• Pedro Moraes; Fotos de Stefano Martini/Ed.Globo
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 Werner Schünemann (Foto: Stefano Martini)

Werner Schünemann é bom de papo. Ou melhor, ótimo. A conversa com o ator gaúcho de 53 anos, que vive o senador Assunção da novela "Lado a Lado", é gostosa e franca. Bem-humorado, ele não esconde a satisfação por ser considerado sex symbol, mas não se deslumbra com isso. “Não me sinto um galã todos os dias”, diverte-se o ator, ao conversar com o repórter Pedro Moraes para responder às perguntas dos leitores enviadas ao site de QUEM. Com 9 anos de TV – ele foi lançado na minissérie "A Casa das Sete Mulheres" (2003) – e 33 de carreira, Werner declara-se um romântico. “Sou daqueles que dá flores. Muitas flores”, diz o ator, casado há 20 anos com a figurinista Tânia Oliveira, 50, e pai de Dagui, 18, e Arthur, 17.

1. Em quase dez anos de carreira na TV, quais as suas cenas favoritas? Com quem gostaria de contracenar novamente?
Queila de Oliveira, por e-mail

Cada trabalho tem alguma cena. Em A Casa das Sete Mulheres, tem algumas, as mais épicas. Uma que me dá arrepio é quando Bento Gonçalves foge do presídio e volta a cavalo para o Rio Grande do Sul e beija o chão. Também tive uma cena com a Fernanda Montenegro, em Passione (2010), que ela me cobre de porrada. Ela me deu um tapa e eu virei o rosto para tomar outro. Aí ela me bateu e estava usando uns anéis. Fiquei todo cortado. E a Fernanda é uma mulher forte. Ela me deu cada porrada! Foi uma cena de desafio. Adoraria ainda voltar a trabalhar com o Luís Melo e o Cauã Reymond.

 Werner Schünemann (Foto: Stefano Martini)

2. Como ex-professor de história, sente-se realizado interpretando personagens de época?
Natalia Fonseca, Belo Horizonte (MG)
Eu me sinto muito realizado em visitar personagens e a história. O Assunção é inspirado no médico sanitarista Oswaldo Cruz e estou gostando de fazer.

3. Sente-se confortável com o título de galã?
Walquiria Mendonça, Piraí (RJ)
(Risos) Não me sinto um galã todos os dias. Esse título é tão lisonjeiro, mas ao mesmo tempo tão fugaz! Seria uma mentira dizer que me incomodo, acho um elogio ser considerado um galã.

4. É ligado às tradições gaúchas?
Virginia Brum, Porto Alegre (RS)
Não. O que chamam de tradições gaúchas tem muito a ver com a pecuária, com a metade sul do estado. Minha família vem do interior da parte norte, que cultiva milho, trigo... Esse movimento é para a preservação de tradições de 130 anos atrás, mas estou preocupado é em criar novas para daqui a 100 anos. Costumo dizer que sou o gaúcho sem bombacha, mas de jeans, que faz rock de garagem.

5. Que aprendizado você gostaria de deixar para seus filhos?
Magda Santiago, Curitiba (PR)
Quero que meus filhos sejam pessoas dignas e nobres. Especialmente, no caso do Brasil onde as diferenças sociais são tão grandes. Digo a eles que nasceram em uma família com condições financeiras, enquanto muitas outras passam por dificuldades, sem terem feito nada para merecer isso.

6. Em mais de uma entrevista você falou que adora sexo. Você se considera um expert no assunto?
Maria de Fátima Ramos, Caxias do Sul (RS)
Uma vez, disse que sexo deveria ser como refeição, três vezes ao dia, e acabei marcado. Era uma brincadeira, isso não existe (risos)! Sexo é uma coisa com a qual gosto de conviver e pensar. É um assunto superlegal, tem a ver com vida, com manter-se vivo. E, ainda por cima, é maravilhoso.

 Werner Schünemann (Foto: Stefano Martini)

7. Qual é sua dica para um casamento duradouro?
Ruth Braga, Porto Alegre (RS)
Ter baixa expectativa. Esse não é o meu primeiro casamento nem o primeiro casamento da minha mulher. Quando nos conhecemos, não tínhamos interesse nesse assunto. E essa falta de expectativa fez com que acabássemos de completar 20 anos. Quando não se cria expectativa, tudo que a pessoa tem para dar a você é legal.

8. Você é romântico?
Aline Brito, Rio de Janeiro (RJ)
Sou romântico, sim. Sou daqueles que dá flores. Muitas flores. Quando estou em casa, as flores são semanais – ao longo desses 20 anos. Só não sou ligado ao passado imediato, em ver fotografia... Até porque lembro como era magro (risos)!

9. Considera-se um homem bonito? É vaidoso?
Fernanda Medina, Osasco (SP)
Eu sou vaidoso, mas só não sei se sou bonito. Com certeza, não sou meu tipo de homem. Às vezes, me olho e fico preocupado, olho umas bolsas embaixo dos olhos, o cabelo está esquisito. Mas são coisas normais.

10. Você é religioso? No que acredita?
Mário Linhares, Itajubá (MG)
Não. Acredito no ser humano. Acho que as religiões são uma maravilhosa criação coletiva. E mais: são criações coletivas com um determinado objetivo e que dão certo. É isso!

 Werner Schünemann (Foto: Stefano Martini)