Paisagismo

Por Yara Guerra

Quem gosta de plantas ornamentais para embelezar a casa pode apostar na lanterna chinesa, uma espécie sul-americana de cor vibrante e aparência curiosa. Arbusto escandente, que chama atenção nos meses mais quentes, a planta pode ser o que faltava para deixar o seu jardim mais cheio de vida.

Características da lanterna chinesa

Segundo Fabi Santiago, arquiteta-paisagista à frente do escritório Cipó Arquitetura, a Callianthe striata recebe vários apelidos devido à sua forma notável. "Popularmente, ela é conhecida como sininho, campainha, lanterninha, lanterna-japonesa ou abutilon. Mas é mais chamada lanterna chinesa devido à aparência que lembra esse objeto oriental", diz.

A espécie Callianthe striata é um arbusto escandente e pode chegar até três metros de altura — Foto: Flickr / dermoidhome / CreativeCommons
A espécie Callianthe striata é um arbusto escandente e pode chegar até três metros de altura — Foto: Flickr / dermoidhome / CreativeCommons

Trata-se de uma planta semi-lenhosa, classificada como um arbusto escandente por se debruçar em taludes ou jardineiras e pode chegar a 3 m de altura. "Durante as estações mais quentes do ano (primavera e verão), a sua floração é mais exuberante", diz Flávia Nunes, paisagista e professora de paisagismo na AAJB do Rio de Janeiro.

Além de todas as características, o que chama a atenção da paisagista ao especificar esta espécie é saber que é uma planta nativa originária em diversos países da América do Sul. No Brasil, ela se concentra em São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro.

Como cuidar

A lanterna chinesa é uma planta que se adapta bem à meia-sombra com menos flores, mas prospera em sol pleno e solo rico em matéria orgânica. "As regas devem ser frequentes, de duas a três vezes por semana", diz Fabi.

A lanterna chinesa deve ser cultivada à meia-sombra ou sol pleno e com regas frequentes — Foto: Flickr / toasty / CreativeCommons
A lanterna chinesa deve ser cultivada à meia-sombra ou sol pleno e com regas frequentes — Foto: Flickr / toasty / CreativeCommons

Por se tratar de uma espécie perene, ela indica podas anuais e adubação com NPK 4-14-8 para renovação da planta e estímulo da floração, e acrescenta que ela costuma resistir bem a geadas.

O cultivo pode ser feito em jardim ou vasos, segundo explica Flávia: "Ela vai super bem com vasos suspensos, mostrando a sua beleza na altura dos olhos, onde podemos ver com detalhes suas flores. Porém, em vasos, é preciso mais cuidados com regas e adubação", diz.

Para o jardim, as paisagistas sugerem o uso em taludes ou lugares que possam valorizar o seu formato devido aos seus ramos recurvados e bem flexíveis.

As flores da lanterna chinesa são comestíveis, mas pessoas com alergia a polén devem ter cuidado — Foto: Unsplash / mrrrk_smith / CreativeCommons
As flores da lanterna chinesa são comestíveis, mas pessoas com alergia a polén devem ter cuidado — Foto: Unsplash / mrrrk_smith / CreativeCommons

A propagação da planta, por sua vez, pode ser feita através de estaquia – ou seja, o plantio de pequenas estacas de caule, raízes ou folhas em meio úmido, viabilizando o desenvolvimento de novas plantas.

Planta comestível

Outro fato interessante sobre a lanterna chinesa é que ela é comestível e faz parte das PANCs – plantas alimentícias não convencionais.

"As suas flores podem ser consumidas frescas ou cozidas e têm sabor adocicado quando cruas, sendo usadas em várias receitas", diz Fabi.

A floração da lanterna chinesa é mais exuberante nos meses mais quentes do ano, como no verão e na primavera — Foto: Arquivo Pessoal / Flávia Nunes
A floração da lanterna chinesa é mais exuberante nos meses mais quentes do ano, como no verão e na primavera — Foto: Arquivo Pessoal / Flávia Nunes

Segundo ela, uma dica para quem tem alergia ao pólen é tirar o pistilo, evitando assim algum tipo de reação adversa.

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