Sabrina Boing Boing relata violência médica ao acordar durante cirurgia

"Enfrentei desconfortos diversos ao acordar no meio da cirurgia e estar lá entubada, braços presos, olhos fechados com esparadrapos... Fiquei totalmente consciente ao ponto de escutar tudo o que a equipe médica falava. Já havia acontecido isso comigo duas vezes antes, mas desta vez o que eu ouvi me traumatizou. Foi antiético e desumano", relembra.

Segundo Sabrina, os profissionais - cujo os nomes não foram revelados - criticaram sua aparência física, o que a deixou muito triste.

"Escute eles falando mal de mim. Eles comentaram: 'Ela parece bem mais velha do que é' e 'Ela é feia, não sei como consegue ser famosa'. Eu não podia reagir, porque estava com tudo na boca. Tentei esboçar alguma reação, mas quando eles perceberam, aumentaram o sedativo e eu apaguei de novo. Mas não esqueci as palavras deles", conta.

Ela chegou a confrontar o médico após a cirurgia, mas diz que ele desapareceu após o acontecido. "Quando acordei do pós-operatório, eu estava tão chateada que nem pensava no resultado. Depois, encontrei o médico e perguntei: 'Então quer dizer que pareço mais velha e sou feia? Que desnecessário você falar isso. Deveria estar preso'. Ele sumiu depois daquilo e eu saí com a autoestima abalada".

Sabrina, que depois teve problemas com a mama operada, afirma que quem fez o local foi um aprendiz. "Eu ouvi tudo e sei que quem operou minha mama esquerda foi um aprendiz", afirma ela, que depois descobriu que a prótese havia rompido.

"Por cinco anos enfrentei esse desconforto com o silicone se decompondo no meu corpo e afetando a minha saúde. Eu ouvia um zumbido, fazia exames e não dava nada... Os médicos suspeitaram até que eu estava com esquizofrenia. Era efeito do silicone se dissolvendo no meu corpo", conta.