10/09/2021

O Xaxim  é uma planta grande, cujo nome científico é Dicksonia sellowiana, e que pode alcançar até 10 metros de altura. É uma espécie nativa da Mata Atlântica e América Central. Apesar de ser uma das espécies vegetais mais antigas, contemporânea dos dinossauros, o xaxim é uma espécie ainda bastante desconhecida para a ciência.  Em tupi é chamada de “Samambaiaçu”, que significa “samambaia grande”.  

Fruto das florestas primitivas, conseguiu sobreviver a todas as adversidades climáticas (do período jurássico aos dias de hoje – 150 milhões de anos), sendo hoje considerado um verdadeiro fóssil vivo das florestas pré-históricas. Sua presença era abundante na Serra do Mar, do Rio de Janeiro ao Rio Grande do Sul, habitando os locais bem úmidos.  

Seu tronco (cáudice) é fibroso, ereto, espesso, poroso e excessivamente leve, especialmente quando seco.  Envolvido e sustentado por uma massa de raízes adventícias (que se desenvolvem a partir do caule e não da raiz embrionária), o xaxim 

é usado como suporte para o cultivo de outras plantas. Na verdade, o tronco é uma raiz que se ergue suportando as folhas, e esse “tronco” é cortado em forma de vasos, placas ou desfibrado, criando um substrato para o crescimento de outras plantas, como orquídeas. 

 A comercialização excessiva acabou tornando o xaxim uma espécie ameaçada, entrando nos anos 1990 para a lista oficial das espécies brasileiras ameaçadas de extinção.

Além da extração ilegal da planta, o grande problema é que o xaxim leva muito tempo para crescer – aproximadamente vinte anos para crescer 50 cm. Quando retirada de seu habitat natural e plantada em lugares inadequados, pode morrer rapidamente.

Atualmente, a extração, a industrialização e a comercialização, são proibidas por lei, pela resolução Conama nº 278, de 24 de maio de 2001.  

Artigo 1º: determina a proibição do corte e a exploração de espécies ameaçadas de extinção em populações naturais do bioma Mata Atlântica.’ 

 Vários estados do Brasil já adotaram medidas para proibição da industrialização e comercialização do xaxim, como Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo.

 Como alternativa ao uso do xaxim se comercializam vasos e placas feitos com a fibra do coco verde reciclado, cana de açúcar e nó de pinheiro.