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Caern estima em 15 dias prazo para liberação de rua no bairro Nordeste

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A cratera que se abriu em uma rua do bairro Nordeste, zona Leste de Natal, deverá ser recuperada num prazo de pelo menos 15 dias, segundo estimativas de interlocutores da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern). O buraco se abriu na madrugada do último domingo (18) após rompimento de uma tubulação da companhia. A Caern iniciou os reparos para troca de toda a rede de água da rua Boa Vista, que fica próxima à avenida Felizardo Moura, que dá acesso à zona Norte de Natal. A Defesa Civil interditou 11 casas na rua. 
Após rompimento de tubulação, água destruiu rua e colocou casas em risco. Defesa civil interditou 11 imóveis
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“Tivemos um problema na nossa rede de abastecimento de água na região. O bairro tem uma peculiaridade porque as ruas são íngremes. Um vazamento intensifica a velocidade da água e dependendo da dimensão da rede pode causar problemas maiores. Outro agravante é que a rua não tem drenagem, que é superficial, e isso intensificou o problema junto com o vazamento. A Caern já está atuando aqui, fizemos a contenção da via e estamos trabalhando no diagnóstico da área atingida”,  explica o diretor de Operações e Manutenções da Caern, Thiago Índio do Brasil.
Ainda segundo o diretor da Caern, a companhia fará a troca da tubulação de toda a rede, que é de um material já não mais utilizado atualmente pelo órgão, de cimento amianto. As casas do lado esquerdo no sentido Felizardo Moura tiveram o abastecimento de água religado.
“Vamos trocar toda a tubulação, uma rede nova, e fazer as novas ligações. A equipe de engenharia já avaliou que há condição de estabilidade dos imóveis. Não foi detectado risco de desmoronamento, nem parcial nem total, e estamos trabalhando para recompor a rua o mais rápido possível”, acrescenta.
A diretora da Defesa Civil de Natal, Fernanda Jucá, disse que o órgão promoveu orientações e a adesivação das casas em situação de risco. Algumas famílias se recusaram a sair de suas casas e o órgão seguirá monitorando a situação.
“Tiramos as pessoas das casas e acionamos os órgãos para ações de resposta. Hoje estamos aqui para finalizar atendimentos, conferir as casas e avaliar se precisa de mais alguma intervenção e colocar os adesivos nas casas. Percebemos que uma família voltou, mas elas estão orientadas da situação de risco, de que não podem permanecer. Estamos acompanhando e com as obras da Caern eles podem sair a qualquer momento”, comentou Fernanda Jucá.
“Foi um susto grande”, diz moradora

Os moradores da rua Boa Vista acordaram no meio da madrugada do domingo (18) bastante assustados com o barulho e com a água que começou a descer ladeira abaixo na rua Boa Vista.
Entre as casas que possuíam moradores, em duas delas as famílias resolveram permanecer no local, mesmo com a orientação da Defesa Civil. Foi o caso de Maria Dalva Rodrigues, 57 anos. Ela mora na rua com o filho e trabalha com reciclagem e tem um mercadinho em sua casa e o temor seria de deixar sua residência sem ninguém.
“Aqui ninguém pode deixar nada sozinho não. E eu não tenho família aqui em Natal, vou morar na rua é?”, disse. 
A também moradora e dona de casa Francisca Avelino, 54 anos, disse que chegou a ir para a casa da irmã, mas que precisou voltar para sua casa na rua.
“A gente se assustou com a pista caindo, as calçadas caindo. Ficamos apavorados. A Defesa Civil veio, mandou a gente sair e fui pra casa da minha irmã. Resolvi voltar, passar o dia por aqui. Dependendo de como esteja à noite, vou para casa dela de novo. O problema é que não tem água. Com medo eu fiquei, mas eu vou pra onde?”, disse. 
Semtas faz cadastro de famílias
A Secretaria Municipal do Trabalho e Assistência Social – Semtas informou que o Serviço Especializado de Abordagem Social foi imediatamente ao local e realizou a ficha cadastral das 11 famílias que estavam com laudo de interdição da Defesa Civil e que das 11 casas interditadas, em três delas não há moradores.
De imediato, a Semtas ofertou abrigo temporário para todas as famílias que informaram não ter interesse pois iriam ficar em casas de familiares. Em seguida foi realizada a entrega de benefícios eventuais a 7 familias que sinalizaram interesse: receberam colchões, cestas básicas, kit dormitório e kit higiene pessoal. Apenas uma família sinalizou que não precisava.
As fichas Cadastrais serão encaminhadas para o Serviço de Calamidades e Exigências para análise da situação socioeconômica das famílias para saber se terão direito ao benefício eventual do Aluguel Social. 
O aluguel Social é um benefício provisório destinado a subsidiar o pagamento de moradia provisória concedido por até 6 meses. Caso necessite, as famílias podem ser acompanhadas pelo Centro de Referência de Assistência Social – Cras ou pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social – Creas.
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