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Augusto Dutra conquista bronze em Londres e índice olímpico

O saltador Augusto Dutra de Oliveira, do Clube de Atletismo BM&FBOVESPA, alcançou neste sábado o índice para disputar os Jogos Olímpicos Rio 2016, ao conquistar a medalha de bronze na etapa de Londres da Diamond League. Augusto fez sua melhor marca do ano, 5,81 m, em uma das provas mais fortes do principal circuito de competições da Federação Internacional de Atletismo (IAAF).

“O Augusto saltou 5,81 m e fez o índice olímpico. É uma boa marca, que já estávamos esperando, e mostrou que está muito bem”, disse o técnico Elson Miranda, que já deixou Toronto e está na Suécia, base do grupo do salto com vara na Europa. Na quinta-feira, 30 de julho, Fabiana Murer, prata no Pan com sua melhor marca do ano (4,80 m), disputa a etapa de Estocolmo da Diamond League.

Augusto já tinha alcançado o índice para o Mundial de Pequim, que será realizado de 22 a 30 de agosto, com a marca de 5,65 m obtida no meeting indoor de Lodz, na Polônia, em 17 de fevereiro. Neste sábado, o saltador superou o índice olímpico, que é de 5,70 m – o período para obtenção de marcas começou no Troféu Brasil, em maio.

Além disso, Augusto subiu ao pódio em prova de nível muito alto. O campeão foi o francês Renaud Lavillenie, que saltou 6,03 m e ainda tentou superar o sarrafo a 6,10 m. A medalha de prata ficou com o canadense Shawnacy Barber que, com 5,93 m, assumiu a vice-liderança do ranking mundial no ano. Barber venceu os Jogos Pan-Americanos, na terça-feira, com 5,80 m.

Brasileiros erram todos os saltos e ficam sem medalha no salto com vara

Foto:Saulo Cruz/Exemplus/COB
Thiago Braz não conseguiu vencer o sarrafo a 5.40m

Os brasileiros Thiago Braz e Fábio Gomes da Silva não conseguiram superar o sarrafo nas três tentativas que fizeram a 5,40m na final do salto com vara nos Jogos Pan-Americanos de Toronto e ficaram sem medalhas na prova desta terça-feira no estádio de Atletismo de Toronto.

Thiago, segundo colocado no Ranking Mundial da IAAF, com 5,92m, ficou visivelmente decepcionado e pediu desculpas com sua péssima atuação. “Desculpem”. Esta foi a primeira palavra do atleta. “Estou muito decepcionado. Queria algo melhor no meu primeiro PAN. Optei por começar em 5,40 m para não ter perigo de zerar e zerei. Na minha última competição na Europa, comecei com 5,60 m”, disse Thiago. “Alguma coisa deu errada na minha técnica, infelizmente”, concluiu.

Já nas provas de pista, nas eliminatórias dos 100 m masculino, Vitor Hugo dos Santos e José Carlos “Codó” Moreira não avançaram. Vitor ficou em sexto lugar, com 10.31 (1.9) e “Codó” queimou a largada. E no feminino, Ana Cláudia Lemos e Rosângela Santos avançaram para as semifinais desta quarta-feira.

Ana Cláudia venceu a sua série, com 10.96 (vento de 4.0, acima do permitido), enquanto Rosângela ficou em segundo lugar na primeira série, com 11.08 (1.6). “A pista é ótima, o nível da competição forte e estou bem. Tudo a favor para conseguir grande resultado”, comemorou Ana Cláudia, recordista sul-americana da prova com 11.01.

Já nas semifinais dos 400 m com barreiras, Jailma Lima, incluída na prova só no Congresso Técnico desta segunda-feira, terminou em sexto lugar, com 58.72, ficando fora da final. Na qualificação do salto em distância, Higor Alves passou para a final desta quarta-feira. Ele ficou em terceiro lugar no grupo A, com 7,86 m (vento de 3.0). Já Alexsandro de Melo foi eliminado ao terminar em sexto lugar no grupo B, com 7,51 m (2.2).

As emoções voltam no final da tarde desta terça-feira no Estádio Pan-Americano, quando os brasileiros disputam mais provas. As competições de Atletismo prosseguem até domingo, último dia da competição. Os 50 km marcha fecham a modalidade.

Augusto Dutra e Thiago Braz fazem dobradinha no pódio em Zagreb

Augusto Dutra ficou com o ouro

Augusto Dutra e Thiago Braz, do Clube de Atletismo BM&FBOVESPA, fizeram dobradinha no pódio do salto com vara no 63º Memorial Borisa Hanzekovica, em Zagreb, na Croácia. No evento, da série World Challenge Meetings da IAAF, Augusto saltou 5,75 m, nesta terça-feira (3/9), para ficar com a medalha de ouro. Thiago, com 5,65 m, foi prata. O ucraniano Oleksandr Korchmid (5,40 m) completou o pódio. Com os resultados, o salto com vara do Brasil mostra que segue consistente, mesmo no fim da temporada.

Augusto e Thiago foram para a Europa logo depois do Troféu Brasil. Disputaram competições de rua na Alemanha – Augusto quebrou o recorde sul-americano em Hof, no fim de junho, com 5,82 m – e, enquanto Thiago saltou no Sul-Americano de Cartagena (COL), em julho, quebrando por sua vez o recorde sul-americano, com 5,83 m. Augusto seguiu em competições europeias e, em Lausanne, fez sua estreia em etapas da Diamond League. Depois do Mundial de Moscou, em agosto, Augusto e Thiago já saltaram em Leverkusen, na Alemanha, no último dia 29. Thiago foi ouro, com 5,82 m, superando o campeão mundial Raphael Holzdeppe, e Augusto, sexto, com 5,50 m.

“Os dois estão bem cansados, mas seguem muito bem, tanto que estão fazendo resultado mesmo no final da temporada”, disse o técnico Elson Miranda, também do Clube de Atletismo BM&FBOVESPA, que acompanha seus saltadores no fim da temporada europeia. “O Augusto sentiu que ficou devendo um resultado melhor em Leverkusen e saltou mais alto que o Thiago agora em Zagreb. Eles estavam empatados até os 5,65 m e, na disputa entre eles, o Augusto levou a melhor.”

Elson aproveitou para ressaltar o bom momento do salto com vara brasileiro. “No ano passado, a melhor marca do Augusto era 5,45 m. A do Thiago era 5,55 m. Eles evoluíram muito em pouco espaço de tempo. Basta ver as marcas deles no ranking mundial. O Thiago, com os 5,83 m do recorde sul-americano, tem a quinta melhor marca do mundo. O Augusto, com os 5,82 m, que também foi recorde sul-americano, tem a sétima marca de 2013. E sem esquecer da Fabiana (Murer, recordista sul-americana, com 4,85 m), que aparece no ranking mundial com a quinta melhor marca do ano, 4,75 m.”

Isinbayeva conquista o tri em casa; Murer fica fora do pódio no Mundial

Yelena Isinbayeva comemora o ouro no Mundial em casa

A russa Yelena Isinbayeva conquistou sua terceira medalha de ouro em um Mundial de salto com vara ao vencer a final disputada nesta terça-feira, levando ao delírio a torcida que lotou o estádio Luzhniki de Moscou.

A tricampeã mundial deu um show no Estádio Olímpico, com o apoio de toda a torcida, que não abandonou as arquibancadas, apesar de o salto com vara ser a última prova a terminar. Depois de garantir a medalha de ouro, ainda fez três tentativas de superar os 5,07 m e estabelecer novo recorde mundial.

Já a brasileira Fabiana Murer, campeã mundial em Daegu-2011, ficou fora do pódio ao terminar na quinta posição com a marca de 4,65 m. Muito criticada por ter ficado fora da final dos Jogos Olímpicos de Londres no ano passado, Fabiana, de 32 anos, fez um ótimo início de prova, passando 4,55 m e 4,65 m na primeira tentativa, mas derrubou o sarrafo nas três vezes em que tentou saltar 4,75 m.

“Fiz tudo o que pude, mas infelizmente não consegui uma medalha. Não passei na minha última tentativa por muito pouco”, lamentou a recordista sul-americana, que se esforçou para manter o controle, mas não conteve as lágrimas ao dar entrevista ao SporTV. “Fiz bons treinos, estava bem preparada, mas não deu”,

Fabiana Murer ficou fora do pódio e não defendeu o título

prosseguiua atleta, que falhou ao tentar ultrapassar 4,75 m.

Ao saltar 4,89 m, Isinbayeva superou a americana Jennifer Suhr, atual campeã olímpica, que ficou com a prata em 4,82m, mesma marca da cubana Yarisley Silva, que precisou de mais tentativas e por isso levou o bronze.

A russa de 31 anos, bicampeã olímpica em Atenas-2004 e Pequim-2008, já havia conquistado o título mundial em Helsinque-2005 e Osaka-2007, mas vinha de duas decepções em Mundiais por ter ficado fora do pódio em Berlim-2009 e Daegu-2011. Nos Jogos Olímpicos de Londres, já tinha esboçado sua volta por cima ao faturar a medalha de bronze.