoloides (C-D): semente.
20
Glossario Ilustrado de Morfologia
ACICULADA – diz-se da superfície de um órgão (folha, fruto ou semente) que
se apresenta marcada com estrias muito finas, irregulares, como se
tivessem sido produzidas com a ponta de uma agulha [Fig.295H].
ACRESCENTE – que se desenvolve ou que continua a se desenvolver
após a frutificação. Ver cálice.
ACULEADA(O) – diz-se da superfície [Fig.203B] ou da margem [Fig.110G]
de um órgão (caule, folha, fruto ou semente) provida de acúleos; como
o caule das roseiras ou a margem de uma folha, como a do abacaxi.
ACÚLEO – formação epidérmica rígida, afilada, com aspecto de espinho,
encontra-se em caules de roseiras, em folhas de abacaxi e de joá (Solanum
aculeatissimum Jacq.) e nos frutos (craspédios) de Mimosa pudica L.
[Fig.107-ac]; distinguem-se dos espinhos por não ter uma posição definida
no órgão, por ser de fácil remoção e por não possuir elementos condutores.
ACUMINADO(A) – diz-se quando o ápice de um órgão (folha, fruto ou semente)
se afila para um ângulo obtuso e abruptamente para um ângulo agudo
(ponta dura) [Fig.16K-K’-K’’].
ADAXIAL – se refere a superfície superior de um órgão ou a superfície que
está mais próxima do eixo sobre o qual se insere; antônimo de abaxial.
ADERENTE – que adere; o mesmo que adnato.
ADNATO – diz-se quando estruturas estão naturalmente concrescidas ou
aderidas; quando estruturas diferentes, como pétalas + estames, estão
fundidas; o mesmo que aderente, concrescente, conato.
A
21
ADPRESSO – diz-se quando uma determinada estrutura cresce em contato
íntimo com outra estrutura, mas não se encontra fundida com ela.
ADUNCO – diz-se quando uma estrutura vegetal se apresenta curvada,
para baixo, como um gancho.
ADVENTÍCIO – diz-se de um órgão que nasce em lugar indevido; é a raiz
ou as raízes que se originam de outras estruturas que não da radícula
ou da raiz primária; pode ser a partir do hipocótilo, do colo, de caules
ou de ramos.
ÁFILO – diz-se quando caules ou plantas não possuem folhas de tipo
algum, como em plantas parasitas (Cuscuta sp.).
Agrostis sp. – espiguetas pediceladas, comprimidas lateralmente, dasarti-
culadas acima das glumas e formadas por um antécio fértil; glumas
(inferior e superior) lanceoladas, glabras, agudas ou aristadas, com
1-nervura, frequentemente escabrosa na carena, subiguais e mais
longas do que o antécio fértil; calo glabro ou com anel de pêlos;
segmento da ráquila (ráquis) estéril glabra, curtíssima ou ausente; lema
fértil membranácea, com 3-5 nervuras, glabra, aguda ou truncada, com
arista dorsal ou ausente; pálea fértil ausente ou bicarenada e muito
menor do que a lema [Fig.3, 4]. A unidade-semente é o antécio-fértil.
Seguem as características diferenciais das espécies de Agrostis:
Agrostis canina L. – antécio fértil de fusiforme a estreito-elíptico; lema
fértil (lf) fina, hialina, com 1,5mm ou mais de comprimento por
menos de 0,5mm de largura, finamente granular, com dobras entre
as nervuras escabrosas e finas na extremidade, com arista (as)
22
Glossario Ilustrado de Morfologia
longa, torcida, geniculada e inserida na porção mediana ou pouco
abaixo, ou com nervuras e sem arista, em certas variedades; pálea
fértil tão reduzida que parece estar ausente; pêlos basais rombudos
e curtos nas extremidades do calo, às vezes ausentes [Fig.3A, 4A].
													
	 Agrostis capillaris L. (=Agrostis tenuis Sibth.) – glumas de estreito-
oblongas a lanceoladas e a inferior escabrosa na carena; antécio
fértil (lf) fusiforme, acinzentado, fosco ou ligeiramente lustroso; lema
fértil de fusiforme a estreito-elíptica, lisa, dura, com ⅔-¾ do compri-
mento das glumas ou com 1,8-2,0mm de comprimento por 0,5mm de
largura; arista (as), se presente, torcida, geniculda ou, às vezes, curta
e reta, inserida entre próximo à base e a porção mediana da lema;
pálea fértil (pf) aderente a cariopse, longa ou curta, dependendo da
cultivar, afilando-se uniformemente da base para um estreito entalhe
apical em forma de ‘V’; pêlos basais em geral ausentes, se presentes,
mais ou menos longos e estendido [Fig.3E, 4E].
	 Agrostis gigantea Roth (=Agrostis alba L.) – glumas lanceoladas,
agudas, escabrosas na carena e de resto lisas; antécio fértil oblongo
ou estreito-elíptico, liso, lustroso e de coloração pálea a amarelada;
lema fértil (lf) com dorso arredondado ou levemente achatado
e não carenado, lustrosa, com 2,0mm ou mais de comprimento
por 0,5mm de largura e ápice geralmente com 3-nervuras; arista
(as), se presente, curta, reta, nunca torcida e geniculada, inserida
acima da porção mediana da lema; pálea fértil (pf) cerca da ½ do
comprimento da lema fértil e ápice truncado ou com largo entalhe
raso e encoberto pelos bordos da lema; pêlos basais longos e
adpressos, ou estendidos, curtos e grossos ou ausentes; calo
arredondado e espessado verticalmente [Fig.3B, 4B].
FIGURA 4 – Agrostis (antécio fértil lado ventral):
	 A- A. canina; B- A. gigantea; C-
	 A. palustris; D- A. stolonifera; E-
	 A. capillaris.
FIGURA 3 – Agrostis (antécio fértil lado dorsal):	
	 A- A. canina; B- A. gigantea; C-
	 A. palustris; D- A. stolonifera; E-
	 A. capillaris.
A
23
Agrostis palustris Huds. (incluída em Agrostis stolonifera L.) – antécio
fértil ovado-lanceolado ou elíptico, liso, de amarelo-pálea lustroso a
cinza-prateado e levemente lustroso; lema fértil (lf) à vezes fosca,
geralmente com 5-nervuras no ápice (raramente 3-nervuras), com
1,8-2,0mm de comprimento por 0,5mm de largura, dorso carenado
acima da base e com conspícua constrição acima do espesso
calo obtusamente anguloso; arista (as), se presente, curta e reta,
inserida acima da porção mediana da lema; pálea fértil (pf) larga
na porção mediana e afilando-se abruptamente para um ápice
diminutamente arredondado ou formando uma “espécie de ombro”
e variavelmente entalhado; pêlos basais em geral curtos e grossos,
algumas vezes maiores e esparsos ou ausentes [Fig.3C, 4C].
	 Agrostis stolonifera L. – antécio fértil geralmente curto, roliço e
liso; lema fértil (lf) lisa, lustrosa, de coloração palha e com ápice
truncado; arista (as), se presente, curta, reta e inserida entre
a porção mediana e próximo ao ápice da lema; pálea fértil (pf)
abruptamente mais estreita em direção ao ápice, que é muito
variável, mas não apresenta entalhe em forma de ‘V’ e com cerca
de ⅔ do comprimento da lema; pêlos basais em geral ausentes,
mas se presentes curtos e grossos; calo cônico e protuberante
[Fig.3D, 4D].
AGUDO(A) – diz-se quando o ápice de um órgão (folha, fruto ou semente)
termina gradativamente em um ângulo menor do que 90°; como o ápice
da folha lanceolada [Fig.16J-J’].
ALA – qualquer expansão em forma de asa (laminar, foliácea ou membra-
nácea) e que se prolonga da superfície de diversos órgãos; no fruto
24
Glossario Ilustrado de Morfologia
é formada exclusivamente pelo pericarpo e na semente é formada
apenas pelo tegumento. Como fruto alado cita-se a sâmara (ver
descrição) que ocorre em: Pterogyne nitens Tul. (Fabaceae-Caesalpi-
noideae), Tipuana tipu (Benth.) Kuntze (Fabaceae-Papilionoideae). Em
sementes pode-se encontrar:
FIGURA 5 – Alas de Aspidosperma ramiflorum (A) e Tabebuia: B- T. avelanedae; C- T. chrysotricha;
		 D- T. impetiginosa; E- T. roseo-alba.
Ala apical – Aspidosperma polyneuron Müll. Arg. (Apocynaceae -
Fig.313E-E’), Cedrela fissilis Vell. e Swietenia macrophylla King
(Meliaceae), Luehea (Tiliaceae) e Qualea (Vochysiaceae).
Ala bilateral – gênero Tabebuia (T. avelanedae Lor. ex Griseb.;
T. chrysotricha (Mart. ex DC.) Standl.; T. impetiginosa (Mart.)
Standl.; T. roseo-alba (Rindl.) Standl. - Bignoniaceae - Fig.5].
Ala circular – em Allamanda sp. [Fig.313D] e Aspidosperma ma-
crocarpon Mart. e Aspidosperma ramiflorum Müll. Arg. - Fig.5A
(Apocynaceae), nos gêneros Jacaranda (Bignoniaceae), Carda-
A
25
mine (Brassicaceae =Cruciferae), Spergula e Spergularia (Caryo-
phylla-ceae - Fig.305G-H), Dimorphoteca (Asteraceae =Composi-
tae) e Grevillea [Fig.313C) e Roupala (Proteaceae).
ALADO(A) – provido de alas; pecíolos alados; fruto ou semente alada.
ALBUME ou ALBÚMEN – tecido nutritivo da semente; o mesmo que
endosperma (termo preferido).
ALBUMINOSA– diz-se da semente que contém albúmen no tecido de reserva.
ALEURONA – camada vital mais externa do endosperma de certas
cariopses; “sementes” que contém reservas de proteína são milho,
trigo, cevada, centeio (Poaceae =Gramineae) e mamona (Euphorbiaceae).
	
	 Alopecurus pratensis L. – espigueta uniflora (antécio fértil), fortemente
comprimida, de 5-6mm de comprimento por 1,8-2,0mm de largura, que
se desarticula abaixo das glumas; glumas (gl) agudas, finas, iguais ou
subiguais entre sí, presas na base, superando e ocultando o antécio,
com longos cílios na carena e nas nervuras laterais; lemas férteis (lf)
lisas, translúcidas, arredondadas ou achatadas no dorso, com 3-5 ner-
vuras, envolvem a cariopse e com as margens unidas na metade infe-
rior; arista (as) geniculada, torcida, inserida próximo à base da lema e
5-7mm mais longa do que as glumas; pálea fértil ausente; calo pequeno
e imperceptível; cariopse comprimida, com 1,5-3,0mm de comprimento,
glabra, sulcada, amarelo-dourada ou castanho-clara, diminutamente en-
rugada ou microscopicamente estriada e hilo basal punctiforme [Fig. 6].
A unidade-semente é a espigueta, mas às vezes, nas sementes bene-
ficiadas é encontrada sem as glumas (apenas a lema fértil com a cariopse).
FIGURA 6 – Alopecurus pratensis:
A- espigueta; B- lema
fértil.
26
Glossario Ilustrado de Morfologia
	 ALTERNA(O) – diz-se quando as folhas (fo) estão inseridas no epicótilo ou
no caule (cau) isoladamente e não em posição oposta [Fig.7]; como a
inserção das folhas do brinco-de-princesa (Hibiscus rosa-siensis L.).
Utilizado também quando os verticílios florais se organizam em duas
séries; ou quando sementes se inserem alternadamente no fruto. Ver
Rumex acetosela L. onde a ½ de uma sépala externa se sobrepõem
ao bordo de duas sépalas internas [Fig.240A].
ALTERNÂNCIA DE TEMPERATURA – quando no teste de germinação a
temperatura mais baixa é utilizada durante 16 horas no período noturno
e a temperatura mais alta por oito horas no período diurno.
ALVEOLADA(O) – diz-se da superfície que apresenta alvéolos (cavidades
rasas e ± hexagonais - Fig 295C.); o mesmo que faveolada e faviforme.
Ambrosia artemisiifolia L. (=Ambrosia elatior L.) – invólucro-gamófilo mais
largo entre a porção mediana e o ápice, afilando gradativamente para
a base, ápice com rostro grosso e circundado por uma coroa de 5-8
projeções delgadas e que formam costelas longitudinais em direção a
base; superfície fracamente transverso-rugosa, às vezes, com grande
reticulado de veias, levemente mais escuras entre as costelas, e com
longos pêlos alvo-hialinos, mais densos perto do ápice [Fig.208A].
A unidade-semente é o invólucro-gamófilo.
Ambrosia polystachya DC. – invólucro-gamófilo mais largo próximo ao ápice
ou em torno da porção mediana, faces com costelas longitudinais lisas,
ápice rostrado e não circundado por uma coroa de projeções; superfície
glabra e entre as costelas fortemente transverso-rugosa [Fig.208B].
A unidade-semente é o invólucro-gamófilo.
FIGURA 7 – Alterna.
A
27
Ambrosia trifida L. – invólucro-gamófilo de aredondado a 5-angular, mais
largo próximo ao ápice ou em torno da porção mediana (5,6-6,5mm
de comprimento), afila gradativamente para a base, ápice com rostro
grosso, circundado por uma coroa de cinco projeções e que formam
costelas longitudinais em direção a base; às vezes com 1-3 projeções
menores podem ocorrer entre a coroa externa e o rostro central.
A unidade-semente é o invólucro-gamófilo.
AMÊNDOA – termo utilizado por alguns autores para indicar a parte que
contém o embrião.
Ammi sp. – cremocarpo formado por dois carpídios monospérmicos, com
base arredondada e ápice com estilopódio; carpídio com lado dorsal
convexo com cinco nítidas costelas longitudinais, lisas e amarelo-
claras; lado ventral (da comissura) em geral plano, com sulco mediano
e que envolve o carpóforo [Fig.109A-B-C-D-E]. A unidade-semente é
o cremocarpo e o carpídio. Seguem as características diferenciais
das espécies de Ammi:
Ammi majus L. – cremocarpo largo-elíptico; carpídio de estreito-
ovalado a elíptico e ápice agudo, com 1,8-2,5mm de comprimento
por 0,8-1,0mm de largura e 0,8mm de espessura; lado ventral
com profundo sulco, limitado por duas estrias longitudinais muito
próximas [Fig.109A-B-C].
Ammi visnaga (L.) Lam. – cremocarpo ovóide e comprimido
lateralmente; carpídio ovado-oblongo e ápice obtuso, com 2,0-
2,5mm de comprimento por 0,8-1,0mm de largura e 0,8 mm de
espessura; lado dorsal com fina listra, pouco mais escura, dividindo
28
Glossario Ilustrado de Morfologia
as costelas; lado ventral com dois sulcos longitudinais em ambos
os lados da linha mediana, mas nunca um sulco como em Ammi
majus L. [Fig.109D-E].
AMPLEXICAULE – diz-se quando a base de uma folha (fo) séssil abraça
(envolve) parcial ou totalmente o caule (cau) [Fig.8].
ANASTOMOSADO – confluência ou ramificação de duas células, vasos,
canais, nervuras, etc.; unido de tal maneira que forma uma rede de
malhas; como em Brachiaria plantaginea (Link) Hitchc. onde as 10-11
nervuras na gluma inferior (ou primeira gluma) se apresentam nitidamente
anastomosadas no ápice [Fig.47A].
ANÁTROPO – ver óvulo anátropo [Fig.246].
ANDROCEU – conjunto dos órgãos masculinos da flor, isto é, dos
estames; constitui o terceiro verticilio floral numa flor hermafrodita
das Dicotiledôneas [Fig. 12,13A, 171].
Andropogon gerardii Vitman – espiguetas aos pares, que se formam no
mesmo nó; uma espigueta do par é séssil e fértil, a outra é pedicelada
e pode ser estéril ou estaminada, ambas estão unidas pelo segmento
da ráquila (ráquis); a espécie produz uma porção variável de espiguetas
pediceladas férteis, que diferem das espiguetas sésseis; glumas
da espigueta fértil coriáceas, com (5-)7-9mm de comprimento por
1,5mm de largura, sem arista, opacas e acastanhadas; gluma inferior
2-carenada e com largo sulco no dorso; gluma superior lanceolada e
unicarecada; lema e pálea fértil hialinas e pouco menores do que as
glumas; lema fértil com largo sulco longitudinal no dorso, com arista
FIGURA 8 – Amplexicaule.
A
29
torcida, geniculada e que emerge do ápice; segmento da ráquila e
pedicelo denso-vilosos, achatados na base e ápice expandido, em forma
de taça [Fig.155]. Arista geralmente quebrada nas sementes comerciais.
A unidade-semente é a espigueta séssil e fértil, com segmento da
ráquila e pedicelo de uma segunda espigueta, às vezes, se encontra
ainda, preso no pedicelo, a espigueta estéril ou estaminada.
	 ANEMOCORIA – diz-se quando a dispersão de diásporos ocorre pelo vento;
como nas sementes aladas, sâmaras, samarídio, aquênios com papus;
em oficial-de-sala (Asclepias curassavica L. – Asclepiadaceae), na
paineira (Chorisia speciosa A. St.-Hil. – Malvaceae), etc. Ver antropo-
coria, autocoria, hidrocoria, ornitocoria e zoocoria.	
ANFISSARCÍDIO – fruto de origem placentar, pericarpo carnoso, com uma
cavidade central, sem lóculos individualizados e cheia de sementes (s),
envoltas por polpa (endocarpo) carnosa (suculenta); como em Kigelia e
Crescentia (Bignoniaceae - Fig.9A-B), Crataeva (Capparaceae - Fig.9D),
CouroupitaguianensisAubl.(Lecythidaceae-Fig.10C-D),Amaioua-Fig.9C
e Genipa (Rubiaceae) e Theobroma cacao L. (Sterculiaceae) [Fig.10A-B].
								
		 ANFÍTROPO – ver óvulo anfítropo; semelhante a anátropo [Fig.247].
ANGIOSPERMA – divisão do reino vegetal que compreende uma planta ou
um grupo de plantas, cujas sementes ficam encerradas no interior de
um ovário transformado em fruto, como as de Eucalyptus. Como grupo
opõe-se ao das Gimnospermas.
		 ANGULAR – que forma ângulos, com pronunciados ângulos longitudinais
[Fig.100L] ou quando um órgão apresenta ângulos salientes na
FIGURA 9 – Anfissarcídios: A- Kigelia sp.;
	 B- Crescentia sp.; C- Amaioua
	 sp.; D- Crataeva sp.
FIGURA 10 – Anfissarcídios: A-B- Theobroma cacao;
	 C-D- Couroupita guianensis; A- seção
	 longitudinal e B- seção transversal.
30
Glossario Ilustrado de Morfologia
margem [Fig.110E]; como a folha de Datura stramonium L. e o caule
de Salvia pratensis L.
Angular-angular – quando os ângulos são pronunciados.
Obtuso-angular – quando os ângulos são arredondados.
ANOMOCARPO – o mesmo que heterocarpo.
	 ANORMALIDADE APARENTE – anormalidade de plântulas devido a
condições inadequadas para o teste de germinação em laboratório.
ANTÉCIO – cada urna das flores que compõem a espigueta das Cyperaceae
e Poaceae (=Gramineae). Compõe-se de duas bractéolas (glumelas)
secas, na base de cada flor; a inferior ou externa (lema - lf) envolve a
cariopse pelo lado dorsal e a superior ou interna (pálea - pf) envolve a
cariopse pelo lado ventral [Fig.11].
	 Antécio estéril – nas Poaceae (=Gramineae) compõe-se exclusivamente
das glumelas e é incapaz de produzir sementes [Fig.156-ae].
	 Antécio fértil – nas Poaceae (=Gramineae) compõe-se das glumelas
(lema - lf e pálea - pf) e dos dois órgãos floríferos reprodutivos
(pistilo - pis e estame) ou da cariopse madura, com ou sem lemas
estéreis adicionais [Fig.11, 155].
	 	
	 ANTERA – parte mais intumescida do estame, localizada na extremidade
apical do filamento (filete - fi); divide-se em tecas (t) que estão
unidas pelo conectivo [Fig.12]. Nas tecas encontram-se os
FIGURA 11 – Antécio fértil: A-B- lado ventral; cariop-
se: C- lado dorsal com embrião; D- lado
ventral com hilo.
FIGURA 12 – Antera.
FIGURA 13 – Antera e ovário (seção
transversal): A- antera;
B- ovário tricarpelar e
trilocular.
A
31
microsporângios ou sacos polínicos (sc), que são em número de
quatro, sendo duas para cada teca e que contêm os grãos de pólen
(gp) ou micrósporos [Fig.13A].
Anthoxanthum odoratum L. – espigueta curto-pedicelada, comprimida
lateralmente, com duas glumas, um único antécio fértil terminal e duas
lemas estéreis aristadas por baixo; o segmento da ráquila se desarticula
acima das glumas naviculares, apiculadas, desiguais, escabrosas,
com dorso laxo-piloso; lemas estéreis (le) bilobadas, subiguais, cerca
de 3mm de comprimento, castanho-avermelhadas e amareladas no
ápice, pubescentes, com longos pêlos fulvos e margens denso-ciliadas;
lema estéril (inferior) com curta arista que se insere perto da região
mediana; lema estéril (superior) com arista dura, torcida, geniculada e
que se insere no dorso perto da base; a inflexão da arista geniculada
(asg) geralmente ocorre na altura do ápice da lema ou pouco acima;
lema fértil (lf) largo-ovada, aguda, com cerca de 2mm de comprimento,
não aristada, catanho-avermelhada-escura, lustrosa, glabra e envolve a
cariopse e a pálea fértil (pf) [Fig.14]. A unidade-semente é a espigueta
+ as lemas estéreis ou, às vezes, apenas o antécio fértil. Nas
sementes comerciais pode(m) faltar a(s) lema(s) estéril(eis), devido ao
beneficiamento.
ANTÍPODA – no óvulo das Angiospermas é cada uma das três células (an)
que se encontram na base do saco embrionário (sa), na extremidade da
chalaza (ch), portanto em posição oposta à oosfera (o) [Fig.171A, 297].
ANTOCARPO – formado pelo gineceu inteiro ou por parte dele (hipanto),
participa na formação da parede do fruto, como na parede da núcula de
Guapira (Nyctaginaceae); ou é formado pela porção inferior persistente do
FIGURA 14 – Anthoxanthum odoratum: A-
espigueta; B-C- antécio fértil.
FIGURA 15 – Antocarpo de Boerhavia difusa (A-B-C)
	 e Mirabilis jalapa (D-E).
32
Glossario Ilustrado de Morfologia
perigônio, que aumenta de tamanho durante o desenvolvimento do fruto,
torna-se mais firme, circunda e protege o fruto (núcula), como em Boerhavia
difusa L. [Fig.15A-B-C] e Mirabilis jalapa L. (Nyctaginaceae) [Fig.15D-E].
ANTOCIANINA – pigmento que dá a coloração vermelha, azul ou violácea
a várias partes da planta.
ANTÓFITOS – plantas que produzem flores. O mesmo que Espermáfitas
e é sinônimo de Fanerógamas e que se opõem as Criptógamas.
ANTROPOCORIA – quando a dispersão de diásporos é feita pelo homem,
acidental ou espontaneamente. Ver anemocoria, autocoria, hidrocoria,
ornitocoria e zoocoria.
ANTRORSO – dirigido para frente, para o ápice. Oposto de retrorso.
ANUAL – diz-se da planta que completa seu ciclo vegetativo e reprodutivo
em alguns meses.
AOVADO(A) – diz-se quando um órgão (folha, fruto ou semente) tem contorno
de ovo, com a parte mais larga na base [Fig.103E]; como a folha de
Stellaria media (L.) Vill. O mesmo que ovado e ovóide.
APÊNDICE – designação de qualquer parte saliente, quase sempre curta,
estreita e muitas vezes de importância secundária, de um órgão vegetal;
como no samarídio de Banisteriopsis lucida (Malpighiaceae) [Fig.300K].
APIACEAE – nome válido da família Umbelliferae.
FIGURA 16 – Ápice (quanto a ponta): A- aristado; B-
	 mucronado; C- cuspidado; D- cirroso;
	 E- pungente; F- setoso; G- apiculado;
	 H- uncinado; I- rostrado; J-J’- agudo;
	 K-K’K’’- acuminado; L- obtuso; M-
	 obtuso com acúmen; N- retuso; O-
	 emarginado; P- truncado; Q- obcorda-
do; R-R’- capitado; S- roído; T- exisa.
A
33
APICAL ou TERMINAL – relativo ao ápice.
ÁPICE – extremo ou ponto terminal de qualquer órgão, que pode ter
diversas formas [Fig.16].
Ápice da parte aérea ou Sistema apical – porção terminal da parte
superior da plântula, que contém o ponto principal de crescimento
(meristema ou gema apical) e as folhas iniciais. Estas folhas envolvem
e protegem o ponto de crescimento, formando assim a gema apical.
APICULADO – diz-se quando o ápice de um órgão (folha, fruto ou semente)
termina abruptamente em curta projeção (ponta) dura e aguda no centro
[Fig.16G]; como o fruto de Cordia superba Cham. (Boraginaceae). Em
órgãos foliáceos é frequentemente usado como sinônimo de múcron,
provido de apículo.
	 APÍCULO – pequena ponta aguda e curta, mas pouco consistente.
APOCÁRPICO – diz-se do gineceu e depois do fruto onde os carpelos não
se fundiram [Fig.17].
APODRECIMENTO – destruição da semente ou das estruturas da plântula,
geralmente associada à presença de microorga­nismos patogênicos.
	 APOMIXIA – quando a reprodução ocorre sem fecundação.
AQUÊNIO – fruto nucóide simples, seco, indeiscente, unilocular, unisse­
minado, originado de um ovário bicarpelar e ínfero, com semente presa na
parede do fruto (pericarpo) em um só ponto, na base; pericarpo não soldado
ao tegumento, liso ou com excrescências; pode apresentar estruturas
FIGURA 17 – Apocárpico.
	 FIGURA 18 – Aquênios alados: A- Synedrella
	 nodiflora (raio do capítulo); B-
	 Soliva pterosperma; C-D- Syne-
	 drellopsis grisebachii (com dois
		tipos do centro do capítulo) e
	 C’-D’- seção transversal.
34
Glossario Ilustrado de Morfologia
acessórias (invólucro) na base ou apresentar o cálice modificado em
papus; fruto das Asteraceae (=Compositae - Fig. 18-19-20-21-22-23-24-25),
Cyperaceae, Dipsacaceae e Valerianaceae.
Aquênio alado – em Soliva pterosperma (Juss.) Less. – ala bilobada e
recortada; Synedrella nodiflora (L.) Gaertn. – aquênios da periferia, do
capítulo, alados e com cerdas ascendentes, de diferentes tamanhos
e com diminutos cílios esparsos branco-amarelados na margem; Sy-
nedrellopsis grisebachii Hieron & Kuntze – dois tipos de aquênios no
centro do capítulo, um com ala estreita virada para o lado ventral e
outro com ala estendida e laciniada nas margens [Fig.18].
Aquênio heterocarpo – com dois ou mais tipos de aquênios na mesma
inflorescência; em Asteraceae (=Compositae) os frutos originados na
periferia (raio) do capítulo podem apresentar características morfo-
lógicas diferentes daqueles que se formam no centro do capítulo. Em
Hypochaeris radicata L. – aquênios do centro, do capítulo, rostrados
e os da periferia não rostrados [Fig.23A-A’]; em Synedrella nodiflora
(L.) Gaertn. – aquênios do centro, do capítulo, não alados e os da
periferia alados, com cerdas ascendentes de diferentes tamanhos e
com diminutos e esparsos cílios branco-amarelados na margem –
Fig. 18A); em Synedrellopsis grisebachii Hieron & Kuntze – aquênios
da periferia, do capítulo, não alados e os do centro com dois tipos,
um com estreita-ala virada para o lado ventral e outro com ala esten-
dida e laciniada nas margens – Fig.18C-C’-D); em Picris echioides L.
– aquênios pilosos na periferia e os do centro glabros – Fig.23B-B’).
	 Aquênio rostrado – prolongamento apical do aquênio, onde no ápice
se insere o papus, como em Hypochaeris brasiliensis Griseb.,
H. grisebachii Cabr., H. glabra L. e H. radicata L. [Fig.23A].
FIGURA 19 – Aquênio com papus
	 bisseriado: Vernonia
	 scorpioides.
A
35
FIGURA 20 – Aquênio com papus aristado ou cerdoso: A-A’- Bidens
	 pilosa; B- Bidens subalternans, C- Blainvillea biaristata;
	 D- Eclipta alba; E- Elephantopus mollis; F- Jaegeria hirta.
FIGURA 21 – Aquênio com papus ausente: A- Elvira
	 biflora; B- Siegesbeckia orientalis; C-	
	 Picris hieracioides.
FIGURA 22 – Aquênios com papus multisseriado:
	 A- Centaurea melitensis; B- Centau-
	 rea solstitialis.
FIGURA 23 – Aquênios heterocarpos: A-A’-Hypochaeris
	 radicata; B-B’- Picris echioides; A-B- aquê-
	 nios que se inserem no centro do capítulo;
	 A’- B’- aquênios que se inserem na perife-
	 ria do capítulo.
36
Glossario Ilustrado de Morfologia
FIGURA 25 – Aquênio com papus paleáceo: A- Ageratum conyzoi-
des; B- Galinsoga parviflora; C- Parthenium hystero-
phorus; D- Tagetes minuta.
FIGURA 24 – Aquênios com papus piloso unisseriado: A-
Conyza bonariensis; B- Emilia sonchifolia;
	 C- Erechtites hieracifolia; D- Eupatorium
squalidum; E- Gochnatia velutina; F- Son-
	 chus asper; G- Sonchus oleraceus.
A
37
	 ARACNÓIDE–diz-sedasuperfíciedeumórgão(folha,frutoousemente)que
se apresenta revestida por pêlos finos, soltos, brancos e emaranhados
[Fig.204A].
ARBÓREA – quando a planta se aproxima do tamanho de uma árvore.
ARBUSTO – planta com caule lenhoso que se ramifica desde a base,
portanto não forma um tronco (fuste) definido; a altura da planta não
a define como arbusto ou árvore; mas alguns autores consideram
quando a altura não é superior a 4m.
ARECACEAE – nome válido para a família Palmae.
ARÉOLA – pequena área; pequeno círculo deprimido, em torno do ponto de
inserção de alguns samarídios de Malpighiaceae (como Banisteriopsis
basifixa e Banisteriopsis megaphylla) e dos espinhos em certas plantas
espinhosas [Fig.300D-J-M]; linha pontilhada, em forma de semicírculo,
na base da lema fértil das espécies de Brachiaria [Fig.46].
			 ARGÊNTEO – de coloração prateada.
ARILADO(A) – que possui arilo.
	 ARILO – excrescência carnosa da semente; que pode ser de dois tipos: es-
trofíolo (etr - formado pelo funículo - f) e carúncula (cru - formada pelo
tegumento e próximo da micrópila); os dois tipos somente se diferenciam
em função do lugar onde iniciam seu desenvolvimento, do tamanho que
alcançam, pela morfologia e pela coloração. O arilo (ari) às vezes cobre
todo o tegumento da semente (sarcotesta) ou forma apenas um apên-
FIGURA 27 – Arilos: A- Acacia molissima; B- Acacia
longifolia; C- Turnera ulmifolia; D- Cleo-
me sp.; E- Polygala sp.; F- Connarus sp.;
G- Glinus sp.; H-H’- Eriosema sp.; I- Cheli-
donium majus.
FIGURA 26 – Arilo da semente
	 de Connarus sp.
38
Glossario Ilustrado de Morfologia
dice de ta­manho variável. Ex: Connarus sp. (Connaraceae – Fig.26, 27F),
teixo (Taxus baccata L.), noz-moscada (Myristiaca fragans Houtt.), mara-
cujá (Passiflora sp.), Talauma ovata A. St.-Hil. (Magnoliaceae). Nas Faba-
ceae–Papilionoideae apresenta-se como um anel ou um arco carnoso, ou
como uma faixa ao lado do hilo, como em labe-labe (Lablab purpureus (L.)
Sweet.), Mucuna, Eriosema – arilo membranáceo Fig.27H-H’ e Ulex (Fa-
baceae–Papilionoideae); Acacia molissima (Andrews) Willd. (Fabaceae–Mi-
mosoideae – Fig.27A); Turnera ulmifolia L (Turneraceae) – arilo funicular
(f), unilateral, branco, membranáceo, inteiro ou lacerado, ao redor do ápice
do funículo, exceto do lado da micrópila – Fig.27C; Cleome sp. (Cappara-
ceae) – sem ou com arilo vesiculoso – Fig.27D. Ver arilóide, carúncula,
estrofíolo, funículo, micrópila e sarcotesta.
ARILÓIDE – termo usado para designar as estruturas carnosas formadas em
tornodoexostomadamicrópila;falsoarilo;ocorreemXylopia(Annonaceae),
evônimo-da-Europa (Euonymus europaeus L. – Celastraceae), Clusia
(Clusiaceae =Guttiferae), Swartzia e Copaifera (Fabaceae−Papilionoideae),
Maytenus e Celastrus (Celastraceae), Polygala (Polygalaceae - Fig.27E),
Dodonaea e Paullinia (Sapindaceae). Em Cucurbitaceae o arilóide pode
ser fibroso ou piloso e mais abundante próximo à região dos bordos,
como em Cucurbita e Lagenaria; ou pode ser como uma cobertura de
pêlos, recobrindo toda a superfície, como em Cucumis e Melothria; ou
pode ser carnoso-mucilaginoso, recobrindo toda a semente e formando
um falso arilo vermelho, como em Momordica; ou pode ser um envoltório
membranoso-hialino e ligado à extremidade hilar, como em Cucumis.
ARISTA – prolongamento ou apêndice, mais ou menos rígido, delgado,
reto, curvo ou geniculado, encontrado freqüente­mente no ápice ou no
dorso das glumas ou glumelas, das espiguetas ou dos antécios estéreis
A
39
das Poaceae (=Gramineae) ou de frutos de outras famílias botânicas,
como nos aquênios de algumas espécies de Asteraceae (=Compositae
– ex: Bidens pilosa L. – Fig.19A-A’). Em Poaceae (=Gramineae) a arista
geralmente é a continuação da nervura mediana de glumas ou lemas,
como nos gêneros Arrhenatherum e Avena [Fig.27-30-31].
ARISTADO(A) – provido de arista; quando o ápice de um órgão (folha, fruto
ou semente) termina abruptamente em ponta longa, delgada, dura, reta
e subulada [Fig.16A].
ARREDONDADO(A) – diz-se quando um órgão (folha, fruto ou semente)
apresentam-se quase como um círculo.
Arrhenatherum elatius (L.) P. Beauv. ex J. Presl & C. Presl – espiguetas
comprimidas lateralmente, pediceladas, com dois antécios, com o
inferior estaminado (ani) e o superior fértil (ans), que se desarticulam
acima das glumas; segmento da ráquila se prolongada acima do antécio
superior; glumas finamente escabrosas, a inferior (gli) com 1-nervura,
mais curta do que os antécios e gluma superior (gls) com 3-nervuras
e subigualando-se aos antécios; lemas com 5-7 nervuras, de coloração
palha-clara, com (8,0-)9,0-10,0mm de comprimento, diminutamente
escabrosas na metade superior e frequentemente com esparsos e longos
pêlos esbranquiçados na metade inferior; antécio inferior (ani) com longa
arista (asg) torcida, geniculada, que se insere no dorso da lema (le) perto
da base e listrada de castanho e amerelo-bronzeado; antécio superior
(fértil) com curta arista reta e subapical, inserida no dorso da lema fértil
(lf) e com antécio inferior aderido; páleas (pf) hialinas, estreitas, que
tendem a ser mais longas do que as lemas e nervuras da carena bem
juntas; calo com abundantes pêlos longos, estendidos e de coloração
FIGURA 28 – Arrhenatherum elatius: A- espigueta;
	 B- antécio superior; C- antécio inferior; 	
	 C’- continuação da arista; D- cariopse.
40
Glossario Ilustrado de Morfologia
clara; cariopse subcilíndica, com cerca de 4-5mm de comprimento,
amarelada ou castanho-clara, em vista latersal o lado dorsal é quase
reto e o ventral convexo [Fig.28]. Arista geralmente quebrada nas
sementes comerciais, devido ao beneficiamento. A unidade-semente é
formada pela espigueta inteira (antécio fértil + antécio estaminado)
e sem as glumas, ou pelo antécio fértil, ou pela cariopse.
	 ARTICULADO(A) – que se articula; provido de regiões predeterminadas
onde podem ocorrer fragmentações, como em Sorghum (Poaceae
=Gramineae) [Fig.327]. Ver abcisão e desarticulação.
ARTÍCULO – cada um uma das porções (ar - segmentos) destacáveis ou das
fragmentaçõestransversais,unisseminados,deiscentesouindeiscentes,
de um craspédio, típico de Fabaceae (=Leguminosae)−Mimosoideae
como do gênero Mimosa e de algumas espécies de Desmodium e
Stylosanthes; ou de um lomento, típico de Fabaceae−Caesalpinioideae;
ou de Fabaceae−Papilionoideae, como em Aeschynomene e Ornithopus
sativus Brot. - Fig.29) ou síliqua lomentácea que ocorre em Brassica-
ceae =Cruciferae, como Raphanus raphanistrum [Fig.321A-A’-A’’].
ÁRVORE – planta lenhosa com crescimento monopodial, com fuste principal
definido e na parte superior uma copa ramificada; só se ramifica depois
de 2m de altura.
ARVORETA – planta lenhosa com tronco principal definido e com uma copa
ramificada; alguns autores consideram que a altura varia entre 3-4m.
ASCENDENTE – que cresce obliquamente para cima; como pêlos,
espinhos dirigidos para o ápice, formando com o eixo um ângulo
menor do que 90°.
A
41
ÁSPERA – diz-se da superfície de um órgão revestida com curtas pontas
duras e irregulares.
ASSIMÉTRICO – sem simetria.
ASTERACEAE – nome válido para a família Compositae.
ATENUADO(A) – diz-se quando o ápice ou a base de um órgão (folha, fruto
ou semente) se afila lentamente para um ângulo agudo [Fig.102P].
Folha com ápice atenuado – Eucaliptus saligna Sm.
ATROAVERMELHADO(A) – coloração que varia do vermelho-preto ao
preto. Coloração das sementes de Amaranthus e Chenopodium.
ÁTROPO – ver óvulo ortótropo.
ATROPURPÚREO(A) – coloração que varia de púrpura ao negro.
AURÍCULA – pequena projeção (lobo - au) na base de uma folha
[Fig.102 E]. Ver auriculado.
AURICULADO(A) – que tem aurícula, lobo ou prolongamento em forma de
orelha na base [Fig.102E].
AUTOCORIA – quando a dispersão de diásporos é feita pela própria planta,
isto é, os frutos se abrem por pressão e lançam as sementes a distância;
como no beijo-de-frade (Impatiens balsamina L. – Balsaminaceae),
Acystacia, Justicia e Ruellia (Acanthaceae). Ver anemocoria, antropo-
coria, hidrocoria, ornitocoria e zoocoria.
FIGURA 29 – Artículo de Ornithopus
sativus.
42
Glossario Ilustrado de Morfologia
Avena sp. – espigueta com 1-6 antécios, que se desarticulam acima das
glumas e entre os antécios; o tipo da abcisão é um caráter impor-
tante na distinção das espécies de aveia (abcisão da espigueta do seu
pedicelo, dos antécios e entre os antécios); duas glumas iguais ou su-
biguais, alongadas, agudas, membranáceas e persistentes na inflo-
rescência (panícula). Ver abcisão em Avena. Algumas características
importantes podem estar presentes no antécio basal e ausentes nos
antécios superiores; antécios aristados, arista geniculada (asg); le-
mas endurecidas quando maduras, com dorso arredondado, mais
curtas do que as glumas; pálea com duas carenas ciliadas, de com-
primento igual ou pouco menor do que a lema; cariopse firmemente
envolta pela lema e pálea endurescida [Fig.30, 31, 32]. A unidade-
semente é o antécio-fértil, dificilmente é a cariopse nua. Seguem
as características diferenciais das espécies de Avena:
• Todos os antécios se desarticulam por abcisão completa:
– Lema (lf) com dois diminutos dentes ou duas aristas terminais,
segmento da ráquila (seg - ráquis) pilosa; cariopse delgada ou
ligeiramente engrossada.
	 Avena barbata Pott. ex Link – espigueta com 2-3 antécios,
geralmente com um antécio rudimentar adicional, na
extremidade alongada da ráquila; glumas quase iguais no
tamanho e geralmente 9-nervadas; antécio fértil estreito-
elíptico, em vista lateral não evidentemente mais largo na
porção mediana (na base da arista); lema (lf) com duas aristas
apicais, geralmente 7-nervadas, de coloração parda (quando
maduras), com longos e abundantes pêlos amarelados no
lado dorsal, com escabrosidade antrorsa sobre as nervuras,
A
43
na porção superior e sobre as duas aristas apicais; arista
torcida, geniculada (asg), de coloração mais clara e inserida
pouco abaixo da porção mediana da lema; pálea (pf)
bicarenadas, denso ciliada nas carenas, ápice 2-denticulada
(que correspondem as terminações das nervuras das carenas); calo
estreito-elíptico e circundado por um anel incompleto de pêlos;
segmento da ráquila (seg) avermelhada, se desarticula na
base de cada antécio e com longos e duros pêlos estendidos;
cariopse com escutelo conspícuo [Fig.30G, 31G, 32E ].
	 Avena fatua L. – espigueta com 2-3 antécios, geralmente com
um antécio rudimentar adicional aristado e com segmento da
ráquila piloso e alongado; glumas quase iguais no tamanho e
geralmente 9-nervadas; antécio fértil estreito-elíptico, em vista
lateralsomentemaislargonaporçãomediana (nabasedaarista);
lema (lf) com dois curtos dentes no ápice hialino, geralmente
7-nervadas, castanho-escura (quando madura), com esparsos
e longos pêlos duros e castanhos na face dorsal (abaixo da
inserção da arista) ou glabra, com escabrosidade antrorsa sobre
as nervuras, com arista torcida, geniculada (asg), inserida ao
redor da porção mediana; pálea (pf) bicarenada, denso-ciliada
nascarenas,ápicebidenticulado (quecorrespondeàsterminações
das nervuras das carenas); calo arredondado ou oval, circundado
por um anel de pêlos castanhos, longos e estendidos ou curtos
e compactos (densos); segmento da ráquila (seg) se desarticula
na base de cada antécio e com longos e duros pêlos castanhos
na parte externa; cariopse oblonga, levemente mais larga na
porção mediana, com escutelo ausente ou reduzido à fraca
linha branca [Fig.30E, 31E, 32C].
FIGURA 30 – Avena (antécio fértil lado ventral): A-
	 A. strigosa, B-C-D- A. byzantina,
	 E- A. fatua, F- A. sativa, G- A.
barbata.
44
Glossario Ilustrado de Morfologia
• Todos os antécios se desarticulam por fratura:
– Lema (lf) aguda e com dois diminutos dentes terminais; arista
quando presente reta ou geniculada, torcida na parte inferior
e em geral com inflexão abaixo do ápice da lema; segmento da
ráquila (seg) glabro; cariopse não conspicuamente espessado na
metade inferior e escutelo largo e evidente.
	 Avena byzantina K. Koch (incluída em Avena sativa L.) – com
características morfológicas iguais as de Avena sativa L.,
pode-se afirmar que, às vezes, o segmento da ráquila é
partido na base do antécio basal ou próximo dela [Fig.30B-
C-D, 31B-C-D, 32B].Segundo DILLENBERG (1984) o material
que deu origem à primeira descrição (o holotipo), que se
encontra no Herbário de Beºrlim, na realidade corresponde a
Avena sativa L., portanto esta espécie deve ser considerada
como sinônimo de A. sativa, o que comunga também com a
opinião de outros autores.
	 Avena sativa L. – espigueta com 1-3 antécios e com um antécio
rudimentar adicional, na extremidade alongada do segmento
da ráquila; glumas quase iguais no tamanho, geralmente
9-nervadas; lema (lf) com ápice inteiro ou bidentado, em
geral 7-nervadas, de lisa a finamente granulosa, amarelada,
glabra ou com tufo de pêlos (lateralmente sobre o calo), mais
raro alguns pêlos longos no lado dorsal, abaixo da inserção
da arista, com escabrosidade antrorsa sobre as nervuras, na
porção apical da lema; aristada ou não (o que pode ocorrer na
mesma inflorescência); arista reta, às vezes semi-geniculada
e semi-torcida, inserida na porção mediana ou pouco acima;
FIGURA 31 – Avena (antécio fértil lado dorsal): A- A.
	 strigosa, B-C-D- A. byzantina, E- A.	
fatua, F- A. sativa, G- A. barbata.
A
45
pálea (pf) bidenticulado (que corresponde as terminações das
nervuras das carenas) e com densos cílios sobre as carenas;
segmento da ráquila (seg) glabro ou às vezes com alguns
pêlos e sem desarticulação (os antécios não se separam, quando
maduros) [Fig. 30F, 31F, 32D].
	 – Lema linear, com duas longas aristas, com arista geniculada e com
inflexãoabaixodoápicedalema; segmentodaráquila piloso; cariopse
levemente mais larga na porção mediana, escutelo largo e evidente.
Avena strigosa Schreb. – espiguetas com 1-2 antécios, geral-
mente com um antécio rudimentar adicional, este frequente-
mentearistadoecomarístulas;glumasquaseiguaistamanhoe
geralmente 9-nervadas; lema (lf) acuminada, com duas longas
aristas duras, geralmente 7-nervadas, de coloração escura
(quando maduras) e nervuras mais claras, com escabrosidade
antrorsa sobre a porção terminal da lema e as aristas apicais;
arista torcida, geniculada (asg), de coloração mais clara e
inserida pouco acima da porção mediana da lema; pálea (pf)
com ápice bidenticulado (que corresponde as terminações das
nervuras das carenas), bicarenada, ciliada na porção terminal
das carenas e nos dentículos apicais; segmento da ráquila
(seg) sem desarticulação (antécios não se desprendem quando
maduros), glabra ou com tufo de longos pêlos restritos aos
bordos da porção superior; cariopse estreito-oblonga, com
escutelo largo e evidente [Fig.30A, 31A, 32A].
AXIAL – relativo ao eixo; diz-se do embrião quando ele se encontra no
centro (no eixo) da semente [Fig.33], ou do fruto (cápsula septífraga) 	
FIGURA 32 – Avena (antécio fértil vista lateral): A- A. stri-
	 gosa, B- A. byzantina, C- A. fatua, D- A.
sativa, E- A. barbata.
46
Glossario Ilustrado de Morfologia
quando as sementes estão presas no eixo central (columela), como
nas Convolvulaceae, nos gêneros Convolvulus, Ipomoea e Merremia.
Ver placentação axial.
AXILA – ângulo formado entre a inserção de um órgão com o eixo no qual está
inserido, geralmente se refere a folha e ao caule ou a folha e o épicótilo.
AXILAR – que fica na axila, ângulo formado pelo encontro de dois órgãos ou
partes da planta (axila da folha – ângulo formado pelo pecíolo no ponto onde
ele se prende ao caule); ou no caso da placentação quando, num gineceu
sincárpico, plurilocular, os óvulos se inserem nos bordos de cada carpelo,
na porção central, onde ocorre a fusão dos carpelos [Fig. 33].
Axonopus sp. – espiguetas com dois antécios, que se desarticulam
abaixo da gluma superior, de 2,0-3,0mm de comprimento e com
esparsos pêlos longos nas margens; gluma inferior ausente; gluma
superior (gls) e lema estéril membranáceas, iguais no comprimento
e localizadas por cima da lema fértil; antécio inferior reduzido apenas
a lema estéril (pálea estéril ausente); antécio fértil (lema e pálea)
papiráceo, liso e glabro; lema fértil (lf) de glabra a alguns pêlos no
ápice e com as margens recurvadas sobre a pálea (pf). A unidade-
semente é o antécio fértil, com agluma superior e lema estéril.
Raramente se encontra o antécio fértil, sem gluma superior e sem lema
estéril, misturada as sementes beneficiadas. Seguem as características
diferenciais das espécies de Axonopus:
Axonopus compressus (Sw.) P. Beauv. – espiguetas de ovalado-
lanceoladas a elíptico-lanceoladas, plano-convexas e acuminadas;
gluma superior (gls) e lema estéril de agudas a sub-agudas, ao
FIGURA 33 – Axial (A); Axilar (B).
FIGURA 34 – Axonopus compressus (A-C-D) e
	 A. fissifolius (B): A-B- espigueta;
C- antécio fértil; D- cariopse.
A
47
longo das nervuras externas esparso-pubescentes ou glabras,
com 4-5-nervuras, se 5-nervada com a mediana às vezes apagada
(vestigial); antécio fértil de coloração palha; lema fértil (lf) de obtusa
a subaguda e menor do que a gluma superior e a lema estéril
[Fig. 34A-C-D].
	 Axonopus fissifolius (Raddi) Kuhlm. (=Axonopus affinis Chase) –
espiguetas de oblongas a ovaladas, obtusas ou subagudas; gluma
superior (gls) e lema estéril linear-elípticas, sub-obtusas ou agudas,
de esverdeadas a violáceas, com 2-4 nervuras, com a central
apagada, glabra ou com pubescência adpressa ao longo das
nervuras; antécio fértil branco-amarelado; lema fértil (lf) do mesmo
tamanho da gluma superior ou um pouco menor [Fig.34B].
50
Glossario Ilustrado de Morfologia
BACÁCEO – fruto bacóide, indeiscente, origindo de um ovário ínfero ou
semi-ínfero, com mesocarpo carnoso e endocarpo membranáceo,
com espaço central dividido ou não por septos, com uma semente
como no fruto do abacate (Persea americana Mill. - Fig.35), ou com
poucas sementes, que não se encontram envoltas por polpa. Bacáceo
(ba) ocorre em Melastomataceae, nos gêneros Cinnamodendron
(Canella-ceae - Fig.36A), Cayaponia e Fevillea (Cucurbitaceae -
Fig. 36E), Mezilaurus (Lauraceae - Fig.36B), Adenaria (Lythraceae -
Fig. 36D), Eugenia, Gomidesia e Myrcia (Myrtaceae), Coccocypselum
(Rubiaceae - Fig.36C), Brunfelsia e Cestrum (Solanaceae).
BACÍDIO – fruto bacóide, indeiscente, originado de um ovário ínfero ou
semi-ínfero, com epicarpo geralmente fino e mesocarpo carnoso ou
sucoso, uni- ou multisseminado, não há nítida distinção entre os lóculos
(lo). Sementes (s) envoltas por polpa sulcosa; como em Mutingia
calabura L. (Tiliaceae) e nos gêneros Miconia, Mouriri e Platycentrum
(Melastomataceae), Myrciaria (Myrtaceae), Vitis e Cissus (Vitaceae) e
Phytolacca (Phytolaccaceae) [Fig.37A-B-C-D].
	 BACÓIDE – incluem os frutos indeiscentes, carnosos, com pericarpo de
pouco a muito espessado e endocarpo constituído apenas pela
epiderme interna, não diferenciada, mas não lenhosa, esclereificada
ou coriácea; geralmente com um grande número de sementes, mas
não são raros os oligospemos e até mesmo os unisseminados. Ocorre
em Potalia sp. (Loganiaceae - Fig.38A) e Schlegelia (Bignoniaceae -
Fig. 38B-C]. O fruto bacóide se classifica em: anfissarcídio, bacáceo,
bacídio, balaústio, campomanesoídeo, hesperídio, melanídio,
solanídio e teofrastídio. Ver a descrição de cada um deles.
FIGURA 35 – Bacáceo (seção longitudinal) do abacate.
FIGURA 36 – Bacáceos: A- Cinnamodendron sp.; B-
	 Mezilaurus sp.; C- Coccocypselum sp.;
	 D- Adenaria sp.; E- Fevillea sp. Fonte:
A-C-D-E: Barroso et al. (1999).
FIGURA 37 – Bacídios: A- Phytolacca sp.; B- Platy-
	 centrum sp.; Mouriri sp.: C- fruto inteiro
	 e D- seção transversal, mostrando a
	 invaginação da placenta no lóculo.
	 Fonte B-C-D: Barroso et al. (1999).
B
51
BACTÉRIA – vegetal unicelular, sem núcleo diferenciado e sem clorofila,
com membrana pectínica, raramente celulósica e em geral com menos
de dois mi­cras.
		 BAGA – termo genérico, muito usado como sinônimo de solanídio.
BAINHA – parte basal ou achatada da folha, que a prende ao caule [Fig.39-
bai, 172D-bai].
BAINHA COTILEDONAR – porção basal do tecido co­tiledonar que aparece
nas plântulas de Monocotiledôneas, como uma pequena protuberância,
em geral membranácea, que se rompe no ápice e libera a primeira
folha (eófilo) ou a plúmula (pl); o mesmo que coleóptilo (cop) [Fig.78
B, 187]. Difere da Ií­guIa por não ter vasos condutores.
	 BALAUSTA ou BALAÚSTIO – fruto bacóide carnoso, indeiscente,
multisseminado, originado de um ovário ínfero, com carpelos
dispostos em dois estratos; com pericarpo carnoso-coriáceo, amarelo-
avermelhado; internamente dividido em cavidades, com endocarpo
fino, onde se alojam as numerosas sementes, com sarcotesta
translúcida, mesotesta esclerótica e tegumento formado por células
polposas; com funículo (f) longo e endosperma ausente; como o fruto
da romã (Punica granatum L. − Punicaceae) [Fig.40].
BARBADA – diz-se da superfície de um órgão (folha, fruto ou semente)
que se apresenta revestida por longos pêlos macios, que crescem
em tufos e em diferentes partes da superfície, mais freqüentes no
ápice [Fig.204B].
FIGURA 38 – Bacóides: A- Potalia sp.; Schlegelia
	 sp.: B- fruto inteiro; C- corte longitu-
	 dinal mostrando as sementes. Fonte: 	
	 Barroso et al. (1999).
FIGURA 39 – Bainha
FIGURA 40 – Balausta de romã.
52
Glossario Ilustrado de Morfologia
BAROCORIA – quando a dispersão de diásporos é feita pela ação da
gravidade; como no abacate e manga. Ver anemocoria, antropocoria,
autocoria, hidrocoria, ornitocoria e zoocoria.
	
BASAL – relativo à base; parte de uma estrutura perto do ponto de união ou
de origem, podem ocorrer exceções; refere-se também à extremidade
da radícula da semente.
BASE – parte de um órgão que está mais próximo ao ponto de inserção.
BASINÔMIO – em taxonomia: é o primeiro nome dado (reconhecidamente
conferido) a um táxon. (em inglês: basionym).
BERTOLONÍDIO – fruto capsulídio e que ocorre no gênero Bertolonia
(Melastomataceae), que segundo BARROSO et al. (1999) apresenta
três deiscências loculicidas somente na porção superior, o que só
pode ser visto de cima, de onde tem um aspecto radial.
	 BETULÍDIO – designação dada aos frutos nucóides, originados de um
ovário ínfero e provido de alas derivadas de expansões do hipanto.
O pericarpo pode ser lenhoso ou coriáceo, com duas ou mais alas;
como nos gêneros Combretum, Terminalia e Thiloa (Combretaceae) e
Pteropegon (Cucurbitaceae) [Fig.41A-B-C].
BIANUAL – diz-se da planta que completa seu ciclo vegetativo em dois anos,
no primeiro ano desenvolve a parte vegetativa e no segundo, floresce
e frutifica; o mesmo que bienal.
BICARENADO – estrutura com duas quilhas (carenas).
FIGURA 41 – Betulídios: A- Pteropegon sp.;
	 B-C- Thiloa sp. Fonte B-C-:
Barroso et al. (1999).
B
53
BICO – prolongamento longo e pontudo de um órgão (fruto ou semente).
Encontra-se nos frutos dos gêneros Adonis, Anemone, Ranunculus (Ra-
nunculaceae), Erodium e Geranium (Geraniaceae) e Geum (Rosaceae).
BICRENADA(O) – diz-se quando a margem de uma folha apresenta dentes
arredondados que por sua vez também estão crenados [Fig.110A’].
BIENAL – o mesmo que bianual.
BÍFIDO(A) – órgão fendido em duas partes, em geral na porção superior e
que não ultrapassa a metade do comprimento do referido órgão; como
as folhas de Bauhinia forficata Link e folhas cotiledonares de Ipomoea
carnea Jacq., Ipomoea hederacea (L.) Jacq. e Ipomoea invisa (Vell.)
Hallier (Convolvulaceae).
BILABIADO(A) – que tem dois lábios (lb); diz-se da corola gamopétala e
zigomorpha, onde as pétalas se distribuem nitidamente em dois lábios
superpostos, como a corola da boca-de-leão (Antirrhinum majus L. –
Scrophulariaceae - Fig.42).
BILOCULAR – diz-se do ovário ou do fruto com dois lóculos. Fruto
(solanídio) de Capsicum chinense L. (Solanaceae).
BILOMENTO – síliqua lomentácea, indeiscente, que se divide transversal-
mente em dois artículos superpostos, o superior globoso e fértil, como
nos frutos do gênero Rapistrum (Brassicaceae) [Fig.322].
BINÔMIO – em taxonomia: nome científico dado a uma espécie botânica,
formado por dois vocábulos latinos (gênero e espécie).
FIGURA 42 – Bilabiado: lb- lábio.
54
Glossario Ilustrado de Morfologia
BIPARTIDO(A) – qualquer órgão com incisão apical que se extende por quase
todo o comprimento, dividindo-o em duas partes, mas que permanece
unido pela base como as folhas cotiledonares de Ipomoea asarifolia
(Desr.) Roem. & Schult., Ipomoea cairica (L.) Sweet., Ipomoea nil (L.)
Roth, Ipomoea ramosissima (Poir.) Choisy e Ipomoea triloba L. [Fig.176].
BIPINADA – quando a folha composta está duplamente pinada ou dividida,
ou as divisões primárias também estão divididas [Fig.43]. Folha de
Delonix regia (Bojer ex Hook.) Raf. (Fabaceae-Caesalpinioideae).
BIPINATÍFIDA – que tem folha composta bipinada.
BISPÉRMICO – diz-se do fruto que contém duas sementes.
BISERREADA(O) ou DUPLOSERREADA(O) – diz-se quando os dentes de
uma margem serreada também estão serreados [Fig.110B’].
BISSEXUAL – diz-se da flor que tem órgãos masculinos (estames) e
femininos (pistio).
BLASTOCÁRPICO – diz-se da semente que germina no interior do fruto;
como as das plantas do mangue, que ao cair já trazem o embrião em
desenvolvimento.
BLASTOCARPO – diz-se do fruto cuja semente germina antes de sair do
pericarpo.
Boerhavia diffusa L. – antocarpo obcônico, reto ou longitudinalmente
curvado, com (2,5-)3,7-4,1mm de comprimento (var. diffusa) ou
FIGURA 43 – Bipinada: fol- folíolo;
	 ra- raque.
B
55
cerca de 2,1mm de comprimento (var. leiocarpa) por 1,0-1,1mm de
largura, com ápice arredondado e atenuando-se para uma base
estreita, superfície castanho-amarelada ou acinzentada, fosca,
na var. diffusa: com pêlos glandulosos e brancos entre as cinco
nervuras longitudinais conspícuas, mais claras e espessas; na var.
leiocarpa: glabra, tuberculada e com cinco sulcos longitudinais;
núcula globosa com pericarpo reduzido a fina película e que
internamente se justapõem ao tegumento membranáceo e
externamente ao espesso antocarpo [Fig.15A-B-C]. A unidade-
semente é o antocarpo.
BOLBILHO – o mesmo que bulbilho.
BOLOTA – tipo de núcula envolta na base pela cúpula, formada pelo
receptáculo ou pelo cálice persistente; fruto do carvalho (Quercus
robur L. – Fagaceae – Fig.44).
BORDO – o mesmo que margem.
Bowlesia incana Ruiz & Pav. – cremocarpo formado por dois carpídios
piriformes, de contorno ovalado e em seção transversal estreito-
elíptico, com 1,6-2,0mm de comprimento, com base arredondada
e atenuando gradativamente para um ápice agudo-obtuso; lado
ventral (da comissura) côncavo e muito estreito, porque o lado
ventral é fortemente convexo, com cinco costelas longitudinais
inconspícuas e com as laterais viradas para o lado ventral, de
coloração castanho-amarelado-clara, fosco e com esparsos pêlos
estelados [Fig.109F-G-H]. A unidade-semente é o cremocarpo
ou o carpídio.
FIGURA 44 – Bolota.
56
Glossario Ilustrado de Morfologia
Brachiaria sp. – espigueta com dois antécios, de ovada a oblonga, mais
ou menos plano-convexa ou biconvexa; 2-glumas de textura papirácea
e desiguais na forma e no tamanho; primeira gluma ou gluma inferior
(gli) voltada para o ráquis e geralmente menor ou, raramente, tão
longa quanto a espigueta; segunda gluma ou gluma superior (gls)
mais ou menos do mesmo comprimento da lema estéril, com 5-7(-9)
nervuras relativamente próximas; segmento da ráquila entre a gluma
inferior e a superior; antécio basal estéril ou estaminado (masculino)
membranáceo, formado pela lema estéril (le) com 5-9(-11) nevuras
e as laterais um pouco mais afastadas da nervura mediana e pela
pálea estéril hialina, binervada, tão longa quanto a lema estéril, ou
às vezes, reduzida ou rudimentar; antécio superior (apical) fértil ou
bisexual crustáceo, plano-convexo, formado pela lema fértil (lf) com
5-nervuras inconspícuas, geralmente papilosa-rugosa ou estriada,
ápice incospicuamente apiculada ou mucronado (ponta aguda e curta),
com linha de ruptura conspícua e aréola (are) deprimida, mais ou
FIGURA 45 –	 Brachiaria (espiqueta): A-B- B. brizantha; C-D-E-F-G-H- B. decumbens; I-J-K- B.
humidicola; L-M-N- B. dictyoneura; O-P- B. ruziziensis: A-C-F-I-L-O- lado dorsal,
B-D-G-J-M-P- lado ventral; E-H- gluma inferior; K-N- lema estéril ou estaminada.
B
57
menos lustrosa, hipocrepiforme-arredondada perto da base, como um
desenho ± conspicuamente estriado; pálea fértil (pf) tão longa quanto a
lema fértil, com duas conspícuas carenas espessadas, margens lisas,
lustrosas, de textura mais fina e conspicuamente convexo-encurvados
sobre a cariopse; esta achatada, de contorno ovalado ou arredondado,
com hilo sub-basal-ventral e punctiforme; área do embrião dorsal e cerca
da ½ a ¾ comprimento da cariopse [Fig.45, 46]. A unidade-semente é
a espigueta, raras vezes o antécio fértil. Seguem as características
diferenciais das espécies de Brachiaria:
FIGURA 46 – Brachiaria (antécio fértil): A-B- B. brizantha; C-D-E-F- B. decumbens;
	 G-H- B. humidicola; I-J- B. dictyoneura; K-L- B. ruziziensis; A-C-E-I-
	 K- lado dorsal, B-D-F-H-J-L- lado ventral.
Brachiaria brizantha (Hochst. ex A. Rich.) Stapf – espigueta
oblonga ou elíptico-oblonga, com cerca de 6,0mm de comprimento
por 2,0-2,5mm de largura, ápice levemente obtuso ou subagudo,
superfície glabra ou esparso-pilosa no ápice, de coloração palha
e frequentemente com pigmentações púrpuras ou tingida de
58
Glossario Ilustrado de Morfologia
púrpura, base atenuada e com conspícuo e grosso pedúnculo;
gluma inferior (gli) largo-ovada, abraça a base da espigueta, com
mais de ⅓ do comprimento da espigueta, com 7-11 nervuras,
glabra, às vezes, com extremidades das nervuras anastomosadas
(unidas); gluma superior (gls) ovada, ligeiramente mais curta do
que a lema estéril, ápice esparso-piloso ou glabro, com 7-nervuras
e com agumas nervuras transversais perto do ápice; lema estéril
(le) semelhante à gluma superior, achatada no dorso, com ápice
curto-encurvado, glabrescente ou pilosa, com 5-nervuras e com
agumas nervuras transversais perto do ápice; antécio fértil oblongo
ou elíptico-oblongo e de coloração palha; lema fértil (lf) elíptico-
ovada, finamente estriada e com curto ápice obtuso e encurvado;
pálea fértil (pf) menos convexa no dorso, ligeiramente menor do que
a lema [Fig.45A-B, 46A-B].
Brachiaria decumbens Stapf – espigueta obovada-elíptica, acuminada,
com 4-5mm de comprimento por cerca de 2mm de largura, esparso-
pilosa no ápice; gluma inferior (gli) largo-ovada, ápice agudo, abraça
a base da espigueta, com mais de ⅓ do comprimento da espigueta,
com 9-11 nervuras, glabras, às vezes, com extremidades das
nervuras anastomosadas (unidas) e algumas nervuras transversais
na porção superior; gluma superior (gls) ovada, ligeiramente mais
curta do que a lema estéril, glabrescente ou esparso-hirsuta no
ápice, com 7-nervuras e com agumas nervuras transversais perto
do ápice; lema estéril (le) semelhante à gluma superior, tão longa
quanto a espigueta, poucos pêlos ou glabrescente, com 5-nervuras
e com agumas nervuras transversais anastomosadas (unidas);
pálea estéril tão longa quanto a lema; antécio fértil ovado, com
cerca de 4mm de comprimento por 2mm de largura e de coloração
B
59
amarelo-clara; lema fértil (lf) ovada, acuminada e finamente
estriada longitudinalmente; pálea fértil (pf) plana; cariopse ovada
ou obovada, com cerca de 3,0mm de comprimento por 1,7mm de
largura e de coloração palha [Fig.45C-D-E-F-G-H, 46C-D-E-F].
Brachiaria dictyoneura (Fig. & De Not.) Stapf – espigueta obovada
ou largo-oblonga, ápice obtuso, com 6-7mm de comprimento por
cerca de 2,5mm de largura; gluma inferior (gli) largo-oblonga, tão
longa quanto a espigueta, com as margens se encontrando na
base da espigueta, membranácea, glabra, opaca, geralmente de
coloração púrpura-escura ou verde, com 9-11 nervuras, plicada
e nervuras finamente reticuladas no ápice; gluma superior (gls)
oblonga, menos larga do que a gluma inferior, membranácea,
de coloração verde-clara, 7-9 nervuras, com densas nervuras
transversais anastomosadas (unidas), pilosa, com longos pêlos
brancos, adpressos e mais longos na porção superior; lema
estéril (le) largo-ovada, semelhante a gluma superior em textura,
coloração e pilosidade, com 5-nervuras e com densas e longas
nervuras transversais anastomosadas (unidas), quase glabra no
centro; pálea estéril largo-elíptica, tão longa quanto a lema estéril;
antécio fértil de coloração palha ou amerelo-escura, com 4-5mm
de comprimento, muito menos longa do que as glumas e a lema
estéril; lema fértil (lf) obovada, mucronada, finamente transverso-
rugosa; pálea fértil (pf) levemente convexa no dorso, ligeiramente
mais curta, margens terminam em fina membrana; cariopse ovada
e de coloração palha [Fig.45L-M-N, 46I-J].
Brachiaria humidicola (Rendle) Schweick. – espigueta ovado-
elíptica, com cerca de 5mm de comprimento por 2mm de
60
Glossario Ilustrado de Morfologia
largura, amarelada-clara, quase branca ou parcialmente púrpura,
com aparência arredondada e mais aberta, do que as outras
espécies do gênero, devido ao tamanho da gluma inferior e da
lema fértil; gluma inferior (gli) largo-ovada, tão longa quanto a
espigueta, margens se encontram na base da espigueta, glabra,
levemente plicada, de coloração amarelada ou púrpura-escura
ou com aparência púrpura, 9-11 nervuras, com 1-2 nervuras
transversais no ápice; gluma superior (gls) ovóide, menos larga
do que a gluma inferior, membranácea, de coloração verde-clara,
com esparsos pêlos longos, duros e grossos, 7-9 nervuras e com
nervuras transversais anastomosadas (unidas); lema estéril (le)
ovóide, semelhante a gluma superior em textura e coloração, com
5-nervuras, com longas nervuras transversais anastomosadas
(unidas) e quase glabra no centro; pálea estéril largo-ovada, tão
longa quanto a lema estéril e com carenas endurescidas; antécio
fértil de coloração palha ou branca (na maturação) com cerca
de 3,5mm de comprimento por 2,0mm de largura; lema fértil (lf)
obovada, apiculada, finamente transverso-rugosa e com 5-nervuras
conspícuas; pálea fértil (pf) levemente convexa no dorso, ligeira-
mente mais curta, margens terminam em fina; cariopse obovada e
de coloração palha [Fig. 45I-J-K, 46G-H].
Brachiaria plantaginea (Link) Hitchc. – espigueta ovada-elíptica
ou ovalada, de plano-convexa a achatada, com 4-5mm de com-
pri-mento por 2,0-2,5mm de largura e 0,9-1,0(-1,1)mm de espes-
sura, glabra, estramínea, biseriada e inseridas alternadamente
num ráquis ligeiramente alado; guma inferior (gli) largo-ovalada,
ápice subagudo, glabra, fino-membranácea, cerca de ⅓ do com-
primento da espigueta, abraça a base da espigueta, 10-11-ner-
FIGURA 47 – Brachiaria plantaginea - espigueta:
A- lado dorsal; B- lado ventral; C-
pálea estéril; antécio fértil: D- lado
dorsal; E- lado ventral.
B
61
vada, com conspícuas nervuras anastomosadas (unidas) no
ápice; gluma superior (gls) de ovalada a ovalada-elíptica, acu-
minada, glabra, do mesmo comprimento do antécio fértil, com
9-nervuras e com nervuras transversais anastomosadas (unidas)
ausentes ou inconspícuas perto do ápice; antécio estéril com
lema estéril (le) 5-nervada e muito semelhante a gluma superior
em forma, tamanho e textura; pálea estéril largo-elíptica e tão
longa quanto a lema estéril; antécio fértil ovalado, com dorso
plano, glabro, amarelado, com (3,0-)3,2-3,6(-4,0)mm de com-
primento por 2,0-2,2mm de largura e 0,7-0,8mm de espessura;
lema fértil (lf) obovada ou elíptica, crustácea, com fina rugosida-
de transversal (45X) e nervuras fracamente visíveis; pálea fértil
(pf) com dorso convexo, ligeiramente menor do que a lema fértil;
cariopse ovalada-arredondada, achatada e amarelada; embrião
cerca da ½ do comprimento da cariopse; mancha hilar punctifor-
me e sub-basal [Fig.47].
Brachiaria ruziziensis R. Germ. & C.M. Evrard – espigueta ovada,
apiculada, com cerca de 5mm de comprimento por 2mm de largura,
com longos pêlos brancos no ápice e nas margens; gluma inferior
(gli) largo-ovada, ápice subagudo, abraça a base da espigueta,
cerca da ½ do comprimento da espigueta, glabra, 11-nervuras,
com extremidades das nervuras e algumas nervuras transversais
anastomosadas (unidas) perto do ápice; gluma superior (gls) ovada,
ápice apiculado, com pêlos longos e brancos na porção superior
e nas margens, com 7-nervuras; lema estéril (le) semelhante a
gluma superior em forma, tamanho e textura, 5-nervada, plana ou
levemente deprimida no dorso; pálea estéril largo-elíptica e tão
longa quanto a lema estéril; antécio fértil ovado-elíptica; lema fértil
62
Glossario Ilustrado de Morfologia
(lf) obovada, ápice com curto mucro, finamente estriada, quase lisa
e com 5-nervuras conspícuas; pálea fértil (pf) levemente convexa
no dorso, ligeiramente mais curta [Fig.45O-P, Fig.46K-L].
BRÁCTEA – folha reduzida, geralmente modificada ou semelhante a
escama, que no eixo das Poaceae (=Gramineae) se estende por baixo
de uma flor ou de uma espigueta; como em Poaceae (=Gramineae) nos
gêneros Oryza [Fig.157] e Phalaris [Fig.269]. É diferente das folhas
normais pela forma, tamanho, textura, coloração, etc.
Brácteas involucrais ou Invólucro-de-brácteas – cada uma das
brácteas internas da flor feminina, que na maturação se tornam
rijas e formam um invólucro que envolve o aquênio, como em
Acanthospermum (Asteraceae =Compositae) [Fig.206].
BRACTÉOLA – bráctea de segunda ordem (secundária) ou glumela,
geralmente bem menor do que a bráctea.
Bractéola fértil ou lema fértil ou pálea fértil.
BRADIACARPO – que frutifica depois do inverno, um ano após a floração.
BRASSICACEAE – nome válido para a família Cruciferae.
Briza sp. – espiguetas multifloras (unidade-semente múltipla) que se desarti-
culam acima das glumas (inferior - gli e superior - gls) herbáceas; antécio
fértil com lema (lf) largo-cordiforme, com dorso giboso (núcleo seminífero
em forma de carúncula), sem carena e com ala lateral ou lema lanceolada,
mucronada ou aristada, plurinervada, glabra ou pilosa; pálea fértil (pf)
FIGURA 48 – Briza: A-B- B. minor; C-D-E-F- B.
	 subaristata; G- B. poaeompha; A-
	 espigueta; antécio fértil: B-D- vista
	 lateral da lema; C-E- vista dorsal da
lema; G- vista ventral; F- pálea fértil.
B
63
bicarenada, de orbicular ou elíptica a lanceolada, muito menor do que
a lema, glabra ou pilosa; cariopse com hilo punctiforme, elíptico ou
linear [Fig.48]. A unidade-semente é a espigueta ou o antécio fértil.
Seguem as características diferenciais das espécies de Briza:
	 Briza maxima L. – antécio fértil escavado-ovalado, de 8-10mm de
comprimento por 5mm de largura e 0,3-0,5mm de espessura; lema
fértil (lf) côncava, sem giba, base cordiforme, ápice subagudo, de
coloração amarelo-avermelhada, esparso-pilosa no dorso, margem
alada, membranácea, de coloração palha e com 7-nervuras castanho-
avermelhadas; segmento da ráquila pequena, divergente -encurvada;
pálea fértil (pf) plana, suborbicular, adpressa a lema fértil e cerca da
½ do seu comprimento, lisa ou com papilas entre as carenas, ápice
hialino, truncado, inteiro ou algo recortado; cariopse com 1,2-1,8mm
de comprimento por 0,7-1,6mm de largura e 0,3mm de espessura,
hilo linear, atinge até a ½ do comprimento ou pouco mais.
Briza minor L. – gluma inferior (gli) cordiforme, com ala membranácea
e ápice bífido antécio fértil transverso-ovalado-escavado, com 1,5-
2,0mm de comprimento por 1,5-2,5mm de largura e 0,2mm de
espessura; lema fértil (lf) gibosa, base cordiforme, ápice obtuso e
mútico, de coloração amarelada, margem alada, membranácea e de
coloraçãopalha,gibacomgrossospêloshialinos;segmentodaráquila
divergente, levemente encurvada e de 0,5mm de comprimento; pálea
fértil (pf) de elíptica a suborbicular, hialina, ápice obtuso, com carenas
glabras e com pêlos retrossos entre elas, adpressa a lema fértil,
com cerca de 2mm de diâmetro; cariopse com 0,6-0,8(-1,7)mm de
comprimento por 0,3-0,6mm de largura [Fig.48A-B].
64
Glossario Ilustrado de Morfologia
Briza poaemorpha (Presl) Henr. – espigueta suborbicular, comprimida
lateralmente, com 1,2-1,8mm de comprimento por (0,9-1,0-2,0mm
de largura, com glumas (gli – gls) persistentes, largo-elípticas e
escabrosas na carena; antécio fértil com lema (lf) largo-elíptica,
obtusa, papilosa-escabrosa no ⅔ superiores, de 1,0-1,5mm de
comprimento por 0,5-0,7mm de largura, margem não alada;
segmento da ráquila divergente e curta; pálea fértil (pf) de elíptica
a elíptico-lanceolada, subagudas, com carenas lisas ou com cílios
muito curtos e com aspereza tuberculada entre elas; cariopse
com 0,7-1,3mm de comprimento por 0,3-0,6mm de largura, hilo
elíptico [Fig.48G].
Briza subaristata Lam. – espigueta comprimidas dorsiventralmente,
com 2,4-7,5mm de comprimento por 1,9-5,5(-7,0)mm de largura;
glumas (inferior – gli e superior – gls) largo-elípticas; antécio fértil
com lema (lf) gibosa, de 1,8-4,0(-4,5)mm de comprimento por
0,9-2,5mm de largura, base cordiforme, ápice de subagudo a
agudo, mútico ou com curto múcron, de coloração amarelada,
margem alada, membranácea e de coloração palha, giba glabra
ou com pêlos; segmento da ráquila diminuto; pálea fértil (pf) de
elíptico-orbicular a orbicular, com conspícuo apêndice apical,
curto-ciliada sobre a porção superior das carenas; cariopse
com 0,6-1,2mm de comprimento por 0,4-0,9mm de largura, hilo
elíptico [Fig.48C-D-E-F].
Bromus sp. – espiguetas multifloras (unidade-semente múltipla) que se
desarticulam acima das glumas (inferior e superior) e entre as lemas;
glumas agudas, menores do que os antécios, glabras ou pilosas, às
vezes, com nervura central conspícua; gluma inferior em geral menor
B
65
do que a superior, 1-5-nervuras; gluma superior 3-9-nervuras; o
tamanho do antécio varia de acordo com sua posição na ráquila e as
medidas não incluem a da arista; antécio fértil com lema (lf) convexa
ou carenada, mútica, mucronada ou aristada, ápice bidentado, com
7-11 nervuras, glabra ou pilosa, lisa ou com aspereza antrorsa sobre
o dorso; pálea fértil (pf) lanceolada, menor do que a lema, com ápice
agudo ou bidentado, bicarenada e carenas com asperezas antrorsas
e dorso glabro; segmento da ráquila (seg) com lado dorsal achatado
e ventral (externo) arredondado e abaulado na porção superior; calo
plano e inclinado para o lado ventral do antécio, de modo que aparenta
estar paralelo ao eixo do antécio; cariopse com ápice piloso, em geral
aderida à pálea, hilo linear [Fig.49]. A unidade-semente é o antécio
fértil. Seguem as características diferenciais das espécies de Bromus:
Bromus auleticus Trin. ex Nees – espiguetas elípticas, com (18-)26
(-37) mm de comprimento por (3-)7mm de largura, de subglabras
a pubescentes; glumas lanceoladas, agudas, a inferior com
(1-)3-5-nervuras, com 5-10(-13)mm de comprimento por 0,8-
2,5mm de largura e a superior com 3-5-nervuras, com 8-12mm
de comprimento por 2-3mm de largura; antécio fértil com lema (lf)
lanceolada, com 8-13(-15)mm de comprimento por 2,0-3,5mm
de largura, glabra, lisa ou com aspereza antrorsa, de dorso
aplanado ou arredondado, ápice com 2-dentes obtusos, entre
os quais a arista (as) terminal ou subapical, reta, de (1-)3-6mm
de comprimento; pálea fértil (pf) subigualando-se a lema, lisa ou
dorso papiloso, carenas com curtos cílios [Fig.49A-B].
Bromus catharticus Vahl (= B. unioloides Kunth) – espiguetas ovado-
lanceoladas, ápice agudo e fortemente comprimidas lateralmente;
66
Glossario Ilustrado de Morfologia
glumas lancelolado-agudas, papiráceas, carenadas, multinervadas
e com magens hialino-membranáceas; antécio fértil com (10-)15-
17(-20)mm de comprimento por (2,5-)3,0-5,0mm de largura, de
coloração palha ou castanho-amarelada e algumas vezes púrpura,
frequentemente esverdeada (imatura), com lema (lf) lanceolada,
FIGURA 49 – Bromus (antécios férteis): A-B- B.
auleticus; C-D-E- B. catharticus; F- B.
hordaceus; G-H-I- B. inermis; J-K- B.
rigidus; L-M- B. secalinus; N-O-P- B.
sterilis; Q-R- B. tectorum; lado ventral:
B-C-H-K-O-Q; lado dorsal: A-G-J-M-N;
vista lateral: D-F-L-P-R; cariopse: E-I,
K’-prolon-gamento da arista (as) de K.
B
67
muito comprimida lateralmente, mais larga abaixo da porção
mediana, encobre quase totalmente a pálea e a cariopse, 3-5
nervuras e a mediana carenada, nervuras e às vezes os interespaços
finamente hispídulos, ápice agudo ou com múcro de até 3(-5)mm de
comprimento; pálea fértil (pf) estreito-lanceolada, com 3-9mm de
comprimento por 0,7-1,3mm de largura, com carenas ciliadas na
porção superior e dorso liso; segmento da ráquila (seg) com 2-4mm
de comprimento, reto ou um pouco abaulado longitudinalmente,
glabro ou curto-pubecente, alarga-se ligeiramente em direção
ao disco apical reto; calo glabrescente ou finamente piloso;
cariopse aderida à pálea, comprimida lateralmente, com 6-8mm de
comprimento, lado ventral com sulco profundo (cerca de ⅓) e muito
estreito [Fig.49C-D-E].
Bromus hordaceus L. (=Bromus mollis L.) – espiguetas denso-pilosas,
de 10-24mm de comprimento por 2,6mm de largura; glumas
ovalado-lanceoladas, pilosas, com a inferior menor do que a
superior; antécio fértil obovado-oblongo, de (6-)7-9(-11)mm de
comprimento (exceto arista) por 2,0-3,0mm de largura e 1,2-1,8mm
de espessura, de coloração cinza-amarelada ou verde-amarelada;
lema fértil (lf) de elíptica a estreito-obovada, ápice bidentado, base
atenuada, papirácea, diminutamente curto-pubescente, lado dorsal
plano, geralmente com rugas transversais entre as 7-nervuras,
estas mais conspícuas perto da base e a mediana estendendo-se
em arista (as) subapical, de 6-8(-10)mm de comprimento; pálea
fértil (pf) largo-acanalada, com ápice truncado, mais curta e mais
estreita do que a lema, dorso glabro e carenas esparso-pilosas;
segmento da ráquila (seg) com cerca de 1mm de comprimento,
levemente encurvada longitudinalmente; calo punctiforme e
68
Glossario Ilustrado de Morfologia
circundado por estreita calosidade; cariopse aderida à pálea e
visível externamente através dela, alongado-ovalada, com 6mm
de comprimento por 2mm de largura e 1mm de espessura, de
coloração castanha, ápice arredondado, afilando para uma base
pontuda, com lado dorso plano-convexa e ventral com sulco
raso [Fig.49F].
Bromus inermis Leyss. – antécio fértil elíptico, de (9-)10-12mm de
comprimento por 1,5-3,0mm de largura e 1,0mm de espessura,
de coloração amarelo-clara ou de castanho-acinzantada a
castanho-escura; lema fértil (lf) de plana a levemente convexa
(com margens levemente viradas), igualando-se ou levemente maior
do que a cariopse e a pálea, conspicuamente mais larga do que
a cariopse, 3-5-nervuras e com a mediana mais conspícua, lado
dorsal glabrescente ou esparso-puberulenta perto da base; arista
(as) com 1-2(-3)mm de comprimento ou ausente; pálea fértil (pf)
plana, mais estreita do que a cariopse, carenas com densos e
curtos pêlos finos; segmento da ráquila (seg) subcilíndrico, fino,
reto, de 2,5-3,0mm de comprimento, alargando um pouco para o
ápice, com pubescência espranquiçada; cariopse aderida à pálea,
achatada, com 7-8mm de comprimento por 1,5-1,8mm de largura
e 0,3-0,5mm de espessura, de coloração castanha, afilando para
o ápice, base arredondada, lado ventral com estreita costela
longitudinal [Fig.49G-H-I].
Bromus rigidus Roth (= Bromus villosus Gmel.; Bromus squarrosus L. var.
villosus (Gmel.) Koch) – antécio fértil alongado-ovalado, afilando para
as duas extremidades, lateralmente pouco comprimido, de 12-
20mm de comprimento (exceto a arista) por 1,8-2,2mm de largura
B
69
e 1,5-1,8mm de espessura; lema fértil (lf) de coloração castanho-
amarelada a castanho-púrpura, com curta pilosidade esbranquiçada
mais densa na base, margens retas ou encurvadas sobre a pálea,
hialinas da porção mediana ao ápice, ápice com duas finas cerdas
membranáceas de 4-5mm de comprimento, lado dorsal reto, com
nervura mediana conspícua e que se estende, a 4-6mm abaixo
do ápice, em uma arista (as) muito dura, rugosa-escabrosa e com
35(-50)mm de comprimento; pálea fértil (pf) com carenas muito
próximas e com esparsa e curta pilosidade; segmento da ráquila
(seg) de 3-4mm de comprimento, reto ou levemente encurvada
longitudinalmente, alargando um pouco para o ápice e curto-
pubescente; calo fosco, punctiforme e com curta-pubescência
esbranquiçada e ascendente; cariopse aderida ao antécio, estreito-
oblonga, com 10-12mm de comprimento (muito mais curta do que a
lema e não alcançando as cerdas apicais) por 1,6-2,0mm de largura e
espessura, de coloração castanho-escura, afilando para as duas
extremidades pontudas, com lado dorsal reto e ventral levemente
convexo e com estreito sulco longitudinal profundo [Fig.49J-K].
Bromus secalinus L. – antécio fértil de oblongo a estreito-elíptico em
contorno e hipocrepiforme em seção transversal, com 7-9mm de
comprimento (exceto a arista) por 1,5-2,0mm de largura e espessura,
de coloração amarelo-acinzentada a castanho-acinzentada, mais
largo acima da porção mediana e afilando gradualmente para uma
base arredondada e abruptamente para um ápice obtuso; lema e
pálea fértil + cariopse ± iguais no comprimento; lema fértil (lf) não
comprimida lateralmente, aproximadamente da mesma largura da
cariopse, ápice obtuso, margem encurvada para o lado ventral,
principalmente, da ½ inferior até ¾ do antécio, nervuras laterais
70
Glossario Ilustrado de Morfologia
inconspícuas e mediana conspícua, que geralmente se estende
para uma arista (as) subapical de 3,0-6,5mm de comprimento,
mas que algumas vezes pode estar ausente; arista reta ou com
abrupta torção ou curvada na ½ ou acima; pálea fértil (pf) côncava
(com sulco ± profundo), ápice arredondado e carenas hispídulo-
ciliadas; segmento da ráquila (seg) de 1-2mm de comprimento,
pouco mais estreito perto do ápice, lado dorsal achatado (porção
deitada sobre a pálea) e ventral arredondado, longitudinalmente
encurvado (no antécio maduro), com curta-pubescência inconspícua;
calo com calosidade aneliforme, glabro ou lateralmente curto-
piloso; cariopse aderida ao antécio, oblongo-ovalada, comprimida
lateralmente, com (5,5-)6,5-8,0mm de comprimento por (1,3-)1,5-
1,8(-2,0)mm de largura e 1,0mm de espessura, de coloração
amarelada a cinza, margens conspicuamente voltadas para o lado
ventral e que se afilam gradativamente do ápice arredondado
para a base aguda, lado dorsal convexo e ventral com sulco
longitudinal em forma de ‘V’ [Fig.49L-M].
Bromus sterilis L. – antécio fértil estreito-oblongo, com 10-15(-18)
mm de comprimento (exceto a arista) por 1,5-1,8mm de diâmetro,
de coloração cinza-amarelada e lema frequentemente tingida de
castanho-escura a vermelho-púrpura ou púrpura-escuro (antécio
maduro); lema fértil (lf) comprimida lateralmente, lado dorsal
convexo, conspicuamente rugosa-escabrosa, margens estreito-
hialinas, viradas para o lado ventral, aproximando-se uma da
outra e extendendo-se para dois dentes apicais de 2-3mm de
comprimento, nervuras muito conspícuas e com a mediana se
estendendo, a 1,5-2,0mm abaixo do ápice, em uma arista (as)
escabrosa com 15-25mm de comprimento; pálea fértil (pf) com
B
71
concavidade profunda (em forma de ‘V’), em geral obscurescida
pelas margens encurvadas da lema, com longos e esparsos pêlos
finos nas carenas; segmento da ráquila (seg) com cerca de 3mm
de comprimento, alargando-se ligeiramente para o ápice, um
pouco encurvada longitudinalmente, com curta-pilosida fina; calo
amarelado, lustroso, glabro ou com tufo de curtos pêlos em cada
extremidade; cariopse aderida à pálea, estreito-oblonga, com
8-12mm de comprimento por 1,2mm de diâmetro, de coloração
castanha e com estreito sulco profundo [Fig.49N-O-P].
BromustectorumL.–antéciofértildeestreito-elípticoaestreito-lanceolado,
afilando para as extremidades e mais largo na porção mediana,
com 8-10(12)mm de comprimento (exceto a arista) por (0,9-)1,2-
1,5mm de largura por 1,0-1,2mm de espessura, de coloração
cinza-amarelada e lema freqüentemente tingida de púrpura ou de
castanho-escura; lema fértil (lf) comprimida lateralmente, pouco mais
larga do que a cariopse, com densa-pubescência de pêlos macios
e que se tornam mais longos perto do ápice, margem e ápice
hialinos, margens levemente encurvadas e que se extendem para
dois dentes apicais, de 2-3mm de comprimento, nervura laterais
fracas e mediana muito conspícua e que se estende, a 2-3mm
abaixo do ápice, em uma arista (as) dura, reta ou curvada para o
dorso e de até 12(-15)mm de comprimento; pálea fértil (pf) pouco
mais curta do que a lema, ápice obtuso e diminutamente entalhado,
com estreita concavidade rasa, superfície finamente pilosa e
margens com pêlos cerdosos de tamanho variado; segmento da
ráquila (seg) reto, de 2,5-3,0mm de comprimento, viloso, se alarga
ligeiramente para o ápice, lado dorsal achatado (porção deitada
sobre a pálea) e ventral arredondado; calo conspícuo, com um
72
Glossario Ilustrado de Morfologia
tufo de pêlos em cada lado, de resto glabro; cariopse aderida ao
antécio, oblonga, com cerca de 8mm de comprimento por 1mm
de diâmetro, de coloração castanha, com lado dorsal convexo e
ventral com profundo sulco [Fig.49Q-R].
BROTO – gema que brota nos vegetais e é capaz de se desenvolver em
ramificações folhosas e/ou floríferas.
Broto axilar – gema que se desenvolve na axila de uma folha.
Broto terminal – gema que se desenvolve no ápice da parte aérea.
BULBILHO – gema aérea transformada em órgão de multiplicação
vegetativa, do qual resulta um vegetal que pode crescer e formar uma
nova planta adulta; surgem também na axila de folhas normais, como
em inflorescências; como nas espécies de Allium sativum L. (Alliaceae),
Hippeastrum reticulatum Herb. (Amaryllidaceae) e no gênero Agave
(Agavaceae). O mesmo que bolbinho.
BULBO – diz-se de sistemas caulinares subterrâneos como gemas
protegidas por catáfilos ou bases foliares que armazenam
reservas; considera-se o bulbo como um caule modificado, mas
na realidade se trata de um sistema caulinar com seu eixo, suas
gemas, os primórdios foliares e as folhas modificadas. Bulbos podem
ser escamosos (lírio - Fig.51A) ou tunicados (cebola - Fig.51C) ou
cheios (alçafrão - Fig.50) que se caracterizam por apresentar o eixo
caulinar extremamente reduzido e todas as reservas encontram-
se nos catáfilos, ou composto (trevo, alho - Fig.51B) que apresenta
grande número de pequenos bulbos.
FIGURA 50 – Bulbo cheio de açafrão.
FIGURA 51 – Bulbos : A- escamoso do lírio; B- composto
	 de alho; C- tunicado de cebola.
B
73
Bulbostylis capillaris (L.) C.B. Clarke (= Scirpus callaris L.) – núcula obovada,
trigona, com 0,7-0,8mm de comprimento (exceto o rostro) por 0,6-07mm
de largura, de coloração parda, levemente lustrosa, afilando abrupta-
mente para o ápice obtuso e gradativamente para uma base estipitada,
ápice com rostro (ro - estilete remanescente) caliptriforme (raro ausente),
transversalmente ondulado-rugasa, pericarpo coriáceo, inserção basal
triangular; semente preenche todo o interior da núcula [Fig.239A-A’].
A unidade-semente é a núcula.
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Brasil 2009 glossario ilustrado de morfologia

  • 1.
  • 2.
  • 3. © 2009 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução desde que citada a fonte. A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é do autor. 1ª edição. Ano 2009 Tiragem: 3.000exemplares Elaboração, distribuição, informações: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO Secretaria de Defesa Agropecuária Coordenação Geral de Apoio Laboratorial Esplanada dos Ministérios, Bloco D, Anexo B, 4º andar, sala 430 CEP: 70043-900, Brasília - DF Tel.: (61) 3225-5098 Fax.: (61) 3218-2697 www.agricultura.gov.br e-mail: cgal@agricultura.gov.br Central de Relacionamento: 0800 704 1995 Coordenação Editorial: Assessoria de Comunicação Social Impresso no Brasil / Printed in Brazil Tiragem 3000 Catalogação na Fonte Biblioteca Nacional de Agricultura – BINAGRI Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Glossário ilustrado de morfologia / Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. – Brasília : Mapa/ACS, 2009. 406 p. : il. color. ; 21 cm. ISBN 978-85-99851-74-6 1. Morfologia. 2. Taxonomia. I. Secretaria de Defesa Agropecuária. II. Título. AGRIS C30 CDU 57.018.2(038)
  • 4. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA Glossário Ilustrado de Morfologia Brasília – 2009
  • 5.
  • 6. AGRADECIMENTOS `A Drª Doris, professor titular da UNICAMP, pela dedicação na elaboração deste Glossário Ilustrado de Morfologia e pelas relevantes informações técnicas cedidas ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
  • 7. APRESENTAÇÃO A Coordenação Geral de Apoio Laboratorial – CGAL, da Secretaria de Defesa Agropecuária – SDA, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa é o órgão responsável pela Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária e possui dentre suas atribuições estabelecer, uniformizar e oficializar métodos para a realização de análises. As presentes Regras para Análise de Sementes – RAS tem a finalidade de disponibilizar métodos para análise de sementes, sendo estes de uso obrigatório nos Laboratórios de Análise de Sementes credenciados no MAPA, objetivando o cumprimento da Lei nº 10.711, de 5 de agosto de 2003, publicada no Diário Oficial da União de 6 de agosto de 2003 e Decreto n° 5.153, de 23 de julho de 2004, publicado no Diário Oficial da União de 26 de julho de 2004. As RAS tiveram sua 1ª edição pelo Ministério da Agricultura, em 1967 e a partir de então foram publicadas outras atualizações. A presente edição atualiza e substitui a edição de 1992 e é composta de três volumes: Regras para Análise de Sementes, Manual de Análise Sanitária de Sementes (anexo ao Capítulo 9 – Teste de Sanidade de Sementes) e o Glossário Ilustrado de Morfologia. Estas regras foram atualizadas de acordo com as regras internacionais prescritas pela International Seed Testing Association – ISTA e incorpora a experiência e os avanços nacionais em análise de sementes. A CGAL pretende atualizar estas publicações à medida que novos métodos forem validados e de acordo com a exigência do mercado nacional e internacional. . Abrahão Buchatsky Coordenador da CGAL
  • 8. SUMÁRIO Apresentação......................................................................................................................................... 6 Introdução.............................................................................................................................................. 9 Abreviaturas usadas nas figuras para designar as estruturas morfológicas........................................ 11 A........................................................................................................................................................... 17 B........................................................................................................................................................... 49 C........................................................................................................................................................... 75 D......................................................................................................................................................... 125 E......................................................................................................................................................... 137 F......................................................................................................................................................... 173 G........................................................................................................................................................ 193 H......................................................................................................................................................... 203 I.......................................................................................................................................................... 215 K......................................................................................................................................................... 231 L......................................................................................................................................................... 233 M........................................................................................................................................................ 249 N......................................................................................................................................................... 263 O........................................................................................................................................................ 271 P......................................................................................................................................................... 279 Q........................................................................................................................................................ 313 R......................................................................................................................................................... 315 S......................................................................................................................................................... 333
  • 9. T..............................................................................................................................................................365 U..............................................................................................................................................................375 V..............................................................................................................................................................381 X..............................................................................................................................................................393 Z..............................................................................................................................................................397 Bibliografia consultada............................................................................................................................401 SUMÁRIO
  • 11. 10 O objetivo deste Glossário Ilustrado de Morfologia é suprir o analista de laboratório com informações sobre definições de termos utilizados na morfologia das espécies botânicas (plantas, frutos, sementes e plântulas). Trata-se de uma publicação que, anteriormente, fazia parte do Apêndice 3 das Regras para Análise de Sementes, edição 1992 e que nesta edição foi ampliado e aprofundado tornando-se o Glossário Ilustrado de Morfologia, um dos volumes integrantes das Regras para Análise de Sementes. Sob a responsabilidade da Coordenação Geral deApoio Laboratorial (CGAL/SDA/MAPA), este trabalho foi desenvolvido pela professora titular da UNICAMP, Drª Doris Groth, especialista na área, cujo material permanece sob o controle legal de propriedade da autora, o que faz com que a sua utilização para quaisquer outras finalidades, seja permitido somente mediante autorização expressa da mesma. A preocupação foi, portanto, disponibilizar ao sistema de controle de qualidade de sementes no país, um guia de consulta referencial, por ocasião das análises de rotina. As descrições de espécies botânicas permitem o reconhecimento das estruturas morfológicas e assim facilita o enquadramento nas definições de “Semente Pura”. Este Glossário contempla situações importantes como, por exemplo: - desenhos e descrições de espécies cultivadas que pertencem ao mesmo gênero, para facilitar a identificação / separação dessas espécies nos trabalhos da “Análise de Pureza”, como por exemplo, de espécies de Avena, Brachiaria, Bromus, Elytrigia, Festuca, Lolium, Sorghum, etc.; - desenhos e descrições de algumas espécies invasoras e / ou quarentenárias que pertencem ao mesmo gênero de uma espécie cultivada, como por exemplo, de espécies de Avena, Bromus, Elytrigia, Lolium, Sorghum, etc. Foram introduzidas descrições de frutos visando atender a descrição das espécies florestais nativas, que se encontram em estudo pelo MAPA; Foram introduzidas, também, as descrições dos embriões com os respectivos desenhos. A posição do embrião permite o posicionamento das espécies em um grupo de famílias ou em uma determinada família botânica e até fazer a separação de algumas espécies do mesmo gênero. Nas Figuras as estruturas morfológicas estão, na maioria das vezes, apontadas por abreviaturas (letras). Para facilitar o imediato entendimento dessas abreviaturas organizou-se, por ordem alfabética: a abreviatura e a designação da estrutura morfológica. Muitas vezes essas abreviaturas encontram-se também no texto.  Glossario Ilustrado de Morfologia
  • 12. ABREVIATURAS USADAS NAS FIGURAS PARA DESIGNAR AS ESTRUTURAS MORFOLÓGICAS
  • 13. 12 Glossario Ilustrado de Morfologia ABREVIATURAS USADAS NAS FIGURAS PARA DESIGNAR AS ESTRUTURAS MORFOLÓGICAS A ac – acúleo ae – antécio estéril af – antécio fértil an – antípodas ani – antécio inferior ans – antécio superir ant – antera ap – apêndice aq – aquênio ar – artículo are – aréola ari – arilo arl – arilóide as – arista asg – arista geniculada au – aurícula B b – bulbo ba – bacáceo bai – bainha br – bráctea bres – bráctea com espinhos bv – broto vegetativo C c – catáfilo ca – carpelo cal – cálice cali - calículo cap – cariopse car – carpídio cau – caule cd – costela dorsal ce – cerdas cf – coifa ch – chalaza ci – costela intermediária cl – costela lateral co – cotilédone(s) col – coluna seminífera cop – coleóptilo cor – coleorriza cos – costela C cp – cápsula cr – carpóforo crn – cornículo cru – carúncula D de – disco epígeno dru – drupa E e - escapo ege – espigueta estéril eh – estolão hipogeu eixo – eixo embrionário ou eixo principal; flor ej – ejaculador em – embrião en – endosperma end – endocarpo ent – entalhe epi – epicótilo epu – estípula es – estigma esc – escutelo esd – espádice esp – espata espi – espinhos est – estilete et – estilopódio etr – estrofíolo eun – espinhos uncinados ex – integumento externo F f – funículo fc – folha carpelar fi – filete fl – flor fli – folículo fo – folha fol – folíolo fp – folha primária fr – fruto frc – fruto composto frm – fruto múltiplo F fru – frutículos fse – falso septo fv – feixes vasculares G g – glomérulo gaf – gametófito feminino gan – ganchos ge – gema gea – gema apical gi – ginóforo gin – gineceu gl – glumas gle – gluma estéril gli – gluma inferior gls – gluma superior gp – grão de pólen gpg – grão de pólen germinado H hi – hipanto hip – hipocótilo hpo – hipógino hr – eixo hipocótilo-radícula I in – integumento interno is – istmo L la – lacínia lab – lábio lb – lobos le – lema estéril ou estaminada lf – lema fértil li – linha de deiscência lo – lóculo lod – lodícula l – limbo M m – micrópila me – mericarpo mes – mesocarpo ms – mesocótilo N n – nucela nm - nervura mediana nm – nervura mediana do carpelo no – nó np – núcleos polares nse – núcleo seminífero nu – núcula nv – nervuras anastomosadas O o – oosfera oc – ócrea op – opérculo or – orifícios ov – óvulo ova – ovário P p – poro pa – papus pal – pecíolo alado pcap – posição da cariopse pd – pedúcnculo pe – pecíolo ped – pedicelo per – perianto pes – pálea estéril pet – pétala pf – pálea fértil pin – ponto de inserção dos cotilédones pir – pirênio pis – pistilo pj – ponto de junção dos carpelos pl – plúmula ple – pleurograma por – posição da radícula pr – pericarpo prg – perigônio pri – primórdios foliares pt – pericarpo+tegumento
  • 14. ABREVIATURAS USADAS NAS FIGURAS PARA DESIGNAR AS ESTRUTURAS MORFOLÓGICAS 13 Q q – quilha R r – raiz ra – raque rad – raizes adventícia rap – raiz primária ras – raizes adventícias seminais rc – raiz contrátil rd – radícula re – receptáculo R rep – replum rf – rafe rl – raiz lateral ro – rostro rp – raiz principal rs – raiz secundária ru – ruptura S s – semente sa – saco embrionário sc – saco polínico S se – septo seg – segmento da ráquila sgm – segmento si – sinérgidas sm – sâmara sp – sépalas spe – sépalas externas spi – sépalas internas su – sutura sul – sulco da comissura T t – teca tb – tubos de óleo te – tépala teg – tegumento tp – tubo polínico tu – tubérculo V va – valva val – valécula
  • 17.
  • 18.
  • 19. 18 Glossario Ilustrado de Morfologia ABAXIAL – se refere a superfície inferior de um órgão ou a superfície que está mais afastado do eixo sobre o qual se insere; antônimo de adaxial. ABCISÃO ou ABSCISÃO – um tipo de desarticulação, como a separação dos antécios das espiguetas; é um caráter importante na distinção das espécies de Avena e de Sorghum (Poaceae =Gramineae). Ver articulada e desarticulação [Fig.327]. Abcisão em Avena – segundo MUSIL (1977) pode ser (mais detalhes na descrição de Avena e de Sorghum): Abcisão completa – na base (ponto de inserção) do antécio se forma uma camada engrossada, quando maduro, o antécio se separa com calo liso e bem desenvolvido, ao redor da cavidade basal. Este tipo de abcisão é encontrado nas aveias selvagens; Abcisão parcial – na base do antécio não se forma uma camada engrossada ao redor de toda a cavidade, assim o calo só se apresenta engrossado lateralmente. O antécio não se separa facilmente, pois uma pequena porção na frente e atrás permanecem unidos. Este tipo de abcisão é encontrado nas aveias fatuóides heterozigotas; Ruptura – os pontos de articulação permanecem unidos ao redor de toda a cavidade basal. O antécio pode se separar mais ou menos regularmente ao redor da linha onde a camada de abcisão normalmente deveria se desenvolver, sem o calo espessado (abcisão completa), ou o segmento da ráquila pode se romper ou lascar em algum ponto. A cavidade
  • 20. A 19 basal é frequentemente muito reduzida em tamanho. Este tipo de abcisão é encontrado nas aveias cultivadas Avena byzantina K. Koch, Avena sativa L. e Avena strigosa Schreb. [Fig.30, 31, 32]. Abrus precatorius L. – semente de largo-ovóide a globosa, com ápice e base arredondada, vermelho-escarlate e com mancha preta oblíqua no ápice, em torno do hilo e que ocupa cerca de ⅓ a ¼ da superfície [Fig. 1]. Ver Rhynchosia phaseoloides. Acanthospermum australe (Loef.) Kuntze – invólucro-de-brácteas elipsóide- comprimido, com cerdas uncinados que se inserem irregularmente sobre 8-10 costelas longitudinais; ápice e base arredondados e com uma extremidade voltada para um lado e a outra para o outro [Fig.206A]. A unidade-semente é formada pelo invólucro-de-brácteas. Acanthospermum hispidum DC. – invólucro-de-brácteas obtriangular- comprimido, sem costelas e com cerdas inseridas irregularmente sobre a superfície; base cuneiforme; ápice largo-truncado, levemente inclinado, com dois rostros divergentes, mais grossos do que as cerdas, com um reto e outro uncinado [Fig.206B]. A unidade-semente é formada pelo invólucro-de-brácteas. ACAULE – desprovido de caule; onde as folhas (fo) se apresentam dispostas em roseta sobre a superfície do solo e no centro surge o escapo (e) que sustenta a inflorescência [Fig.2]. ACICULAR – diz-se quando um órgão (folha, fruto ou semente) tem contorno de agulha, linear e rígida; como as folhas de Pinus [Fig.103L]. FIGURA 2 – Acaule. FIGURA 1 – Abrus precatorius (A-B) e Rhyncho- sia phaseoloides (C-D): semente.
  • 21. 20 Glossario Ilustrado de Morfologia ACICULADA – diz-se da superfície de um órgão (folha, fruto ou semente) que se apresenta marcada com estrias muito finas, irregulares, como se tivessem sido produzidas com a ponta de uma agulha [Fig.295H]. ACRESCENTE – que se desenvolve ou que continua a se desenvolver após a frutificação. Ver cálice. ACULEADA(O) – diz-se da superfície [Fig.203B] ou da margem [Fig.110G] de um órgão (caule, folha, fruto ou semente) provida de acúleos; como o caule das roseiras ou a margem de uma folha, como a do abacaxi. ACÚLEO – formação epidérmica rígida, afilada, com aspecto de espinho, encontra-se em caules de roseiras, em folhas de abacaxi e de joá (Solanum aculeatissimum Jacq.) e nos frutos (craspédios) de Mimosa pudica L. [Fig.107-ac]; distinguem-se dos espinhos por não ter uma posição definida no órgão, por ser de fácil remoção e por não possuir elementos condutores. ACUMINADO(A) – diz-se quando o ápice de um órgão (folha, fruto ou semente) se afila para um ângulo obtuso e abruptamente para um ângulo agudo (ponta dura) [Fig.16K-K’-K’’]. ADAXIAL – se refere a superfície superior de um órgão ou a superfície que está mais próxima do eixo sobre o qual se insere; antônimo de abaxial. ADERENTE – que adere; o mesmo que adnato. ADNATO – diz-se quando estruturas estão naturalmente concrescidas ou aderidas; quando estruturas diferentes, como pétalas + estames, estão fundidas; o mesmo que aderente, concrescente, conato.
  • 22. A 21 ADPRESSO – diz-se quando uma determinada estrutura cresce em contato íntimo com outra estrutura, mas não se encontra fundida com ela. ADUNCO – diz-se quando uma estrutura vegetal se apresenta curvada, para baixo, como um gancho. ADVENTÍCIO – diz-se de um órgão que nasce em lugar indevido; é a raiz ou as raízes que se originam de outras estruturas que não da radícula ou da raiz primária; pode ser a partir do hipocótilo, do colo, de caules ou de ramos. ÁFILO – diz-se quando caules ou plantas não possuem folhas de tipo algum, como em plantas parasitas (Cuscuta sp.). Agrostis sp. – espiguetas pediceladas, comprimidas lateralmente, dasarti- culadas acima das glumas e formadas por um antécio fértil; glumas (inferior e superior) lanceoladas, glabras, agudas ou aristadas, com 1-nervura, frequentemente escabrosa na carena, subiguais e mais longas do que o antécio fértil; calo glabro ou com anel de pêlos; segmento da ráquila (ráquis) estéril glabra, curtíssima ou ausente; lema fértil membranácea, com 3-5 nervuras, glabra, aguda ou truncada, com arista dorsal ou ausente; pálea fértil ausente ou bicarenada e muito menor do que a lema [Fig.3, 4]. A unidade-semente é o antécio-fértil. Seguem as características diferenciais das espécies de Agrostis: Agrostis canina L. – antécio fértil de fusiforme a estreito-elíptico; lema fértil (lf) fina, hialina, com 1,5mm ou mais de comprimento por menos de 0,5mm de largura, finamente granular, com dobras entre as nervuras escabrosas e finas na extremidade, com arista (as)
  • 23. 22 Glossario Ilustrado de Morfologia longa, torcida, geniculada e inserida na porção mediana ou pouco abaixo, ou com nervuras e sem arista, em certas variedades; pálea fértil tão reduzida que parece estar ausente; pêlos basais rombudos e curtos nas extremidades do calo, às vezes ausentes [Fig.3A, 4A]. Agrostis capillaris L. (=Agrostis tenuis Sibth.) – glumas de estreito- oblongas a lanceoladas e a inferior escabrosa na carena; antécio fértil (lf) fusiforme, acinzentado, fosco ou ligeiramente lustroso; lema fértil de fusiforme a estreito-elíptica, lisa, dura, com ⅔-¾ do compri- mento das glumas ou com 1,8-2,0mm de comprimento por 0,5mm de largura; arista (as), se presente, torcida, geniculda ou, às vezes, curta e reta, inserida entre próximo à base e a porção mediana da lema; pálea fértil (pf) aderente a cariopse, longa ou curta, dependendo da cultivar, afilando-se uniformemente da base para um estreito entalhe apical em forma de ‘V’; pêlos basais em geral ausentes, se presentes, mais ou menos longos e estendido [Fig.3E, 4E]. Agrostis gigantea Roth (=Agrostis alba L.) – glumas lanceoladas, agudas, escabrosas na carena e de resto lisas; antécio fértil oblongo ou estreito-elíptico, liso, lustroso e de coloração pálea a amarelada; lema fértil (lf) com dorso arredondado ou levemente achatado e não carenado, lustrosa, com 2,0mm ou mais de comprimento por 0,5mm de largura e ápice geralmente com 3-nervuras; arista (as), se presente, curta, reta, nunca torcida e geniculada, inserida acima da porção mediana da lema; pálea fértil (pf) cerca da ½ do comprimento da lema fértil e ápice truncado ou com largo entalhe raso e encoberto pelos bordos da lema; pêlos basais longos e adpressos, ou estendidos, curtos e grossos ou ausentes; calo arredondado e espessado verticalmente [Fig.3B, 4B]. FIGURA 4 – Agrostis (antécio fértil lado ventral): A- A. canina; B- A. gigantea; C- A. palustris; D- A. stolonifera; E- A. capillaris. FIGURA 3 – Agrostis (antécio fértil lado dorsal): A- A. canina; B- A. gigantea; C- A. palustris; D- A. stolonifera; E- A. capillaris.
  • 24. A 23 Agrostis palustris Huds. (incluída em Agrostis stolonifera L.) – antécio fértil ovado-lanceolado ou elíptico, liso, de amarelo-pálea lustroso a cinza-prateado e levemente lustroso; lema fértil (lf) à vezes fosca, geralmente com 5-nervuras no ápice (raramente 3-nervuras), com 1,8-2,0mm de comprimento por 0,5mm de largura, dorso carenado acima da base e com conspícua constrição acima do espesso calo obtusamente anguloso; arista (as), se presente, curta e reta, inserida acima da porção mediana da lema; pálea fértil (pf) larga na porção mediana e afilando-se abruptamente para um ápice diminutamente arredondado ou formando uma “espécie de ombro” e variavelmente entalhado; pêlos basais em geral curtos e grossos, algumas vezes maiores e esparsos ou ausentes [Fig.3C, 4C]. Agrostis stolonifera L. – antécio fértil geralmente curto, roliço e liso; lema fértil (lf) lisa, lustrosa, de coloração palha e com ápice truncado; arista (as), se presente, curta, reta e inserida entre a porção mediana e próximo ao ápice da lema; pálea fértil (pf) abruptamente mais estreita em direção ao ápice, que é muito variável, mas não apresenta entalhe em forma de ‘V’ e com cerca de ⅔ do comprimento da lema; pêlos basais em geral ausentes, mas se presentes curtos e grossos; calo cônico e protuberante [Fig.3D, 4D]. AGUDO(A) – diz-se quando o ápice de um órgão (folha, fruto ou semente) termina gradativamente em um ângulo menor do que 90°; como o ápice da folha lanceolada [Fig.16J-J’]. ALA – qualquer expansão em forma de asa (laminar, foliácea ou membra- nácea) e que se prolonga da superfície de diversos órgãos; no fruto
  • 25. 24 Glossario Ilustrado de Morfologia é formada exclusivamente pelo pericarpo e na semente é formada apenas pelo tegumento. Como fruto alado cita-se a sâmara (ver descrição) que ocorre em: Pterogyne nitens Tul. (Fabaceae-Caesalpi- noideae), Tipuana tipu (Benth.) Kuntze (Fabaceae-Papilionoideae). Em sementes pode-se encontrar: FIGURA 5 – Alas de Aspidosperma ramiflorum (A) e Tabebuia: B- T. avelanedae; C- T. chrysotricha; D- T. impetiginosa; E- T. roseo-alba. Ala apical – Aspidosperma polyneuron Müll. Arg. (Apocynaceae - Fig.313E-E’), Cedrela fissilis Vell. e Swietenia macrophylla King (Meliaceae), Luehea (Tiliaceae) e Qualea (Vochysiaceae). Ala bilateral – gênero Tabebuia (T. avelanedae Lor. ex Griseb.; T. chrysotricha (Mart. ex DC.) Standl.; T. impetiginosa (Mart.) Standl.; T. roseo-alba (Rindl.) Standl. - Bignoniaceae - Fig.5]. Ala circular – em Allamanda sp. [Fig.313D] e Aspidosperma ma- crocarpon Mart. e Aspidosperma ramiflorum Müll. Arg. - Fig.5A (Apocynaceae), nos gêneros Jacaranda (Bignoniaceae), Carda-
  • 26. A 25 mine (Brassicaceae =Cruciferae), Spergula e Spergularia (Caryo- phylla-ceae - Fig.305G-H), Dimorphoteca (Asteraceae =Composi- tae) e Grevillea [Fig.313C) e Roupala (Proteaceae). ALADO(A) – provido de alas; pecíolos alados; fruto ou semente alada. ALBUME ou ALBÚMEN – tecido nutritivo da semente; o mesmo que endosperma (termo preferido). ALBUMINOSA– diz-se da semente que contém albúmen no tecido de reserva. ALEURONA – camada vital mais externa do endosperma de certas cariopses; “sementes” que contém reservas de proteína são milho, trigo, cevada, centeio (Poaceae =Gramineae) e mamona (Euphorbiaceae). Alopecurus pratensis L. – espigueta uniflora (antécio fértil), fortemente comprimida, de 5-6mm de comprimento por 1,8-2,0mm de largura, que se desarticula abaixo das glumas; glumas (gl) agudas, finas, iguais ou subiguais entre sí, presas na base, superando e ocultando o antécio, com longos cílios na carena e nas nervuras laterais; lemas férteis (lf) lisas, translúcidas, arredondadas ou achatadas no dorso, com 3-5 ner- vuras, envolvem a cariopse e com as margens unidas na metade infe- rior; arista (as) geniculada, torcida, inserida próximo à base da lema e 5-7mm mais longa do que as glumas; pálea fértil ausente; calo pequeno e imperceptível; cariopse comprimida, com 1,5-3,0mm de comprimento, glabra, sulcada, amarelo-dourada ou castanho-clara, diminutamente en- rugada ou microscopicamente estriada e hilo basal punctiforme [Fig. 6]. A unidade-semente é a espigueta, mas às vezes, nas sementes bene- ficiadas é encontrada sem as glumas (apenas a lema fértil com a cariopse). FIGURA 6 – Alopecurus pratensis: A- espigueta; B- lema fértil.
  • 27. 26 Glossario Ilustrado de Morfologia ALTERNA(O) – diz-se quando as folhas (fo) estão inseridas no epicótilo ou no caule (cau) isoladamente e não em posição oposta [Fig.7]; como a inserção das folhas do brinco-de-princesa (Hibiscus rosa-siensis L.). Utilizado também quando os verticílios florais se organizam em duas séries; ou quando sementes se inserem alternadamente no fruto. Ver Rumex acetosela L. onde a ½ de uma sépala externa se sobrepõem ao bordo de duas sépalas internas [Fig.240A]. ALTERNÂNCIA DE TEMPERATURA – quando no teste de germinação a temperatura mais baixa é utilizada durante 16 horas no período noturno e a temperatura mais alta por oito horas no período diurno. ALVEOLADA(O) – diz-se da superfície que apresenta alvéolos (cavidades rasas e ± hexagonais - Fig 295C.); o mesmo que faveolada e faviforme. Ambrosia artemisiifolia L. (=Ambrosia elatior L.) – invólucro-gamófilo mais largo entre a porção mediana e o ápice, afilando gradativamente para a base, ápice com rostro grosso e circundado por uma coroa de 5-8 projeções delgadas e que formam costelas longitudinais em direção a base; superfície fracamente transverso-rugosa, às vezes, com grande reticulado de veias, levemente mais escuras entre as costelas, e com longos pêlos alvo-hialinos, mais densos perto do ápice [Fig.208A]. A unidade-semente é o invólucro-gamófilo. Ambrosia polystachya DC. – invólucro-gamófilo mais largo próximo ao ápice ou em torno da porção mediana, faces com costelas longitudinais lisas, ápice rostrado e não circundado por uma coroa de projeções; superfície glabra e entre as costelas fortemente transverso-rugosa [Fig.208B]. A unidade-semente é o invólucro-gamófilo. FIGURA 7 – Alterna.
  • 28. A 27 Ambrosia trifida L. – invólucro-gamófilo de aredondado a 5-angular, mais largo próximo ao ápice ou em torno da porção mediana (5,6-6,5mm de comprimento), afila gradativamente para a base, ápice com rostro grosso, circundado por uma coroa de cinco projeções e que formam costelas longitudinais em direção a base; às vezes com 1-3 projeções menores podem ocorrer entre a coroa externa e o rostro central. A unidade-semente é o invólucro-gamófilo. AMÊNDOA – termo utilizado por alguns autores para indicar a parte que contém o embrião. Ammi sp. – cremocarpo formado por dois carpídios monospérmicos, com base arredondada e ápice com estilopódio; carpídio com lado dorsal convexo com cinco nítidas costelas longitudinais, lisas e amarelo- claras; lado ventral (da comissura) em geral plano, com sulco mediano e que envolve o carpóforo [Fig.109A-B-C-D-E]. A unidade-semente é o cremocarpo e o carpídio. Seguem as características diferenciais das espécies de Ammi: Ammi majus L. – cremocarpo largo-elíptico; carpídio de estreito- ovalado a elíptico e ápice agudo, com 1,8-2,5mm de comprimento por 0,8-1,0mm de largura e 0,8mm de espessura; lado ventral com profundo sulco, limitado por duas estrias longitudinais muito próximas [Fig.109A-B-C]. Ammi visnaga (L.) Lam. – cremocarpo ovóide e comprimido lateralmente; carpídio ovado-oblongo e ápice obtuso, com 2,0- 2,5mm de comprimento por 0,8-1,0mm de largura e 0,8 mm de espessura; lado dorsal com fina listra, pouco mais escura, dividindo
  • 29. 28 Glossario Ilustrado de Morfologia as costelas; lado ventral com dois sulcos longitudinais em ambos os lados da linha mediana, mas nunca um sulco como em Ammi majus L. [Fig.109D-E]. AMPLEXICAULE – diz-se quando a base de uma folha (fo) séssil abraça (envolve) parcial ou totalmente o caule (cau) [Fig.8]. ANASTOMOSADO – confluência ou ramificação de duas células, vasos, canais, nervuras, etc.; unido de tal maneira que forma uma rede de malhas; como em Brachiaria plantaginea (Link) Hitchc. onde as 10-11 nervuras na gluma inferior (ou primeira gluma) se apresentam nitidamente anastomosadas no ápice [Fig.47A]. ANÁTROPO – ver óvulo anátropo [Fig.246]. ANDROCEU – conjunto dos órgãos masculinos da flor, isto é, dos estames; constitui o terceiro verticilio floral numa flor hermafrodita das Dicotiledôneas [Fig. 12,13A, 171]. Andropogon gerardii Vitman – espiguetas aos pares, que se formam no mesmo nó; uma espigueta do par é séssil e fértil, a outra é pedicelada e pode ser estéril ou estaminada, ambas estão unidas pelo segmento da ráquila (ráquis); a espécie produz uma porção variável de espiguetas pediceladas férteis, que diferem das espiguetas sésseis; glumas da espigueta fértil coriáceas, com (5-)7-9mm de comprimento por 1,5mm de largura, sem arista, opacas e acastanhadas; gluma inferior 2-carenada e com largo sulco no dorso; gluma superior lanceolada e unicarecada; lema e pálea fértil hialinas e pouco menores do que as glumas; lema fértil com largo sulco longitudinal no dorso, com arista FIGURA 8 – Amplexicaule.
  • 30. A 29 torcida, geniculada e que emerge do ápice; segmento da ráquila e pedicelo denso-vilosos, achatados na base e ápice expandido, em forma de taça [Fig.155]. Arista geralmente quebrada nas sementes comerciais. A unidade-semente é a espigueta séssil e fértil, com segmento da ráquila e pedicelo de uma segunda espigueta, às vezes, se encontra ainda, preso no pedicelo, a espigueta estéril ou estaminada. ANEMOCORIA – diz-se quando a dispersão de diásporos ocorre pelo vento; como nas sementes aladas, sâmaras, samarídio, aquênios com papus; em oficial-de-sala (Asclepias curassavica L. – Asclepiadaceae), na paineira (Chorisia speciosa A. St.-Hil. – Malvaceae), etc. Ver antropo- coria, autocoria, hidrocoria, ornitocoria e zoocoria. ANFISSARCÍDIO – fruto de origem placentar, pericarpo carnoso, com uma cavidade central, sem lóculos individualizados e cheia de sementes (s), envoltas por polpa (endocarpo) carnosa (suculenta); como em Kigelia e Crescentia (Bignoniaceae - Fig.9A-B), Crataeva (Capparaceae - Fig.9D), CouroupitaguianensisAubl.(Lecythidaceae-Fig.10C-D),Amaioua-Fig.9C e Genipa (Rubiaceae) e Theobroma cacao L. (Sterculiaceae) [Fig.10A-B]. ANFÍTROPO – ver óvulo anfítropo; semelhante a anátropo [Fig.247]. ANGIOSPERMA – divisão do reino vegetal que compreende uma planta ou um grupo de plantas, cujas sementes ficam encerradas no interior de um ovário transformado em fruto, como as de Eucalyptus. Como grupo opõe-se ao das Gimnospermas. ANGULAR – que forma ângulos, com pronunciados ângulos longitudinais [Fig.100L] ou quando um órgão apresenta ângulos salientes na FIGURA 9 – Anfissarcídios: A- Kigelia sp.; B- Crescentia sp.; C- Amaioua sp.; D- Crataeva sp. FIGURA 10 – Anfissarcídios: A-B- Theobroma cacao; C-D- Couroupita guianensis; A- seção longitudinal e B- seção transversal.
  • 31. 30 Glossario Ilustrado de Morfologia margem [Fig.110E]; como a folha de Datura stramonium L. e o caule de Salvia pratensis L. Angular-angular – quando os ângulos são pronunciados. Obtuso-angular – quando os ângulos são arredondados. ANOMOCARPO – o mesmo que heterocarpo. ANORMALIDADE APARENTE – anormalidade de plântulas devido a condições inadequadas para o teste de germinação em laboratório. ANTÉCIO – cada urna das flores que compõem a espigueta das Cyperaceae e Poaceae (=Gramineae). Compõe-se de duas bractéolas (glumelas) secas, na base de cada flor; a inferior ou externa (lema - lf) envolve a cariopse pelo lado dorsal e a superior ou interna (pálea - pf) envolve a cariopse pelo lado ventral [Fig.11]. Antécio estéril – nas Poaceae (=Gramineae) compõe-se exclusivamente das glumelas e é incapaz de produzir sementes [Fig.156-ae]. Antécio fértil – nas Poaceae (=Gramineae) compõe-se das glumelas (lema - lf e pálea - pf) e dos dois órgãos floríferos reprodutivos (pistilo - pis e estame) ou da cariopse madura, com ou sem lemas estéreis adicionais [Fig.11, 155]. ANTERA – parte mais intumescida do estame, localizada na extremidade apical do filamento (filete - fi); divide-se em tecas (t) que estão unidas pelo conectivo [Fig.12]. Nas tecas encontram-se os FIGURA 11 – Antécio fértil: A-B- lado ventral; cariop- se: C- lado dorsal com embrião; D- lado ventral com hilo. FIGURA 12 – Antera. FIGURA 13 – Antera e ovário (seção transversal): A- antera; B- ovário tricarpelar e trilocular.
  • 32. A 31 microsporângios ou sacos polínicos (sc), que são em número de quatro, sendo duas para cada teca e que contêm os grãos de pólen (gp) ou micrósporos [Fig.13A]. Anthoxanthum odoratum L. – espigueta curto-pedicelada, comprimida lateralmente, com duas glumas, um único antécio fértil terminal e duas lemas estéreis aristadas por baixo; o segmento da ráquila se desarticula acima das glumas naviculares, apiculadas, desiguais, escabrosas, com dorso laxo-piloso; lemas estéreis (le) bilobadas, subiguais, cerca de 3mm de comprimento, castanho-avermelhadas e amareladas no ápice, pubescentes, com longos pêlos fulvos e margens denso-ciliadas; lema estéril (inferior) com curta arista que se insere perto da região mediana; lema estéril (superior) com arista dura, torcida, geniculada e que se insere no dorso perto da base; a inflexão da arista geniculada (asg) geralmente ocorre na altura do ápice da lema ou pouco acima; lema fértil (lf) largo-ovada, aguda, com cerca de 2mm de comprimento, não aristada, catanho-avermelhada-escura, lustrosa, glabra e envolve a cariopse e a pálea fértil (pf) [Fig.14]. A unidade-semente é a espigueta + as lemas estéreis ou, às vezes, apenas o antécio fértil. Nas sementes comerciais pode(m) faltar a(s) lema(s) estéril(eis), devido ao beneficiamento. ANTÍPODA – no óvulo das Angiospermas é cada uma das três células (an) que se encontram na base do saco embrionário (sa), na extremidade da chalaza (ch), portanto em posição oposta à oosfera (o) [Fig.171A, 297]. ANTOCARPO – formado pelo gineceu inteiro ou por parte dele (hipanto), participa na formação da parede do fruto, como na parede da núcula de Guapira (Nyctaginaceae); ou é formado pela porção inferior persistente do FIGURA 14 – Anthoxanthum odoratum: A- espigueta; B-C- antécio fértil. FIGURA 15 – Antocarpo de Boerhavia difusa (A-B-C) e Mirabilis jalapa (D-E).
  • 33. 32 Glossario Ilustrado de Morfologia perigônio, que aumenta de tamanho durante o desenvolvimento do fruto, torna-se mais firme, circunda e protege o fruto (núcula), como em Boerhavia difusa L. [Fig.15A-B-C] e Mirabilis jalapa L. (Nyctaginaceae) [Fig.15D-E]. ANTOCIANINA – pigmento que dá a coloração vermelha, azul ou violácea a várias partes da planta. ANTÓFITOS – plantas que produzem flores. O mesmo que Espermáfitas e é sinônimo de Fanerógamas e que se opõem as Criptógamas. ANTROPOCORIA – quando a dispersão de diásporos é feita pelo homem, acidental ou espontaneamente. Ver anemocoria, autocoria, hidrocoria, ornitocoria e zoocoria. ANTRORSO – dirigido para frente, para o ápice. Oposto de retrorso. ANUAL – diz-se da planta que completa seu ciclo vegetativo e reprodutivo em alguns meses. AOVADO(A) – diz-se quando um órgão (folha, fruto ou semente) tem contorno de ovo, com a parte mais larga na base [Fig.103E]; como a folha de Stellaria media (L.) Vill. O mesmo que ovado e ovóide. APÊNDICE – designação de qualquer parte saliente, quase sempre curta, estreita e muitas vezes de importância secundária, de um órgão vegetal; como no samarídio de Banisteriopsis lucida (Malpighiaceae) [Fig.300K]. APIACEAE – nome válido da família Umbelliferae. FIGURA 16 – Ápice (quanto a ponta): A- aristado; B- mucronado; C- cuspidado; D- cirroso; E- pungente; F- setoso; G- apiculado; H- uncinado; I- rostrado; J-J’- agudo; K-K’K’’- acuminado; L- obtuso; M- obtuso com acúmen; N- retuso; O- emarginado; P- truncado; Q- obcorda- do; R-R’- capitado; S- roído; T- exisa.
  • 34. A 33 APICAL ou TERMINAL – relativo ao ápice. ÁPICE – extremo ou ponto terminal de qualquer órgão, que pode ter diversas formas [Fig.16]. Ápice da parte aérea ou Sistema apical – porção terminal da parte superior da plântula, que contém o ponto principal de crescimento (meristema ou gema apical) e as folhas iniciais. Estas folhas envolvem e protegem o ponto de crescimento, formando assim a gema apical. APICULADO – diz-se quando o ápice de um órgão (folha, fruto ou semente) termina abruptamente em curta projeção (ponta) dura e aguda no centro [Fig.16G]; como o fruto de Cordia superba Cham. (Boraginaceae). Em órgãos foliáceos é frequentemente usado como sinônimo de múcron, provido de apículo. APÍCULO – pequena ponta aguda e curta, mas pouco consistente. APOCÁRPICO – diz-se do gineceu e depois do fruto onde os carpelos não se fundiram [Fig.17]. APODRECIMENTO – destruição da semente ou das estruturas da plântula, geralmente associada à presença de microorga­nismos patogênicos. APOMIXIA – quando a reprodução ocorre sem fecundação. AQUÊNIO – fruto nucóide simples, seco, indeiscente, unilocular, unisse­ minado, originado de um ovário bicarpelar e ínfero, com semente presa na parede do fruto (pericarpo) em um só ponto, na base; pericarpo não soldado ao tegumento, liso ou com excrescências; pode apresentar estruturas FIGURA 17 – Apocárpico. FIGURA 18 – Aquênios alados: A- Synedrella nodiflora (raio do capítulo); B- Soliva pterosperma; C-D- Syne- drellopsis grisebachii (com dois tipos do centro do capítulo) e C’-D’- seção transversal.
  • 35. 34 Glossario Ilustrado de Morfologia acessórias (invólucro) na base ou apresentar o cálice modificado em papus; fruto das Asteraceae (=Compositae - Fig. 18-19-20-21-22-23-24-25), Cyperaceae, Dipsacaceae e Valerianaceae. Aquênio alado – em Soliva pterosperma (Juss.) Less. – ala bilobada e recortada; Synedrella nodiflora (L.) Gaertn. – aquênios da periferia, do capítulo, alados e com cerdas ascendentes, de diferentes tamanhos e com diminutos cílios esparsos branco-amarelados na margem; Sy- nedrellopsis grisebachii Hieron & Kuntze – dois tipos de aquênios no centro do capítulo, um com ala estreita virada para o lado ventral e outro com ala estendida e laciniada nas margens [Fig.18]. Aquênio heterocarpo – com dois ou mais tipos de aquênios na mesma inflorescência; em Asteraceae (=Compositae) os frutos originados na periferia (raio) do capítulo podem apresentar características morfo- lógicas diferentes daqueles que se formam no centro do capítulo. Em Hypochaeris radicata L. – aquênios do centro, do capítulo, rostrados e os da periferia não rostrados [Fig.23A-A’]; em Synedrella nodiflora (L.) Gaertn. – aquênios do centro, do capítulo, não alados e os da periferia alados, com cerdas ascendentes de diferentes tamanhos e com diminutos e esparsos cílios branco-amarelados na margem – Fig. 18A); em Synedrellopsis grisebachii Hieron & Kuntze – aquênios da periferia, do capítulo, não alados e os do centro com dois tipos, um com estreita-ala virada para o lado ventral e outro com ala esten- dida e laciniada nas margens – Fig.18C-C’-D); em Picris echioides L. – aquênios pilosos na periferia e os do centro glabros – Fig.23B-B’). Aquênio rostrado – prolongamento apical do aquênio, onde no ápice se insere o papus, como em Hypochaeris brasiliensis Griseb., H. grisebachii Cabr., H. glabra L. e H. radicata L. [Fig.23A]. FIGURA 19 – Aquênio com papus bisseriado: Vernonia scorpioides.
  • 36. A 35 FIGURA 20 – Aquênio com papus aristado ou cerdoso: A-A’- Bidens pilosa; B- Bidens subalternans, C- Blainvillea biaristata; D- Eclipta alba; E- Elephantopus mollis; F- Jaegeria hirta. FIGURA 21 – Aquênio com papus ausente: A- Elvira biflora; B- Siegesbeckia orientalis; C- Picris hieracioides. FIGURA 22 – Aquênios com papus multisseriado: A- Centaurea melitensis; B- Centau- rea solstitialis. FIGURA 23 – Aquênios heterocarpos: A-A’-Hypochaeris radicata; B-B’- Picris echioides; A-B- aquê- nios que se inserem no centro do capítulo; A’- B’- aquênios que se inserem na perife- ria do capítulo.
  • 37. 36 Glossario Ilustrado de Morfologia FIGURA 25 – Aquênio com papus paleáceo: A- Ageratum conyzoi- des; B- Galinsoga parviflora; C- Parthenium hystero- phorus; D- Tagetes minuta. FIGURA 24 – Aquênios com papus piloso unisseriado: A- Conyza bonariensis; B- Emilia sonchifolia; C- Erechtites hieracifolia; D- Eupatorium squalidum; E- Gochnatia velutina; F- Son- chus asper; G- Sonchus oleraceus.
  • 38. A 37 ARACNÓIDE–diz-sedasuperfíciedeumórgão(folha,frutoousemente)que se apresenta revestida por pêlos finos, soltos, brancos e emaranhados [Fig.204A]. ARBÓREA – quando a planta se aproxima do tamanho de uma árvore. ARBUSTO – planta com caule lenhoso que se ramifica desde a base, portanto não forma um tronco (fuste) definido; a altura da planta não a define como arbusto ou árvore; mas alguns autores consideram quando a altura não é superior a 4m. ARECACEAE – nome válido para a família Palmae. ARÉOLA – pequena área; pequeno círculo deprimido, em torno do ponto de inserção de alguns samarídios de Malpighiaceae (como Banisteriopsis basifixa e Banisteriopsis megaphylla) e dos espinhos em certas plantas espinhosas [Fig.300D-J-M]; linha pontilhada, em forma de semicírculo, na base da lema fértil das espécies de Brachiaria [Fig.46]. ARGÊNTEO – de coloração prateada. ARILADO(A) – que possui arilo. ARILO – excrescência carnosa da semente; que pode ser de dois tipos: es- trofíolo (etr - formado pelo funículo - f) e carúncula (cru - formada pelo tegumento e próximo da micrópila); os dois tipos somente se diferenciam em função do lugar onde iniciam seu desenvolvimento, do tamanho que alcançam, pela morfologia e pela coloração. O arilo (ari) às vezes cobre todo o tegumento da semente (sarcotesta) ou forma apenas um apên- FIGURA 27 – Arilos: A- Acacia molissima; B- Acacia longifolia; C- Turnera ulmifolia; D- Cleo- me sp.; E- Polygala sp.; F- Connarus sp.; G- Glinus sp.; H-H’- Eriosema sp.; I- Cheli- donium majus. FIGURA 26 – Arilo da semente de Connarus sp.
  • 39. 38 Glossario Ilustrado de Morfologia dice de ta­manho variável. Ex: Connarus sp. (Connaraceae – Fig.26, 27F), teixo (Taxus baccata L.), noz-moscada (Myristiaca fragans Houtt.), mara- cujá (Passiflora sp.), Talauma ovata A. St.-Hil. (Magnoliaceae). Nas Faba- ceae–Papilionoideae apresenta-se como um anel ou um arco carnoso, ou como uma faixa ao lado do hilo, como em labe-labe (Lablab purpureus (L.) Sweet.), Mucuna, Eriosema – arilo membranáceo Fig.27H-H’ e Ulex (Fa- baceae–Papilionoideae); Acacia molissima (Andrews) Willd. (Fabaceae–Mi- mosoideae – Fig.27A); Turnera ulmifolia L (Turneraceae) – arilo funicular (f), unilateral, branco, membranáceo, inteiro ou lacerado, ao redor do ápice do funículo, exceto do lado da micrópila – Fig.27C; Cleome sp. (Cappara- ceae) – sem ou com arilo vesiculoso – Fig.27D. Ver arilóide, carúncula, estrofíolo, funículo, micrópila e sarcotesta. ARILÓIDE – termo usado para designar as estruturas carnosas formadas em tornodoexostomadamicrópila;falsoarilo;ocorreemXylopia(Annonaceae), evônimo-da-Europa (Euonymus europaeus L. – Celastraceae), Clusia (Clusiaceae =Guttiferae), Swartzia e Copaifera (Fabaceae−Papilionoideae), Maytenus e Celastrus (Celastraceae), Polygala (Polygalaceae - Fig.27E), Dodonaea e Paullinia (Sapindaceae). Em Cucurbitaceae o arilóide pode ser fibroso ou piloso e mais abundante próximo à região dos bordos, como em Cucurbita e Lagenaria; ou pode ser como uma cobertura de pêlos, recobrindo toda a superfície, como em Cucumis e Melothria; ou pode ser carnoso-mucilaginoso, recobrindo toda a semente e formando um falso arilo vermelho, como em Momordica; ou pode ser um envoltório membranoso-hialino e ligado à extremidade hilar, como em Cucumis. ARISTA – prolongamento ou apêndice, mais ou menos rígido, delgado, reto, curvo ou geniculado, encontrado freqüente­mente no ápice ou no dorso das glumas ou glumelas, das espiguetas ou dos antécios estéreis
  • 40. A 39 das Poaceae (=Gramineae) ou de frutos de outras famílias botânicas, como nos aquênios de algumas espécies de Asteraceae (=Compositae – ex: Bidens pilosa L. – Fig.19A-A’). Em Poaceae (=Gramineae) a arista geralmente é a continuação da nervura mediana de glumas ou lemas, como nos gêneros Arrhenatherum e Avena [Fig.27-30-31]. ARISTADO(A) – provido de arista; quando o ápice de um órgão (folha, fruto ou semente) termina abruptamente em ponta longa, delgada, dura, reta e subulada [Fig.16A]. ARREDONDADO(A) – diz-se quando um órgão (folha, fruto ou semente) apresentam-se quase como um círculo. Arrhenatherum elatius (L.) P. Beauv. ex J. Presl & C. Presl – espiguetas comprimidas lateralmente, pediceladas, com dois antécios, com o inferior estaminado (ani) e o superior fértil (ans), que se desarticulam acima das glumas; segmento da ráquila se prolongada acima do antécio superior; glumas finamente escabrosas, a inferior (gli) com 1-nervura, mais curta do que os antécios e gluma superior (gls) com 3-nervuras e subigualando-se aos antécios; lemas com 5-7 nervuras, de coloração palha-clara, com (8,0-)9,0-10,0mm de comprimento, diminutamente escabrosas na metade superior e frequentemente com esparsos e longos pêlos esbranquiçados na metade inferior; antécio inferior (ani) com longa arista (asg) torcida, geniculada, que se insere no dorso da lema (le) perto da base e listrada de castanho e amerelo-bronzeado; antécio superior (fértil) com curta arista reta e subapical, inserida no dorso da lema fértil (lf) e com antécio inferior aderido; páleas (pf) hialinas, estreitas, que tendem a ser mais longas do que as lemas e nervuras da carena bem juntas; calo com abundantes pêlos longos, estendidos e de coloração FIGURA 28 – Arrhenatherum elatius: A- espigueta; B- antécio superior; C- antécio inferior; C’- continuação da arista; D- cariopse.
  • 41. 40 Glossario Ilustrado de Morfologia clara; cariopse subcilíndica, com cerca de 4-5mm de comprimento, amarelada ou castanho-clara, em vista latersal o lado dorsal é quase reto e o ventral convexo [Fig.28]. Arista geralmente quebrada nas sementes comerciais, devido ao beneficiamento. A unidade-semente é formada pela espigueta inteira (antécio fértil + antécio estaminado) e sem as glumas, ou pelo antécio fértil, ou pela cariopse. ARTICULADO(A) – que se articula; provido de regiões predeterminadas onde podem ocorrer fragmentações, como em Sorghum (Poaceae =Gramineae) [Fig.327]. Ver abcisão e desarticulação. ARTÍCULO – cada um uma das porções (ar - segmentos) destacáveis ou das fragmentaçõestransversais,unisseminados,deiscentesouindeiscentes, de um craspédio, típico de Fabaceae (=Leguminosae)−Mimosoideae como do gênero Mimosa e de algumas espécies de Desmodium e Stylosanthes; ou de um lomento, típico de Fabaceae−Caesalpinioideae; ou de Fabaceae−Papilionoideae, como em Aeschynomene e Ornithopus sativus Brot. - Fig.29) ou síliqua lomentácea que ocorre em Brassica- ceae =Cruciferae, como Raphanus raphanistrum [Fig.321A-A’-A’’]. ÁRVORE – planta lenhosa com crescimento monopodial, com fuste principal definido e na parte superior uma copa ramificada; só se ramifica depois de 2m de altura. ARVORETA – planta lenhosa com tronco principal definido e com uma copa ramificada; alguns autores consideram que a altura varia entre 3-4m. ASCENDENTE – que cresce obliquamente para cima; como pêlos, espinhos dirigidos para o ápice, formando com o eixo um ângulo menor do que 90°.
  • 42. A 41 ÁSPERA – diz-se da superfície de um órgão revestida com curtas pontas duras e irregulares. ASSIMÉTRICO – sem simetria. ASTERACEAE – nome válido para a família Compositae. ATENUADO(A) – diz-se quando o ápice ou a base de um órgão (folha, fruto ou semente) se afila lentamente para um ângulo agudo [Fig.102P]. Folha com ápice atenuado – Eucaliptus saligna Sm. ATROAVERMELHADO(A) – coloração que varia do vermelho-preto ao preto. Coloração das sementes de Amaranthus e Chenopodium. ÁTROPO – ver óvulo ortótropo. ATROPURPÚREO(A) – coloração que varia de púrpura ao negro. AURÍCULA – pequena projeção (lobo - au) na base de uma folha [Fig.102 E]. Ver auriculado. AURICULADO(A) – que tem aurícula, lobo ou prolongamento em forma de orelha na base [Fig.102E]. AUTOCORIA – quando a dispersão de diásporos é feita pela própria planta, isto é, os frutos se abrem por pressão e lançam as sementes a distância; como no beijo-de-frade (Impatiens balsamina L. – Balsaminaceae), Acystacia, Justicia e Ruellia (Acanthaceae). Ver anemocoria, antropo- coria, hidrocoria, ornitocoria e zoocoria. FIGURA 29 – Artículo de Ornithopus sativus.
  • 43. 42 Glossario Ilustrado de Morfologia Avena sp. – espigueta com 1-6 antécios, que se desarticulam acima das glumas e entre os antécios; o tipo da abcisão é um caráter impor- tante na distinção das espécies de aveia (abcisão da espigueta do seu pedicelo, dos antécios e entre os antécios); duas glumas iguais ou su- biguais, alongadas, agudas, membranáceas e persistentes na inflo- rescência (panícula). Ver abcisão em Avena. Algumas características importantes podem estar presentes no antécio basal e ausentes nos antécios superiores; antécios aristados, arista geniculada (asg); le- mas endurecidas quando maduras, com dorso arredondado, mais curtas do que as glumas; pálea com duas carenas ciliadas, de com- primento igual ou pouco menor do que a lema; cariopse firmemente envolta pela lema e pálea endurescida [Fig.30, 31, 32]. A unidade- semente é o antécio-fértil, dificilmente é a cariopse nua. Seguem as características diferenciais das espécies de Avena: • Todos os antécios se desarticulam por abcisão completa: – Lema (lf) com dois diminutos dentes ou duas aristas terminais, segmento da ráquila (seg - ráquis) pilosa; cariopse delgada ou ligeiramente engrossada. Avena barbata Pott. ex Link – espigueta com 2-3 antécios, geralmente com um antécio rudimentar adicional, na extremidade alongada da ráquila; glumas quase iguais no tamanho e geralmente 9-nervadas; antécio fértil estreito- elíptico, em vista lateral não evidentemente mais largo na porção mediana (na base da arista); lema (lf) com duas aristas apicais, geralmente 7-nervadas, de coloração parda (quando maduras), com longos e abundantes pêlos amarelados no lado dorsal, com escabrosidade antrorsa sobre as nervuras,
  • 44. A 43 na porção superior e sobre as duas aristas apicais; arista torcida, geniculada (asg), de coloração mais clara e inserida pouco abaixo da porção mediana da lema; pálea (pf) bicarenadas, denso ciliada nas carenas, ápice 2-denticulada (que correspondem as terminações das nervuras das carenas); calo estreito-elíptico e circundado por um anel incompleto de pêlos; segmento da ráquila (seg) avermelhada, se desarticula na base de cada antécio e com longos e duros pêlos estendidos; cariopse com escutelo conspícuo [Fig.30G, 31G, 32E ]. Avena fatua L. – espigueta com 2-3 antécios, geralmente com um antécio rudimentar adicional aristado e com segmento da ráquila piloso e alongado; glumas quase iguais no tamanho e geralmente 9-nervadas; antécio fértil estreito-elíptico, em vista lateralsomentemaislargonaporçãomediana (nabasedaarista); lema (lf) com dois curtos dentes no ápice hialino, geralmente 7-nervadas, castanho-escura (quando madura), com esparsos e longos pêlos duros e castanhos na face dorsal (abaixo da inserção da arista) ou glabra, com escabrosidade antrorsa sobre as nervuras, com arista torcida, geniculada (asg), inserida ao redor da porção mediana; pálea (pf) bicarenada, denso-ciliada nascarenas,ápicebidenticulado (quecorrespondeàsterminações das nervuras das carenas); calo arredondado ou oval, circundado por um anel de pêlos castanhos, longos e estendidos ou curtos e compactos (densos); segmento da ráquila (seg) se desarticula na base de cada antécio e com longos e duros pêlos castanhos na parte externa; cariopse oblonga, levemente mais larga na porção mediana, com escutelo ausente ou reduzido à fraca linha branca [Fig.30E, 31E, 32C]. FIGURA 30 – Avena (antécio fértil lado ventral): A- A. strigosa, B-C-D- A. byzantina, E- A. fatua, F- A. sativa, G- A. barbata.
  • 45. 44 Glossario Ilustrado de Morfologia • Todos os antécios se desarticulam por fratura: – Lema (lf) aguda e com dois diminutos dentes terminais; arista quando presente reta ou geniculada, torcida na parte inferior e em geral com inflexão abaixo do ápice da lema; segmento da ráquila (seg) glabro; cariopse não conspicuamente espessado na metade inferior e escutelo largo e evidente. Avena byzantina K. Koch (incluída em Avena sativa L.) – com características morfológicas iguais as de Avena sativa L., pode-se afirmar que, às vezes, o segmento da ráquila é partido na base do antécio basal ou próximo dela [Fig.30B- C-D, 31B-C-D, 32B].Segundo DILLENBERG (1984) o material que deu origem à primeira descrição (o holotipo), que se encontra no Herbário de Beºrlim, na realidade corresponde a Avena sativa L., portanto esta espécie deve ser considerada como sinônimo de A. sativa, o que comunga também com a opinião de outros autores. Avena sativa L. – espigueta com 1-3 antécios e com um antécio rudimentar adicional, na extremidade alongada do segmento da ráquila; glumas quase iguais no tamanho, geralmente 9-nervadas; lema (lf) com ápice inteiro ou bidentado, em geral 7-nervadas, de lisa a finamente granulosa, amarelada, glabra ou com tufo de pêlos (lateralmente sobre o calo), mais raro alguns pêlos longos no lado dorsal, abaixo da inserção da arista, com escabrosidade antrorsa sobre as nervuras, na porção apical da lema; aristada ou não (o que pode ocorrer na mesma inflorescência); arista reta, às vezes semi-geniculada e semi-torcida, inserida na porção mediana ou pouco acima; FIGURA 31 – Avena (antécio fértil lado dorsal): A- A. strigosa, B-C-D- A. byzantina, E- A. fatua, F- A. sativa, G- A. barbata.
  • 46. A 45 pálea (pf) bidenticulado (que corresponde as terminações das nervuras das carenas) e com densos cílios sobre as carenas; segmento da ráquila (seg) glabro ou às vezes com alguns pêlos e sem desarticulação (os antécios não se separam, quando maduros) [Fig. 30F, 31F, 32D]. – Lema linear, com duas longas aristas, com arista geniculada e com inflexãoabaixodoápicedalema; segmentodaráquila piloso; cariopse levemente mais larga na porção mediana, escutelo largo e evidente. Avena strigosa Schreb. – espiguetas com 1-2 antécios, geral- mente com um antécio rudimentar adicional, este frequente- mentearistadoecomarístulas;glumasquaseiguaistamanhoe geralmente 9-nervadas; lema (lf) acuminada, com duas longas aristas duras, geralmente 7-nervadas, de coloração escura (quando maduras) e nervuras mais claras, com escabrosidade antrorsa sobre a porção terminal da lema e as aristas apicais; arista torcida, geniculada (asg), de coloração mais clara e inserida pouco acima da porção mediana da lema; pálea (pf) com ápice bidenticulado (que corresponde as terminações das nervuras das carenas), bicarenada, ciliada na porção terminal das carenas e nos dentículos apicais; segmento da ráquila (seg) sem desarticulação (antécios não se desprendem quando maduros), glabra ou com tufo de longos pêlos restritos aos bordos da porção superior; cariopse estreito-oblonga, com escutelo largo e evidente [Fig.30A, 31A, 32A]. AXIAL – relativo ao eixo; diz-se do embrião quando ele se encontra no centro (no eixo) da semente [Fig.33], ou do fruto (cápsula septífraga) FIGURA 32 – Avena (antécio fértil vista lateral): A- A. stri- gosa, B- A. byzantina, C- A. fatua, D- A. sativa, E- A. barbata.
  • 47. 46 Glossario Ilustrado de Morfologia quando as sementes estão presas no eixo central (columela), como nas Convolvulaceae, nos gêneros Convolvulus, Ipomoea e Merremia. Ver placentação axial. AXILA – ângulo formado entre a inserção de um órgão com o eixo no qual está inserido, geralmente se refere a folha e ao caule ou a folha e o épicótilo. AXILAR – que fica na axila, ângulo formado pelo encontro de dois órgãos ou partes da planta (axila da folha – ângulo formado pelo pecíolo no ponto onde ele se prende ao caule); ou no caso da placentação quando, num gineceu sincárpico, plurilocular, os óvulos se inserem nos bordos de cada carpelo, na porção central, onde ocorre a fusão dos carpelos [Fig. 33]. Axonopus sp. – espiguetas com dois antécios, que se desarticulam abaixo da gluma superior, de 2,0-3,0mm de comprimento e com esparsos pêlos longos nas margens; gluma inferior ausente; gluma superior (gls) e lema estéril membranáceas, iguais no comprimento e localizadas por cima da lema fértil; antécio inferior reduzido apenas a lema estéril (pálea estéril ausente); antécio fértil (lema e pálea) papiráceo, liso e glabro; lema fértil (lf) de glabra a alguns pêlos no ápice e com as margens recurvadas sobre a pálea (pf). A unidade- semente é o antécio fértil, com agluma superior e lema estéril. Raramente se encontra o antécio fértil, sem gluma superior e sem lema estéril, misturada as sementes beneficiadas. Seguem as características diferenciais das espécies de Axonopus: Axonopus compressus (Sw.) P. Beauv. – espiguetas de ovalado- lanceoladas a elíptico-lanceoladas, plano-convexas e acuminadas; gluma superior (gls) e lema estéril de agudas a sub-agudas, ao FIGURA 33 – Axial (A); Axilar (B). FIGURA 34 – Axonopus compressus (A-C-D) e A. fissifolius (B): A-B- espigueta; C- antécio fértil; D- cariopse.
  • 48. A 47 longo das nervuras externas esparso-pubescentes ou glabras, com 4-5-nervuras, se 5-nervada com a mediana às vezes apagada (vestigial); antécio fértil de coloração palha; lema fértil (lf) de obtusa a subaguda e menor do que a gluma superior e a lema estéril [Fig. 34A-C-D]. Axonopus fissifolius (Raddi) Kuhlm. (=Axonopus affinis Chase) – espiguetas de oblongas a ovaladas, obtusas ou subagudas; gluma superior (gls) e lema estéril linear-elípticas, sub-obtusas ou agudas, de esverdeadas a violáceas, com 2-4 nervuras, com a central apagada, glabra ou com pubescência adpressa ao longo das nervuras; antécio fértil branco-amarelado; lema fértil (lf) do mesmo tamanho da gluma superior ou um pouco menor [Fig.34B].
  • 49.
  • 50.
  • 51. 50 Glossario Ilustrado de Morfologia BACÁCEO – fruto bacóide, indeiscente, origindo de um ovário ínfero ou semi-ínfero, com mesocarpo carnoso e endocarpo membranáceo, com espaço central dividido ou não por septos, com uma semente como no fruto do abacate (Persea americana Mill. - Fig.35), ou com poucas sementes, que não se encontram envoltas por polpa. Bacáceo (ba) ocorre em Melastomataceae, nos gêneros Cinnamodendron (Canella-ceae - Fig.36A), Cayaponia e Fevillea (Cucurbitaceae - Fig. 36E), Mezilaurus (Lauraceae - Fig.36B), Adenaria (Lythraceae - Fig. 36D), Eugenia, Gomidesia e Myrcia (Myrtaceae), Coccocypselum (Rubiaceae - Fig.36C), Brunfelsia e Cestrum (Solanaceae). BACÍDIO – fruto bacóide, indeiscente, originado de um ovário ínfero ou semi-ínfero, com epicarpo geralmente fino e mesocarpo carnoso ou sucoso, uni- ou multisseminado, não há nítida distinção entre os lóculos (lo). Sementes (s) envoltas por polpa sulcosa; como em Mutingia calabura L. (Tiliaceae) e nos gêneros Miconia, Mouriri e Platycentrum (Melastomataceae), Myrciaria (Myrtaceae), Vitis e Cissus (Vitaceae) e Phytolacca (Phytolaccaceae) [Fig.37A-B-C-D]. BACÓIDE – incluem os frutos indeiscentes, carnosos, com pericarpo de pouco a muito espessado e endocarpo constituído apenas pela epiderme interna, não diferenciada, mas não lenhosa, esclereificada ou coriácea; geralmente com um grande número de sementes, mas não são raros os oligospemos e até mesmo os unisseminados. Ocorre em Potalia sp. (Loganiaceae - Fig.38A) e Schlegelia (Bignoniaceae - Fig. 38B-C]. O fruto bacóide se classifica em: anfissarcídio, bacáceo, bacídio, balaústio, campomanesoídeo, hesperídio, melanídio, solanídio e teofrastídio. Ver a descrição de cada um deles. FIGURA 35 – Bacáceo (seção longitudinal) do abacate. FIGURA 36 – Bacáceos: A- Cinnamodendron sp.; B- Mezilaurus sp.; C- Coccocypselum sp.; D- Adenaria sp.; E- Fevillea sp. Fonte: A-C-D-E: Barroso et al. (1999). FIGURA 37 – Bacídios: A- Phytolacca sp.; B- Platy- centrum sp.; Mouriri sp.: C- fruto inteiro e D- seção transversal, mostrando a invaginação da placenta no lóculo. Fonte B-C-D: Barroso et al. (1999).
  • 52. B 51 BACTÉRIA – vegetal unicelular, sem núcleo diferenciado e sem clorofila, com membrana pectínica, raramente celulósica e em geral com menos de dois mi­cras. BAGA – termo genérico, muito usado como sinônimo de solanídio. BAINHA – parte basal ou achatada da folha, que a prende ao caule [Fig.39- bai, 172D-bai]. BAINHA COTILEDONAR – porção basal do tecido co­tiledonar que aparece nas plântulas de Monocotiledôneas, como uma pequena protuberância, em geral membranácea, que se rompe no ápice e libera a primeira folha (eófilo) ou a plúmula (pl); o mesmo que coleóptilo (cop) [Fig.78 B, 187]. Difere da Ií­guIa por não ter vasos condutores. BALAUSTA ou BALAÚSTIO – fruto bacóide carnoso, indeiscente, multisseminado, originado de um ovário ínfero, com carpelos dispostos em dois estratos; com pericarpo carnoso-coriáceo, amarelo- avermelhado; internamente dividido em cavidades, com endocarpo fino, onde se alojam as numerosas sementes, com sarcotesta translúcida, mesotesta esclerótica e tegumento formado por células polposas; com funículo (f) longo e endosperma ausente; como o fruto da romã (Punica granatum L. − Punicaceae) [Fig.40]. BARBADA – diz-se da superfície de um órgão (folha, fruto ou semente) que se apresenta revestida por longos pêlos macios, que crescem em tufos e em diferentes partes da superfície, mais freqüentes no ápice [Fig.204B]. FIGURA 38 – Bacóides: A- Potalia sp.; Schlegelia sp.: B- fruto inteiro; C- corte longitu- dinal mostrando as sementes. Fonte: Barroso et al. (1999). FIGURA 39 – Bainha FIGURA 40 – Balausta de romã.
  • 53. 52 Glossario Ilustrado de Morfologia BAROCORIA – quando a dispersão de diásporos é feita pela ação da gravidade; como no abacate e manga. Ver anemocoria, antropocoria, autocoria, hidrocoria, ornitocoria e zoocoria. BASAL – relativo à base; parte de uma estrutura perto do ponto de união ou de origem, podem ocorrer exceções; refere-se também à extremidade da radícula da semente. BASE – parte de um órgão que está mais próximo ao ponto de inserção. BASINÔMIO – em taxonomia: é o primeiro nome dado (reconhecidamente conferido) a um táxon. (em inglês: basionym). BERTOLONÍDIO – fruto capsulídio e que ocorre no gênero Bertolonia (Melastomataceae), que segundo BARROSO et al. (1999) apresenta três deiscências loculicidas somente na porção superior, o que só pode ser visto de cima, de onde tem um aspecto radial. BETULÍDIO – designação dada aos frutos nucóides, originados de um ovário ínfero e provido de alas derivadas de expansões do hipanto. O pericarpo pode ser lenhoso ou coriáceo, com duas ou mais alas; como nos gêneros Combretum, Terminalia e Thiloa (Combretaceae) e Pteropegon (Cucurbitaceae) [Fig.41A-B-C]. BIANUAL – diz-se da planta que completa seu ciclo vegetativo em dois anos, no primeiro ano desenvolve a parte vegetativa e no segundo, floresce e frutifica; o mesmo que bienal. BICARENADO – estrutura com duas quilhas (carenas). FIGURA 41 – Betulídios: A- Pteropegon sp.; B-C- Thiloa sp. Fonte B-C-: Barroso et al. (1999).
  • 54. B 53 BICO – prolongamento longo e pontudo de um órgão (fruto ou semente). Encontra-se nos frutos dos gêneros Adonis, Anemone, Ranunculus (Ra- nunculaceae), Erodium e Geranium (Geraniaceae) e Geum (Rosaceae). BICRENADA(O) – diz-se quando a margem de uma folha apresenta dentes arredondados que por sua vez também estão crenados [Fig.110A’]. BIENAL – o mesmo que bianual. BÍFIDO(A) – órgão fendido em duas partes, em geral na porção superior e que não ultrapassa a metade do comprimento do referido órgão; como as folhas de Bauhinia forficata Link e folhas cotiledonares de Ipomoea carnea Jacq., Ipomoea hederacea (L.) Jacq. e Ipomoea invisa (Vell.) Hallier (Convolvulaceae). BILABIADO(A) – que tem dois lábios (lb); diz-se da corola gamopétala e zigomorpha, onde as pétalas se distribuem nitidamente em dois lábios superpostos, como a corola da boca-de-leão (Antirrhinum majus L. – Scrophulariaceae - Fig.42). BILOCULAR – diz-se do ovário ou do fruto com dois lóculos. Fruto (solanídio) de Capsicum chinense L. (Solanaceae). BILOMENTO – síliqua lomentácea, indeiscente, que se divide transversal- mente em dois artículos superpostos, o superior globoso e fértil, como nos frutos do gênero Rapistrum (Brassicaceae) [Fig.322]. BINÔMIO – em taxonomia: nome científico dado a uma espécie botânica, formado por dois vocábulos latinos (gênero e espécie). FIGURA 42 – Bilabiado: lb- lábio.
  • 55. 54 Glossario Ilustrado de Morfologia BIPARTIDO(A) – qualquer órgão com incisão apical que se extende por quase todo o comprimento, dividindo-o em duas partes, mas que permanece unido pela base como as folhas cotiledonares de Ipomoea asarifolia (Desr.) Roem. & Schult., Ipomoea cairica (L.) Sweet., Ipomoea nil (L.) Roth, Ipomoea ramosissima (Poir.) Choisy e Ipomoea triloba L. [Fig.176]. BIPINADA – quando a folha composta está duplamente pinada ou dividida, ou as divisões primárias também estão divididas [Fig.43]. Folha de Delonix regia (Bojer ex Hook.) Raf. (Fabaceae-Caesalpinioideae). BIPINATÍFIDA – que tem folha composta bipinada. BISPÉRMICO – diz-se do fruto que contém duas sementes. BISERREADA(O) ou DUPLOSERREADA(O) – diz-se quando os dentes de uma margem serreada também estão serreados [Fig.110B’]. BISSEXUAL – diz-se da flor que tem órgãos masculinos (estames) e femininos (pistio). BLASTOCÁRPICO – diz-se da semente que germina no interior do fruto; como as das plantas do mangue, que ao cair já trazem o embrião em desenvolvimento. BLASTOCARPO – diz-se do fruto cuja semente germina antes de sair do pericarpo. Boerhavia diffusa L. – antocarpo obcônico, reto ou longitudinalmente curvado, com (2,5-)3,7-4,1mm de comprimento (var. diffusa) ou FIGURA 43 – Bipinada: fol- folíolo; ra- raque.
  • 56. B 55 cerca de 2,1mm de comprimento (var. leiocarpa) por 1,0-1,1mm de largura, com ápice arredondado e atenuando-se para uma base estreita, superfície castanho-amarelada ou acinzentada, fosca, na var. diffusa: com pêlos glandulosos e brancos entre as cinco nervuras longitudinais conspícuas, mais claras e espessas; na var. leiocarpa: glabra, tuberculada e com cinco sulcos longitudinais; núcula globosa com pericarpo reduzido a fina película e que internamente se justapõem ao tegumento membranáceo e externamente ao espesso antocarpo [Fig.15A-B-C]. A unidade- semente é o antocarpo. BOLBILHO – o mesmo que bulbilho. BOLOTA – tipo de núcula envolta na base pela cúpula, formada pelo receptáculo ou pelo cálice persistente; fruto do carvalho (Quercus robur L. – Fagaceae – Fig.44). BORDO – o mesmo que margem. Bowlesia incana Ruiz & Pav. – cremocarpo formado por dois carpídios piriformes, de contorno ovalado e em seção transversal estreito- elíptico, com 1,6-2,0mm de comprimento, com base arredondada e atenuando gradativamente para um ápice agudo-obtuso; lado ventral (da comissura) côncavo e muito estreito, porque o lado ventral é fortemente convexo, com cinco costelas longitudinais inconspícuas e com as laterais viradas para o lado ventral, de coloração castanho-amarelado-clara, fosco e com esparsos pêlos estelados [Fig.109F-G-H]. A unidade-semente é o cremocarpo ou o carpídio. FIGURA 44 – Bolota.
  • 57. 56 Glossario Ilustrado de Morfologia Brachiaria sp. – espigueta com dois antécios, de ovada a oblonga, mais ou menos plano-convexa ou biconvexa; 2-glumas de textura papirácea e desiguais na forma e no tamanho; primeira gluma ou gluma inferior (gli) voltada para o ráquis e geralmente menor ou, raramente, tão longa quanto a espigueta; segunda gluma ou gluma superior (gls) mais ou menos do mesmo comprimento da lema estéril, com 5-7(-9) nervuras relativamente próximas; segmento da ráquila entre a gluma inferior e a superior; antécio basal estéril ou estaminado (masculino) membranáceo, formado pela lema estéril (le) com 5-9(-11) nevuras e as laterais um pouco mais afastadas da nervura mediana e pela pálea estéril hialina, binervada, tão longa quanto a lema estéril, ou às vezes, reduzida ou rudimentar; antécio superior (apical) fértil ou bisexual crustáceo, plano-convexo, formado pela lema fértil (lf) com 5-nervuras inconspícuas, geralmente papilosa-rugosa ou estriada, ápice incospicuamente apiculada ou mucronado (ponta aguda e curta), com linha de ruptura conspícua e aréola (are) deprimida, mais ou FIGURA 45 – Brachiaria (espiqueta): A-B- B. brizantha; C-D-E-F-G-H- B. decumbens; I-J-K- B. humidicola; L-M-N- B. dictyoneura; O-P- B. ruziziensis: A-C-F-I-L-O- lado dorsal, B-D-G-J-M-P- lado ventral; E-H- gluma inferior; K-N- lema estéril ou estaminada.
  • 58. B 57 menos lustrosa, hipocrepiforme-arredondada perto da base, como um desenho ± conspicuamente estriado; pálea fértil (pf) tão longa quanto a lema fértil, com duas conspícuas carenas espessadas, margens lisas, lustrosas, de textura mais fina e conspicuamente convexo-encurvados sobre a cariopse; esta achatada, de contorno ovalado ou arredondado, com hilo sub-basal-ventral e punctiforme; área do embrião dorsal e cerca da ½ a ¾ comprimento da cariopse [Fig.45, 46]. A unidade-semente é a espigueta, raras vezes o antécio fértil. Seguem as características diferenciais das espécies de Brachiaria: FIGURA 46 – Brachiaria (antécio fértil): A-B- B. brizantha; C-D-E-F- B. decumbens; G-H- B. humidicola; I-J- B. dictyoneura; K-L- B. ruziziensis; A-C-E-I- K- lado dorsal, B-D-F-H-J-L- lado ventral. Brachiaria brizantha (Hochst. ex A. Rich.) Stapf – espigueta oblonga ou elíptico-oblonga, com cerca de 6,0mm de comprimento por 2,0-2,5mm de largura, ápice levemente obtuso ou subagudo, superfície glabra ou esparso-pilosa no ápice, de coloração palha e frequentemente com pigmentações púrpuras ou tingida de
  • 59. 58 Glossario Ilustrado de Morfologia púrpura, base atenuada e com conspícuo e grosso pedúnculo; gluma inferior (gli) largo-ovada, abraça a base da espigueta, com mais de ⅓ do comprimento da espigueta, com 7-11 nervuras, glabra, às vezes, com extremidades das nervuras anastomosadas (unidas); gluma superior (gls) ovada, ligeiramente mais curta do que a lema estéril, ápice esparso-piloso ou glabro, com 7-nervuras e com agumas nervuras transversais perto do ápice; lema estéril (le) semelhante à gluma superior, achatada no dorso, com ápice curto-encurvado, glabrescente ou pilosa, com 5-nervuras e com agumas nervuras transversais perto do ápice; antécio fértil oblongo ou elíptico-oblongo e de coloração palha; lema fértil (lf) elíptico- ovada, finamente estriada e com curto ápice obtuso e encurvado; pálea fértil (pf) menos convexa no dorso, ligeiramente menor do que a lema [Fig.45A-B, 46A-B]. Brachiaria decumbens Stapf – espigueta obovada-elíptica, acuminada, com 4-5mm de comprimento por cerca de 2mm de largura, esparso- pilosa no ápice; gluma inferior (gli) largo-ovada, ápice agudo, abraça a base da espigueta, com mais de ⅓ do comprimento da espigueta, com 9-11 nervuras, glabras, às vezes, com extremidades das nervuras anastomosadas (unidas) e algumas nervuras transversais na porção superior; gluma superior (gls) ovada, ligeiramente mais curta do que a lema estéril, glabrescente ou esparso-hirsuta no ápice, com 7-nervuras e com agumas nervuras transversais perto do ápice; lema estéril (le) semelhante à gluma superior, tão longa quanto a espigueta, poucos pêlos ou glabrescente, com 5-nervuras e com agumas nervuras transversais anastomosadas (unidas); pálea estéril tão longa quanto a lema; antécio fértil ovado, com cerca de 4mm de comprimento por 2mm de largura e de coloração
  • 60. B 59 amarelo-clara; lema fértil (lf) ovada, acuminada e finamente estriada longitudinalmente; pálea fértil (pf) plana; cariopse ovada ou obovada, com cerca de 3,0mm de comprimento por 1,7mm de largura e de coloração palha [Fig.45C-D-E-F-G-H, 46C-D-E-F]. Brachiaria dictyoneura (Fig. & De Not.) Stapf – espigueta obovada ou largo-oblonga, ápice obtuso, com 6-7mm de comprimento por cerca de 2,5mm de largura; gluma inferior (gli) largo-oblonga, tão longa quanto a espigueta, com as margens se encontrando na base da espigueta, membranácea, glabra, opaca, geralmente de coloração púrpura-escura ou verde, com 9-11 nervuras, plicada e nervuras finamente reticuladas no ápice; gluma superior (gls) oblonga, menos larga do que a gluma inferior, membranácea, de coloração verde-clara, 7-9 nervuras, com densas nervuras transversais anastomosadas (unidas), pilosa, com longos pêlos brancos, adpressos e mais longos na porção superior; lema estéril (le) largo-ovada, semelhante a gluma superior em textura, coloração e pilosidade, com 5-nervuras e com densas e longas nervuras transversais anastomosadas (unidas), quase glabra no centro; pálea estéril largo-elíptica, tão longa quanto a lema estéril; antécio fértil de coloração palha ou amerelo-escura, com 4-5mm de comprimento, muito menos longa do que as glumas e a lema estéril; lema fértil (lf) obovada, mucronada, finamente transverso- rugosa; pálea fértil (pf) levemente convexa no dorso, ligeiramente mais curta, margens terminam em fina membrana; cariopse ovada e de coloração palha [Fig.45L-M-N, 46I-J]. Brachiaria humidicola (Rendle) Schweick. – espigueta ovado- elíptica, com cerca de 5mm de comprimento por 2mm de
  • 61. 60 Glossario Ilustrado de Morfologia largura, amarelada-clara, quase branca ou parcialmente púrpura, com aparência arredondada e mais aberta, do que as outras espécies do gênero, devido ao tamanho da gluma inferior e da lema fértil; gluma inferior (gli) largo-ovada, tão longa quanto a espigueta, margens se encontram na base da espigueta, glabra, levemente plicada, de coloração amarelada ou púrpura-escura ou com aparência púrpura, 9-11 nervuras, com 1-2 nervuras transversais no ápice; gluma superior (gls) ovóide, menos larga do que a gluma inferior, membranácea, de coloração verde-clara, com esparsos pêlos longos, duros e grossos, 7-9 nervuras e com nervuras transversais anastomosadas (unidas); lema estéril (le) ovóide, semelhante a gluma superior em textura e coloração, com 5-nervuras, com longas nervuras transversais anastomosadas (unidas) e quase glabra no centro; pálea estéril largo-ovada, tão longa quanto a lema estéril e com carenas endurescidas; antécio fértil de coloração palha ou branca (na maturação) com cerca de 3,5mm de comprimento por 2,0mm de largura; lema fértil (lf) obovada, apiculada, finamente transverso-rugosa e com 5-nervuras conspícuas; pálea fértil (pf) levemente convexa no dorso, ligeira- mente mais curta, margens terminam em fina; cariopse obovada e de coloração palha [Fig. 45I-J-K, 46G-H]. Brachiaria plantaginea (Link) Hitchc. – espigueta ovada-elíptica ou ovalada, de plano-convexa a achatada, com 4-5mm de com- pri-mento por 2,0-2,5mm de largura e 0,9-1,0(-1,1)mm de espes- sura, glabra, estramínea, biseriada e inseridas alternadamente num ráquis ligeiramente alado; guma inferior (gli) largo-ovalada, ápice subagudo, glabra, fino-membranácea, cerca de ⅓ do com- primento da espigueta, abraça a base da espigueta, 10-11-ner- FIGURA 47 – Brachiaria plantaginea - espigueta: A- lado dorsal; B- lado ventral; C- pálea estéril; antécio fértil: D- lado dorsal; E- lado ventral.
  • 62. B 61 vada, com conspícuas nervuras anastomosadas (unidas) no ápice; gluma superior (gls) de ovalada a ovalada-elíptica, acu- minada, glabra, do mesmo comprimento do antécio fértil, com 9-nervuras e com nervuras transversais anastomosadas (unidas) ausentes ou inconspícuas perto do ápice; antécio estéril com lema estéril (le) 5-nervada e muito semelhante a gluma superior em forma, tamanho e textura; pálea estéril largo-elíptica e tão longa quanto a lema estéril; antécio fértil ovalado, com dorso plano, glabro, amarelado, com (3,0-)3,2-3,6(-4,0)mm de com- primento por 2,0-2,2mm de largura e 0,7-0,8mm de espessura; lema fértil (lf) obovada ou elíptica, crustácea, com fina rugosida- de transversal (45X) e nervuras fracamente visíveis; pálea fértil (pf) com dorso convexo, ligeiramente menor do que a lema fértil; cariopse ovalada-arredondada, achatada e amarelada; embrião cerca da ½ do comprimento da cariopse; mancha hilar punctifor- me e sub-basal [Fig.47]. Brachiaria ruziziensis R. Germ. & C.M. Evrard – espigueta ovada, apiculada, com cerca de 5mm de comprimento por 2mm de largura, com longos pêlos brancos no ápice e nas margens; gluma inferior (gli) largo-ovada, ápice subagudo, abraça a base da espigueta, cerca da ½ do comprimento da espigueta, glabra, 11-nervuras, com extremidades das nervuras e algumas nervuras transversais anastomosadas (unidas) perto do ápice; gluma superior (gls) ovada, ápice apiculado, com pêlos longos e brancos na porção superior e nas margens, com 7-nervuras; lema estéril (le) semelhante a gluma superior em forma, tamanho e textura, 5-nervada, plana ou levemente deprimida no dorso; pálea estéril largo-elíptica e tão longa quanto a lema estéril; antécio fértil ovado-elíptica; lema fértil
  • 63. 62 Glossario Ilustrado de Morfologia (lf) obovada, ápice com curto mucro, finamente estriada, quase lisa e com 5-nervuras conspícuas; pálea fértil (pf) levemente convexa no dorso, ligeiramente mais curta [Fig.45O-P, Fig.46K-L]. BRÁCTEA – folha reduzida, geralmente modificada ou semelhante a escama, que no eixo das Poaceae (=Gramineae) se estende por baixo de uma flor ou de uma espigueta; como em Poaceae (=Gramineae) nos gêneros Oryza [Fig.157] e Phalaris [Fig.269]. É diferente das folhas normais pela forma, tamanho, textura, coloração, etc. Brácteas involucrais ou Invólucro-de-brácteas – cada uma das brácteas internas da flor feminina, que na maturação se tornam rijas e formam um invólucro que envolve o aquênio, como em Acanthospermum (Asteraceae =Compositae) [Fig.206]. BRACTÉOLA – bráctea de segunda ordem (secundária) ou glumela, geralmente bem menor do que a bráctea. Bractéola fértil ou lema fértil ou pálea fértil. BRADIACARPO – que frutifica depois do inverno, um ano após a floração. BRASSICACEAE – nome válido para a família Cruciferae. Briza sp. – espiguetas multifloras (unidade-semente múltipla) que se desarti- culam acima das glumas (inferior - gli e superior - gls) herbáceas; antécio fértil com lema (lf) largo-cordiforme, com dorso giboso (núcleo seminífero em forma de carúncula), sem carena e com ala lateral ou lema lanceolada, mucronada ou aristada, plurinervada, glabra ou pilosa; pálea fértil (pf) FIGURA 48 – Briza: A-B- B. minor; C-D-E-F- B. subaristata; G- B. poaeompha; A- espigueta; antécio fértil: B-D- vista lateral da lema; C-E- vista dorsal da lema; G- vista ventral; F- pálea fértil.
  • 64. B 63 bicarenada, de orbicular ou elíptica a lanceolada, muito menor do que a lema, glabra ou pilosa; cariopse com hilo punctiforme, elíptico ou linear [Fig.48]. A unidade-semente é a espigueta ou o antécio fértil. Seguem as características diferenciais das espécies de Briza: Briza maxima L. – antécio fértil escavado-ovalado, de 8-10mm de comprimento por 5mm de largura e 0,3-0,5mm de espessura; lema fértil (lf) côncava, sem giba, base cordiforme, ápice subagudo, de coloração amarelo-avermelhada, esparso-pilosa no dorso, margem alada, membranácea, de coloração palha e com 7-nervuras castanho- avermelhadas; segmento da ráquila pequena, divergente -encurvada; pálea fértil (pf) plana, suborbicular, adpressa a lema fértil e cerca da ½ do seu comprimento, lisa ou com papilas entre as carenas, ápice hialino, truncado, inteiro ou algo recortado; cariopse com 1,2-1,8mm de comprimento por 0,7-1,6mm de largura e 0,3mm de espessura, hilo linear, atinge até a ½ do comprimento ou pouco mais. Briza minor L. – gluma inferior (gli) cordiforme, com ala membranácea e ápice bífido antécio fértil transverso-ovalado-escavado, com 1,5- 2,0mm de comprimento por 1,5-2,5mm de largura e 0,2mm de espessura; lema fértil (lf) gibosa, base cordiforme, ápice obtuso e mútico, de coloração amarelada, margem alada, membranácea e de coloraçãopalha,gibacomgrossospêloshialinos;segmentodaráquila divergente, levemente encurvada e de 0,5mm de comprimento; pálea fértil (pf) de elíptica a suborbicular, hialina, ápice obtuso, com carenas glabras e com pêlos retrossos entre elas, adpressa a lema fértil, com cerca de 2mm de diâmetro; cariopse com 0,6-0,8(-1,7)mm de comprimento por 0,3-0,6mm de largura [Fig.48A-B].
  • 65. 64 Glossario Ilustrado de Morfologia Briza poaemorpha (Presl) Henr. – espigueta suborbicular, comprimida lateralmente, com 1,2-1,8mm de comprimento por (0,9-1,0-2,0mm de largura, com glumas (gli – gls) persistentes, largo-elípticas e escabrosas na carena; antécio fértil com lema (lf) largo-elíptica, obtusa, papilosa-escabrosa no ⅔ superiores, de 1,0-1,5mm de comprimento por 0,5-0,7mm de largura, margem não alada; segmento da ráquila divergente e curta; pálea fértil (pf) de elíptica a elíptico-lanceolada, subagudas, com carenas lisas ou com cílios muito curtos e com aspereza tuberculada entre elas; cariopse com 0,7-1,3mm de comprimento por 0,3-0,6mm de largura, hilo elíptico [Fig.48G]. Briza subaristata Lam. – espigueta comprimidas dorsiventralmente, com 2,4-7,5mm de comprimento por 1,9-5,5(-7,0)mm de largura; glumas (inferior – gli e superior – gls) largo-elípticas; antécio fértil com lema (lf) gibosa, de 1,8-4,0(-4,5)mm de comprimento por 0,9-2,5mm de largura, base cordiforme, ápice de subagudo a agudo, mútico ou com curto múcron, de coloração amarelada, margem alada, membranácea e de coloração palha, giba glabra ou com pêlos; segmento da ráquila diminuto; pálea fértil (pf) de elíptico-orbicular a orbicular, com conspícuo apêndice apical, curto-ciliada sobre a porção superior das carenas; cariopse com 0,6-1,2mm de comprimento por 0,4-0,9mm de largura, hilo elíptico [Fig.48C-D-E-F]. Bromus sp. – espiguetas multifloras (unidade-semente múltipla) que se desarticulam acima das glumas (inferior e superior) e entre as lemas; glumas agudas, menores do que os antécios, glabras ou pilosas, às vezes, com nervura central conspícua; gluma inferior em geral menor
  • 66. B 65 do que a superior, 1-5-nervuras; gluma superior 3-9-nervuras; o tamanho do antécio varia de acordo com sua posição na ráquila e as medidas não incluem a da arista; antécio fértil com lema (lf) convexa ou carenada, mútica, mucronada ou aristada, ápice bidentado, com 7-11 nervuras, glabra ou pilosa, lisa ou com aspereza antrorsa sobre o dorso; pálea fértil (pf) lanceolada, menor do que a lema, com ápice agudo ou bidentado, bicarenada e carenas com asperezas antrorsas e dorso glabro; segmento da ráquila (seg) com lado dorsal achatado e ventral (externo) arredondado e abaulado na porção superior; calo plano e inclinado para o lado ventral do antécio, de modo que aparenta estar paralelo ao eixo do antécio; cariopse com ápice piloso, em geral aderida à pálea, hilo linear [Fig.49]. A unidade-semente é o antécio fértil. Seguem as características diferenciais das espécies de Bromus: Bromus auleticus Trin. ex Nees – espiguetas elípticas, com (18-)26 (-37) mm de comprimento por (3-)7mm de largura, de subglabras a pubescentes; glumas lanceoladas, agudas, a inferior com (1-)3-5-nervuras, com 5-10(-13)mm de comprimento por 0,8- 2,5mm de largura e a superior com 3-5-nervuras, com 8-12mm de comprimento por 2-3mm de largura; antécio fértil com lema (lf) lanceolada, com 8-13(-15)mm de comprimento por 2,0-3,5mm de largura, glabra, lisa ou com aspereza antrorsa, de dorso aplanado ou arredondado, ápice com 2-dentes obtusos, entre os quais a arista (as) terminal ou subapical, reta, de (1-)3-6mm de comprimento; pálea fértil (pf) subigualando-se a lema, lisa ou dorso papiloso, carenas com curtos cílios [Fig.49A-B]. Bromus catharticus Vahl (= B. unioloides Kunth) – espiguetas ovado- lanceoladas, ápice agudo e fortemente comprimidas lateralmente;
  • 67. 66 Glossario Ilustrado de Morfologia glumas lancelolado-agudas, papiráceas, carenadas, multinervadas e com magens hialino-membranáceas; antécio fértil com (10-)15- 17(-20)mm de comprimento por (2,5-)3,0-5,0mm de largura, de coloração palha ou castanho-amarelada e algumas vezes púrpura, frequentemente esverdeada (imatura), com lema (lf) lanceolada, FIGURA 49 – Bromus (antécios férteis): A-B- B. auleticus; C-D-E- B. catharticus; F- B. hordaceus; G-H-I- B. inermis; J-K- B. rigidus; L-M- B. secalinus; N-O-P- B. sterilis; Q-R- B. tectorum; lado ventral: B-C-H-K-O-Q; lado dorsal: A-G-J-M-N; vista lateral: D-F-L-P-R; cariopse: E-I, K’-prolon-gamento da arista (as) de K.
  • 68. B 67 muito comprimida lateralmente, mais larga abaixo da porção mediana, encobre quase totalmente a pálea e a cariopse, 3-5 nervuras e a mediana carenada, nervuras e às vezes os interespaços finamente hispídulos, ápice agudo ou com múcro de até 3(-5)mm de comprimento; pálea fértil (pf) estreito-lanceolada, com 3-9mm de comprimento por 0,7-1,3mm de largura, com carenas ciliadas na porção superior e dorso liso; segmento da ráquila (seg) com 2-4mm de comprimento, reto ou um pouco abaulado longitudinalmente, glabro ou curto-pubecente, alarga-se ligeiramente em direção ao disco apical reto; calo glabrescente ou finamente piloso; cariopse aderida à pálea, comprimida lateralmente, com 6-8mm de comprimento, lado ventral com sulco profundo (cerca de ⅓) e muito estreito [Fig.49C-D-E]. Bromus hordaceus L. (=Bromus mollis L.) – espiguetas denso-pilosas, de 10-24mm de comprimento por 2,6mm de largura; glumas ovalado-lanceoladas, pilosas, com a inferior menor do que a superior; antécio fértil obovado-oblongo, de (6-)7-9(-11)mm de comprimento (exceto arista) por 2,0-3,0mm de largura e 1,2-1,8mm de espessura, de coloração cinza-amarelada ou verde-amarelada; lema fértil (lf) de elíptica a estreito-obovada, ápice bidentado, base atenuada, papirácea, diminutamente curto-pubescente, lado dorsal plano, geralmente com rugas transversais entre as 7-nervuras, estas mais conspícuas perto da base e a mediana estendendo-se em arista (as) subapical, de 6-8(-10)mm de comprimento; pálea fértil (pf) largo-acanalada, com ápice truncado, mais curta e mais estreita do que a lema, dorso glabro e carenas esparso-pilosas; segmento da ráquila (seg) com cerca de 1mm de comprimento, levemente encurvada longitudinalmente; calo punctiforme e
  • 69. 68 Glossario Ilustrado de Morfologia circundado por estreita calosidade; cariopse aderida à pálea e visível externamente através dela, alongado-ovalada, com 6mm de comprimento por 2mm de largura e 1mm de espessura, de coloração castanha, ápice arredondado, afilando para uma base pontuda, com lado dorso plano-convexa e ventral com sulco raso [Fig.49F]. Bromus inermis Leyss. – antécio fértil elíptico, de (9-)10-12mm de comprimento por 1,5-3,0mm de largura e 1,0mm de espessura, de coloração amarelo-clara ou de castanho-acinzantada a castanho-escura; lema fértil (lf) de plana a levemente convexa (com margens levemente viradas), igualando-se ou levemente maior do que a cariopse e a pálea, conspicuamente mais larga do que a cariopse, 3-5-nervuras e com a mediana mais conspícua, lado dorsal glabrescente ou esparso-puberulenta perto da base; arista (as) com 1-2(-3)mm de comprimento ou ausente; pálea fértil (pf) plana, mais estreita do que a cariopse, carenas com densos e curtos pêlos finos; segmento da ráquila (seg) subcilíndrico, fino, reto, de 2,5-3,0mm de comprimento, alargando um pouco para o ápice, com pubescência espranquiçada; cariopse aderida à pálea, achatada, com 7-8mm de comprimento por 1,5-1,8mm de largura e 0,3-0,5mm de espessura, de coloração castanha, afilando para o ápice, base arredondada, lado ventral com estreita costela longitudinal [Fig.49G-H-I]. Bromus rigidus Roth (= Bromus villosus Gmel.; Bromus squarrosus L. var. villosus (Gmel.) Koch) – antécio fértil alongado-ovalado, afilando para as duas extremidades, lateralmente pouco comprimido, de 12- 20mm de comprimento (exceto a arista) por 1,8-2,2mm de largura
  • 70. B 69 e 1,5-1,8mm de espessura; lema fértil (lf) de coloração castanho- amarelada a castanho-púrpura, com curta pilosidade esbranquiçada mais densa na base, margens retas ou encurvadas sobre a pálea, hialinas da porção mediana ao ápice, ápice com duas finas cerdas membranáceas de 4-5mm de comprimento, lado dorsal reto, com nervura mediana conspícua e que se estende, a 4-6mm abaixo do ápice, em uma arista (as) muito dura, rugosa-escabrosa e com 35(-50)mm de comprimento; pálea fértil (pf) com carenas muito próximas e com esparsa e curta pilosidade; segmento da ráquila (seg) de 3-4mm de comprimento, reto ou levemente encurvada longitudinalmente, alargando um pouco para o ápice e curto- pubescente; calo fosco, punctiforme e com curta-pubescência esbranquiçada e ascendente; cariopse aderida ao antécio, estreito- oblonga, com 10-12mm de comprimento (muito mais curta do que a lema e não alcançando as cerdas apicais) por 1,6-2,0mm de largura e espessura, de coloração castanho-escura, afilando para as duas extremidades pontudas, com lado dorsal reto e ventral levemente convexo e com estreito sulco longitudinal profundo [Fig.49J-K]. Bromus secalinus L. – antécio fértil de oblongo a estreito-elíptico em contorno e hipocrepiforme em seção transversal, com 7-9mm de comprimento (exceto a arista) por 1,5-2,0mm de largura e espessura, de coloração amarelo-acinzentada a castanho-acinzentada, mais largo acima da porção mediana e afilando gradualmente para uma base arredondada e abruptamente para um ápice obtuso; lema e pálea fértil + cariopse ± iguais no comprimento; lema fértil (lf) não comprimida lateralmente, aproximadamente da mesma largura da cariopse, ápice obtuso, margem encurvada para o lado ventral, principalmente, da ½ inferior até ¾ do antécio, nervuras laterais
  • 71. 70 Glossario Ilustrado de Morfologia inconspícuas e mediana conspícua, que geralmente se estende para uma arista (as) subapical de 3,0-6,5mm de comprimento, mas que algumas vezes pode estar ausente; arista reta ou com abrupta torção ou curvada na ½ ou acima; pálea fértil (pf) côncava (com sulco ± profundo), ápice arredondado e carenas hispídulo- ciliadas; segmento da ráquila (seg) de 1-2mm de comprimento, pouco mais estreito perto do ápice, lado dorsal achatado (porção deitada sobre a pálea) e ventral arredondado, longitudinalmente encurvado (no antécio maduro), com curta-pubescência inconspícua; calo com calosidade aneliforme, glabro ou lateralmente curto- piloso; cariopse aderida ao antécio, oblongo-ovalada, comprimida lateralmente, com (5,5-)6,5-8,0mm de comprimento por (1,3-)1,5- 1,8(-2,0)mm de largura e 1,0mm de espessura, de coloração amarelada a cinza, margens conspicuamente voltadas para o lado ventral e que se afilam gradativamente do ápice arredondado para a base aguda, lado dorsal convexo e ventral com sulco longitudinal em forma de ‘V’ [Fig.49L-M]. Bromus sterilis L. – antécio fértil estreito-oblongo, com 10-15(-18) mm de comprimento (exceto a arista) por 1,5-1,8mm de diâmetro, de coloração cinza-amarelada e lema frequentemente tingida de castanho-escura a vermelho-púrpura ou púrpura-escuro (antécio maduro); lema fértil (lf) comprimida lateralmente, lado dorsal convexo, conspicuamente rugosa-escabrosa, margens estreito- hialinas, viradas para o lado ventral, aproximando-se uma da outra e extendendo-se para dois dentes apicais de 2-3mm de comprimento, nervuras muito conspícuas e com a mediana se estendendo, a 1,5-2,0mm abaixo do ápice, em uma arista (as) escabrosa com 15-25mm de comprimento; pálea fértil (pf) com
  • 72. B 71 concavidade profunda (em forma de ‘V’), em geral obscurescida pelas margens encurvadas da lema, com longos e esparsos pêlos finos nas carenas; segmento da ráquila (seg) com cerca de 3mm de comprimento, alargando-se ligeiramente para o ápice, um pouco encurvada longitudinalmente, com curta-pilosida fina; calo amarelado, lustroso, glabro ou com tufo de curtos pêlos em cada extremidade; cariopse aderida à pálea, estreito-oblonga, com 8-12mm de comprimento por 1,2mm de diâmetro, de coloração castanha e com estreito sulco profundo [Fig.49N-O-P]. BromustectorumL.–antéciofértildeestreito-elípticoaestreito-lanceolado, afilando para as extremidades e mais largo na porção mediana, com 8-10(12)mm de comprimento (exceto a arista) por (0,9-)1,2- 1,5mm de largura por 1,0-1,2mm de espessura, de coloração cinza-amarelada e lema freqüentemente tingida de púrpura ou de castanho-escura; lema fértil (lf) comprimida lateralmente, pouco mais larga do que a cariopse, com densa-pubescência de pêlos macios e que se tornam mais longos perto do ápice, margem e ápice hialinos, margens levemente encurvadas e que se extendem para dois dentes apicais, de 2-3mm de comprimento, nervura laterais fracas e mediana muito conspícua e que se estende, a 2-3mm abaixo do ápice, em uma arista (as) dura, reta ou curvada para o dorso e de até 12(-15)mm de comprimento; pálea fértil (pf) pouco mais curta do que a lema, ápice obtuso e diminutamente entalhado, com estreita concavidade rasa, superfície finamente pilosa e margens com pêlos cerdosos de tamanho variado; segmento da ráquila (seg) reto, de 2,5-3,0mm de comprimento, viloso, se alarga ligeiramente para o ápice, lado dorsal achatado (porção deitada sobre a pálea) e ventral arredondado; calo conspícuo, com um
  • 73. 72 Glossario Ilustrado de Morfologia tufo de pêlos em cada lado, de resto glabro; cariopse aderida ao antécio, oblonga, com cerca de 8mm de comprimento por 1mm de diâmetro, de coloração castanha, com lado dorsal convexo e ventral com profundo sulco [Fig.49Q-R]. BROTO – gema que brota nos vegetais e é capaz de se desenvolver em ramificações folhosas e/ou floríferas. Broto axilar – gema que se desenvolve na axila de uma folha. Broto terminal – gema que se desenvolve no ápice da parte aérea. BULBILHO – gema aérea transformada em órgão de multiplicação vegetativa, do qual resulta um vegetal que pode crescer e formar uma nova planta adulta; surgem também na axila de folhas normais, como em inflorescências; como nas espécies de Allium sativum L. (Alliaceae), Hippeastrum reticulatum Herb. (Amaryllidaceae) e no gênero Agave (Agavaceae). O mesmo que bolbinho. BULBO – diz-se de sistemas caulinares subterrâneos como gemas protegidas por catáfilos ou bases foliares que armazenam reservas; considera-se o bulbo como um caule modificado, mas na realidade se trata de um sistema caulinar com seu eixo, suas gemas, os primórdios foliares e as folhas modificadas. Bulbos podem ser escamosos (lírio - Fig.51A) ou tunicados (cebola - Fig.51C) ou cheios (alçafrão - Fig.50) que se caracterizam por apresentar o eixo caulinar extremamente reduzido e todas as reservas encontram- se nos catáfilos, ou composto (trevo, alho - Fig.51B) que apresenta grande número de pequenos bulbos. FIGURA 50 – Bulbo cheio de açafrão. FIGURA 51 – Bulbos : A- escamoso do lírio; B- composto de alho; C- tunicado de cebola.
  • 74. B 73 Bulbostylis capillaris (L.) C.B. Clarke (= Scirpus callaris L.) – núcula obovada, trigona, com 0,7-0,8mm de comprimento (exceto o rostro) por 0,6-07mm de largura, de coloração parda, levemente lustrosa, afilando abrupta- mente para o ápice obtuso e gradativamente para uma base estipitada, ápice com rostro (ro - estilete remanescente) caliptriforme (raro ausente), transversalmente ondulado-rugasa, pericarpo coriáceo, inserção basal triangular; semente preenche todo o interior da núcula [Fig.239A-A’]. A unidade-semente é a núcula.