1. O documento apresenta o projeto político-pedagógico da Escola Municipal Luis Lindenberg para os anos de 2011-2012, descrevendo sua identificação, história, princípios, organização e objetivos.
2. A escola está localizada em Cabo Frio e atende alunos do ensino fundamental, tendo sido fundada em 1981 para atender os filhos dos funcionários da Refinaria Nacional de Sal Ponta da Costa.
3. O projeto político-pedagógico é construído de forma participativa e busca estabelecer as diretrizes ped
Projeto Político-Pedagógico da Escola Municipal Luis Lindenberg 2011/2012
1. 1
PREFEITURA MUNICIPAL DE CABO FRIO
REGIÃO DOS LAGOS – ESTADO DO RIO DE JANEIRO
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
ESCOLA MUNICIPAL LUIS LINDENBERG
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
CABO FRIO - RJ
2011/2012
2. 2
FOTO DA ESCOLA
A implementação de projeto político-pedagógico próprio e condição para que se afirme
( ou se construa simultaneamente) a identidade da escola como espaço pedagógico
necessário à construção do conhecimento e da cidadania.”
(Bussamann, 1997)
3. 3
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO .....................................................................................05
1.1 – Novo Momento . Novos Caminhos .................................................05
2- Identificação da Escola........................................................................06
3- A Escola no contexto mais amplo........................................................06
4- A história da Escola é feita por nós …..................................................07
5- Organização da Escola ….....................................................................10
5.1 – Conselho de classe......................................................................10
5.2-ConselhoEscolar........................................................................... 10
5.3- Organograma............................................................................... 10
5.4- ReuniãodeEquipeGestora............................................................. 11
5.5 - 1Reuniõescomasfamílias ..............................................................11
5.6 - Reunião pedagógico-educativa …..........................................................11
6 – Espaço físico da escola . …....................................................................12
7- Investimentosrecentes .............................................................................12
8–Os desafios da gestão compartilhada .......................................................13
9 – Trabalho participativo na relação com a família …..................................... 14
10– Princípios filosóficos da escola em construção .........................................16
10.1-Concepção............................................................................................16
10.2–Princípios norteadores de nossa prática ............................................... 18
10.3Ética .....................................................................................................19
10.4- Formação permanente......................................................................... 19
10.5-Qualidade.............................................................................................20
10.6-Formação de valores ........................................................................... 20
4. 4
11- Princípios pedagógicos da escola em construção......................................20
11.1-Tendência pedagógica ...........................................................................20
11.2BaseEpistemológica ...............................................................................22
11.3 – Metodologia de 6º ao 9º ano........................................................22
11.4Avaliação...............................................................................................26
11.4.1–As avaliações na escola ...........................................................26
11.4.2–Distribuição de pontos resultantes do processo de avaliação …............27
11.4.3–Quanto a recuperação .......................................................................27
12OrganizaçãoCurricular .............................................................................28
12.1–Concepção de currículo ....................................................................... 28
12.2Matrizcurricular .....................................................................................28
12.3Planejamentocurricular ..........................................................................28
12.4Temastransversais..................................................................................28
12.5–Planejamento de ensino....................................................................... 29
12.6- Interdisciplinaridade............................................................................29
13–Programas,Projetos e atividades ..............................................................29
13.1Projetos ................................................................................................30
13.2Atividades..............................................................................................31
14Metas ......................................................................................................31
15–AnexosI
(Calendários) ...............................................................................................32
15.1–AnexoII ( Matriz Curricular) ...................................................................33
15.2AnexoIII(Projetospermanentes) ..............................................................34
16ReferênciasBibliográficas..........................................................................35
5. 5
1- INTRODUÇÃO
1. 1 - NOVO MOMENTO... NOVOS CAMINHOS
No início do período de 2003, a Escola Municipal Luis Lindenberg viveu um novo
momento, a partir das mudanças em sua equipe gestor, que traz como um de seus
propósitos a reconstrução de projeto político-pedagógico da escola, elaborado em 2000.
Foi então planejado um encontro com a comunidade escolar, com o principal papel
objetivo de mostrar a importância do envolvimento e participação de todos, neste
processo, quando foram formados grupos responsáveis por estudar e repensar os
indicadores temáticos do projeto, considerando os dados do projeto anterior.
O ano de 2003 passou e a organização do tempo e do espaço foi incomparável com as
reais necessidades para as articulações operacionais em cumprimento aos nossos
propósitos, uma vez que entendemos o projeto político-pedagógico como o eixo norteador
de todo o trabalho da escola.
Conseguimos estabelecer o roteiro do projeto e realizar alguns encontros de estudos,
sistematizado os debates para formulação dos textos.
Com certeza, um dos impedimentos para o processo em construção foi a dificuldade de
conciliar a garantia das aulas como no tempo necessário para os encontros de
sistematização. Esta realidade vivida pela equipe em 2004 indicou que no ano seguindo
fossem incluídas no calendário as datas destinadas à construção do projeto político
pedagógico.
Reafirmamos nossa crença de que a construção do projeto político-pedagógico da escola,
vai muito além do que o atendimento das exigências legais, pois é nesta participação que
a comunidade escolar vivencia o verdadeiro processo de democracia participativa.
Recentes pesquisas evidenciam a grande dificuldade qualitativa para mudanças
significativas no fazer escolar frente às ausências do conhecimento sistematizado e
afirmam que o processo histórico da prática escolar e espelhada na cultura social, focada
na participação formal, de caráter legalista, uma prática de formalidades que só afeta
aspectos secundários da dinâmica envolvente, onde querem ser privilegiados nos seus
interesses através de ações simbólicas, de influência mínima a nível da política e do
funcionamento institucional.
Sabemos, neste sentido, que e uma nova organização para a escola. Mas estamos
dispostos a enfrentar essa ousadia e fazer da nossa Escola um espaço público, lugar de
debate, do diálogo, fundado na reflexão coletiva (Veiga 1997, p.14).
Nesse início de período letivo de 2005, concluímos mais uma etapa do projeto político-pedagógico,
entendendo que este e um processo de construção constante e de busca
para que represente a Nossa cara, que mostre quem somos, nossos limites e nossas
possibilidades, sem mascara, para que possamos apresentá-lo como fruto da história que
construímos, JUNTOS, a história da Escola Municipal Luis Lindenberg que por sua vez a
história da Educação de Cabo Frio.
6. 6
2- IDENTIFICÃO DA ESCOLA
Nome da Escola: Escola Municipal Luis Lindenberg
Localização: Avenida Luis Lindenberg, Nº 1137
Bairro Guarani - Cabo Frio – RJ - CEP 28909-340
Telefone: (22) 2644-0389
Entidade Mantenedora: Prefeitura Municipal de Cabo Frio
Situação legal:
Autorização e reconhecimento - Portaria Nº 1867 / ECDAT, DE 11 de junho de 1981
Atos de criação: Educação Infantil Portais 1867 / ECDAT de junho de 1981
Ensino Fundamental(1° e 2° segmentos) Resolução SEE nº 1114 DE 21 DE MAIO DE 1985.
DEC nº 2596 de 18 de outubro de 1999.
Situação do prédio
Prédio cedido pela Refinaria Nacional de Sal Ponta da Costa/ Sal Cisne AS
3- A ESCOLA NO CONTEXTO MAIS AMPLO
Durante muitos anos, o acesso à escolarização no Brasil e em qualquer nível era restrito a
uma minoria que, por pertencer ao grupo dos mais ricos, não tinha de dedicar todo o seu
tempo ao trabalho.
A Constituição de 1888 garantiu o direito de todos os brasileiros, de qualquer idade,
educação, trazendo aos vários governos no âmbito federal, estadual e municipal, o
desafio de tomar esta lei numa realidade, a começar pela criação de escolas necessárias
e a manutenção das mesmas.
Contudo, embora o acesso ao ensino seja universal hoje em dia, a evasão escolar ainda e
grande, tendo como uma das principais razões, a incompatibilidade entre trabalho, família
e escola.
Outro problema e que os Governos têm criado escolas sem que a estrutura necessária
para o seu funcionamento com a qualidade esperada seja garantida, como a existência
de espaço e material adequados para a prática esportiva, livros, material audiovisual,
laboratório e salas de informática.
No caso específico de nossa escola, a desestruturação que sofreu quando deixou de
pertencer à Refinaria para ser municipalizada, e atestada pelos professores que
participaram das duas gestões, seja em relação aos salários, merenda escolar, ao material
de apoio pedagógico disponível e qualidade de alunos por turma.
Porém, além das mudanças de acordo com os diferentes contextos históricos que
vivemos. Hoje, acredita-se que a escola deva cumprir diferentes papeis, complementares
7. 7
entre si, como possibilitar o acesso dos estudantes ao mercado de trabalho, cidadania e
ao conhecimento sobre a diversa realidade sócio-político-econômica e cultural dos país
em que vivem.
Para garantir este novo papel, a União, desde o Governo FHC, vem tomando medidas
consideradas importantes para a melhoria da qualidade do Ensino Fundamental, como a
elaboração dos PCN, que tem por objetivo a integração curricular do país, e a criação de
um fundo (FUNDEF) para incrementar os investimentos nas escolas públicas.
O Governo do Rio de Janeiro, sob a gestão de Leonel Brizola , deu início a uma expansão
das unidades escolares em nosso estado com a criação dos CIEP _ que, no município de
Cabo Frio, concentram-se nos bairros de periferia, dado o rápido crescimento demográfico
e a forte demanda por vagas nas escolas.
Embora o projeto de uma escola que atendesse aos interesses dos alunos de forma
integral nunca tenha sido cumprido na integra o fosse esta iniciativa, talvez 0as outras
escolas estaduais e municipais não conseguissem absorve a crescente população
residente no município, que em grande parte procura pela escola pública, seja
construindo novas unidades, municipalizando escolas particulares ou simplesmente
ampliando a oferta de vagas, sendo esta última alternativa considerada prejudicial ao
bom desenvolvimento do trabalho docente, devido a quantidade excessiva de alunos por
turma.
Embora na atual gestão esteja ocorrendo no início de cada ano letivo um importante ciclo
de palestras e debates fundamental para a capacitação dos professores, as escolas ainda
se ressentem da falta do aparelhamento em sua infra-estrutura e quanto aos materiais
pedagógicos. Alem disso e necessário o aumento de verba escolar que menor que
nossa demandas e dos salários dos professores e funcionários.
Acreditamos, entretanto, que, independente das ações governamentais seja em que
esfera de poder for -, as equipes administrativa, pedagógica e os professores da escola
têm uma responsabilidade particular com a melhoria da qualidade do ensino, buscando
rever encaminhamentos de problemas como a indisciplina, desinteresse e dificuldades de
aprendizagem dos alunos, alem da reestruturação da escola para atender a comunidade
em suas necessidades principais.
Ate aqui esses problemas, que atrapalham a efetivação de uma educação de qualidade,
têm sido enfrentados de forma convencional e paliativa. Certamente, as soluções
necessitam de um maior compromisso dos governos e dos profissionais de educação com
sua escola e seus alunos, que são os que mais são afetados por nossos acertos e,
principalmente, por nossos erros.
Acreditamos, enfim, que a construção deste projeto seja uma possibilidade, entre tantas
outras, de demonstrar este nosso compromisso.
4- A HISTÓRIA DA ESCOLA É FEITA POR NÓS
As histórias das escolas, de modo geral, são escritas como se seus autores estivessem
ausentes ou bem distantes.
Acreditamos que cada aluno (a), cada professor (a) cada funcionário (a), cada família, que
passou por aqui, de alguma forma deixou na escola sua marca, pessoal e profissional,
tornando-se sujeito da história da Escola Municipal Luis Lindenberg, queremos trazê-los
8. 8
para bem perto neste momento. Queremos considerar também como sujeitos desta
história, os trabalhadores da Refinaria, que lutaram pela garantia de uma boa educação
para seus (suas) filhos (as).
Para representá-los, vamos contar esta história a partir da memória da Professora Silma
de Mendonça Costa, uma da professora mais antigas da escola filha de um dos
fundadores do Grêmio, que deu origem à escola.
Esta é também a forma que encontramos para homenagear a Professora Silma Costa por
estes 25 anos de dedicação a esta comunidade e também a seu pai.
Eu comecei a trabalhar nesta escola no dia 12 de fevereiro de 1979, quando a escola
estava no seu 9º ano de trabalho e expandia o atendimento para alunos de 5ª série ,
começando com uma única turma.
A maioria dos professores da 5ª série era funcionários da Refinaria, que vinha para a
escola por volta das 16 horas, quando se iniciavam as aulas desta turma. Desta turma
fazia parte como alunas a Valéria Costa Monteiro e a Leila Costa de Brito, que hoje
professoras aqui na escola.
Nesta época eu trabalhava na secretaria, passando a assumir turma dois anos depois.
Existia na escola uma banda marcial, organizada pelo Professor Aloísio, que atuava
também como Professor de Educação Física.
Todo anos, no dia 1º de maio, a escola ia desfilar na Refinaria para homenagear os
trabalhadores da mesma.
Meu pai trabalhava como encarregado de salinas. Era ele quem sabia de tudo, se ia
chover ou não, para abrir à salina. Era ele que, junto com os demais da direção do
Grêmio dava assistência à escola, para o bom funcionamento dela.
Os encarregados da limpeza da escola e da cozinha eram todos homens, funcionárias da
Refinaria. Todos que passaram por aqui ainda se lembram da famosa merenda do Tio
Gelson. E como brilhava essa escola!... Você não via um risquinho na parede. Tinha
também o Tio Eliel, o Tio Agrimório, Tio Neivaldo e outros que não me lembro o nome.
Durante todos esses 25 anos, venho acompanhado o desenvolvimento e as mudanças
que aconteceram e aconteceram e acontecem nessa escola.
Um grande avanço foi que, inicialmente a escola só atendia aos filhos dos funcionários da
Refinaria Nacional de Sal e, a partir de 1º de agosto de 1999, passou a atender a toda a
comunidade.
Apesar da escola ter crescido bastante (antes tinha nas sala em média 20 alunos) e ter
alterado a sua organização e dinâmica interna, ainda mantêm a credibilidade e o
reconhecimento da comunidade, graças principalmente a dedicação de seus professores
e funcionários.
Dentre o quadro atual de professores, os mais antigos, além de mim, são: Ilza Costa dos
Santos e Uirdiney Gomes da Silva.
Posso dizer que toda a minha vida está ligada a esta escola: Aqui na escola fiz o meu chá
de panela, meus dois chás de bebês e, há dois meses atrás, meu chá da vovó...
(Depoimento dado pela professora Silma Costa, no dia 10 de setembro de 2004)
Por que a escola se chama Luis Lindenberg?
9. 9
Luis Lindenberg foi o idealizador e criador da Indústria Salineira em Cabo Frio. Foi
também o pioneiro na produção de sal ao fogo, sem contar somente com a evaporação ao
sol, o que tornava sua produção muito lenta. As experiências dele tornaram-no conhecido
e afamado e até mesmo D. Pedro II veio em 1847 visitar PERINAS, COM SUA COMITIVA.
Sua propriedade abrangia mais de 100 (cem) braças de frente p-ara a Lagoa de
Araruama, incluindo ainda a Ponta do Costa e dos Macacos ou Perinas.
Desde a fundação da escola, esteve na direção a Professora Vera Lúcia Mendonça dos
Santos, que permaneceu até 1992, ou 1993, não me lembro bem, quando foi substituída
pela Professora Gelma Apicelo de Matos, que ficou até 1999, quando então a escola foi
municipalizada. A Professora Thereza Christina Cariello Mesquita assumiu a direção até o
início de 2003, quando chega o Professor Amaro Cesar Monica de Souza.
Trago na memória os passeios ao Tivoly Park, na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de
Janeiro, para o qual todas as crianças eram levadas pelas professoras, na Semana da
Criança. Eram dois, três ônibus cheios de crianças...
Lembro também das tradicionais Festas Juninas, que eram feitas na rua e das Festas de
Formaturas, desde o Jardim da Infância até a 4ª série, e depois de 8ª série.
Outra coisa que marcou muito é que a Refinaria todo final de ano, presenteava cada
criança com um brinquedo, uma colchinha ou um cobertor (cada ano trocava) e um
panetone, além do sorteio de três bicicletas.
Os professores também ganhavam colcha ou cobertor e um panetone.
Lembro que a minha mãe, que tinha oito filhos estudando aqui, saia cheia de presentes e
muito feliz. Todo ano ela podia trocar a roupinha de cama das crianças...
Meu pai, Ginósio Gomes da Costa, foi um dos fundadores do Grêmio Recreativo e Cultural
1º de Maio. O Grêmio tinha como presidente D. Odaliva Macedo e como sócios, os
funcionários da Refinaria. A escola foi fundada e mantida pelo Grêmio.
O Grêmio nasceu devido às comemorações do Dia do Trabalho (1º de maio) quando
acontecia uma confraternização entre Funcionários e seus familiares e sentiu-se a
necessidade de estreitar os laços, surgindo inicialmente a Comunidade Ponta do Costa e
da gerando a idéia de fundar-se um grêmio.
A primeira sede foi em uma pequena garagem. Pertencente à residência do sócio
fundador Arnaldo Soares dos Santos Filho.
Um curso de alfabetização de adultos foi o primeiro passo na prestação de serviço à
comunidade, transformando-se mais tarde, o curso em uma escolinha para filhos de
empregados, funcionando até a no refeitório da Refinaria Nacional de Sal, que cedeu uma
casa na vila operária, onde foi instalada a escolinha, formado logo após a biblioteca.
(Retirado do Projeto Político-Pedagógico de 2000, p.8)
Como um exemplo a ser seguido de iniciativa, realizações e visão de processo, o Grêmio
Recreativo e cultura 1º de Maio, entidade que congrega os empregados de Salinas Ponta
do Costa, uma das sementes que melhor germinou, houve por bem dar seu nome a nossa
Casa de Ensino a Escola Luis Lindenberg.
(Fonte: Arquivo da Secretaria da Escola, mimeo, s/d)
10. 10
Mas a história da E M Luis Lindenberg não termina aqui, pois quando falamos em história
não Falamos apenas em passado. Falamos também de presente e de expectativas de
futuro.
Atualmente, a história continua registrada na memória dos que aqui estão e nos
documentos arquivados, dentre eles, em especial, o projeto político-pedagógico, pois
como foi dito, ao escrevermos este projeto estamos mostrando a nossa é Cara quem
somos e o que queremos...
INCLUIR DATAS FUNDADA EM 25/03/1970 ( Ver 1º ppp p. 8)
5- ORGANIZACÃO DA ESCOLA
A Escola tem como modalidade o ensino regular, atendendo desde a Educação Infantil 8ª
Série do Ensino Fundamental, em 2 turnos, que funcionam nos horários de 700 `as 12:00
h e das 13:00 às 17:00 horas.
No corrente ano letivo (2005), no 1º turno temos duas turmas de Educação Infantil (Pré I e
Pré II), uma de 1 Série N1, duas de 4ª série, três de 5ª Série, três de 7ª série e três de
8ª Série.
NO 2º turno, temos duas turmas de Educação Infantil (Pré I e Pré II), Duas Turmas de 1ª
Série N1, três de 1ª série N II, quatro de 2ª série, três 3ª série e Duas turmas de 4ª Série.
Resumo: Total de alunos na escola = 1078
Observação: Para garantir a qualidade do trabalho pedagógico e educativo, decidiu-se que
a composição das turmas obedecerá os critérios abaixo relacionados, frente ao
quantitativo de alunos por turma:
Educação Infantil: 20 alunos.
1ª série nível 1 e nível 2 : 25 alunos.
2ª a 4ª série: 30 alunos
5ª a 8ª série: 35 alunos.
CONSELHO DE CLASSE
Os Conselhos de Classes são realizados bimestralmente, como o propósito de realizar uma
avaliação do processo de produção escolar e do funcionamento da escola como um todo e
replanejar estratégias necessárias para atender as ausências da prática educativo-pedagógica.
CONSELHO ESCOLAR
De acordo com o Estatuto Municipal.
11. 11
ORGANOGRAMA
Em fase de adaptação
REUNIÃO DE EQUIPE GESTORA
Estas reuniões buscam uma possível aproximação metodológica, na realização das
atividades específicas dos setores da escola (Direção, Orientação Educacional, Supervisão
e Inspeção).
São planejadas para realização mensal, sistematizando questões encaminhadas no
cotidiano escolar.
REUNIÕES COM AS FAMÍLIAS
As reuniões com as famílias são agendadas no início do período letivo, com o propósito de
sensibilizá-las sobre o desenvolvimento escolar dos (as) alunos (as) e do necessário
acompanhamento dos responsáveis.
Daí, após a apreciação nos Conselhos de Classe bimestrais, organiza-se encontros ou
reuniões com as famílias para apresentação dos resultados e necessárias intervenções.
De Educação Infantil é 4ª Série participam destas reuniões a professora de Turma, o
orientador educacional e a supervisora. Neste segmento são também realizadas reuniões
coordenadas pelas professoras, no início de cada semestre, a fim de falar sobre a sua
metodologia de trabalho, assim como explicitar em que a família deve colaborar.
No 2º segmento estas reuniões são organizadas pelo orientador educacional, como a
participação dos professores que trabalham no dia da reunião. Á partir de 2010, iniciamos
o projeto Escola Aberta, onde os responsáveis são convidados a ir a escola para
conversar diretamente com todos os professores.
Ressalta-se que as famílias são atendidas individualmente sempre que necessário.
REUNIÃO PEDAGÓGICA-EDUCATIVA
Consideramos que estas reunião pedagógicas são fundamentais para despertar e/ou
enraizar uma nova postura educativa, na medida em que possibilita a unidade entre o
sujeito de ação e o da reflexão, como nos diz Vasconcellos (2002). As reuniões são
realizadas mensalmente a partir de um calendário organizado pela equipe gestora.
Neste momento, pretendemos:
-Trocar experiências, partilhando dúvidas e inquietação, assim como nossas práticas e
esperanças;
- Planejar coletivamente, o que irá favorecer o trabalho pedagógico;
- Avaliar nossas próprias ações, tendo em vista seu replanejamento;
12. 12
- Dar um novo significado às nossas ações, a partir da reflexão, pesquisa e estudo;
- Desenvolver cada vez mais nossas atitudes de cooperação e com responsabilidade.
6- ESPACO FÍSICO DA ESCOLA
A estrutura física da escola é adequada às necessidades básicas para o funcionamento da
mesma, com satisfatório estado de conservação, embora se perceba que alimenta uma
ressignificção da ocupação para melhor qualidade do uso.
Para as atividades administrativas, a escola conta com sala da Direção, secretaria, sala
para o trabalho de supervisão de e orientação, sala de professores e almoxarifado.
Temos um total de 14 salas de aula, além do prédio anexo destinado à Educação Infantil,
inaugurado ao ano de 2004, com total de 3 salas e 2 banheiro. Próximo a este espaço
temos um parque infantil.
Existe uma área coberta para atividades diversas e para as atividades esportivas um
campo de futebol adaptado.
Outras dependências: Refeitório, biblioteca (também funcionando como sala de vídeo),
banheiros de professores de alunos ( masculino e feminino).
Como principais necessidade destacamos a reforma dos banheiros de alunos (as),
contemplando uma adaptação para vestiário ou a construção de vestiário: a construção
de uma quadra poliesportiva com cobertura, uma nova secretaria adequada para
atendimento externo, a reestruturação da biblioteca e a construção de salas de leitura e
de vídeo.
7- INVESTIMENTOS RECENTES
- Mudanças na equipe da merenda escolar
- Melhoria da qualidade de merenda escolar
- Melhor atendimento dos alunos e professores em relação à merenda
- Organização da secretaria na parte escrituraria
- Construção de despensa
- Colocação de bancada em mármore e lavatórios
- Colocação de bebedouros para os alunos
- Colocação de novas telhas
- Aquisição de um computador com impressora
- Reativação do Projeto Corredor Literário
- Conscientização do pessoal de apoio da necessidade em melhorar o tratamento com
todos da escola
- Abertura para professores e funcionários estarem reivindicando e sugerindo mudanças
na escola, atendendo-as na medida do possível
13. 13
- Trabalho voltado para as famílias
- Melhor relação com a comunidade em torno da escola, fazendo com que a escola
deixasse de ser depredada
- Alteração do quadro da equipe de direção, incluindo a função de diretora adjunta
- Realização de reuniões permanentes da direção com todos os setores, buscando uma
melhor integração da escola
- Realização de reunião para construção coletiva do projeto polítco-pedagógico.
8 - OS DESAFIOS DA GESTÃO COMPARTILHADA
A escola é uma organização social destinada a cumprir uma finalidade definida frente s
contradições de sua época, refletindo os valores e os poderes socioculturais da
comunidade em que está inserida.
É um tempo-espaço de verdades integradas, de saberes e não saberes, organizado para a
construção de conhecimentos sistematizados favoráveis à compreensão de realidade.
É também o tempo-espaço onde as práticas educativas devem favorecer a reflexão crítica
dos valores presentes no comportamento social, em atendimento à sua perspectiva
política, como nos lembra Paulo Freire (1983).
O papel do trabalhador que opta mudança, num momento histórico como este, não é
propriamente o e criar mitos contrários, mas o de problematizar a realidade aos homens,
proporcionar a desmitificação da realidade mitificada.
Mas é ainda a escola, o tempo-espaço comprometido com a humanização dos sujeitos que
dela participam, contribuindo para fazé-los mais éticos e mais felizes.
No sentido de organizar um campo estrutural para a realização Don trabalho escolar de
caráter humanizado, de ação investigativa e comprometida com o processo
emancipatório da sociedade, buscamos realizar um tipo de gestão que mostra nosso
compromisso em colocar em prática os princípios filosóficos elaborados em conjunto e
inscritos neste projeto.
Gestão significa organização, direção e decisão. Gestão democrática se faz na prática.
Neste sentido, temos buscado envolver a comunidade escolar na tomada de decisões
sobre as diretrizes e objetivos da escola.
Assim, entendemos que ser diretor escolar significa impulsionar o desenvolvimento das
atividades administrativas e pedagógicas da escola, o que não se restringe à construção
de projetos, mas no acompanhamento e avaliação do que foi planejado, dando a
necessária diretividade para que o que planejado seja executado, ainda que considerando
sua flexibilidade.
Para garantir o bom funcionamento da escola, procuramos garantir que seus objetivos e
metas sejam atingido: que a escola seja um espaço de produção de conhecimento, além
de propiciar a vivência de elementos culturais como hábitos, atitudes, habilidades,
valores, normas e símbolos funcionais para a vida social.
Mas atingir estes objetivos não é tarefa das mais fáceis, em especial porque precisamos
levar em conta que o esforço despendido deve ser coletivo e que não está na
dependência de um único ator é o dirigente escolar mas de todo o conjunto de atores que
compõe o universo escolar.
14. 14
Diante deste contexto, uma questão é essencial: É preciso fazer com que todos estejam
orientados num mesmo sentido, cooperando entre si, compartilhando e assumindo sonhos
e preocupações.
Talvez esta seja a principal e mais difícil tarefa do gestor, uma vez que dele é exigido um
fluxo continuo de tarefas, em sua grande parte não previsíveis e de curto prazo para
cumprimento, relacionadas a um conjunto complexo de exigências de ordem institucional,
social-interpessoal, administrativa e política, às quais o administrador tem que responder.
Neste sentido, mais uma vez reforçamos a necessidade de fazermos da gestão
compartilhada a base fundamental para que se possa dar respostas e negociar as
exigências do contexto que constitui o universo do trabalho escolar.
Embora garantindo as atribuições específicas, temos procurado construir uma ação
integrada entre a equipe gestora da escola é Direção, Supervisão, Orientação
Educacional, Inspenção é realizando encontros permanentes no dia a dia e uma reunião
mensal, onde avaliamos o desenvolvimento do trabalho e buscamos tomar decisões
coletivas.
Reconhecemos, entretanto, que a equipe precisa fortalecer seus laços de integração, uma
vez que divergências ideológicas e profissionais têm interferido no trabalho em
determinados momentos. Além disso será importante incluir as dirigentes de turno
nesta reunião mensais.
Acreditamos que o trabalho democrático e participativo da equipe gestora escolar precisa
contempla a necessária competência técnica e política da base estrutural curricular,
viabilizando o entendimento das questões socioculturais, buscando garantir uma
produção coletiva e articulada, a partir dos interesse da comunidade, com perspectivas de
superar as exigências imediatas.
Enfim, podemos dizer que temos procurado organizar um campo estrutural para a
realização do trabalho escolar de caráter humanizador, de ação investigativa e
comprometida com processo emancipatório, priorizando medidas criativas que favoreçam
um movimento ativo e estimulem a participação da comunidade para a ressignificação da
práxis pedagógica. Um momento de resistência aos modelos padronizados e
burocráticos, que dificultam a dinâmica da dialética construtiva, para que alunos/as e
profissionais exerçam princípios de direito e dever na sistematização do conhecimento
contextualizado e ampliado na convergência das ciências.
9 - TRABALHO PARTICIPATIVO NA RELACÃO COM A FAMÍLIA
O princípio de que a educação é dever do Estado
não implica imobilismo da população e de cada
individuo; a educação é também dever de todos :
pais, alunos e comunidade. (Gadotti, 2000).
Diante da degradante crise de paradigmas, dos sócio-educativos e da necessária
ressignificação de princípios educativos para a promoção qualitativa da produção escolar,
a articulação de uma mobilização em defesa do ensino público e da participação da
15. 15
s0ociedade civil na elaboração do projeto da escola é a prioridade estratégica para é
Reunir condições de enfrentar esta época de transição a rupturas, de parodoxos e
incertezas como propõe Nogueira ( 2002) ao discutir algumas questões sobre a escola, a
educação e a cidadania.
É consenso que as alterações na identidade das instituições que organizam a sociedade
provocam necessidades de políticas e incentivos para uma nova identidade das
instituições. No que se diz respeito ao desenvolvimento da criança frente à realidade de
crises, entende-se que a participação da família no desenvolvimento escolar do/a aluno/a
faz a diferença e gera uma expectativa ativa, de ação mais concreta para além da
proclamação das boas intenções.
A escola é um ambiente de encontro de sujeitos que dela participa direta ou
indiretamente e de promoção significativa de influências mútuas.
A base filosófica que orienta a proposta educativa da escola, favorece um construir
constante junto aos anseios da comunidade, intensificando e ampliando as possibilidades
de aproximação entre a escola e a família, além de considerar a caracterização sócio-econômica
e demográfica da comunidade no sentido de construir referências de idéias,
valores e desejos que fazem parte de seu cotidiano. Lefebvrer ( 1972) faz uma
interessante observação sobre o significado do cotidiano ao assinar que O cotidiano não
é somente um conceito, mas pode se tornar tal conceito como um fio condutor para
conhecer a sociedade.
Nesta perspectiva, a concepção política de educação privilegiada pela proposta tem como
ponto de partida e chegada a prática das relações sociais, entendendo que a qualidade
sobre a existência de ser e estar no e com mundo é um princípio de saúde e de
educação que não concebe uma postura de neutralidade. Daí, se faz necessária uma
mudança na organização institucional escolar, visto que o avanço nas relações
individuais e sociais interferem de forma significativa nas ações concretas desenvolvidas
nos ambientes escolares. Ações que exigem uma prática descentralizada de poderes e
saberes no sentido de favorecer um movimento de conscientização ampliada, refletida no
mesmo contexto e caracterizada numa possível e real construção de conhecimentos para
uma prática desejada e participativa.
Levando-se em consideração que A vida social Cida política, organizada a partir das
necessidades e dos interesses dos indivíduos, compreende-se que a partir das
necessidades e dos interesses dos indivíduos, compreende-se que as ações desenvolvidas
com a família do/a aluno/a sejam de orientação educativa para a transparente relação
família-escola, objetivando um fazer real da função social da escola, uma construção da
realidade e não uma mera representação dessa realidade. Compromete-se assim, por
extensão, todas as frentes de trabalho planejado e realizados, que também é vista como
uma ação política de desenvolvimento escolar, uma mobilização de energias para
dinamizar a saúde escolar, interna e externa, explicitando a importância da definição de
papéis para a orientação na relação recíproca e de equilíbrio do poder em favor do/a
aluno/a. esta integração é possível a partir da compreensão dos limites e das
possibilidades da escola para o que é da escola e da responsabilidade da família.
Dada a importância de uma direção político-metodológica para o fazer escolar frente é
necessária organização deste trabalho, de caráter participativo na relação família-escola,
garante-se, na sua estrutura, a metodologia da práxis, que indica a articulação teoria-prática,
num movimento permanente da lógica dialéica: ação-conscientização -reflexão-
16. 16
ação ressignificada... e transformação, constituindo num processo prática educativo.
(Silva,2002). Ou seja, que a dinâmica de desenvolvimento da proposta seja articulada a
partir do que é real e necessário na busca de uma nova identidade da prática educativa e
pedagógica, de consenso entre a família e a escola, para que os objetivos desejados
sejam efetivamente contemplados na realização e para tal, promove-se.
Encontros individuais ou de grupos, por turma ou por série, para responsáveis de
alunos/as cuja pauta envolve orientações construutivas sobre os indicadores que
organizam a valorização do significado da escola no desenvolvimento da criança, os
recursos necessários para o/a estar na escola (administração do material escolar, hábitos
de estudo, banho, sono, alimentação...), a participação significativa, pelos/as na
realização das tarefas escolares.
Se nós reconhecermos que cabe à família o primeiro papel na educação das crianças,
então a escola terá de incorporar no currículo os valores e as culturas das famílias da
comunidade. (Lightfood, 1987).
É importante registrar que o trabalho com a família exige uma tolerância crítica frente às
dificuldades que esta tem em considerar os limites e as possibilidades na relação. Faz-se
necessário explicar o que é do fazer escolar e o que é de sua responsabilidade, no sentido
de separar a função de cada instituição, família e escola, para o vir-a-ser integrado que,
certamente, muito contribui com a qualificação do processo de construção do
conhecimento. Cabe ressaltar, que as situações atípicas são trabalhadas a partir de
convocação individual, com o intuito de não expor o/a aluno/a, como também, respeitar-se
as diferentes modalidades de ser e estar no grupo-escolar.
10- PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DA ESCOLA EM CONSTRUCÃO
Entendemos que todo espaço educativo, antes de mais nada, necessita definir os
princípios norteadores da sua prática, sobretudo definir importantes idéias e convicções
que servirá o como referência para o trabalho.
Tomamos a filosofia como marco curricular de referência, por nos fornecer uma reflexão
antropológica, é que busca explicitar e discutir o sentido da existência humana sob as
coordenadas histórico-sociais, como também uma reflexão axiológica, que investiga a
expressão valorativa da consciência e a relação humana aos valores . ( Severino,
1994,p.10).
Neste sentido, os princípios filosóficos aqui representados, sistematizados a partir de
discussões coletivas, dizem respeito a nossa visão de mundo, nossas expectativas em
relação à sociedade, ao ser humano e cidadão que queremos formar, nossas concepções
de educação, de escola, de educador e educando, nossa compreensão de infância e de
adolescência...
Estes princípios filosóficos irão, por sua vez, nos indicar os princípios pedagógicos, que a
eles devem estar articulados, de forma indissociável.
10.1 - CONCEPCÔES
17. 17
- Em consonância com a própria Construção Federal de 1988 e com a LDB de não
9394/96, entendemos a educação como um processo, que visa o pleno desenvolvimento
da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o mundo do
trabalho.
- Quando falamos deste desenvolvimento pleno, estamos nos referindo ao
desenvolvimento em seus aspectos físico, pedagógico, intelectual, social, cultural,
complementando a ação da família e da sociedade, ressaltando o aspecto religioso como
responsabilidade da família.
- Antes de compreendemos nosso aluno como aluno, é importante considerá-lo sujeito
histórico, de necessidades, em fase de desenvolvimento, e por isso necessitando de ser
respeitado como sujeito que pensa, que reflete, que tem sentimentos e desejos, que tem
direitos e deveres; sujeitos únicos e ao mesmo tempo plurais, sociais, culturais.
- A prática educativa cidadã valoriza no cotidiano da escola deve apontar para um
movimento permanente do exercício da cidadania, envolvendo toda a comunidade
escolar.
Pontuamos nossa preocupação com a formação técnico-profissional de nossos alunos,
visando o mundo do trabalho (LDB,Art1, 2) e não o mercado de trabalho.
- Vivendo num mundo impregnado pela valorização do TER, sabemos que um dos nossos
maiores desafios é trabalhar na contra-mão deste princípio s, construindo um projeto de
sociedade e de ser humano voltando para a construção do SER: do sujeito histórico,
individual e plural, crítico, solidário, afetivo, sensível, ético...
- Buscamos um projeto de educação ecológica que vai além da compreensão restrita é
preservação do ambiente, mas envolve efetivamente o SER e suas relações ( consigo
mesmo e com o mundo).
- Cabe ressaltar a necessidade de refletirmos sobre a importância da formação cultural e
estética como um movimento de valoração da cultura local, assim como da cultura
universal.
- Podemos dizer, enfim, que entendemos a educao como um processo de formação da
pessoa humana, que se insere numa determinada sociedade, sendo transformada por
esta, mas também com possibilidade de transformá-la.
- Para tanto, estaremos nos baseando na pedagogia da práxis, proposta por Gadotti
(1995), ou seja, num movimento de é educação contra a educação, que aponta para a
necessidade de se repensar permanentemente a prática, numa concepção criadora.
- Que escola é essa, que pensa a educação desta forma? Uma escola cidadã, uma escola
democrática? Ou uma escola de conserva cultural, que não permite a visibilidade das
contradições sócio-culturais?
- Sabemos que, historicamente a escola vem apresentando um movimento de conserva
da cultura, aprisionando a inteligência ( Fernandes,...) e negando a possibilidade de
construção dialética, no pensar e no fazer uma prática educativa favorável construção do
SER e do SABER.
- Para garantir nosso objetivo de construir o SER e o Saber, precisamos de educadores que
demonstrem compromisso nas dimensões técnica, humana e política. Assim, direciona-se
esta proposta por uma educação como luta política, fundamentada num paradigma de
homem e de sociedade, solidária com os outros cidadãos no caminhar da humanidade.
18. 18
- Acreditamos que a escola não tem o papel de resolver os problemas sócio-culturais, tais
como a violência, o emprego, a inversão de valores, as questões do núcleo familiar...
Entretanto, cabe uma reflexão e ação ativa, pontuando o que é da responsabilidade da
família e da escola para o desenvolvimento do aluno e organizando o espaço e o tempo
de cada uma, para o vir a ser integrado.
Assumimos a condição de que todo professor e todo profissional da escola é sujeito de
autoridade, de direitos pessoais e sociais indispensáveis ordem democrática e
construção da cidadania plena.
- Enfatizamos que todo funcionário administrativo e de apoio é também um educador,
uma vez que trabalhador de uma instituição educativa.
- Consideramos o educando como sujeito de sua aprendizagem, como modalidade
peculiar, singular, própria de cada um, com sua maneira de ser, sentir e interpretar os
fatos e o mundo.
10.2- PRINCÍPIOS NORTEADORES DE NOSSA PRÁTICA
1. Liberdade
- Entendemos que este princípio exige implicadores tais como: responsabilidade,
compromisso...
2. Disciplina
- Disciplina no trabalho, no estudo, nas reuniões
-Normas disciplinares baseadas no ECA, Regimento
3. Ação coletiva
- Construção que envolve esforços de todos os sujeitos envolvidos
- Necessidade de convergência de expectativas, visão comum sobre escola.
4. Participação
- Sabedores dos limites da autonomia da escola, estaremos sempre atentos necessidade
- Processo de troca que gera o compromisso.
5. Cidadania
- Igualdade na diferença, que se dá na relação com o outro e no grupo social instituído.
- Condição inicial para a efetivação da sociedade democrática
6. Diálogo
- Saber ouvir o outro
19. 19
- Relação dialógica com os alunos
7. Respeito
- Princípio básico das relações humanas e profissionais
8. Pluralidade
- Respeito às diferenças culturais, de raça, de gênero, de estilo pessoais
9. Afetividade
- Nossa escola tem como ponto favorável uma relação afetiva, amorosa, carinhosa,
construída ao longo de sua história, o que precisa, cada vez mais, ser reforçado
10. Contextualização dos problemas
- Entendemos a escola numa relação direta com a sociedade, dela recebendo
influencia e ao mesmo tempo influenciando.
- Todos os problemas que a escola enfrenta devem ser, portanto, analisados a partir de
uma rede de condicionantes e nunca de forma unilateral.
11. Autoridade
- A autoridade deve ser garantida na escola, em todas as relações e de modo especial,
na relação professor- aluno.
- Queremos superar as práticas autoritárias e antidemocráticas, sem, entretanto, abrir
mão da autoridade.
- A autoridade será sustentada pela competência técnica, pelo próprio lugar que se
ocupa na hierarquia escolar e pela afetividade na relação.
* ÉTICA
- A escola como espaço cultural fundamenta-se num conjunto de regras e normas de
convivência, para a qual precisamos estabelecer uma série de valores morais, sociais,
políticos, estéticos..., enfim, precisa definir sua ética de convivência.
- Agir com ética na educação é ensinar o que se faz respeitar a ética do serviço público
agimos para o bem comum.
- Princípios fundamentais na ação pública: a integridade de caráter , a dignidade e a
igualdade.
20. 20
* Formação permanente
- Não existe ensino sem aprendizagem, como nos diz Paulo Freire(1999). Por isso nos
comportamos em, permanentemente, investir na ampliação de nossos conhecimentos
pedagógicos e culturais, aproveitando em especial, as oportunidades que a escola
oferece.
- Consideramos importante o registro de nossa prática (planejamento e ação), tomando-o
como base para nossa reflexão e não como cumprimento técnico-burocrático.
* QUALIDADE
- Queremos nos comprometer cada vez mais com a qualidade do processo de
ensino-aprendizagem, o que implica em muitas decisões pessoais e coletivas, dentre
elas o qualitativo de alunos em sala.
* CLIMA ORGANIZACIONAL
- Ambiente favorável às pessoas participantes do processo, que gostem de que
fazem e sintam prazer em estar ali.
- Fundamental que a finalidade e os objetivos estejam definidos e coerentes com
projeto de qualidade da organização do tempo das ações/ atividades da escola.
- Que as pessoas estejam situadas como sujeitos e que os conflitos não sejam
negados, mas mediados dialeticamente.
* FORMACÃO DE VALORES
- Foram definidos como principais valores a serem construídos ou sustentados em
nossa escola: respeito, respeito, responsabilidade, autonomia, cooperação, solidariedade.
- Estes valores devem ser respeitados não apenas pelos alunos,mas por todos os
profissionais da escola.
* OBSERVAÇÃO:
Estes principais serão aprofundados após novas discussões com o coletivo da escola, uma
vez que aqui se apresentam como um esboço inicial de nossa caminhada.
11- PRINCIPIOS PEDAGÓGICOD DA ESCOLA EM CONSTRUCÃO
21. 21
11.1 - TENDÊNCIA PEDAGÓGICA
Dando continuidade a proposta contida no PPP/2000, queremos reafirmar a importância
de atendermos que esta será de fundamental importância para a compreensão e a
orientação das práticas pedagógicas.
Como enfoca Luckesi, É Essa discussão tem uma importância prática da maior relevência,
pois permite a cada professor situar-se teoricamente sobre suas opções, articulando-se
autodefinindo-se.
Ao longo dos tempos, tivemos várias tendências pedagógicas na história de educação, ou
seja, várias inclinações, vocações ou forças teórico/práticas que deram movimento
escola, de acordo com os próprios interesses da sociedade.
De acordo com a classificação de Luckesi (1994), temos dois grandes grupos de
tendências: as liberais e as progressistas.
Para a pedagogia liberal a escola tem por função preparar os indivíduos para o
desempenho de papéis sociais, de acordo com as aptidões individuais.
Já para a pedagogia progressista a escola passa a ser um instrumento de luta pelas
mudanças, ao caminho que a escola deve percorrer.
Neste sentido, teríamos, as seguintes opções: pedagogia libertadora e pedagogia crítico-social
dos conteúdos, ou trilharmos o caminho de uma nova tendência, baseada no
multiculturalismo.
Considerando a própria prática dos professores, que valorizam sobremaneira os
conteúdos de ensino, embora procurado desenvolvê-los numa perspectiva crítica e
interdisciplinar e considerando ainda a organização curricular da escola, que se apóia nos
Parâmetros Curriculares Nacionais, que, por sua vez, têm como referência a tendência
crítico-social dos conteúdos, continuamos mantendo esta tendência como opção.
DE ACORDO COM PEDAGOGIA CRÍTICO-SOCIAL DOS CONTEÚDOS, TEMOS: PAPEL
DA ESCOLA
Preparação do aluno para o mundo adulto e suas contradições, fornecendo-lhe um
instrumental, por meio da aquisição de conteúdos e da socialização, para uma
participação organizada e ativa na democratização da sociedade.
CONTEÚDOS DE ENSINO
Não basta que sejam apenas ensinados, ainda que bem ensinados, é preciso que se
liguem de forma indissociável, sua significação humana e social (conteúdos culturais
universais).
MÉTODOS DE ENSINO
22. 22
Parte de uma relação direta com a experiência do aluno, confrontada com o saber trazido
de fora. O trabalho docente relaciona a prática vivida pelos alunos com os conteúdos
propostos pelo professor.
RELAÇÂO PROFESSOR-ALUNO
Participação ativa do aluno. Professor como mediador na interação entre o meio (natural,
social, cultural) e o sujeito.
PRESSUPOSTO DE APRENDIZAGEM
O conhecimento novo se apóia numa estrutura cognitiva já existe. Aprender à
desenvolver a capacidade de processar informações e lidar com os estímulos do
ambiente, organizando os dados disponíveis da experiência.
11.2- BASE EPISTEMOLÓGICA
Falar de escola é falar de conhecimento, uma vez que a escola é lugar onde o
conhecimento se processa, de maneira formal e informal.
Falar de conhecimento é falar de epistemologia, entendendo-se que epistemologia é
estudo da gênese, do desenvolvimento, da estruturação e da articulação da ciôncia, ou
seja, do conhecimento.
A necessidade que o individuo tem de conhecer o saber universal constitui-se em uma
das tarefas fundamentais da escola. O problema começa a surgir no tratamento que a
escola da ao conhecimento e que resulta, geralmente, em desinteresse do aluno. Isso,
somado é ausência do ensino questionador, que promova uma reflexão crítica, favorece a
banalização e a deteriorização do saber. E o mundo, como sabemos, só passa a ter
significado pela ação do sujeito.
Conhecer é um processo que permite ao homem elucidar o mundo. Surgiu da
necessidade prática de sobrevivência e tem como objetivos a melhoria da existência.
Portanto, resulta do enfretamento do homem com o mundo. É preciso compreendê-lo,
desdobrí-lo e desenvolvê-lo para atuar sobre ele. Nenhuma ação transformadora poderá
ser bem sucedida se ignoramos a natureza das coisas que lidamos.
As práticas pedagógicas que têm lugar na sala de aula e em todo ambiente escolar se
concretizam na medida em que o professor traça seus objetivos, seleciona seus
conteúdos, prepara e desenvolver suas aulas, avalia e posiciona-se ética e
ideologicamente diante de seus alunos, valorizando-se como sujeitos de uma ação
educacional.
No projeto político-pedagógico/2000 da nossa escola, encontramos referências uma base
epistemológica, ainda que de uma maneira muito indefinida, cabendo-nos nesse
momento, redefinir-la e direcioná-la.
Neste sentido, optamos por uma concepção construtiva, ativa e interacionista do sujeito,
centrando o ensino no aluno e não mais o professor, dando ênfase à aprendizagem e não
tanto o ensino.
23. 23
Acreditamos, portanto, que a construção do saber escolar implica que os estudantes
interajam, de forma direta com o objeto do conhecimento, com os companheiros de
aprendizagem, com o professor e com o contexto imediato, buscando significar tais
saberes e aproximar-se deles.
Reafirmamos a crença na capacidade do aluno em processar informações e integrá-las.
Concebermos o conhecimento como um dado dinâmico que transforma o sujeito ao
mesmo tempo que é transformado por ele.
Neste contexto, o professor passa de é ser detentor do sabe para um é ser mediador,
facilitador da aprendizagem, que promove aos seus alunos a possibilidade de liberdade e
alegria, entendendo o desenvolvimento bem processo de construção e organização
pessoal, resultante de sua interação no mundo.
O desenvolvimento moral e intelectual são indissociáveis e juntos resultam em
autonomia.
Piaget dedicou toda a sua vida tentando responder como se passa de um estado menor
do conhecimento a um conhecimento mais avançado e ao classificar o individuo em suas
diferentes fases do conhecimento e da maturidade, observando suas especificidades,
concluiu que a construção de conhecimento dá-se de forma gradual, em etapas, como se
fosse uma escada a ser subida, um degrau após o outro.
Além disso Piaget caracteriza-se por entender que o conhecimento acontece de maneira
interacionista. Sendo assim, a inteligência se constrói a partir da troca do indivíduo com o
meio, através de suas ações.
Caberia à escola provocar situações desequilibradas ao nivel do desenvolvimento das
nossas crianças, visando dessa forma a reorganização intelectual e emocional e o
levantamento de novas hipóteses, que são a demonstração do alcance do
desenvolvimento cognitivo, moral e da maturidade do sujeito.
Para Piaget refletir e observar são as mais importantes atividades educacionais e o
trabalho em grupo é o elemento primordial para alcançarmos a plenitude no processo
educacional.
Além de considerarmos o pensamento de Piaget na definição de nossas bases
epistemológicas, nos reportamos também aos pensamentos que norteiam a educação
segundo Vygotsky, que assim como Piaget, acreditava que o desenvolvimento moral e
intelectual dá-se no convívio social, na interação com o meio.
Segundo Vygotsky, o indivíduo ao fazer uso constante da mediação social e instrumental,
dentro da Zona de desenvolvimento próximo, alcança a interiorização dos saberes
significadores tão bem definiram as bases da construção do conhecimento, acreditamos
que o individuo aprende a todo instante, e esta internalização se dá por meio do caminho
percorrido pela criança, cabendo à escola oferecer instrumentos que facilitem e
viabilizem esta aprendizagem.
Este é o resultado de estudos iniciais em relação necessária compreensão de como o
conhecimento se processa. Estamos cientes de que precisamos construir novas bases
para ocuparmos o lugar de professores-pesquisadores, em consonância com os princípios
filosóficos definidos por nós.
11.3- METODOLOGIA
24. 24
Acreditamos que um dos principais desafios da escola hoje é romper com uma
metodologia de trabalho que, ao invés de contribuir para a fragmentação e alimentação
dos conhecimentos e a consequente dissociação e alienação do contexto sócio-cultural.
Neste sentido, para o trabalho de Educação Infantil e séries iniciais do Ensino
Fundamental optamos pela metodologia baseada na Literatura Infantil, que favorece não
apenas o desenvolvimento da leitura e escrita, mas também a construção de todos os
conteúdos, de todas as áreas. Os conteúdos serão retirados, de forma não linear, do
planejamento geral elaborado para a série, sendo intercruzados como uma rede que
forma o conhecimento.
São dois objetivos principais desta metodológica:
1. Contribuir para a formação do aluno-cidadão-leitor
2. Oportunizar a construção da professora-pesquisadora.
De forma mais específica, pretendemos:
- Favorecer o desenvolvimento dr práticas interdisciplkinares
- Estimular a linguagem oral e escrita
- Favorecer o hábito de leitura, entendendo-a como não somemente fonte de informação,
mas também de prazer.
- Ajudar o aluno a pensar criticamente a realidade em que vive, sentindo-se sujeito de
sua transformação.
- Estimular a arte em suas diferentes dimensões música, poesia, folclore, teatro, desenho,
pintura.
- Fortalecer a construção da identidade e da auto-estima dos alunos, valorizando suas
criações.
- Promove atividades em que os alunos possam interagir, trocar idéias, ampliando suas
potencialidades individuais e social.
- Suscitar o imaginário infantil para que sejam liberadas suas emoções, medos e desejos.
- Proporcionar a formação continuada e em serviço.
- Estimular a prática de reflexão e análise da ação pedagógica, tendo em vista as
intervenções necessárias.
- Exercitar a escrita, através do registro permanente das reflexões sobre o trabalho.
- Ampliar o universo cultural.
* Favorecer o trabalho coletivo.
ETAPAS DO TRABALHO:
1. Seleção do livro, a partir dos seguintes critérios:
* Favorecimento de análise crítica da realidade
* Atendimento aos objetivos a se4rem alcançados.
- Na Educação Infantil, objetivos referentes à formação pessoal e social e ao
conhecimento do mundo.
25. 25
- Nas demais séries, objetivos referentes às capacidades de ordem cognitiva, afetiva
e social.
2- Planejamento e desenvolvimento de trabalho, registrado sua análise, considerando-a
como aspecto metodológico fundamental, tendo ainda o objetivo de avaliação.
Além do livro selecionado para este fim específico, são aproveitados as leituras escolhidas
pelos alunos, sejam as originárias do interesses cotidianos, da visita do Caminhão do
Programa de Leitura da Petrobrás, ou da participação no Projeto Corredor Literário.
Todo o desenvolvimento desta metodologia pretende, como já foi dito, contribuir também
para a formação continuada e em serviço do professor, que agora, desde a primeira etapa
do trabalho, dever ler, estudar, analisar e descrever suas investigações, o que irá
favorecer a sua própria ação no mundo, como nos indicam Garcia e Alves (2002,p.110):
Não se trata de formar o pesquisador somente, mas de reconhecer no sujeito da prática
esta capacidade de interrogar a realidade em que vive, tanto quanto suas própria prática,
colocando-a em contato, sempre, com o mundo todo, interrogando-o, no mesmo
movimento.
Trata-se ainda do nosso envolvimento com a questão cultural, através da exploração de
atividades, a partir do texto literário, que visem a sensibilidade, a estética, a arte,
ampliando o universo cultural não apenas dos alunos, mas das próprias professoras.
Assim, cada livro infantil fará uma grande viagem, infinita, não apenas pelo mundo dos
conhecimentos organizados por séries, mas pela história da arte e da cultura.
METODOLOGIA DE 6º A 9º ANO SÉRIES
A ação pedagógica de interdisciplinaridade aponta para a construção de uma escola
participativa e decisiva na formação do sujeito social. O seu objetivo tomou-se a
experimentação da vivência de uma realidade global, que se insere nas experiências
cotidianas do aluno, do professor e do povo. Articular o saber, conhecimento, vivência,
escola comunidade, meio-ambiente etc. tornou-se, nos últimos anos, o objetivo da
interdisciplinaridade que traduz, na prática, por um trabalho coletivo e solidário na
organização da escola. A interdisciplinaridade deve ser entendida como conceito
correlato ao de autonomia intelectual e mora. É o sujeito que aprende através de suas
próprias ações sobre os objetos do mundo. É ele, enquanto sujeito autônomo, que
constrói suas próprias categorias de pensamento ao mesmo tempo em que organiza seu
mundo.
O princípio de interdisciplinaridade permitiu um avanço na idéia de integração curricular.
Na interdisciplinaridade s interesses próprios de cada disciplina só preservados. O
principio da transversalidade busca superar o conceito de disciplina. Buscamos uma
comunicação entre as disciplinas, tratando efetivamente de um tema/objetivo
( transversal), portanto não tem sentido trabalhar os temas transversais através de uma
nova disciplina, os tema transversais se integram as diversas disciplinas já existentes no
currículo escolar.
Para que não haja uma fragmentação dos saberes, procuramos estabelecer e
compreender a relação de colaboração integrada de diferentes especialistas (professores)
que trazem a sua contribuição para a análise de um tema gerador.
26. 26
Os temas a serem desenvolvidos, podem ser temas locais, que visam a tratar de
conhecimentos vinculados BA realidade local. Eles devem ser recolhidos a partir do
interesse específico de determinada realidade, podendo também ser definidos no âmbito
do Estado, Cidade ou Escola.
Freinet e Paulo Freire partem da leitura do mundo, do respeito é cultura primeira do
aluno, buscando desenvolver o aprendizado através da livre discussão dos temas gerados
do universo do aluno. Do tema gerador geral sairá o recorte para cada uma das áreas do
conhecimento.
Trabalhando com tema gerador estaremos sugerindo assuntos ou motivos que levam a
criação, produção, ao desenvolvimento. Sem deixar de lado a dimensão política que
deverá sempre questionar: Que tema? Gerar o quê? Como gerar?
Para responder a essas questões ler Paulo Freire torna-se essencial.
Durante o desenvolvimento do nosso trabalho os professores estarão selecionados livros
de literatura infanto-juvenil, de acordo com o tema gerador, para serem lidos pelos
alunos, além de serem aproveitadas as leituras escolhidas pelos alunos na visita do
Caminhão do Programa de Leitura da Petrobras, os de interesses cotidianos, ou do projeto
de leitura Grandes Autores.
11.4- AVALIACÃO
O sistema de avaliação da E. M. Luis Lindenberg é conduzido de acordo com o regimento
escolar da Rede Municipal de Ensino.
Cabem aqui algumas reflexões a respeito da avaliação que se deseja na escola.
A avaliação é o conjunto de atuação que tem a função de ali8mentar, sustentar e orientar
a intervenção pedagógica.
* Elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino;
* Ação que ocorre durante todo o processo;
* Conjunto de instrumentos, cujo objetivo é o ajuste e a orientação da intervenção
pedagógica par que o aluno aprenda da melhor forma;
* Elementos de reflexão continua para o professor e o aluno sobre a prática educativa;
* Instrumento que possibilita ao aluno tomar consciência de seus avanços, dificuldades e
possibilidades;
O aluno será estimulado para o desenvolvimento e a aquisição de habilidades,
competências, disposições de conduta e para a construção de novos conhecimentos, tais
como:
I- Qualidade e profundidade das relações que estabelece entre os saberes adquiridos e os
novos;
II- Esforço apresentado para vencer as dificuldades;
III- Interesse e aplicação no processo de aprendizagem, explicitados pela pontualidade e
atitudes de responsabilidade e cooperação;
IV- Assiduidade e participação nas atividades;
27. 27
V- Relacionamento com colegas e professores que contribua para a qualidade da ação
educativa,
VI- Organização do trabalho escolar e pontualidade na entrega das tarefas
No decorrer do processo ensino-aprendizagem, o professor possibilita ao aluno tomar
consciência de seus avanços, dificuldades e possibilidades por meio do diálogo professor-aluno,
provocando de maneira sistemática a avaliação da aprendizagem do aluno e das
condições oferecidas para que isso ocorra.
AS AVALIACÕES NA ESCOLA SÃO BIMESTRAIS E COMPOSTAS DE:
- Provas ( com questões diversificadas e de acordo com o conteúdo e as particularidades
de cada disciplina);
- Trabalhos individuais e em grupo;
- Seminários;
- Debate;
- Relatórios individuais e/ ou em grupo;
- Auto-avaliação;
- Observação do aluno pelo professor;
_ COC é onde relatamos e discutimos sobre os alunos individualmente e decidimos qual a
melhor decisão a ser tomada, quais estratégias utilizar, etc. ( reunião com pais,
conversas individuais, encaminhamentos, etc.)
A DISTRIBUICÃO DE PONTOS RESULTANTES DO PROCESSO DE AVALIACÃO É A SEGUINTE:
O resultado do aproveitamento escolar será apresentado em trs etapas, através de 100
(cem) pontos cumulativos, assim distribuídos:
1ª Etapa é 7,0 pontos ( Provas escritas e ou testes: 4,0 pontos + 3,0 pontos)
2ª Etapa é 2,0 pontos ( Atividades avaliativas)
3ª Etapas é 1,0 ponto ( Avaliação sócio-afetiva: 0,5 Avaliação do professor + 0,5 é auto-avaliação
do aluno).
TOTAL É 100 PONTOS
As atividades de Educação Física e Educação Artística serão avaliadas por etapas de
acordo com a sua natureza e objetivos.
Obs: Os alunos isentos da aula prática de Educação Física serão avaliados através de
trabalhos escritos, passados pelo professor da turma.
* QUANTO À RECUPERACÃO
Os estudos de recuperação visam a proporcionar ao aluno novas oportunidades de
aprendizagem, para superar as deficiências verificadas em seu desempenho escolar. Na
escola, A proposta de recuperação do aluno está baseada nos seguintes
* RECUPERACÃO SEMESTARAL
28. 28
Esta recuperação é realizada ao final de cada semestre letivo, quando os alunos são
reavaliados, verificado se as dificuldades foram ultrapassadas.
* RECUPERACÃO PARALELA
Neste caso, a vista como Parte integrante do processo ensino-aprendizagem, na medida
em que as dificuldades dos alunos forem diagnosticadas, dar-se a recuperação de
conteúdos e habilidades, com vista é sequência das aprendizagens significativas,
podendo o professor lançar mão de diferentes atividades que possam auxiliar essa
recuperação no decurso de cada bimestre.
* AULAS DE REFORCO
As aulas de reforço são fruto de uma parceria com faculdades da Região, sendo
ministradas por estagiários. É uma forma de recuperação, em que o professor da turma
analisar quais alunos necessitam de reforço escolar, enviando os nomes para a
Orientação Pedagógica, que fará o devido encaminhamento. As aulas deverão ser
ministradas em horário diferente daquele já estabelecido no ensino regular. Professor da
turma e estagiário deverão entrar em contato a fim de discutir que conteúdos e
habilidades precisam de reforço no grupo de alunos que estão participando do processo.
* QUANTO É DEPENDÊNCIA (PROGRESSO PARCIAL)
Os alunos da Escola Municipal Luis Lindenberg frequentam as aulas de dependência na
própria Escola, em horário vespertino, visto que o turno onde funcionam as turmas do
segundo do Ensino Fundamental de nossa escola é o matutino.
Todo o processo de dependência é acompanhado pela direção, supervisão e inspeção.
Todos os resultados são arquivados, avaliados e comunicados às famílias dos respectivos
alunos.
A dependência só poderá ser realizada em 01 (um) disciplina por ano letivo, ficando a
cargo do aluno e seu responsável optar por esse tipo de regime.
12 - ORGANIZACÃO CURRICULAR
12.1- CONCEPCÃO DE CURRÍCULO
OBSERVACÃO:
Este estudo ainda não foi realizado.
Queremos manter um espírito de eternos aprendizes, quanto aos estudos sobre os
assuntos pertinentes ao processo pedagógico, em especial sobre Currículo, sabendo do
seu grau de complexidade e também da sua importância fundamental para a escola de
qualidade que acreditamos e nos comprometemos em colaborar na construção.
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12.2- MATRIZ CURRICULAR
Neste momento, optamos por tomar como referência as orientações do currículo oficial,
ou seja, adotamos as bases curriculares sugeridas pela Secretaria Municipal de Educação,
que por sua vez, estão referendadas nos Parâmetros Curriculares Nacionais.
( Modelos em anexo)
12.3 - PLANEJAMENTO CURRICULAR
Para elaborarmos nosso planejamento curricular da educação infantil e do ensino
fundamental ( 1º a 9 º ano), onde estão incluídos os objetivos, conteúdos e
procedimentos, nos baseamos nas proposições dos PCN, nos planejamentos anteriores da
escola, fazendo as adaptaçães necessárias, de acordo com nossas experiências de
trabalho.
Ficou combinado que este planejamento será revisado a cada início de ano letivo.
12.4- TEMAS TRANSVERSAIS
Embora tenhamos como base curricular a proposta dos PCN, não adotamos os temas
transversais sugeridos pelo mesmo, assim como não discutimos a possibilidade de
substituí-los por outros temas, de acordo com a nossa realidade social.
12.5- PLANEJAMENTO DE ENSINO
Para o trabalho desenvolvido na Educação Infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental,
o planejamento de ensino constitui-se de:
- Plano semanal: Trata-se de um registro pessoal da sua autonomia na forma de expressá-lo,
com interferência da Supervisão Escolar, apenas em situações excepcionais;
- Relatório do trabalho com a literatura infantil: A cada semestre, o relatório elaborado
pelo grupo de professoras de cada série, apresentado sob forma de portfólio.
Este material, entendido como um rico material de pesquisa, arquivado na escola.
O registro dos demais trabalhos com os outros livros, desenvolvidos individualmente ou
em grupo de professoras, não é entregue, mas consta do caderno de planejamento da
professora.
12.6- INTERDISCIPLINARIDADE E TRANSDISCIPLINARIDADE
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A interdisciplinaridade, no sentido da interação das disciplinas, tem acontecido a partir do
estudo dos objetivos e conteúdos afins, podendo este procedimento ser considerado
apenas uma iniciativa de pequenos grupos de professores.
Na Educação Infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental, a proposta metodológica
implica na transdisciplinaridade, o que vem acontecendo de forma gradativa, quanto à
compreensão e ação das professoras.
12- PROGRAMAS, PROJETOS E ATIVIDADES
13.1- PROGRAMAS
A escola integra o Programa de Leitura da Petrobrás Bacia de Campos, garantindo o
reconhecimento pela sua participaçlão efetiva, comprometida e de qualidade.
13.2- PROJETOS
PROJETOS CORREDOR LITERÁRIO
Desde o ano de 2003 vem sendo desenvolvido em nossa escola Projeto Sala de Leitura a
partir deste ano passou a chamar-se Corredor Literário, pois estã acontecendo num
espaço alternativo da nossa escola, um corredor que nos conduz biblioteca e que até
então não era utilizado, senão como passagem.
O projeto Sala de Leitura foi aplicado durante todo o ano de 2003, porém no início deste
ano foi desativado, porque a funcionária que trabalhava com ele mudou de função,
ficando então os empréstimos sob os cuidados da funcionária da biblioteca, porém sem
sucesso, uma vez que esta atende a todos da escola para pesquisa escolares, e a
biblioteca é ocupada constantemente pelos professores e suas respectivas turmas com o
objetivo de assistirem filmes e documentos no videocassete, é tirando o espaço dos
alunos leitores.
Sem a menor sombra de dúvidas, conquistamos junto aos nossos alunos de todas as
séries, o hábitos importantâssimo de ler e não poderíamos em hipótese alguma deixar
que isto se perdesse.
Ao término do 1º - semestre fizemos uma avaliação dos serviços prestados em nossa
escola e das atividades realizadas, na qual grande parte das professoras solicitou da
direção e da supervisão escolar, a reativação do Projeto.
Enfim, tendo em vista atender àkks solicitações feitas por nossas professoras, resolvemos
pô-lo em prática novamente, utilizando uma nova roupagem, porém visando alcançar os
mesmos objetivos de outrora:
* Estimular o hábito de ler com prazer;
* Desenvolver a autonomia prática de leitura e pesquisa;
* Favorecer a proposta metodológica da escola, baseada na Literatura Infantil.
31. 31
O atendimento é feito às quartas-feiras durante os períodos da manhã e da tarde,
podendo desta maneira atingir a todos os alunos de 1ª SN1 a 5ª série do ensino
fundamental.
Atualmente contamos com duas estagiárias que auxiliam organizando fichas dos leitores e
realizando empréstimos, além da funcionária Ângela Navarro que direciona este projeto.
O projeto consiste na prática de empréstimo de livros b aos alunos que no dia e horário
pré-estabelicidos, dirigem-se ao Corredor Literário, em grupo de 5 alunos por vez para
fazerrem a escolha do novo livro e trocá-lo pelo que fora levado na seman anteriopr.;
O registro do livro emprestado é feito numa ficha que cada criança possui, favorecendo
assim o controle do empréstimo, a entrada e saída dos livros.
Neste dia destinado a literatura também recebemos os alunos no Corredor para lhes
oferecer um recreio alternativo, onde as crianças podem ler gibis nas nossa mesinhas ou
desenhar livremente.
Ao avaliarmos o nosso trabalho podemos perceber um desenvolvimento muito grande no
que diz respeito à produção de textos (escrita), leitura, criatividade, interpretação de
textos e expressão oral de nossas crianças, mostrado-nos com isso que estamos no
caminho certo e que a escola não pode deixar morrer esta idéia que tanto bem faz aos
nossos alunos e consequentemente a todos nós.
Precisamos receber doação de livros de Literatura Infantil e gibis, bem como realizar
gincanas que visem arrecadar um maior número de livros para o nosso acervo
objetivando assim conquistar um número cada vez maior de leitores.
13.3- ATIVIDADES
Além de participar de eventos realizados pela Secretaria Municipal de Educação e
Turismo, cada ano a escola planeja diversas atividades a serem desenvolvidas junto à
comunidade escolar, tais como:
- Encontro de Mãzes atividades de oficinas com as mães, em comemoração ao seu Dia;
- Festa julina;
- Exposição em comemoração ao folclore brasileiro;
- Gincana esportiva.
14 - METAS
- Adequar o número de aluno (a) por turma, de acordo com Regimento Escolar quanto ao
padrão de qualidade e solicitação do corpo docente da escola;
- Sensibilizar os(as) responsáveis dos (as) alunos (as) que moram distante da escola para
matricularem os (as) em escola próxima da sua residência;
- Instalar o som da rádio escolar;
- Atender as necessidades do Projeto Corredor Literário;
- Reorganizar a secretaria da escola;
- Reformar e aparelhar a secretaria;
- Reformar o parque infantil;
- Cobrar com rigor o atendimento do horário de entrada dos alunos, funcionários e
professores ;
- Reformar os banheiros dos alunos à masculino e feminino;
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- Reformar mesas e bancos do refeitório;
- Rever o espaço de Educação Infantil ( fora das salas), adequando-o ambiente infantil;
- Adquirir máquina copiadora ( Xerox);
- Replanejar a entrada (frente) da escola;
- Reformar o portão de entrada;
- Aumentar o muro da frente da escola;
- Construir um muro ao redor da escola;
- Construir a quadra esportiva
- Solicitar a troca de mobiliário das salas;
- Adquirir armários para as salas;
- Reformar, recuperar e colocar ventiladores nas salas de aula;
- Ampliação e atualização da biblioteca;
- Adquirir um DVD; - Melhorar a sala de mimeógrafo.
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