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Acidentes com animais
peçonhentos
Professor: Cleanto Santos Vieira
Escorpionismo
ESCORPIONISMO
• Importantes em virtude da grande
freqüência e da potencial gravidade,
principalmente em crianças picadas
pelo Tityus serrulatus. Epidemiologia
Cerca de 8.000 acidentes/ano Minas
Gerais e São Paulo responsáveis por
50% do total, com aumento
significativo de casos na Bahia, Rio
Grande do Norte, Alagoas e Ceará.
Importância médica: T. serrulatus, T.
bahiensis e T. stigmurus. Letalidade em
0,58%, principalmente por T.
serrulatus, mais comumente em
crianças menores de 14 anos.
Tityus serrulatus
Escorpionismo
• São carnívoros: insetos, como grilos ou
baratas.
• Hábitos noturnos.
• Podem sobreviver vários meses sem
alimento e sem água, o que torna seu
combate muito difícil.
• Não são sensíveis a inseticidas e
agrotóxicos, inclusive podem
sobreviver a radiação.
• Geralmente associa-se o tamanho das
garras em relação a peçonha, quanto
maior a garra menor a ação da
peçonha.
Pandinus imperator
Tityus serrulatus
Tityus serrulatus
• Serrilha dorsal nos dois últimos
segmentos (daío nome Tityus
serrulatus) Mede de 6 cm a 7 cm.
Distribuição geográfica: Bahia,
Espírito Santo, Goiás, Minas
Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e
São Paulo.
Tityus Bahiensis
• marrom-escuro, patas e
pedipalpos com manchas
escuras. Mede de 6 cm a 7
cm Distribuição geográfica:
Goiás, São Paulo, Mato
Grosso do Sul, Minas
Gerais, Paraná, Rio Grande
do Sul e Santa Catarina.
Tityus Stigmurus
.Amarelo-escuro, triângulo
negro no cefalotórax, uma
faixa escura longitudinal
mediana e manchas laterais
escuras nos tergitos. Mede de
6 cm a 7 cm
Distribuição geográfica:
Nordeste do Brasil.
Tityus cambridgei
• Tronco e pernas escuros,
quase negros
• Mede cerca de 8,5 cm
• Distribuição geográfica:
região Amazônica.
Tityus metuendus
• Vermelho-escuro, quase negro
com manchas confluentes
alaranjadas; patas com
manchas amareladas; cauda da
mesma cor do tronco
apresentando um
espessamento dos últimos dois
artículos. Mede de 6 cm a 7 cm
• Distribuição geográfica:
Amazonas, Acre e Pará.
Tityus fasciolatus
• Listrado amarelo e preto.
• Mede de 4 cm a 8,5 cm
• Distribuição geográfica: Goiás
e DF.
Escorpionismo
• Preocupante o aumento da dispersão
do Tityus serrulatus. Reprodução por
partenogênese. No estado de
Pernambuco (Recife), há relatos de
óbitos provocados por T. stigmurus,
espécie que também tem sido
capturada em Alagoas.
• Ações da peçonha: Dor local e efeitos
resultantes da ação em canais iônicos
(Na+), levando à liberação de
catecolaminas e acetilcolina.
Manifestações sistêmicas são
decorrentes dos efeitos simpáticos ou
parassimpáticos. óbitos x idade em 2003
Escorpionismo
• Quadro clínico→ Dor local, parestesias.
• Nos acidentes moderados e graves,
principalmente em crianças, após intervalo de
minutos até poucas horas (duas, três horas).
• Podem surgir manifestações sistêmicas:
• Gerais →Hipo ou hipertermia e sudorese
profusa.
• Digestivas →Náuseas, vômitos, sialorréia, dor
abdominal e diarréia.
• Cardiovasculares →Arritmias cardíacas,
hipertensão ou hipotensão arterial,
insuficiência cardíaca congestiva e choque.
• Respiratórias →Taquipnéia, dispnéia e edema
pulmonar agudo.
• Neurológicas →Agitação, sonolência,
confusão mental, hipertonia e tremores.
Escorpionismo
• Os acidentes podem ser classificados
como:
• Leves →apenas dor local e parestesias.
• Moderados →dor intensa no local e
manifestações sistêmicas: sudorese
discreta, náuseas, vômitos ocasionais,
taquicardia, taquipnéia e hipertensão
leve.
• Graves →sudorese profusa, vômitos
incoercíveis, salivação excessiva,
alternância de agitação com prostração,
bradicardia, insuficiência cardíaca, edema
pulmonar, choque, convulsões e coma. Os
óbitos estão relacionados a complicações
como edema pulmonar agudo e choque.
Escorpionismo
• Exames complementares:
• →ECG pode mostrar as disfuncões
cardíacas.
• →Glicose, amilase elevados. Leucocitose
com neutrofilia. Hipopotassemia e
hiponatremia.
• →ELISA para detecção Tityus serrulatus.
• →Nos raros casos de pacientes com
hemiplegia, a tomografia cerebral
computadorizada pode mostrar
alterações compatíveis com infarto
cerebral.
• ->Radiografia de tórax: aumento da área
cardíaca e edema pulmonar agudo.
Escorpionismo
• Tratamento:
• Preventivo: Bater os sapatos e
botinas no chão antes de calçar,
combate as baratas domésticas,
limpeza de terrenos baldios, não
deixar restos de madeiramento e
tijolos empilhados no quintal.
• Sintomático →Consiste no alívio da
dor.
• Específico →Consiste na
administração i.v. de soro
antiescorpiônico (SAEEs)ou
antiaracnídico (SAAr)nos casos
moderados e graves.
• Manutenção das funções vitais
→Controle da função cardíaca e uso
de respiração artificial em casos de
edema pulmonar agudo.
Referências Bibliográficas
• Elisabeth Ferroni Schwartz Laboratório de Toxinologia Departamento de
Ciências Fisiológicas Instituto de Ciências Biológicas –UnB
• CANTER, Henrique M., PUORTO, Giuseppe e FERREIRA SANTOS, Marcos. O
Butantan e as serpentes do Bra tan /Itautec, CD-ROW, 1996.
• FU lo: Folder Série Técnica n"- 4.
• INS z Guia Rural, 1992.
• MI e ofidismo (COBRAL). Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 1991.
• MI acidentes por animais peçonhentos. Brasil .
• SEB Brasília, 1996.
• SEC SAÚDE. Manual de vigilância epidemiológica acidentes por animais
peçonhentos São Paulo: CVE, lnstituto Butantan, 1993. SC avier, 1992.

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Primeiros Socorros - Acidentes com animais peçonhentos escorpionismo

  • 1. Acidentes com animais peçonhentos Professor: Cleanto Santos Vieira Escorpionismo
  • 2. ESCORPIONISMO • Importantes em virtude da grande freqüência e da potencial gravidade, principalmente em crianças picadas pelo Tityus serrulatus. Epidemiologia Cerca de 8.000 acidentes/ano Minas Gerais e São Paulo responsáveis por 50% do total, com aumento significativo de casos na Bahia, Rio Grande do Norte, Alagoas e Ceará. Importância médica: T. serrulatus, T. bahiensis e T. stigmurus. Letalidade em 0,58%, principalmente por T. serrulatus, mais comumente em crianças menores de 14 anos. Tityus serrulatus
  • 3. Escorpionismo • São carnívoros: insetos, como grilos ou baratas. • Hábitos noturnos. • Podem sobreviver vários meses sem alimento e sem água, o que torna seu combate muito difícil. • Não são sensíveis a inseticidas e agrotóxicos, inclusive podem sobreviver a radiação. • Geralmente associa-se o tamanho das garras em relação a peçonha, quanto maior a garra menor a ação da peçonha. Pandinus imperator Tityus serrulatus
  • 4. Tityus serrulatus • Serrilha dorsal nos dois últimos segmentos (daío nome Tityus serrulatus) Mede de 6 cm a 7 cm. Distribuição geográfica: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.
  • 5. Tityus Bahiensis • marrom-escuro, patas e pedipalpos com manchas escuras. Mede de 6 cm a 7 cm Distribuição geográfica: Goiás, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
  • 6. Tityus Stigmurus .Amarelo-escuro, triângulo negro no cefalotórax, uma faixa escura longitudinal mediana e manchas laterais escuras nos tergitos. Mede de 6 cm a 7 cm Distribuição geográfica: Nordeste do Brasil.
  • 7. Tityus cambridgei • Tronco e pernas escuros, quase negros • Mede cerca de 8,5 cm • Distribuição geográfica: região Amazônica.
  • 8. Tityus metuendus • Vermelho-escuro, quase negro com manchas confluentes alaranjadas; patas com manchas amareladas; cauda da mesma cor do tronco apresentando um espessamento dos últimos dois artículos. Mede de 6 cm a 7 cm • Distribuição geográfica: Amazonas, Acre e Pará.
  • 9. Tityus fasciolatus • Listrado amarelo e preto. • Mede de 4 cm a 8,5 cm • Distribuição geográfica: Goiás e DF.
  • 10. Escorpionismo • Preocupante o aumento da dispersão do Tityus serrulatus. Reprodução por partenogênese. No estado de Pernambuco (Recife), há relatos de óbitos provocados por T. stigmurus, espécie que também tem sido capturada em Alagoas. • Ações da peçonha: Dor local e efeitos resultantes da ação em canais iônicos (Na+), levando à liberação de catecolaminas e acetilcolina. Manifestações sistêmicas são decorrentes dos efeitos simpáticos ou parassimpáticos. óbitos x idade em 2003
  • 11. Escorpionismo • Quadro clínico→ Dor local, parestesias. • Nos acidentes moderados e graves, principalmente em crianças, após intervalo de minutos até poucas horas (duas, três horas). • Podem surgir manifestações sistêmicas: • Gerais →Hipo ou hipertermia e sudorese profusa. • Digestivas →Náuseas, vômitos, sialorréia, dor abdominal e diarréia. • Cardiovasculares →Arritmias cardíacas, hipertensão ou hipotensão arterial, insuficiência cardíaca congestiva e choque. • Respiratórias →Taquipnéia, dispnéia e edema pulmonar agudo. • Neurológicas →Agitação, sonolência, confusão mental, hipertonia e tremores.
  • 12. Escorpionismo • Os acidentes podem ser classificados como: • Leves →apenas dor local e parestesias. • Moderados →dor intensa no local e manifestações sistêmicas: sudorese discreta, náuseas, vômitos ocasionais, taquicardia, taquipnéia e hipertensão leve. • Graves →sudorese profusa, vômitos incoercíveis, salivação excessiva, alternância de agitação com prostração, bradicardia, insuficiência cardíaca, edema pulmonar, choque, convulsões e coma. Os óbitos estão relacionados a complicações como edema pulmonar agudo e choque.
  • 13. Escorpionismo • Exames complementares: • →ECG pode mostrar as disfuncões cardíacas. • →Glicose, amilase elevados. Leucocitose com neutrofilia. Hipopotassemia e hiponatremia. • →ELISA para detecção Tityus serrulatus. • →Nos raros casos de pacientes com hemiplegia, a tomografia cerebral computadorizada pode mostrar alterações compatíveis com infarto cerebral. • ->Radiografia de tórax: aumento da área cardíaca e edema pulmonar agudo.
  • 14. Escorpionismo • Tratamento: • Preventivo: Bater os sapatos e botinas no chão antes de calçar, combate as baratas domésticas, limpeza de terrenos baldios, não deixar restos de madeiramento e tijolos empilhados no quintal. • Sintomático →Consiste no alívio da dor. • Específico →Consiste na administração i.v. de soro antiescorpiônico (SAEEs)ou antiaracnídico (SAAr)nos casos moderados e graves. • Manutenção das funções vitais →Controle da função cardíaca e uso de respiração artificial em casos de edema pulmonar agudo.
  • 15. Referências Bibliográficas • Elisabeth Ferroni Schwartz Laboratório de Toxinologia Departamento de Ciências Fisiológicas Instituto de Ciências Biológicas –UnB • CANTER, Henrique M., PUORTO, Giuseppe e FERREIRA SANTOS, Marcos. O Butantan e as serpentes do Bra tan /Itautec, CD-ROW, 1996. • FU lo: Folder Série Técnica n"- 4. • INS z Guia Rural, 1992. • MI e ofidismo (COBRAL). Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 1991. • MI acidentes por animais peçonhentos. Brasil . • SEB Brasília, 1996. • SEC SAÚDE. Manual de vigilância epidemiológica acidentes por animais peçonhentos São Paulo: CVE, lnstituto Butantan, 1993. SC avier, 1992.