Entrevista
Alexandra Richter conta que volta à TV ajudou a superar morte de Paulo Gustavo: "Estava muito triste"
No ar como Julinha em 'Além da Ilusão', atriz fala de retomada profissional após reclusão na pandemia
2 min de leituraAlexandra Richter, 54 anos de idade, tem divertido o público na pele de Julinha, personagem viciada em jogos de azar, na novela Além da Ilusão. De acordo com a atriz, a chance de integrar o elenco da trama veio em um momento importante para que pudesse dar a volta por cima e recuperar o alto astral.
Na opinião de Alexandra, ela estava muito triste com a morte do Paulo Gustavo (1978-2021) quando surgiu o convite para o time de atores da Além da Ilusão. "Luiz Henrique Rios [diretor] me ligou em um momento muito importante porque eu estava muito triste com a morte do Paulo Gustavo. E o convite veio me dando um alento. Já fiz algumas cenas em que transito da comédia para o drama", afirma a atriz, que saiu pela São Clemente, escola de samba que fez um desfile em homenagem a Paulo Gustavo, no Carnaval 2022.
Alexandra trabalhou com o humorista nas três filmes da saga Minha mãe é uma peça, interpretando a personagem Iesa.
TEATRO
Paralelamente ao trabalho na TV, Alexandra encena a peça A história de nós dois, uma comédia romântica, ao lado de Mohamed Harfouch, em cartaz no Teatro Multiplan, no shopping Village Mall, no Rio de Janeiro, entre os dias 5 e 8 de maio. "Já levamos 800 mil pessoas aos teatros para ver essa peça. Faremos mais quatro apresentações. É um espetáculo em que público se emociona e se diverte."
TRUPE
"Durante o processo de preparação, pudemos contar com a presença da autora e do diretor geral. Isso nem sempre aconteceu, pelo menos eu nunca tinha vivenciado a preparação dessa forma. E foi bacana bacana esse processo, afinal a pandemia nos deixou parados por praticamente dois anos. Pudemos falar das nossas inseguranças e fragilidades na frente deles e o resultado é que podem ver com a novela no ar. Sinto que viramos um grande trupe e ficamos muito disponíveis a este projeto."
SUPERAÇÃO
"A Julinha é muito alegre, divertida e simpática. Ela tem esse vício, mas na época o cassino era permitido. A gente não entrou na questão de falar do vício em jogo porque na época os cassino bombavam. O diretor Luiz Henrique Rios me ligou em um momento muito importante porque eu estava muito triste com a morte do Paulo Gustavo. E o convite veio me dando um alento. Já fiz algumas cenas em que transito da comédia para o drama, como pegar algumas coisas de casa para jogar já que o marido, vivido por Paulo Betti, não deixa. Aliás, meu cenário, as cores, o figurino, tudo nos preenche muito. É um núcleo ótimo."