SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 13
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE BIOCIÊNCIAS 
DEPARTAMENTO DE MORFOLOGIA 
DISCIPLINA DE EMBRIOLOGIA HUMANA 
Disturbios de 
Queratinização 
Docente: Danielle Barbosa Morais 
Discentes: Amanda Caroline, Eva Débora, Juliana Cavalcanti 
e Letícia Bianca
Considerações Iniciais 
• Pele - maior órgão do corpo - proteção. 
• Possui duas camadas: derme e epiderme, originadas 
da superfície do ectoderma e do mesênquima. 
• A proliferação de células da ectoderme forma a 
“periderme” e uma camada basal. 
• Essas células sofrem queratinização e 
desqueratinização constante, sendo substituídas por 
células da camada basal. 
• Sua descamação forma a verniz caseosa, e por volta 
de 21 semanas a “periderme” desaparece formando 
o estrato córneo.
Considerações Iniciais 
• A transformação do ectoderma superficial em uma 
epiderme estratificada resulta de interações de 
indução com a derme. Essa pele pode ser classificada 
em espessa (mão e pé) e delgada (resto do corpo).
Ictiose Lamelar 
• Incidência de 1 caso em cada 300.000 nascimentos. 
• É causada pela mutação de autossomas recessivos de genes 
associados à atopia. 
• As células da pele vão envelhecendo de forma espontânea e 
uma vez mortas, a pele sofre um processo de descamação da 
camada córnea, que deveria ser invisível e organizada. 
• Não existe nenhuma cura para a Ictiose, apenas tratamentos, 
muitos deles sob a forma de cremes e hidratação constante 
que ajuda a suavizar e aliviar os sintomas. 
• Presença de muitas fissuras na pele, pois ela “parte-se”, o que 
provoca dor, e cria muitas cicatrizes.
Ictiose Lamelar 
• Apresenta uma pele como características do tipo “escamas de 
peixe” ou seja a pele do individuo com esta doença parte se 
muito e vai “saindo”. O indivíduo com esta doença pode ferir-se 
muito com muito mais facilmente pois a sua pele é pouco 
resistente.
Ictiose Lamelar
Ictiose Arlequim / Feto 
Arlequim 
• Sua causa atribui-se à mutações no gene ABCA12, 
localizado no cromossomo 2, que é responsável pelo 
transporte de lipídeos. 
• Espessamento da camada de queratina da pele, 
nessa camada há fendas profundas que forçam os 
lábios e pálpebras a virarem do avesso. 
• Limitação dos movimentos, como respiração e 
alimentação, e comprometimento da barreira 
protetora da pele, deixando o recém-nascido 
susceptível a alterações metabólicas e infecções.
Ictiose Arlequim / Feto 
Arlequim 
• O diagnóstico pode ser feito no período neonatal, 
por meio de ultrassonografia, pela análise do líquido 
amniótico ou por meio de biópsia fetal, e o 
tratamento visa reduzir o desconforto do recém-nascido, 
através do controle da temperatura corporal 
e da hidratação do organismo do mesmo. Doses 
de vitamina A são administradas.
Ictiose Arlequim / Feto 
Arlequim
Ictiose Vulgar 
• Doença de origem genética que tem como característica 
principal o ressecamento e a descamação da pele. 
• As manifestações costumam aparecer após o nascimento, 
geralmente no primeiro ano de vida. Pode apresentar-se 
apenas com ressecamento da pele e descamação fina ou 
com intensa descamação, formando escamas grandes, de 
aspecto geométrico. 
• O tratamento objetiva combater o ressecamento da pele, 
banhos devem ser mornos e deve-se evitar o uso excessivo 
de sabões. Hidratantes potentes devem ser utilizados logo 
após o banho, de modo a reter a umidade da pele.
Ictiose Vulgar
Bebê Colódio 
• Entidade clínica característica que pode preceder o 
desenvolvimento de uma de várias ictioses ou 
ocorrer como condição isolada. 
• Ao nascimento o bebe apresenta-se recoberto por 
uma membrana, que se quebra e começa a se soltar 
em grandes laminas. 
• O bebê colódio é de risco devido ao aumento 
insensível da perda de água através da pele, que 
pode resultar em falência renal aguda e/ou dano 
cerebral permanente se a reposição de fluido for 
esquecida.
Bebê Colódio

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Distúrbios Hemodinâmicos; Alterações da circulação
Distúrbios Hemodinâmicos; Alterações da circulaçãoDistúrbios Hemodinâmicos; Alterações da circulação
Distúrbios Hemodinâmicos; Alterações da circulaçãoAlanna Rayssa Pinheiro
 
Febre reumática
Febre reumáticaFebre reumática
Febre reumáticadapab
 
AVC- Acidente Vascular Cerebral
AVC- Acidente Vascular CerebralAVC- Acidente Vascular Cerebral
AVC- Acidente Vascular CerebralCriis Maranhão
 
Lúpus Eritematoso Sistêmico
Lúpus Eritematoso SistêmicoLúpus Eritematoso Sistêmico
Lúpus Eritematoso SistêmicoPaulo Alambert
 
134491411 cuidados-de-enfermagem-ao-paciente-dialitico
134491411 cuidados-de-enfermagem-ao-paciente-dialitico134491411 cuidados-de-enfermagem-ao-paciente-dialitico
134491411 cuidados-de-enfermagem-ao-paciente-dialiticoAvelino Lopes
 
Infarto Agudo do Miocárdio
Infarto Agudo do MiocárdioInfarto Agudo do Miocárdio
Infarto Agudo do MiocárdioDanielle Alexia
 
Distúrbios hidroeletrolíticos
Distúrbios hidroeletrolíticosDistúrbios hidroeletrolíticos
Distúrbios hidroeletrolíticosresenfe2013
 
Acidente Vascular Encefálico (AVE)
Acidente Vascular Encefálico (AVE)Acidente Vascular Encefálico (AVE)
Acidente Vascular Encefálico (AVE)Matheus Oliveira
 
Rins - Apresentação
Rins - ApresentaçãoRins - Apresentação
Rins - ApresentaçãoCíntia Costa
 
SÍNDROME CARDIORRENAL
SÍNDROME CARDIORRENALSÍNDROME CARDIORRENAL
SÍNDROME CARDIORRENALRubia Rettori
 
Insuficiência cardíaca congestiva
Insuficiência cardíaca congestivaInsuficiência cardíaca congestiva
Insuficiência cardíaca congestivaprofsempre
 
Cetoacidose Diabética
Cetoacidose DiabéticaCetoacidose Diabética
Cetoacidose DiabéticaJoyce Wadna
 
06 disturbios hemodinamicos_-_slides_debate
06 disturbios hemodinamicos_-_slides_debate06 disturbios hemodinamicos_-_slides_debate
06 disturbios hemodinamicos_-_slides_debateRosângela Silvestre
 
49782837 assistencia-enfermagem
49782837 assistencia-enfermagem49782837 assistencia-enfermagem
49782837 assistencia-enfermagemjaquelinefragoso
 

Mais procurados (20)

Distúrbios Hemodinâmicos; Alterações da circulação
Distúrbios Hemodinâmicos; Alterações da circulaçãoDistúrbios Hemodinâmicos; Alterações da circulação
Distúrbios Hemodinâmicos; Alterações da circulação
 
Sinais vitais aula 4
Sinais vitais aula 4Sinais vitais aula 4
Sinais vitais aula 4
 
Febre reumática
Febre reumáticaFebre reumática
Febre reumática
 
AVC- Acidente Vascular Cerebral
AVC- Acidente Vascular CerebralAVC- Acidente Vascular Cerebral
AVC- Acidente Vascular Cerebral
 
Lúpus Eritematoso Sistêmico
Lúpus Eritematoso SistêmicoLúpus Eritematoso Sistêmico
Lúpus Eritematoso Sistêmico
 
134491411 cuidados-de-enfermagem-ao-paciente-dialitico
134491411 cuidados-de-enfermagem-ao-paciente-dialitico134491411 cuidados-de-enfermagem-ao-paciente-dialitico
134491411 cuidados-de-enfermagem-ao-paciente-dialitico
 
Infarto Agudo do Miocárdio
Infarto Agudo do MiocárdioInfarto Agudo do Miocárdio
Infarto Agudo do Miocárdio
 
Distúrbios hidroeletrolíticos
Distúrbios hidroeletrolíticosDistúrbios hidroeletrolíticos
Distúrbios hidroeletrolíticos
 
Acidente Vascular Encefálico (AVE)
Acidente Vascular Encefálico (AVE)Acidente Vascular Encefálico (AVE)
Acidente Vascular Encefálico (AVE)
 
Aula de Pigmentações
Aula de PigmentaçõesAula de Pigmentações
Aula de Pigmentações
 
Rins - Apresentação
Rins - ApresentaçãoRins - Apresentação
Rins - Apresentação
 
02 linfomas
02 linfomas02 linfomas
02 linfomas
 
SÍNDROME CARDIORRENAL
SÍNDROME CARDIORRENALSÍNDROME CARDIORRENAL
SÍNDROME CARDIORRENAL
 
Insuficiência Renal
Insuficiência Renal Insuficiência Renal
Insuficiência Renal
 
Insuficiência cardíaca congestiva
Insuficiência cardíaca congestivaInsuficiência cardíaca congestiva
Insuficiência cardíaca congestiva
 
PANCREATITE AGUDA
PANCREATITE AGUDAPANCREATITE AGUDA
PANCREATITE AGUDA
 
Hipertensão Arterial
Hipertensão ArterialHipertensão Arterial
Hipertensão Arterial
 
Cetoacidose Diabética
Cetoacidose DiabéticaCetoacidose Diabética
Cetoacidose Diabética
 
06 disturbios hemodinamicos_-_slides_debate
06 disturbios hemodinamicos_-_slides_debate06 disturbios hemodinamicos_-_slides_debate
06 disturbios hemodinamicos_-_slides_debate
 
49782837 assistencia-enfermagem
49782837 assistencia-enfermagem49782837 assistencia-enfermagem
49782837 assistencia-enfermagem
 

Destaque (10)

Flavia Regina Ferreira
Flavia Regina FerreiraFlavia Regina Ferreira
Flavia Regina Ferreira
 
Síndromes raras
Síndromes rarasSíndromes raras
Síndromes raras
 
Icterícia neonatal
Icterícia neonatalIcterícia neonatal
Icterícia neonatal
 
Síndromes neurovegetativas
Síndromes neurovegetativasSíndromes neurovegetativas
Síndromes neurovegetativas
 
Genética – a herança ligada ao sexo
Genética – a herança ligada ao sexoGenética – a herança ligada ao sexo
Genética – a herança ligada ao sexo
 
Lesões Cutâneas do RN
Lesões Cutâneas do RNLesões Cutâneas do RN
Lesões Cutâneas do RN
 
Aula: Pele, Glândulas, Pelos e Unhas
Aula: Pele, Glândulas, Pelos e UnhasAula: Pele, Glândulas, Pelos e Unhas
Aula: Pele, Glândulas, Pelos e Unhas
 
Doenças genéticas: Síndromes
Doenças genéticas: SíndromesDoenças genéticas: Síndromes
Doenças genéticas: Síndromes
 
Aula cosmetologia pele
Aula cosmetologia   peleAula cosmetologia   pele
Aula cosmetologia pele
 
Ictericia neonatal
Ictericia neonatal Ictericia neonatal
Ictericia neonatal
 

Semelhante a Disturbios de queratinização

Semelhante a Disturbios de queratinização (20)

4ª aula saúde & beleza refeito
4ª aula  saúde & beleza refeito4ª aula  saúde & beleza refeito
4ª aula saúde & beleza refeito
 
Estrias atróficas
Estrias atróficas  Estrias atróficas
Estrias atróficas
 
UFCD 6569 -Pele e sua integridade.pptx
UFCD 6569 -Pele e sua integridade.pptxUFCD 6569 -Pele e sua integridade.pptx
UFCD 6569 -Pele e sua integridade.pptx
 
Treinamento Nivea Visage
Treinamento Nivea VisageTreinamento Nivea Visage
Treinamento Nivea Visage
 
Sistema tegumentar
Sistema tegumentarSistema tegumentar
Sistema tegumentar
 
Aula 1. A pele.ppt
Aula 1. A pele.pptAula 1. A pele.ppt
Aula 1. A pele.ppt
 
4 treinamento de maquiagem
4 treinamento de maquiagem4 treinamento de maquiagem
4 treinamento de maquiagem
 
Aula 1.pdf
Aula 1.pdfAula 1.pdf
Aula 1.pdf
 
Aula 04.pdf
Aula 04.pdfAula 04.pdf
Aula 04.pdf
 
Alteracões pele
Alteracões peleAlteracões pele
Alteracões pele
 
Anatomia da estrutura da pele
Anatomia da estrutura da peleAnatomia da estrutura da pele
Anatomia da estrutura da pele
 
cuidados com a pele do RN.pptx
cuidados com a pele do RN.pptxcuidados com a pele do RN.pptx
cuidados com a pele do RN.pptx
 
A Pele
A PeleA Pele
A Pele
 
Aula 1 - Pele e Anexos.pdf
Aula 1 - Pele e Anexos.pdfAula 1 - Pele e Anexos.pdf
Aula 1 - Pele e Anexos.pdf
 
Aula 2 EA- Semiologia, Anamnese e Fotos de Face - 22-2.pptx
Aula 2 EA- Semiologia, Anamnese e Fotos de Face - 22-2.pptxAula 2 EA- Semiologia, Anamnese e Fotos de Face - 22-2.pptx
Aula 2 EA- Semiologia, Anamnese e Fotos de Face - 22-2.pptx
 
Fissura plantar
Fissura plantarFissura plantar
Fissura plantar
 
Aula 4 - Ativos dermatológicos.pdf
Aula 4 - Ativos dermatológicos.pdfAula 4 - Ativos dermatológicos.pdf
Aula 4 - Ativos dermatológicos.pdf
 
Aula limpeza de pele
Aula limpeza de peleAula limpeza de pele
Aula limpeza de pele
 
Apost sistema tegumentar humano parte 4
Apost sistema tegumentar humano parte 4Apost sistema tegumentar humano parte 4
Apost sistema tegumentar humano parte 4
 
Anatomia - sistema tegumentar
Anatomia -  sistema tegumentarAnatomia -  sistema tegumentar
Anatomia - sistema tegumentar
 

Disturbios de queratinização

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE BIOCIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE MORFOLOGIA DISCIPLINA DE EMBRIOLOGIA HUMANA Disturbios de Queratinização Docente: Danielle Barbosa Morais Discentes: Amanda Caroline, Eva Débora, Juliana Cavalcanti e Letícia Bianca
  • 2. Considerações Iniciais • Pele - maior órgão do corpo - proteção. • Possui duas camadas: derme e epiderme, originadas da superfície do ectoderma e do mesênquima. • A proliferação de células da ectoderme forma a “periderme” e uma camada basal. • Essas células sofrem queratinização e desqueratinização constante, sendo substituídas por células da camada basal. • Sua descamação forma a verniz caseosa, e por volta de 21 semanas a “periderme” desaparece formando o estrato córneo.
  • 3. Considerações Iniciais • A transformação do ectoderma superficial em uma epiderme estratificada resulta de interações de indução com a derme. Essa pele pode ser classificada em espessa (mão e pé) e delgada (resto do corpo).
  • 4. Ictiose Lamelar • Incidência de 1 caso em cada 300.000 nascimentos. • É causada pela mutação de autossomas recessivos de genes associados à atopia. • As células da pele vão envelhecendo de forma espontânea e uma vez mortas, a pele sofre um processo de descamação da camada córnea, que deveria ser invisível e organizada. • Não existe nenhuma cura para a Ictiose, apenas tratamentos, muitos deles sob a forma de cremes e hidratação constante que ajuda a suavizar e aliviar os sintomas. • Presença de muitas fissuras na pele, pois ela “parte-se”, o que provoca dor, e cria muitas cicatrizes.
  • 5. Ictiose Lamelar • Apresenta uma pele como características do tipo “escamas de peixe” ou seja a pele do individuo com esta doença parte se muito e vai “saindo”. O indivíduo com esta doença pode ferir-se muito com muito mais facilmente pois a sua pele é pouco resistente.
  • 7. Ictiose Arlequim / Feto Arlequim • Sua causa atribui-se à mutações no gene ABCA12, localizado no cromossomo 2, que é responsável pelo transporte de lipídeos. • Espessamento da camada de queratina da pele, nessa camada há fendas profundas que forçam os lábios e pálpebras a virarem do avesso. • Limitação dos movimentos, como respiração e alimentação, e comprometimento da barreira protetora da pele, deixando o recém-nascido susceptível a alterações metabólicas e infecções.
  • 8. Ictiose Arlequim / Feto Arlequim • O diagnóstico pode ser feito no período neonatal, por meio de ultrassonografia, pela análise do líquido amniótico ou por meio de biópsia fetal, e o tratamento visa reduzir o desconforto do recém-nascido, através do controle da temperatura corporal e da hidratação do organismo do mesmo. Doses de vitamina A são administradas.
  • 9. Ictiose Arlequim / Feto Arlequim
  • 10. Ictiose Vulgar • Doença de origem genética que tem como característica principal o ressecamento e a descamação da pele. • As manifestações costumam aparecer após o nascimento, geralmente no primeiro ano de vida. Pode apresentar-se apenas com ressecamento da pele e descamação fina ou com intensa descamação, formando escamas grandes, de aspecto geométrico. • O tratamento objetiva combater o ressecamento da pele, banhos devem ser mornos e deve-se evitar o uso excessivo de sabões. Hidratantes potentes devem ser utilizados logo após o banho, de modo a reter a umidade da pele.
  • 12. Bebê Colódio • Entidade clínica característica que pode preceder o desenvolvimento de uma de várias ictioses ou ocorrer como condição isolada. • Ao nascimento o bebe apresenta-se recoberto por uma membrana, que se quebra e começa a se soltar em grandes laminas. • O bebê colódio é de risco devido ao aumento insensível da perda de água através da pele, que pode resultar em falência renal aguda e/ou dano cerebral permanente se a reposição de fluido for esquecida.