03 mar, 2024 - 15:05 • Lusa
O presidente da Iniciativa Liberal descredibilizou, este domingo, a sondagem que coloca aquele partido atrás do BE e CDU, e insistiu que o PS, que aparece à frente, tem de dizer se vai envolver o PCP numa solução governativa.
"Eu não atribuo credibilidade a essa sondagem [JN/TSF/DN], mas se lhe querem atribuir credibilidade então temos de olhar para aquele cenário que sai daquela sondagem e perguntar ao PS, que também aparece à frente, e repito que não acredito na sondagem, se numa futura solução que poderia resultar dessa sondagem, na qual eu não acredito, repito, se vai envolver nessa solução um partido como o PCP num momento em que se alastra a possibilidade de guerra na Europa", afirmou Rui Rocha, no final de um jogo de voleibol e futebol na praia de Matosinhos, no distrito do Porto.
A sondagem do JN/TSF/DN divulgada hoje dá o PS à frente da AD e o Chega, BE e CDU à frente da IL.
Naquela que foi a primeira ação de campanha do dia para as eleições legislativas, o dirigente liberal insistiu que quem quer acreditar naquela sondagem tem de perguntar ao secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, se pretende envolver numa solução governativa, que acredita que não se vai concretizar, o PCP, que "é um partido contra a NATO, que tem posições conhecidas mais perto de Putin [Presidente russo] do que das posições europeias e das posições ocidentais".
E acrescentou: "Se acreditarmos nessa sondagem, coisa que eu não faço, então a pergunta séria a fazer ao PS é o que vai fazer com essa solução que sai dali".
O líder da IL considerou aindaque o apelo do Presidente da República para que o Ministério Público seja mais rápido e eficaz foi razoável, e disse entender que o debate sobre a justiça deve ser feito depois das eleições.
"Portanto, quanto ao apelo em si, parece um apelo razoável e é bom que a justiça funcione com esses critérios", disse Rui Rocha, depois de um jogo de voleibol e futebol na praia de Matosinhos, no distrito do Porto, local onde iniciou o último domingo de campanha para as eleições antecipadas de dia 10.
O Expresso revelou, no sábado, que o Presidente da República enviou uma mensagem ao Congresso do Ministério Público (MP) a pedir rapidez e resultados aos procuradores, alertando para os "desafios" de politização da justiça e de judicialização da política.
Na mensagem aos magistrados, enviada um dia depois de a Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, dizer que se preferia jubilar a fazer novo mandato, Marcelo Rebelo de Sousa pediu que não desperdicem a oportunidade para "refletir acerca de tantos novos desafios".
O dirigente liberal salientou que estando o país a uma semana das eleições, a discussão da justiça deve ficar para depois, porque "não é com a pressão das eleições que se vai chegar a boas conclusões".
"Parece-me avisada a intervenção do senhor Presidente da República", concluiu.