11 DE FEVEREIRO - DIA INTERNACIONAL DAS MENINAS E MULHERES NA CIÊNCIA

Infelizmente, ainda há uma desproporção significativa de mulheres em posições de liderança e influência na ciência e tecnologia. Dados da ONU mostram que apenas 35% das cientistas do mundo são mulheres, e essa porcentagem é ainda menor em países em desenvolvimento. Além disso, mulheres cientistas geralmente recebem menos recursos e oportunidades de carreira, o que pode impedir o seu pleno potencial de ser alcançado.

Este é um problema preocupante que precisa ser abordado. A falta de representatividade feminina na ciência e tecnologia tem consequências negativas tanto para as mulheres quanto para a sociedade como um todo. Quando as mulheres não são incluídas e valorizadas na ciência, perdemos uma parte valiosa da diversidade de ideias e perspectivas, o que pode levar a soluções menos inclusivas e eficazes.

É crucial que sejam feitos esforços para tornar o setor mais inclusivo e equitativo para as mulheres. Isso inclui apoiar e investir nas carreiras de mulheres cientistas, garantir que tenham acesso a recursos e oportunidades iguais e combater a discriminação de gênero na ciência. Além disso, é importante incentivar e inspirar as meninas a se interessarem pela ciência desde cedo, mostrando-lhes exemplos de mulheres cientistas bem-sucedidas e ajudando-as a superar barreiras e desafios que possam enfrentar ao longo do caminho.

Apesar desse panorama, há muitas mulheres incríveis que foram responsáveis por avanços importantes na ciência e tecnologia ao longo da história. Marie Curie é uma das cientistas mais famosas do mundo, tendo sido a primeira mulher a ganhar o prêmio Nobel e a única a ganhar dois prêmios em diferentes áreas da ciência. Outra cientista notável é Rosalind Franklin, cujo trabalho foi fundamental para a compreensão da estrutura do DNA.

No Brasil, também há muitas cientistas mulheres brilhantes que merecem ser destacadas. Uma dessas é a bióloga e geneticista Mayana Zatz, que tem feito pesquisas importantes sobre a genética da esclerose lateral amiotrófica (ELA) e outras doenças genéticas. Outra cientista brasileira notável é a física e astrofísica Beatriz Barbuy, que é uma das maiores autoridades no estudo das estrelas antigas e é responsável por várias descobertas importantes no campo da astronomia.

“A ciência de qualidade é produzida a partir da multiplicidade e da multiculturalidade. Como somos plurais e múltiplas, uma vez que não há mulher, mas sim mulheres, também nossas demandas são múltiplas. A principal delas é o fim do machismo, da misoginia e de todas as formas de preconceito”, afirma Luciene Dias, doutora em Antropologia Social e professora dos programas de pós-graduação em Comunicação e Performances Culturais à PRPG/UFG. Não existe uma única narrativa da mulher. Nós precisamos de muitas narrativas diferentes para construir uma imagem completa. É por isso que é tão importante celebrarmos o Dia Internacional da Menina e Mulher na Ciência, para mostrar que as mulheres são igualmente capazes e talentosas e devem ser incentivadas e apoiadas em suas carreiras na ciência.

O Dia Internacional da Menina e Mulher na Ciência é uma oportunidade para celebrarmos as contribuições significativas das mulheres na ciência e para reforçarmos a necessidade de inclusão e igualdade de gênero na ciência. Devemos continuar lutando por uma sociedade mais justa e inclusiva, onde todas as meninas e mulheres possam alcançar seu pleno potencial na ciência. É hora de reconhecer e valorizar a contribuição das mulheres na ciência e tecnologia, e trabalhar juntos para construir um futuro mais equitativo e inclusivo para todas as pessoas.

Fontes:

https://www12.senado.leg.br/radio/1/conexao-senado/2022/02/11/dia-mundial-das-mulheres-e-meninas-na-ciencia
https://news.un.org/pt/tags/dia-internacional-das-mulheres-e-meninas-na-ciencia