O que não é possível naquilo que é infinito?
Sonho Lúcido, escrito por Bruno F. Oliveira, conta a história de Ben, um jovem que cresceu no Texas, Estados Unidos, e hoje estuda odontologia em New York. Parece um livro americano, certo? Errado, é uma obra nacional! Contudo, o autor decidiu não falar do Brasil… Um tanto triste isso. Todavia, a obra tem uma narrativa bem atraente ao leitor.
Ben tem um sonho em que seu amigo Kairo morre em um acidente. Ao acordar, Ben percebe que tudo acontece exatamente como o sonho que acabou de ter e, de maneira surpreendente, o universitário consegue salvar a vida de Kairo. Além disso, o jovem em seus sonhos tem a consciência de estar sonhando e recebe constantemente a visita da mãe dele, que suicidou há alguns anos.
Com a ajuda do professor e astrofísico, Robert Viena, e sua esposa e psicóloga, Agatha, Ben descobre ter facilidade em comandar os próprios sonhos. Ou seja, ele e pessoas conhecidas como Onironautas sabem que estão sonhando e dessa forma conseguem alterar objetos, pessoas, locais do sonho, tendo, portanto, sonhos lúcidos. O livro, contudo, se transforma em uma obra de ficção científica e Ben precisa descobrir como o filho do Sr. Viena morreu e porquê a mãe de Ben sempre pede por socorro em seus sonhos.
“Ben, existem coisas que não conseguiremos nem imaginar em nossos mais criativos sonhos. Existem coisas no infinito que nem os mais loucos livros de ficção e fantasia poderão descrever.”
– Sr. Viena (Sonho Lúcido)
Por ser um livro curto, de 237 páginas, Sonho Lúcido não tenta “bugar” tanto a cabeça do leitor. O tempo é curto e o autor Bruno F. Oliveira soube aproveitar bem as páginas para entregar uma teoria muito interessante e instigante. Certamente nunca ouvimos falar sobre ela antes e isso já garante as 4 estrelas, ao lado da viravolta no final da obra. Contudo, quem lê fica com a sensação de que queria mais, há certas pontas soltas. Os diálogos são simples demais, alguns fogem muito da maneira que as pessoas falam na vida real.
“Só quero fazer diferente do que um dia eu fiz. Quero poder fechar os olhos e saber que realizei algo de bom para alguém.”
– Sr. Viena (Sonho Lúcido)
Por: Ana Fernandes
Submundo Literário 