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Como identificar se a carne está estragada

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  • Posto Ravanello

Fonte: portal Minha Vida
(www.minhavida.com.br)

Ficou difícil sentir segurança para comprar carne depois da nova operação da Polícia Federal. Denominada "Carne Fraca", a ação trouxe à tona a venda e distribuição de carnes estragadas por parte de grandes frigoríficos e companhias na última semana e teve, inclusive, mandados cumpridos em Bento Gonçalves.

Segundo as investigações, as carnes podres recebiam substâncias capazes de disfarçar a cor e a aparência do produto vencido, que depois era reembalado. Também estavam entre as irregularidades produtos contaminados por bactérias e até misturados com papelão. Alguns produtos também apresentavam excesso de água para aumentar o peso – e consequentemente o preço.

De acordo com a nutricionista Andréa Marim, o momento pede atenção. "O cenário é preocupante e é necessário ficar em alerta, pois as carnes contaminadas podem causar infecções gastrointestinais sérias, como a salmonela, que em pessoas com um sistema imunológico mais delicado, como crianças, idosos e gestantes pode trazer sérios danos à saúde e até risco de morte", conta.

Fatores como embalagem, data de validade, aparência, cheiro, textura e até mesmo preço devem ser levados em consideração. "Se o valor do produto estiver muito barato, é sinal de que a carne pode não estar em boas condições", afirma a nutricionista.

Como identificar se a carne está estragada
Carne de boi e porco, quando estão estragadas, apresentam coloração cinza e manchas esverdeadas. Elas também podem exalar odores fortes e apresentar textura viscosa e rançosa.

Já quando o assunto é carne de frango, o diferencial é o odor azedo que remete ao amoníaco. No aspecto visual, apresenta-se descolorado e com textura viscosa. Em relação à cor, pode apresentar nuances amarelas e esverdeadas. “Muitas vezes a carne de frango está com uma aparência bonita e um gosto bom”, explica Andrea. Esse “disfarce” torna mais difícil a identificação da carne estragada, por isso é sempre importante se atentar ao cheiro e consumir a carne bem passada.

O mesmo acontece com a carne de peixe, que quando estragada, fica com cheiro de amônia. Além disso, ela normalmente apresenta alguma descoloração – amarronzado, amarelado ou acinzentado – ou mesmo cor opaca. Em relação ao aspecto, se o peixe não estiver duro e começar a descamar também é um sinal de que está estragado.

Poder do Cheiro
Mesmo com a tentativa de algumas empresas de “maquiar” o aspecto da carne com conservantes, Andrea explica que essas substâncias não são capazes de disfarçar completamente o cheiro. “Independente do conservante que tenha sido usado, o cheiro sempre denuncia, por isso é tão importante prestar atenção nesse aspecto”, orienta.

CONHEÇA ALIMENTOS QUE SUBSTITUEM A CARNE

Ovos 
Um ovo de galinha pode ter até 9g de proteínas, poucas calorias, além de vários nutrientes e certa quantidade de vitamina b12 (encontrada principalmente nas carnes vermelhas). Porém, evite consumi-los fritos em muito óleo ou bem passados demais (quando as bordas começam a se queimar é sinal de que o alimento está cheio de gordura saturada). 

Cogumelos
Uma porção de 100g de cogumelo pronto (já sem a água) têm a mesma quantidade de proteína que um pedaço de 100g de carne vermelha. Pode ser consumido de duas a três vezes por semana. 

Grãos
Consumir grãos de vários tipos ajuda a sustentar uma alimentação rica em proteínas. "Arroz e feijão, por exemplo, é uma ótima combinação proteica, mas também dá para variar o cardápio com lentilhas, ervilhas, milho e muitos outros", enumera a nutróloga Tamara Mazaracki. Entre os grãos, a quinua merece destaque. Com altíssimo teor de proteína, ela é também muito versátil: pode ser consumida em flocos no suco ou no iogurte e a semente pode ser cozida e consumida em substituição ao arroz ou até mesmo complementando outros grãos.
 
Brotos
"O broto é um alimento que faz muito bem em qualquer tipo de dieta", revela a especialista Tamara. Porém, é importante saber que ele sempre deve ser consumido cru, porque algumas vitaminas são desnaturadas durante o cozimento. Eles podem ser consumidos em saladas e sanduíches com outros ingredientes saudáveis.

Laticínios
Além de serem muito saborosos, leite e seus derivados, como queijos e iogurtes, ajudam a enriquecer qualquer refeição. “Eles são compostos por três partes praticamente iguais de proteínas, carboidratos e gorduras, o que os torna alimentos muito completos", enumera a nutróloga. Nesse caso, a opção é misturar com outros ingredientes e deixar o prato ainda mais completo, como em uma omelete. Mas prefira as opções de leite e iogurtes desnatados e versões de queijo branco. 

Sementes
Alguns alimentos são mais bem aproveitados pelo corpo quando consumidos crus. Esse é o caso de muitas sementes, e a chia é uma das mais conhecidas. "Ela é cheia de proteína e cálcio, e tem muito ômega-3, que protege o coração", explica a nutróloga. Sementes de abóbora e girassol, amêndoas e pistache, além de conhecidas fontes de gordura, ajudam a incluir proteínas na dieta vegetariana. 

Folhas
Já que a palavra-chave é 'variedade', não é surpresa que o ideal seja diversificar também os tipos de folha nas diferentes refeições. Uma compensa o nutriente que a outra não oferece. "Tanto faz consumi-las cozidas, refogadas ou cruas, na salada – o importante é incluir todas elas na alimentação". Apesar de não serem substitutas das carnes, elas têm nutrientes que ajudam a proteína dos outros alimentos a ser mais bem absorvida, o que também é essencial em uma dieta vegetariana. Além disso, são ricas em carboidratos, água e fibra, o que dá energia para fazer as atividades do dia a dia e facilita a digestão.