Este documento resume as principais informações sobre protozooses. Ele discute o equilíbrio osmótico de protozoários marinhos e dulcícolas, as trocas gasosas e excreção, a alimentação por fagocitose ou clasmocitose, e a classificação de acordo com as estruturas de locomoção. O documento também fornece detalhes sobre protozooses como amebíase, giardíase, doença de Chagas, leishmaniose e malária.
2. FISIOLOGIA
Equilíbrio osmótico
Protozoários marinhos – isotônicos em relação
ao meio
Protozoários dulcícolas – hipertônicos em re-
lação ao meio, apresentam vacúolo contrátil
(eliminação do excesso de água)
3. Trocas gasosas e excreção
Difusão simples
A excreção também pode ser realizada pelo
vacúolo contrátil
Alimentação
Fagocitose
Vacúolo digestivo
Vacúolo residual
Clasmocitose
4. Classificação
De acordo com as estruturas de locomoção
6. DIVISÃO EM GRUPOS
Baseada no tipo de estrutura locomotora
(e/ou de captura de alimentos) ou na sua
ausência:
protozoários amebóides: deslocam-se ou
capturam alimentos por meio de pseudópodes
(pseudo = falso; podos = pés).
antiga classificação em Filo Sarcodina
7. DIVISÃO EM GRUPOS
protozoários flagelados: deslocam-se ou
obtêm alimento por meio de flagelos.
antiga classificação em Filo Mastigophora
(mastix = flagelo; phoros = portador) ou
Flagellata
8. DIVISÃO EM GRUPOS
protozoários ciliados: deslocam-se ou
obtêm alimento por meio de cílios.
único filo (manutenção da classificação antiga)
Filo Ciliophora.
9. DIVISÃO EM GRUPOS
protozoários esporozoários: sem
estruturas especiais para o deslocamento
flexões do corpo ou deslizamento.
obtêm alimento principalmente por absorção ou
pinocitose.
antiga classificação em Filo Sporozoa
13. MUTUALISTAS
Trichonympha:
vive no intestino de cupins e de baratas comedoras de
madeira;
digere a celulose que esses animais não conseguem digerir
sozinhos.
14. Filo Protozoa
• Cerca de 6000 espécies conhecidas - ~10000
são parasitas.
• Eucariotos unicelulares
• Apresentam variadas formas, processo de
alimentação, reprodução e locomoção
15. Classificação
De acordo com a estrutura de locomoção
• Sarcodina (Rhizopoda) - presença de
pseudópodes
Ex.: Amoeba, Entamoeba.
• Mastigophora (Flagelatta) - presença de
flagelos
Ex.: Trypanosoma, Leishmania
16. Classificação
• Cilliata (Ciliophora) - presença de cílios
Ex.: Paramercium
• Sporozoa - ausência de estrutura para
locomoção, todos parasitas
Ex.: Plasmodium, Toxoplasma
20. Amebíase
• Agente etiológico: Entamoeba histolytica.
• ~100.000 de mortes/ano.
• Forma de transmissão: ingestão de cistos
maduros, juntamente com água e/ou
alimentos contaminados.
• Cistos permanecem viáveis por 20 dias.
21.
22. Ciclo
Monoxênico - apenas um hospedeiro
Ingestão de cistos Chegada no intestino
maduros delgado onde ocorre o
desencistamento
Metacisto sofre
várias divisões
celulares
Produção de cistos e transformando-se em
liberação nas fezes trofozoíto
Invasão da
mucosa Migração para o
intestinal intestino grosso
24. Amebíase ou disenteria amebiana
Liberação da ameba
no intestino Hemácias
ingeridas pela
ameba
Núcleos
Cisto
INTESTINO
Formas
vegetativas
multiplicam-se
Ingestão e lesam vasos
de cistos Contaminação de sanguíneos
de ameba alimentos e água Intestinais.
potável Eliminação de
cistos com as
fezes Parede
do cisto
Ciclo de Entamoeba histolytica
25. Profilaxia
• Educação sanitária
• Saneamento básico
• Lavar bem os alimentos crus
• Combate às moscas
• Tratamento dos doentes
• Realização de exames em “manipuladores de
alimentos” com freqüência
27. Giardíase
• Agente etiológico: Giardia lamblia
• Causas mais comuns de diarréias em crianças -
freqüentemente encontrado em ambientes
coletivos.
• Forma de transmissão: ingestão de cistos
maduros
• O cisto resiste até 2 meses no meio exterior
29. Ciclo
Monoxênico
Desencistamento no
Ingestão de duodeno e liberação de
cistos trofozoítos
Colonização do
intestino delgado
Produção de cistos e
liberação nas fezes
Várias divisões
Invasão da mucosa binárias
intestinal - diarréia
30. Profilaxia
• Higiene pessoal
• Saneamento básico
• Proteção dos alimentos - moscas e baratas
• Tratamento da água
• Tratamento dos doentes
37. Doença de Chagas
Morfologia:
- epimastigota – presente no trato intestinal
do barbeiro
- tripomastigota – presente na parte final do
trato intestinal do barbeiro e no sangue do
vertebrado
- amastigota – presente nos músculos do
vertebrado
43. Picada do barbeiro e fezes
na pele do hospedeiro Homem
Fezes com formas
vertebrado
tripomastigotas caem no
sangue do vertebrado
Picada e
defecação Entrada nas
fibras
Liberação de musculares
epimastigotas Transformação
nas fezes para
amastigotas
Mitoses
Divisões celulares das
epimastigotas
Algumas
amastigotas saem
Picada das céls., caem no
Transformação para sangue e se
epimastigotas no trato transformam em
digestivo do barbeiro tripomastigotas
Barbeiro
46. Profilaxia
Os tratamentos são paliativos.
Prevenção:
3.Combate ao barbeiro;
Construção de casas de alvenaria
Uso de inseticidas
6.Controle rigoroso de doadores nos bancos de
sangue.
7.Cuidados com alimentos consumidos in natura.
55. H
Inoculação de formas Promastigotas penetram em
o
promastigotas na macrófagos e se transformam
m
corrente sanguínea do em amastigotas
e
vertebrado
m
Picada
Migração de Várias divisões celulares
promastigotas para e liberação de
glândula salivar do amastigotas na corrente
flebotomíneo sanguínea
Picada
Várias divisões Ingestão de
celulares macrófagos
infectados
No intestino do
flebotomíneo amastigotas
Lutzomya se transformam em
promastigotas
58. Leishmaniose
• Leishmaniose tegumentar (úlcera de Bauru ou ferida brava) – lesões ulcerosas
cutâneas.
• Agente etiológico: Leishmania braziliensis, L. amazonensis, L. guyanensis
• Vetor: flebotomíneo Lutzomya longipalpis (mosquito-palha ou brigui, cangalha)
Obs: Reservatório: animais silvestres
• Leishmaniose visceral (calazar) – anemia, edema, inflamações.
• Agente etiológico: Leishmania donovani, L. chagasi.
• Vetor: flebotomíneo Lutzomya longipalpis (mosquito-palha ou brigui, cangalha)
Obs.: reservatório: cães
Tratamento: drogas de antimônio Prevenção: evitar contato com o mosquito.
59. Profilaxia
• Evitar desmatamento
• Uso de repelentes, telas nas portas e janelas
• Construção de casas a ~500 metros da mata.
• Combate a cães vadios (leishmaniose visceral)
• Tratar os doentes
63. • Vetor: mosquitos do gênero Anopheles
(mosquito-prego)
• Transmissão:
- Picada do mosquito
- Transfusão sanguínea
- Acidentes de laboratório
- Compartilhamento de seringas Mais raras
contaminadas
- Via congênita
64. Formas do Parasita
• Esporozoítos – forma infectante, encontrada na
glândula salivar do mosquito-prego
• Trofozoítos – encontrado nos hepatócitos
• Merozoítos – encontrado nas hemácias
• Gametócitos – encontrado na corrente sanguínea
• Macro e microgameta – encontrado no tubo
digestivo do mosquito
65. Formas de reprodução do
Plasmodium
Esquizogonia (divisão múltipla): um núcleo sofre várias
mitoses e após isso o citoplasma de divide em várias
células – reprodução assexuada, ocorre no hospedeiro
intermediário (homem)
66. Formas de reprodução do
Plasmodium
Gametas
R!
Fecundaçã
o
Esporogonia: fusão do gameta feminino com o
masculino formando o zigoto. Após várias meioses são
liberados esporozoítos. Reprodução sexuada –
hospedeiro definitivo (Anopheles)
68. Ciclo Biológico
• Heteroxênico: dois ou mais hospedeiros
- Hospedeiro definitivo – Anopheles
- Hospedeiro intermediário – homem e outros
primatas
69. Inoculação de Invasão dos hepatócitos Homem
esporozoítos no – trofozoítos
sangue do vertebrado
Esquizogonia e
Ciclo exo- liberação de
eritrocítico merozoítos
Picada
Invasão das hemácias –
Migração dos trofozoítos
esporozoítos para
glândula salivar do Ciclo
mosquito eritrocítico
Esquizogonia,
liberação de
Fecundação, esporogonia e merozoítos e
liberação de esporozoítos gametócitos
no intestino do mosquito
Ingestão de sangue
Formação dos macro e
do vertebrado Picada
microgametas
contendo merozoítos
e gametócitos
Anopheles
71. Ciclo Biológico
Heteroxênico: dois ou mais hospedeiros
H.D. – Anopheles H.I. – homem e outros primatas
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74. Profilaxia
• Uso de repelentes
• Uso de telas nas portas e janelas
• Evitar o desmatamento
• Combate ao vetor (adultos e larvas)
• Evitar a formação de “criadouros”
• Tratamento dos doentes
75. Malária
(paludismo, febre palustre, impaludismo, maleita, sezão)
• Agente etiológico:
Plasmodium falciparum – febre terçã maligna (36 a 48 horas)
* incubação de 6 a 10 dias, infecta apenas eritrócitos (20% dos total) principalmente do
fígado e do baço.
Plasmodium vivax e P. ovale – febre terçã benigna (48 – 48 horas)
* Incubação de 15 dias, infecta o fígado e eritrócitos jovens, formas hipnozóides no fígado
(crises recorrentes ao longo dos anos)
Plasmodium malariae – febre quartã benigna (72 – 72 horas)
* Incubação de 15 dias, infecta o fígado e eritrócitos envelhecidos, não forma hipnozóides.
76. Toxoplasmose
• Toxoplasma gondii (esporozoário);
• Manifestação benigna no organismo;
• Durante a gravidez o protozoário pode atingir
o feto acarretando-lhe má formação,
cegueira, deficiência mental ou até mesmo a
morte.
77. Toxoplasmose
hidrocefalia
Deficiência visual
Cegueira no
adulto (raro)
79. Ciclo
O contágio pode
ocorrer pelo leite,
Carne mal carnes ou ainda por
cozida relações sexuais.
80. Doença do Sono
• Agente etiológico: Trypanosoma gambiense, T. brucei rhodesiensis
• Transmissão: picada do mosquito tsé-tsé(Glossina palpalis).
• Sintomas: Lesões no SNC que causa fadiga, letargia, paralisia que
pode levar ao coma e à morte
Profilaxias:
- Evitar picada da mosca
- Medicamento (estágios
iniciais)
Mais de 10 mil novos casos / ano
81. Tricomoníase
DST
• Agente etiológico: Trichomonas vaginalis
• Transmissão: uso comum de roupas íntimas e toalhas; Ato sexual
Obs.: o cisto pode permanecer resistente até 6 horas em ambiente úmido
• Sintomas: corrimentos vaginais e ardor ao urinar.
• Tratamento: cremes e medicações via oral
• Profilaxia: evitar contato íntimo com doentes, uso de camisinha e
evitar uso de peças intimas alheias.
83. Balantidiose
Disenteria
• Agente etiológico: Balantidium coli
• Transmissão: água e alimentos
contaminados.
• Sintomas: cólicas intensas,
Diarréias sanguinolentas e tenesmos.
• Profilaxia: higiene pessoal e
saneamento básico.
Notas do Editor
Professor : a amebíase ou disenteria amebiana é causada pelo rizópode parasita Entamoeba histolytica (entameba). A pessoa adquire a parasitose ao ingerir cistos de entameba presentes na água ou em alimentos contaminados com fezes de pessoas doentes. O cisto da entameba é capaz de sobreviver por longos períodos fora do corpo de organismos hospedeiros. O cisto é uma bolsa de parede rígida que contém em seu interior amebas jovens, capazes de infestar um novo hospedeiro. No intestino, a parede do cisto se rompe e liberta as amebas, que invadem glândulas da parede intestinal, onde passam a se alimentar de sangue e de células do hospedeiro. Os locais infectados pelas amebas podem inflamar e se romper, liberando sangue, muco e milhares de amebas, muitas das quais na forma de cistos. Ao serem eliminados com as fezes da pessoa doente, os cistos podem contaminar água e alimentos (verduras, por exemplo) e ser transmitidos a outras pessoas. Atenção : na imagem as amebas não estão representadas na mesma escala que o intestino (estão em escala muito maior − lembre-se de que elas são microscópicas).