• Por Bruna Cezario
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O asplênio suporta super bem a baixa luminosidade, de fácil manutenção, e sendo um ótimo purificador de ar, capturando o CO2 do ambiente e convertendo-o em oxigênio (Foto: Flickr/ mouraolucas/ CreativeCommons)

O asplênio suporta bem a baixa luminosidade. Possui fácil manutenção e é um ótimo purificador de ar, capturando o CO2 do ambiente e convertendo-o em oxigênio (Foto: Flickr/ mouraolucas/ CreativeCommons)

Primo da samambaia e de origem asiática, seu nome científico é Asplenium nidus. Caracterizado como uma espécie epifíta, o asplênio cresce preso em troncos de árvores, pedras e outros diferentes apoios.

Em casa ou no escritório, o asplênio pode auxiliar a manter a qualidade do ar do local, beneficiando assim a sua criatividade, a produtividade, o desenvolvimento da mente e a velocidade de resposta.

Sua folhagem tem cor verde-clara, é lustrosa e brilhante, e possui margens onduladas,  formando uma roseta. Sua nervura central é mais escura.

Cultivo 
Esse tipo de planta prefere climas úmidos, e se multiplica por esporos, que se desenvolvem na parte inferior das folhas, ou na divisão de orgânicos. Ele nasce enroladinho, com um caule curto, e apresenta um crescimento demorado, porém quando adulto chega a ser uma muda de grande porte.

A paisagista Mari Polesi explica que “as folhas longas podem medir de 30 a 90 cm de comprimento, mas chegam a atingir 1 m de altura”.

Apesar de ser uma epífita, a planta pode ser cultivada em vasos e canteiros, contanto que o espaço tenha sombra. É importante frisar que o asplênio não retira os nutrientes que originalmente iriam para a planta na qual se apoiou.

Ambientes internos são ideais para ele, por isso são também uma ótima opção para jardins de inverno.  Além disso, é uma excelente espécie para se ter em um jardim vertical, assim como as samambaias e orquídeas.

O asplênio é uma planta delicada. Deve-se evitar luz direta a ele, evitando que os raios solares toquem na planta, pois eles podem matar (Foto: Pexels/ Kulbir/ CreativeCommons)

O asplênio é uma planta delicada, que prefere luz indireta (Foto: Pexels/ Kulbir/ CreativeCommons)

Cuidado! O asplênio é uma planta delicada que prefere luz indireta. O ideal é posicioná-la em uma área clara, mas que não receba luz direta. 

Brilhante e dono de um verde deslumbrante, o asplênio suporta bem a baixa luminosidade. Possui fácil manutenção e é um ótimo purificador de ar, capturando o CO2 do ambiente e convertendo-o em oxigênio.

Seu solo para o cultivo deve ser rico em matéria orgânica e com boa drenagem. Pode ser irrigado diretamente na terra e aceita bem borrifadas de água nas folhas. Entretanto, é necessário evitar molhar a planta por cima e no centro (na parte escura), porque o acúmulo água pode colaborar para o apodrecimento da planta.

“Sua irrigação deve ser realizada periodicamente, de duas a três vezes por semana, considerando a incidência de luz na mesma que irá definir a periodicidade com melhor precisão”, argumenta o biólogo e paisagista Júlio Sousa.

Planta medicinal

aAesar de ser uma epífita, o asplênio não retira os nutrientes que originalmente iriam para a planta na qual se apoiou (Foto: Flickr/ Zhafari Ismail/ CreativeCommons)

Por ser uma planta epífita, o asplênio não retira os nutrientes que originalmente iriam para a planta na qual se apoiou (Foto: Flickr/ Zhafari Ismail/ CreativeCommons)

Ela não oferece qualquer risco, uma vez que não é tóxica nem para humanos, nem para animais de estimação.

Júlio Sousa pontua que “algumas pesquisas científicas consideram a espécie com potencial medicinal sendo utilizada como chá ou remédio”.

Segundo Mari Polesi, o asplênio tem sido usado na medicina popular para tratar asma e feridas. Os estratos da planta são utilizados como emoliente, anti-inflamatório e expectorante.

Como plantar o Asplênio?
Mari  e Júlio também dão dicas de como plantar a muda.

Para o plantio de forma epífita (sob árvores, troncos de madeira), o biólogo e paisagista ressalta que é necessário utilizar fibra de côco, ou esfagno, que servem como substrato e apoio para o melhor desenvolvimento destas. "É importante que a cavidade feita neles seja rasa, para que não haja acúmulo de água na planta ao ser fixada".

Já para plantar em vasos, Mari Polesi comenta que, “primeiro corte um pedaço de manta de drenagem (ou manta de bidim) para cobrir os furos. Coloque uma camada de argila expandida e mais um pedaço de manta de bidim, mas desta vez o bidim tem que ser um pouco maior subindo a lateral do vaso".

O bidim e a argila são importantes para garantir a drenagem do vaso,  para que a água não fique parada no fundo e apodreça as raízes. Depois, adicione a terra rica em substrato e encaixe sua plantinha no centro do vaso.

“ Seu crescimento é lento, por isso, paciência!”, finaliza Mari.